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SUPERAÇÃO EM EDUCAÇÃO:
proposições em arte inclusiva para trabalhar com autistas nas escolas
São Paulo
2019
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O termo autismo deriva do grego “autos” que significa “volta-se para si mesmo” e foi
o psiquiatra austríaco Eugen Bleurer o primeiro a utilizá-lo em 1911. Ao refletir sobre o
termo, me interrogo: nenhuma criança é igual a outra, porque os autistas seriam? Muitos são
os desafios que ainda permeiam a educação inclusiva no Brasil e que, tantas vezes, se
colocam como empecilhos para que alunos com autismo permaneçam na rede pública de
ensino, ingressem e sigam no sistema regular de aprendizado e continuem a se desenvolver.
Na atualidade o autismo não é considerado uma deficiência, e as pesquisas científicas
apontam que em praticamente cem por cento dos casos o autismo é uma condição genética,
hereditária ou não. De acordo com Vânia Canterucci Gomide Çakmak – doutora em
Neurociências e Comportamento, o autismo não só não tem cura, como não há como “sair do
espectro” de autismo, porém os meios mais eficazes para o desenvolvimento cognitivo dos
portadores são através de abordagens adequadas e personalizadas, ou seja, toda abordagem
deve ser construída e elaborada exclusivamente, já que não existe um autista igual a outro,
cada indivíduo deve ser abordado e vivenciar uma metodologia própria no processo de ensino
e aprendizagem.
O mundo dos deficientes em geral é permeado de “limitações”, físicas, intelectuais,
cognitivas e contam ainda com a questão social, falta de inclusão, sofrem preconceito e
muitas vezes dependem de outros para os afazeres mais simples. Até onde estes deficientes
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podem ir? Quais são os limites? De que forma podemos através de propostas em arte melhorar
sua condição? Essas são algumas problemáticas a serem levantadas nesta pesquisa, que
também pretende abordar a condição de transpor barreiras em vários níveis de atuação,
procurando mostrar que mesmo que a conquista seja aparentemente pequena aos nossos olhos,
para eles que enfrentam diariamente suas “limitações” será sempre um grande passo, uma
grande conquista.
A ideia desta pesquisa surgiu a partir de minha participação em 2015, no projeto de
extensão universitária ArtInclusiva no Instituto das Artes - Universidade Estadual Paulista
(UNESP). Na ocasião, ao participar de atividades para os deficientes e seus cuidadores,
percebi o potencial de desenvolver melhores condições de ensino e aprendizagem com os
atendidos através da arteterapia. Desde então, e corroborado pelo que percebo a partir da
experiência enquanto arte-educadora na escola em que leciono, trabalhando através de
atividades e criando possibilidades para promover o desenvolvimento englobando a condição
física e psíquica do atendido como um todo; através da arte podemos ampliar consciência,
habilitar percepções, integrar conteúdos e promover compreensões.
Portanto este projeto de pesquisa tem como tema norteador o autista e sua capacidade
de superar limites através da arte-educação, ou seja, procurando fazer com que através das
atividades propostas eles tenham condição plena de perceber que podem ir - um passo adiante,
tendo o cuidado de não promover durante estas atividades a frustração do - não consigo fazer
- não tenho esta capacidade - mas ao contrário, fazendo com que percebam a sua condição de
transpor limites, promovendo a melhoria da auto estima e possibilitando maior autonomia em
sua vida e inclusão.
Mas para fomentar a inclusão em sala de aula regular do ensino público, é preciso
levar em consideração a dificuldade de todos os envolvidos no contexto escolar, compreender
o histórico desses processos, avaliar e pensar em novos procedimentos de atuação e mediação
em ensino e aprendizagem.
o que se faz em arte, não existe uma ação para o início, podemos começar por qualquer parte
desta abordagem, não existe hierarquia.
Voltando a John Dewey, onde o filósofo não polariza a educação, onde o aluno é
valorizado, participando do processo pedagógico de forma democrática, a interação do aluno
no mundo, trazendo sua experiência de vida para a sala de aula, podemos dizer que para
Dewey temos que ter uma problemática e a partir daí promover levantamento de informações,
envolvendo o professor, trabalhando em grupos, promovendo esta resolução, construindo
hipóteses para desenvolver a atividade proposta, fazendo um paralelo com a Arte Educadora
Ana Mae Barbosa que em seu livro “Arte, Educação e Cultura” coloca que através do papel
das artes temos a representação simbólica dos traços espirituais, materiais, intelectuais e
emocionais que caracterizam a sociedade ou o grupo social, a arte como linguagem presente
nos sentidos, transmitem significados que não podem ser transmitidos através de nenhum tipo
de linguagem, tais como a linguagem discursiva ou científica.
