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UNIVERSIDADE LÚRIO

FACULDADE DE ENGENHARIA

Campus Universitário, Bairro Eduardo Mondlane – Pemba

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA

FÍSICA 2

POTENCIAL ELÉTRICO, CAPACITÂNCIA E DIELÉTRICOS

DISCENTES: DOCENTE:

 Blessing Ribeiro Cesar Mutosse, LIC.

 Edmilson Orlando Lourenço Nhamússua

 Emerson Ângelo

 Constantino Paulo

 Julieta

 Marcos Lima

 Milton Xavier Muronha

 Sana Saba

 Timaldeu

Pemba. Setembro de 2019


Índice
INTRODUCÃO ........................................................................................................................................ 3
1. POTENCIAL ELETRICO ............................................................................................................... 4
Energia Potencial Elétrica ..................................................................................................................... 4
Potencial Elétrico .................................................................................................................................. 4
Trabalho Realizado por uma Força Aplicada........................................................................................ 6
Superfícies Equipotenciais .................................................................................................................... 7
Cálculo do Potencial a partir do Campo ............................................................................................... 8
Potencial Produzido por uma Carga Pontual ........................................................................................ 9
Potencial Produzido por um Grupo de Cargas Pontuais ..................................................................... 11
Potencial Produzido por um Dipolo Elétrico ...................................................................................... 11
Potencial Produzido por uma Distribuição Contínua de Cargas ......................................................... 12
Cálculo do Campo Elétrico a partir do Potencial ................................................................................ 12
Energia Potencial Elétrica de um Sistema de Cargas Pontuais ........................................................... 14
Potencial de um Condutor Carregado ................................................................................................. 15
2. CAPACITANCIA ........................................................................................................................... 15
Carga de um Capacitor........................................................................................................................ 16
Cálculo da Capacitância ...................................................................................................................... 16
Cálculo do Campo Elétrico. ................................................................................................................ 17
Cálculo da Diferença de Potencial ...................................................................................................... 17
Capacitor de Placas Paralelas .............................................................................................................. 18
Capacitores em Paralelo e em Série .................................................................................................... 19
Capacitores em Paralelo ...................................................................................................................... 19
Capacitores em Série........................................................................................................................... 20
Capacitor com um Dielétrico .............................................................................................................. 21
3. DIELÉTRICOS E A LEI DE GAUSS ............................................................................................ 23
CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 26
Referencia bibliográfica .......................................................................................................................... 27
INTRODUCÃO

Neste trabalho, vamos destacar assuntos sobre potencial elétrico, capacitância e dielétricos.

Em que potencial elétrico é uma propriedade do espaço. Um campo elétrico ele só pode ser
produzido, ou melhor , criado, por uma carga elétrica puntiforme.

A capacitância sendo esta uma grandeza elétrica de um capacitor, que é determinada pela
quantidade de energia elétrica que pode ser armazenada em si por uma determinada tensão e
pela quantidade de corrente alternada que atravessa o capacitor numa determinada frequência.

Os dielétricos são materiais que tem propriedades isolantes.

 No âmbito geral, no presente trabalho, o leitor vai conhecer características de circuitos


elétricos.

 Especificamente aprender, e o armazenamento de energia na forma de campo elétrico.

 Entender o elemento que barra a passagem da corrente elétrica;

 Calcular o potencial elétrico e como um trabalho elétrico é realizado, ou seja a atracão e


repulsão de cargas elétricas;

3
1. POTENCIAL ELETRICO

Energia Potencial Elétrica


Quando uma força eletrostática age entre duas ou mais partículas de um sistema, podemos
associar uma energia potencial elétrica ao sistema. A variação da energia potencial é
dada por

Como acontece com qualquer força conservativa, o trabalho realizado pela força eletrostática é
independente da trajetória. Suponha que uma partícula carregada pertencente ao sistema se
desloca do ponto i para o ponto f enquanto está sob o efeito de uma força exercida pelo resto do
sistema. Contanto que o resto do sistema não mude, o trabalho W realizado pela força sobre a
partícula é o mesmo para todas as trajetórias que ligam o ponto i ao ponto f Por conveniência, em
geral usamos como configuração de referência de um sistema de partículas carregadas a
configuração na qual a distância entre as partículas é infinita. Além disso, com frequência
definimos a energia potencial de referência que corresponde a essa configuração como tendo o
valor zero. Suponha que várias partículas carregadas passem de uma situação em que a distância
entre as partículas é infinita (estado i) para uma situação em que a distância entre as partículas é
finita (estado .f). Suponha ainda que a energia potencial inicial U; seja zero e o trabalho realizado
por forças eletrostáticas entre as partículas durante o movimento seja W Nesse caso, a energia
potencial final do sistema é dada por

