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Avaliação da Aprendizagem - Cipriano examinar, não interessa se os estudantes

Luckesi aprenderam com qualidade, mas somente a


demonstração e classificação dos que
Avaliação da Aprendizagem é uma questão aprenderam e dos que não aprenderam.
relativamente nova quando comparada à Deste modo, a avaliação está voltada para o
história da pedagogia ocidental. Entretanto passado, na medida em que desejar saber
a história dos exames escolares é um pouco do educando somente o que ele já
mais longa (caso o leitor queira ter outra aprendeu; o que ele não aprendeu não traz
fonte de consulta sobre a história dos nenhum interesse.
exames, poderá consultar BARRIGA 2001).
Diversamente, o ato de avaliar tem como
Primeiramente, devemos entender a função investigar a qualidade do
diferença básica entre os termos exame e desempenho dos estudantes, tendo em
avaliação. Exame era todo tipo de vista uma intervenção para a melhoria dos
procedimento avaliatório sistematizado no resultados. Desta maneira, a avaliação é
decorrer dos séculos XVI e XVII, junto com diagnóstica. Ela indica a necessidade de
o advento do período moderno. intervenção e de reorientação.

Já a avaliação da aprendizagem surge em Algo bastante interessante é o efeito de


1930, pelo tecnicista Ralph Tyler que retroalimentação que os professores sofrem
apresentou esta expressão para explicar mediante ao exame: não se raciocina se o
todo o cuidado necessário que os que aconteceu conosco quando éramos
educadores deveriam ter com os alunos. alunos foi bom ou ruim, simplesmente
Tyler estava preocupado com os números repetimos o ato de medir e classificar os
de reprovações e insucessos educacionais estudantes.
de sua geração: somente 30% dos
estudantes eram aprovados e anualmente No meio deste jogo de xadrez, como
70% das crianças “supostamente” não aprenderíamos a avaliar? Segundo Luckesi
aprendiam. (2011), aprender a avaliar é aprender
conceitos teóricos sobre avaliação, mas,
No caso brasileiro, iniciamos os estudos concomitantemente a isso, aprender a
sobre a avaliação da aprendizagem nos praticar a avaliação, traduzindo-a em atos
final da década de 1960. do cotidiano. Aprender conceitos é fácil, o
difícil mesmo é passar da compreensão
Nosso senso comum está comprometido
para a prática (pg 30).
com os exames escolares e não com a
avaliação. O ato de examinar é Uma aprendizagem se torna verdadeira
caracterizado pela classificação e quando se transforma em prática de vida
seletividade do educando, enquanto o ato cotidiana.
de avaliar se caracteriza pelo diagnóstico e
pela inclusão. O educando não ingressa em A pedagogia do Exame
uma escola para ser medido, mas sim para
aprender. A pedagogia do exame nos traz um triste
dilema: o estudante deverá se dedicar aos
O exame, como conhecemos atualmente, estudos não porque os conteúdos sejam
não era utilizado até antes do século XVI. importantes, significativos e prazerosos de
Antes deste período, o mestre contava com serem aprendidos, mas sim porque estão
poucos alunos e a sistematização da ameaçados por uma prova. (pg 37)
avaliação não se fazia tão necessária.
Geralmente as provas são feitas para
A classificação é baseada em dois reprovar: os professores elaboram as
conceitos mínimos: “aprovado ou provas para “provar” os alunos e não para o
reprovado” e em uma escala ampla de auxílio da aprendizagem, chegando até (em
graus (geralmente de 0 à 10). No ato de
alguns casos) a criar estes testes com o está muito mais articulada com a
intuito de reprovar os educandos. reprovação do que com a aprovação e daí
vem a sua contribuição para a seletividade
Outra tática para qual serve o exame é o social, que já existe independentemente
disciplinamento dos alunos. Esta atitude não dela. A seletividade social já está posta: a
tem nada a ver com o significado dos avaliação colabora com a correnteza,
conteúdos escolares, mas sim com o acrescentando mais um “fio d’água”.
disciplinamento social dos educandos sob a (LUCKESI 2011, pg 44)
égide do medo.
Verificação ou avaliação: o que pratica a
Segundo Luckesi, Comênio dizia que o escola?
medo é um excelente fator para manter a
atenção dos alunos. Assim, o professor A escola está mais vinculada à prática de
