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DESENHO, MODELAGEM E VISUALIZAÇÃO

2ª edição
CIP-BRASIL. CAT ALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.
B729m
2. ed.
Leake, James M.
Manual de desenho técnico para engenharia: desenho, modelagem e visualização / James M.
Leake, Jacob L. Borgerson ; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. - 2. ed. - [Reimpr.]. - Rio de
Janeiro: LTC, 2016.
il. ;24cm.

Tradução de: Engineering design graphics: sketching, modeling and, visualization


Inclui apêndice
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-216-2714-2

I. Projetos de engenharia. 2. Gráficos em engenharia. r. Título.


14-16542 CDD: 620.0042
CDU: 62-047.82
CAPíTULO

VISTAS MÚLTIPLAS

I REPRESENTAÇÕES EM VISTAS uso de projetantes paralelas normais ao plano


de projeção e (2) o posicionamento do objeto
MÚLTIPLAS
de tal forma que uma das faces principais es-
teja paralela ao plano de projeção.
Introdução - Justificativa e Algumas
Umas das consequências da geometria
Características adotada para produzir representações em vis-
As vistas múltiplas constituem o que tem sido tas múltiplas é que cada desenho pode mos-
tradicionalmente considerado como desenhos trar apenas uma face do objeto. Isso significa
de engenharia. O objetivo das vistas múltiplas que, na maioria dos casos, mais de um dese-
é representar fielmente o tamanho e a forma nho é necessário para descrever totalmente o
de um objeto através de desenhos. Juntamen- objeto. É por isso que esta técnica de projeção
te com comentários e dimensões, essas vistas ortográfica é chamada de projeção de vistas
fornecem todas as informações necessárias múltiplas.
para fabricar o objeto. Embora apenas duas das três dimensões
No Capítulo 3 foi apresentada uma breve lineares (largura, profundidade e altura)
discussão das características de uma projeção sejam projetadas em cada vista, todas as
de vistas múltiplas. Entre essas características, informações projetadas paralelamente ao
que são mostradas na Figura 4-1, estão (1) o plano de projeção são diretamente escalo-
náveis.
Face do objeto paralela
ao plano de projeção
[Teoria da Caixa de Vidro
Como, em geral, mais de uma vista é neces-
sária para documentar um objeto usando
Imagem projeções múltiplas, a teoria da caixa de
projetada vidro é usada para descrever o arranjo re-
lativo das diferentes vistas. Imagine que o
objeto a ser documentado esteja no interior
de uma caixa de vidro, como na Figura 4-2.
O objeto é posicionado de tal forma que
Plano de suas faces estejam perpendiculares às faces
projeção da caixa de vidro. Observe também que as
dimensões principais do objeto (largura
Projetantes paralelas --....:;,.,~~
normais ao plano
profundidade e altura) estão indicadas na
de projeção figura.
Na Figura 4-3, as seis faces da caixa de vi-
Figura 4-1 Vista em perspectiva do processo de projeção de dro são usadas como planos de projeção, nos
vistas múltiplas. quais as seis vistas principais do objeto (supe-
Vistas Múltiplas •

Direita

no interior de uma caixa de vidro.

Figura 4-4 Caixa de vidro sendo desdobrada.

tal, que é normalmente considerada a vista


principal. Note também que as vistas superior,
frontal e inferior estão alinhadas verticalmen-
te, enquanto as vistas posterior, esquerda,
frontal e direita estão alinhadas horizontal-
mente.
Na maioria dos casos, não são necessárias
as seis vistas para documentar totalmente o
objeto. Observe na Figura 4-5 as semelhanças
entre as vistas superior e inferior, frontal e
posterior, direita e esquerda. Três vistas prin- I'
cipais são suficientes para descrever totalmen- (I
te a maioria dos objetos. Como mostra a Fi-
gura 4-6, as vistas mais usadas são a superior,
a frontal e a direita. Por esse motivo, falamos
normalmen te de três (e não seis) planos de
projetado nas faces da caixa. projeção mutuamente perpendiculares: Ho- I
rizontal (H), Frontal (F) e de Perfil (P). As I
vistas superior e inferior são projetadas no
ior, frontal e posterior, direita e
plano H, as vistas frontal e posterior no plano
são projetadas. F, e as vistas direita e esquerda no plano P.
__ "-~ainda que algumas faces da caixa
.ejam ligadas a faces vizinhas atra-
adiças ou linhas de dobra. Quando Alinhamento das Vistas
_'".--"'~ são desdobradas (como na Figura As vistas múltiplas são sempre alinhadas de
tado é um plano com as seis vistas, acordo com o modelo da caixa de vidro e suas
strado na Figura 4-5. linhas de dobra. Como mostra a Figura 4-7,
e na Figura 4-5 que quatro das vis- não só a posição relativa das projeções deve
-''''- ._:.das, por dobradiças, à vista fron- ser respeitada, como também os detalhes in-
H

