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Chimoio
2019
1.Introdução
Vivemos num mundo cada vez moderno, em que a tecnologia vai experimentando o seu
estágio mais alto de desenvolvimento. A economia e o desenvolvimento de qualquer país
estão estritamente ligados à industrialização cada vez mais crescente. A descoberta de
recursos naturais em Moçambique é um factor galvanizador do desenvolvimento nacional.
Contudo, estes factores levam-nos a um grande desafio, no que concerne a extração e
transformação dos recursos priorizando aspectos de economicidade bem como ambientais.
Sendo assim, a Química Técnica estuda os processos químico-técnicos de produção
industrial, desde a preparação, transformação e acabamento dos produtos respeitando os
aspectos ambientais. Ela preocupa-se com osaparelhos a usar, elevada cientificidade no
processo de produção, alta pureza dos produtos, maior produtividade; alta exigência das
obrigações; elevado grau de tratamento; dispêndio diminuído do trabalho vivo;
maiorconcentração e especialização da produção etc.
A sebenta em alusão contém conteúdos da cadeira de Química Técnica, lecionados no
curso de Química de acordo com o novo currículo vigente na Universidade Pedagógica de
Moçambique.
1.1.Objectivos
Competências
a) Desenvolver bases científicas sobre os processos de produção na indústria química e
sobre o seu contributo no desenvolvimento sócio-económico;
b) Identificar as matérias-primas existentes no País e o seu tratamento;
c) Habilitar os estudantes a preparar os processos químico-tecnológicos
escolhidos,partindo dos métodos tecnológicos do tratamento da matéria-prima e outros
bens.
1.1.1.Objectivos Gerais
a) Adquirir conhecimentos sobre a construção, funcionamento e aplicação dosaparelhos
químico-técnicos;
b) Identificar os processos químico-técnicos básicos tratados na Escola;
c) Saber a importância do desenvolvimento da indústria química no âmbito
dodesenvolvimento sócio-económico bem como as medidas de protecção do meio
ambiente;
d) Realizar visita de estudo às empresas de processamento dos produtos químicospara
observar e compreender no local o decurso dos processos tecnológicos
Competências
a) Desenvolver bases científicas sobre os processos de produção na indústriaquímica e
sobre o seu contributo no desenvolvimento sócio-económico;
b) Identificar as matérias-primas existentes no País e o seu tratamento;
c) Habilitar os estudantes a preparar os processos químico-tecnológicos escolhidospartindo
dos métodos tecnológicos do tratamento da matéria-prima e outros bens.
Carga horária
Contacto Estudo
Tema/ Conteúdo
Unidade
1 2 15
Processos Tecnológicos Fundamentais
2 Princípios de Trabalho Tecnológico 14 15
3 Indústria química 20 10
4 Tratamento do Carvão, Petróleo-bruto e Gás 14 10
Natural
7 Vidro e Porcelana
8
Sub – Total 80 70
Total 150
2. PROCESSOS TECNOLÓGICOS FUNDAMENTAIS
A química técnica ocupa um lugar muito importante no sistema de ciências visto que ela
estabelece ligações entre as ciências (química, física, matemática técnica e economia).
Investiga também as leis que determinam a economia e a produtividade económica
aquisição de produto gastando, contudo pouca matéria-prima, pouca energia para a
produção de maiores quantidades de produto desejado.
O esquema corrente qualitativo permite uma vista geral sobre o processo químico
-tecnológico sem mencionar quaisquer pormenores, caracterizando só o principio
simbolizado.Antes da realização de um processo químico, a matéria-prima deve ser
preparada, de modo que o processo decorra optimamente e tenha maiores rendimentos.
1.6.1.Trituração
Na trituração, os torrões são divididos em fragmentos menores aumentando assim a sua
superfície, com finalidade de:
1ª Etapa – Pré-Fase
1.7.1.Operações Físicas
1.7.1.1.Filtração
Consiste em separar um sólido de um líquido baseando-se nos tamanhos das partículas. As
partículas de tamanho maior ficam retidas no filtro e só passa a parte líquida.
As partículas aglomeradas no filtro são chamadas de “bolo filtrado” que podem ter
tamanhos que podem ter tamanhos diferentes, podendo ser:
1.7.1.2.Dissolução
É o método de separação de dois sólidos dependendo da solubilidade das substâncias, por
exemplo: na separação do ferro e o enxofre, usa-se o dissulfureto de carbono que vai
dissolver o enxofre e assim efectuar se a separação.
