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Expertise Faune – Flore – Milieux naturels

Étude écologique

Pour le projet de carrière


sur la commune d’Annay-sur-Serein (89)

Novembre 2016

40 rue d’Epargnemailles - 02 100 SAINT-QUENTIN


Tél : 03.23.67.28.45 Mobile : 06.83.23.50.01
E-mail : contact@le-cere.fr
P RESENTATION DU D OSSIER
Pour la société

Les Sables De Brevannes


Chemin Rural de la Pâture de la rivière
77520 VIMPELLES

Tél : 01.60.67.06.06

Étude suivie par Madame Sandrine CECCARELLI, Présidente


Directrice Générale

Étude réalisée par

Le CERE
40 rue d’Epargnemailles
02100 SAINT-QUENTIN
Tel : 03.23.67.28.45.

Étude suivie par Monsieur Maxime DEPINOY

Auteurs

Maxime DEPINOY Contrôle qualité

Habitats et Flore
Baptiste DENIVET Relevés Flore et Habitats 2013
Julie GOBLOT Relevés Flore et Habitats 2013
Expertise Flore et Habitats 2013
Expertise Zones humides par la végétation 2013
Étude bibliographique
Cartographie
Maxime DEPINOY Evaluation des impacts et proposition de mesures

Faune vertébrée
Pierre CHEVEAU Relevés Faune Vertébrée 2013
Boris PONEL Relevés Faune Vertébrée 2013
François MERANGER Expertise Faune Vertébrée 2013
Yann PATRIS Étude bibliographique
Lucile VAHE Expertise Faune Vertébrée 2013
Evaluation des impacts et proposition de mesures
Cartographie

Faune invertébrée

Page 2
Nicolas SECONDAT Relevés Insectes 2013
Expertise Faune Invertébrée 2013
Cartographie
Benoît DAIME Evaluation des impacts et proposition de mesures

Page 3
S OMMAIRE
TABLE DES ILLUSTRATIONS .................................................................................................................................................. 6
INTRODUCTION ................................................................................................................................................................... 8
A. ETAT INITIAL ................................................................................................................................................................. 10
I – CONTEXTE GENERAL ............................................................................................................................................................... 11
I.1 – E S P A C E S R E M A R Q U A B L E S ...................................................................................................................................... 11
I.2 – Z O N E S P R O T E G E E S ................................................................................................................................................. 14
I.3 – Z O N E S D ’ I N V E N T A I R E ............................................................................................................................................ 14
I.4 – R E L A T I O N S E N T R E L E S E S P A C E S R E M A R Q U A B L E S E T L A Z O N E D ’ E T U D E ............................................................. 18
II – CONTEXTE LOCAL.................................................................................................................................................................. 20
II. 1 – L A F L O R E E T L E S H A B I T A T S ................................................................................................................................. 20
II. 2 – L A F A U N E V E R T E B R E E .......................................................................................................................................... 46
II. 3 – L A F A U N E I N V E R T E B R E E ...................................................................................................................................... 57
II. 4 – L E S C O N T I N U I T E S E C O L O G I Q U E S ......................................................................................................................... 65
II. 5 – Z O N E S H U M I D E S ................................................................................................................................................... 74
B. SYNHESE DE L’INTERET ECOLOGIQUE ET HIERARCHISATION DES ENJEUX ...................................................................... 76
I – SYNTHESE DE L’INTERET ECOLOGIQUE ........................................................................................................................................ 77
I.1 – S Y N T H E S E D E L ’ I N T E R E T D E S H A B I T A T S ............................................................................................................... 77
I.2 – S Y N T H E S E D E L ’ I N T E R E T D E L A F L O R E .................................................................................................................. 78
I.3 – S Y N T H E S E D E L ’ I N T E R E T D E L A F A U N E V E R T E B R E E .............................................................................................. 78
I.4 – S Y N T H E S E D E L ’ I N T E R E T D E L A F A U N E I N V E R T E B R E E .......................................................................................... 80
I.5 – S Y N T H E S E D E L ’ I N T E R E T D E S C O N T I N U I T E S E C O L O G I Q U E S ................................................................................. 82
I.6 – S Y N T H E S E D E L ’ I N T E R E T D E S Z O N E S H U M I D E S .................................................................................................... 82
II – HIERARCHISATION DES ENJEUX ECOLOGIQUES............................................................................................................................. 83
II. 1 – H I E R A R C H I S A T I O N D E S E N J E U X E C O L O G I Q U E S R E G L E M E N T A I R E S ..................................................................... 83
II. 2 – H I E R A R C H I S A T I O N D E S E N J E U X E C O L O G I Q U E S P A T R I M O N I A U X ......................................................................... 85
C. EVALUATION DES IMPACTS ET PROPOSITION DE MESURES .......................................................................................... 88
I – PRESENTATION DU PROJET ...................................................................................................................................................... 89
I.1 - L O C A L I S A T I O N ......................................................................................................................................................... 89
I.2 - E N J E U X S O C I O - E C O N O M I Q U E S E T C O U T D U P R O J E T ............................................................................................ 89
I.3 - M O D A L I T E S D ’ E X P L O I T A T I O N ................................................................................................................................ 91
II- IMPACTS DU PROJET ............................................................................................................................................................... 99
II. 1 – R A P P E L S E T D E F I N I T I O N S ..................................................................................................................................... 99
II. 2 – I M P A C T S B R U T S P R E V I S I B L E S D U P R O J E T .......................................................................................................... 101
II. 3 – I M P A C T S C U M U L A T I F S ........................................................................................................................................ 103
II. 4 – I M P A C T S P O S I T I F S .............................................................................................................................................. 107
III – MESURES D’EVITEMENT ET DE REDUCTION ............................................................................................................................. 108
III. 1 – M E S U R E S D ’ E V I T E M E N T ................................................................................................................................... 108
III. 2 – M E S U R E S D E R E D U C T I O N ................................................................................................................................. 111
IV – IMPACTS RESIDUELS ........................................................................................................................................................... 113
IV. 1 – S U R L E S E S P E C E S E T L E S H A B I T A T S .................................................................................................................. 113
IV. 2 – S U R L E S E S P E C E S P R O T E G E E S A E N J E U X D E C O N S E R V A T I O N .......................................................................... 126
IV. 3 – S U R L E S Z O N A G E S R E G L E M E N T A I R E S ............................................................................................................... 126
V – MESURES COMPENSATOIRES ................................................................................................................................................ 129
VI. 1 – M C 1 : C R E A T I O N D ’ U N E P E L O U S E C A L C I C O L E M E S O - X E R O P H I L E ................................................................. 129
V. 2 – M C 2 : R E C R E A T I O N D E M I L I E U X B O I S E S M I X T E S ............................................................................................ 131
V. 3 – M C 3 : C R E A T I O N D ’ O U R L E T S P R E F O R E S T I E R S , L I S I E R E S E T H A I E S P R O G R E S S I V E S ....................................... 133
V. 4 – M C 4 : C R E A T I O N D E C L A I R I E R E S A U S E I N D E S E S P A C E S R E B O I S E S ................................................................ 134
V. 5 – M C 5 : C R E A T I O N D E P I E R R I E R S ....................................................................................................................... 135
V. 6 – M C 6 : C R E A T I O N D ’ I L O T S D E S E N E S C E N C E A U N I V E A U D E S B O I S E M E N T S N O N D E T R U I T S ........................... 136
VI - REMISE EN ETAT DU SITE...................................................................................................................................................... 137
VII – MESURES D’ACCOMPAGNEMENT ET DE SUIVI DU PROJET .......................................................................................................... 139
VII .1 . – MA 1 : O R G A N I S A T I O N D U C H A N T I E R .......................................................................................................... 139

Page 4
VII .2 . – MA 2 : S U I V I D E S M E S U R E S .......................................................................................................................... 139
VII .3 – M A 3 : S U I V I D E S E S P E C E S R E M A R Q U A B L E S ................................................................................................. 139
VIII – BILAN DES MESURES ........................................................................................................................................................ 141
IX – COUT DES MESURES ........................................................................................................................................................... 143
CONCLUSION ................................................................................................................................................................... 145
REFERENTIELS.................................................................................................................................................................. 147
LEXIQUE .......................................................................................................................................................................... 149
BIBLIOGRAPHIE ............................................................................................................................................................... 151

Page 5
T ABLE DES I LLUSTRATIONS

T A B LE A U X
Tableau 1 : Espaces remarquables localisés à proximité du site d’étude ................................................................. 11
Tableau 2 : Liste des habitats identifiés sur le site d’étude ...................................................................................... 21
Tableau 3 : Liste des habitats patrimoniaux recensés sur le site d’étude ................................................................ 31
Tableau 4 : Liste des espèces floristiques à enjeu patrimonial recensées sur le site d’étude .................................. 41
Tableau 5 : Liste des espèces floristiques exotiques envahissantes du site d’étude................................................ 44
Tableau 6 : Liste des espèces d’oiseaux remarquables sur le site d’étude .............................................................. 49
Tableau 7 : Listes des espèces remarquables de la faune vertébrée (hors oiseaux) ................................................ 53
Tableau 8 : Listes des espèces remarquables de la faune invertébrée .................................................................... 59
Tableau 9 : Identification du caractère humide de chaque habitat du périmètre d’étude ...................................... 74
Tableau 10 : Liste et enjeu des habitats remarquables identifiés sur la zone d’étude ............................................ 77
Tableau 11 : Liste et enjeu des espèces floristiques remarquables identifiées sur la zone d’étude ........................ 78
Tableau 12 : Liste et enjeu des espèces de faune vertébrée remarquables identifiées sur la zone d’étude ........... 78
Tableau 13 : Liste et enjeu des espèces d’insectes remarquables identifiées sur la zone d’étude .......................... 80
Tableau 14 : Défrichement et phasages d’exploitation ............................................................................................ 91
Tableau 15 : Décapage et phasages d’exploitation .................................................................................................. 93
Tableau 16 : Extraction et phasages d’exploitation .................................................................................................. 93
Tableau 17 : Volumes extraits et phasages d’exploitation ....................................................................................... 94
Tableau 18 : Remise en état et phasages d’exploitation .......................................................................................... 95
Tableau 19 : Description des différents impacts bruts du projet ........................................................................... 101
Tableau 20 : Liste des éléments de comparaison pour les impacts cumulatifs ...................................................... 103
Tableau 21 : Enjeux écologiques des projets à proximité du site et analyse des impacts cumulatifs .................... 105
Tableau 22 : Impacts résiduels sur les éléments remarquables ............................................................................. 116
Tableau 23 : Impacts résiduels sur les cortèges d’espèces ..................................................................................... 123
Tableau 24 : Zones Natura 2000 à proximité du site d’étude................................................................................. 127
Tableau 25 : Liste des zones d’inventaire à proximité du périmètre sollicité par le projet.................................... 128
Tableau 26 : Liste d’espèces pour la recréation de la pelouse calcicole................................................................. 130
Tableau 27 : Liste des essences à utiliser pour la création de milieux boisés ........................................................ 131
Tableau 28 : Groupes suivis .................................................................................................................................... 140
Tableau 29 : Bilan des mesures et application........................................................................................................ 141
Tableau 30 : Ratios des mesures de compensation ................................................................................................ 142
Tableau 31 : Synthèse des coûts des mesures ........................................................................................................ 143

F IGU RE S
Figure 1 : Localisation des milieux ouverts herbacés sur la zone d’étude ................................................................ 23
Figure 2 : Localisation des milieux arbustifs sur la zone d’étude.............................................................................. 26
Figure 3 : Localisation des boisements et des végétations associées sur la zone d’étude ....................................... 27
Figure 4 : Localisation des milieux artificiels sur le périmètre rapproché étudié ..................................................... 29
Figure 5 : Nombre d’espèces floristiques identifiées pour chaque type de milieu du périmètre d’étude............... 40
Figure 6: Exemples de gîtes arboricoles occupés par les chauves-souris ............................................................... 110
Figure 7 : Schéma de principe de plantation pour un boisement, les lisères et les ourlets préforestiers ............. 132
Figure 8 : Schéma de principe pour la plantation de haies ..................................................................................... 134
Figure 9 : Exemple de pierriers favorables à la recolonisation du Lézard des murailles ....................................... 135
Figure 10 : Exemple d’îlot de sénescence au sein d’une pessière ......................................................................... 136
Figure 11 : Exemple d’îlot de sénescence au sein d’une chenaie-betulaie............................................................ 136

Page 6
C A R TE S
Carte 1 : Localisation de la zone d’étude .................................................................................................................... 9
Carte 2 : Localisation des espaces remarquables dans un rayon de 10 km autour de la zone d’étude (hors réseau
Natura 2000) .................................................................................................................................................... 12
Carte 3 : Localisation du site d’étude au regard des zones Natura 2000 présentes dans un rayon de 20 km ......... 13
Carte 4 : Localisation du site d’étude au regard des espaces remarquables en fonction des grands types d'habitat
dans un rayon de 10 km ................................................................................................................................... 19
Carte 5 : Localisation des habitats sur le périmètre rapproché ................................................................................ 22
Carte 6 : Localisation des espèces floristiques patrimoniales recensées sur la zone d’étude ................................. 43
Carte 7 : Localisation des espèces exotiques envahissantes sur la zone d’étude .................................................... 45
Carte 8 : Espèces de l’avifaune localisables d’après les données bibliographiques ................................................. 48
Carte 9 : Localisation des espèces remarquables de l’avifaune sur le périmètre rapproché ................................... 51
Carte 10 : Localisation des espèces remarquables de mammifères sur le périmètre rapproché ............................ 54
Carte 11 : Localisation de l’entomofaune remarquable sur la zone d’étude ........................................................... 61
Carte 12: Synthèse régionale des éléments de la trame verte et bleue de Bourgogne selon le SRCE ..................... 67
Carte 13: Actions prioritaires en faveur des continuités écologiques en Bourgogne selon le SRCE ........................ 68
Carte 14: États des continuités écologiques des cours d’eau selon le SDAGE Seine-Normandie ............................ 70
Carte 15 : Localisation des biocorridors au niveau du périmètre d’étude ............................................................... 73
Carte 16 : Synthèse de l’ensemble des habitats et espèces remarquables inventoriés sur la zone d’étude ........... 81
Carte 17 : Hiérarchisation des enjeux écologiques réglementaires sur la zone d’étude .......................................... 84
Carte 18 : Hiérarchisation des enjeux écologiques patrimoniaux sur la zone d’étude ............................................ 87
Carte 19 : Localisation des surfaces sollicitée et exploitée ....................................................................................... 90
Carte 20 : Plan de défrichement ............................................................................................................................... 92
Carte 21 : Plan d’exploitation de la phase 1 ............................................................................................................. 96
Carte 22 : Plan d’exploitation de la phase 2 ............................................................................................................. 97
Carte 23 : Plan d’exploitation de la phase 3 ............................................................................................................. 98
Carte 24 : Localisation des projets à proximité du site ayant fait l’objet d’une analyse des impacts cumulatifs .. 106
Carte 25 : Zoom sur les habitats et espèces remarquables à l’échelle de la surface sollicitée .............................. 114
Carte 26 : Synthèse des habitats et espèces remarquables à l’échelle du périmètre rapproché .......................... 115
Carte 27 : Proposition de remise en état du site après exploitation ...................................................................... 138

Page 7
INTRODUCTION

Dans le cadre du projet de carrière sur la commune d’Annay-sur-Serein dans le département de


l’Yonne (89) en Bourgogne, les études d’impacts requièrent la nécessité d’une bio-évaluation «Faune,
Flore, Habitats naturels » afin de dégager l’aménagement le moins préjudiciable à l’environnement
naturel.

L’objectif de cette étude est donc l’évaluation de la sensibilité éventuelle des milieux naturels présents
sur le site retenu et ses abords. Le périmètre rapproché, localisé sur la carte en page suivante, occupe
une surface de 69,52 ha (soit 8 fois la surface sollicitée pour le projet retenu).

La mission consiste, dans un premier temps, à analyser l’état actuel des écosystèmes naturels
concernés afin d’identifier leurs potentialités en terme de richesse écologique. Cette analyse se base à
la fois sur les données issues de la bibliographie disponible et sur une expertise écologique de terrain
menée sur un cycle biologique complet. Cette analyse permet de mettre en exergue les habitats et
espèces remarquables1 présents sur le site d’étude et pouvant présenter des contraintes au projet. Ce
présent rapport détaille cette première phase.

Dans un second temps, la mission consistera à vérifier, aux travers d’une analyse, les impacts
prévisibles du projet sur les écosystèmes naturels mais également les zones protégées, les zones
d’inventaires et les continuités écologiques.

Enfin, la mission se terminera par la proposition de mesures destinées en priorité à éviter puis réduire
les impacts du projet sur les éléments écologiques remarquables. Enfin, si des impacts résiduels
persistent, les mesures de compensation les plus adaptées à la sauvegarde des espèces animales et
végétales identifiées en état initial seront proposées.

1
Remarquable = protégés et/ou menacés

Page 8
Carte 1 : Localisation de la zone d’étude

Page 9
A. ETAT INITIAL

Page 10
I – CONTEXTE GENERAL
I.1 – E SPACES REMA RQUABLES
La zone d’étude est incluse dans un ensemble de milieux dont la richesse écologique est indiquée par la
présence d’espaces remarquables résumés dans le tableau suivant.

Tableau 1 : Espaces remarquables localisés à proximité du site d’étude


Type de Surface Proximité au
Identification Dénomination
protection (ha) site (km)
Patrimoine naturel
Zones de protection réglementaire
FR2601012 Gîtes et habitats à Chauves-souris en Bourgogne 669,29 12,06
Pelouses et forêts calcicoles des coteaux de la Cure
FR2600974 1129,62 15,14
et de l'Yonne en amont de Vincelles
SIC
FR2600975 Cavités à Chauves-souris en Bourgogne 14,51 16,20
FR2601004 Eboulis calcaires de la vallée de l'Armançon 138,61 18,12
FR2600996 Marais alcalin et prairies humides de Baon 17,29 19,22
Inventaires patrimoniaux
260008532 Les Survignes 105,20 3,6
260014899 Champ Maillard 12,41 6,3
ZNIEFF de 26001489 Vallée de la Mouille 23,28 6,5
type I 260014898 Le Chêne Ronceau 22,376 7,1

260008530 Prairie de Sacy à Narcisse des poètes et ru de Sacy 33,87 9,8

Forêt de Chatel-Gérard ouest, Massifs environnants


260014959 8494,00 3
ZNIEFF de et vallée du Serein
type II 260008527 Terres pourries de Nitry 358,20 6,01
260014937 Forêt de Tonnerre 3372,00 8,91
Patrimoine culturel et paysager
I00238 Partie sud-est de la ville de Noyers-sur-Serein 0,31 4,52
I00275 Ville intra-muros de Noyers-sur-Serein 13,19 4,23
Site inscrit
I00239 Promenade du Pré de l'Echelle à Noyers-sur-Serein 6,59 4,21

LEGENDE :
SIC Site d'importance Communautaire
ZNIEFF Zone Naturelle d’Intérêt Ecologique, Faunistique et Floristique

Page 11
Carte 2 : Localisation des espaces remarquables dans un rayon de 10 km autour de la zone d’étude (hors réseau Natura 2000)

Page 12
Carte 3 : Localisation du site d’étude au regard des zones Natura 2000 présentes dans un rayon de 20 km

Page 13
I.2 – Z ONES PROTEGEES

Le périmètre étudié est situé à plus de 10 km de tous sites Natura 2000 et n’accueille aucun cours
d’eau susceptible de constituer un élément le connectant à un site Natura 2000.

Sachant que les aires spécifiques des espèces ayant justifiées la désignation de ces sites Natura 2000
sont inférieures à 10 km, il en découle que les connexions entre les sites Natura 2000 situés à
proximité du site et le périmètre étudié sont très peu probables.

Toutefois une Notice Natura 2000 est annexée à l’étude afin de présenter ces espaces et étudier
l’incidence du projet sur ces dernières.

I.3 – Z ONES D ’ INVENTAIRE


Dans un rayon de 2 km autour du périmètre étudié, n’a pas été relevé de zones d’inventaires ; la plus
proche se situant à 3 km. Toutefois, ci-dessous est fourni un court descriptif de ces espaces. A noter
qu’au niveau de la Bourogne, les ZNIEFF sont en cours d’actualisation. Ainsi, certains de ces espaces
remarquables font l’objet de remaniement (regroupement) et certains secteurs pourraient être plus
étendus. Toutefois à ce stade, les contours des ZNIEFF ne sont pas encore validés par le MNHN et leur
localisation non disposition. Les fiches émises par le DREAL sur ces actualisations ont toutefois été
prises en compte ici-bas dans l’analyse des connexions entre ces sites et le périmètre rapproché.

Znieff II n°260014959 Forêt de Chatel-Gérard ouest, Massifs environnants et vallée du Serein (située à
3km)
La zone d’inventaire la plus proche est une ZNIEFF de type 2 qui s’étend sur une surface de 8 494 ha et
se situe au sud-est du périmètre rapproché. Selon l’INPN, aucun descriptif n’est disponible quant à
cette ZNIEFF. Toutefois les données en cours de validation mises à disposition par la DREAL sur ce site
indiquent que le site est d’intérêt régional pour ses friches calcaires, son cours d'eau et ses massifs
forestiers, et les nombreuses espèces végétales et animales inféodées. Ainsi, ont été inventoriées des
espèces de la flore, faune invertébrée et reptiles au sein de milieux secs tel que :
- la Gentianelle ciliée Gentianopsis ciliata, plante des pelouses sèches rare en Bourgogne et
protégée réglementairement,
- la Gentiane croisette Gentiana cruciata, plante des pelouses sèches, rarissime en
Bourgogne et protégée réglementairement,
- la Zygène du Sainfoin Zygaena carniolica, papillon des pelouses sèches, rare en Bourgogne
et menacé par la régression de son habitat,
- le Damier de la Succise Euphydryas aurinia, papillon des prairies humides et sèches,
d'intérêt européen et inscrit au livre rouge de la faune menacée de France.
- la Couleuvre verte et jaune Hierophis viridiflavus, reptile des milieux chauds, protégé
réglementairement,
- le Lézard vert Lacerta bilineata, reptile protégé réglementairement, proche de la limite nord
de son aire de répartition.
Par ailleurs les boisements relativement homogènes, sont composés de chênaie-charmaie sur sols
calcaires avec localement des boisements sur éboulis. Au sein de cet habitat, au niveau d’éboulis, sont
mentionnés la Dentaire pennée Cardamine heptaphylla, plante forestière rare en Bourgogne, et le
Cynoglosse d'Allemagne Cynoglossum germanicum, plante des ourlets, très rare en Bourgogne et
inscrite au livre rouge de la Flore menacée de France.

Page 14
Enfin, le cours d’eau, le Serein, encore encadré de prairies bocagères, accueille une faune piscicole
déterminante pour l’inventaire ZNIEFF avec par exemple la Lamproie de Planer Lampetra planeri et le
Chabot Cottus gobio, 2 poissons d’intérêt européen indicateurs d’une bonne qualité d’eau.

Znieff I n°260008532 Les Survignes (située à 3,6km)


Ce site (dont le nom va probablement évoluer pour être « Buttes des Survignes à Noyers »), est
caractérisé comme constitué d’une petite colline calcaire émergeant du plateau cultivé sur laquelle des
boisements, pelouses, fruticées, lavières et une ancienne carrière se partagent l’espace. L’intérêt du
site repose sur la présence de pelouses (arides ouverts, semi-arides et dalles affleurantes) et la
présence d’espèces au sein de ces habitats. Il s’agit des espèces déterminantes de ZNIEFF suivantes :
- le Gnaphale dressé Bombycilaena erecta, protégée réglementairement,
- le Cynoglosse d'Allemagne Cynoglossum germanicum, qui pousse au pied des éboulis
boisés, à proximité de terriers de mammifères,
- le Lézard vert occidental Lacerta bilineata,
- la Zygène de la Petite coronille Zygaena fausta,
- le Petit Sylvandre Hipparchia alcyone.

