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UNIVERIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO

TECNOLOGIA - SALA DE AULA INVERTIDA, MATERIAL ESCRITO

ALUNO: ALEXANDRE HENRIQUE CARVALHO MARQUES


MATRÍCULA: 192080431

CAMPINA GRANDE
27 DE AGOSTO 2019
Origem da tecnologia – Demarcações sobre a tecnologia – Técnica e
natureza humana – O significado da tecnologia

A história humana, como disciplina, é ela mesma demarcada


tomando como referência a tecnologia disponível para as comunidades
humanas em cada período da sua evolução como grupo e sociedade
(REIS, 2001, pp. 14-15). A idade da pedra lascada, da pedra polida, do
bronze, do ferro, etc, até o tempo pós-moderno e sua tecnologia e
sociedade líquidas (FRAGOSO, 2011). A tecnologia defini o homem em
cada tempo e, além disso, explica suas relações sociais.
Uma filosofia do homem natural e da origem das relações sociais foi
um ponto comum nas teorias dos filósofos dos séculos XVI ao XVIII
(SIMPSON, 2009), e, ao menos para um deles, Adam Smith (1723 - 1790),
a tecnologia e, em particular, a habilidade de cada homem em realizar
certas atividades úteis para o bem comum constituíram as bases para a
organização social e para o surgimento de uma economia. A
especialização das técnicas e a divisão do trabalho permitiram ao homem
uma estrutura social complexa cada vez mais centralizada em torno dos
meios de produção e das relações de mercado, ou seja, direcionada ao
estado do mundo contemporâneo.
Dessa forma, Adam Smith (2003) nos revela que tudo o que
associamos com tecnologia atualmente, tais como computadores, carros,
arranha céus, medicamentos, são resultados da capacidade de
organização das sociedades. É o esforço para evoluir socialmente que
estimula o homem a criar e desenvolver tecnologias. Uma definição de
tecnologia poderia ser a de meios ou estratégias desenvolvidas pelo gênio
humano para avançar em suas relações sociais. Tal definição é geral e
engloba toda e qualquer técnica, arte ou equipamento criado pelo homem
para satisfazer uma necessidade sua ou da sociedade, porém numa
direção específica, a da melhoria do seu próprio bem-estar ou do bem-
estar social.
Para além de uma percepção filosófica do papel da tecnologia na
sociedade, mas ainda em seu contexto histórico, a tecnologia representou
o poder de certas civilizações sobre outras. Por exemplo, os
conhecimentos de metalurgia do cobre e do ferro permitiram aos assírios
o domínio por dois séculos da região que se estendia da mesopotâmia até
o antigo Egito. O controle da economia de mercado e o domínio da
tecnologia das máquinas a vapor permitiram aos ingleses do século XVIII
a vanguarda na revolução industrial e o domínio comercial do mundo
ocidental. De toda forma, o domínio ou conhecimento das técnicas mais
avançadas, o know how, garante a hegemonia de certas civilizações sobre
as demais (REIS, 2001, pp. 14-15). Mais uma vez a tecnologia representa
algo além das máquinas, identificando-se com o conhecimento da técnica
em si. Porém, o papel da tecnologia como um promotor social parece
fragilizado no momento em que a tecnologia é apresentada como
ferramenta de dominação social.

Filosofia da tecnologia

A tecnologia é tratada na filosofia desde os tempos dos gregos


antigos. Os discursos de Platão tratam da arte e da técnica da retórica,
como um meio de promover a verdade ou de dissimula-la (sofística),
também da política e democracia. Como já mencionado, estas artes não
deixam de ser tecnologia, pois servem ao propósito de organizar e
desenvolver a sociedade. No entanto, de forma geral, a compreensão da
técnica pelos filósofos gregos se apresentava de duas maneiras: (i) a
filosofia de Heráclito, de que a de que a tecnologia se espelhava na
natureza, imitando-a; (ii) a de que a tecnologia poderia surgir de um
movimento interno ou externo à natureza, ou seja, imitando-a ou
completando-a para suprir necessidades específicas do homem
(MACMILLAN, 2005).
Os filósofos humanistas contemporâneos, como Hannah Arendt e
Heidegger, desviam o interesse da discussão filosófica da arte e a técnica
em si e dedicam-se a discutir e pensar o papel social da tecnologia,
constantemente sob uma perspectiva crítica e pessimista. Em particular os
filósofos humanistas discutem os efeitos negativos do avanço tecnológico
sobre a cultura e comportamento humano (MACMILLAN, 2005). Este
ponto já houvera sido discutido, dentro de certos limites, por Rousseau no
século XVII, com sua conclusão sendo de que o avanço das artes (como
técnicas em geral) levaram à formação de uma sociedade menos culta e
mais preguiçosa (SIMPSON, 2009).
A tecnologia também contribui grandemente para temas da filosofia
da ciência, em particular nos dias atuais. Do ponto de vista filosófico, a
ciência representa um modo de compreensão da realidade através de
mecanismos de inferência. Por exemplo, os filósofos empiristas
consideravam a possibilidade de generalizar o conhecimento observado
através de mecanismos de indução ou dedução. Apesar de historicamente
existir muitos argumentos contra a possibilidade de generalização por
indução, a tecnologia atual envolvida no desenvolvimento de
computadores tem permitido a elaboração e o teste de ferramentas
indutivas eficazes como, por exemplo, a estatísticas (GODFREY-SMITH,
2003).