1.7.1.3.Moagem
É o processo de redução do material em partículas menores.
1.7.1.4.Trituração
Consiste em reduzir o tamanho de partículas sólidas. Utiliza uma variedade de
instrumentos mecânicos.Os materiais grossos são colocados na machadora que é um par de
placas de aço em que está fixa e outra se move por meio de um volante.
1.7.1.5.Fusão
É a passagem do material de um estado sólido para um estado diferente, neste caso, o
estado líquido. Para que ocorra a fusão a temperatura deve ser elevada e a concentração do
fundente também deve ser elevada.
1.7.1.6.Britagem
É o processo de fragmentação e cisalhamento do mineral em questão (calcário no caso),
responsável pela redução e adequação da granulometria do minério quando necessário,
preparando-o para a fase seguinte. Consiste em moer o material até tornar-se pó.
1.7.1.7.Divisão
Consiste na divisão das partículas em partes iguais.
1.7.1.8.Decantação
É a separação de uma substância sólida e uma no estado líquido. Faz-se com que a
substancia sólida repouse no fundo do recipiente e depois submetemos a parte líquida a
uma decantação.
1.7.1.9.Lavagem
É o processo através do qual se separa a parte útil do minério pela água. Por exemplo, na
extracção de ouro.
1.7.1.10.Vaporização
É a separação de um sólido de um líquido por aquecimento.
1.8.Operação físico-química
1.8.1.Destilação
Consiste basicamente na separação de uma mistura de vários líquidos com ponto de
ebulição diferentes. Ela pode divide-se em destilação simples e fraccionada. É mais comum
quando se apresenta no estado líquido e seco no estado sólido.
1.8.2.Extracção
O objectivo deste processo é o de extrair uma substância de uma mistura, e pode ser
dividida em:
1- Extracção por solvente – consiste em introduzir numa mistura um solvente imiscível
onde vai ocorrer uma transferência do soluto do primeiro solvente e se mistura com o 2º
solvente. O processo pode ser de forma:
Contínua – usa-se o 2º solvente de uma forma contínua para extrair todo o soluto de uma
só vez. Para ocorrência de processo usam-se aparelhos específicos.
Adsorção
Na adsorção o adsorvente pode ser, por exemplo: carvão, argila, sílica, hidrocarbonetos
gasosos, e o adsorvato são normalmente o oxigénio, hidrogénio, amoníaco, etc. A adsorção
mais comum é entre um gás e um sólido, neste caso as moléculas do gás entram em
contacto com o sólido que ira ficar completamente coberto pelas moléculas do gás.
Física – quando esta é lenta, de curto alcance, e não contribui para a formação de ligações
estáveis e permanentes (Forças de Van der Walls)
Nota: a fronteira entre os dois processos situa-se no facto de a física ser muito rápida, que
implica profundas modificações reversíveis porque as ligações desfazem-se facilmente
libertando pequena quantidade de energia. A Química não é rápida, é irreversível e liberta-
se muita energia.
1.8.4.Osfactores que influenciam a adsorção são:
Temperatura;
Concentração dos reagentes
Pressão.
Por radiação de Calor –é feita através da luz solar, lâmpadas e outras. Os corpos não se
contactam, por falta de qualquer meio medianeiro (raios solares). Dá-se em forma de raios
de calor que se realiza num espaço vazio.
Por convecção– é feita por movimento do ar ou da corrente do ar. Os que têm um meio
medianeiro (ar). A causa desta forma de transmissão são as moléculas de ar, por exemplo,
que são aquecidas. Na técnica química o calor pode ser adicionado ou subtraído, nos vários
processos de produção. Os objectivos:
Q = k A ∆ Tm onde:
Na contracorrente, a substância que fornece calor entra em contacto com a substância que
absorve calor, mas já pré - aquecida (∆ T e). A diferença média de temperatura é maior na
contracorrente.
1.11.Permutadores de calor
Permutadores de calor são aparelhos que permitem a transmissão de calor. O calor é
trocado através da parede divisória.
Os permutadores mais usuais são: permutador de tubos (de feixe tubular) e o permutador
de placas.
O permutador de tubos consiste num feixe tubular. Uma das substâncias circula dentro do
feixe tubular e a outra fora deste, transversalmente, sendo desviada por chicanas (chapas
de desvio). Através do permutador de tubos as substâncias podem ser movidas em
contracorrente e corrente cruzada. Estes aparelhos têm um bom rendimento de permuta.