Znieff II n°260008527 Terres pourries de Nitry (située à 6,1km)


Tout comme les sites précédents, les données mises à disposition par l’INPN ne permettent pas
d’étudier les enjeux de ce site. Toutefois celles mises à disposition par la DREAL, non validées à ce
stade, indiquent que : « le territoire est composé de plusieurs buttes couvertes de fourrés, de pelouses
résiduelles, de petits boisements et de plantations de pins. Ces buttes sont isolées au milieu de grandes
parcelles cultivées. » Par ailleurs, ces mêmes sources mentionnent que : « L'intérêt essentiel du site est
constitué par des pelouses relictuelles sur pentes marneuses relevant d’une association végétale : le
Festuco lemanii-Brometum erecti. Elles abritent des populations très réduites de Lin français (Linum
leonii), plante très rare des pelouses arides, endémique de France, protégé réglementairement et
inscrite au livre rouge de la flore menacée de France. »

Znieff I n°260014899 Champ Maillard (située à 6,3km), la Znieff I n°260014897 Vallée de la Mouille
(située à 6,5km) et Znieff I n°260014898 Le Chêne Ronceau (située à 7,1km)
Toute comme le premier site, les données issues de l’INPN fournissent très peu d’éléments concernant
ces espaces remarquables. La DREAL a mis à disposition une fiche en cours de validation indiquant que
ces 2 ZNIEFF pourraient être regroupées sont la ZNIEFF de type I n°260014898 intitulée « Buttes
calcaire à Nitry ». La fiche mentionne 2 espèces déterminantes de ZNIEFF que sont :
 la Gentiane ciliée Gentianopsis ciliata (L.) Ma, 1951,
 le Lin des Alpes Linum leonii F.W.Schultz, 1838.
Par ailleurs la fiche mentionne la présence d’un habitat d’intérêt européen dont la ZNIEFF constitue le
seul site connu en Bourgogne, à savoir des pelouses sur sol marneux. Notons que c’est au sein de cet
habitat que l’on retrouve les 2 espèces citées au-dessus.

Znieff I n°260008530 La Prairie de Sacy à Narcisse des poètes et ru de Sacy (située à 9,8km)
Cette ZNIEFF dont le nom va probablement être modifié pour devenir « Prairie et ru de Sacy » peut
être décrite (tout comme les précédentes) à partir uniquement des données non validées, mises à
disposition de la DREAL. Ces données mentionnent que le site « comprend une vallée prairiale
organisée autour du ruisseau temporaire de Sacy. Prairies de fauche, haies, petits boisements et

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parcelles cultivées se partagent l’espace. Ce site est d’intérêt régional pour ses habitats de prairie de
fauche, habitat rare et en régression dans l’Yonne.
Les prairies de fauche de la sous-alliance végétale du Colchico autumnalis - Arrhenatherenion elatioris,
habitat d’intérêt européen, abritent deux espèces déterminantes pour l’inventaire ZNIEFF ». Il s’agit du
 Narcisse des poètes Narcissus poeticus, plante prairiale rarissime en Bourgogne et protégée
réglementairement, en régression suite à la destruction de son milieu (mise en culture,
drainages),
 Sélin à feuille de carvi Selinum carvifolia, plante prairiale très rare en Bourgogne et menacée
par la destruction de son milieu. »

Znieff II n°260014937 Forêt de Tonnerre (située à 8,91km)


Tout comme les sites précédents, les données de la DREAL non validées à ce jour (mais qui constituent
la seule source de données disponible) mentionnent que « la forêt de Tonnerre comprend divers types
de boisements feuillus, des plantations de résineux, des pelouses et des fruticées. Au centre du massif
se trouve l’ancienne carrière des Terres blanches. » Le site abrite des habitats et espèces
remarquables. En ce qui concerne les espèces déterminantes pour l'inventaire ZNIEFF, on note la
présence de :
- la Gentianelle ciliée Gentianopsis ciliata, plante des pelouses sèches, rare en Bourgogne,
protégée réglementairement ;
- l'Epipactis pourpre Epipactis purpurata, orchidée forestière très rare en Bourgogne ;
- le Pic cendré Picus canus, oiseau forestier nicheur assez rare en Bourgogne ;
- la Pie-grièche écorcheur Lanius collurio et l’Alouette lulu Lullula arborea deux passereaux,
d’intérêt européen, notés au sein des boisements, coupes, pelouses et fruticées.

Autres sites en cours d’étude, non localisables


En plus de ces ZNIEFF, notons que de nouvelles ZNIEFF sont en cours de création pour lesquelles les
descriptifs sont disponibles mais pas la localisation. Notons toutefois la proximité probable de la
première ZNIEFF selon les services de la DREAL. Une attention particulière sera portée au descriptif de
ce site.
- ZNIEFF de type I n°260030108 nommée Coteaux et vallée du Serein à Molay (communes de
Molay, Annay-sur-Serein et Sainte-Vertu) ;
- Côte d'Egland et pelouses au nord de Noyers (n°260030077, communes Noyers et Annay-
sur-Serein) ;
- Mare de Fresnes (n°260030410, commune de Fresnes) ;
- Mare de Beaulieu (n°260030019, commune de Pacy-sur-Armançon).

Znieff I n°260030108 Coteaux et vallée du Serein à Molay


Situées sur les communes de Molay, Annay-sur-Serein et Sainte-Vertu, cette ZNIEFF se compose d’une
part la vallée inondable du Serein riche en prairies alluviales et en ripisylves, et d’autre part les coteaux
présentant des boisements et des parcelles cultivées. Les données non validées, mises à disposition
par la DREAL mentionnent que le site est d’intérêt régional pour ses habitats, sa faune et sa flore. En
effet, il abrite en particulier une colonie de mise-bas en bâtiments de chauves-souris déterminantes
pour l'inventaire ZNIEFF, avec la présence de deux espèces d'intérêt européen : le petit Rhinolophe
Rhinolophus hipposideros et le Grand Murin Myotis myotis. Les territoires de chasse de ces espèces
comprennent des prairies, des haies et des bordures boisées aux alentours du gîte.
La vallée inondable quant à elle présente des habitats d’intérêt régional avec :

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- des herbiers des eaux courantes, d'intérêt européen,
- des ripisylves d’aulnes et de frênes, d'intérêt européen.

Ont été notées au sein de ces habitats aquatiques des espèces déterminantes pour l’inventaire ZNIEFF,
comme :
- la Renoncule des rivières Ranunculus fluitans, plante aquatique des cours d'eau, rare en
Bourgogne,
- la Lamproie de Planer Lampetra planeri et le Chabot Cottus gobio, deux poissons d’intérêt
européen et indicateurs d’une bonne qualité d’eau,
- la Vandoise Leuciscus leuciscus, poisson qui a besoin de fonds riches en graviers pour frayer.

Znieff I n°260030077 Côte d'Egland et pelouses au nord de Noyers


Localisé sur les communes de Noyers et Annay-sur-Serein, ce site occupe un versant recoupant les
calcaires du Jurassique supérieur. Friches, pelouses et boisements se partagent l’espace. Tout comme
les autres sites, les données de la DREAL mentionnent que « Dans ces habitats et les pierriers associés
a été observé un riche cortège d’espèces de plantes et de papillons déterminantes pour l'inventaire
ZNIEFF et dénotant un caractère thermophile marqué, avec :
- la Gentiane croisette Gentiana cruciata, plante rarissime en Bourgogne et protégée
réglementairement,
- le Cynoglosse d'Allemagne Cynoglossum germanicum,
- l'Orobanche du thym Orobanche alba, plante protégée réglementairement,
- la Gentianelle ciliée Gentianopsis ciliata, plante protégée réglementairement,
- le Thécla de l'Orme Satyrium W-album, papillon rare, en régression,
- le Zygène du Sainfoin Zygaena carniolica, papillon rare, en forte régression suite à la
fermeture des pelouses sèches,
- le Zygène de la Petite coronille Zygaena fausta,
- le Zygène du Lotier Zygaena loti,
- le Petit Sylvandre Hipparchia alcyone.

A noter que la Carline acaule Carlina acaulis et le Lin des Alpes Linum leonii, plantes protégées
réglementairement et citées anciennement sur ce site, n’ont pas été revues récemment.

Znieff I n°260030410 Mare de Fresnes et la Znieff I n°260030019 Mare de Beaulieu


Ces deux ZNIEFF situées respectivement sur les communes de Fresnes et de Pacy-sur-Armançon, se
composent de mares dont la végétation est particulièrement rare à l’échelle de la région.
Les deux mares abritent le Triton crêté Triturus cristatus, amphibien d'intérêt européen en régression
en Bourgogne du fait de la disparition des mares et de la mise en culture des terres engendrant la
déconnexion de ses populations. En sus, notons que la première mare accueille également l’Alyte
accoucheur Alytes obstetricans, crapaud protégé réglementairement et en déclin en France tandis que
la seconde mare constitue l’habitat de reproduction de la Grenouille agile Rana dalmatina, espèce qui
trouve également refuge pour l'hivernage au sein de haies et petits boisements aux alentours.

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I.4 – R ELATIONS ENT RE LES ESPACES RE MARQUABLES ET LA ZON E D ’ ETUDE
La carte en page suivante localise le site d’étude au regard des espaces remarquables en fonction des
grands types d’habitats dominant sur ces espaces :
- les milieux boisés ;
- les milieux humides ;
- les milieux ouverts prairiaux.

Les espaces remarquables à dominance de milieux boisés sont situés à 3 km (avec la Znieff II
n°260014959) ou plus du périmètre étudié et répartis autour de la zone d’étude. Ces derniers sont de
bonne qualité et peu fragmentés, favorisant les déplacements des mammifères. Des échanges sont
donc possibles entre le périmètre rapproché et les espaces remarquables selon les espèces.

Les espaces remarquables à dominance humide ou aquatiques sont peu nombreux en particulier aux
alentours du périmètre d’étude. Ce type de milieux est présent au sein de la ZNIEFF de type II
n°260014959 (distante de 3 km) qui abrite le Serein bordé de prairies bocagères et de la ZNIEFF de type I
n°30280000 dénommée « Prairie de Sacy à narcisse des poètes et ru de Sacy » située à environ 9,8 km
du site d’étude. Deux mares sont également citées comme de futurs ZNIEFF de type I sur les
communes de Fresnes et de Pacy-sur-Armançon. A noter également la Znieff de type I n°260030108
en cours de validation abritant des milieux à dominance aquatique.
Toutefois, en l’absence de tel milieu sur ce périmètre étudié, il ne semble pas que des échanges
d’espèces puissent exister entre le périmètre étudié et les milieux de cette nature.

Les espaces à dominance de milieux ouverts prairiaux/pelouses sont localisés au sud du site d’étude. Il
s’agit de de pelouses et de landes à fruticées ainsi que des cultures. Ces milieux ouverts sont propices à
la reproduction de l’avifaune et accueillent de nombreuses espèces floristiques déterminantes de
ZNIEFF. Bien que de petites tailles et éloignés, il est possible de pouvoir établir des échanges d’espèces
entre ces milieux et le périmètre rapproché tout du moins pour certaines espèces ayant des rayons
d’action le permettant.

Ainsi, au sein du périmètre d’étude et autour de ce dernier, des échanges sont susceptibles de se
produire entre les espaces remarquables situés autour de la zone d’étude et celle-ci pour les espaces
à dominance de milieux boisés et de ouverts de type prairiaux/pelouses. Notons toutefois que ces
derniers sont situés à plus de 3 km du périmètre rapproché comme le montre la carte suivante.

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Carte 4 : Localisation du site d’étude au regard des espaces remarquables en fonction des grands types d'habitat dans un rayon de 10 km

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II – CONTEXTE LOCAL
II.1 – L A F LORE ET LES H ABITATS
Les méthodologies utilisées sont présentées plus en détails en annexe I du présent dossier.

II.1.1 – Les habitats


II.1.1.1 - Méthodologie
Les habitats ont été prospectés aux dates notées ci-dessous.

Date de prospections des habitats et de la flore:


Type de
Groupe(s) prospecté(s) Date
prospection
Flore & Habitats 12-févr.-13
Flore & Habitats 17-avr.-13
Flore & Habitats 3-juin-13
Diurne
Flore & Habitats 4-juin-13
Flore & Habitats 8-juil.-13
Flore & Habitats 9-juil.-13

Les référentiels utilisés sont :


- Pour les statuts de protection : la Directive 92/43 CEE (dite « Directive Habitats ») et plus
particulièrement son annexe I ;
- Pour les statuts de rareté / menace : la liste des milieux déterminants de ZNIEFF (DREAL Bourgogne,
2012) ;
- Pour la détermination :
 Cahier des habitats Natura 2000 ;
 Classification des habitats EUNIS ;
 Classification des habitats CORINE Biotopes.

II.1.1.2 - Données bibliographiques


L’étude de la bibliographie (données communales, espaces réglementaires, zones d’inventaires,
organismes locaux) n’a permis d’identifier aucune donnée relative aux habitats sur la zone d’étude ou à
proximité de celle-ci.

II.1.1.3 - Expertise de terrain


La zone concernée par le projet d’ouverture de carrière sur la commune d’Annay-sur-Serein (89) s’inscrit
dans un contexte agricole important. Toutefois, le site se localise à proximité de la vallée du Serein et se
trouve sur des terrains calcaires pouvant abriter des milieux riches floristiquement et faunistiquement.

Au total, 4 grandes unités écologiques regroupent 17 habitats selon la typologie EUNIS.

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Tableau 2 : Liste des habitats identifiés sur le site d’étude
Unité N° de EUNIS CORINE BIOTOPE NATURA 2000 Dét. Dét.
Habitat
écologique relevé Typologie Code Typologie Code Typologie Code Prior. SCAP ZNIEFF
Pelouse à orpins sur dalle Gazons médio-européens à
15 E1.111 Gazons à orpins 34.111 - - - - x
rocheuse orpins
13 Végétation clairsemée sur graviers Communautés herbeuses
Formations herbeuses sur débris
médio-européennes sur débris E1.113 34.113 - - - - x
16 Végétation clairsemée sur éboulis rocheux
rocheux
10, 14, 21, Pelouse calcicole méso-xérophile
Pelouses sèches semi-naturelles et faciès
24 ouverte
d'embuissonnement sur calcaires (festuco-
Pelouse calcicole méso-xérophile Pelouses semi-sèches médio- Pelouses semi-arides médio-
Milieux 9, 12, 17 E1.262 34.322 brometalia) [* sites d'orchidées remarquables] - 6210-24 non 2- x
fermée européennes à Bromus erectus européennes à Bromus erectus
ouverts Pelouses calcicoles mésoxérophiles à tendance
Pelouse calcicole méso-xérophile
herbacés 22 continentale
piquetée d'arbustes
Ourlet herbacé à Brachypode
3 Ourlets mésophiles E5.22 Lisières mésophiles 34.42 - - - - x
penné
Prairies de fauche
Prairies des plaines médio-
29 Prairie de fauche à Fétuque xéromésophiles planitiaires E2.221 38.22 - - - - -
européennes à fourrage
médio-européennes
Prairie à Fromental piquetée
6 Prairies mésiques non gérées E2.7 Prairies mésophiles 38 - - - - -
d'arbustes
Fourrés à Prunellier et Troène
5 Fourré F3.1121 Fruticées à Prunelliers et Troènes 31.812 - - - - -
atlantiques et médio-européens
7, 20 Roncier Ronciers F3.131 Ronciers 31.831 - - - - -
Haies et
Haies d'espèces indigènes
fourrés
pauvres en espèces x Fourrés à FA.4 x
2 Haie arbustive Fruticées à Prunelliers et Troènes 31.812 - - - - -
Prunellier et Troène atlantiques F3.1121
et médio-européens
Chênaies à Quercus pubescens Bois occidentaux de Quercus
4, 26, 27 Chênaie thermophile calcicole G1.7112 41.711 - - - 2- x
septentrionales pubescens
Boisements et Alignements d'arbres x
G5.1 x Alignements d'arbres x Chênaies- 84.1 x
végétations 8 Haie arborée Chênaies-Charmaies calciphiles - - - - -
G1.A17 charmaies xérophile sur calcaire 41.271
associées subatlantiques
18, 19, 23 Manteau préforestier calcicole Prébois mixtes G5.62 Fourrés mixtes 31.8F - - - - -
28 Coupe forestière Clairières à Bardane et Belladone G5.842 Clairières à Arctium et Belladonne 31.8712 - - - - x
Monocultures intensives de
1, 25 Culture I1.12 Grandes cultures 82.11 - - - - -
taille moyenne (1-25 ha)
Pelouses xériques piétinées à
11 Chemin carrossable E1.E Zones rudérales 87.2 - - - - -
Milieux espèces annuelles
anthropiques Sites d'extraction minière à ciel
- Carrière en exploitation ouvert en activité, y compris les J3.2 Carrières 86.41 - - - -
carrières
- Route Réseaux routiers J4.2 - - - - - - -

LEGENDE :
EUNIS = Typologie et code de l’habitat selon la nomenclature EUNIS : European Nature Information System (Système d'Information Européen pour la Nature)
CORINE BIOTOPES = Typologie et code de l’habitat selon la nomenclature CORINE Biotopes
Natura 2000 = Typologie et code de l’habitat selon la nomenclature du réseau Natura 2000 (Directive « Habitats-Faune-Flore ») ; Prior. = habitat prioritaire
SCAP : Stratégie nationale de Création d’Aires Protégées
SCAP 2 (2+, 2-) : Habitats pour lesquels l’expertise nationale a relevé la présence dans le réseau existant d’aires protégées mais pour lesquelles l’effort est à poursuivre en termes de création d’espaces
protégés ;
Dét. ZNIEFF = Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

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Carte 5 : Localisation des habitats sur le périmètre rapproché

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Les milieux ouverts herbacés
Cette unité écologique regroupe les milieux prairiaux : pelouses, prairies, végétation piétinée, …

Figure 1 : Localisation des milieux ouverts herbacés sur la zone d’étude

Les milieux herbacés sont représentés sur le site d’étude par plusieurs types de végétation qui ont un
recouvrement au sol plus ou moins important.

La pelouse à orpins du dalle rocheuse (Code EUNIS : E1.111), localisée


vers le centre de la zone d’étude, est partiellement recouverte d’une
végétation caractérisée par la présence de l’Orpin blanc Sedum album.
D’autres espèces typiques des pelouses calcicoles comme le Thym
précoce Thymus praecox sont également présentes. Le recouvrement
de cette végétation reste très faible (environ 10%).
Cet habitat est déterminant de ZNIEFF en Bourgogne et présente ainsi
un intérêt floristique patrimonial moyen sur la zone d’étude.

Des zones d’éboulis et de graviers, répartis sur l’ensemble de la


carrière exploitée et des secteurs abandonnés sont colonisés par une
végétation clairsemée sur débris rocheux (Code EUNIS : E1.113).
Deux espèces dominent ces habitats : la Clématite des haies Clematis
vitalba et la Ronce Rubus sp. On y retrouve également des espèces
des pelouses adjacentes : Mélique ciliée Melica ciliata, Renoncule
bulbeuse Ranunculus bulbosus ou encore Germandrée petit chêne
Teucrium chamaedrys. Quelques arbustes y sont également
disséminés comme le Bois de Sainte-Lucie Prunus mahaleb ou l’Aubour faux-ébénier Laburnum
anagyroides. Notons que les éboulis sont caractérisés par la présence d’une espèce naturalisée dans la
région qui se rencontre très fréquemment sur les éboulis de carrière : le Centranthe rouge Centhrantus

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ruber. Aussi, la végétation clairsemée sur graviers abrite une espèce assez rare en Bourgogne : l’Épilobe
à feuilles de romarin Epilobium dodonei.
Cet habitat est déterminant de ZNIEFF en Bourgogne. De plus, la végétation sur graviers abrite une
espèce assez rare dans la région. Ces végétations présentent ainsi un intérêt floristique patrimonial
moyen sur la zone d’étude.

Sur des secteurs de la carrière anciennement exploités puis laissés à


l’abandon se développent des pelouses calcicoles méso-xérophiles
(Code EUNIS : E1.262 ; Code Natura 2000 : 6210-24). Cet habitat est
caractérisé par la présence de communautés végétales méso-
xérophiles avec le Brome dressé Bromus erectus, le Thym précoce
Thymus praecox, la Laiche glauche Carex flacca, la Renoncule
bulbeuse Ranunculus bulbosus, l’Hippocrepis à toupet Hippocrepis
comosa ou encore la Petite pimprenelle Sanguisorba minor. Ces
espèces se trouvent en association avec d’autres espèces mésophiles
(Lin purgatif Linum catharticum ou Gaillet mollugine Galium mollugo
par exemple) mais également avec des espèces thermoxérophiles.
Ces dernières sont principalement représentées sur le site d’étude
par la Mélique ciliée Melica ciliata et la Laîche de Haller Carex
halleriana. Quelques espèces prairiales peuvent également être
présentes selon les secteurs : Fromental élevé Arrhenatherum elatius
ou encore Salsifis des prés Tragopogon pratensis.
Trois faciès peuvent être distingués sur le site d’étude en fonction du
recouvrement occupé par la végétation et la présence ou non
d’arbustes. Le cortège floristique reste toutefois similaire entre
chaque structure de végétation. Les trois types de pelouses calcicoles
méso-xérophiles sont :
- la pelouse ouverte : recouvrement herbacé inférieur à 80 % ;
- la pelouse fermée : recouvrement herbacé supérieur à 80 % ;
- la pelouse piquetée d’arbustes.
Ces trois structures illustrent la dynamique de végétation spontanée de ce type d’habitat.
Trois espèces remarquables ont été recensées au sein de cet habitat : l’Epipactis brun rouge Epipactis
atrorubens (assez rare), la Fléole de Boehmer Phleum phleoides (assez rare), et l’Orobanche du thym
Orobanche alba (très rare et protégée à l’échelle régionale).
Cet habitat est d’intérêt communautaire mais non prioritaire, déterminant de SCAP (niveau 2-) et
déterminant de ZNIEFF en Bourgogne. De plus, il abrite plusieurs espèces remarquables dont une espèce
est protégée dans la région. Il présente ainsi un intérêt floristique patrimonial et réglementaire fort sur
le site d’étude.

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Ces pelouses peuvent évoluer vers une végétation d’ourlet. C’est le cas
de l’ourlet à Brachypode penné (Code EUNIS : E1.263) localisé au nord
de la zone d’étude, en bord de la Chênaie. Cet ourlet se trouve en
mosaïque avec le manteau préforestier. Il est dominé par le
Brachypode penné Brachypodium pinnatum en association avec le
Brome dressé Bromus erectus. La végétation est plus haute et plus
dense qu’au sein des pelouses calcicoles dont cet habitat dérive.

Cet habitat est déterminant de ZNIEFF en Bourgogne et présentent ainsi un intérêt floristique
patrimonial moyen sur la zone d’étude.

Au sud-est de la zone d’étude se trouve une prairie de fauche méso-


xérophile à Fétuque (Code EUNIS : E2.221). Cette prairie est dominée
par la Fétuque des prés Festuca pratensis. Bien que sa végétation ait
un recouvrement proche de 100%, la végétation est peu dense en
raison du sol peu profond sur lequel elle se développe. On retrouve
d’ailleurs des espèces typiques des sols calcaires comme le Scandix
peigne-de-Vénus Scandix pecten-veneris ou l’Orchis pourpre Orchis
purpurea.
Ce type d’habitat pourrait correspondre à l’habitat d’intérêt communautaire des Prairies maigres de
fauche de basse altitude (Alopecurus pratensis, Sanguisorba officinalis) (Code Natura 2000 : 6510).
Toutefois, la végétation observée sur le site ne correspond à une de celles décrites au sein des cahiers
d’habitats Natura 2000. Ainsi, la prairie de fauche à Fétuque de la zone d’étude ne peut pas être
rattachée à cet habitat d’intérêt communautaire.
Cet habitat abrite une flore commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt floristique patrimonial
faible sur la zone d’étude.

Enfin, une prairie à Fromental piquetée d’arbustes (Code EUNIS : E2.7)


se développe à l’ouest de la zone d’étude. Cette prairie en cours
d’enfrichement est dominées par des graminées telles que le Fromental
élevé Arrhenatherum elatius et le Pâturin des prés Poa pratensis mais
abrite également des espèces à tendance calcicoles telles que le Genet
des teinturiers Genista tinctoria, l’Epiaire droite Stachys recta ou encore
le Trèfle rougeâtre Trifolium rubens. La présence d’arbustes comme le
Bois de Sainte-Lucie Prunus mahaleb, le Saule marsault Salix caprea ou
le Rosier des chiens Rosa canina témoigne de l’enfrichement en cours de cet habitat.
Cet habitat abrite une flore commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt floristique patrimonial
faible sur la zone d’étude.

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Les milieux arbustifs
Cette unité écologique regroupe les fourrés, les ronciers et une haie arbustive.

