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Jornal de Estudos Espíritas 1, 010302 (2013) - (4 pgs.) Volume 1 – 2013

O Fluido Cósmico Universal e as Teorias Cosmológicas


Alexandre Fontes da Fonseca1,a
1
Bauru, SP
e-mail: a a.f.fonseca@bol.com.br
(Republicado em 11 de Maio de 2013)
Artigo reproduzido da revista FidelidadESPÍRITA 14, pp.16–24 (2003)

R ESUMO
Recentemente, algumas observações astronômicas têm chamado a atenção dos cientistas para o comportamento do
Universo. Os modelos teóricos não explicam tais evidências o que tem levado ao surgimento de novas teorias. Neste
artigo comparamos algumas destas evidências experimentais com uma afirmativa, feita pelos espíritos, na questão
número 27 do Livro dos Espíritos. Os espíritos, ao caracterizarem o princípio material elementar do Universo,
ou o Fluido Cósmico Universal (FCU), mencionam uma de suas propriedades que poderia, ao nosso ver, trazer
luz ao referido problema que, nas últimas duas décadas, tem preocupado os cientistas. Apresentaremos um breve
histórico sobre a origem dos modelos cosmológicos modernos mencionando os fatos que chamaram a atenção para
o problema, e discutiremos a afirmativa dos espíritos.
Palavras-Chave: Fluido Cósmico Universal; Elemento material; Cosmologia; Constante Cosmológica; Efeito Ca-
simir.

I I NTRODUÇÃO nos fornecer uma idéia melhor sobre o Universo. Os li-


vros da referência [7] e [8] trazem uma discussão acessí-
Quem poderia imaginar que uma despretensiosa vel sobre os atuais modelos cosmológicos. Sabemos, por
afirmativa dos espíritos, feita a quase 150 anos atrás, exemplo, que o nosso planeta não é nada mais que um
pudesse ser considerada como uma chave para soluci- minúsculo grão de areia e que o nosso sistema solar é dos
onar um problema atual da Cosmologia. Estamos fa- mais simples. Existem milhares de milhares de galáxias,
lando da questão número 27 do Livro dos Espíritos cada uma contendo milhares de sistemas solares, cada um
[1, 2]. Nesta questão, Kardec pergunta se haveriam dois contendo seus planetas. Conforme discutido no Evange-
elementos gerais no Universo ao que os espíritos res- lho Segundo Espiritismo [9] no capítulo III “Há muitas
pondem afirmativamente, acrescentando-se “. . . acima de moradas na casa de meu Pai”, a grandeza do Universo
tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas” [2]. A não deixa dúvida quanto a existência de humanidades
afirmativa que nos chamou atenção para este artigo é a irmãs habitando outros orbes. Segundo a Ciência, o Uni-
última frase desta resposta: “Esse fluido universal, ou verso teria em torno de 12 a 15 bilhões de anos, mas isto
primitivo, ou elementar, sendo o agente que o espírito se ainda não é uma informação definitiva conforme veremos
utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria a seguir.
em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria A Ciência, ao contrário do que se imagina, às vezes,
as qualidades que a gravidade lhe dá” [2]1 . Volta- não tem a palavra final sobre um determinado assunto.
remos a ela após apresentarmos o problema atual que a Vemos todos os dias novos medicamentos e tratamentos
Cosmologia ainda não resolveu. sendo utilizados em lugar de antigos que foram conside-
Hoje em dia a concepção que fazemos do Universo rados ultrapassados. Vemos ainda, novos experimentos
é bem diferente da de séculos atrás. Acreditava-se ser levando a Ciência a novos paradigmas sobre a realidade,
a Terra o centro do Universo e que os astros, fixos em como aconteceu com o surgimento da Física Quântica. E,
um abóbada rígida, o firmamento, se moviam de acordo apesar do conhecimento que temos do Universo que nos
com o movimento deste. Inclusive os gregos acreditavam rodeia, existem questões em aberto que desafiam os ci-
que havia um quinto elemento2 que os mantinha presos entistas nos dias de hoje. Pretendemos discutir algumas
ao céu [4]. Muitos astrônomos, cuja função básica era a que nos parecem estar ligadas a afirmativa feita pelos
de observar e mapear estes objetos celestes, começaram espíritos na questão número 27, citada no primeiro pará-
a perceber que este modelo de descrição da realidade fa- grafo. Antecipando as conclusões, desejamos estimular e
lhava em sua principal função: explicar os dados obtidos incentivar aos espíritas que, porventura, estudem Cosmo-
pela observação. Para uma revisão histórica dos concei- logia a pensarem na hipótese, formulada pelos espíritos,
tos e mitos antigos sobre a criação e o Universo citamos como um caminho para encontrar-se uma teoria que re-
o livro da referência [6]. solvesse tais problemas.
A Ciência, hoje, desenvolveu-se bastante a ponto de Assim sendo, este artigo discutirá a questão na se-
1 Grifos nossos.
2 Os quatro primeiros seriam terra, ar, fogo e água.