1.11.1.Torres de arrefecimento
Nas grandes instalações químicas, por exemplo, centrais, construídas perto dos rios, usa-se
para o arrefecimento dos produtos, a água do rio. Este água, durante a utilização como
meio de arrefecimento absorve calor.
Para uma sistematização das reacções fundamentais existem alguns critérios. O ponto
principal na tecnologia química é a consideração das condições físico-químicas das
reacções. Para a realização de uma reacção química existem duas condições necessárias.
Estas reacções são realizadas em reactores simples, muitas vezes em caldeiras de agitação
ou tubos de reacção.
1.12.6.Processos bioquímicos
Nestes processos, os microrganismos transformam os reagentes. Aplicam-se entre os outros
na produzo de alimentos e de produtos de farmacêuticos, por exemplo, o queijo, o Álcool
etílico, fermentos, antibióticos e vitaminas. As reacções bioquímicas decorrem lentamente,
de modo que se aplicam caldeiras de agitação como reactores que trabalham
descontinuamente.
As reacçõesmecâno-quimicas decorrem através da energia mecânica.
A configuração;
Modo de operação dos reactores que originam produtos com maior lucro
possível.
Temperatura de reacção
Cada reacção química está ligada à transformação de energia, forma-se calor (reacção
exotérmica) ou é consumido (reacção endotérmica). Por consequência, os reactores
precisam de instalações para aquecimento e arrefecimento.
Condução de substâncias
Uma reacção química pode ser realizada em cargas e descargas, por exemplo numa
caldeira de agitação – o processo será descontínuo. Realizar um processo contínuo
significa produzir sem interrupção. Para as reacções longas aplica-se um procedimento
descontinuo, enquanto que para as reacções que decorrem rapidamente aplica-se um
procedimento continuo.
Estado agregativo
1.13.Sistema de reacção
Numa reacção participam pelo menos dois reagentes. Num sistema de reacção homogénea,
as substancias tem o mesmo estado agregativo (gás/gás). Num sistema de reacção
heterogénea os reagentes têm estados agregativos diferentes (gás/sólido)
1.14.Classificação de reactores:
A classificação de reactores baseia-se principalmente nas condições de reacção:
Reactores Tubulares;
Reactores Contínuo
ReactorSemi-descontínuo ou semi-contínuo.
É simples, flexível e barato que o reactor contínuo. É constituído por um vaso onde é
colocada a mistura de reagentes e por um agitador com a finalidade de homogeneizar
melhor possível a mistura de uma forma racional.
------------
Centrifugacao
A transformação das substâncias é feita continuamente sem parar. É ainda constituído por
um agitador e mais tanques ligados em operação contínua.
------------ C A 1 CA 2 CA F
a) Reactor Tubular
------------ R. Tubular
CSTR
b) ReactorSemi-contínuo ou Semi-Descontinuo
Do ponto de vista tecnológico é muito fácil concluir que através de uma reacção simples da
1ª ordem dada pela relação dos valores dos dois tipos de recatares contínuo e tubular, se
expressa pela equação seguinte:
(VR ).CSTR x (1 x)
(VR )Tubular 1
ln
1 x (1)
a)Máquinas de Força
b)Máquinas de Energia
c)Electromotores ou Turbinas
e)Máquina de Trabalho.
1.18.Aparelho
É um dispositivo constituído por várias partes em movimento interligados entre si.
Exemplo:
Aparelhagem
É uma combinação de vários aparelhos e máquinas para uma tarefa bem definida na
condução de substância, transporte de energia, arrumações, medições, regulações,
instalação de segurança na realização de uma tarefa. Exemplo: Uma fábrica de Produção de
açúcar.
Combinadas
Princípio Circular;
Princípio de Turbilhão;
Princípio Regenerativo.
É um princípio químico - técnico em que diferentes substâncias entram num reactor, uma a
continuação da outra e em sentidos contrários introduzindo-se uma corrente de ar ou de
outra matéria-prima. Quando se introduz uma corrente contrária de substância, as energias
trocam-se optimamente, por exemplo na produção de ácido sulfúrico.