WSuperior

crrd1
P

ffi
F

s.. P

É
Posterior Esquerda Frontal r
H

O
-+
-"
I

Inferior

Figura 4-5 Caixa de vidro totalmente desdobrada.

fGj :
-
-
I
I
I

fGJ
I
I I I I I I
I Superior I I I
I I I I I I
I I I I I I
Superior I I I I I I
I I I I I I
I I I I I I
F P I I I I I I
I I I I I I
I I I I I I

b
--r-I-T'-----
_ __L.._I_.L.J _
I I I I
~ _ __L_L.l-.J _
'---tl-H-t - - - --
Frontal Direita '------'_ .•......•~ --- --
Frontal

Figura 4-6 Representação em vistas múltiplas usando apenas Figura 4-7 Alinhamento dos deta
as vistas superior, frontal e direita.
Vistas Múltiplas •

:::: erior
Linha de
esquadro

Profundidade Largura P rofu nd--.:id:..::.a:.:,.de-'-t---,--'-;-----i

-8 Três vistas com dimensões em comum.


W Direita
-
-
-

I I
Frontal
I
,
.a~
<{

Figura 4-9 Transferência de profundidade usando uma linha


Direita

de esquadro.

não estão alinhadas, dizemos que es- para outra, pode-se usar uma tramela ou
acionadas. uma linha de esquadro a 45 graus (veja a
Figura 4-9).
erência de Profundidade
Escolha das Vistas
- os pontos e detalhes que são mostra-
= uma vista devem estar alinhados ao A vista mais informativa deve ser escolhida'
e projetantes paralelas nas vistas ad- como vista frontal. Além disso, a maior dimen-
re e relacionadas. No caso de vistas são principal deve aparecer como dimensão
~ tes, as informações podem ser trans- horizontal na vista frontal. Assim, por
- diretamente através de projetantes exemplo, no desenho de vistas múltiplas da
elas (veja a Figura 4-7). Para transfe- embarcação da Figura 4-10, o lado da em-
formações de uma vista relacionada barcação aparece na vista frontal, porque é I

Vistas múltiplas de uma embarcação. (Cortesiade Jensen Maritime Consultants,Inc.)


11 CAPíTULO 4

Figura 4-11 Desenho com duas vistas. Figura 4-12 Desenho com uma vista.

a vista mais informativa, e a maior dimensão dimensional pode ser dividido em quadran-
é mostrada na horizontal. tes, numerados da forma indicada na Figura
Outro princípio para a escolha das vistas 4-14.
é que deve ser usado o menor número de ~ A projeção do terceiro diedro, usada nos
vistas que permita uma representação com- "tEstados Unidos e na Inglaterra, supõe que
pleta, sem ambiguidades, do objeto. Na o objeto a ser projetado se encontra no ter-
maioria dos casos, são necessárias três vistas ceiro quadrante. Usando as direções de ob-
para documentar perfeitamente o objeto. Em servação de cima, da frente e da direita
Ialguns casos, porém, apenas duas vistas são mostradas na Figura 4-14, o objeto pode ser
Ili lsuficientes (veja a Figura 4-11). Peças muito
simples, como gaxetas e buchas, podem ser
representadas através de uma única vista,
acompanhada por dados numéricos (veja a
I Figura 4-12).
I Caso duas vistas forneçam informações
Superior
equivalentes, escolha a que possui o me!!Qr
número de linhas ocultas. Na Figura 4-13, a
vista direita tem preferência sobre a vista es-
querda porque possui menos linhas ocultas.
/