Seção 03: Artigos Reproduzidos 010302 – 1 Autor(es)


c
O Fluido Cósmico Universal e as Teorias . . .

guinte ordem. Na seção II pretendemos fazer um breve Einstein, chegaram a conclusão de que ela representaria
histórico sobre a origem do problema que incomoda os algum tipo de matéria ou energia, presente no Universo,
cientistas na atualidade, bem como mencionar as evidên- que teria como efeito causar uma repulsão gravitacional.
cias experimentais que o suportam. Na seção III rescre- Isto nunca foi observado na natureza. Todos os objetos
veremos as questões número 27, 29 e 36 do Livro dos materiais conhecidos se atraem devido a força gravitaci-
Espíritos mostrando como elas se ligam ao problema. Na onal.
seção IV nós discutiremos o valor científico da afirmativa Mas, a discussão fica ainda mais complicada com a
dos espíritos e o cuidado que nós espíritas devemos ter descoberta do chamado Vácuo Quântico. Segundo a Fí-
na divulgação destas idéias. Na seção V nós resumiremos sica Quântica, o aparente vácuo ou vazio de matéria, na
as principais conclusões. verdade, não existe absolutamente. O chamado Princípio
de Incerteza de Heisenberg prevê que, a todo o momento,
partículas sejam criadas, do nada, e sejam destruídas logo
II U M BREVE HISTÓRICO em seguida após um intervalo de tempo muito curto. Os
hojO ponto inicial do problema que a Ciência está cientistas, então, resolveram calcular a energia total des-
tentando resolver é a chamada equação de Einstein para tes fenômenos que ocorrem no vácuo. Eles chegaram a
todo o Universo. Não é importante para nós, aqui, anali- duas conclusões [10] surpreendentes: 1) que esta ener-
sarmos esta equação3 , mas apenas um termo que Einstein gia é de uma intensidade quase infinita, isto é, muito
teve que adicionar a ela, a chamada Constante Cosmoló- maior que toda a quantidade de energia e matéria usuais,
gica. Einstein assim o fez porque percebeu que sua equa- quando somada a sua contribuição em todo o Universo;
ção tinha como solução um Universo que não era estático, 2) O seu efeito seria repulsivo, isto é, ela agiria como
sendo esta a idéia aceita na época (entre as décadas de se fosse algo que repelisse a matéria gravitacionalmente.
10 e 20). Porém, anos depois, um pesquisador chamado A segunda conclusão satisfaz a necessidade de algo que
Hubble descobriu, através de observações astronômicas, tivesse o efeito de repulsão gravitacional da matéria. Po-
que o Universo estava se expandindo, e não era estático rém, a primeira conclusão diz que, se isso for verdade e se
como se pensava. Einstein, então, resolveu jogar fora sua não existir nenhum outro fator, o Universo iria se expan-
constante cosmológica das equações num sentimento de dir tão rapidamente que, por exemplo, jamais o núcleo de
desapontamento consigo mesmo por tê-la proposto antes. um átomo se formaria pois esta expansão levaria as partí-
O que Einstein não poderia imaginar era que a sua cons- culas que o constituiria a distâncias muito grandes, muito
tante cosmológica teria que ser, novamente, considerada mais rápido do que a atuação da força forte que normal-