Figure 2 : Localisation des milieux arbustifs sur la zone d’étude

Plusieurs zones de fourrés (Code EUNIS : F3.1121) sont localisées aux


abords de la carrière en exploitation au nord-ouest de la zone d’étude.
Ces fourrés arbustifs sont dominés par plusieurs espèces arbustives en
mélange : Noisetier commun Corylus avellana, Bois de Sainte-Lucie
Prunus mahaleb, Aubépine Crataegus monogyna ou encore Aubour
faux-ébénier Laburnum anagyroides. Ces espèces sont en mélanges
avec de jeunes arbres comme l’Alisier torminal Sorbus torminalis ou le
Chêne pédonculé Quercus robur. Notons également la présence de
quelques individus de Robinier faux-acacia Robinia pseudoacacia,
espèce exotique envahissante. La strate herbacée est très peu diversifiée. Seules trois espèces y ont été
observées : la Ronce Rubus sp., le Troène commun Ligustrum vulgare et le Lierre grimpant Hedera helix.
Cet habitat abrite une flore commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt floristique patrimonial
faible sur la zone d’étude.

Une haie arbustive (Code EUNIS : Fa.4 x F3.1121) localisée entre la


carrière et la culture de blé au nord présente la même végétation que
les fourrés décrits précédemment. La strate herbacée en diffère
quelque peu. En effet, l’habitat étant étroit et linéaire, un effet lisière
se produit augmentant la diversité de la strate herbacée bénéficiant
de plus de luminosité et provenant des milieux adjacents. On y
retrouve ainsi le Fromental élevé Arrhenatherum elatius, le
Brachypode penné Brachypodium pinnatum et la Vesce à épis Vicia
cracca, absents des fourrés.
Cet habitat abrite une flore commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt floristique patrimonial
faible sur la zone d’étude.

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Enfin, deux ronciers ont été recensés sur le site : l’un à l’ouest de la
zone d’étude, au sud de la prairie à Fromental et l’autre à l’est du
secteur, en bord du chemin carrossable. Ces ronciers constituent des
massifs arbustifs denses quasiment impénétrables. La strate herbacée
y est presque inexistante à l’exception de quelques espèces issues des
milieux adjacents. La Ronce Rubus sp. domine largement cet habitat.
Celle-ci est accompagnée par le Rosier des chiens Rosa canina et
quelques autres arbustes ou jeunes arbres disséminés : Saule marsault
Salix caprea, Prunellier Prunus spinosa ou encore Bois de Sainte-Lucie Prunus mahaleb.
Cet habitat abrite une flore peu diversifiée et commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt
floristique patrimonial faible sur la zone d’étude.

Les boisements et végétations associées


Cette unité écologique correspond aux milieux boisés et à ses végétations associées (manteau
préforestier et coupe forestière).

Figure 3 : Localisation des boisements et des végétations associées sur la zone d’étude

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Les boisements de la zone d’étude sont des Chênaies thermophiles calcicoles (Code EUNIS : G1.7112).
Ils sont dominés par le Chêne pubescent Quercus pubescens en
association avec le Chêne sessile Quercus petraea. Le Pin noir
Pinus nigra est également présent de manière plus ou moins
abondante selon les secteurs et forme une « sous-strate »
arborée. La strate arbustive est représentée par des espèces des
fourrés thermo-xérophiles avec l’Aubour faux-ébénier Laburnum
anagyroides, le Cornouiller mâle Cornus mas ou encore le
Genévrier commun Juniperus communis. La strate herbacée
quant à elle est peu diversifiée et est principalement composée
de jeunes individus des espèces arbustives et arborescentes.

Cet habitat est déterminant de SCAP (niveau 2-) et déterminant de ZNIEFF en Bourgogne et présente
ainsi un intérêt floristique patrimonial moyen sur la zone d’étude.

Une coupe forestière a été réalisée au sud de ce boisement. Une


végétation des clairières à Bardane et Belladone (Code EUNIS :
G5.842) s’y est développée. Cet habitat est dominé par le
Brachypode penné Brachypodium pinnatum associé au Brome
rude Bromus ramosus. La végétation est caractérisée par la
présence de la Belladone Atropa belladonna, typique des
clairières forestières sur sol neutro-basique. Notons que cette
espèce est assez rare en Bourgogne. Le reste de la végétation est
principalement représenté par de jeunes individus arbustifs tels
que le Cornouiller sanguin Cornus sanguinea, le Prunelier Prunus
spinosa ou le Bois de Sainte-Lucie Prunus mahaleb.
Cet habitat est déterminant de ZNIEFF en Bourgogne. De plus, il abrite une espèce floristique
patrimoniale dans la région. Il présente ainsi un intérêt floristique patrimonial moyen sur le site
d’étude.

La chênaie est par endroit bordée par un manteau préforestier calcicole (Code EUNIS : G5.62). Ce
dernier se développe également plus en avant des boisements. Il est en contact avec des zones de
pelouses calcicoles souvent piquetées d’arbustes. Cet habitat est dominé par des conifères : le Pin noir
Pinus nigra ou le Pin sylvestre Pinus sylvestris selon les secteurs. On
retrouve en strate arbustive des espèces caducifoliées comme le
Saule marsault Salix caprea ou Alisier blanc Sorbus aria. Le
recouvrement de ces strates étant assez faibles, la strate herbacée
abrite quelques espèces des pelouses alentours (Brome dressé
Bromus erectus, Hippocrepis à touper Hippocrepis comosa,
Épervière précoce Hieracium glaucinum, …) et des boisements
calcicoles clairs comme la Céphalanthère à grandes fleurs
Cephalanthera damasonium. Cette dernière espèce est assez rare
en Bourgogne.
Cet habitat abrite une flore commune en Bourgogne à l’exception d’une espèce assez rare. Les secteurs
abritant cette espèce présentent ainsi un intérêt floristique patrimonial moyen sur la zone d’étude.

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Enfin, une haie arborée (Code EUNIS : G5.1 x G1.A17) est localisée à
l’ouest de la zone d’étude, entre la culture de tournesols et un chemin.
Cette haie présente une végétation similaire à celle des chênaies
charmaies calciphiles (Code EUNIS : G1.A17). Elle se développe sur un sol
calcaire peu profond et est dominée par le Chêne sessile Quercus
petraea, l’Alisier blanc Sorbus aria et le Pin noir Pinus nigra. Les strates
arbustive et herbacée sont similaires à celles qui se développent au sein
des autres milieux boisés du site d’étude.
Cet habitat abrite une flore commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt floristique patrimonial
faible sur la zone d’étude.

Les milieux anthropiques


Cette unité écologique est représentée sur le périmètre rapproché par les cultures, une carrière, les
chemins carrossables et la route à l’ouest.
Figure 4 : Localisation des milieux artificiels sur le périmètre rapproché étudié

Deux cultures (Code EUNIS : I1.12)


sont présentes au nord-ouest et au
sud-ouest de la zone d’étude. La
culture située au nord est une culture
de blé. Seulement 5 espèces s’y
développent dont la Folle-avoine
Avena fatua et le Mouron rouge
Anagallis arvensis. Au sud, la culture
de tournesols permet à la végétation
spontanée de bénéficier de plus d’espace et donc de plus de luminosité. La diversité spécifique y est
donc supérieure. Le double d’espèces y a ainsi été observé. Le cortège reste toutefois le même. Citons
par exemple la Mercuriale annuelle Mercurialis annua, la Pensée des champs Viola arvensis ou encore

Page 29
Géranium fluet Geranium pusillum. De plus, deux espèces messicoles assez rares en Bourgogne ont été
inventoriées en 2005 par le CBNBP : le Céraiste des champs Cerastium arvense et le Miroir de Vénus
Legousia speculum-veneris.
La culture de blé abrite une flore commune et peu diversifiée en Bourgogne. Elle présente ainsi un intérêt
floristique patrimonial faible sur la zone d’étude. En revanche, la culture de tournesol localisée au sud
abrite deux espèces messicoles assez rare dans la région et présente ainsi un intérêt floristique
patrimonial moyen.

Des chemins carrossables empruntés par les engins de la carrière


traversent le site d’ouest en est. Une végétation rare et très ouverte
s’y développe. Elle est composée d’espèces supportant le
piétinement comme le Pâturin annuel Poa annua, le Grand plantain
Plantago major et le Plantain lancéolé Plantago lanceolata. On y
retrouve également des espèces calcicoles des pelouses adjacentes
(Petite pimprenelle Sanguisorba minor, Clinopode commun
Clinopodium vulgare, …). Ces dernières restent toutefois très peu
représentées sur cette végétation éparse.
Cet habitat abrite une flore peu diversifiée et commune en Bourgogne et présente ainsi un intérêt
floristique patrimonial faible sur la zone d’étude.

Enfin, la carrière en exploitation (Code EUNIS : J3.2) et la route (Code EUNIS : J4.2) localisée à l’ouest
n’abritent aucune végétation.

Ces habitats présentent donc un intérêt floristique patrimonial nul sur la zone d’étude.

Page 30
II.1.1.4 – Habitats remarquables
Une espèce est considérée comme remarquable dès qu’elle présente un enjeu réglementaire et/ou
patrimonial au minimum « moyen ».

Les grilles d’attribution des enjeux écologiques sont présentées en annexe I du présent dossier.

6 habitats recensés sur le site d’étude présentent un intérêt patrimonial. Il s’agit d’habitats des milieux
ouverts herbacés et des boisements. Ils sont synthétisés dans le tableau ci-dessous puis détaillés ci-
après.
Tableau 3 : Liste des habitats patrimoniaux recensés sur le site d’étude
EUNIS NATURA 2000 Dét. Dét. Enjeu
Habitat
Typologie Code Typologie Code Prior. SCAP ZNIEFF patrimonial
Pelouse calcicole Pelouses sèches
méso-xérophile semi-naturelles et
ouverte faciès
Pelouse calcicole d'embuissonnement
Pelouses semi-
méso-xérophile sur calcaires
sèches médio- 6210-
fermée E1.262 (festuco- non 2- x Fort
européennes à 24
brometalia)-
Pelouse calcicole Bromus erectus
Pelouses calcicoles
méso-xérophile
mésoxérophiles à
piquetée
tendance
d'arbustes
continentale
Pelouse à orpins Gazons médio-
sur dalle européens à E1.111 - - - - x Moyen
rocheuse orpins
Végétation Communautés
clairsemée sur herbeuses
graviers médio-
E1.113 - - - - x Moyen
Végétation européennes
clairsemée sur sur débris
éboulis rocheux
Ourlet herbacé à
Ourlets
Brachypode E5.22 - - - - x Moyen
mésophiles
penné
Chênaies à
Chênaie
Quercus
thermophile G1.7112 - - - 2- x Moyen
pubescens
calcicole
septentrionales
Clairières à
Coupe forestière Bardane et G5.842 - - - - x Moyen
Belladone
LEGENDE :
EUNIS = Typologie et code de l’habitat selon la nomenclature SCAP : Stratégie nationale de Création d’Aires
EUNIS : European Nature Information System (Système Protégées
d'Information Européen pour la Nature). SCAP 2- : Milieux pour lesquels l’expertise nationale a
Natura 2000 = Typologie et code de l’habitat selon la relevé la présence dans le réseau existant d’aires
nomenclature du réseau Natura 2000 (Directive « Habitats-Faune- protégées mais pour lesquels l’effort est à poursuivre
Flore »). en termes de création d’espaces protégés.
Dét. ZNIEFF = Habitat déterminant de ZNIEFF en
Bourgogne.

Page 31
Pelouse calcicole méso-xérophile (Code EUNIS : E1.262)
Natura 2000 : Pelouses sèches semi-naturelles et faciès
d’embuissonnement sur calcaire (festuco-brometalia)
[*sites d’orchidées remarquables] – Pelouses calcicoles
mésoxérophiles à tendance continentale – 6210-24
SCAP : 2-
Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

Localisation sur le site


Sur le site, ces pelouses se développent
principalement sur des secteurs de la carrière
anciennement exploités puis laissés à l’abandon.
Au total, les pelouses calcicoles méso-xérophiles
occupent 7,8 ha sur le site d’étude.

Répartition nationale
En France, les pelouses mésophiles à mésoxérophiles sont largement répandues sur le territoire.
L’habitat élémentaire des Pelouses calcicoles mésoxérophiles à tendance continentale (Code Natura
2000 : 6210-24) est localisé dans l’est de la France, principalement sur les plateaux jurassiques du nord-
est depuis les Ardennes et la Moselle jusqu’à la Nièvre et la Saône-et-Loire.

Composition floristique
Cet habitat est caractérisé par la présence de communautés végétales méso-xérophiles avec le Brome
dressé Bromus erectus, le Thym précoce Thymus praecox, la Laiche glauque Carex flacca, la Renoncule
bulbeuse Ranunculus bulbosus, l’Hippocrepis à toupet Hippocrepis comosa ou encore la Petite
pimprenelle Sanguisorba minor. Ces espèces se trouvent en association avec d’autres espèces
mésophiles (Lin purgatif Linum catharticum ou Gaillet mollugine Galium mollugo par exemple) mais
également avec des espèces thermoxérophiles. Ces dernières sont principalement représentées sur le
site d’étude par la Mélique ciliée Melica ciliata et la Laîche de Haller Carex halleriana. Quelques espèces
prairiales peuvent également être présentes selon les secteurs : Fromental élevé Arrhenatherum elatius
ou encore Salsifis des prés Tragopogon pratensis.

Caractères physionomiques et structuraux


Trois faciès peuvent être distingués sur le site d’étude en fonction du recouvrement occupé par la
végétation et la présence ou non d’arbustes. Le cortège floristique reste toutefois similaire entre chaque
structure de végétation. Le recouvrement au sol dépend d’une part de la profondeur du sol mais
également du caractère pionnier de la végétation. Ainsi, les pelouses installées depuis le plus longtemps
voient se développer une strate arbustive composée principalement du Prunier de Sainte-Lucie Prunus

Page 32
mahaleb, du Saule marsault Salix caprea et du Pin sylvestre Pinus sylvestris. S’y trouvent aussi quelques
Rosiers des chiens Rosa canina.
Les trois types de pelouses calcicoles méso-xérophiles sont :
- la pelouse ouverte : recouvrement herbacé inférieur à 80 % ;
- la pelouse fermée : recouvrement herbacé supérieur à 80 % ;
- la pelouse piquetée d’arbustes.

Ces trois structures illustrent la dynamique de végétation spontanée de ce type d’habitat.

Typicité floristique et atteintes


La typicité floristique du milieu est bonne avec une diversité
floristique intéressante (57 espèces identifiées). Ce type d’habitat
est actuellement en régression spatiale continue depuis le milieu du
20ème siècle. Il est principalement menacé par les mises en cultures,
les enrésinements, la reforestation naturelle après abandon et plus
rarement par l’ouverture de carrières. Les activités de loisirs (pique-
nique avec feux, moto, véhicules tout terrain) peuvent également
être la source d’atteintes à cet habitat remarquable.
Sur le site d’étude, la mosaïque constituée par ces pelouses
représente un complexe intéressant. Toutefois, les pelouses calcicoles piquetées d’arbustes sont vouées
à évoluer à court terme vers des prébois calcicoles.

Intérêt patrimonial
Les pelouses calcicoles présentent d’une manière générale un grand intérêt patrimonial car elles
abritent souvent une forte diversité floristique et entomologique. De plus, elle peut présenter un
caractère prioritaire lorsqu’elle abrite des populations remarquables d’orchidées, ce n’est pas le cas sur
le site d’étude. En revanche, une espèce floristique protégée, l’Orobanche du thym Orobanche alba, a
été identifiée au sein de deux pelouses calcicoles fermées.

Ainsi, les pelouses calcicoles méso-xérophiles, habitat d’intérêt Enjeu très faible
communautaire, présentent un intérêt floristique patrimonial fort sur Enjeu faible
la zone d’étude. Enjeu moyen
X Enjeu fort
Enjeu très fort

Page 33
Ourlet herbacé à Brachypode penné (Code EUNIS : E5.22)
Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

Localisation sur le site


Sur le site, l’ourlet herbacé à Brachypode penné
occupe une surface de 0,3 ha au nord du site, en
mosaïque avec le manteau forestier en bord de la
Chênaie thermophile.

Répartition nationale
En France, cet habitat se rencontre sur les terrains
calcaires en lisière des boisements mésophiles à
thermophiles.

Composition floristique
Cet habitat est caractérisé par la dominance du Brachypode penné Brachypodium pinnatum en
association avec le Brome dressé Bromus erectus. On y retrouve des espèces caractéristiques des ourlets
calcicoles mésophiles avec par exemple l’Aigremoine eupatoire Agrimonia eupatoria ou la Knautie des
champs Knautia arvensis. La présence du Trèfle rougeâtre Trifolium rubens traduit un caractère méso-
xérophile de l’habitat.

Caractères physionomiques et structuraux


L’ourlet herbacé est une végétation de transition entre les pelouses et le manteau pré forestier. Sur le
site d’étude, cet habitat est localisé et correspond à un ourlet en nappe qui dérive des pelouses
calcicoles adjacentes. Cet habitat présente une végétation haute et dense en comparaison avec les
pelouses calcicoles moyennes à basses à recouvrement moins important.

Typicité floristique et atteintes


La typicité floristique du milieu est bonne avec la présence de plusieurs espèces caractéristiques de
l’habitat. La principale menace qui pèse sur cet habitat est sa dynamique naturelle à évolution rapide.
Les ourlets sont ainsi généralement envahis par les espèces arbustives et arborescentes et évolue vers
un manteau pré forestier.

Intérêt patrimonial
Les ourlets herbacés constituent une liaison entre les milieux ouverts et Enjeu très faible
les milieux fermés. Ils abritent ainsi souvent une richesse floristique Enjeu faible
intéressante. Aussi, cet habitat est déterminant de ZNIEFF en X Enjeu moyen
Bourgogne. Enjeu fort
Ainsi, l’ourlet herbacé à Brachypode penné, habitat déterminant de Enjeu très fort
ZNIEFF en Bourgogne, présente un intérêt floristique patrimonial
moyen sur la zone d’étude.

Page 34
Pelouse à Orpins sur dalle rocheuse (Code EUNIS : E1.111)
Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

Localisation sur le site


Sur le site, cette végétation occupe une surface restreinte de 0,08 ha.

Répartition nationale
En France, cet habitat se rencontre sur une
grande majorité du territoire mais il reste localisé.

Composition floristique
La végétation de cet habitat est composée
d’espèces adaptées aux conditions xériques. Sur le
site d’étude, il s’agit principalement de l’Orpin
blanc Sedum album. La dalle est également
ponctuée d’espèces des pelouses calcaires qui
restent très disséminées : Thym précoce Thymus
praecox, Épervière précoce Hieracium glaucinum
ou encore la Carline commune Carlina vulgaris.
Caractères physionomiques et structuraux
Cette végétation s’exprime sur des sols très fins et des dalles rocheuses. La végétation y est basse et très
ouverte avec un recouvrement généralement inférieur à 50 % de la surface. Elle correspond à un stade
pionnier des pelouses calcicoles.

Typicité floristique et atteintes


La typicité floristique du milieu est moyenne avec la présence d’une seule espèce caractéristique de
l’habitat. La principale menace qui pèse sur cet habitat est sa dynamique naturelle. L’évolution est
toutefois relativement lente à ce stade de végétation.

Intérêt patrimonial
Ce type d’habitat pourrait correspondre à l’habitat d’intérêt communautaire des pelouses rupicoles
calcaires ou basiphiles de l’Alysso-Sedion albi. Toutefois, la végétation observée sur le site ne correspond
à celles décrites au sein des cahiers d’habitats Natura 2000. Ainsi, la pelouse à Orpins sur dalle rocheuse
de la zone d’étude ne peut pas être rattachée à cet habitat d’intérêt communautaire. Elle correspond en
revanche à un habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne.

Ainsi, la pelouse à Orpins sur dalle rocheuse, habitat déterminant de Enjeu très faible
ZNIEFF en Bourgogne, présente un intérêt floristique patrimonial Enjeu faible
moyen sur la zone d’étude. X Enjeu moyen
Enjeu fort
Enjeu très fort

Page 35
Végétations clairsemées sur graviers et éboulis
(Code EUNIS : E1.113)
Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne
Localisation sur le site
Sur le site, cette végétation occupe une surface de 1,32
ha sur des zones d’éboulis et de graviers répartis sur les
secteurs en exploitation comme sur les secteurs qui ne
le sont plus.
Répartition nationale
En France, cet habitat se rencontre sur une grande
majorité du territoire mais il reste localisé à des milieux
spécifiques. Les carrières récemment abandonnées
abritent souvent ce type de végétation.

Composition floristique
Deux espèces dominent ces habitats : la Clématite des haies Clematis vitalba et
la Ronce Rubus sp. On y retrouve également des espèces communes aux
pelouses adjacentes : Mélique ciliée Melica ciliata, Renoncule bulbeuse
Ranunculus bulbosus ou encore la Germandrée petit chêne Teucrium
chamaedrys. Quelques arbustes y sont également disséminés comme le Prunier
de Sainte-Lucie Prunus mahaleb ou l’Aubour faux-ébénier Laburnum
anagyroides. Notons que les éboulis sont caractérisés par la présence d’une
espèce naturalisée dans la région qui se rencontre très fréquemment sur les
éboulis de carrière : le Centranthe rouge Centhrantus ruber. Aussi, la végétation
clairsemée sur graviers abrite une espèce assez rare en Bourgogne : l’Épilobe à
feuilles de romarin Epilobium dodonei.
Caractères physionomiques et structuraux
Cette végétation clairsemée s’installe sur des débris rocheux. Elle est constituée de formations
herbacées et arbustives lacunaires.
Typicité floristique et atteintes
La typicité floristique du milieu est moyenne avec des groupements floristiques mélangés. La principale
menace qui pèse sur cet habitat est sa dynamique naturelle. L’évolution est toutefois relativement lente
à ce stade de végétation.
Intérêt patrimonial
Ce type d’habitat pourrait correspondre à l’habitat d’intérêt communautaire des pelouses rupicoles
calcaires ou basiphiles de l’Alysso-Sedion albi. Toutefois, la végétation observée sur le site ne correspond
à celles décrites au sein des cahiers d’habitats Natura 2000. Ainsi, les végétations clairsemées sur
graviers et éboulis de la zone d’étude ne peuvent pas être rattachées à Enjeu très faible
cet habitat d’intérêt communautaire. Elles correspondent en revanche à Enjeu faible
un habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne. X Enjeu moyen
Ainsi, les végétations clairsemées sur graviers et éboulis, habitats Enjeu fort
déterminants de ZNIEFF en Bourgogne, présentent un intérêt floristique Enjeu très fort
patrimonial moyen sur la zone d’étude.

Page 36
Chênaie thermophile calcicole (Code EUNIS : G1.7112)
Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

Localisation sur le site


Sur le site, cet habitat correspond à l’ensemble des
boisements localisés sur la partie est de la zone
d’étude. Il occupe une surface relativement
importante de 28,3 ha, soit environ 40 % de la surface
du périmètre.
Répartition nationale
En France, cet habitat se rencontre principalement
dans la zone supra méditerranéenne avec des
irradiations jusqu’à la Belgique.

Composition floristique
La strate arborée de ce boisement est dominée par le Chêne pubescent
Quercus pubescens en association avec le Chêne sessile Quercus
petraea. Le Pin noir Pinus nigra est également présent de manière plus
ou moins abondante selon les secteurs. La strate arbustive est
représentée par des espèces des fourrés thermo-xérophiles avec
l’Aubour faux-ébénier Laburnum anagyroides, le Cornouiller mâle
Cornus mas ou encore le Genévrier commun Juniperus communis. La
strate herbacée quant à elle est peu diversifiée et est principalement
composée de jeunes individus des espèces arbustives et arborescentes.
Notons toutefois la présence de la Laîche des bois Carex sylvatica, ou encore du Fraisier des bois
Fragaria vesca.

Caractères physionomiques et structuraux


Il s’agit d’un boisement caducifolié thermophile sec sur substrat calcaire qui présente une sous-strate
arborée de conifères (le Pin noir). Cet habitat correspond à l’évolution selon la dynamique naturelle du
manteau pré forestier calcicole.

Typicité floristique et atteintes


La typicité floristique du milieu est correcte avec des essences arborées caractéristiques. Notons
toutefois que la strate herbacée est peu développée.

Intérêt patrimonial
Ce boisement thermophile constitue un habitat déterminant de
ZNIEFF en Bourgogne. Il est également listé parmi les milieux pour Enjeu très faible
lesquels un effort est encore à fournir dans le cadre de la SCAP (niveau Enjeu faible
2-). X Enjeu moyen
Ainsi, la Chênaie thermophile calcicole, habitat déterminant de ZNIEFF Enjeu fort
et de SCAP en Bourgogne, présente un intérêt floristique patrimonial Enjeu très fort
moyen sur la zone d’étude.