Potencial Elétrico
A energia potencial por unidade de carga, que pode ser representada como U/q , não depende da
carga q da partícula e é uma característica apenas do campo elétrico na região do espaço que está
sendo investigada. A energia potencial por unidade de carga em um ponto do espaço é chamada
de potencial elétrico ( ou, simplesmente, potencial) e representada pela letra V. Assim,

4
Observe que o potencial elétrico é uma grandeza escalar.

A diferença de potencial elétrico entre dois pontos i e f é igual à diferença entre os potenciais
elétricos dos dois pontos:

(definição de diferença de potencial)

A diferença de potencial entre dois pontos é, portanto, o negativo do trabalho realizado pela
força eletrostática para deslocar uma carga unitária de um ponto para o outro. Uma diferença de
potencial pode ser positiva, negativa ou nula, dependendo dos sinais e dos valores absolutos de q
e W.

Se tomarmos U = 0 no infinito como referência para a energia potencial, o potencial elétrico V


no infinito também será nulo. Nesse caso, podemos definir o potencial elétrico em qualquer
ponto do espaço através da relação,

(definição de potencial)

em que , é o trabalho realizado pelo campo elétrico sobre uma partícula carregada quando a
partícula se desloca do infinito para o ponto f. O potencial V pode ser positivo, negativo ou nulo,
dependendo do sinal e do valor absoluto de q e

A unidade de potencial no SI é o joule por coulomb. Essa combinação ocorre com tanta
frequência que uma unidade especial, o volt (V) é usada para representá-la. Assim,

1 volt = 1 joule por coulomb.

Essa nova unidade permite adotar uma unidade mais conveniente para o campo elétrico E, que
até agora vem sendo expresso em newtons por coulomb. Com duas conversões de unidades,
obtemos

5
Podemos também definir uma unidade de energia que é conveniente no caso da medida da
energia de sistemas de dimensões atômicas ou subatômicas. Um eletrão volt ( e V) é a energia
igual ao trabalho necessário para deslocar uma carga elementar e, como a de um elétron ou de
um protão, através de uma diferença de potencial de um volt. O valor absoluto desse trabalho é
q ; assim

Trabalho Realizado por uma Força Aplicada


Suponha que uma partícula de carga q seja transportada do ponto i para o ponto f, na presença de
um campo elétrico, através da aplicação de uma força. Durante o deslocamento, a força aplicada
realiza um trabalho sobre a carga, enquanto o campo elétrico realiza um trabalho W sobre a
mesma carga. De acordo com o teorema do trabalho e energia cinética, a variação da energia
cinética da partícula é dada por:

Suponha que a partícula esteja parada antes e depois do deslocamento. Nesse caso,

Então a equação se reduz a

Isso significa que se a energia cinética da partícula é a mesma antes e depois de um


deslocamento, o trabalho Wap realizado por uma força aplicada durante o deslocamento é igual
ao negativo do trabalho W realizado pelo campo elétrico.

O resultado é o seguinte:

6
alem disso, podemos relacionar o trabalho Wap à diferença de potencial elétrico entre as
posições inicial e final da partícula. Temos:

O trabalho pode ser positivo, negativo ou nulo, dependendo do sinal e valor absoluto de q e
potencial elétrico.