para dar conta de explicar as posteriores observações as- mente as mantém juntas. Esta discrepância entre teoria
tronômicas. e realidade é a maior conhecida até hoje. Em termos
Que o Universo está se expandindo, isto já é do co- da constante cosmológica, os efeitos do vácuo quântico
nhecimento de todos os cientistas desde há muito tempo. levariam-na a um valor 120 ordens de grandeza maior (o
Porém ainda não se sabia a que taxa isto está aconte- número 1 seguido de 120 zeros) do que os cientistas esti-
cendo. Esta informação é importante, por exemplo, para maram segundo as observações astronômicas. De modo
se estimar a idade do Universo. Um problema conhe- a percebermos o objetivo deste artigo, vamos rescrever
cido como A Crise da Idade [4, 10], surgido na década este problema da seguinte forma: o efeito da energia
de 1990, se refere aos primeiros cálculos e estimativas do vácuo quântico seria o de fazer com que a ma-
da sua idade. Os melhores cálculos, usando-se as equa- téria estivesse num perpétuo estado de separação.
ções de Einstein sem a constante cosmológica, resulta- Esta expressão não nos é familiar ?
vam num Universo com, aproximadamente, 10 bilhões de Kardec dizia no ítem VII da Introdução do Livro dos
anos. Isto estava em franco desacordo com as observa- Espíritos [1] que “Na ausência dos fatos, a dúvida é a
ções astronômicas que detectaram objetos a 15 bilhões de opinião do homem prudente”. Isto mostra o valor que
anos-luz4 de distância da Terra. No entanto, foi uma ou- Kardec atribuiu aos fatos, valor este que a Ciência consi-
tra evidência recente que veio colocar mais dúvida nesta dera como princípio básico. Constituem, portanto, fatos
questão [11]. Alguns pesquisadores chegaram a conclu- os seguintes eventos:
são de que o nosso Universo estaria se expandindo numa • É fato comprovado que o Universo está se expandindo
taxa maior do que no passado. Isso complica a situação a uma taxa maior agora do que no passado [11]. Isto é,
da teoria necessitando, ainda mais, a presença da cons- a expansão do Universo está se acelerando.
tante cosmológica nas equações de Einstein para poder-se
• É fato, comprovado experimentalmente, um efeito
explicar estes dados. A quantidade de matéria que existe
cientificamente conhecido como efeito Casimir [12]:
no Universo não é, portanto, suficiente para explicar nem quando se aproxima duas placas metálicas muito perto
a sua idade nem, muito menos, a sua taxa de expansão. uma da outra, no vácuo, surge entre elas uma força
A questão seguinte foi descobrir o que significaria, de atração que só é explicada devido ao fenômeno de
em termos físicos, ou reais, a existência desta constante criação e destruição de partículas no vácuo, conforme
cosmológica. Os cientistas, analisando as equações de explicado acima.
3O
artigo da referência [3] contém uma revisão bastante técnica do assunto, caso seja de interesse do leitor.
4 Um
ano-luz corresponde a distância percorrida por um raio de luz no intervalo de tempo de um ano. Isto corresponde a uma distância
de 9460.8 bilhões de km.