Projeções do Terceiro Diedro e do


Primeiro Diedro Esquerda Frontal Direita

Usando um plano horizontal e um plano Figura 4-13 Escolha a vista com o menor número de linhas
frontal (orientado na vertical), o espaço tri- ocultas.
Vistas Múltiplas

i Superior
projetado como na Figura 4-15a. Na proje-
ção do terceiro diedro, os planos de projeção
estão entre o observador e o objeto. A Fi-
gura 4-15b mostra o que acontece depois que
as vistas são obtidas e os planos de projeção
Direita são desdobrados. O desenho final aparece
~ na Figura 4-15c.
Na projeção do primeiro diedro, usada
[: no resto do mundo, o objeto a ser projetado
é colocado no primeiro quadrante (veja a
Figura 4-14). As projeções obtidas usando

--
Frontal
as mesmas direções de observação apare-
cem na Figura 4-16a. Na projeção do pri-
meiro diedro, o objeto está entre o obser-
vador e os planos de projeção. A Figura
4-16b mostra o que acontece depois que as
vistas são obtidas e os planos de projeção
são desdobrados. O desenho final aparece
- ura 4-14 Plano horizontal, plano frontal e dois planos de perfil. na Figura 4-16c.

I Superior

Direita
/ [J
Superior

Frontal
..•....
@
Frontal
E1
Direita

(a) (b) (c)


-~ura4-15 Projeção do terceiro diedro.

iSuperior
Direita
/
E1Direita
@
Frontal

Frontal
W
Superior
<,
(a) (b) (c)
- ura 4-16 Projeção do primeiro diedro.
• CAPíTUl04

2. Uma aresta visível da interseção de duas

1@E31 1E3@1
Símbolo de projeção Símbolo de projeção
superfícies
3. Uma linha de contorno visível
A Figura 4-18 mostra exemplos dos três
do terceiro diedro do primeiro diedro tipos de linhas contínuas.
Linhas tracejadas finas, chamadas linhas
Figura 4-17 Símbolos das projeções do terceiro diedro e do ocultas, são usadas para representar detalhes
primeiro diedro. que estão ocultos em uma vista, como
1. Uma aresta invisível de uma superfície
vista de perfil
Para indicar se foi usada uma projeção do 2. Uma aresta invisível da interseção de duas
terceiro diedro ou do primeiro diedro, utili- superfícies
za-se o símbolo internacional de um cone 3. Uma linha de contorno invisível
truncado (Figura 4-17). A Figura 4-19 mostra exemplos dos três
tipos de linhas ocultas.
Convenções para as Linhas As linhas de centro são usadas em várias
Nas vistas múltiplas, linhas contínuas grossas situações. Essas linhas finas, que alternam tra-
ços compridos e curtos, em geral se estendem
são usadas para representar:
5 milímetros além do detalhe que está sendo
1. Uma aresta visível de uma superfície vis- indicado. As linhas de centro são normal-
ta de perfil mente usadas para representar o eixo de um

Linha de contorno de um furo

Linha de contorno
de uma superfície

Superfície
vista de perfil

Superfície oculta
vista de perfil
Linha de interseção
de duas superfícies

Figura 4-18 Exemplos de linhas contínuas. Figura 4-19 Exemplos de linhas ocultas.
Vistas Múltiplas •

cilindro ou de um furo. Nas vistas circulares,


são empregadas duas linhas de centro mutua-
mente perpendiculares, que se cruzam no cen-
Linhas de centro
tro da circunferência (ou arco) e se estendem
além da maior circunferência (ou arco), no
""''"\'''' caso de várias curvas concêntricas. Nas vistas
retangulares, uma única linha central repre-
senta o eixo do cilindro ou do furo. Um exem-
plo é mostrado na Figura 4-20.
As linhas de centro também são usadas
para sugerir movimento, indicar simetria ou
mostrar que os furos de uma peça estão dis-
postos ao longo de uma circunferência (veja
Figura 4-20 Exemplos de linhas de centro. a Figura 4-22).

Desenho de vistas múltiplas de um cilindro (veja a Figura 4-21)

Um cilindro maciço possui duas arestas circulares. Na vis-


Ia retangular, essas arestas são projetadas como linhas
retas. Para completar a representação, as linhas de con-
torno do cilindro também são representadas como linhas
contínuas.

Aresta circular

Figura 4-21 Desenhode vistas Linha de contorno

múltiplas de um cilindro.