Princípio Circular
Princípio de Turbilhão
Princípio Regenerativo
Depois de expulsar os gases quentes do aparelho, estes são introduzidos nos regeneradores
e dai são conservados e que posteriormente são usados no pré-aquecimento dos reagentes
ou outros gases. O objectivo deste princípio é o usa racional de Energia. Por exemplo na
produção de cimento.
Neste modo, o aparelho é carrega com uma carga limitada do material. O processo é
iniciado e interrompido depois de certo tempo. Durante este tempo, altera-se a temperatura,
a concentração, a pressão e velocidade da reacção (num reactor). A desvantagem deste
processo baseia-se no carregamento e descarregamento, já que para tal perde-se algum
tempo. Reacções muito lentas exigem, muitas vezes, um modo de trabalho descontínuo.
Se uma empresa for obrigada a fornecer certo sortimento de alto valor em pequenas
quantidades, as suas instalações devem ser montadas de uma forma variada (produção de
produtos farmacêuticos, corantes etc). Nestes casos, seria vantajoso produzir
descontinuamente. O pressuposto do modo continua de que os produtos iniciais e finais
devem ser tratados nem sempre ‘e garantido. Isto pode ser causado por problemas de
tratamento, por exemplo, os sólidos conglobados.
2.1.6.1.Ligação em bateria
Uma ligação em bateria é também designada ligação em paralelo. Nela, ligam-se dois ou
mais aparelhos iguais em paralelo, contínuos ou descontínuos, para a realização de um
processo tecnológico.
2.1.6.3.Ligação em cascatas
A ligação em cascata designa-se também ligação em série. As reacções ou operações
fundamentais por realizar são distribuídas aos aparelhos de modo que o produto final da
primeira seja p produto inicial da próxima. Por consequência, altera-se gradualmente a
concentração e o grau de tratamento do produto.
2.1.8.Circulação de substâncias
O ponto de partida de circulação de substâncias é a reacção fundamental. A substância em
circulação é usada mais vezes. A circulação é também usada na extracção líquida/líquido
dos compostos aromáticos da gasolina na reformação
As partículas sólidas afastam-se umas das outras, garantindo que cada partícula seja
mergulhada pelo gás ou líquido. Com isto, a superfície útil dos sólidos é muito maior e
as reacções e as reacções decorrem rapidamente, influído uma melhor transformação de
calor entre os reagentes e entre o sólido e a parede do aparelho.
As partículas sólidas estão em turbilhão. Por conseguinte, existe na camada uma
temperatura relevante igual e não existem sobre aquecimentos locais, que são
prejudiciais.
A turbulência permite uma mistura profunda dos granulados.
O estado da camada, semelhante de um líquido, possibilita um tratamento adequado.
Devido à turbulência dos sólidos, existe certa fricção. Resultam prejuízos de pó fino e,
às vezes, de catalisadores dispendiosos, que afectam o rendimento económico. Neste
caso deve se usar um ciclone.
Na aplicação da camada de remoinho, não se pode realizar uma contracorrente. Por esta
causa, juntam-se mais camadas de remoinho numa cascata.
3.INDÚSTRIA QUÍMICA
3.2.Matéria-Prima Básica
São riquezas do subsolo, do solo, marítimas, aéreas de um país usadas ao serviço do
homem, para servirem as indústrias. De acordo com a proveniência a matéria classifica-se
em:
1. Produtos Minerais – englobam o petróleo, o gás natural, carvão mineral, sais, pedras,
etc.
2. Produtos Agrícolas – são as plantas e árvores cultiváveis, assim como vegetais;
3. Produtos Pecuários e Pesqueiros – animais domésticos selvagens e peixe;
4. Produtos secundários – sucatas, papel velho, garrafas, vidro, plásticos furados, ossos,
etc.
5. Produtos Pré-fabricados – plásticos PVC, linha, etc.
6. Produtos Atmosféricos – Ar;
7. Produtos Hídricos – água.
Ar – serve para o aquecimento para combustão, como corrente nos altos-fornos, serve
também para arrefecer, dissolvente no processo de Linder;
Assim a indústria será a principal salvadora do próprio meio ambiente através de novos
conceitos como o caos de “processo técnico-científico” o que significa que a partir de um
processo de conhecimento de produção e produtividade aplicando as leis em beneficio do
próprio trabalho do homem.