pode e deve usar esse “excelente” meio verificação (tomada como base da
para manter os alunos atentos à aula. classificação) do que à prática da avaliação
da aprendizagem, que é diagnóstica,
Durante muito tempo esta tática continuou inclusiva e construtiva. Esta mesma prática
sendo mantida e caiu como uma luva na aprisiona-se nas medidas, transformando-as
recém criada sociedade burguesa. em notas (classificação) sem saber usá-las
para proceder uma avaliação da
(…) a sociedade burguesa aperfeiçoou seus
aprendizagem.
mecanismos de controle. Entre outros,
destacamos a seletividade escolar e seus A avaliação tanto no geral, quanto no
processos de formação das personalidades específico da aprendizagem, não possui
dos educandos. O medo e o fetiche são finalidade em si; ela subsidia um curso de
mecanismos imprescindíveis numa ação que visa construir um resultado
sociedade que não opera na transparência, previamente definido. Esta mesma ação tem
mas sim nos subterfúgios. (LUCKESI 2011, como objetivo garantir a qualidade do
pg 41) resultado do trabalho realizado
anteriormente.
Ao logo do tempo, esta avaliação por meio
de exames e provas foi se tornando um A média mínima é enganosa do ponto de
fetiche. As notas eram operadas como se vista de ter ciências daquilo que o educando
nada tivessem a ver com a aprendizagem. adquiriu. Ela opera no que diz respeito ao
As médias são médias entre números e não aproveitamento escolar, com pequena
expressões de aprendizagem bem ou quantidade de elementos: dois, três ou
malsucedida. (pg 41) quatro resultados; e a média, em número
reduzido de casos, cria, como sabemos,
(…) sociologicamente, a avaliação da
uma forte distorção na expressão da
aprendizagem, utilizada de forma
realidade.
fetichizada, é bastante útil para os
processos de seletividade social. Se os De fato, o ideal seria a inexistência do
procedimentos da avaliação estivessem sistema de notas. A aprovação ou a
articulados com o processo ensino- reprovação do educando deveria dar-se
aprendizagem propriamente dito, não pela efetiva aprendizagem dos
haveria a possibilidade de dispor-se deles conhecimentos mínimos necessários, com o
como se bem entende. No caso, a consequente desenvolvimento de
sociedade é estruturada em classes e, habilidades, hábitos e convicções.
portanto, de modo desigual; a avaliação da Entretanto, diante da intensa utilização de
aprendizagem, então, pode ser posta, sem notas e conceitos na prática escolar e da
a menor dificuldade, a favor do processo de própria legislação educacional que
seletividade, desde que utilizada determina o uso de uma forma de registro
independentemente da construção da dos resultados da aprendizagem, não há
própria aprendizagem. No caso, a avaliação como, de imediato, eliminar as notas e
conceitos da vida escolar. Em função disso, Avaliação educacional escola: para além
é possível pedagogicamente (não do autoritarismo
administrativamente) sanar esta dificuldade
pelo estabelecimento de conhecimentos, Atualmente, acredita-se que na educação o
habilidades e hábitos mínimos a serem ato de planejar é neutro, sem
adquiridos pelos educandos e pelo comprometimento. Planejamento é
encaminhamento do ensino a partir dessa apresentado e desenvolvido como se
definição. (LUCKESI 2011, pg 56) tivesse um fim em si mesmo; outras vezes,
é assumido como se fosse um modo de
De examinar para avaliar, um trânsito definir a aplicação de técnicas efetivas para
difícil, mas necessário obter resultados, não importando a que
preço.
Michel Focault, em seu livro VIGIAR E
PUNIR, advoga que com o final dos Alguns educadores acham que o ato de
mecanismos inquisitoriais, do final da idade planejar é simplesmente técnico e acabam
média, passamos, na emergência da não se perguntando que resultados políticos
modernidade, para os mecanismos de podem conduzir suas ações.
disciplinamento através dos micros poderes,
que são recursos silenciosos de controle de Avaliação do aluno: a favor ou contra a
pessoas e de grupos humanos, que operam democratização do ensino?
no seio das instituições sociais.
Todo cidadão, para usufruir medianamente
Todos nós estamos imersos no sistema dos bens simbólicos da sociedade,
social burguês capitalista. A exclusão necessita de um mínimo de escolarização.