/
i
i
r---l.-----------
,
'''------------------
(a) Movimento

(c) Posição de furos

- gura 4-22 Outros usos da


ha de centro. (b) Simetria
• CAPíTUL04

Precedência das Linhas


Às vezes, diferentes detalhes de um objeto as linhas que devem ser representadas: (1) vi-
coincidem em um desenho de vistas múltiplas. síveis, (2) ocultas, (3) de centro. A Figura 4-23
Quando isso ocorre, a seguinte ordem de pre- mostra um exemplo.
cedência das linhas é usada para determinar

Linhavisívelsobre linha de centro


Linhaoculta sobre linha de centro
Linhavisívelsobre linhaoculta

é I
----

Figura 4-23 Precedência das linhas.

Desenho de vistas múltiplas de uma peça (veja a Figura 4-24)

1. Usando linhas traçadas de leve, esboce três retângulos circunscritos à peça, para representar três
vistas diferentes.
2. Acrescente os detalhes da vista frontal.
3. Projete os detalhes da vista frontal para as outras vistas.
4. Reforce as linhas visíveis, começando pelas linhas curvas.

] l ] [
DD~D
Peça dada 1º passo 22 passo

L Iill 10Jl li, li iDJ


m:1 D m ~m
I 1
I I' I 11

I -, - - --- -, -- - -

I ~ _~ _~ __ ;;;
': m: :
~ ~ ;; : ~ :

32 passo 4º passo Desenho completo

Figura 4-24 Desenho de vistas múltiplas de uma peça.

r~ -
Vistas Múltiplas •

Desenho de vistas múltiplas de uma peça mais complexa (veja a Figura 4-25)

1. Usando linhas traça das de leve, esboce três retângulos circunscritos à peça, para representar três
vistas diferentes.
2. Acrescente os detalhes visíveis das vistas frontal e superior.
3. Projete os detalhes das vistas frontal e superior para a vista esquerda; use uma linha de esquadro ou
uma tramela para transferir as informações de profundidade da vista superior para a vista esquerda.
Projete também outros detalhes da vista superior para a vista frontal e vice-versa.
4. Usando linhas traçadas de leve, esboce a vista esquerda e as linhas ocultas das outras vistas.
5. Reforce as linhas visíveis, começando pelas linhas curvas.

D
Peça dada
DD 12 passo 2º passo

ii ~-~=~~1TIHH13 ------I@ 11

I: :
-:::::::::::::::= '
I -:::::::::-
I I I I ---
- •.. ,~
' ,
:1 I I I 11 -- I I I I
:1111111111

0==-----
. '~"
--
--

3º passo
---- a~~~H=~ 42 passo 5º passo

Figura 4-25 Desenho de vistas múltiplas de uma peça mais complexa.

Interseções e Tangências cas, falhas e retração do material durante a


fundição, além de facilitarem a retirada da
Quando uma superfície plana intercepta uma
peça do molde depois de pronta.
superfície curva, a interseção é representada
Devido à natureza do processo de fabrica-
por uma linha contínua na vista de perfil. Por
ção, as peças fundidas possuem superfícies
outro lado, quando uma superfície plana é
externas irregulares. Para encaixar uma peça
tangente a uma superfície curva, a linha de
fundida em outra peça, em geral é necessário
tangência não é mostrada na vista de perfil.
usinar as superfícies originais para criar uma
A Figura 4-26 mostra exemplos das duas si-
boa superfície de contato. Por esse motivo,
tuações.
uma peça fundida com cantos arredondados
em geral indica que a peça está inacabada,
Filetes e Arredondamentos enquanto cantos vivos indicam que a superfí-
Ao projetar uma peça, cantos vivos devem ser cie foi usinada (veja a Figura 4-28).
evitados; não só são difíceis de fabricar, mas Os filetes e arredondamentos são indicados
tendem a concentrar as tensões, enfraquecen- por pequenos arcos nas vistas múltiplas, como
do a peça. Osfiletes são usados para eliminar na Figura 4-29.
cantos internos, enquanto os arredondamentos Um filete ou arredondamento une duas su-
removem cantos externos (veja a Figura 4-27). perfícies através de uma superfície curva tan-
As peças fundidas são fabrica das com file- gente às superfícies. Como, nesse caso, não
tes e arredondamentos. Os filetes evitam trin- existem arestas, a vista superior do objeto da

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