Sendo assim usamos todos os nossos sentidos para produzir e ensinar arte, então
podemos trabalhar de forma democrática, unindo a abordagem triangular dentro da forma de
pensar educação de Dewey, onde a prática se faz a partir da formação do aluno imerso na
obra, executando a ação, tendo a possibilidade de refletir e evoluir dentro do processo
educacional. Relacionando a arte-terapia a arte-educação, temos uma ferramenta poderosa
para trabalhar com as crianças autistas ou não, já que a sala de aula é um ambiente
heterogêneo e democrático, oferecendo possibilidades e métodos para seu desenvolvimento.
dificulta o trato com autistas e crianças portadoras de deficiências, seja física ou intelectual,
por isso acredito neste projeto/proposta de pesquisa, como um forma de abrir
questionamentos, instigar e investigar para obter assim o conhecimento, dando acesso de
forma inclusiva, acolhedora e amorosa aos profissionais que travam diariamente uma batalha
para conseguir minimamente dar conta de tantas situações com as quais se deparam no
ambiente escolar no qual convivem.
A arte é um meio de expressão livre e, por meio dela, é possível perceber significados
em qualquer faixa etária, promovendo auto conhecimento, auto estima, socialização e
inclusão social.
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVA
Essa pesquisa justifica-se mediante a relevância desempenhada, nos dias de hoje, pela
arte educação no ensino de qualidade. Ao proporcionar aos educandos experiências, fazendo
uso de todas as linguagens encontradas na arte, promovendo uma melhoria na qualidade do
ensino e da vida destas crianças, assim como, da comunidade escolar, das famílias e da
sociedade.
TEM QUE RESUMIR ISSO EM 5 LINHAS > Os autistas, e, deficientes intelectuais e
físicos a bem pouco tempo atrás não tinham lugar no contexto escolar, onde só foram inclusos
em Lei a partir de 2015, quiçá no contexto social, particularmente no ensino público, isso
proporcionou ao longo dos anos exclusão social, e uma série de pressupostos em torno destes
indivíduos, e hoje, em pleno século XXI, estes ainda não tem um lugar, ou mesmo condições
adequadas de circular em vias públicas, em se tratando do contexto educacional, os gestores,
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professores (as) e todos os que pertencem ao quadro funcional das unidades escolares, não
tem qualquer preparo ou qualquer tipo de formação fornecida gratuitamente pelos órgãos
públicos governamentais, portanto todo o trabalho que se faz exige e tem muita dedicação e
amorosidade, mas deixa muito a desejar no que toca a conteúdos metodológicos específicos e
imprescindíveis para a realização e desenvolvimento de um bom trabalho. Diante deste
contexto este projeto de pesquisa propõe desenvolver metodologias acessíveis para o melhor
desempenho destes profissionais e principalmente promover a real inclusão destas crianças.
Período / semestres
Atividades
1º 2º 3º 4º
Disciplinas
Pesquisa bibliográfica
Atividades Complementares
Produção escrita
Análise do material
Qualificação
Defesa
Revisão final e entrega da dissertação
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Preciso que indique em vermelho o que você consultou ou usou mesmo
ADICHIE, Chimamanda. O perigo da História Única. Disponível em
<https://www.ted.com/talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story/transcri
pt?language=pt > Acesso em: 10 ago. 2019.
BARBOSA, Ana Mae. Entre memória e história. In: Ensino da Arte: memória e história. São
Paulo: Perspectiva, 2008, pp.1-26.
CABRERA, Ramon. Abordaje Triangular desde un Episteme Decolonial In Revista Gearte,
Porto Alegre, v.4, n.2., pp. 181- 191, maio/ago. 2017 Disponível em:
<http://seer.ufrgs.br/gearte/issue/view/3240 > Acesso em: 10 ago. 2019.
COUCHOT, Edmond. A natureza da Arte - O que as ciências cognitivas revelam sobre o
prazer estético. São Paulo: Unesp, 2018, pp. 407-437.
DEWEY, John. Ter uma experiência. In: Arte como Experiência. Trad. Vera Ribeiro. São
Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 109-141.
RANCIERE, Jacques. A partilha do sensível. São Paulo: Ed. 34, 2005.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiencia. Belo Horizonte: Autentica, 2018.
Vídeos:
Abecedário de Arte e Educação com Ana Mae Barbosa, CINEAD LECAV
História do Ensino da Arte no Brasil, Innovatio Laboratório de Artes e Tecnologias para
Educação