Superfícies Equipotenciais
Pontos vizinhos que possuem o mesmo potencial elétrico formam uma superfície equipotencial,
que pode ser uma superfície imaginária ou uma superfície real. O campo elétrico não realiza
nenhum trabalho líquido W sobre uma partícula carregada quando a partícula se desloca de um
ponto para outro de uma superfície equipotencial. Este fato é porque W = O para Vf = Vi. Como
o trabalho (e, portanto, a energia potencial e o potencial) não depende da trajetória percorrida, W
= O para qualquer trajetória que ligue dois i e j pertencentes a uma superfície equipotencial,
mesmo que a trajetória não esteja inteiramente na superfície. A Fig.1 mostra uma família de
superfícies equipotenciais associada ao campo elétrico produzido por uma distribuição de cargas.
O trabalho realizado pelo campo elétrico sobre uma partícula carregada quando a partícula se
desloca de uma extremidade a outra das trajetórias I e II é zero, já que essas trajetórias começam
e terminam na mesma superfície equipotencial. O trabalho realizado quando a partícula se
desloca de uma extremidade a outra das trajetórias III e IV não é zero, mas tem o mesmo valor
para as duas trajetórias, pois os potenciais inicial e final são os mesmos para as duas trajetórias,
ou seja, as trajetórias III e IV ligam o mesmo par de superfícies equipotenciais.

7
Figura.1. Vista parcial de quatro superfícies equipotenciais cujos potenciais elétricos são V1 =
100 V, V2 = 80 V, V3 = 60 V e V4 = 40 V. A figura mostra duas linhas de campo elétrico e
quatro trajetórias possíveis de uma carga de prova.

Cálculo do Potencial a partir do Campo


É possível calcular a diferença de potencial entre dois pontos i e f em uma região do espaço onde
existe um campo elétrico se o vetor campo elétrico Ê for conhecido em todos os pontos de uma
trajetória que ligue esses pontos. Para isso, basta determinar o trabalho realizado pelo campo
sobre uma carga de prova quando a carga se desloca do ponto i até o ponto f.

Figura.2.Uma carga de prova q0 se desloca do ponto i para o ponto f ao longo da trajetória


indicada, na presença de um campo elétrico não uniforme. Durante um deslocamento ds, uma
força eletrostática q0E age sobre a carga de prova. A força aponta na direção da linha de campo
que passa pela carga de prova.

Considere um campo elétrico qualquer, representado pelas linhas de campo da Fig.2., e uma
carga de prova positiva q0 que se move do ponto i ao ponto f, percorrendo a trajetória mostrada
na figura. Em todos os pontos da trajetória, uma força eletrostática qoE, age sobre a carga
enquanto ela sofre um deslocamento elementar ds. O trabalho elementar dW realizado sobre uma
partícula por uma força durante um deslocamento ds é dado por:

Para a situação da Fig.2.

8
Então temos

Para determinar o trabalho total W realizado pelo campo sobre a partícula quando esta se desloca
do ponto i para o ponto f, somamos, por integração, os trabalhos elementares realizados sobre a
carga quando ela sofre todos os deslocamentos elementares ds de que é composta a trajetória:

Substituindo o trabalho W pelo seu valor em termos da diferença de potencial, temos:

Assim, a diferença de potencial Vf - Vi entre dois pontos i e f na presença de um campo elétrico


é igual ao negativo da integral de linha (ou seja, da integral ao longo de uma trajetória) de E· ds
do ponto i até o ponto f Como, porém, a força eletrostática é conservativa, todas as trajetórias
(simples ou complicadas) levam ao mesmo resultado.

A equação permite calcular a diferença de potencial entre dois pontos quaisquer de uma região
onde existe um campo elétrico. Se o potencial V; do ponto i é tornado como nulo, e se torna:

em que o índice f de Vf foi omitido. A equação pode ser usada para calcular o potencial V em
qualquer ponto f em relação ao potencial do ponto i, tomado como nulo. Se o ponto i está no
infinito, a equação nos dá o potencial V em qualquer ponto f em relação ao potencial no infinito,
tomado como nulo.

Potencial Produzido por uma Carga Pontual


Considere um ponto P situado a uma distância R de uma partícula fixa de carga positiva q
(Fig.3). Para tal imaginamos que uma carga de prova q0 é deslocada do ponto P até o infinito.
Como a trajetória seguida pela carga de prova é irrelevante, podemos escolher a mais simples:

9
uma reta que liga a partícula fixa ao ponto P e se estende até o infinito. precisamos calcular o
produto escalar.

Figura3.A carga pontual positiva q produz um campo elétrico Ê e um potencial elétrico V no


ponto P. Calculamos o potencial deslocando uma carga de prova q0 do ponto P até o infinito. A
figura mostra a carga de prova a uma distância r da carga pontual, durante um deslocamento
elementar ds.

