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O PROTESTANTISMO

Ao discutirmos um assunto como o Protestantismo, observa-se que não temos um


objeto de estudo no qual iremos analisar, parafraseando Rubem Alves1: A história coloca à
nossa frente uma pluralidade de protestantismos. Portanto, torna-se bastante difícil comentar,
de uma maneira completa, todos os aspectos, no que diz respeito às doutrinas dessa enorme
massa de ideias as quais o protestantismo está firmado.

As doutrinas protestantes irão variar de acordo com a sua ramificação, seu fundador e
país onde nasce; a única forma de reduzi-las a um denominador comum seria mostrar as suas
principais diferenças da Igreja Católica Romana. Vale lembrar que as oposições dentro das
próprias denominações protestantes são inúmeras.

A Bíblia em si é semente de rebelião — são palavra de Usinger, professor de Martinho


Lutero. A Bíblia, ou melhor, a interpretação livre da Bíblia consiste em um marco característico
do protestantismo, tal livre interpretação leva a acontecer, ainda hoje, esse fenômeno de
proliferação das mais variadas igrejas evangélicas. A Bíblia, só a Bíblia, nada senão a Bíblia — eis
a religião do protestantismo evangélico — com este pensamento os protestantes vão firmar sua
doutrina, examinando as escrituras.

O problema levantado por Lutero, das indulgências, a adoração aos santos e o culto à
Maria são práticas condenadas pelos protestantes de uma forma geral sem distinção de
denominação. Dos sete sacramentos doutrinados pela Igreja Católica Romana; batismo,
eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio; os reformadores irão reduzir
a apenas dois: batismos e a eucaristia, ou Santa Ceia, como preferem chamar. O núcleo teológico
protestante foi configurado por Lutero afirmando:

Sola fide (Justificação)

Sola gratia (Santificação)

Sola scriptura (Revelação)

A justificação ou a desculpa, ou a remissão dos pecados, única forma do crente entrar o


céu só existe por meio da fé. A fé em Cristo é o agente justificador para os protestantes, as boas
obras, apesar de importantes, não possuem o poder justificador.

A santificação, ou o caminho que o crente deverá seguir após sua conversão, se dá


apenas pela graça de Deus, o homem é incapaz de trilhar o caminho da santificação se não for
pelo dom gratuito de Deus. Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça
já não é graça2 — palavras do reverendo Thompson, pastor norte-americano.

A única revelação aceita pelos protestantes são as sagradas escrituras. Na ruptura com
a Igreja de Roma, os protestantes não quiseram mais um líder espiritual com poder de ditar a
vontade de Deus , existem sim, pastores que conduzem os fiéis de uma determinada
congregação, porém, são homens com as mesmas inclinações ao pecado, assim, não são
infalíveis.

Estas são apenas algumas das doutrinas protestantes, existem uma série de outras doutrinas,
ideias, convicções, peculiares a cada fragmento do protestantismo.

1
ALVES, Rubem A. Protestantismo e repressão. 1979. P.27
2
Bíblia de Referência Thompson. Editora Vida. 1996. P. 1243
REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem A. Protestantismo e repressão. Editora Ática: São Paulo, 1979.

BÍBLIA DE REFERÊNCIA THOMPSON. Editora Vida: São Paulo, 1996.

BRENTANO, Frantz Funck. Martinho Lutero. Editora Vecchi: Rio de Janeiro, 1956.

GREINER, Albert. Martinho Lutero: um apaixonado pela verdade. Editora Sinodal: São
Leopoldo, 1989.

JOHANNES, Hessen. Lutero visto por católicos. Editora Armenio Amado: Lisboa, 1951.

SKINNER, Quentin. Fundações do pensamento político moderno. Companhia das Letras: São
Paulo, 1996.

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