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POR
AFFONSO ARINOS
1917
TYPOORAPHIA LEVI
SAo PAULO
FORAM TIRADAS DESTA EDIÇÃO 50
EXEMPLARES NUMERADOS DE 1 A 50.
EXEMPLAR N2^1i
jtfffonso jÇr/nos
Janeiro, 1917.
OLAVO BILAC.
LENDAS E TRADIÇÕES
BRASILEIRAS *
A VERDADEIRA LENDA
A LENDA E O MYTHO
O FOLKLORE
A TRADIÇÃO
A ÁUREA LEGENDA
LENDAS BRASILEIRAS
«A NAU CATHARINETA»
A BELLA INFANTA
OS TROVADORES PORTUGUEZES
OS TATU'S BRANCOS
A TAPERA DA LUA
Fevereiro de 1915.
AS AMAZONAS E O SEU RIO;
AS YARAS
AS AMAZONAS
O CULTO DA LUA
A YARA
Lenda amazônica, versão de Manaus
Fevereiro de 1915.
O São Francisco e suas lendas; a Serra das
Esmeraldas; as minas de prata;
o caboclo d'água
A MULHER E O OURO
OS DESCOBRIDORES DO S. FRANCISCO
O CURSO DO S. FRANCISCO
O CABOCLO D'ÁGUA
(Lenda sertaneja)
Março de 1915.
A capella da montanha
Algumas egrejas do Brasil e suas tradições
A EGREJA DO COLLEGIO
A ERMIDA DA PIEDADE
Ás penas, diz:
Xonsolae-vos; olhae em torno de vós: sobre
a escama escura daquelle penedo uma flor sorri.
Pois bem! a alegria sorrirá ainda á vossa dôr!
Aos ódios, diz:
Sede mansos; tentae comprehender primeiro
aquillo que odiaes e vereis o vosso erro. Esta
montanha é áspera, estes penhascos iracundos e
as suas lapas escuras deram e dão abrigo a
desventurados.
Ás alegrias, diz:
Não vos illudaes. Ha pouco ainda o horizonte
se rasgava illuminado a vossos pés, e agora a
neblina esvoaçando em torno da montanha tapou
de todo a luz.
Aos desesperos, diz:
Esperae. Ficae aqui para verdes o nascer
da aurora e sentireis a aurora no vosso coração.
Tocae aquelle rochedo horrendo; na epiderme
duríssima e secca nada penetra. Entretanto as
brisas vêm trazendo nas azas invisível poeira, que
assenta alli. E vem o pollen, e vem o Iichen, e a
verdura cobre o monstro: as flores do mais deli-
cado matiz desabrocham na rijeza da pedra. Porque
não desabrochará, pois, em vossa vida, a ventura
sonhada ?
Ás ambições, diz:
Soffreae a carreira dos vossos incontinentes
desejos e desmedidas aspirações. Considerae o
espaço immenso a vossos pés e sobre vossa ca-
beça. Vossos minúsculos braços não alcançam,
sequer, abertos os dois umbraes da porta principal
desta pobre ermida e quereis abarcar um colosso!
104
EGREJAS DO CAETE'
A EGREJA DA GRAÇA
Abril de 1915.
O culto de Maria nos costumes, na tradição
e na historia do Brasil
OS SANCTUARIOS DA VIRGEM
LENDA DA BERTIOGA
S. VICENTE E CONCEIÇÃO
AS IMAGENS DE MARIA
ROMAGENS E FESTAS
Julho de !915.
Santos populares.
Superstições.
Festas e dansas
SÃO JOÀO
Orvalheiras,
Orvalheiras,
Viva o rancho
Das moças solteiras!
Em louvor de S. João
A ver se o meu amor
Me quer bem ou não.
AS SORTES
LENDAS DE S. JOÃO
AS DANSAS
A ROLINHA
Bote aqui, bote aqui;
O seu pezinho;
Seu pezinho, seu pezinho
Junto ao meu;
No virar, no virar
15»
Do seu pezinho,
Um abraço, um abraço,
Lhe dou eu.
Olha a rolinha
Doce, doce;
Embaraçou-se,
Doce, doce;
Do nosso amor
Doce, doce ;
— Ando á roda,
Ando â roda,
Porque quero
Me casar
— Colhei neste jardim
A rosa que te agradar
— Não me serve
Não me agrada.
Só a ti, só a ti,
Hei de querer.
Viva e reviva
São Gonçalinho 1
Dae-me, meu santo,
Um bom maridinho.
Seja bonitinho
E queira-me bem;
Aquillo que é nosso
Não dê a ninguém.
S. Gonçalo d'Amarante;
Brincalhão e galhofeiro!
Fazei-vos antes das moças
Devoto casamenteiro.
Meu santo S. Gonçalo,
S. Gonçalo do Amarante
Fazei que nossas vidas
Vão sempre por diante.
Meu santo S. Gonçalo
Acceitae esta oração
Que a dona da promessa
Vos faz do coração.
SANTO ANTÔNIO
FESTAS DE NATAL
PROGRAMMA
FESTAS TRADICIONAES
BRASILEIRAS
PROORAMMA
EiOHS DE N U T H L E R E I S
Pastores e pastoras, em rancho, relembrando a scena
da Escriptura, vêm entoar louvores ao Menino Deus, que
acaba de nascer no presepe ou estabulo de Belém. 0 rancho,
ao som dos cânticos, dirige-se a uma casa de campo, habi-
tada por gente nobre, em cujo salão se costuma tradicio-
nalmente erigir o PRESÉPIO, isto é o oratório que representa
o Menino Deus entre os animaes do presepe.