J. Est. Esp. 1, 010302 (2013). 010302 – 2 JEE


da Fonseca, A. F.

Portanto, os efeitos do vácuo quântico são reais. Po- III S OLUÇÃO ESPÍRITA
rém, os cientistas tentam explicar o problema sugerindo
Nesta seção pretendemos transcrever os principais
que o cálculo da energia total do vácuo tenha sido feito
trechos de algumas questões do Livro dos Espíritos [2]
de maneira errada e que alguma propriedade natural do
que consideramos relevantes neste estudo e, em seguida
Universo, ainda não descoberta, poderia anular ou com-
comentá-las em relação ao que foi exposto até aqui.
pensar o seu valor. É aí que entraria a hipótese espírita.
“27. Há então dois elementos gerais do Universo: a ma-
Voltaremos nela adiante. Existe, também, uma proposta téria e o Espírito ?
teórica da existência de uma energia sutil chamada Ener- - Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas
gia Escura. A palavra “escura” aqui não tem conotação as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de
moral como, em Espiritismo, estamos acostumados a en- tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento ma-
tender quando lemos ou ouvimos esta expressão. Por terial se tem que juntar o fluido universal, que desempenha
“escura” os cientistas querem dizer sobre tudo o que não o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propri-
interage com a luz ou com outra radiação eletromagné- amente dita, por demais grosseira para que o espírito possa
tica, de modo que não se pode perceber a sua existência exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja
simplesmente olhando-se para o céu com os telescópios. lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue
deste por propriedades especias. Se o fluido universal fosse
Como exemplo, os cientistas chegaram a conclusão, por
positivamente matéria, razão não haveria para que o espí-
vias indiretas, de que existe uma matéria, que eles con-
rito também não o fosse. Está colocado entre o Espírito e
sideram “escura”, que tem natureza diferente da matéria a matéria; é fluido, como a matéria, e susceptível, pelas suas
usual que conhecemos. Neste caso, a diferença entre essa inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de
matéria escura e a referida energia escura é o fato de que produzir a infinita variedade de coisas de que apenas conhe-
a primeira se comporta como a matéria comum com rela- ceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo,
ção a força gravitacional, isto é, a matéria escura é atraída ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o
pela matéria em geral. Já a energia escura teria um com- princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de
portamento contrário repelindo a matéria. Ela, portanto, divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe
segundo os cientistas, seria responsável pelo efeito de ex- dá.”
pansão do Universo. Alguns pesquisadores propuseram “29. A ponderabilidade é um atributo essencial da maté-
ria ?
que ela forme um campo quântico batizado de quintes-
- Da matéria como a entendeis, sim; não, porém, da maté-
sência [4] devido a sua pequena densidade. Na figura
ria considerada como fluido universal. A matéria etérea e sutil
1 mostramos a percentagem de cada tipo de energia e que constitui esse fluido lhe é imponderável. Nem por isso,
matéria do Universo necessária para que as observações entretanto, deixa de ser o princípio da vossa matéria pesada.”
astronômicas possam ser entendidas. “36. O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço
É importante enfatizar que apesar de ser o principal Universal ?
ingrediente do Universo, a energia escura, por ter densi- - Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado
dade bem pequena, é extremamente rarefeita. Por esta por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.”
razão, recentemente, Thielsen [5] propôs que este campo As questões de número 29 e 36 mostram concordân-
de quintessência ou energia escura seja algo próximo ao cia com relação a questão da energia escura e do vácuo
Fluido Cósmico Universal (FCU). Discordamos da pro- quântico, respectivamente.
posta pela simples razão de que a energia escura tem Para que fique bem claro que a afirmativa dos espí-
como efeito repelir, afastar, fazer com que a matéria se ritos representaria uma proposta viável de solução para
divida mais e mais. Segundo os espíritos, na questão nú- os problemas em cosmologia vamos rescrever, uma sobre
mero 27 do Livro dos Espíritos, conforme citado acima a outra as afirmativas espírita e do problema do vácuo
e transcrito logo abaixo, um dos efeitos do FCU é fazer quântico, respectivamente:
com que a matéria não esteja em estado de divisão.
Esse fluido universal, ou primitivo, ou ele-
mentar, sendo o agente de que o espírito se uti-
liza, é o princípio sem o qual a matéria estaria
em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria
as qualidades que a gravidade lhe dá.
O efeito da energia do vácuo seria o de fa-
zer com que a matéria estivesse num perpétuo
estado de separação.

IV C UIDADOS NA DIVULGAÇÃO
Figura 1: Os ingredientes do Universo em sua cons- hojVimos como uma afirmativa feita pelos espíritos
tituição aproximada. O principal deles é a energia escura. na questão número 27 do Livro dos Espíritos pode levar
Figura adaptada da referência [4] a uma grande contribuição científica na área de Cosmolo-
gia. Nesta seção gostaríamos de tecer alguns comentários

JEE 010302 – 3 J. Est. Esp. 1, 010302 (2013).


O Fluido Cósmico Universal e as Teorias . . .

