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HISTÓ R IA DA F ILOS O F IA
ANT IGA
ATIVIDADE 02
PIRACURUCA – PI
JULHO DE 2011
HISTÓRIA DA FILOSOFI A ANTIGA
ATIVIDADE 02
QU E STÃO 0 1
A primeira expressão deste período é a escola jônica, que floresceu em Mileto durante
todo o século VI. Os jônios julgaram achar a substância última das coisas numa única
matéria, animada por uma força interior (hilozoísmo). Fundador da escola jônica é
considerado Tales de Mileto (624-546 a.C.); sustentava ele ser a água a substância de todas
as coisas. Para Anaximandro (610-547 a.C.), também de Mileto, o elemento primordial seria
o indeterminado (apeíron), infinito e em movimento perpétuo. Anaxímenes (585-528 a.C.),
também de Mileto, julga que o elemento primordial das coisas é o ar.
Pitágoras, fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos (571 a.C.), mas foi em
seguida para a Itália meridional, onde fundou a sua escola filosófica, com tendência também
religiosa e política, antes em Crotona e depois em Metaponto, aí morrendo em 497 a.C.
provavelmente. Segundo o pitagorismo, a essência da realidade é representada pelo
número, isto é, pelas relações matemáticas. Para explicar a multiplicidade e o vir-a-ser, o
pitagorismo recorre à luta dos opostos, pares e ímpares. Essa antítese é reconduzida à
unidade pela harmonia matemática, que governa o mundo todo, material e moral.
Heráclito de Éfeso (Jônia) viveu entre o VI e o V século. Pode-se resumir a sua doutrina
nos princípios seguintes:
1. a essência da realidade é o vir-a-ser, o fogo, pois tudo muda, tudo está sujeito a um fluxo
eterno.
3. este vir-a-ser e esta oposição são reconduzidos à estabilidade e à unidade pela harmonia,
pela sabedoria, universais, que determinam o acordo entre as oposições.
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O fundador da escola eleática (de Eléia na Magna Grécia) é Xenófanes, nascido em
Cólofon, na Ásia Menor, pelos anos 580-76 a.C. O maior expoente é, todavia,
Parmênides, também de Eléia; viveu na primeira metade do século V. A substância
primordial das coisas é o ser uno, idêntico, imutável, eterno, determinado, concebido
como uma esfera suspensa no vácuo. Parmênides distingue a ciência (que nos dá a
verdade, ou seja, o ser uno e imutável, e é construída pela razão) da opinião (donde
provém o erro, ou seja, o ser múltiplo e mutável, e depende do sentido). Discípulo de
Parmênides é Zenão, natural da Eléia, que viveu provavelmente entre 490 e 430 a.C.,
tornando-se famoso pelas suas argumentações dialéticas contra a multiplicidade e
contra o movimento, que seu mestre afirmou serem ilusórios.
Este é de Agrigento da Sicília, viveu entre 492 e 432 a.C. Deriva dos eleatas
(Parmênides) a doutrina da eternidade e imutabilidade do ser. Mas divide o ser uno dos
eleatas em quatro elementos fundamentais, primordiais, ou seja, terra, água, ar e fogo,
para poder explicar a variedade e a mudança dos fenômenos e das coisas, mediante a
diversa combinação destes quatro elementos. Como Heráclito, julga real a mudança. A
combinação dos elementos, pois, efetua-se por obra de duas forças fundamentais, isto é,
o amor e o ódio.
Nascido em Clazomena, na Jônia, cerca de 500 a.C., após morar trinta anos em
Atenas, fugiu para Lâmpsaco, na Ásia Menor, onde fundou uma escola, e morreu em 428
a.C. Concebe a realidade como constituída por uma infinidade de partículas mínimas,
eternas e imutáveis (homeomerias = partes homogêneas), de qualidade diversa para
poder explicar a natureza diferente das coisas. Quem constitui as coisas em sua
variedade é uma imanente inteligência ordenadora, isto é, o Noûs, que distingue,
recolhe e ordena as homeomerias similares, tirando-as do caos primordial em que
estavam todas desordenadas.
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