encontrada nos exames escolares remete Para o aproveitamento deste bens,
ao tipo de sistema político em que vivemos. necessita-se de algum tipo de entendimento
Assim, reforçamos as mazelas criadas pela elaborado.
acumulação de capitais.
O acesso universal ao ensino é um
Em outro oposto, encontramos a avaliação elemento essencial da democratização e um
da aprendizagem que é um mecanismo mecanismo para a emancipação sobre os
democrático, inclusivo (já que acolhe a mecanismos de opressão.
todos) e se opõe ao modelo social
A Revolução Francesa, enquanto
hierarquizado e excludente da sociedade
revolucionária, propôs e apregoou o acesso
burguesa, daí ser difícil praticá-la.
universal ao ensino, porém a sociedade
Agir inclusivamente numa sociedade burguesa, sedimentada com a revolução,
excludente exige consciência crítica, clara, não só mão cumpriu esse ditame
precisa e desejo político de se confrontar revolucionário, como criou subterfúgios que
com esse modo de ser, que já não nos impediram aos cidadãos o acesso a esse
satisfaz mais. O ato de usar a avaliação da benefício. Foram muitos os mecanismos
aprendizagem dentro da escola, hoje, pelos quais os poderes constituídos,
configura como investigação e intervenção a representando os interesses da sociedade
serviço da obtenção de resultados bem- burguesa, subtraíram as camadas
sucedidos, é um ato revolucionário em populares do acesso à educação
relação ao modelo social vigente. Significa escolarizada. Os mais comuns são: falta de
agir de modo inclusivo dentro de uma recursos, crescimento demográfico
sociedade excludente; para tanto há acelerado, impossibilidade de atender a
necessidade de comprometimento político… demanda. Em síntese, a dificuldade de
de muito comprometimento político. É mais acesso ao ensino é um fator que atua contra
fácil agir na direção para a qual leva a maré; a sua demanda. (LUCKESI 2011, pg 97)
para opor-se à ela, há que se colocar força
Um ensino e uma aprendizagem de má
no remo, muita força! (LUCKESI 2011, pg
qualidade são antidemocráticos, uma vez
70)
que não possibilitarão aos educandos controle do processo de vida em sociedade,
nenhum processo de emancipação. segundo parâmetros conservadores. A
sociedade conservadora não suporta existir
A avaliação da aprendizagem serve para sem os mecanismos de controle
garantir a qualidade da aprendizagem do internalizados pelos indivíduos – a culpa é,
aluno. Já o modo tradicional (classificatório) assim, muito útil.
é um instrumento contra a democratização
do ensino. Avaliação da aprendizagem escolar: um
ato amoroso
Prática Escolar: do erro como fonte de
castigo ao erro como fonte de virtude Um traço marcante da sociedade burguesa
é a exclusão e marginalização de grande
Em nossa tradição pedagógica, para parte de seus membros. Ela nãos e constitui
qualquer erro – ou suposto erro – na de um modelo amoroso de sociedade.
aprendizagem, vem seguido de um castigo. Entretanto, os slogans da Revolução
Entretanto, o erro, nessas circunstâncias, Francesa (burguesa por excelência) eram
deveria servir como um guia, um ponto de amorosos mas nenhum deles pode ser
partida para o crescimento. Não se busca o traduzido em prática histórica concreta
erro, porém quando ele ocorre, demonstra dentro dessa sociedade .
onde o educando deve melhorar.
(…) A liberdade e a igualdade foram
Na medida em que se avançou no tempo, definidas no limite da lei; evidentemente, no
os castigos escolares perderam o caráter de limite da lei burguesa. E a fraternidade
agressão física e passaram a utilizar a permaneceu como palavra que o vento
violência simbólica. levou. Praticar a fraternidade seria negar as
possibilidades da sociedade burguesa, que
A ideia e prática do castigo surge da
tem por base a exploração do outro pela
concepção na qual as condutas de um
apropriação do excedente do seu trabalho,
sujeito (em nosso exemplo o educando) que
ou seja, pela apropriação da parte não paga
não correspondem a certo padrão
do trabalho alheio. (LUCKESI 2011, pg 203)
preestabelecido, merecem ser castigadas,
afim de que ele “pague” pelo erro cometido VYGOTSKY, Lev. A formação Social da
e “aprenda” o que seria o correto. Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