Á approximaçào do rancho, a casa, não sabendo se
a gente que se avisinha é de paz ou de guerra, permanece
fechada e escura. Quando, porém se ouve a quadra
O' de casa nobre gente
Escutae e ouvireis:
Lá das bandas do Oriente
São chegados os Três Reis
abrem-se as portas e jauellas, banhadas de luz. Apparece
a dona da casa, acompanhada de suas filhas, que convida
o povo a entrar, entoando esta quadra
Entrae, entrae boa gente,
Vos esperam corações
Para entoar commummente
A Jesus mil saudações.
Com a entrada do rancho, baixa o panno e passa-se
ao segundo acto e quadro que representa- o salão com o
PRESÉPIO.
II
ft F M R U J M l D t t
O Auto da Marujada é uma tragédia popular que
repousa sobre um fundo antiquissimo e universal de lendas,
cuja mais conhecida expressão literária é a ODYSSÉA OU
poema das aventuras de Ulysses, a errar vinte annos pelos
mares, finda a guerra de Troya. A nossa marujada, porem,
tem fortíssimo cunho nacional, porque perpetua um episódio
trágico da historia do Brazil no século XVI. Ella relembra
com effeito, as horríveis peripécias porque passou a náu
que conduziu de Pernambuco si Lisboa, em 1565, o capitão
general de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho, filho
do donatário da capitania. Assaltada e abordada por cor-
sários francezes, depois de ter sido accossada por tremendas
tempestades, a náu errou pelo oceano sem norte nem rumo
tal um navio fantasma.
Exgottaram-se as provisões e a maruja faminta tentou
devorar os cadáveres dos companheiros mortos.
Do auto popular, longo e variado, só será dado o
episódio final, quando a tripulação tira á sorte quem se ha
de sacrificar para matar a fome á maruja e a sorte designa
o eapitãu general.
Entra conduzida aos hombros por marinheiros a náu
symbolica, junto da qual o capitão e o gageiro vão travar
o dialogo, depois de entoado o coro da maruja:
Faz vinte annos e um dia
Que andamos n'ondas do mar
Botando solas de molho
0' tolina
Para de noite jantar
III
REISADO Dns
BORBOLETAS
0 coro entoa a quadra
Borboleta bonitinha
Saia fora do rosai
Venha cantar doces hymnos
Hoje, noite de Natal
e entra o bando, a cantar e a dansar, esvoaçando como á
procura de um pouso.
Acudindo ao gracioso convite, responde a primeira
borboleta.
Eu sou uma borboleta
Sou linda, sou feiticeira
Ando no meio da casa
Procurando quem me queira
Terminado este reisado tão encantador, vem o lundu do
I V
PIN1CAPIIO
que é dansado e cantado por um personagem popular,
acompanhado pelo coro.
V
BUNBM-P1EU-B03
Remata a serie de autos populares o antiquissimo
BUMBA-MEU-BOI, conhecido em todo o Brasil
V I
CATERETÊ D© MORTE
E LÜMDÚ DO SUL
Baixado o panno com a terminação dos autos popu-
lares, erguer-se-ha de novo, para mostrar outra feição dos
regosijos do nosso povo — as dansas e folguedos campestres,
em que se exhibirão o CATERETÊ do Norte, dos vaqueiros de
chapéo de couro, e o LUNDU e DESAFIO do Sul, nas campinas
onde corre o cavallo a gaucbada.
182
D3STRIBUSÇAO
DOS PAPEIS
Dona da casa
D. Sophia Prado Pacheco e Chaves
Filhas da dona da casa
Maria Helena da Silva Prado
Maria Eugenia Monteiro de Barros
Borboletas
Ü. Renata ürespi da Silva Prado
Heloísa de Oliveira
Maria Guedes Penteado
[sulina de Lacerda Franco
K.sther Petrilli
Marion Piedade
Capitão General
Heitor Prates
Gageiro
Alice üchôa
Contra-mestre
Antônio Cunha
Pinicapáu
Raul de Oliveira Ferraz
Vaqueiro
Paulo Goulart
Antônio Geraldo
Augusto Uchôa
Marinheiros
Eduardo Prates
Raul Salgado
Adriano Crespi
Moraes Pinto
Frederico Queiroz
J'jrge Alves Lima
183
Oswaldo Porchat
Ignacio Pontes
Martinho Botelho
Eduardo da Silva Prado
Carlos Mendonça
Pastoras
Maria Amélia Castilho de Andrade
Albertina Prado de Oliveira
Marina Sabino
Norma Valle
Odila Prado Salgado
Noemia Prado Pacheco e Silva
Marina Vieira de Carvalho
Sara Mesquita
Dinah de Almeida
Judith Mesquita
Sophia de Almeida Prado
Evangelina Fonseca Rodrigues
Olivia de Sousa Queirós
Maria de Almeida Prado
Cândida Prado Pacheco e Silva
Maria Amalia Valladão
Aida Brandão
Lucilla Penteado de Oliveira
Margarida Magalhães Castro
Mathilde Penteado
Maria de Lourdes Magalhães Castro
Sylvia Valladão
Mary Sampaio Vianna
Noemia Malta
Flora Teixeira Leite
Pastores
Arnaldo Vieira de Carvalho Filho
Antônio Mendonça
Dr. Cicero da Silva Prado
Annibal Lacerda
Jorge Alves Lima
Gumercindo Cintra
184
MENOTTI LEVI
EM XXV-I1I-MCMXVII
SÃO PAULO