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Autora
Ana Clarisse Alencar Barbosa
Organização
Elisabeth Penzlien Tafner
Meike Marly Schubert
Sonia Adriana Weege
Tatiana Milani Odorizzi
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Letícia Vitorino Jorge
Revisão
Joice Carneiro Werlang
José Roberto Rodrigues
Políticas Públicas 1
Ementa
1 INTRODUÇÃO
Quando falamos em políticas públicas, estamos nos referindo aos direitos e deveres
do Estado para com as pessoas que compõem a sociedade e, assim como o Estado, gozam
de seus direitos civis e políticos. Estamos também sujeitos ao conjunto de normas jurídicas
e sociais, formando assim um marco regulatório previamente fixado no que diz respeito à
distribuição harmônica dos elementos que formam os direitos, deveres e responsabilidades
em prol do desenvolvimento educacional, econômico e social. A vida em sociedade está ligada
à política e não há ação social sem ação política, quer seja promovida pelo Estado ou pela
sociedade (RAMOS; BREZINSKI, 2014).
Portanto, “o cotidiano (político) é construído por aqueles que interagem nesse contexto.
Fazer política é interagir nos acontecimentos e participar criticamente da sua história” (RAMOS;
BREZINSKI, 2014, p. 9).
Com base nesses argumentos, a educação no contexto brasileiro está prevista, é regida
(legislada) por normas jurídicas que compelem os cidadãos e o poder público a cumpri-las. De
acordo com Motta (1997, p. 75), a educação é a:
Desta forma, a LDB 9.394/96 regulamentou o que foi tratado sobre educação na
Constituição Federal abordando a educação escolar. O Título V trata dos Níveis e das Modalidades
de Educação e Ensino; em seu Capítulo I, demonstra a composição dos níveis escolares, formada
pela Educação Básica; Educação de Jovens e Adultos; Educação Profissional; Educação Superior
e Educação Especial.
a formação para o trabalho, a valorização dos profissionais da educação, entre outras que
indiretamente também enfocam a formação docente. Dentre as 20 metas traçadas do PNE
para até 2020, seis (da 13 até a 18) pretendem aumentar a qualidade do ensino com base na
formação inicial e principalmente continuada, em diferentes níveis.
IMPO
RTAN
TE!
Desafios não faltam para o novo governo do país
Conhecidos de quem atua na área, os problemas precisam ser
enfrentados com seriedade para que o ensino avance
Bruno Mazzoco (bruno.mazzoco@fvc.org.br)
A promoção de uma educação pública de qualidade é uma tarefa que deve envolver,
de forma articulada, União, estados e municípios, conforme previsto no artigo 211 da
Constituição. Na situação atual, porém, secretarias estaduais e municipais de Educação
atuam de maneira desconectada. Para diminuir as lacunas entre os diferentes sistemas
de ensino, a lei do PNE estabelece a criação, até junho de 2016, do Sistema Nacional
de Educação (SNE), que deve organizar e articular as metas estabelecidas no plano e
as medidas complementares necessárias para a implementação. Cabe à Presidência da
República enviar a proposta de lei ao Congresso Nacional e acompanhar a tramitação.
As questões relativas a financiamento dividem o debate público em duas correntes.
De um lado estão os que defendem mais recursos para a educação pública. De outro,
os que sustentam que o problema é apenas a má gestão do dinheiro. Se levarmos em
conta que o gasto do Brasil por aluno é equivalente a um terço do investido pelos países
desenvolvidos, conforme dados do relatório Education at Glance, divulgados este ano
pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e que a
infraestrutura das escolas, a formação e a valorização de professores ainda deixam a
desejar, chegamos à conclusão de que melhorar a gestão é necessário, mas aumentar
o aporte de recursos é fundamental.
ÇÃO!
ATEN
O objetivo dos PCN (BRASIL, 1997a) é estabelecer à equipe pedagógica uma referência
curricular e apoio na elaboração do currículo e do projeto pedagógico. Conforme os PCN,
esse documento é o resultado de um trabalho que contou com a participação de um grupo
de especialistas ligado ao Ministério da Educação (MEC), produzido a partir de estudos e
do contexto das discussões pedagógicas atuais, no decurso de seminários e debates com
professores que atuam em diferentes graus de ensino.
O documento dos PCN consiste em uma referência nacional para o Ensino Fundamental
e Médio. Sua elaboração é de primeiro nível de concretização curricular, seguido de propostas
curriculares dos Estados e municípios, que poderão ser utilizados como recurso para adaptações
ou elaborações curriculares realizadas pelas Secretarias de Educação (BRASIL, 1997a).