A ideia de culpa está articulada, dentre No livro Formação Social da Mente –


outras coisas, com as concepção filosófica- Vygotsky tem por objetivo caracterizar os
religiosa de que nascemos no pecado. Essa aspectos tipicamente humanos do
ideia nos acompanha desde o nascimento, comportamento e elaborar hipóteses de
em função de nossa cultura – “ocidental- como essas características se
cristã” – ser marcada pela da queda. O texto desenvolveram durante a vida do indivíduo
bíblico Gêneses diz que Adão e Eva e enfatiza três aspectos:
pecaram ao comer o fruto proibido e, por
isso, foram castigados com a expulsão do • Relação entre seres humanos e o seu
paraíso. Daí em diante, todos os seres ambiente físico e social.
humanos – homens e mulheres – que
viessem a nascer teriam essa marca • Novas formas de atividade que fizeram
originária do pecado e, consequentemente, com que o trabalho fosse o meio
da culpa. (LUCKESI 2011, pg 193) fundamental de relacionamentos entre o
homem e a natureza e as consequências
Interessa à sociedade em que vivemos o psicológicas dessas formas de atividade.
engessamento dos indivíduos pela culpa. A
culpa impede a vida livre, a ousadia e o • A natureza das relações entre o uso de
prazer, fatores que, multiplicados ao nível instrumento e desenvolvimento da
social, significam a impossibilidade de linguagem.
O estudo do desenvolvimento infantil acompanha a ação e apelos verbais direto
começou a ser feita por comparação à ao objeto de atenção. O desenvolvimento
botânica, associado à maturação do da percepção e da atenção, o uso de
organismo como um todo. Como maturação instrumentos e da fala afeta várias funções
por si só, é um fator secundário e não psicológicas:
explica o desenvolvimento de formas mais
complexas do comportamento humano, a Operações sensório-motoras e atenção –
psicologia moderna passou a estudar a cada uma das quais é parte de um sistema
criança a partir dos modelos zoológicos, isto dinâmico de comportamento.
é, da experimentação animal.
Para o desenvolvimento da criança
Segundo Vygotsky, o momento de maior principalmente na primeira infância, o que
significado no curso do desenvolvimento se reveste de importância primordial são as
intelectual, que dá origem às formas interações com os adultos (assimétricas),
puramente humanas de inteligência prática portadores de todas as mensagens de
e abstrata, acontece quando a fala e a cultura. Nessa interação o papel essencial
atividade prática estão juntas. corresponde aos diferentes sistemas
semióticos seguida de uma função
A criança, antes de controlar o próprio individual: começam a ser utilizado como
comportamento, começa a controlar o instrumentos de organização e de controle
ambiente com a ajuda da fala, produzindo do comportamento individual.
novas relações com o ambiente, além de
uma nova organização do próprio ambiente. A abordagem dialética, admitindo a
A criação dessas formas influência da natureza sobre o homem,
caracteristicamente humanas de afirma que o homem, por sua vez, age
comportamento produz o intelecto, e sobre a natureza e cria, através das
constitui a base do trabalho produtivo: à mudanças por ele provocadas, novas
forma especificamente humana do uso de condições naturais para a sua existência.
instrumento. Essa posição representa o elemento-chave
da abordagem de estudo e interpretação
Experiências feitas por Vygotsky concluíram das funções psicológicas superiores FPS,
que a fala da criança é tão importante do homem e serve como base dos novos
quanto a ação para atingir um objetivo. Sua métodos de experimentação e análise.
fala e ação fazem parte de uma mesma
função psicológica complexa, dirigida para a Com relação à interação entre aprendizado
solução do problema em questão. e ensino – O aprendizado é considerado um
processo puramente externo que não esta
Conclui-se também que quanto mais envolvido ativamente no desenvolvimento,
complexa a ação exigida pela situação e simplesmente se utilizará dos avanços do
menos direta a solução, maior a importância desenvolvimento ao invés de fornecer um
que a fala adquire na operação como um impulso para modificar seu curso.
todo.
Para Vygotsky não existe melhor maneira
“Essas observações, me levam a concluir de descrever a educação do que considerá-
que as crianças resolvem suas tarefas la como a organização dos hábitos de
práticas com a ajuda da fala, assim como conduta e tendências comportamentais
dos olhos e das mãos”. (Vygotsky) adquiridos. O aprendizado não altera nossa
capacidade global de focalizar a atenção, ao
A criança quando se confronta com um invés disso, desenvolve várias capacidades
problema mais complicado, apresenta ótima de focalizar a atenção sobre várias coisas.
variedade complexa de respostas que
incluem tentativas diretas de atingir o Numa abordagem sobre a zona de
objetivo, uso de instrumentos, fala dirigidas desenvolvimento proximal, o ponto de
as pessoas ou que simplesmente partida da discussão é o fato de que o
aprendizado das crianças começa muito
antes delas frequentam a escola.

A zona de desenvolvimento proximal é


resumidamente à distância entre o nível de
desenvolvimento real, que se costuma
determinar através da solução independe de
problemas e o nível de desenvolvimento
potencial, determinado através da solução
de problemas sob orientação de um adulto.

O brinquedo tem um papel marcante para


desenvolvimento, o brinquedo não é uma
atividade pura e simples de prazer a uma
criança, pois há outras atividades que dão
mais prazer, como o habito de chupar
chupeta, em relação aos jogos que marcam
a perda e ganho com frequência e é
acompanhado pelo desprazer da perda. A
criança em idade pré-escolar envolve-se
num mundo ilusório para resolver suas
questões e considera essencial e reconhece
a enorme influência do brinquedo no
desenvolvimento da criança.

O brinquedo não é o aspecto predominante


da infância, mas um fator muito importante
do desenvolvimento, demonstra o
significado da mudança que ocorre no
desenvolvimento do próprio brinquedo, de
uma predominância de situações
imaginárias para as predominâncias de
regras e mostra as transformações internas
das crianças que surgem em consequência
do brinquedo.

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