Page 37
Coupe forestière (Code EUNIS : G5.842)
Habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

Localisation sur le site


Sur le site, cet habitat correspond la végétation se
développant au sein d’une coupe forestière située
au sud-est de la zone d’étude. Cette clairière
occupe une surface relativement restreinte de 0,38
ha.
Répartition nationale
En France, cet habitat se rencontre sur la totalité du territoire au sein
des coupes forestières sur sol basique à neutre.
Composition floristique
Cet habitat est dominé par le Brachypode penné Brachypodium pinnatum associé au Brome rude
Bromus ramosus. La végétation est caractérisée par la présence de la Belladone Atropa belladonna,
typique des clairières forestières sur sol neutro-basique. Le reste de la végétation est principalement
représenté par de jeunes individus arbustifs tels que le Cornouiller sanguin Cornus sanguinea, le
Prunelier Prunus spinosa ou le Bois de Sainte-Lucie Prunus mahaleb.

Caractères physionomiques et structuraux


Cet habitat est issu d’une coupe forestière relativement récente. Il s’agit d’un stade de végétation
transitoire qui dure entre 2 à 3 ans maximum. Les espèces ligneuses s’y développent ensuite
relativement rapidement et viennent dominer la strate herbacée caractéristique des clairières.

Typicité floristique et atteintes


La typicité floristique du milieu est correcte avec des espèces caractéristiques de l’habitat (Belladone,
Brome raide). Notons toutefois que des arbustes ont déjà commencés à se développer. Bien qu’ils
soient encore assez bas, ils devraient rapidement dominer cette végétation herbacée.

Intérêt patrimonial
Cette végétation de clairière installée dans une coupe forestière
Enjeu très faible
constitue un habitat déterminant de ZNIEFF en Bourgogne. Il abrite
Enjeu faible
également une espèce assez rare dans la région : la Belladone.
X Enjeu moyen
Enjeu fort
Ainsi, la coupe forestière, habitat déterminant de ZNIEFF en
Enjeu très fort
Bourgogne, présente un intérêt floristique patrimonial moyen sur la
zone d’étude.

Page 38
II.1.2 – La flore
II.1.2.1 - Méthodologie

La flore vasculaire a été prospectée de façon simultanée aux habitats (voir les dates en section II.1.1.1).
Les stations échantillon prospectées pour les habitats ont ainsi permis de fournir une liste d’espèces
pour chacune d’entre elle. Par ailleurs, l’ensemble du site d’étude a été parcouru afin de rechercher
d’éventuelles espèces remarquables.

Les référentiels utilisés sont :


- Pour les statuts de protection :
o Protection européenne : la Directive 92/43 CEE (dite « Directive Habitats ») et plus
particulièrement son annexe II ;
o Protection nationale : l’Arrêté du 20 janvier 1982 modifié par ceux du 15 septembre
1982, du 31 août 1995 et enfin par celui du 14 décembre 2006 paru au JO du 24 février
2007, fixant la liste des espèces végétales protégées sur l’ensemble du territoire
national ;
o Protection régionale : l’Arrêté ministériel du 27 mars 1992 relatif à la liste des espèces
végétales protégées en région Bourgogne complétant la liste nationale (J.O 05/04/1992) ;
- Pour les statuts de rareté:
o l’Atlas de la flore sauvage de Bourgogne ; Bardet O. et al., 2008 ;
o la liste des espèces déterminantes de ZNIEFF (DREAL Bourgogne, 2012) ;
- Pour la détermination : la Nouvelle flore de Bourgogne, Tome II, Bugnon F., 1995.

II.1.2.2 - Données bibliographiques

L’étude de la bibliographie a permis d’identifier des données relatives à la flore à l’échelle communale.
Ces données ne sont pas localisables précisément et ne peuvent donc pas être intégrées à cette étude.

En revanche, la délégation Bourgogne du Conservatoire Botanique National du Bassin Parisien a


communiqué une liste d’espèces relevées en 2005 sur le lieu-dit « La Trameuse ». Trois espèces
patrimoniales assez rares en Bourgogne y sont citées : le Céraiste des champs Cerastium arvense, le
Miroir de Vénus Legousia-speculum-veneris et le Rosier luisant Rosa x nitidula. Lors de notre contact
téléphonique avec le CBNBP, il nous a été indiqué que bien que considéré comme assez rare au sein de
l’atlas de la flore sauvage de Bourgogne, le Rosier luisant ne constitue pas une espèce patrimoniale dans
la région, sa présence étant sous-évaluée en raison des difficultés d’identification des espèces
appartenant à ce genre. Ainsi, seuls le Céraiste des champs et le Miroir de Vénus seront intégrés à
l’état initial. Leur localisation précise a été transmise par le CBNBP. Elle est indiquée sur la carte de
localisation des espèces floristiques patrimoniales recensées sur la zone d’étude (cf. paragraphe II.3.2 –
Espèces à enjeu patrimonial).

Page 39
II.1.2.3 - Expertise de terrain
127 espèces végétales ont été identifiées sur le périmètre rapproché conformément aux relevés
floristiques fournis en annexe.

Sur le périmètre d’étude, le nombre d’espèces par type de milieu varie de 10 (roncier) à 28 (Pelouse
calcicole), avec une moyenne de 16 espèces par type d’habitat, et une moyenne de 16 espèces
également par relevé.

Figure 5 : Nombre d’espèces floristiques identifiées pour chaque type de milieu du périmètre d’étude

II.1.2.4 – Espèces remarquables

Parmi les espèces identifiées lors des prospections et grâce à l’étude bibliographique, 8 espèces
présentent un enjeu patrimonial. Parmi ces espèces, une espèce floristique est protégée en
Bourgogne. Il s’agit de l’Orobanche du thym Orobanche alba. Cette plante pousse au sein des pelouses
calcaires où elle parasite les espèces du genre Thymus et surtout le Thym précoce Thymus praecox,
espèce bien représentée au sein des pelouses de la zone d’étude. Elle peut également, mais plus
rarement, parasiter d’autres Lamiacées. L’espèce, en régression dans la région, est présente
relativement régulièrement le long de la côte Bourguignonne mais est plus sporadique dans le secteur
de la zone d’étude

Elles sont présentées dans le tableau suivant. Les relevés réalisés sur le site d’étude sont détaillés en
annexe du présent dossier.
La carte suivante permet également de les localiser sur le périmètre étudié.

Page 40
Tableau 4 : Liste des espèces floristiques à enjeu patrimonial recensées sur le site d’étude
Dét. Dét. Enjeu Enjeu Taille et période
Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Source Habitat sur le site Illustration
SCAP ZNIEFF patrimonial Réglementaire de floraison

Pelouse calcicole méso- 8 - 30 cm


Orobanche alba Stephan ex Willd. Orobanche du thym I RR PR x Fort Fort CERE - 2013
xérophile fermée avril - août

Source : Tela Botanica –


Marie PORTAS

80 - 150 cm
Atropa belladonna L. Belladone I R Moyen Nul CERE - 2013 Coupe forestière
juin - août

Céphalanthère à grandes 20 - 60 cm
Cephalanthera damasonium (Mill.) Druce I AR Moyen Nul CERE - 2013 Manteau pré forestier calcicole
fleurs mai - juin

5 - 30 cm
Cerastium arvense L. Céraiste des champs I AR Moyen Nul CBNBP - 2005 Culture de tournesol
avril - juillet

Source : Tela Botanica –


Hugues TINGUY

Végétation clairsemée sur 20 - 100 cm


Epilobium dodonaei Vill. Epilobe à feuilles de romarin I R Moyen Nul CERE - 2013
graviers juillet - octobre

Pelouse calcicole méso- 20 - 60 cm


Epipactis atrorubens (Hoffm.) Besser Epipactis brun rouge I AR Moyen Nul CERE - 2013
xérophile ouverte à fermée mai - juillet

Page 41
Dét. Dét. Enjeu Enjeu Taille et période
Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Source Habitat sur le site Illustration
SCAP ZNIEFF patrimonial Réglementaire de floraison

10 - 40 cm
Legousia speculum-veneris (L.) Chaix Miroir-de-Vénus I AR Moyen Nul CBNBP - 2005 Culture de tournesol
mai - juillet

Pelouse calcicole méso- 10 - 60 cm


Phleum phleoides (L.) H.Karst. Fléole de Boehmer I R Moyen Nul CERE - 2013
xérophile fermée juin - juillet

Source : Tela Botanica –


Mathieu MENAND

LEGENDE :

Stat. : Statut en région Bourgogne


I = Indigène

Rar. : Indice de rareté en Bourgogne


RR = Très rare
R = Rare
AR = Assez rare

Législ. : Statut de protection, restriction de cueillette et inscription à la directive « Habitats »


Statut de protection :
PR = Protection régionale

Dét. ZNIEFF.Pic = Plantes déterminantes de ZNIEFF en région Bourgogne


x = taxon déterminant de ZNIEFF en Bourgogne

Page 42
Carte 6 : Localisation des espèces floristiques patrimoniales recensées sur la zone d’étude

Page 43
II.1.2.5 – Espèces invasives

Sur le site d’étude, 4 espèces floristiques non indigènes ont été recensées. Parmi celles-ci,
une espèce présente un caractère envahissant : le Robinier faux-acacia Robinia
pseudoacacia. Il est présenté dans le tableau ci-dessous.

Tableau 5 : Liste des espèces floristiques exotiques envahissantes du site d’étude


Taille et
Nom
Nom scientifique Stat. Rar. Inv. période de Principales mesures de lutte
vernaculaire
floraison
Uniquement sur stade de
colonisation :
Robinia Robinier atteint 25 m
N/C CCC x coupe mécanique couplée à des
pseudoacacia L. faux-acacia mai - juillet interventions chimiques sur les
souches et les rejets
LEGENDE :
Stat. : Statut en région Bourgogne
N = Naturalisé
C = Cultivé ou introduit involontairement

Rar. : Indice de rareté en Bourgogne


CCC = extrêmement commun

Inv. = Plantes exotiques envahissantes en région Bourgogne


x = taxon invasif

Page 44
Carte 7 : Localisation des espèces exotiques envahissantes sur la zone d’étude

Page 45
II.2 – L A F AUNE V ERTEBREE

II.2.1 – Les oiseaux


II.2.1.1 - Méthodologie
Les oiseaux en phase reproduction ont été prospectés selon la méthode des I.P.A. (Indices Ponctuels
d’Abondance) couplés avec une recherche qualitative aux dates notées ci-dessous.

Les oiseaux en migration et en hivernage ont été prospectés aux dates notées ci-dessous selon une
recherche par points d’observation ainsi que s principaux sites d’hivernage et de haltes migratoires.

Date de prospections de l’avifaune:


Dates de Type de
Groupe Conditions météorologiques
prospection prospection

Oiseaux en migration 20-sept.-12 Diurne Soleil, vent Ouest


post-nuptiale 21-sept.-12 Diurne Soleil, vent Ouest
Oiseaux en hivernage 17-janv.-13 Diurne Neige, couvert, pas de vent
Oiseaux en migration pré-
17-avr.-13 Diurne Soleil, 22°C, vent sud 10 km/h
nuptiale
Oiseaux en migration pré-
18-avr.-13 Diurne 12°C, nébulosité 8/8, vent SO 15 km/h
nuptiale
Oiseaux en reproduction 3-juin-13 Diurne Ensoleillé, 17°C, vent NE 30 km/h + rafales
Oiseaux en reproduction 4-juin-13 Diurne Soleil, 13°C, vent NE 15 km/h

Les référentiels utilisés sont :


- Pour les statuts de protection :
o Les conventions et textes internationaux concernent :
 la « convention de Bonn » ;
 la « convention de Berne » ;
 la « convention de Washington » ;
o Les textes européens concernent :
 la Directive 2009/147/CE du 30 novembre 2009 (dite « Directive Oiseaux ») et
surtout son Annexe I ;
o Les textes nationaux en application de la concernent :
 l’Arrêté du 29 octobre 2009 fixant la liste des oiseaux protégés sur l’ensemble du
territoire national ;
 l’Arrêté du 27 mai 2009 modifiant l’arrêté du 9 juillet 1999 fixant la liste des
espèces de vertébrés protégées menacées d’extinction en France et dont l’aire de
répartition excède le territoire d’un département ;
- l’Arrêté du 9 juillet 1999 fixant la liste des espèces de vertébrés protégées
menacées d'extinction en France et dont l'aire de répartition excède le territoire
d'un département ;
- Pour les statuts de rareté / menace :
o Les listes rouges :
 La Liste rouge mondiale des espèces menacées (IUCN, 2012) ;

Page 46
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Mammifères de
France métropolitaine (UICN France, MNHN, SFEPM &ONCFS, 2009) ;
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Reptiles et
Amphibiens de France métropolitaine (UICN France, MNHN & SHF, 2009) ;
o La liste des déterminants de ZNIEFF de Bourgogne (CSRPN, 2008).
- Pour les espèces exotiques invasives :
o l’Arrêté du 30 juillet 2010 interdisant sur le territoire métropolitain l'introduction dans le
milieu naturel de certaines espèces d'animaux vertébrés.

II.2.1.2 - Données bibliographiques


9 espèces d’oiseaux remarquables sont ressorties d’après l’étude de la bibliographie, au travers des
espaces remarquables. Il s’agit du Milan royal, du Busard Saint-Martin, de l’Œdicnème criard, du
Martin-pêcheur d’Europe, du Pic noir, du Pic épeichette, de l’Alouette lulu, de la Pie-grièche écorcheur
et du Cincle plongeur. La carte suivante permet de localiser ces espèces.

Toutefois, parmi les espèces signalées, deux d’entre elles ont été recensées sur le site d’étude : le Pic
noir Dryocopus martius et l’Alouette lulu Lullula arborea.

Page 47
Carte 8 : Espèces de l’avifaune localisables d’après les données bibliographiques

Page 48
II.2.1.3 - Expertise de terrain
Les inventaires ornithologiques ont permis de recenser 32 espèces d’oiseaux en période reproduction
dont 26 protégées parmi lesquels figurent uniquement 4 espèces remarquables.

Les inventaires ornithologiques ont permis de recenser pas moins de 23 espèces d’oiseaux en période
de migration prénuptiale au niveau du périmètre étudié. Parmi ces espèces, une seule espèce est
considérée comme remarquable pour cette période.
En période de migration postnuptiale, il a été recensé 39 espèces d’oiseaux au niveau du périmètre
étudié. Parmi ces espèces, une seule espèce est considérée comme remarquable au niveau du
périmètre d’étude.

Enfin, concernant les oiseaux en période d’hivernage, le site d’étude n’est pas considéré comme une
zone d’hivernage importante pour les oiseaux. Parmi les 26 espèces d’oiseaux inventoriées en période
d’hivernage, une seule espèce est considérée comme remarquable.

Tous les résultats des observations ornithologiques sont listés en annexe II du présent dossier.

II.2.1.4 – Espèces remarquables


Les inventaires ornithologiques en période de reproduction ont permis de recenser 31 espèces
d’oiseaux.

Parmi les espèces recensées en période reproduction, 4 peuvent être considérées comme remarquables
de par leur statut de protection et/ou leur inscription sur liste rouge et/ou leur statut de rareté et/ou
leur caractère déterminant de ZNIEFF.

Le tableau suivant présente les espèces patrimoniales et l’enjeu qui leur a été attribués en fonction de
la grille présentée en annexe I du présent dossier.

Tableau 6 : Liste des espèces d’oiseaux remarquables sur le site d’étude

Nom Nom Enjeu Enjeu


Groupe Elément ayant motivé l'enjeu
vernaculaire scientifique patrimonial réglementaire
Espèce inscrite à l'annexe 1 de la
directive Oiseaux et déterminant
Lullula
Alouette lulu Moyen Fort ZNIEFF en Bourgogne
arborea
Notée en nicheur possible dans la
friche arbustive du site d’étude
Espèce inscrite à l'annexe 1 de la
Milvus
Milan noir Faible Fort directive Oiseaux, noté en vol
Oiseaux en migrans
uniquement.
reproduction Espèce inscrite à l'annexe 1 de la
directive Oiseaux et déterminant
Engoulevent Caprimulgus
Moyen Fort ZNIEFF en Bourgogne
d’Europe europaeus
Noté en nicheur possible dans la
zone forestière du site d’étude
Grimpereau Certhia Espèce nicheuse rare en
Fort Faible
des bois familiaris Bourgogne

Page 49
Nom Nom Enjeu Enjeu
Groupe Elément ayant motivé l'enjeu
vernaculaire scientifique patrimonial réglementaire
Noté en nicheur possible dans la
zone forestière du site d’étude.

Espèce inscrite sur l'annexe 1 de


Oiseaux en
Lullula la directive Oiseaux et
migration Alouette lulu Moyen Fort
arborea déterminant ZNIEFF en
postnuptiale
Bourgogne

Oiseaux en
Milvus Espèce inscrite sur l'annexe 1 de
migration Milan noir Faible Fort
migrans la directive Oiseaux
prénuptiale

Espèce inscrite en Annexe 1 de la


Oiseau en Dryocopus
Pic noir Faible Fort directive Oiseaux et sédentaire en
hivernage martius
Bourgogne, noté posé.

Sur la carte en page suivante figurent les espèces représentant un enjeu patrimonial moyen à fort
également.

Tous les résultats des observations ornithologiques sont listés en annexe II du présent dossier.

Les habitats accueillant une ou des espèces protégées de la faune vertébrée sont localisés sur la carte 7.

A noter que sur cette carte figurent également (si elles sont présentes) les espèces reproductrices
(nicheuses, posées ou au gagnage) présentant un enjeu réglementaire fort.

II.2.1.5 – Espèces invasives


Aucune espèce exotique envahissante de la faune vertébrée n’a été recensée sur le site d’étude.

Page 50
Carte 9 : Localisation des espèces remarquables de l’avifaune sur le périmètre rapproché

Page 51
II.2.2 – Les autres groupes de la faune vertébrée
II.2.2.1 - Méthodologie
L’étude des mammifères a été réalisée aux dates ci-dessous par leur observation directe sur le terrain
(selon une recherche diurne), l’identification des espèces trouvées mortes sur les voies de circulation
et la lecture des indices de présence (empreintes, fèces, reliefs de repas, terriers).
Les chiroptères (chauves-souris) ont été prospectés de façon nocturne aux dates ci-dessous le long de
transects préétablis et par points d’écoute. Elles ont été reconnues à l’aide d’un détecteur d’ultrasons.
Les reptiles ont fait l’objet d’une recherche visuelle dans les endroits ensoleillés des bordures de
chemin, des lisières boisées et à proximité des zones humides aux dates notées ci-dessous.

Date de prospections de la faune vertébrée hors avifaune


Dates de Type de
Groupe Conditions météorologiques
prospection prospection

Chiroptères Nocturne Vent sud 10 km/h, 15°¨C


17-avr.-13
Reptiles et mammifères Diurne Soleil, 22°C, vent sud 10 km/h
Reptiles et mammifères 18-avr.-13 Diurne 12°C, nébulosité 8/8, vent SO 15 km/h
Chiroptères Nocturne 13°C, vent NE 20 km/h
3-juin-13
Reptiles et mammifères Diurne Ensoleillé, 17°C, vent NE 30 km/h + rafales
Reptiles et mammifères 4-juin-13 Diurne Soleil, 13°C, vent NE 15 km/h

Les référentiels utilisés sont :


- Pour les statuts de protection :
o Les conventions et textes internationaux concernent :
 la « convention de Bonn » ;
 la « convention de Berne » ;
o Les textes européens concernent :
 Les annexes II, IV et V de la Directive 92/43/CEE du 21 mai 1992 (dite« Directive
Habitats-Faune-Flore ») ;
o Les textes nationaux concernent :
 L’Arrêté du 23 avril 2007 fixant la liste des mammifères protégés sur l’ensemble
du territoire national, version consolidée au 07 octobre 2012 ;
 L’Arrêté du 19 novembre 2007 fixant la liste des amphibiens et reptiles protégés
sur l’ensemble du territoire national, version consolidée au 19 décembre 2007 ;
- Pour les statuts de rareté / menace :
o Les listes rouges :
 La Liste rouge mondiale des espèces menacées (IUCN, 2012) ;
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Mammifères de
France métropolitaine (UICN France, MNHN, SFEPM &ONCFS, 2009) ;
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Reptiles et
Amphibiens de France métropolitaine (UICN France, MNHN & SHF, 2009) ;

o La liste des déterminants de ZNIEFF de Bourgogne (CSRPN, 2008).

Page 52
II.2.2.2 - Données bibliographiques
D’après l’étude de la bibliographie, au travers des espaces remarquables et de la consultation du site
internet de l’ONCFS, aucune espèce remarquable n’est ressortie. Cependant aucun de ces éléments
remarquables n’est localisable précisément sur le site d’étude. Il n’existe pas d’espace de circulation
de la grande faune sur le site étudié.
Concernant les reptiles, le Lézard des murailles a été recensé sur le site d’étude et est considéré
comme une espèce remarquable.

II.2.2.3 - Expertise de terrain


Quatre espèces de mammifères (dont deux espèces de chiroptères) ont été inventoriées. Il s’agit
de l’Écureuil roux Sciurus vulgaris, du le Lièvre d’Europe Lepus europaeus ainsi que de deux espèces de
chiroptères. Seules ces deux dernières constituent des espèces remarquables. Elles sont présentées
dans la section suivante.

Concernant les reptiles, seul le lézard des murailles a été observé sur le site d’étude

II.2.1.4 – Espèces remarquables

Le tableau ci-dessous détaille pour chaque espèce les enjeux réglementaire et patrimonial dont elle fait
l’objet sur le site d’étude.

Tableau 7 : Listes des espèces remarquables de la faune vertébrée (hors oiseaux)


Nom Nom Enjeu Enjeu Elément ayant motivé l'enjeu
Groupe
vernaculaire scientifique patrimonial réglementaire
Espèce notée « à surveiller » en
Pipistrelle Pipistrellus
Moyen Moyen région inscrite sur l'annexe 4 de la
commune pipistrellus
directive Habitats-Faune-Flore
Mammifères
Espèce Rare et inscrite sur l'annexe
Pipistrelle de Pipistrellus
Fort Moyen 4 de la directive Habitats-Faune-
Nathusius Nathusii
Flore
Lézard des Podarcis Espèce inscrite sur l'annexe 4 de la
Reptiles Faible Moyen
murailles muralis directive Habitats-Faune-Flore

La prochaine carte permet de localiser ces espèces.

II.2.1.5 – Espèces invasives


Aucune espèce exotique envahissante de la faune vertébrée n’a été recensée sur le site d’étude.

Page 53
Carte 10 : Localisation des espèces remarquables de mammifères sur le périmètre rapproché

Page 54
II.2.3 – Les habitats d’espèces
II.2.3.1- Les milieux ouverts herbacés
Les pelouses calcicoles et végétations clairsemées
Ce type d’habitat à végétation rase ne favorise pas la reproduction des espèces d’oiseaux par manque
de végétation assez haute pour pouvoir se camoufler. Quelques espèces peuvent nicher à même le sol
sur ce type d’habitat comme l’Œdicnème criard dont les œufs se confondent avec le milieu. Cette
espèce n’a pas été recensée sur le site. Cet habitat est essentiellement une zone d’alimentation pour la
faune vertébrée.
Ce milieu n’abrite pas d’espèce remarquable et possèdent ainsi un intérêt patrimonial faible pour la
faune vertébrée.

La prairie arbustive à Fromental


Il s’agit d’un milieu herbacé avec la présence d’arbustes et de ronciers. Dans ce type de milieu, on y
retrouve le Rossignol philomèle, le Pouillot véloce et le Pouillot fitis entre autres dans lequel ces
espèces nichent. Pour les autres groupes de la faune vertébrée, l’Ecureuil roux et le Lièvre d’Europe y
ont été observés.
Ce milieux n’abritent aucune espèce remarquable et possèdent ainsi un intérêt patrimonial faible pour
la faune vertébrée.

La prairie de fauche à Fétuques


Sur cette zone d’étude, quelques espèces ubiquistes ont été observées comme la Mésange
charbonnière, la Mésange bleue ou le Merle noir.
Cet habitat présente un intérêt faible pour la faune vertébrée sur le site d’étude.