O campo elétrico Ê da Fig.3 é radial e aponta para longe da partícula fixa; assim, o deslocamento
elementar ds da partícula de prova tem a mesma direção que Ê em todos os pontos da trajetória
escolhida. Isso significa que e = O e cos e = 1. Como a trajetória é radial, podemos fazer ds = dr.
Nesse caso,

onde usamos os limites r; = R e rf = oo. Temos ainda V;= V(R) = V e Vf = V(oo) = 0. O campo
E no ponto onde se encontra a carga de prova é dado pela,

Com essas substituições, temos:

10
Explicitando V e substituindo R por r, temos:

como o potencial elétrico V produzido por uma partícula de carga q a uma distância r da
partícula. Embora tenha sido demonstrada para uma partícula de carga positiva, a demonstração
vale também para uma partícula de carga negativa, caso em que q é uma grandeza negativa.
Observe que o sinal de V é igual ao sinal de q:

”uma partícula de carga positiva produz um potencial elétrico positivo; uma partícula de carga
negativa produz um potencial elétrico negativo.”(Halley, p82).

Potencial Produzido por um Grupo de Cargas Pontuais


Podemos calcular o potencial produzido em um ponto por um grupo de cargas pontuais com a
ajuda do princípio de superposição. Usando uma das equações com o sinal da carga incluído,
calculamos separadamente os potenciais produzidos pelas cargas no ponto dado e somamos os
potenciais. No caso de n cargas, o potencial total é dado por:

( n cargas pontuais)

em que q; é o valor da carga de ordem i e r; é a distância radial entre o ponto e a carga de ordem
i. O somatório da Eq. é uma soma algébrica e não uma soma vetorial como a que foi usada para
calcular o campo elétrico produzido por um grupo de cargas pontuais. Trata-se de uma vantagem
importante do potencial em relação ao campo elétrico, já que é muito mais fácil somar grandezas
escalares que grandezas vetoriais.

Potencial Produzido por um Dipolo Elétrico

[dipolo elétrico]

11
Em que p ( = qd) é o módulo do momento dipolar elétrico p. O vetor p tem a direção do eixo do
dipolo e aponta da carga negativa para a carga positiva. (Isso significa que o ângulo é medido em
relação a p.) Usamos esse vetor para indicar a orientação do dipolo elétrico.

Potencial Produzido por uma Distribuição Contínua de Cargas


Quando uma distribuição de cargas é contínua (como é o caso de uma barra ou um disco
uniformemente carregado), não podemos usar o somatório da Eq. anterior para calcular o
potencial V em um ponto P. Em vez disso, devemos escolher um elemento de carga dq, calcular
o potencial dV produzido por dq no ponto P e integrar dV para toda a distribuição de cargas.
Vamos tomar novamente o potencial no infinito como nulo. Tratando o elemento de carga dq
como uma carga pontual, podemos usar a Eq. Antes da anterior para expressar o potencial dV no
ponto P produzido por dq:

(dq positivo ou negativo),

em que r é a distância entre P e dq. Para calcular o potencial total V no ponto P, integramos a Eq.
anterior para todos os elementos de carga:

A integral deve ser calculada para toda a distribuição de cargas. Observe que, como o potencial
elétrico é um escalar, não existem componentes de vetores a serem consideradas na Eq. anterior.

Cálculo do Campo Elétrico a partir do Potencial

12
Figura4. Uma carga de prova positiva q0 sofre um deslocamento ds de uma superfície
equipotencial para a superfície vizinha. (A distância entre as superfícies foi exagerada na figura.)
O deslocamento ds faz um ângulo fJ com o campo elétrico Ê.