Avaliações de tecnologia – Tipos de tecnologias

Atualmente, os diversos tipos de tecnologia e seus impactos sociais


e ambientais formam um importante centro de discussão em torno de
questões éticas. A avaliação de tecnologias consiste em considerar de
maneira científica os efeitos das novas tecnologias e os seus limites éticos.
Estas avaliações são, em geral, desempenhadas por peritos, técnicos,
parlamentares, órgãos da justiça e da saúde e também em discussões
com a própria sociedade. O objetivo da avaliação de tecnologias é
promover a inovação tecnológica sem perder de vista o compromisso
social da tecnologia.
As tecnologias atuais lidam constantemente com barreiras éticas,
como é o caso das ciências médicas e biomoleculares, as quais visam o
desenvolvimento de conhecimentos para o tratamento de doenças, mas
que muitas vezes sugerem métodos que desafiam a ética científica e social
(por exemplo, as técnicas de clonagem e seleção de características
genéticas em embriões). A ciência da informação tem experimentado um
crescimento vertiginoso nos últimos anos, através do desenvolvimento de
tecnologias poderosas para a coleta, armazenamento, organização e
análise de dados, principalmente no tocante à internet. Estes dados têm
servido como fontes de informação para a tomada de decisões em grandes
empresas que dominam o mercado mundial. Este sentido avaliações
tecnológicas são necessárias para garantir ao menos a privacidade dos
dados e do acesso à informação dos usuários de internet. Outros tipos de
tecnologia atuais envolvem a robótica, a neurociência, inteligência artificial
e internet das coisas.

Vantagens e desvantagens da tecnologia na atualidade

O ritmo acelerado do desenvolvimento tecnológico tem permitido à


sociedade atual experimentar contextos sociais completamente novos. A
internet garante a interconexão de pessoas em todo o globo terrestre com
um tempo de resposta quase instantâneo. Este ponto tem sido tratado
extensivamente em estudos de geografia, onde, por exemplo, cálculos de
distâncias convencionais, tal como a distância euclidiana, têm sido
reconsiderados e substituídos por fórmulas que envolvam o tempo como
elemento essencial, mais do que o espaço. Esta nova percepção de tempo
e espaço tem levado a grandes avanços na forma como o homem se
relaciona em sociedade, no entanto, alguns problemas podem ser
destacados. A fluidez nas relações produzidas pela internet contribuiu para
a organização de uma sociedade menos centrada nas interações reais,
realizada na presença de outras pessoas, substituindo-a por relações
puramente virtuais.
O consumo de tecnologia tem movimentado o mercado de maneira
assombrosa. O acesso à tecnologia foi facilitado a partir da popularização
dos equipamentos eletrônicos e de serviços de internet. Apesar de
representar um ponto positivo da tecnologia e da economia de mercado
atual, não tem crescido em mesma proporção os programas de
conscientização da população sobre o consumo de tecnologia e de
eletrônicos. Como consequência a geração de lixo tecnológico tem
aumentado nos últimos anos. Este tipo de lixo é altamente tóxico e, ao ser
descartado de forma inadequada, contribui para a degradação dos solos,
águas e do meio ambiente de forma geral.
O consumo de carros tem levado as cidades em brasileiras a um
verdadeiro caos urbano. Apesar de os carros terem se tornado máquinas
cada vez mais seguras e confortáveis, não tem havido uma preocupação
dos poderes públicos em melhorar proporcionalmente a infraestrutura
urbana e de tráfego de veículos. O que ocorre é que a cidade mantém uma
estrutura urbana defasada incapaz de lidar com o volume de carros que o
mercado coloca em circulação. Experiências bem sucedidas em de países
desenvolvidos apontam para alternativas no deslocamento urbano, tais
como investimentos em transporte público de qualidade e estimulo ao uso
de carros menores e com menos consumo de combustível, ou até mesmo
do estimulo ao uso de bicicletas e espaços públicos adaptados
especificamente para priorizar este tipo de transporte urbano.

Referências

FRAGOSO, T. O. Modernidade líquida e liberdade consumidora: o


pensamento crítico de Zygmunt Bauman. Revista Perspectivas Sociais.
Pelotas, Ano 1, N. 1, p. 109-124, março, 2011.

GODFREY-SMITH, P. Theory and reality: An introduction to the


philosophy of science. Chicago: University of Chicago Press. 2003.

MACMILLAN, Encyclopedia of Science, Technology, and Ethics. Carl


Mitcham, v. 4. 2005.
REIS, M. Completamente química: química geral. FTD: São Paulo,
2001.

SMITH, A. The Wealth of Nations. New York: Bantam Classic, 2003.

SIMPSON, M. Compreender Rousseau. Editora Vozes: Rio de Janeiro,


2009.

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