II.2.3.2- Les milieux arbustifs

Les haies, ronciers et fourrés


Sur le site d’étude, ce type de milieux assez fermés reste intéressant pour les espèces d’oiseaux dites
ubiquistes tant pour la reproduction que pour la recherche de nourriture. On y retrouve le Pouillot
véloce ou encore le Rossignol philomèle. L’Alouette lulu a été observée en tant que nicheuse possible.
Cet habitat présente un intérêt fort du fait de la présence de l’Alouette lulu sur le site d’étude en
période de reproduction.
II.2.3.3- Les milieux arborés et végétations associées

Les boisements
Ce type d’habitat fermé peut être propice à des espèces cavicoles comme certaines chouettes par
exemple ou à d’autres espèces inféodées à ce milieu fermé.
Ainsi, il a été observé sur le site d’étude le Grimpereau des bois, le Coucou gris mais également
l’Engoulevent d’Europe. Cette dernière espèce présente un enjeu patrimonial fort (protégée par
l’Annexe 1 de la Directive « Oiseaux » et espèce déterminante ZNIEFF en Bourgogne).
De nombreuses espèces de mammifères telles que le Chevreuil d’Europe Capreolus capreolus et autres
micromammifères fréquentent également cet habitat pour l’alimentation, le repos et la reproduction.
Cet habitat présente un intérêt écologique fort pour l’avifaune en période de reproduction.

Page 55
Le manteau pré forestier calcicole
Ce milieu semi-ouvert reste avant tout une zone ouverte pour l’alimentation des espèces d’oiseaux.
Ainsi, le manteau pré forestier ne présente pas d’enjeu important pour la faune vertébrée

La haie arborée
A l’instar des haies arbustives décrites dans le paragraphe précédent, la haie arborée est
essentiellement fréquentée par des espèces ubiquistes pour leur alimentation et leur déplacement.

II.2.3.4- Les milieux anthropiques

Les cultures
Cette zone cultivée à végétation faible et peu diversifiée peut accueillir quelques espèces
reproductrices comme l’Alouette des champs et également quelques rapaces comme le Busard
cendré, le Busard Saint-Martin ou encore le Busard des roseaux. Ces espèces de rapaces n’ont pas été
observées sur cette zone bien qu’elle constitue une zone d’alimentation favorable.
Par conséquent, les cultures de la zone d’étude ne présentent qu’un intérêt patrimonial faible pour la
faune vertébrée.

Les chemins, routes et la carrière en exploitation


Ces milieux ouverts peu végétalisés ne sont pas des zones propices à la reproduction des oiseaux
surtout en phase d’exploitation du site. Quelques espèces à faible enjeu patrimonial ont été observées
comme le Pinson des arbres, la Linotte mélodieuse ou encore le Pouillot fitis.
Ainsi, ils présentent un intérêt patrimonial faible pour la faune vertébrée.

Les cultures
Les cultures de la zone d’étude ne présentent qu’une végétation spontanée très faible et très peu
diversifiée. De plus, l’utilisation de produits phytosanitaires y est probable. L’ensemble de ces
éléments rend ce milieu très peu favorable au développement des insectes. Le cortège entomologique
y est ainsi très restreint et est dominé par les espèces ubiquistes telles que la Piéride du chou Pieris
brassicae, le Souci Colias croceus ou le Criquet mélodieux Chorthippus biguttulus.
Par conséquent, les cultures de la zone d’étude ne présentent qu’un intérêt patrimonial faible pour la
faune invertébrée.

Les chemins, routes et la carrière en exploitation


Ces milieux n’abritent aucune végétation donc aucune zone d’alimentation ou de refuge pour les
insectes. Ils ne sont par conséquent que très peu attractifs pour ce groupe d’espèces.
Ainsi, ils présentent un intérêt patrimonial nul pour la faune invertébrée.

Page 56
II.3 – L A F AUNE I N VERTEBREE
II.3.1 – Les insectes
II.3.1.1 - Méthodologie

Les lépidoptères rhopalocères (papillons dits « de jour ») ont été prospectés de manière diurne aux
dates ci-dessous selon une recherche active et visuelle des chenilles âgées et des adultes. Des captures
ont été réalisées lorsque nécessaire.
Les odonates (libellules) ont été prospectés de jour selon une recherche visuelle, si nécessaire
accompagnée de captures aux dates notées ci-dessous.
Les orthoptères (criquets, sauterelles, grillons) ont été recherchés par points d’écoute et
reconnaissance visuelle, ainsi que par fauchage des herbes hautes et des arbustes aux dates notées ci-
dessous.
Enfin, seuls les coléoptères de forte valeur patrimoniale ont été recherchés, aux dates notées ci-
dessous, dans leurs habitats de prédilection.

Date de prospections de la faune invertébrée:


Dates de Type de
Catégorie Groupe Conditions météorologiques
prospection prospection
Rhopalocères
Nuageux (couverture nuageuse : env. 40%), vent
Odonates 2-mai-13 Diurne
faible, 18°
Coléoptères
Rhopalocères
Couvert (couverture nuageuse : 100%), pluie,
Odonates 3-juil.-13 Diurne
vent faible à modéré, 16°
Coléoptères
Faune
Rhopalocères
invertébrée Nuageux (couverture nuageuse : env. 50%), vent
Odonates 4-juil.-13 Diurne
faible, 22°
Coléoptères
Orthoptère
21-août-13 Diurne Dégagé, vent faible, 27°
Coléoptères
Orthoptère
22-août-13 Diurne Soleil voilé, vent faible, 27°
Coléoptères

Les référentiels utilisés sont :


- Pour les statuts de protection :
o protection européenne : la Directive 92/43 du 21 mai 1992 dite « Directive Habitats »
relative à la conservation des habitats naturels, de la faune et de la flore sauvage et
surtout ses Annexes II et IV.
o protection nationale : l’Arrêté du 23 avril 2007 fixant les listes des insectes protégés sur
l'ensemble du territoire et les modalités de leur protection (JO du 6 mai 2007).
o Les conventions et textes internationaux concernent :
 la « Convention de Berne » relative à la conservation de la vie sauvage et du
milieu naturel de l'Europe

Page 57
- Pour les statuts de menace / rareté :
o les listes rouges
 la liste rouge mondiale (UICN, 2012), européenne (UICN, 2012) et nationale
(UICN, 1994) des espèces menacées ;
 la liste rouge européenne des rhopalocères (UICN, 2012) et des odonates (UICN,
2010) ;
 la liste rouge nationale des odonates (SFO, 2009), des rhopalocères (UICN
France, MNHN, OPIE et SEF, 2012) et des orthoptères (SARDET, DEFAUT, 2004) ;
o la liste des statuts de rareté des espèces protégées présentes en Bourgogne (DREAL
Bourgogne, 2012) ;
o la liste des déterminants de ZNIEFF de Bourgogne (DREAL Bourgogne, 2012).

II.3.1.2 - Données bibliographiques


Le recueil de données mené sur et à proximité de la zone d’étude n’a révélé la présence d’aucune
espèce d’insecte protégé et/ou patrimonial.

II.3.1.3 - Expertise de terrain


Les inventaires de terrain sur le périmètre d’étude ont permis de mettre en évidence la présence de 82
espèces d’insectes dont :
 55 lépidoptères (46 rhopalocères et 9 hétérocères) ;
 5 odonates ;
 22 orthoptères.

Parmi ces espèces, l’une d’elles est protégée nationalement et 4 autres sont remarquables de par leur
statut (rareté / déterminant de ZNIEFF). Ils sont présentés dans la section suivante.

II.3.1.4 – Espèces remarquables

Parmi les espèces observées à l’échelle du périmètre rapproché étudié, 5 d’entre elles sont
considérées comme remarquables en Bourgogne. Signalons la présence d’une espèce protégée à
l’échelon national.

Elles sont présentées dans le tableau en page suivante.

Il est à noter que certaines espèces patrimoniales recensées lors de nos inventaires ne sont pas
susceptibles de se reproduire au niveau des habitats du site d’étude. C’est le cas notamment du
Gomphe vulgaire Gomphus vulgatissimus, qui se reproduit au niveau des zones en eau. Il utilise alors le
site pour son alimentation.

Page 58
Tableau 8 : Listes des espèces remarquables de la faune invertébrée
Nom Dét. Rar. Nombre Enjeu Enjeu
Groupe Nom scientifique DHFF Protection LRE LRN CB Observation sur le site Illustration
vernaculaire ZNIEFF Bourg. d'individus patrimonial réglementaire

En recherche de nourriture
Lopinga achine La Bacchante An. IV PN2 VU NT An. 2 x AR 1 individu Fort Fort
en lisière de boisement

Rhopalocères Au moins 5 En alimentation au sein de


Plebeius idas L'Azuré du Genêt LC LC x Moyen Nul
mâles plusieurs friches et prairies

Source : Wikipedia
Auteur : Harald Süpfle

Le grand Mars
Apatura iris LC LC x 1 individu En vol en lisière de bois Moyen Nul
changeant

La Zygène de la En alimentation au sein


Hétérocères Zygaena fausta x 1 individu Moyen Nul
Bruyère d'une friche pionnière

Source : Wikipedia
Auteur : Alvesgaspar

Gomphus Le Gomphe
Odonates LC NT 1 mâle Posé au sein d'une friche Moyen Nul
vulgatissimus vulgaire

Page 59
LEGENDE :
DHFF : Espèce inscrite à la Directive Habitats-Faune-Flore (Directive 92/43 relative à la conservation des
habitats naturels, de la faune et de la flore sauvage)
An. IV : Espèce inscrite à l’annexe IV de cette Directive (espèce soumise à une protection stricte)

LRE, LRN : Listes rouges européenne et nationale:


LC : Préoccupation mineure
NT : Quasi-menacé
VU : Vulnérable

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

Protection : Statut de protection au niveau national


PN2 : article 2 de l’arrêté fixant les listes des insectes protégés sur l'ensemble du territoire
national et les modalités de leur protection

CB : Convention de Berne du 19 septembre 1979 relative à la conservation de la vie sauvage et du milieu


naturel de l’Europe.
An. 2 : Espèce inscrite à l’annexe 2 de cette convention (espèce faunistique strictement protégée)

Rar. Bourg. : Statut de rareté en Bourgogne :


AR : espèce assez rare

Page 60
Carte 11 : Localisation de l’entomofaune remarquable sur la zone d’étude

Page 61
II.3.1.5 – Espèces invasives
Aucune espèce exotique envahissante d’insecte n’a été inventoriée au sein du périmètre rapproché.

II.3.2 – Les habitats d’espèces

II.3.2.1- Les milieux ouverts herbacés


Les pelouses calcicoles et végétations clairsemées
Les pelouses calcicoles présentent, sur la zone d’étude, différents faciès.
Certaines d’entre elles possèdent un recouvrement végétal important et abritent des espèces typiques
des pelouses sèches et praires maigres telles que le Bel-argus Polyommatus bellargus, la Mélitée
orangée Melitaea didyma ou le Fluoré Colias alfacariensis, associées à des espèces de prairies et
friches telles que l'Hespérie du Dactyle Thymelicus lineola, la Géomètre à barreaux Chiasmia clathrata
ou le Criquet verte-échine Chorthippus dorsatus.
D’autres sont plus lacunaires et abritent en outre des insectes typiques des milieux rocailleux telles
que le Némusien Lasiommata maera ou divers Œdipodes (Caloptène ochracé Calliptamus barbarus,
Caloptène italien Calliptamus italicus, Œdipode turquoise Oedipoda caerulescens, Œdipode aigue-
marine Sphingonotus caerulans)
Les autres enfin sont piquetées d’arbustes et accueillent en plus un cortège entomologique des
prairies buissonnantes, qui comprend des espèces telles que le Thécla de la ronce Callophrys rubi, le
Citron Gonepteryx rhamni ou le Phanéroptère commun Phaneroptera falcata.
Au sein de ce type d’habitat, deux espèces patrimoniales en Bourgogne ont été recensées. Il s’agit de
l’Argus moyen Plebeius idas et de la Zygène de la bruyère Zygaena fausta.

Ainsi, de par la présence de ces deux espèces patrimoniales, les pelouses calcicoles de la zone d’étude
présentent un enjeu patrimonial moyen pour la faune invertébrée.

Les végétations clairsemées ont un recouvrement au sol faible voire très faible. Le cortège
entomologique fréquentant ce milieu est ainsi nettement moins diversifié que celui des milieux
précédents. On y observe cependant des espèces des pelouses calcicoles lacunaires (Œdipodes entre
autres).

Ce milieux n’abritent aucune espèce remarquable et possèdent ainsi un intérêt patrimonial faible pour
la faune invertébrée.

La prairie arbustive à Fromental


Ce milieu herbacé est piqueté d’arbustes et de ronciers. On y retrouve ainsi des espèces typiques des
prairies et friches telles que le Demi-deuil Melanargia galathea, le Conocéphale gracieux Ruspolia
nitidula ou la Mante religieuse Mantis religiosa aux côtés d’espèces des milieux buissonnants telles
que le Céphale Coenonympha arcania ou le Grillon d’Italie Oecanthus pellucens.
L’Azuré du genêt Plebeius idas a été inventorié au sein de cette parcelle qui représente un milieu
favorable à sa reproduction.

Ainsi, de par la présence de cette espèce patrimoniale, la prairie arbustive à Fromental présente un
enjeu patrimonial moyen pour la faune invertébrée.

Page 62
La prairie de fauche à Fétuques
Sur la zone d’étude, cet habitat présente un cortège entomologique moins diversifié que le milieu
précédent et nettement dominé par les espèces ubiquistes telles que la Belle-Dame Vanessa cardui, la
Phalène picotée Ematurga atomaria ou la grande Sauterelle verte Tettigonia viridissima.
L’Azuré du genêt y a été observé en alimentation mais celui-ci n’est pas susceptible de se reproduire
au niveau de ce milieu.

La prairie de fauche à Fétuques n’abrite qu’un cortège d’espèces relativement communes et aucune
espèce patrimoniale. Elle possède ainsi un intérêt patrimonial faible pour la faune invertébrée.

II.3.2.2- Les milieux arbustifs


Les haies, ronciers et fourrés
Sur la zone d’étude ces habitats sont relativement fermés pour l’entomofaune mais constituent une
interface intéressante entre milieux fermés et ouverts. Ils sont fréquentés notamment par les
lépidoptères et les odonates pour leur alimentation et leur déplacement (rôle de corridors).

Aucune espèce patrimoniale ne peut être rattachée à cette catégorie d’habitat sur le site d’étude. Les
haies, fourrés et ronciers présentent donc un intérêt patrimonial faible pour la faune invertébrée.

II.3.2.3- Les milieux arborés et végétations associées

Les boisements
Les milieux fermés sont en général moins attractifs pour l’entomofaune que les milieux ouverts
(excepté pour certains lépidoptères et coléoptères) en raison d’une fermeture trop importante du
milieu, ne laissant pas assez pénétrer la lumière du soleil. Cependant, dès lors que ces milieux sont plus
ouverts (bois clairs, présence de clairières…), comme tel est le cas sur la zone d’étude, ces derniers
sont nettement plus fréquentés par les insectes car ils trouvent des zones de reproduction au niveau
des milieux forestiers et des zones d’alimentation au niveau des habitats plus ouverts (lisières,
clairières…). Sur le site, ce phénomène est amplifié par la présence d’une mosaïque d’habitats
(prairies, pelouses calcaires…) à proximité directe des boisements.
Au sein du périmètre d’étude, le cortège entomologique des milieux fermés est donc bien représenté
avec des espèces telles la Thécla de l'Yeuse Satyrium ilicis, le Petit sylvain Limenitis camilla ou le Grillon
des bois Nemobius sylvestris.

En outre, une espèce remarquable en Bourgogne peut être rattachée à cette catégorie d’habitat : la
Bacchante Lopinga achine (espèce protégée au niveau national).

Les boisements de la zone d’étude sont susceptibles d’abriter la reproduction de la Bacchante. Ils
présentent ainsi un enjeu patrimonial et réglementaire fort pour la faune invertébrée.

Page 63
Le manteau pré forestier calcicole
Cet habitat est fréquenté par un cortège entomologique similaire aux milieux précédents car celui-ci
constitue pour les insectes un boisement clair. Le manteau pré forestier est donc potentiellement un
milieu de reproduction pour la Bacchante. En outre, la présence de Saule marsault en fait une zone de
reproduction favorable pour le grand Mars changeant Apatura iris.

Ainsi, le manteau pré forestier accueille potentiellement la reproduction de la Bacchante et du grand


Mars changeant. Il présente ainsi un enjeu patrimonial et réglementaire fort pour la faune
invertébrée.

La haie arborée
A l’instar des haies arbustives décrites dans le paragraphe précédent, la haie arborée est
essentiellement fréquentée par les insectes pour leur alimentation et leur déplacement. Aucune
espèce remarquable ne peut être rattachée à cet habitat.

Par conséquent, la haie arborée possède un enjeu patrimonial faible pour la faune invertébrée de la
zone d’étude.

II.3.2.4- Les milieux anthropiques


Les cultures
Les cultures de la zone d’étude ne présentent qu’une végétation spontanée très faible et très peu
diversifiée. De plus, l’utilisation de produits phytosanitaires y est probable. L’ensemble de ces
éléments rend ce milieu très peu favorable au développement des insectes. Le cortège entomologique
y est ainsi très restreint et est dominé par les espèces ubiquistes telles que la Piéride du chou Pieris
brassicae, le Souci Colias croceus ou le Criquet mélodieux Chorthippus biguttulus.

Par conséquent, les cultures de la zone d’étude ne présentent qu’un intérêt patrimonial faible pour la
faune invertébrée.

Les chemins, routes et la carrière en exploitation


Ces milieux n’abritent aucune végétation donc aucune zone d’alimentation ou de refuge pour les
insectes. Ils ne sont par conséquent que très peu attractifs pour ce groupe d’espèces.

Ainsi, ils présentent un intérêt patrimonial nul pour la faune invertébrée.

Page 64
II.4 – L ES CONTINUITES ECOLO GIQUES
II.4.1 - Données bibliographiques
II.4. 1.1 – Schéma Régional de Cohérence Ecologique
Le Comité Opérationnel « Trame Verte et Bleue » (COMOP TVB) issu du Grenelle de l’Environnement a
été chargé par l’État en décembre 2007 de définir les voies, moyens et conditions de mise en œuvre,
dans les meilleurs délais, de la Trame verte et bleue. Son mandat s’est achevé début 2010.
A l’issue de son mandat, le comité a remis trois documents, à destination respectivement des
décideurs, des services de l’État et des régions (qui auront notamment à piloter l’élaboration des
schémas régionaux de cohérence écologique) et des gestionnaires d’infrastructures linéaires de
transport de l’État.

Le document à destination des décideurs (« Choix stratégiques de nature à contribuer à la préservation


et à la remise en bon état des continuités écologiques ») fournit d’ores et déjà certaines pistes à suivre
quant aux directions à donner à l’aménagement pour une bonne prise en compte des continuités
écologiques. Elles sont résumées ici :
1- Diminuer la fragmentation et la vulnérabilité des habitats naturels et habitats d’espèces et
prendre en compte leur déplacement dans le contexte du changement climatique
2- Identifier, préserver et relier les espaces importants pour la préservation de la biodiversité par
des corridors écologiques
3- Mettre en œuvre les objectifs de qualité et de quantité des eaux que fixent les SDAGE et
préserver les zones humides importantes pour ces objectifs et importantes pour la préservation
de la biodiversité
4- Prendre en compte la biologie des espèces sauvages
5- Faciliter les échanges génétiques nécessaires à la survie des espèces de la faune et de la flore
sauvages
6- Améliorer la qualité et la diversité des paysages
Le Conseil régional de Bourgogne et l’Etat en région (Préfecture de Bourgogne et DREAL) élaborent et
mettent en œuvre conjointement une stratégie régionale pour la biodiversité (SRB) articulée avec le
schéma régional de cohérence écologique (SRCE), ainsi qu’un observatoire de la biodiversité (ORB) à
l’échelle régionale.

Cette démarche rejoint les objectifs que s’est fixé l’Etat dans le Grenelle de l’environnement d'élaborer
des stratégies régionales et locales respectueuses des compétences des collectivités territoriales, en
concertation avec l'ensemble des acteurs concernés. Le principe de territorialisation est une des lignes
directrices définies pour la mise en œuvre de la nouvelle stratégie nationale pour la biodiversité 2011-
2020, elle-même constituant l’engagement français au titre de la convention sur la diversité biologique
ratifiée par la France en 1994.

La stratégie bourguignonne pour la biodiversité a vocation à être un document fondateur visant trois
objectifs :
 apporter des éléments d’éclairage sur l'importance de la biodiversité en vue de permettre à
chacun de porter un autre regard sur le rapport entretenu avec le vivant ;
 aider les acteurs bourguignons à saisir la complexité de la biodiversité - qu’elle soit
remarquable ou ordinaire, sauvage ou domestique, génétique, spécifique ou écosystémique -
et faire émerger des comportements favorables à sa préservation et à sa bonne gestion ;

Page 65
 inciter les forces vives du territoire bourguignon à mettre en commun leurs compétences, leurs
connaissances et leurs moyens en vue de valoriser la biodiversité.

A l’échelle paysagère, le site d’étude est formé en grande partie par des zones cultivées parsemées de
zones de friches et de forêts. Le site d’étude se trouve à proximité direct de la Forêt de Chatel-Gérard
ouest et de la Forêt de Tonnerre. Ces forêts représentent un réservoir de biodiversité au même titre
que la zone forestière située sur le site d’étude. Ces réservoirs de biodiversité sont de bonne qualité et
peu fragmentés ce qui favorise les échanges d’espèces entre ces derniers. Par ailleurs, le site est
localisé à proximité de la vallée du Serein, vallée qui constitue un corridor à enjeu régional à préserver
comme le montre la première carte en page suivante. Cette vallée constitue à cet effet un corridor
terrestre à restaurer en priorité (comme le montre la seconde carte en page suivante) qui permet de
relier la Champagne humide au Morvan.

Page 66
Carte 12: Synthèse régionale des éléments de la trame verte et bleue de Bourgogne selon le SRCE

Page 67
Carte 13: Actions prioritaires en faveur des continuités écologiques en Bourgogne selon le SRCE

Page 68
II.4.1.2 – SDAGE

La région Bourgogne est couverte par trois bassins hydrographiques : Rhône-Méditerranée, Loire-
Bretagne et Seine-Normandie. Le secteur d’étude est concerné par le SDAGE de la Seine-Normandie.
Le SDAGE 2010-2015 définit les secteurs d’actions prioritaires du plan de gestion de l’Anguille du
bassin Seine-Normandie. Si l’on se réfère à la carte suivante, le secteur d’étude n’est pas concerné par
ce plan de gestion.

Par ailleurs et concernant les continuités écologiques au niveau hydrographique, il apparait que le
réservoir biologique le plus proche est situé à environ 2 km de la zone d’étude.

Les réservoirs biologiques sont des aires où les espèces animales et végétales des communautés
définissant un bon état écologique, peuvent accéder à l’ensemble des habitats naturels nécessaires à
l’accomplissement des principales phases de leur cycle biologique et permettant leur répartition dans
un ou plusieurs cours d’eau du bassin versant. Il apparait que la zone d’étude n’est pas traversée par l’un
d’eux. Le site d’étude n’est donc pas concerné par ce plan de gestion.

Page 69
Carte 14: États des continuités écologiques des cours d’eau selon le SDAGE Seine-Normandie

Page 70
II.4.2 – Expertise de terrain
Les biocorridors sont les voies empruntées par les espèces pour se déplacer entre deux habitats. Ils
correspondent généralement à des structures linéaires favorables à ces espèces, non seulement pour
leurs déplacements mais aussi pour leur alimentation, leur protection voire leur reproduction.
L’existence de tels couloirs de déplacement est primordiale car ils permettent par exemple aux
espèces de s’adapter aux disponibilités alimentaires et aux conditions météorologiques et d’accomplir
ainsi pleinement leurs cycles biologiques. Ils pourraient s’avérer d’autant plus indispensables dans le
contexte de modifications climatiques que nous connaissons aujourd’hui.

Les corridors biologiques ou biocorridors sont indispensables au maintien des populations animales,
végétales et fongiques en permettant la dispersion des gènes. Cette dispersion est nécessaire à moyen
terme pour la survie des espèces et pour le maintien de leurs capacités adaptatives sur le long terme. Il
s’agit donc de structures paysagères primordiales pour la conservation et l’expansion de l’ensemble
des espèces.

Un corridor biologique a la particularité de se distinguer des milieux adjacents de par ses


caractéristiques physionomiques, topographiques ou pédologiques par exemple. Certains paramètres
immatériels tels que les odeurs pourraient également entrer en jeu.
On s’intéresse généralement aux voies naturelles constituées par les structures linéaires du paysage
comme les haies, les talus, les lisières de bois ou les rivières. Ces structures conviennent aux espèces
de lisières mais des structures plus larges peuvent être nécessaires pour les déplacements d’espèces
plus spécialisées.