Se temos –

Ou

Então , Como Ecos e é a componente de Ê na direção de ds, se torna

Escrevemos o campo E com um índice e substituímos o símbolo de derivada pelo de derivada


parcial para ressaltar o fato de que a Eq. anterior envolve apenas a variação de V ao longo de um
certo eixo (no caso, o eixo que chamamos de s) e apenas a componente de Ê ao longo desse eixo.
Traduzida em palavras, a Eq. anterior (que é essencialmente a operação inversa de uma das
equações já vistas por nos) afirma o seguinte:

“A componente de Ê em qualquer direção do espaço é o negativo da taxa de variação com a


distância do potencial elétrico nessa direção.” (Halliday, pp86-89)

Se tomamos o eixo s como, sucessivamente, os eixos x, y e z, verificamos que as componentes

de Ê em qualquer ponto do espaço são dadas por:

, ,

Assim, se conhecemos V para todos os pontos nas vizinhanças de uma distribuição de cargas, ou
seja, se conhecemos a função V(x, y, z), podemos obter as componentes de Ê, e portanto o
próprio Ê, calculando os valores de três derivadas parciais. No caso da situação simples em que o
campo elétrico Ê é uniforme, SE TORNA,

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em que s é a direção perpendicular às superfícies equipotenciais. A componente do campo
elétrico é sempre nula na direção paralela a uma superfície equipotencial.

Energia Potencial Elétrica de um Sistema de Cargas Pontuais


Para dar um exemplo simples, suponha que dois corpos com cargas do mesmo tipo sejam
aproximados. O trabalho necessário para realizar essa aproximação fica armazenado como
energia potencial elétrica do sistema de dois corpos (contanto que a energia cinética dos corpos
não varie no processo). Se mais tarde as cargas forem liberadas, essa energia será recuperada, no
todo ou em parte, como a energia cinética dos corpos que se afastam um do outro por causa da
repulsão mútua. Definimos a energia potencial elétrica de um sistema de cargas pontuais,
mantidas em posições fixas por forças não especificadas, da seguinte forma: A energia potencial
elétrica de um sistema de cargas pontuais fixas é igual ao trabalho que deve ser executado por
um agente externo para montar o sistema, começando com as cargas a uma distância infinita
umas das outras. Supomos que as cargas estão paradas tanto nas posições iniciais, infinitamente
distantes, como nas posições finais.

Figura5. Duas cargas pontuais q 1 e q2 separadas por uma distância r.

Assim, a energia potencial elétrica do par de cargas pontuais da Fig. 24-15 é:

Se as cargas têm o mesmo sinal, devemos realizar um trabalho positivo para aproximar as
partículas, já que elas se repelem mutuamente e, por isso, a força necessária para aproximá-las
tem o mesmo sentido que o deslocamento das partículas a partir do infinito. Assim, de acordo
com a equação , a energia potencial do sistema é positiva. Se as cargas têm sinais opostos, as
partículas tendem a se aproximar espontaneamente e temos que exercer uma força no sentido
oposto ao do caso anterior para mantê-las estacionárias. Nesse caso, o trabalho é negativo, já que
a força tem o sentido oposto ao do deslocamento das partículas a partir do infinito; assim, a
energia potencial do sistema é negativa.
14
Potencial de um Condutor Carregado
Uma carga em excesso colocada em um condutor se distribui na superfície do condutor de tal
forma que o potencial é o mesmo em todos os pontos do condutor (tanto na superfície como no
interior). Isto acontece mesmo que o condutor tenha uma cavidade interna e mesmo que a
cavidade interna contenha uma carga elétrica.

Como E = O em todos os pontos no interior de um condutor, Vi= Vf para qualquer par de pontos
i e j no interior do condutor.

2. CAPACITANCIA

Quando um capacitor está carregado, as placas contêm cargas de mesmo valor absoluto e sinais
opostos, +q e -q. Entretanto, por convenção, dizemos que a carga de um capacitar é q, o valor
absoluto da carga de uma das placas. (Note que q não é a carga total do capacitor, que é sempre
zero.) Como as placas são feitas de material condutor, são superfícies equipotenciais: todos os
pontos da placa de um capacitor estão no mesmo potencial elétrico. Além disso, existe uma
diferença de potencial entre as duas placas. Por motivos históricos, essa diferença de potencial é
representada pelo símbolo V. A carga q e a diferença de potencial V de um capacitor são
proporcionais:

A constante de proporcionalidade C é chamada de capacitância do capacitor; o valor de C


depende da geometria das placas, mas não depende da carga nem da diferença de potencial. A
capacitância é uma medida da quantidade de carga que precisa ser acumulada nas placas para
produzir uma certa diferença de potencial. Quanto maior a capacitância, maior a carga
necessária.