A energia eléctrica toma um lugar especial nas fontes energéticas porque ela é cómoda em
qualquer forca de trabalho e é transformável para qualquer zona e é transformável para
qualquer tipo de energia. O ar e a água, como substâncias auxiliares podem ser utilizados
também como fonte de energia. Em relação aos transportes e comunicação são facilitadores
de todo o processo de trabalho desde o transporte da matéria-prima e o produto acabado e a
facilitação da sua venda.
4.TRATAMENTO DE CARVÃO, PETRÓLEO BRUTO E GÁS NATURAL
4.1.Carvão mineral
O quadro abaixo mostra como ocorre a evolução da composição elementar, desde vegetais
até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase carbono puro:
4.1.2.Produção Mundial
O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de solução
para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia faltassem, o carvão
sozinho daria para assegurar 150 anos de consumo, isso pelos métodos até então
conhecidos.
Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de
petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porém se não surgirem outras soluções será o
carvão o combustível fóssil disponível.
O carvão será, sem dúvida, a última esperança, porem os técnicos deverão tomar decisões
importantes, de como utilizar racionalmente, em relação ao desenvolvimento de cada país,
considerando meio ambiente e saúde do trabalhador na indústria carbonífera, onde o
homem aos 50 anos, está com os pulmões forrados de carbono (carvão) pela
Pneumoconiose, sem ânimo e sem força para trabalhar, o que significa, falta de
equipamentos e métodos de protecção.
Os moinhos de bolas de economia de energia são adequados para afiar minérios diversos e
outros materiais, e são amplamente utilizados em muitas áreas, tais como cimento,
produtos de silicato, materiais de construção, materiais à prova de fogo, fertilizantes, e
assim por diante. Nossos secadores são utilizados principalmente para a secagem de
materiais na linha de produção, preparação. É amplamente utilizado na metalurgia,
produtos químicos, minerais e outras indústrias. Separador magnético incluem separadores
magnéticos secos e molhados. Nossos separadores magnéticos são usados para
processamento etc magnetita, pirrotita e ilmenita, e também podem ser utilizado na
remoção dos minerais magnéticos do carvão, minerais não-metálicos, materiais de
construção e muito mais.
O processo de coqueificação é classificado como processo químico, uma vez que envolve
quebra de moléculas, e envolve seis etapas distintas: Perda de umidade, desvolatização,
fluidez, inchamento, resolidificação e devolatilização.
-Perda de umidade: este processo ocorre a temperaturas da casa do 100ºC e 120ºC é
caracterizado pela liberação da umidade presente no carvão mineral (in natura);
-Desvolatização primária: se caracteriza como o primeiro estágio efectivo da
coqueificação. Ocorre em temperaturas da ordem de 350ºC a 550ºC, e apresenta como
decorrência libertação de hidrocarbonetos (HC´s) pesados e alcatrão;
-Fluidez: processo actuante entre 450ºC e 600ºC. Neste, o material (carvão mineral com
ausência de alcatrão e HC´s pesados) se torna fluido, pastoso, devido, principalmente, ao
rompimento das pontes de oxigénio presentes em sua estrutura química;
-Inchamento: etapa paralela à de fluidez. Ocorre devido à difusão da pressão dos gases
presentes na estrutura do carvão mineral. Neste processo a intensidade do inchamento será
função da velocidade de libertação dos gases na massa fluida. É fase de grande importância
na produção do carvão coque, uma vez que deve ser devidamente controlada a fim de
evitar danos aos equipamentos da coqueria;
-Resolidificação: ocorre a temperaturas próximas de 700ºC. Neste processo ocorre
formação do “semi-coque”. Tal processo determina, em grande parte, a qualidade do
carvão coque a ser produzido, pois resolidificação sem formação de fissuras originará um
produto de elevada resistência mecânica;
Leito Fixo – A denominação de “leito fixo” é devido à camada de carvão estar suportada
dentro do gaseificador por grelhas fixas e apresentando sua espessura mais ou menos
constante. Dentro deste leito, o carvão move-se vagarosamente, de cima para baixo,
passando por várias zonas distintas, saindo finalmente um resíduo, as cinzas, pelo fundo.
Os agentes de gaseificação (vapor e ar, O2 e outros), circulam, geralmente, em contra
corrente, de baixo para cima, neste caso, temos o chamado fluxo em contra-corrente.