Il convient de garder à l’esprit qu’un corridor biologique pour une espèce peut constituer un obstacle
pour une autre espèce. On s’attachera ainsi à distinguer les biocorridors pour la faune terrestre des
milieux fermés, de ceux pour la faune terrestre des milieux ouverts, de ceux pour la faune aquatique.
Les termes de continuums écopaysagers peuvent alors être utilisés en considérant qu’il s’agit d’une
succession de structures paysagères fonctionnelles reliant entre eux d’autres structures paysagères ou
habitats, généralement de même type.

À une échelle plus large, l’ensemble des corridors biologiques pourra former un corridor écologique,
lequel sera lui-même intégré dans un réseau écologique qui se voudra fonctionnel aux échelles
paysagères et supra-paysagères.

À l’échelle du site d’étude, nous retrouvons un seul type de biocorridors : des biocorridors boisés.
Ceux-ci sont représentés essentiellement par les bois entourant le site d’étude : la forêt de Chatel-
Gérard ouest ou encore la forêt de Tonnerre. Ils peuvent être utilisés tant par les espèces forestières
(oiseaux, mammifères…), qui circulent alors entre deux entités boisés, que par des espèces moins
strictement inféodées à ces habitats fermés (lépidoptères, chiroptères…) mais qui apprécient le
couvert que leur procurent les lisières et les haies pour se déplacer.

Les corridors boisés sont plutôt de bonne qualité écologique puisque les entités boisées sont de
superficies relativement grandes et qu’elles sont proches les unes des autres. Ces espaces sont très
peu fragmentés ce qui favorise le déplacement des espèces.
Ainsi, le périmètre d’étude s’inscrit dans un contexte naturel relativement bien préservé et bien
connecté avec les milieux environnants.

Les biocorridors boisés de la zone d’étude sont, seuls, localisés sur la carte en page suivante. Les
autres biocorridors sont éloignés du site d’étude et ne présente aucune connexion avec ce dernier.
Carte 15 : Localisation des biocorridors au niveau du périmètre d’étude

Page 73
II.5 – Z ONES HUMIDES
II.5.1 - Méthodologie
D’après l’arrêté du 1er octobre 2009 modifiant l’arrêté du 24 juin 2008, paru au J.O. du 24 novembre
2009, les zones humides doivent être caractérisées selon la méthodologie suivante :
- dans un premier temps par l’analyse des types d’habitats présents ;
- dans un deuxième temps par l’analyse des relevés floristiques ;
- dans un troisième temps par une étude des critères pédologiques.

Seule la caractérisation des zones humides par l’analyse des habitats et des relevés floristiques est
présentée ici.

La méthodologie utilisée est présentée plus en détail en annexe I du présent dossier.

II.5.2 – Expertise de terrain


II.5.2.1 – Analyse de la végétation
D’après leur Code Corine Biotope associé, il est possible de déterminer, pour chacun des habitats du
périmètre d’étude, si ces derniers peuvent être assimilés à une zone humide. A défaut et dans un
second temps, l’étude de la végétation peut permettre de déterminer le caractère humide ou non des
habitats pour lesquels demeure une incertitude. Enfin, si ni le Code Corine associé à l’habitat, ni la
végétation qu’il abrite ne permettent de déterminer le caractère humide d’un milieu, il sera nécessaire
d’effectuer un sondage pédologique afin de le déterminer.

De cet exercice découle le tableau suivant, déterminant pour chaque habitat du périmètre, son
caractère humide selon les critères de l’arrêté du 1er octobre 2009.

Tableau 9 : Identification du caractère humide de chaque habitat du périmètre d’étude


Arrêté du 1er octobre 2009 précisant les
N° de Code critères de définition et de délimitation
relevé Habitat Typologie Corine Biotope Corine des zones humides
floristique Biotope Habitat humide selon Habitat humide
la typologie Corine selon le cortège
Biotope floristique
Pelouse à orpins sur dalle
15 Gazons à orpins 34.111 - -
rocheuse
Végétation clairsemée sur
13 - -
graviers Formations herbeuses sur
34.113
Végétation clairsemée sur débris rocheux
16 - -
éboulis
10, 14, 21, Pelouse calcicole méso-
- -
24 xérophile ouverte
Pelouse calcicole méso- Pelouses semi-arides médio-
9, 12, 17 - -
xérophile fermée européennes à Bromus 34.322
Pelouse calcicole méso- erectus
22 xérophile piquetée - -
d'arbustes
Ourlet herbacé à
3 Lisières mésophiles 34.42 - -
Brachypode penné
Prairie de fauche à Prairies des plaines médio-
29 38.22 - -
Fétuque européennes à fourrage
Arrêté du 1er octobre 2009 précisant les
N° de Code critères de définition et de délimitation
relevé Habitat Typologie Corine Biotope Corine des zones humides
Habitat humide selon Habitat humide
floristique Biotope
la typologie Corine selon le cortège
Biotope floristique
Prairie à Fromental
6 Prairies mésophiles 38 - -
piquetée d'arbustes
Fruticées à Prunelliers et
5 Fourré 31.812 - -
Troènes
7, 20 Roncier Ronciers 31.831 - -
Fruticées à Prunelliers et
2 Haie arbustive 31.812 - -
Troènes
Chênaie thermophile Bois occidentaux de Quercus
4, 26, 27 41.711 - -
calcicole pubescens
Alignements d'arbres x
84.1 x
8 Haie arborée Chênaies-charmaies - -
41.271
xérophile sur calcaire
Manteau préforestier
18, 19, 23 Fourrés mixtes 31.8F - -
calcicole
Clairières à Arctium et
28 Coupe forestière 31.8712 - -
Belladonne
1, 25 Culture Grandes cultures 82.11 - -
11 Chemin carrossable Zones rudérales 87.2 - -
- Carrière en exploitation Carrières 86.41 - -
- Route - - - -

Ainsi, aucun habitat présent sur le périmètre rapproché n’a pu être caractérisé comme humide
d’après les critères floristiques.

II.5.2.2 – Analyse pédologique

Une analyse pédologique a été réalisée dans le cadre de l’étude d’impact permettant de conclure
quant à la nature non humide du périmètre d’étude.

Elle est fournie en plus de cette étude écologique.

II.5.2.3 – Intérêt écologique des zones humides d’après les critères floristiques du site
Les critères d’évaluation de la valeur écologique des zones humides sont détaillés en annexe I. Sur le
site d’étude, aucune zone humide n’a été identifiée. A ce titre, le périmètre d’étude ne présente pas
d’intérêt écologique en tant que zone humide.
B. SYNHESE DE L’INTERET
ECOLOGIQUE ET HIERARCHISATION
DES ENJEUX
I – SYNTHESE DE L’INTERET ECOLOGIQUE
Cette synthèse de l’intérêt écologique repose sur six volets que sont les habitats, la flore, la faune
vertébrée, la faune invertébrée, les continuités écologiques et les zones humides. Dans chacun de ces
domaines, les statuts de protection légale, les statuts de rareté (lorsqu’ils existent) et la diversité
constituent les critères nous permettant de juger de l’importance des enjeux écologiques identifiés en
état initial. Elle permet également de situer les enjeux au regard des surfaces sollicitée et d’extraction
du projet.

I.1 – S YNTHESE DE L ’ INTERET DES HABITATS


 17 habitats identifiés selon la typologie EUNIS
 6 habitats patrimoniaux
o 1 habitat d’intérêt communautaire
o 2 habitats déterminants de SCAP (niveau 2-)
o 6 habitats déterminants de ZNIEFF

Tableau 10 : Liste et enjeu des habitats remarquables identifiés sur la zone d’étude
EUNIS NATURA 2000 Dét. Dét. Enjeu
Habitat
Typologie Code Typologie Code Prior. SCAP ZNIEFF patrimonial
Pelouse calcicole Pelouses sèches
méso-xérophile semi-naturelles et
ouverte faciès
Pelouse calcicole d'embuissonnement
méso-xérophile sur calcaires (festuco-
Pelouses semi-sèches
fermée brometalia) [* sites 6210-
médio-européennes à E1.262 non 2- x Fort
d'orchidées 24
Bromus erectus
remarquables] -
Pelouse calcicole
Pelouses calcicoles
méso-xérophile
mésoxérophiles à
piquetée d'arbustes
tendance
continentale
Pelouse à orpins sur Gazons médio-
E1.111 - - - - x Moyen
dalle rocheuse européens à orpins
Végétation
clairsemée sur Communautés
graviers herbeuses médio-
E1.113 - - - - x Moyen
Végétation européennes sur
clairsemée sur débris rocheux
éboulis
Ourlet herbacé à
Ourlets mésophiles E5.22 - - - - x Moyen
Brachypode penné
Chênaies à Quercus
Chênaie thermophile
pubescens G1.7112 - - - 2- x Moyen
calcicole
septentrionales
Clairières à Bardane
Coupe forestière G5.842 - - - - x Moyen
et Belladone

Page 77
I.2 – S YNTHESE DE L ’ INTERET DE LA FLORE
 127 espèces floristiques identifiées
 1 espèce floristique protégée
 8 espèces patrimoniales

Tableau 11 : Liste et enjeu des espèces floristiques remarquables identifiées sur la zone d’étude
Enjeu Enjeu
Nom vernaculaire Nom scientifique Eléments ayant motivé l'enjeu
réglementaire patrimonial
Orobanche alba Espèce protégée à l'échelle régionale
Orobanche du thym Fort Fort
Stephan ex Willd. et très rare en Bourgogne

Belladone Atropa belladonna L. Nul Moyen Espèce assez rare en Bourgogne

Cephalanthera
Céphalanthère à
damasonium (Mill.) Nul Moyen Espèce assez rare en Bourgogne
grandes fleurs
Druce
Céraiste des champs Cerastium arvense L. Nul Moyen Espèce assez rare en Bourgogne
Epilobe à feuilles de Epilobium dodonaei
Nul Moyen Espèce rare en Bourgogne
romarin Vill.
Epipactis atrorubens
Epipactis brun rouge Nul Moyen Espèce assez rare en Bourgogne
(Hoffm.) Besser
Phleum phleoides
Fléole de Boehmer Nul Moyen Espèce rare en Bourgogne
(L.) H.Karst.
Legousia speculum-
Miroir-de-Vénus Nul Moyen Espèce assez rare en Bourgogne
veneris (L.) Chaix

I.3 – S YNTHESE DE L ’ INTERET DE LA FAUNE VERTEBREE

 23 espèces d’oiseaux identifiées en période de migration prénuptiale dont 17 protégées et 1


remarquables
 32 espèces d’oiseaux identifiées en période de reproduction, dont 26 protégées et 4
remarquables
 39 espèces d’oiseaux identifiées en période de migration postnuptiale dont 31 protégées et 1
remarquables
 26 espèces d’oiseaux identifiées en période d’hivernage dont 19 protégées et 1 seule
remarquable
 4 espèces de mammifères observées, dont 3 espèces protégées parmi lesquelles 2 sont
remarquables
 Une espèce de reptile remarquable (par son statut de protection)

Au total : 10 espèces de vertébrés remarquables détaillées dans le tableau suivant.

Tableau 12 : Liste et enjeu des espèces de faune vertébrée remarquables identifiées sur la zone
d’étude

Page 78
Nom Nom Enjeu Enjeu
Groupe Elément ayant motivé l'enjeu
vernaculaire scientifique réglementaire patrimonial
Oiseaux en
Milvus Espèce inscrite sur l'annexe 1
migration Milan noir Fort Faible
migrans de la Directive « Oiseaux »
prénuptiale
Espèce inscrite sur l'annexe 1
Oiseaux en
Lullula de la Directive « Oiseaux » et
migration Alouette lulu Fort Moyen
arborea déterminant ZNIEFF en
postnuptiale
Bourgogne
Espèce inscrite à l'annexe 1 de
Lullula la Directive « Oiseaux » et
Alouette lulu Fort Moyen
arborea déterminant ZNIEFF en
Bourgogne
Milvus Espèce inscrite à l'annexe 1 de
Milan noir Fort Faible
Oiseaux en migrans la Directive « Oiseaux »
reproduction Espèce inscrite à l'annexe 1 de
Engoulevent Caprimulgus la Directive « Oiseaux » et
Fort Moyen
d’Europe europaeus déterminant ZNIEFF en
Bourgogne
Grimpereau Certhia Espèce nicheuse rare en
Faible Fort
des bois familiaris Bourgogne
Espèce inscrite en Annexe 1 de
Oiseau en Dryocopus
Pic noir Fort Faible la Directive « Oiseaux » et
hivernage martius
sédentaire en Bourgogne
Pipistrelle Pipistrellus Espèce inscrite en annexe 4 de
Moyen Moyen
commune pipistrellus la Directive « Habitats »
Mammifères Espèce inscrite en annexe 4 de
Pipistrelle de Pipistrellus la Directive « Habitats » et
Moyen Fort
Nathusius Nathusii quasi-menacée sur la liste
rouge nationale
Lézard des Podarcis Espèce inscrite sur l'annexe 4
Reptile Moyen Faible
murailles muralis de la Directive « Habitats »

Page 79
I.4 – S YNTHESE DE L ’ INTERET DE LA FAUNE INVERTEBREE
 82 espèces d’insectes identifiées
 Une espèce protégée au niveau national
 5 espèces remarquables détaillées dans le tableau suivant

Tableau 13 : Liste et enjeu des espèces d’insectes remarquables identifiées sur la zone d’étude
Nom Nom Enjeu Enjeu
Groupe Eléments ayant motivé l'enjeu
vernaculaire scientifique réglementaire patrimonial
Espèce protégée au niveau
Lopinga achine La Bacchante Fort Fort national et vulnérable sur la
Liste Rouge Européenne
Rhopalocères L'Azuré du Déterminant de ZNIEFF en
Plebeius idas Nul Moyen
Genêt Bourgogne
Le grand Mars Déterminant de ZNIEFF en
Apatura iris Nul Moyen
changeant Bourgogne
La Zygène de la Déterminant de ZNIEFF en
Hétérocères Zygaena fausta Nul Moyen
Bruyère Bourgogne
Gomphus Le Gomphe Quasi-menacé sur la Liste
Odonates Nul Moyen
vulgatissimus vulgaire Rouge Nationale

Page 80
Carte 16 : Synthèse de l’ensemble des habitats et espèces remarquables inventoriés sur la zone d’étude

Page 81
I.5 – S YNTHESE DE L ’ INTERET DES CONTINUI TES ECOLOGIQUES
Un type de biocorridors de bonne qualité écologique se dessine au niveau du site d’étude : les
biocorridors boisés. Ces biocorridors sont constitués par des boisements de superficies relativement
grandes et proches les uns des autres.

I.6 – S YNTHESE DE L ’ INTERET DES ZONES HU MIDES


 Aucune zone humide identifiée d’après les critères floristiques.

Page 82
II – HIERARCHISATION DES ENJEUX ECOLOGIQUES
II.1 – H IERARCHISATI ON DES E NJEUX ECOLOGIQUES REGLEMENT AIRES
À ce jour, l’état initial démontre un périmètre rapproché caractérisé par des enjeux réglementaires
forts.

Ainsi, dans ce contexte, selon les espèces faunistiques et floristiques inventoriées sur cette zone, il est
possible de hiérarchiser ces enjeux et par-là même de faire ressortir les espaces possédant une
contrainte réglementaire. D’une façon générale, plus un habitat possède un enjeu réglementaire élevé
plus ce dernier représentera une contrainte importante. Sur ce principe, la contrainte réglementaire de
l'ensemble des unités écologiques se traduit par des degrés de difficulté relatifs à leur modification et
par-là même à leur utilisation. Les secteurs présentant un enjeu réglementaire fort deviennent donc
très difficilement utilisables, les secteurs à enjeu réglementaire moyen et faibles sont utilisables à
condition de compenser les impacts produits, les secteurs à enjeu réglementaire nuls sont facilement
utilisables, sous réserve qu’aucun enjeu patrimonial moyen, fort ou très fort n’y ait été identifié. Ces
distinctions se justifient selon les critères suivants :

Une zone de fort enjeu réglementaire se justifie par la présence :


- d’une ou plusieurs espèces végétales et/ou de la faune invertébrée légalement protégées
(protection européenne, nationale et/ou régionale le cas échéant) ;
- et/ou d’une ou plusieurs espèces de la faune vertébrée légalement protégées à l’échelle
européenne (annexe I de la Directive « Oiseaux », annexe II de la Directive « Habitats-Faune-
Flore » ;
Les zones à fort enjeu réglementaire sont constituées, sur le site, par les pelouses calcicoles, les
chênaies thermophiles et le manteau préforestier car ils abritent une espèce floristique protégée
(Orobanche alba) et constituent des zones d’alimentation et de reproduction pour plusieurs espèces
d’oiseaux à enjeu réglementaire fort (Engoulevent d’Europe, Grimpreau des bois) et d’espèces
entomofaune (Bacchante).

Une zone d’enjeu réglementaire moyen se justifie par la présence d’une ou plusieurs espèces de la
faune vertébrée à enjeu réglementaire moyen (espèces inscrites à l’annexe IV de la Directive
« Habitats-Faune-Flore ».
Sur le site, aucune zone à enjeu réglementaire moyen n’a été identifiée.

Une zone d’enjeu réglementaire faible se justifie par la présence d’une ou plusieures espèces de
la faune vertébrée à enjeu réglementaire faible (espèces inscrites à l’annexe V de la Directive
« Habitats-Faune-Flore », espèces protégées à l’échelle nationale uniquement).
Les zones à enjeu réglementaire faible sont constituées, sur le site, par les zones de culture, la carrière
en exploitation, les fourrés et les végétations sur éboulis/graviers en raison de la présence d’espèces
d’oiseaux protégées à l’échelle nationale pour leur reproduction et/ou leur repos.

Une zone d'enjeu réglementaire nul se justifie sur des milieux n’abritant aucune espèce protégée
à l’échelle européenne, nationale ou régionale.

Page 83
Carte 17 : Hiérarchisation des enjeux écologiques réglementaires sur la zone d’étude

Page 84
II.2 – H IERARCHISATI ON DES E NJEUX ECOLOGIQUES PATRIMONI AUX
À ce jour, l’état initial démontre un périmètre rapproché caractérisé par des enjeux écologiques
patrimoniaux faibles à forts.

Ainsi, dans ce contexte, selon les espèces faunistiques et floristiques inventoriées sur cette zone, il est
possible de hiérarchiser les enjeux écologiques patrimoniaux et par-là même de faire ressortir les
espaces possédant une contrainte. D’une façon générale, plus un habitat possède une forte sensibilité
écologique plus ce dernier représentera une contrainte écologique importante. Sur ce principe, la
sensibilité de l'ensemble des unités écologiques se traduit par des degrés de difficulté relatifs à leur
modification et par-là même à leur utilisation. Les secteurs très sensibles deviennent donc très
difficilement utilisables, les secteurs sensibles et moyennement sensibles sont utilisables à condition de
compenser les impacts produits, les secteurs peu et très peu sensibles sont facilement utilisables, sous
réserve qu’aucun enjeu réglementaire moyen ou fort n’y ait été identifié. Ces distinctions se justifient
selon les critères suivants :

Une zone de très fort enjeu patrimonial se justifie par la présence :


- d’un habitat à enjeu très fort (habitat d’intérêt communautaire prioritaire et en bon état de
conservation) ;
- et/ou d’un habitat abritant une ou plusieurs espèces végétales et/ou de la faune vertébrée
et/ou de la faune invertébrée à très fort enjeux patrimoniaux (par exemple, espèce en danger
critique d’extinction) ;
Aucune zone à fort enjeu patrimonial n’a été identifiée sur la zone d’étude.

Une zone de fort enjeu patrimonial se justifie par la présence :


- d’un habitat à enjeu fort (habitat d’intérêt communautaire non prioritaire et en bon état de
conservation) ;
- et/ou d’un habitat abritant une ou plusieures espèces végétales et/ou de la faune vertébrée
et/ou de la faune invertébrée à fort enjeu patrimonial (par exemple, espèce vulnérable) ;
- et/ou par la présence d’un biocorridor majeur.
Les zones à enjeu patrimonial fort sont constituées par :
- le manteau préforestier calcicole (Bacchante, Pipistrelle commune) ;
- les pelouses calcicoles méso-xérophiles (Alouette lulu, Lézard des murailles, Orobranche du
thym) ;
- les chênaies thermophiles (Grimpereau des bois, Pic noir, Bacchante).

Une zone d’enjeu patrimonial moyen se justifie par la présence :


- d’un habitat à enjeu moyen ;
- et/ou d’un habitat abritant une ou plusieures espèces végétales et/ou de la faune vertébrée
et/ou de la faune invertébrée à enjeu écologique moyen (par exemple, espèce quasi-
menacée) ;
- et/ou par la présence d’un biocorridor secondaire.

Page 85
Les zones à enjeu moyen sont constituées, sur le site, par :
- la pelouse à orpins sur dalle rocheuse ;
- la végétation clairsemée sur éboulis/graviers ;
- l’ourlet herbacé à brachypode penné ;

Une zone d'enjeu patrimonial faible █ ou très faible se justifie sur des milieux présentant une
richesse spécifique très moyenne et dont les habitats ne présentent pas de corridors écologiques
constatés dans l’étude. Elle se justifie aussi sur des milieux ne présentant pas de richesse écologique
particulière (diversité spécifique faible et absence d’espèce patrimoniale) et dont la destruction
n’engendre pas d’impact de grande importance sur la flore, la faune et leurs habitats.
Les zones à enjeu patrimonial faible sont constituées, sur le site, par les zones de culture, la carrière en
exploitation et les fourrés en raison de la présence d’espèces d’oiseaux protégées à l’échelle nationale
pour leur reproduction et/ou leur repos.

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Carte 18 : Hiérarchisation des enjeux écologiques patrimoniaux sur la zone d’étude

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C. EVALUATION DES IMPACTS ET
PROPOSITION DE MESURES

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I – PRESENTATION DU PROJET

I.1- L OCALISATION
Le site en projet se situe dans le département de l’Yonne (89), au sein des plateaux calcaires de
Bourgogne. De manière plus précise, le site est localisé à la frontière de deux sous régions naturelles
que sont le Plateau Avallonais et le Chablisien. Cette première fait partie d’une bande plus ou moins
large rejoignant Nevers à Chatillon sur Seine et essentiellement formée à partir de sédiments
calcaires ; tandis de la seconde rattaché aux plateaux de Basse-Bourgogne composé aussi de calcaires,
s’articule en un bassin autour de la vallée du Serein située à un peu plus de 1,6 km de la surface
exploitée.

La demande d’autorisation d’explopitation porte sur des parcelles des lieux-dits « Les Lavières » et
« Champs sur la Trameuse » bordées :

1. au sud par la route départementale RD956,


2. au nord et à l’est par un boisement, les Coteaux,
3. à l’ouest par un chemin agricole permettant de connecter la RD956 à la Vallée de Gâte Pain.

La carrière sollicitée porte sur une superficie de 7,99 ha pour une surface exploitée de 5,52 ha. La
demande d’autorisation de défrichement porte sur une superficie d’environ 1,59 ha.

La carte en page suivante permet de localiser les périmètres sollicité et d’extraction.

I.2 - E NJEUX SOCIO - ECONOMIQUES ET COUT DU PROJET

Les enjeux socio-économiques sont présentés dans le résumé non technique de l’étude d’impact.

Concernant le coût du projet, il s’agit d’une exploitation de carrière. Les coûts doivent être supportés
par la vente des matériaux exploités et traités sur les installations de traitement de la société.

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Carte 19 : Localisation des surfaces sollicitée et exploitée

Page 90
I.3 - M ODALITES D ’ EXPLOITATION

L’exploitation s’effectuera sur une durée de 16 ans. L’extraction des matériaux se fera par avancées
progressives du sud vers le nord jusqu’à leurs limites finales. Arrivés à leur terme, les fronts seront
rectifiés et aménagés selon le plan prévisionnel de remise en état. Les stocks en place de calcaire en
dalle seront valorisés après traitement au fur et à mesure de l’exploitation. 3 phases constitueront
l’exploitation, à savoir :
 la phase 1 de l’année n à n+5 ;
 la phage 2 de l’année n+5 à n+10 ;
 la phase 3 de l’année n+10 à n+ 16 ;
 La finalisation de la remise en état se fera de n+15 à n+16.

Pour chacune de ces phases, l’exploitation comportera les opérations successives et coordonnées
suivantes :
1. défrichement sélectif des zones boisées à exploiter ;
2. décapage sélectif de la découverte ;
3. extraction ;
4. acheminement des matériaux ;
5. remise en état des lieux de façon coordonnée.

Ces opérations sont présentées ci-dessous.

L’exploitation prévue exclut le travail nocturne (pour des raisons de sécurité notamment) et le recours
à un éclairage artificiel.

Défrichement
Au cours des 3 phases d’exploitation, un défrichement sera opéré sur le site. Les surfaces concernées
et les phases auxquelles ce dernier sera réalisé sont fournies dans le tableau ci-dessous.