15
1 farad = 1 F = 1 coulomb por volt = 1 C/V.

Como vamos ver, o farad é uma unidade muito grande. Submúltiplos do farad, como o
microfarad (1 µ,F = F) e o picofarad (1 pF = F) são unidades muito mais convenientes
na prática.

Carga de um Capacitor
Uma forma de carregar um capacitor é colocá-lo em um circuito elétrico com uma bateria.
Circuito elétrico é um caminho fechado que pode ser percorrido por uma corrente elétrica.
Bateria é um dispositivo que mantém uma diferença de potencial entre dois terminais (pontos nos
quais cargas elétricas podem entrar ou sair da bateria) através de reações eletroquímicas nas
quais forças elétricas movimentam cargas no interior do dispositivo.

Figura6. (a) Circuito formado por uma bateria B. uma chave S e as placas a e b de um capacitor
C. (b) Diagramas esquemático no qual os elementos do circuito são representado por símbolos.

Cálculo da Capacitância
Vamos agora discutir o cálculo da capacitância de um capacitor a partir da forma geométrica.
Como serão _analisadas diferentes formas geométricas, é conveniente definir um método único
para facilitar o trabalho. O método, em linhas gerais, é o t- seguinte: (1) Supomos que as placas
do capacitortor estão carregadas com uma carga q; (2) calculamos o campo elétrico E entre as
placas em função da carga, usando a lei de Gauss; (3) a partir de E, ~calculamos ~ diferença de
potencial V entre as placas.

16
Antes de começar, podemos simplificar o cálculo do campo elétrico e da diferença de potencial
fazendo certas hipóteses, que são discutidas a seguir.

Cálculo do Campo Elétrico.


Para relacionar o campo elétrico Ê entre as placas de um capacitar à carga q de uma das placas,
usamos a lei de Gauss:

em que q é a carga envolvida por uma superfície gaussiana e integral de Ê · dà é o fluxo elétrico
que atravessa a superfície.

Reduz-se em

em que A é a área da parte da superfície gaussiana através da qual existe um fluxo. Por
conveniência, vamos desenhar a superfície gaussiana de forma a envolver totalmente a carga da
placa positiva.

Cálculo da Diferença de Potencial

Onde a integral deve ser calculada ao longo de uma trajetória que começa em uma das placas e
termina na outra. Vamos sempre escolher uma trajetória que coincide com uma linha de campo
elétrico, da placa negativa até a placa positiva. Para esse tipo de trajetória, os vetores Ê e ds têm
sentidos opostos e, portanto, o produto Ê · ds é igual a - E ds. Assim, o lado direito da Eq. é
positivo. Chamando de V a diferença Vf - Vi,

17
Onde os sinais - e + indicam que a-trajetória de integração começa na placa negativa e termina
na placa positiva.

Capacitor de Placas Paralelas

Figura7. Capacitor de placas paralelas carregado. Uma superfície gaussiana envolve a carga da
placa positiva. A integração é executada ao longo de uma trajetória que vai diretamente da placa
negativa para a placa positiva.

em que A é a área da placa, temos:

Substituindo valor de q dado pelo valor de V dado pela na relação q = CV, obtemos:

(capacitor de placas paralelas).

Assim, a capacitância realmente depende apenas de fatores geométricos, no caso a área das
placas A e a distância entre as placas d. Observe que C é diretamente proporcional a A e
inversamente proporcional a d.

18
Capacitores em Paralelo e em Série
Os capacitores de um circuito ou de parte de um circuito às vezes podem ser substituídos por um
capacitor equivalente, ou seja, um único capacitor com a mesma , capacitância que o conjunto de
capacitores. Usando essas substituições, podemos simplificar os circuitos e calcular com mais
facilidade seus parâmetros. Vamos agora analisar as duas combinações básicas de capacitores
que permitem fazer esse tipo de substituição.

Capacitores em Paralelo

Figura8. (a) Três capacitores ligados em paralelo a uma bateria B. A bateria estabelece urna
diferença de potencial V entre seus terminais e, portanto, entre os terminais dos capacitores. (b)
Os três capacitores podem ser substituídos por um capacitor equivalente de capacitância Ceq.