O texto dos PCN tem função definidora do currículo mínimo, orienta práticas pedagógicas
e organiza a estrutura escolar. Estabelece o plano curricular indicando conteúdos, objetivos,
práticas educativas e sugestões de avaliação. Como é um documento de nível nacional, tenta
abranger e ter aplicabilidade em todo o território nacional, de maneira homogênea. (BARBOSA;
FAVERE, 2013).
Já os PCN do Ensino Médio são assim distribuídos: Bases legais; Linguagens, Códigos
e suas tecnologias; Ciências da natureza, Matemática e suas tecnologias; Ciências humanas
e suas tecnologias.
NOT
A!
Caro acadêmico, a Educação Infantil também tem documentos
norteadores do currículo, que são: Referencial Curricular Nacional
para Educação Infantil – RECNEI e Parâmetros Nacionais de
Qualidade para a Educação Infantil. O primeiro documento pretende
orientar o professor, além de discutir conceitos importantes como
educar e cuidar, entre outros. O RECNEI está dividido em unidades,
que são: Introdução, Formação Pessoal e Social e Conhecimento de
Mundo, Identidade e Autonomia das crianças e Movimento, Música,
Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade
e Matemática. Já o segundo documento está disponível em dois
volumes e apresenta recomendações para promover a igualdade
de oportunidades educacionais.
Para conhecer melhor os documentos, respectivamente, acesse:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf>
Uma das preocupações centrais dos PCN é o tema da cidadania, da formação cidadã.
Mais do que o ensino de conteúdos básicos, hoje, na escola, a aprendizagem da cidadania
é legitimada e indispensável. A disseminação dessa aprendizagem transita em documentos
oficiais, em autores que escrevem sobre educação e em projetos pedagógicos das escolas.
Os PCN defendem que o fundamento da sociedade democrática é reconhecer o sujeito de
direito (BRASIL, 1997b).
Citando Barreto (2000, p. 35), “o governo federal passa pela primeira vez, em meados dos
anos noventa, a fazer ele próprio prescrições sobre currículo, que vão muito além das normas e
orientações gerais que caracterizaram a atuação dos órgãos centrais em períodos anteriores”.
A intenção dos PCN é que o professor tenha um auxílio em sua ação de reflexão sobre o
cotidiano da prática pedagógica, que continuamente esse cotidiano transforma-se e exige novas
competências docentes. Nesse sentido, com esse documento se prevê que seja possível:
A proposta apresentada pelos PCN não tem uma concepção rígida de currículo; é flexível,
com o objetivo de considerar a diversidade brasileira e respeitando a autonomia do professor e
equipe pedagógica.
A figura acima nos indica uma organização que atualmente deve ser planejada em seu
conjunto, ou seja, projetando essa prática para o trabalho do professor, em que “esta é uma
oportunidade preciosa para uma nova práxis dos educadores, sendo primordial que ela aborde
os saberes e seus tempos, bem como os métodos de trabalho, na perspectiva das reflexões
antes tecidas”. (BRASIL, 2004, p. 18)
Assim, temos que dar continuidade na definição e redefinição das práticas e das ações,
que devem ser realizadas com a mesma rapidez e complexidade com que ocorre o processo
de transformação, não só no Brasil, mas em escala mundial.
A tensão em que a escola se encontra não significa, no entanto, seu fim como instituição
socioeducativa ou o início de um processo de desescolarização da sociedade. Indica, antes,
o início de um processo de reestruturação dos sistemas educativos e da instituição tal como a
conhecemos. A escola hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação
não formal, informal e profissional, mas também, articular-se e integrar-se a elas, a fim de
formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo. Para isso, o ensino
escolar deve contribuir para:
Assim, pensar o papel da escola nos dias atuais sugere levar em conta questões
relevantes. A primeira e, talvez, a mais importante é que as transformações mencionadas
representam uma reavaliação que o sistema capitalista faz de seus objetivos.
No entanto, quando o autor Libâneo (2012) faz o alerta de que o ensino escolar deve
contribuir para formar indivíduos capazes de pensar e aprender permanentemente dentro do
contexto tecnológico e das relações capital/trabalho, poderia, aí, ser acrescentado o termo
“harmonização das relações trabalhistas”.
O que quer dizer que a educação pode e deve ter uma relação próxima e significativa
com o capitalismo, uma vez que o desenvolvimento educacional deixou de ser estável, isto
é, com hora e local predeterminado. Hoje, a informação e o conhecimento não têm fronteira,
eles estão em toda parte, principalmente nas organizações produtoras de bens e serviços.
Ainda segundo o autor, “a escola deixou de ser o único meio de socialização do conhecimento”,
seguindo a mesma linha de raciocínio com relação ao capital/trabalho. Liedke (2002, p. 345-
346) afirma que:
Referências bibliográficas