Tableau 14 : Défrichement et phasages d’exploitation


Phase Secteur Opération Commentaire
Défrichement des parcelles: G303,
Phase 1 Secteur Sud-est G681, G312, G354 et G311 pour Surface concernée: 1.59 ha
0 à 5 ans partie
Secteur Sud-ouest Aucun défrichement
Phase 2
- Aucun défrichement
5 à 10 ans
Secteur Sud-est Aucun défrichement
Phase 3
Secteur Sud-ouest Aucun défrichement
10 à 16 ans
Secteur Nord Aucun défrichement

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Carte 20 : Plan de défrichement

Page 92
Opérations de décapage des matériaux de découverte
Le décapage sélectif de la découverte (terres arables et stériles) se fera à l’aide d’une pelle. Les terres
décapées seront stockées provisoirement sous forme de merlons ou utilisées simultanément pour la
remise en état.
Les phases auxquelles seront réalisées les opérations de décapage sont fournies dans le tableau ci-
dessous.

Tableau 15 : Décapage et phasages d’exploitation


Phase Secteur Opération
Décapage de matériaux terreux (0,1m) et réalisation de merlons
Phase 1 Secteur Sud-est
périphériques à l’excavation.
0 à 5 ans
Secteur Sud-ouest Idem
Phase 2
- Aucun décapage à ce stade
5 à 10 ans
Phase 3 Décapage de matériaux terreux (0,1m) et réalisation de merlons
Secteur Nord
10 à 16 ans périphériques à l’excavation.

Extraction des matériaux


L’extraction sera réalisée à l’aide d’une pelle équipée d’une dent déroctage conçue spécialement pour
d’exploitation de ce gisement calcaire (prototype développée avec la société Liebherr). Cette solution
permettra notamment d’éviter tout usage d’explosifs.

Tableau 16 : Extraction et phasages d’exploitation


Phase Secteur Opération
Secteur Sud-est Extraction jusqu’à la cote 267 NGF (palier d’environ 5m)
Phase 1
Extraction jusqu’à la cote 252 NGF sur 2 fronts (5 et 15m) Talutage des
0 à 5 ans Secteur Sud-ouest
fronts d’exploitation (pente à 45°) avec du stérile d’exploitation.
Talutage des fronts d’exploitation (pente à 45°) avec du stérile
Secteur Sud-est
d’exploitation.
Phase 2 Poursuite de l’extraction vers le nord jusqu’à la cote 252 NGF sur 2 fronts
5 à 10 ans (5 et 15m)
Secteur Sud-ouest
Talutage des fronts d’exploitation (pente à 45°) avec du stérile
d’exploitation
Talutage des fronts d’exploitation (pente à 45°) avec du stérile
Secteur Sud-est
d’exploitation.
Talutage des fronts d’exploitation (pente à 45°) avec du stérile
Phase 3 Secteur Sud-ouest
d’exploitation.
10 à 16 ans
Extraction jusqu’à la cote 252 NGF (palier d’environ 5m)
Secteur Nord Talutage des fronts d’exploitation (pente à 30°) avec du stérile
d’exploitation.

Les volumes extraits lors de chaque phase d’exploitation sont donnés ci-dessous.

Page 93
Tableau 17 : Volumes extraits et phasages d’exploitation
Phase 1 Phase 2 Phase 3
0 à 5 ans 5 à 10 ans 10 à 16 ans
288 000 288 000 280 600
Matériaux extraits m3
633 600 633 200 617 300
Stérile d’exploitation (20 à 30%) m3 57600 57600 56100
Matériaux commercialisés tonnes 506 900 506900 493800
Matériaux terreux m3 350 1 100 600

Acheminement et traitement des matériaux


Une fois les matériaux extraits, ces derniers sont envoyés dans un concasseur mobile positionné à
proximité de la pelle. Un chargeur assurera ensuite le remplissage des camions en matériaux avant que
ces derniers soient transportés à l’extérieur du site en suivant les pistes aménagées à cet effet.

Remise en état

Le projet de réaménagement proposé répond aux 3 grands objectifs écologiques suivants :

1. reconstituer des zones ouvertes de type pelouse calcaire ainsi que des boisements ;
2. créer un ensemble de milieux pouvant accueillir la faune et la flore remarquables du
site ;
3. pérenniser le site en intégrant la gestion et l’entretien du site dans sa conception.

La remise en état est décrite de manière détaillée au paragraphe VI.

La remise en état sera réalisée de manière coordonnée avec l’avancement de l’exploitation et finalisée
au cours des 1-2 dernières années. La remise en état est fournie ci-dessous.

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Tableau 18 : Remise en état et phasages d’exploitation
Phase Secteur Opération
Remise en état du fond de fouille avec du stérile d’exploitation à
une cote minimum de 255 NGF (environ 3m d’épaisseur
Phase 1 : 0 à 5 ans Secteur Sud-ouest
minimum).
Ourlet pré-forestier, haie et lisière : 0.14 ha
Reboisement sur une surface d’environ 0,85 ha.
Secteur Sud-est
Clairière : 0.16 ha
Remise en état du fond de fouille avec du stérile d’exploitation à
Phase 2 : 5 à 10 ans
une cote minimum de 255 NGF (environ 3m d’épaisseur
Secteur Sud-ouest
minimum).
Ourlet pré-forestier, haie et lisière : 0.39 ha
Reboisement sur une surface d’environ 1.14 ha.
Secteur Sud-est
Clairière : 0.16 ha
Remise en état du fond de fouille avec du stérile d’exploitation à
Phase 3 : 10 à 16 ans Secteur Sud-ouest une cote minimum de 255 NGF (environ 3m d’épaisseur
dont finalisation de la minimum).
remise en état
Secteur Nord Ourlet pré-forestier, haie et lisière : 0.37 ha
Reboisement sur une surface d’environ 0.3 ha
Base vie
Clairière : 0.09 ha

Page 95
Carte 21 : Plan d’exploitation de la phase 1

Page 96
Carte 22 : Plan d’exploitation de la phase 2

Page 97
Carte 23 : Plan d’exploitation de la phase 3

Page 98
II- IMPACTS DU PROJET
II.1 – R APPELS ET DEFINITION S
II.1.1 - OBJET DU CHAPITRE
Conformément à l’article R.122-3 du Code de l’environnement, ce chapitre présente « une analyse des
effets négatifs et positifs, directs et indirects, temporaires (y compris pendant la phase des travaux) et
permanents, à court, moyen et long terme, du projet sur l’environnement, en particulier sur les
éléments énumérés au 2° [sur la population, la faune et flore, les habitats naturels, les sites et
paysages, les biens matériels, les continuités écologiques, les équilibres biologiques, les facteurs
forestiers, maritimes ou de loisirs] et sur la consommation énergétique commodité du voisinage (bruits,
vibrations, odeurs, émissions lumineuses), l’hygiène, la santé, la sécurité, la salubrité publique, ainsi
que l’addition et l’interaction de ces effets entre eux ».

Ce chapitre expose également « les mesures prévues par le pétitionnaire ou le maître d’ouvrage pour :

- éviter les effets négatifs notables du projet sur l’environnement ou la santé humaine ;
- réduire les effets n’ayant pu être évités ;
- compenser, lorsque cela est possible, les effets négatifs notables du projet sur l’environnement
ou la santé humaine qui n’ont pu être ni évités ni suffisamment réduits. S’il n’est pas possible de
compenser ces effets, le pétitionnaire ou le maître d’ouvrage justifie cette impossibilité.

La description de ces mesures doit être accompagnée de l’estimation des dépenses correspondantes, de
l’exposé des effets attendus de ces mesures à l’égard des impacts du projet sur les éléments visés au 3°
[analyse des effets du projet] ainsi que d’une présentation des principales modalités de suivi de ces
mesures et du suivi de leurs effets sur les éléments visés au 3° ».

Ce chapitre présente ainsi les impacts du projet de carrière sur l’environnement tant ceux issus de sa
conception, que pendant la phase travaux puis lors de la phase exploitation. L’identification des
impacts du projet permet de définir des mesures afin d’éviter, réduire ou compenser ces impacts.

II.1.2 - Définitions
Effet : Cause potentielle d’un impact.
Impact positif : un impact positif est lié à l’amélioration d’un élément de l’environnement. Au premier
abord, l’impact positif du projet est son objectif intrinsèque. Toutefois, le projet peut engendrer
d’autres impacts positifs sur des thématiques différentes. L’impact positif n’engendre pas de définition
de mesure correctives.
Impact négatif : un impact négatif est lié à la dégradation d’un élément de l’environnement. Les
impacts négatifs doivent faire l’objet des mesures correctives.
Impact temporaire : un impact temporaire peut être transitoire, momentané ou épisodique. Il peut
intervenir en phase travaux (les bases de travaux) mais également en phase d’exploitation. Ces impacts
s’atténuent progressivement dans le temps jusqu'à disparaître.
Impact permanent : un impact permanent est un impact durable, survenant en phase travaux ou en
phase exploitation qui perdure après la mise en service, et que le projet doit s'efforcer d'éliminer, de
réduire ou, à défaut, de compenser.

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Impact direct : un impact direct est un impact directement attribuable au projet (travaux ou
exploitation) et aux aménagements projetés sur une des composantes de l’environnement.
Impact indirect : un impact indirect résulte d'une relation de cause à effet ayant à l'origine un effet
direct. Ils peuvent concerner des territoires plus ou moins éloignés du projet et apparaître dans un
délai plus ou moins long.
Impact induit : un impact induit n’est pas lié directement au projet. C’est la conséquence d’autres
aménagements et/ou de modifications induits par le projet (développement économique suite au
projet d’infrastructure par exemple).
Impact résiduel : un impact résiduel est un impact subsistant après l’application des mesures
correctives mises en place.
Interaction et addiction des impacts entre eux : combinaison de plusieurs impacts générés par le
projet (impact additif) ainsi que l’analyse de l’impact généré par cette combinaison (interaction).
Mesure corrective : Évitement, Réduction ou Compensation (ERC). Une mesure corrective est liée à un
impact négatif du projet sur l’environnement. La méthode utilisée est la méthode ERC qui se
décompose comme suit :

Évitement : l’évitement consiste à contourner la contrainte environnementale, en modifiant le tracé


d’un projet par exemple. L’évitement consiste également à éviter des conséquences sur
l’environnement, à ce titre les mesures de prévention sont considérées comme des mesures
d’évitement ;

Réduction : dans le cas où le projet ne peut contourner la contrainte environnementale, des


mesures doivent être prises afin de réduire au maximum l’impact du projet sur l’environnement. La
mise en place de mur anti-bruit pour réduire les nuisances acoustiques en est un exemple ;

Compensation : la compensation fait suite à une destruction. Cette mesure doit être mise en œuvre
dans les cas où l’ensemble des mesures d’évitement et de réduction ont été étudiées. Par exemple,
l’acquisition de nouvelles parcelles forestières suite à un défrichement.

L’effet traduit une conséquence d'un projet sur son environnement tandis que l’impact correspond
l’analyse croisée entre l'effet et la sensibilité de la composante touchée par celui-ci. Ainsi sont
présentés ci-dessous les effets possibles du projet tandis que le paragraphe suivant traitera des
impacts ; le tableau suivant propose, quant à lui, une synthèse de ces effets et impacts.

Il est important de considérer l’échelle temps en distinguant l’aspect temporaire ou permanent des
effets du projet tel que défini ci-dessous.

Les effets temporaires sont essentiellement liés à la période d’exploitation de la carrière. Ils se
traduisent le plus souvent par diverses nuisances comme le bruit, la circulation d’engins motorisés ou
encore la poussière. Ces impacts deviennent généralement nuls peu de temps après la réhabilitation
du site.

Les effets permanents sont quant à eux de plus grande importance. Par définition, ils persistent dans
le temps et sont bien souvent irréversibles. Ils peuvent se traduire par la destruction d’un habitat ou
de façon plus directe par la destruction d’une population ou d’un peuplement.

Page 100
II.2 – I MPACT S BRUTS PREVI SIBLES DU PROJ ET
Le tableau suivant détaille les impacts que le projet est susceptible d’occasionner, de par sa conception et les principales causes potentielles (effets) de ces impacts.

Tableau 19 : Description des différents impacts bruts du projet


Type Durée Phase

Phase travaux

Exploitation
Temporaire
Permanent

Prépa. Site
Indirect
Direct

Induit
Impact Principaux effets provoquant l'impact

Opérations de dégagement d'emprise pour la préparation du site : le projet implique un dégagement d'emprise pour l’installation des équipements indispensables à l'exploitation de la carrière. La création de pistes de
circulation se fera dans le périmètre de la surface exploitée, sur des zones défrichées et/ou décapées. En supprimant la végétation en place et la banque de graine du sol entrainera la destruction d'habitats ou d'individus
non volants et d'œufs de la faune invertébrée.
X X - X - X -
Circulation d'engins et camions pour la préparation du site : lors de la préparation du site, la circulation d'engins et de camions pour cette opération, est susceptible de générer une altération d'habitats.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile, provoquera une altération voire une destruction d'habitats.
Pollution atmosphérique : l'envol de poussière suite au passage d'engins peut provoquer l'altération les habitats proches des voies de circulations.
Destruction/altération Opérations de décapage et de défrichement lors de l'exploitation : lors des phases d'exploitation du projet, seront réalisés un décapage de la surface ainsi qu'un défrichement pour l’exploitation de la phase 1. Ceci, en
d'habitats supprimant la végétation en place et la banque de graine du sol, entrainera la destruction d'habitats.
Stockage du matériel et engins en phase d’exploitation : l’entreposage des 3 engins et les stockages de matériaux sont prévus sur des zones défrichées et/ou décapées afin de limiter les impacts sur les milieux naturels
non impactés.
X X - - X - X
Circulation d'engins d’extraction et des camions de transport : au total pour l’exploitation, la circulation concerne 3 engins (1 pelle peu mobile, 1 centrale de concassage/criblage qui avance au même rythme que la pelle,
1 chargeur pour l’alimentation des semi-remorques). Cette circulation est susceptible de générer un impact en matière de destruction d'individus volants et non volants de la faune et de la flore.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile, peut provoquer une altération d'habitats.
Pollution atmosphérique : L'envol de poussière suite au passage d'engins peut altérer les habitats proches des voies de circulations. A noter que cet impact est limité par les techniques d’exploitation (pas de tir de mine).
Opérations pour la préparation du site: comme noté plus haut, le projet implique un dégagement d'emprise pour l’installation des équipements qui supprimera la végétation en place et la banque de graine du sol et peut
entrainer la destruction d'individus non volants de la faune et la flore.
Circulation d'engins et camions pour la préparation du site : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une destruction d'individus volants et non volants de la faune et de la flore. A noter que la
phase de préparation est limitée à l’installation de la base vie, la création de pistes et à la délimitation du secteur.
X X - X - X - Augmentation de la fréquentation : l’augmentation du trafic sur les voies d'accès à l'installation de traitement va accroître le risque de collision ou d'écrasement avec les espèces de la faune.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile, peut provoquer la destruction d'individus non volants de la faune et de la flore.
Pollution atmosphérique : la circulation peut générer une concentration de matière polluante dans la chaîne trophique est un impact dont l’importance reste très difficile à estimer. La visibilité de cet effet est très rare à
court terme. Toutefois il est possible que la diffusion de poussières ou de gaz puisse impacter les organes respiratoires des individus ou par ingestion de ressources contaminées. L'envol de poussière suite au passage
d'engins peut aussi affecter certaines espèces.
Opérations de décapage et de défrichement lors de l'exploitation : comme noté plus haut, lors de chaque phase d'exploitation du projet, un décapage de la surface sera réalisé. Ceci, en supprimant la végétation en place
et la banque de graine du sol, peut entrainer la destruction des individus non volants de la faune et de la flore.
Destruction d'individus
Création de zones pièges : le matériel, tels que des bidons ou autres récipients, laissé ouvert et non utilisé peut se remplir d’eau de pluie et constituer des zones de pièges pour la faune vertébrée notamment les reptiles
(volant ou non volant)
et amphibiens (susceptible d'y tomber et incapable d’en ressortir).
Circulation d'engins d’extraction et des camions de transport : la circulation d'engins et de camions en phase d’exploitation concerne 3 engins (1 pelle peu mobile, 1 centrale de concassage/criblage qui avance au même
rythme que la pelle, un chargeur pour l’alimentation des semi-remorques). Cette circulation est susceptible de générer un impact en matière de destruction d'individus volants et non volants de la faune et de la flore.
Augmentation de la fréquentation : l’augmentation du trafic au niveau de la zone exploitée accroît le risque de collision avec les espèces de la faune.
- X - X - - X
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile, peut aussi provoquer également en phase d’exploitation, la destruction d'individus non volants de la faune et de la flore.
Pollution atmosphérique : la concentration de matière polluante dans la chaîne trophique est un impact dont l’importance reste très difficile à estimer. La visibilité de cet effet est très rare à court terme. Toutefois il est
possible que la diffusion de poussières ou de gaz puisse impacter les organes respiratoires des individus ou par ingestion de ressources contaminées. L'envol de poussière suite au passage d'engins peut affecter certaines
espèces.
Pollution lumineuse : l’exploitation y compris la préparation du site se fera sur la période 8 h – 18 h et exclura le travail nocturne (pour des raisons de sécurité notamment), évitant les impacts associés concernant
notamment les hétérocères. En effet, la luminosité artificielle peut induire une perturbation des individus attirés par la lumière, tournant autour jusqu'à l'épuisement et bien plus prédatés par les chiroptères de fait de la
concentration de proies au niveau des sources de lumières. Ce point sera développé dans une mesure notée plus bas.
Circulation des engins de chantier : un risque de pollution aux espèces exotiques envahissantes est présent dans le cas où les engins non nettoyés auraient circulé sur un précédent chantier contaminé par ce type de
Développement
plantes.
d’espèces végétales X - - X - X -
Création d'habitats artificiels : lors des aménagements post-extraction (remise en état), des espèces exotiques envahissantes peuvent être utilisées ou rapportées sous forme de graine ou fragments, susceptibles de
invasives
colonisées le site au détriment des espèces indigènes locales.
Opérations de dégagement d'emprise pour la préparation du site : le projet implique un dégagement d'emprise pour l’installation des équipements (pistes de circulation, base vie). Cet aménagement peut créer un
dérangement et des perturbations selon les espèces et l’usage du site par ces dernières.
Circulation d'engins et des camions pour la préparation du site : la circulation d'engins et de camions lors de la préparation du site est susceptible de générer une perturbation des comportements des espèces de la
faune, notamment lors de leurs déplacements.
Dérangement/ Pollution du sol : ici encore, la pollution aux hydrocarbures pourrait provoquer l'altération ou la destruction de milieux utilisés par la faune pour sa reproduction, son alimentation ou ses déplacements. Cette altération ou
X - - - X X -
perturbation destruction d'habitats modifiera les comportements des espèces locales de la faune.
Pollution atmosphérique : la levée de poussières peut provoquer un comportement de fuite de la faune vertébrée.
Pollution lumineuse : les éclairages et l’activité humaine nocturnes induisent un dérangement des espèces de la faune aux mœurs nocturnes ainsi que pour les oiseaux nicheurs tout comme les hétérocères qui sont
perturbés par les sources lumineuses (en raison de la diffusion de chaleur et de lumière UV qui attirent ces insectes). L’exploitation se fera sur la période 8 h – 18 h et exclura le travail nocturne (pour des raisons de
sécurité notamment), évitant les impacts associés. Ce point sera toutefois développé dans une mesure notée plus bas.

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Type Durée Phase

Phase travaux

Exploitation
Temporaire
Permanent

Prépa. Site
Indirect
Direct

Induit
Impact Principaux effets provoquant l'impact

Circulation d'engins d’extraction et des camions de transport : la circulation d'engins peut engendrer un dérangement et une perturbation de la faune notamment pour les espèces nicheuses sur le périmètre rapproché
et ses abords mais également lors de leurs déplacements.
- X - - X Augmentation de la fréquentation : l’augmentation du trafic sur les voies d'accès à la zone à exploiter peut accroitre le dérangement de la faune.
Pollution lumineuse : comme noté plus haut, l’exploitation se faisant sur la période 8 h – 18 h et excluant le travail nocturne, cet impact sera évité.
Pollution sonore : cette pollution concerne la faune vertébrée impactées par le bruit ce qui aura pour conséquence des comportements de fuite.
Opérations pour la préparation du site : comme noté plus haut, le projet implique un dégagement d'emprise pour l’installation des équipements qui supprime la végétation en place et la banque de graine du sol et peut
entrainer sur certains secteurs une fragmentation des habitats et des barrières aux déplacements de la faune entre ces habitats. Toutefois comme développé plus bas dans l’analyse des impacts, les habitats composant le
site sont relativement bien représentés à une échelle plus large.
X - - - X X - Circulation d'engins et des camions pour la préparation du site : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une perturbation des axes de déplacements de la faune.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile notable, peut accentuer la fragmentation des habitats mais de manière marginale.
Pollution atmosphérique : la levée de poussières peut provoquer un fractionnement des habitats et une désertion des corridors de déplacement entre ces habitats.
Travaux de nuit : comme noté plus haut, la préparation du site se faisant sur la période 8 h – 18 h et excluant le travail nocturne, cet impact sera évité.
Opérations de décapage et de défrichement lors de l'exploitation : comme noté plus haut, lors de chaque phase d'exploitation du projet, un décapage et défrichement en phase 1 seront réalisés. Ceci amènera à une
Fragmentation des diminution des habitats limitant pour certaines espèces leurs déplacements.
habitats et barrière aux Circulation d'engins d’extraction et des camions de transport : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une perturbation des axes de déplacements de la faune.
déplacements locaux Stockage du matériel et engins en phase d’exploitation générant une création d’obstacles : les obstacles possibles sur le site seront constitués des engins (1 pelle peu mobile, 1 centrale de concassage/criblage, 1
chargeur pour l’alimentation des semi-remorques) et d’un local d’une surface inférieure à 20 m². L’emprise au sol de ces éléments est inférieure à la surface totale du projet et ne sera pas de nature à créer des barrières
aux déplacements locaux de la faune. Les matériaux stockés sur le carreau seront soit des stériles d’exploitation (ces stockages en attente de mise en remblai seront implantés dans le prolongement de secteurs déjà
X X - X - - X
remblayés et non au centre du carreau) soit des stockages de matériaux commercialisables (ceux-ci seront en principe évacuées au fur et à mesure de leur production) : les stockages de matériaux ne diviseront pas le site
et ne constitueront pas de barrière infranchissable pour les déplacements locaux. La création d’obstacle n’est pas significative dans le cadre du projet. Ce point sera développé par la suite.
Augmentation de la fréquentation : l’augmentation du trafic sur les voies d'accès à l'installation de traitement et à la zone à exploiter accroîtra de manière globale le dérangement de la faune et, en particulier, sur les
axes de déplacements entre les habitats.
Pollution lumineuse : comme noté plus haut, l’exploitation se faisant sur la période 8 h – 18 h et excluant le travail nocturne, cet impact sera évité.
Pollution sonore : cette pollution concerne la faune vertébrée impactées par le bruit ce qui aura pour conséquences des comportements de fuite.
Opérations pour la préparation du site : comme noté plus haut, le projet implique un dégagement d'emprise pour l’installation des équipements qui supprime la végétation en place, ce qui peut réduire l’espace vital de
certaines espèces.
X X - X X X - Circulation d'engins et des camions pour la préparation du site : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une diminution de l'espace vital.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile notable, peut provoquer une diminution de l'espace vital.
Pollution atmosphérique : L'envol de poussière suite au passage d'engins peut générer un abandon de certains milieux ou biocorridors proches des voies de circulations, réduisant ainsi l'espace vital.
Opérations de décapage et de défrichement lors de l'exploitation : lors de chaque phase d'exploitation du projet, un décapage de la surface et un défrichement en phase 1 seront réalisés. Ceci, en supprimant la
Diminution de l’espace
végétation en place et la banque de graine du sol entrainera la diminution de l'espace vital. A noter que la remise en état des secteurs déjà exploités se fera en parallèle de l'exploitation.
vital
Stockage du matériel et engins en phase d’exploitation: l’entreposage des 3 engins et les stockages de matériaux sont prévus sur des zones défrichées et/ou décapées afin de limiter les impacts sur les milieux naturels
non impactés.
X X - X - - X
Circulation d'engins d’extraction et des camions de transport : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une altération voire une diminution de l'espace vital.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile, provoquera une altération voire une diminution de l'espace vital.
Pollution atmosphérique : comme noté plus haut, l'envol de poussière suite au passage d'engins peut générer un abandon de certains milieux ou biocorridors proches des voies de circulations, réduisant l'espace vital des
espèces concernées.
Circulation d'engins et des camions pour la préparation du site : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une perturbation voire une interruption des axes de déplacements de la faune.
Pollution du sol : la pollution aux hydrocarbures, par exemple par une fuite accidentelle d'huile, peut, si cette dernière est notable, perturber un biocorridor.
- X X -
Pollution lumineuse : comme noté plus haut, l’exploitation se faisant sur la période 8 h – 18 h et excluant le travail nocturne, cet impact sera évité.
Pollution atmosphérique : la levée de poussières peut provoquer une désertion des biocorridors de déplacement par les espèces de la faune.
Opérations de décapage et de défrichement pour les installations : le projet implique un décapage et un défrichement pour l’installation des structures indispensables pour l'exploitation de la carrière (bande
Interruption des transporteuse, installation de traitement, bassins de décantation...).L'installation des équipements et la suppression de la végétation en place est susceptible d'entrainer l'interruption de biocorridors.
X X -
biocorridors Circulation d'engins d’extraction et des camions de transport : la circulation d'engins et de camions est susceptible de générer une perturbation voire une interruption des axes de déplacements de la faune.
Augmentation de la fréquentation : l’augmentation du trafic sur les voies d'accès à l'installation de traitement et à la zone à exploiter accroîtra de manière globale le dérangement de la faune jusqu'à l'interruption
X - - X
complet de la circulation de la faune au niveau de certains corridors.
Pollution lumineuse : comme noté plus haut, l’exploitation se faisant sur la période 8 h – 18 h et excluant le travail nocturne, cet impact sera évité.
Pollution sonore : cette pollution concerne la faune vertébrée impactées par le bruit ce qui aura pour conséquences des comportements de fuite.
Pollution atmosphérique : comme noté plus haut, l'envol de poussière suite au passage d'engins peut générer un abandon de certains milieux ou biocorridors proches des voies de circulations.