Quando uma diferença de potencial V é aplicada a vários capacitares ligados em paralelo, a


diferença de potencial V é a mesma entre as placas de todos os capacitores e a carga total q
armazenada nos capacitares é a soma das cargas armazenadas individualmente nos capacitores.

Quando analisamos um circuito que contém capacitares em paralelo, podemos simplificá-lo


usando a seguinte regra:

Capacitores ligados em paralelo podem ser substituídos por um capacitor equivalente com a
mesma carga total q e a mesma diferença de potencial V que os capacitores originais.

Para determinar a carga dos capacitores:

A carga total dos capacitores:

19
A capacitância equivalente, com a mesma carga total q e a mesma diferença de potencial V que
os capacitores originais, é, portanto:

Um resultado que pode ser facilmente generalizado para um número arbitrário n de capacitores:

(n capacitores em paralelos)

Assim, para obter a capacitância equivalente de uma combinação de capacitores em paralelo,


basta somar as capacitâncias individuais.

Capacitores em Série

Figura9. (a) Três capacitores ligados em série a uma bateria B. A bateria estabelece uma
diferença de potencial V entre a placa superior e a placa inferior da combinação em série. (b)
Os três capacitores podem ser substituídos por um capacitor equivalente de capacitância Ceq·

Quando uma diferença de potencial V é aplicada a vários capacitores ligados em série, carga q
armazenada é a mesma em todos os capacitores e a soma das diferenças de potencial entre as
placas dos capacitores é igual à diferença de potencial aplicada V.

Dois fatos importantes a respeito dos capacitores em série são os seguintes:

1. Quando a carga é transferida de um capacitor para outro em um conjunto de capacitores


em série, deve haver apenas um percurso para a carga de um capacitar para outro, como o

20
percurso da placa superior do capacitor 3 para a placa inferior do capacitor 2 na Fig.9a.
Se houver mais de um percurso, isso significa que os capacitores não estão em série.

2. A bateria produz cargas apenas nas duas placas às quais está ligada diretamente (no caso
da Fig.9a, a placa inferior do capacitor 3 e a placa superior do capacitar 1). As cargas
produzidas nas outras placas se devem ao deslocamento de cargas já existentes nessas
placas. Assim, por exemplo, na Fig.8a, a parte do circuito envolvida por linhas tracejadas
está isolada eletricamente do resto do circuito. Assim, a carga total dessa parte do circuito
não pode ser modificada pela bateria, embora possa ser redistribuída.

Quando analisamos um circuito que contém capacitores em série, podemos simplificá-lo


usando a seguinte regra:

“Capacitares ligados em série podem ser substituídos por um capacitar equivalente com
a mesma carga q e a mesma diferença de potencial total V que os capacitares originais.”

Em todos os pontos se resume em esta equação : (n capacitoresem

serie)

E fácil mostrar que a capacitância equivalente de dois ou mais capacitores ligados em


série é sempre menor que a menor capacitância dos capacitores individuais.

Capacitor com um Dielétrico

Figura 10. Equipamento usado por Faraday em suas experiências com capacitares. O
dispositivo completo (seguindo da esquerda para a direita) é um capacitar esférico forma

21
por uma esfera central de bronze e uma casca concêntrica feita do mesmo material.
Faraday colocou vários dielétricas diferentes no espaço entre a esfera e a casca. (The
RoY lnstitute, England!Bridgeman Art Library/NY).

Outro efeito da introdução de um dielétrico é limitar a diferença de potencial que pode


ser aplicada entre as placas a um valor Vm5x, conhecido como potencial de rutura.
Quando esse valor é excedido, o material dielétrico sofre um processo conhecido como
rutura e passa a permitir a passagem de cargas de uma placa para a outra. A todo material
dielétrico pode ser atribuída uma rigidez dielétrica, que corresponde ao máximo valor do
campo elétrico que o material pode tolerar em que ocorra o processo de rutura.

Como observamos logo, a capacitância de qualquer capacitar quando não existe nenhuma
substância entre as placas (ou, aproximadamente, quando existe apenas ar) pode ser
escrita na forma:

em que tem dimensão de comprimento. No caso de um capacitar de placas paralelas,


por exemplo, = A/d. Faraday descobriu que se um dielétrico preenche totalmente o
espaço entre as placas.