Leito Arrastado – Para este tipo de gaseificador as partículas de carvão precisam ser
muito finas (carvão pulverizado) e são gaseificadas na presença de oxigénio (com muito
menos frequência usa-se ar) em fluxo co-corrente. A maioria dos carvões pode ser
gaseificadas neste tipo de equipamento devido a sua elevada temperatura de operação que
funde o carvão e as cinzas, além de proporcionar excelente separação das partículas de
carvão dentro do leito evitando aglomeração. Em contrapartida, a elevada temperatura
impõe um resfriamento dos gases de saída antes de sua limpeza devido a limitações
técnicas destes equipamentos actualmente.
Figura 7- Representação de um gaseificador de leito fixo (a), leito fluidizado (b) e leito
arrastado(c).
4.1.5.Poluição
O carvão mineral é muito poluidor, pois apresenta substâncias chamadas de sulfetos (como
a pirita) que podem reagir quimicamente com o ar ou água (por causa da presença de
oxigénio), e forma substâncias como o ácido sulfúrico e sulfato ferroso que vão para o
subsolo e para o lençol freático (água subterrânea), contaminando solos, rios e lagos. A
queima do carvão também liberta substâncias que provocam poluição atmosférica, como
fuligem, chuvas ácidas, e ainda contribuem para o efeito estufa. Actualmente, o principal
uso da combustão directa do carvão é na geração de electricidade, por meio de usinas
termoeléctricas. Essa tecnologia está bem desenvolvida e é economicamente competitiva.
Os impactos ambientais das usinas a carvão são grandes, não só pelas emissões
atmosféricas, mas também pelo descarte de resíduos sólidos e poluição térmica, além dos
riscos inerentes à mineração.
Este tipo de usina ocupa grandes superfícies, ao redor de 4 km2 por usina, excluindo-se
instalações de armazenamento e vias de acesso. A própria infra-estrutura dessas usinas,
como os corredores para os fios de alta tensão, chaminés, torres de resfriamento, trechos de
acesso e de eliminação de resíduos, apresenta altos riscos potenciais ao meio ambiente e
aos operários da usina.A melhoria do processo de combustão poderia reduzir as emissões
de monóxido de carbono e nitrogénio, a partir da dessulfurização dos gases de combustão
ou da utilização de carvão com baixo teor de enxofre. E também o calor residual da usina
poderia ser aproveitado nas suas proximidades, para evitar perdas energéticas, como por
exemplo: aquecimento de caldeiras, movimentação de motores, etc.
4.1.6.Liquefação do carvão
Quanto maior o teor de carbono, maior também é o poder energético. Por isso,, a turfa, que
em teores muito baixos e altas percentagens de umidade, nem sempre pode ser aproveitada
como combustível, e nesse caso serve para aumentar a composição de matéria orgânica dos
solos. Encontrada nos baixos e várzeas, ou em antigas lagoas atulhadas, a turfa caracteriza-
se pela presença abundante de restos ainda conservados de talos e raízes. Já o linhito, muito
mais compacto que a turfa, é empregado na siderurgia, como redutor, graças a sua
capacidade de ceder oxigênio para a combustão como matéria-prima na carboquímica.
Quando o linhito se apresenta brilhante e negro, recebe o nome de azeviche.
O carvão mineral, em qualquer de suas fases, compõe-se de uma parte orgânica, formada
de macro moléculas de carbono e hidrogénio e pequenas proporções de oxigénio, enxofre e
nitrogénio. Essa é a parte útil, por ser fortemente combustível. A outra parte mineral,
contém os silicatos que constituem a cinza. As proporções desses elementos variam de
acordo com o grau de evolução do processo de encarbonização: quanto mais avançado,
mais alto o teor de carbono na parte orgânica e menor o teor de oxigénio. Em virtude dessa
estrutura complexa e variável, o carvão mineral apresenta diversos tipos. Seu emprego para
fins industriais obedece a uma classificação que toma como base a produção de matéria
volátil e a natureza do resíduo. Assim, há carvões que se destinam à produção de gás, de
vapor ou de coque, que é um carvão amorfo, resultante da calcinação do carvão mineral, e
de largo emprego na siderurgia.
4.1.7.HULHA
A hulha é um carvão mineral com 80% de carbono (abaixo de 80% ocorre o linhito e,
acima, antracito). Os carvões minerais resultam da fossilização da madeira, ocorrida ao
longo de milhões de anos, provocada por pressão, temperatura e ausência de ar. A hulha foi
a mola propulsora da indústria do século passado, durante a chamada Revolução Industrial,
sendo substituída pelo petróleo no século XX.