sobre o cuidado que nós espíritas devemos ter quando re- científicos de modo a trazer uma efetiva contribuição a
lacionamos os ensinos espíritas aos resultados da Ciência este campo do conhecimento.
ou vice-versa. Discutimos os valores científicos desta proposta cha-
Primeiramente é importante dizer que o presente mando a atenção do leitor espírita para a maneira de
estudo não se trata de afirmar que “a Ciência está encará-la de modo a evitar-se precipitações que tragam
confirmando o Espiritismo”. Na verdade ela não está pre- descrédito para o movimento espírita.
ocupada com a nossa doutrina, mas sim em tentar des- É importante lembrar que existem outras teorias que
cobrir as leis que estão por trás de todos os fenômenos tentam descrever o Universo. Os livros das referências
naturais. Neste artigo, descrevemos alguns destes fenô- [7, 8] falam sobre isso. Por exemplo existe a chamada te-
menos, de magnitude cosmológica, que ainda não foram oria das supercordas e variações desta teoria que foram
completamente explicados. Nosso esforço foi o de mos- demonstradas serem equivalentes e pertencentes a uma
trar que uma afirmativa dos espíritos pode levar a uma única teoria maior, ainda não descoberta, que os cien-
solução deste problema. Apesar disto ter um grande va- tistas batizaram de Teoria M. Talvez esta teoria, consi-
lor científico, cabe aos físicos e astrônomos que, porven- derada como a teoria de tudo, possa resolver os proble-
tura, sejam espíritas desenvolverem a idéia para dizer, mas expostos neste artigo através de outras explicações.
finalmente, se esta hipótese realmente contribui para a Um exemplo mais concreto é o recente artigo intitulado
questão. “Holografy Stabilizes the Vacuum Energy” (Holografia
O problema não se resolve ao, meramente, comparar estabiliza a energia do vácuo) [13] que propõe que uma
a afirmativa dos espíritos com a problemática da cosmo- dada propriedade chamada Holografia Gravitacional te-
logia moderna. Estamos, na verdade, criando uma forte ria como consequência a diminuição do efeito de divisão
motivação para que isto seja pesquisado de maneira séria da matéria que o vácuo quântico geraria.
por quem entende do assunto, isto é, um pesquisador com Por tudo isso consideramos que os pesquisadores da
experiência na área de Física e Cosmologia, que seja espí- área são os únicos a poderem avaliar de modo mais se-
rita ou, pelo menos, simpatizante de nossa doutrina. Isto guro a hipótese do FCU como solução para os problemas
pois, quando tratamos de Ciência, todo o rigor é mais cosmológicos.
do que necessário para que tenhamos um resultado Por fim, manifestamos nosso entusiasmo devido ao
amplamente aceito pela comunidade científica. A análise fato de que este ensinamento dos espíritos foi publicado
deste assunto por parte de um especialista é de extrema a quase 150 anos atrás, bem antes de Einstein(que é o pai
importância pois ele será o único capaz de traduzir a das teorias cosmológicas modernas) nascer. Isso mostra a
idéia espírita na linguagem técnica da Ciência. sabedoria dos espíritos que trouxeram ao mundo os seus
Cabe, ainda, ressaltar que a referida afirmativa dos ensinamentos e nos enche de fé e confiança nesta doutrina
espíritos possui um outro valor científico que, infeliz- que adotamos por filosofia de vida.
mente, apenas nós espíritas podemos reconhecer. É o
fato de que uma afirmativa publicada a quase 150 anos
atrás poder estar ligada a um problema que somente nas
últimas duas décadas tem preocupado os cientistas. Isso R EFERÊNCIAS
mostra, simplesmente, a superioridade dos espíritos que
trabalharam com Allan Kardec na codificação da Dou- [1] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, Editora Edições FEESP,
9a. Edição, (1997).
trina Espírita o que nos faz sentir mais fé e confiança nos
[2] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, Editora FEB, 76a. edição,
seus ensinamentos. (1995).
[3] S. Weinberg, Reviews of Modern Physics, 61, p. 1 (1989).
V C ONCLUSÕES [4] J. P. Ostriker e P. J. Steinhardt, Scientific American, 284
(Janeiro), p. 46 (2001).
Neste artigo comparamos uma afirmativa feita pelos [5] S. Thielsen, O Reformador, 2082(setembro), p.11 (2002).
espíritos na questão número 27 do Livro dos Espíritos [6] M. Gleiser, A Dança do Universo: Dos Mitos da Criação ao
Big–Bang, Editora Companhia das Letras, (1997).
com um problema que os físicos e astrônomos ainda não [7] S. Hawking, O Universo Numa Casca de Nóz, Editora Man-
encontraram solução. Os espíritos afirmaram que o FCU darim, 2a. edição, (2002).
seria responsável por não permitir que a matéria estivesse [8] M. Kaku, Hiperespaço, Editora Rocco LTDA, 1a. edição,
num perpétuo estado de divisão. Explicamos que a ener- (2000).
gia do vácuo quântico seria responsável por tal compor- [9] A. Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Editora
EME, 1a. reedição, (1996).
tamento e propomos, diferente dos cientistas e de acordo [10] L. M. Krauss, Scientific American, 280(Janeiro), p. 35 (1999).
com os espíritos, a existência de um campo ou energia no [11] C. J. Hogan, R. P. Kirshner e N. B. Suntzeff, Scientific Ame-
Universo que anule ou compense este efeito. Esta pro- rican, 280(Janeiro), p. 28 (1999).
posta nada mais é do que a influência do FCU sobre o [12] G. J. Maclay, H. Fearn e P. W. Milanni, European Journal
efeito de divisão que o vácuo quântico geraria sobre toda of Physics, 22, p. 463 (2001). Para uma revisão histórica do
efeito Casimir o leitor é referido à: D. L. Andrews e L. C. D.
a matéria. Romero, European Journal of Physics, 22, p. 447 (2001).
Incentivamos o pesquisador espírita, especialmente o [13] S. Thomas, Physical Review Letters, 89, 081301 (2002).
que possua formação profissional nas áreas em questão, a
investigar esta hipótese dentro dos métodos e linguagem

J. Est. Esp. 1, 010302 (2013). 010302 – 4 JEE

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