Em que Car, é o valor da capacitância com apenas ar entre as placas. Quando o material é
titanato de estrôncio, por exemplo, que possui uma constante dielétrica de 31 O, a
capacitância é multiplicada por 310.

Em uma região totalmente preenchida por um material dielétrico de constante dielétrica


K , a permissividade do vácuo e 0 deve ser substituída por Ke0 em todas as equações.

22
Figura11. (a) Se a diferença de potencial entre as placas de um capacitar é mantida por
uma bateria B, o efeito de um dielétrico é aumentar a carga das placas. (b) Se a carga
placas é mantida, o efeito do dielétrico é reduzir a diferença de potencial entre as lacas.
O mostrador que aparece na figura é o de um potenciómetro, instrumento usado para
medir diferenças de potencial (no caso, entre as placas do capacitar). Um capacitar -o
pode se descarregar através de um potenciômetro.

Assim, o módulo do campo elétrico produzido por uma carga pontual no interior de um
dielétrico é dado pela seguinte forma modificada.

Do mesmo modo, a expressão do campo elétrico nas proximidades da superfície de um


condutor imerso em um dielétrico, é a seguinte:

Como K é sempre maior que a unidade, as Equações anteriores mostram que para uma
dada distribuição de cargas, o efeito de um dielétrico é diminuir o valor do campa elétrico
que existe no espaço entre as cargas.

3. DIELÉTRICOS E A LEI DE GAUSS

Na ausência de um dielétrico, podemos calcular o campo elétrico E0 entre as placas como


fizemos: Chamando de E0 o módulo do campo, temos:

Ou

23
Como a carga total envolvida pela superfície gaussiana da Fig. 25-16b é q - q', a lei de Gauss nos
dá:

Ou

Como o efeito do dielétrico é dividir por K o campo original E0, podemos escrever:

= teremos :

Substituindo q - q' pelo seu valo, podemos escrever a lei de Gauss na forma:

(lei de Gauss com dielétricos)

Embora tenha sido demonstrada para o caso particular de um capacitar de placas paralelas, é
válida para todos os casos e constitui a forma mais geral da lei de Gauss. Veja:

1. A integral de fluxo agora envolve o produto K em vez de . (O vetor recebe o

nome de deslocamento elétrico e é representado pelo símbolo ; assim, a equação pode


ser escrita na forma:

2. A carga q envolvida pela superfície gaussiana agora é tomada como apenas a carga livre.
A carga induzida nas superfícies do dielétrico é deliberadamente ignorada no lado direito
da equação lei Gaussiana, pois seus efeitos já foram levados em conta quando a constante
dielétrica K foi introduzida no lado esquerdo.

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Figura12. Capacitar de placas paralelas (a) sem e (b) com um dielétrico entre as placas. A
carga q das placas é tomada como a mesma nos dois casos.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho concluímos que uma carga pontual cria um campo elétrico e que o potencial
elétrico depende da carga que cria esse campo e da posição relativa à carga elétrica, logo o
campo elétrico é conservativo.

O potencial elétrico pode ser representado graficamente por linhas equipotenciais ou seja linhas
que indicam pontos com o mesmo potencial.

Também de realçar que nenhum material é um isolante perfeito, no entanto muitos materiais
apresentam deslocamento de eletrões desprezível e esses materiais tem interesse pratico na
engenharia.

Os dielétricos não são tao perfeitos assim como isolantes, a partir de uma determinada
intensidade de campo elétrico ocorre a rotura do dielétrico, isto é, a formação de um canal
condutivo no corpo do dielétrico.

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Referencia bibliográfica

Hallidy. D , Resnick. R &Walker. J, (FUNDAMENTOS DE , FÍSICA: Eletromagnetismo),


8ªed.vol3. LTC.

Hallidy. D , Resnick. R & Walker. J, (FUNDAMENTOS DE , FÍSICA: Eletromagnetismo),


9ªed.vol3. LTC.

Halliday. D, Resnick. R, Walker. J, (FUNDAMENTOS DE FíSICA 3 :Eletromagnetismo),


4aed. LTC, trad.

Paul A. Tippler, Gene. M, (FISICA :Eletricidade e Magnetismo, Otica), 5aed.vol. LTC.

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