0 оценок0% нашли этот документ полезным (0 голосов)
49 просмотров4 страницы
O documento discute currículo e avaliação na educação inclusiva. Defende que o currículo deve ser flexível para atender às singularidades de cada estudante e que a avaliação deve considerar o desenvolvimento individual ao invés de padrões. A Base Nacional Comum Curricular apoia essa visão de currículo e avaliação inclusivos.
Исходное описание:
artigo sobre educação inclusiva e currículo
Оригинальное название
Um Olhar Sobre Currículo e Avaliação a Luz de Uma Educação Inclusiva
O documento discute currículo e avaliação na educação inclusiva. Defende que o currículo deve ser flexível para atender às singularidades de cada estudante e que a avaliação deve considerar o desenvolvimento individual ao invés de padrões. A Base Nacional Comum Curricular apoia essa visão de currículo e avaliação inclusivos.
O documento discute currículo e avaliação na educação inclusiva. Defende que o currículo deve ser flexível para atender às singularidades de cada estudante e que a avaliação deve considerar o desenvolvimento individual ao invés de padrões. A Base Nacional Comum Curricular apoia essa visão de currículo e avaliação inclusivos.
Um olhar sobre currículo e avaliação a luz de uma educação inclusiva
Por Myrtha Albuquerque
Para falarmos, em currículo e avaliação escolar, sob a perspectiva da
inclusão é necessário nos remetermos ao passado, para entendermos primeiramente o que é currículo. Para isso, precisamos entender o que é o currículo. Daí ao lermos o livro Currículo, Cultura e Sociedade, os autores Moreira e Silva (1994) explicam que:
O currículo é considerado um artefato social e
cultural. Isso significa que ele é colocado na moldura mais ampla de suas determinações sociais, de sua história, de sua produção contextual. O currículo está implicado em relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas, o currículo produz identidades individuais e sociais particulares.
(Moreira e Silva, págs. 07 e 08)
Podemos entender que currículo, no âmbito escolar, trata-se da
organização do conhecimento a ser ensinado na unidade e como muito bem diz os autores acima citados, o currículo transmite uma visão específica que irá potencializar o interesse individual e social da unidade de ensino.
Ao lermos as teorias do currículo, no livro Documentos de Identidades:
Uma introdução às teorias do currículo, de Tadeu Silva, nos deparamos com a seguinte divisão: as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. Onde é possível perceber, que a evolução do currículo ao passar dos tempos, tendem a demonstrar cada vez mais a flexibilidade que precisa ter no currículo escolar.
Na perspectiva de Bobbitt, a questão do currículo se transforma numa
questão de organização. O currículo é simplesmente uma mecânica (SILVA, 1994). Ou seja, o currículo serve para que o professor possa organizar os conteúdos a serem trabalhados, de acordo com a filosofia da instituição onde leciona. E, esta filosofia de ensino deve/precisa, atualmente, ter uma visão inclusiva. E, falando em inclusão no currículo não podemos deixar de pensar em avaliação. O que é e para quê avaliar?
Segundo ZABALA (pág. 195 e 196, 1998), quando se fala de avaliação
se pensa, de forma prioritária ou mesmo exclusiva, nos resultados obtidos pelos alunos. Por outro lado, continua o autor:
[...] os professores, as administrações, os pais e os próprios
alunos se referem à avaliação como o instrumento ou processo para avaliar o grau de alcance, de cada menino e menina, em relação a determinados objetivos previstos nos diversos níveis escolares. (ZABALA, 1998, pág. 195 e 196)
Entretanto, não podemos falar atualmente em currículo e avaliação sem
levar em consideração a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, novo instrumento elaborado para nortear o ensino brasileiro. E, na BNCC quando se fala das competências básicas, para que as crianças tenham uma relação transformadora entre a criança e o mundo. Sobre currículo, a BNCC surge de forma que,
Sua estrutura adota a flexibilidade como princípio de
organização curricular, o que permite a construção de currículos e propostas pedagógicas que atendam mais adequadamente às especificidades locais e à multiplicidade de interesses dos estudantes, estimulando o exercício do protagonismo juvenil e fortalecendo o desenvolvimento de seus projetos de vida. (BNCC, pág. 468)
É notório que na última década a área de educação tem ampliado os
olhares para a questão da educação inclusiva. E, a BNCC surge neste intuito de tornar a inclusão uma prática comum em todas as redes de ensino, seja ela da esfera pública ou privada. E, nós professores precisamos cada vez mais tornar a inclusão um hábito, tanto em nossas práticas pedagógicas, quanto em nossas atitudes pessoais, para que a inclusão possa de fato acontecer. Para que uma instituição de ensino possa trabalhar a inclusão, de fato, é necessário que a comunidade escolar (direção, coordenadores, professores, funcionários, estudantes e pais) comunguem da mesma filosofia. Por isso, é importante que o regimento escolar, assim como o projeto político pedagógico da unidade traga a inclusão em seu currículo como um todo. Desde a sua elaboração até o ato de avaliar os estudantes, considerando as singularidades destes.
O currículo deve ser pensado considerando essas
diferenças, para que o educador possa focar justamente no que é necessário em cada faixa etária, de modo que a criança se desenvolva, respeitando a individualidade de cada um. (BNCC na Prática, pág. 14)
A avaliação precisa ser pensada,
[...] enquanto processo, tem como finalidade uma
tomada de posição que direcione as providências para a remoção das barreiras identificadas, sejam as que dizem respeito à aprendizagem e/ou à participação dos educandos, sejam as que dizem respeito a outras variáveis extrínsecas a eles e que possam estar interferindo em seu desenvolvimento global. (coordenação geral SEESP/MEC, 2006, pág. 19)
O processo avaliativo na unidade escolar precisa ser pensado num todo,
o professor (a) precisa conhecer o seu estudante, saber “suas fraquezas e potenciais” para assim poder planejar a sua prática pedagógica, estabelecendo os objetivos a serem alcançados, sabendo que o currículo precisa ser flexível e a avaliação precisa atender as singularidades dos estudantes.
No âmbito educacional escolar, a avaliação
deve ter sempre a característica de processo, de um caminho e não de um lugar, porque implica numa sequência contínua e permanente de apreciações e de análises qualitativas, com enfoque compreensivo. Assim sendo, convém evitar as atitudes maniqueístas dos juízos de valor em termos de bom/mau, certo/errado, que descaracterizam os objetivos a serem alcançados. (coordenação geral SEESP/MEC, 2006, pág. 22)
Com relação a turmas de educação infantil, os educadores precisam
avaliar as crianças de acordo com o tempo de cada uma. Pois, cada criança é única e irá responder a cada competência, que deve ser desenvolvida nas escolas em seu tempo. Por isso, não adianta o professor ter um currículo perfeito, com avaliações “super” elaboradas, se estes percebem seus estudantes como iguais, todos são diferentes e devem ser avaliados de acordo com suas diferenças. Para que uma educação seja voltada para um atendimento inclusivo, não é necessário, somente, que se tenha um estudante com necessidades especiais, precisamos ter o entendimento de que cada ser humano é único, tem suas particularidades que precisam ser respeitadas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino
Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. LEMANN, Fundação. BNCC na prática: tudo que você precisa saber sobre educação infantil. MOREIRA, A. F. & SILVA, T. T. Currículo, cultura e Sociedade. Ed. São Paulo: Cortez, 1994. SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. ZABALA, Antoni. A prática educativa - como ensinar. Porto Alegre: ARTES MÉDICAS,1998.