Page 102
II.3 – I MPACT S CUMULATIFS
II.3.1 - Contexte réglementaire
La nécessité de conduire une approche des effets cumulés du projet avec d’autres projets connus
constitue une évolution significative de l’étude d’impact. L’article R122-5 II 4° du code de
l’environnement précise les projets à intégrer dans l’analyse. Il s’agit des projets qui :
- ont fait l’objet d’un document d’incidences au titre de l’article R214-6 du code de
l’environnement ET d’une enquête publique,
- ont fait l’objet d’une étude d’impact et d’un avis de l’autorité environnementale publié.
Le code de l’environnement précise que la date à retenir pour ces projets est la date de dépôt de
l’étude d’impact.
Ne sont plus considérés comme « projets » ceux qui sont abandonnés par leur maître d’ouvrage, ceux
pour lesquels l’autorisation est devenue caduque ainsi que ceux qui sont réalisés.
II.3.2 - Méthodologie adoptée dans le cadre du dossier
Les projets recherchés sont les suivants :
- projets connus recensés sur la base de données Carmen2 et pour lesquels un avis de l’Autorité
Environnementale est publié sur le site de la Préfecture de l’Yonne3,
- projets localisés sur le territoire des communes du rayon d’affichage de 3 km (Annay-sur-
Serein, Môlay, Ste Vertu, Aigremont, Nitry, Noyers) autour du projet. Ce rayon semble
raisonnable au regard de l’activité : les éventuels impacts de ce type d’activité sont
essentiellement locaux (trafic, bruit, émissions atmosphériques, impact paysager et sur les
milieux naturels).

Pour chaque projet, lors que les données sont disponibles, les impacts résiduels ont été comparés à
ceux du projet en question afin d’identifier les impacts susceptibles de provoquer, par effets
cumulatifs, des perturbations et dégradations additionnelles. La table ci-dessous synthétise les
éléments de comparaison.

Tableau 20 : Liste des éléments de comparaison pour les impacts cumulatifs


Eléments pris en compte
Caractéristiques du projet de Carrière à Annay sur
pour l’analyse des impacts
Serein – Sables de Brévannes
cumulés
Echelle et typologie de Surface, localisation et activité
Ouverture de carrière
projet (temporaire, permanente)
1 habitat d’intérêt communautaire : Pelouses sèches
semi-naturelles et faciès d'embuissonnement sur
Les habitats d’intérêt
calcaires (festuco-brometalia) [* sites d'orchidées
communautaire
remarquables] - Pelouses calcicoles mésoxérophiles à
Habitats tendance continentale (6210-24)
Milieux ouverts : pelouses calcicoles, Végétation
clairsemée sur graviers
Les cortèges d’habitats
Milieux fermés/semi-fermés : boisement (chênaie
thermophile), ourlets

2
http://carmen.developpement-durable.gouv.fr/9/Avis_Autorite_Environnementale.map#
3
Site de la Préfecture 89 : http://www.yonne.gouv.fr/, avis publiés à la date du 6 juillet 2015

Page 103
Eléments pris en compte
Caractéristiques du projet de Carrière à Annay sur
pour l’analyse des impacts
Serein – Sables de Brévannes
cumulés
Espèce floristique : une espèce protégée (Orobanche du
thym) mais non impactée par le projet. 7 autres espèces
patrimoniales remarquables dont 2 présentent des
impacts résiduels moyens à forts : la Céphalanthère à
grandes fleurs et l’Epilobe à feuilles de romarin.
Espèces protégées à l’échelle
Espèces de la faune vertébrée remarquables présentant
Flore, Faune vertébrée européenne, nationale ou
des impacts résiduels significatifs : l’Alouette Lulu,
Faune invertébrée régionale, sujettes à des impacts
l’Engoulevent d’Europe, le Grimpereau des Bois, le Pic
résiduels
noir et le Lézard des souches.
Espèces de la faune invertébrée remarquables présentant
des impacts résiduels significatifs : la Bacchante, l’Azuré
du genêt, le grand Mars changeant et la Zygène de la
Bruyère.

II.2.3 – Projets pris en compte

La consultation des bases de données présentées au chapitre précédent, pour les communes du rayon
d’affichage, ne recense aucun projet susceptible de présenter des effets cumulés avec le projet de
carrière.

Les projets situés à proximité du site sont listés et commentées dans le prochain tableau et localisés
sur la carte qui suit.

Page 104
Tableau 21 : Enjeux écologiques des projets à proximité du site et analyse des impacts cumulatifs
Installation En Caractéristiques et données disponibles dans le cadre de l’analyse des Source Eléments disponibles sur la faune et la flore Impacts cumulatifs prévisibles
activité impacts cumulés
Carrière Flore : Aucun impact résiduel significatif ne persiste
- Carrière de pierre mureuse autorisée (renouvellement) le 21/11/2014
Pierre Mureuse de après application des mesures d’évitement et de
jusqu’en 2034. Aucun impact cumulatif n’est à prévoir
Bourgogne Etude Faunistique et floristique réduction
Oui - Pas de tirs de mine, extraction à la pelle. avec le projet de carrière porté par Les
Annay-sur-Serein de septembre 2013. Faune vertébrée / invertébrée : Aucun impact résiduel
- Surface : 57 870 m² dont 17 280 m² restant à extraire dont 12 429 m² Sables de Brevannes.
significatif ne persiste après application des mesures
de défrichement
d’évitement et de réduction
Carrière Aucun impact cumulé n’est signalé dans
Men Arvor - Carrière de pierre mureuse autorisée le 12/12/2002 jusqu’en 2017. Aucune donnée n’est disponible. l’étude menée pour le projet de Carrière
Pas d’étude à disposition.
Annay-sur-Serein - Pas de tir de mine, extraction à la pelle. Absence totale de végétation sur le site. Pierre Mureuse de Bourgogne. Ainsi, il
Cf étude Pierre Mureuse de
Oui - Surface : 10 630 m² Site inclus dans le périmètre de l’étude Faune Flore de peut être envisagé qu’aucun impact
Bourgogne.
- Site mitoyen de la carrière Pierre Mureuse de Bourgogne (ligne du Pierre Mureuse de Bourgogne. cumulatif n’est à prévoir avec le projet de
dessus). carrière porté par Les Sables de
Brevannes.
Usine de sciage Pierre Oui Le périmètre rapproché étudié incluant
- Atelier de transformation de la pierre extraite du site d’Annay-sur-
Mureuse de Bourgone cette installation, les impacts cumulés ont
Serein.
Môlay Aucune étude réalisée Aucune donnée n’est disponible. été intégré à l’état initial. Ainsi, aucun
- Site inclus dans le périmètre de l’étude Faune/Flore des Sables de
impact cumulatif supplémentaire n’est à
Brévannes
prévoir.
Usine Oui
+ Atelier de transformation de la pierre extraite du site d’Annay-sur-
Men Arvor Aucune étude réalisée Aucune donnée n’est disponible. Non déterminable.
Serein et site de commercialisation
Môlay
Installation de Stockage Oui - Stockage de déchets inertes autorisé depuis le 04/11/2014 jusqu’en Le carreau de l’ancienne carrière est complètement nu.
Demande d’autorisation
de Déchets Inertes 2030. Le site ne présentant aucun intérêt faunistique et Aucun impact cumulatif n’est à prévoir
d’exploiter (autorisation spéciale
MICHEL RECYCLAGE - Implantation dans le périmètre d’une ancienne carrière Men Arvor. floristique. avec le projet de carrière porté par Les
avant entrée en vigueur de la
Môlay - Le site actuel se présente sous la forme d’une excavation dont les La nature des matériaux stockés n’impliquera pas la Sables de Brevannes.
rubrique ICPE 2760)
bords ont été talutés avec des stériles d’exploitation de carrière. prolifération d'espèces indésirables et nuisibles.
Carrière et centrale Non Sites autorisés par AP jusqu’en 2023.
d’enrobés ROGER Plus d’exploitation depuis quelques années.
Non nécessaire
MARTIN Site de l’ancienne centrale d’enrobés inclus dans le périmètre de l’étude
Môlay Faune/Flore des Sables de Brévannes.
Carrière Non
La Belle Dame Ancienne carrière répartie sur deux zones.
Non nécessaire
Môlay AP d’autorisation terminé depuis 2008.

Usine de sciage Non


Usine non exploitée depuis quelques années. Mitoyenne de la carrière
La Belle Dame Non nécessaire
(ligne ci-dessus)
Môlay

Conclusion
Les 5 projets identifiés ont des impacts cumulatifs nuls pour 4 d’entre eux et ou non qualifiables pour l’un d’eux. Compte-tenu de la nature des projets, des données disponibles et des mesures mises en œuvre, il
peut être estimé que le projet de carrière porté par la société les Sables de Brévannes et les projets cités ci-dessus ne présentent pas d’impacts cumulatifs significatifs sur la faune, la flore et les milieux naturels.

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Carte 24 : Localisation des projets à proximité du site ayant fait l’objet d’une analyse des impacts cumulatifs

Page 106
II.4 – I MPACT S POSITIFS

La société Sables de Brevannes clôturera l’ensemble de son site et l’accès sera interdit par un portail
fermant à clé.

La fermeture du site et la présence permanente de Sables de Brévannes pendant les 16 années


d’exploitation sollicitées protègeront le site de la carrière et éviteront les dépôts sauvages tels que
ceux qui peuvent être observés à proximité du projet.

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III – MESURES D’EVITEMENT ET DE REDUCTION
Pour chacun des impacts évalués ont été proposées, lorsque cela était possible, des mesures
d’évitement et de réduction des impacts. Ces mesures sont détaillées ci-dessous. Les éventuels impacts
résiduels seront ensuite évalués. Si après application des mesures d’évitement et de réduction, un
impact résiduel devait persister, des mesures compensatoires seront alors proposées.

III.1 – M ESURES D ’ EVITEMENT


III.1.1 – ME 1 : Ne pas circuler ou entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits
Certains secteurs ne feront pas l’objet d’une exploitation et présentent des enjeux écologiques
significatifs. Ainsi, afin de limiter la destruction d’individus, de sites de reproduction, d’alimentation et
d’habitats, mais également le dérangement des espèces, il sera important de veiller à ce qu’aucun
véhicule ne circule sur les milieux naturels et semi-naturels non détruits par le projet.
Aucune piste ne sera créée en dehors du secteur d’exploitation et aucune circulation n’est permise en
dehors des pistes (pour raison de sécurité). Les matériaux (stériles ou commercialisables) seront
entreposés sur le carreau de carrière.

Période d’application de la mesure : En phase de préparation du site et en phase d’exploitation.


Cortèges/espèces concernés par cette mesure : l’ensemble des espèces fréquentant le périmètre
étudié en particulier celles bordant l’emprise de la surface exploitée.

III.1.2 – ME 2 : Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en


dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée
Afin d’éviter la destruction d’individus non volants (essentiellement de nichées de jeunes oiseaux), les
travaux de défrichement des boisements (nécessaire au diagnostic écologique) seront réalisés en
dehors de la période de reproduction des espèces, c’est à dire entre début octobre et fin février. Ceci
permettra de limiter l’impact sur les espèces inféodées aux milieux fermés, semi-fermés.
En phase d’exploitation, la surface exploitée sera dès lors composée de :
 secteurs nouvellement ouverts par le défrichement et recolonisés progressivement par une
végétation spontanée,
 secteurs ouverts (de type pelouse, végétation clairsemée).
Ainsi, sur les secteurs recolonisés dans une végétation spontanée, les travaux c’est-à-dire les
opérations de défrichement complémentaire si nécessaire et le décapage démarreront en dehors de la
période de reproduction des espèces. Cette mesure permettra d’éviter essentiellement la destruction
directe d’individus, d’œufs ou de nichées d’espèces protégées. Elle permettra également de réduire le
dérangement des espèces sensibles pendant la période de la reproduction.

Période d’application de la mesure : En phase de préparation du site et en phase d’exploitation.


Cortèges concernés par cette mesure : faune vertébrée des milieux herbacés, boisements, fourré et
haies.
Espèces remarquables concernées par cette mesure : Alouette lulu, Milan noir, Engoulevent d’Europe,
Grimpereau des bois, Pic noir, Lézard des murailles.

Page 108
III.1.3 – ME 3 : Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne
L’exploitation de la carrière sera réalisée uniquement de jour (8h-18h) afin d’éviter l’impact sur les
espèces sensibles à la lumière et aux bruits engendrés par les engins (chiroptères, oiseaux et
l’entomofaune sensibles au dérangement nocturne). Cette mesure permettra d’éviter l’effet de la
pollution lumineuse sur et autour de la zone d’étude et ainsi à limiter le dérangement des animaux à
activité nocturne.
Période d’application de la mesure : En phase de préparation du site et en phase d’exploitation.
Cortèges concernés par cette mesure : milieux herbacés; Bois ; Fourré/haies.
Espèces concernées par cette mesure : Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune, le Zygène de la
Bruyère (et les autres hétérocères communs).

III.1.4 – ME 4 : Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la création


de zones pièges et d'obstacles
En période de travaux, de nombreux éléments sont susceptibles, de par leur nature ou leur utilisation,
de constituer de véritables pièges pour les espèces mobiles de la faune (reptiles, amphibiens,
mammifères,…).
Il s’agira de respecter certains principes afin d’éviter de piéger ces animaux dans les matériaux stockés
et/ou utilisés sur un chantier, par exemple :
- stocker les cylindres creux (poteaux téléphoniques, tuyaux, tubes PVC...) à l'horizontale ou, à
défaut, boucher ces poteaux en haut. En effet, des quantités d’espèces cavernicoles qui
cherchent des cavités pour nicher ou se reposer, pénètrent dans le poteau creux par le
sommet, descendent dedans. Ne pouvant en ressortir, elles sont condamnées à mourir de faim,
de soif et d’épuisement ;
- fermer les bidons ou autres récipients. En effet, sur un chantier, lorsque des bidons ou autres
récipients sont laissés ouverts et non utilisés, ils peuvent se remplir d’eau de pluie. Ils
constituent alors des zones de pièges pour la faune qui peut y tomber et serait incapable d’en
ressortir ;
- fermer la nuit les trous au ras du sol ou, à défaut, poser des rampes permettant aux animaux de
sortir. Une multitude d’animaux se déplace au ras du sol (insectes, micromammifères, reptiles,
mammifères de plus grande taille type hérissons…) Les trous au sol peuvent donc devenir des
fosses de captures pour ces derniers.
Période d’application de la mesure : En phase de préparation du site et en phase d’exploitation.
Cortèges concernés par cette mesure : milieux herbacés; Bois ; Fourré/haies.
Espèces concernées par cette mesure : Lézard des murailles, l’Azuré du Genêt, le Grand Mars
changeant, la Bacchante (et les autres rhopalocères communs), le Zygène de la Bruyère (et les autres
hétérocères communs ainsi que les orthoptères communs).

III.1.2 – ME 5 : Vérifier l’absence de chiroptères avant la destruction de gîtes potentiels


Le projet prévoit le défrichement de boisements de type chênaie thermophile susceptibles d’abriter
des gîtes à chiroptères. Avant tout abattage d'arbre jugé favorable aux chiroptères, un spécialiste
devra vérifier à vue (éventuellement à l’aide d’un grimpeur et/ou d'un endoscope), dans les 24 h
eures précédant l'abattage, l'absence d'individus.
Période d’application de la mesure : En phase d’exploitation.
Espèces concernées par cette mesure : Pipistrelle commune et Pipistrelle de Nathusius.

Page 109
Figure 6: Exemples de gîtes arboricoles occupés par les chauves-souris
Source : Pénicaud, 2000

ME 6 : Ne pas réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation


L’extraction sera réalisée à l’aide d’une pelle équipée d’une dent déroctage conçue spécialement pour
d’exploitation de ce gisement calcaire (prototype développée avec la société Liebherr). Cette solution
permettra notamment d’éviter tout usage d’explosifs et limitera les émissions de poussières, les
vibrations, les bruits.

Période d’application de la mesure : En phase d’exploitation.


Cortèges concernés par cette mesure : milieux herbacés; Bois ; Fourré/haies.
Espèces remarquables concernées par cette mesure : Alouette lulu, Milan noir, Engoulevent d’Europe,
Grimpereau des bois, Pic noir, Lézard des murailles, Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune,
l’Azuré du Genêt, le Grand Mars changeant, la Bacchante (et les autres rhopalocères communs), le
Zygène de la Bruyère (et les autres hétérocères communs ainsi que les orthoptères communs), le
Gomphe vulgaire (et autres odonates communs).

Page 110
III.2 – M ESURES DE REDUCTION
III.2.1 – MR 1 : Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en
dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée
Au même titre que la mesure ME2, la MR1 permet de réduire le dérangement et la destruction
d’adultes des espèces de la faune invertébrée pendant la période sensible de la reproduction. Ainsi, les
travaux de préparation de site, le dégagement d’emprise et de défrichement devront démarrer en
dehors de la période de reproduction de ces espèces soit entre début octobre et fin février. Cette
mesure de réduction concerne principalement l’entomofaune.
Période d’application de la mesure : En phase de préparation du site et en phase d’exploitation.
Cortèges concernés par cette mesure : faune invertébrée des milieux herbacés; Bois ; Fourré/haies.
Espèces remarquables concernées par cette mesure : l’Azuré du Genêt, le Grand Mars changeant, la
Bacchante (et les autres rhopalocères communs), le Zygène de la Bruyère (et les autres hétérocères
communs ainsi que les orthoptères communs), le Gomphe vulgaire (et autres odonates communs).

III.2.2 – MR 2 : Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de
déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Cette mesure vise à réduire l’impact lié aux véhicules de chantier et se compose de 4 volets distincts :
- l’optimisation du nombre d’engins sur le site,
- la réduction de la vitesse de déplacement de tous les véhicules à 30 km/h,
- la sensibilisation du personnel aux bonnes pratiques de chantier dans le but de maîtriser les
pollutions intempestives. Cette sensibilisation doit permettre entre autres de limiter la
pollution atmosphérique (en préconisant par exemple de couper le moteur des véhicules non
utilisés).
- le nettoyage des roues des engins avant leur arrivée sur le site permettra d’éviter tout apport
d’espèces exotiques envahissantes sous forme de fragments ou graines.

A noter qu’en ce qui concerne le nombre d’engins d’exploitation sur le site, il sera limité à 3 :
- une pelle sur chenilles utilisée pour l’extraction des matériaux : peu mobile, elle restera au
niveau du front de taille,
- une installation de concassage/criblage mobile qui restera de même au niveau du front de
taille : elle suivra le front d’extraction (télécommandée par le conducteur de la pelle) et sera
alimentée directement par la pelle évitant le recours au chargeur,
- un chargeur utilisé pour le chargement des semi-remorques.
Le trafic engins sera donc assez limité sur la carrière.
La seule circulation importante concernera les évacuations des matériaux par les semi-remorques : en
moyenne 15 rotations par jour réparties entre 8 h et 18 h soit 1 à 2 rotations par heure.
Cette mesure vise en outre à limiter le soulèvement des poussières par la circulation et les émissions
de gaz à effet de serre dans le but de limiter la pollution atmosphérique.
Période d’application de la mesure : En phase de préparation du site et en phase d’exploitation.
Cortèges concernés par cette mesure : milieux herbacés; Bois ; Fourré/haies.
Espèces remarquables concernées par cette mesure : Alouette lulu, Milan noir, Engoulevent d’Europe,
Grimpereau des bois, Pic noir, Lézard des murailles, Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune,
l’Azuré du Genêt, le Grand Mars changeant, la Bacchante (et les autres rhopalocères communs), le
Zygène de la Bruyère (et les autres hétérocères communs ainsi que les orthoptères communs), le
Gomphe vulgaire (et autres odonates communs).

Page 111
III.2.3 – MR 3 : Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de
l'exploitation
Conformément aux pratiques d’usage, la société Sables de Brévannes s’est engagée à réaménager le
site de manière coordonnée avec l’avancement de son exploitation.
Le projet de remise en état prévoit la recréation de milieux boisés, de pelouses et de milieux pionniers
sur la zone carrière.
Cette mesure permettra de réduire les impacts de destruction d’habitats, de sites d’alimentation et de
reproduction et par là-même les impacts de diminution de l’espace vital, de fragmentation des
habitats et de réduction des biocorridors.
Période d’application de la mesure : En phase d’exploitation.
Cortèges concernés par cette mesure : Boisements, milieux pionniers (créés dans le cadre de la remise
en état)
Espèces remarquables concernées par cette mesure : Alouette lulu, Milan noir, Engoulevent d’Europe,
Grimpereau des bois, Pic noir, Lézard des murailles, Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune,
l’Azuré du Genêt, le Grand Mars changeant, la Bacchante (et les autres rhopalocères communs), le
Zygène de la Bruyère (et les autres hétérocères communs ainsi que les orthoptères communs), le
Gomphe vulgaire (et autres odonates communs).

III.2.4 – MR 4 : Utiliser des plantes indigènes pour la remise en état


Le but de cette mesure est d’une part d’éviter l’introduction volontaire d’espèces exotiques
envahissantes sur la zone d’étude et d’autre part de diminuer l’effet dû à la création d’habitats
artificiels. Ainsi, les plantations réalisées pour la remise en état du site devront uniquement utilisées
des espèces indigènes à la Bourgogne et au maximum des espèces présentes initialement sur la zone
d’étude et sur ses alentours. Les espèces pouvant être utilisées pour chaque milieu créé sont détaillées
dans la description de la mesure compensatoire MC 1 : Remise en état du site.
Période d’application de la mesure : En phase d’exploitation.
Cortèges concernés par cette mesure : l’ensemble des espèces et habitats présents à proximité du site
d’étude et sur le site après sa remise en état

III.2.5 – MR 5 : Sensibiliser les gestionnaires sur l'identification et les mesures d'éradication des
espèces invasives
Afin d’éviter la propagation d’espèces exotiques envahissantes sur la zone d’étude, il serait nécessaire
de former le personnel chargé de l’entretien du site après sa remise en état à l’identification des
espèces exotiques envahissantes les plus courantes (notamment le Robinier faux-acacia présent sur le
site étudié mais pas dans le périmètre carrière) ainsi qu’aux méthodes d’éradication de celles-ci. Cette
mesure permettra de surveiller le développement des espèces présentes ainsi que l’apparition
d’espèces invasives sur la zone d’étude et, de mettre en place un plan de lutte le cas échéant.

Période d’application de la mesure : En phase d’exploitation.


Cortèges concernés par cette mesure : l’ensemble des espèces et habitats présents à proximité du site
d’étude et sur le site après sa remise en état

Page 112
IV – IMPACTS RESIDUELS
L’objectif de ce chapitre est d’évaluer les impacts résiduels du projet persistant sur la faune, la flore et
les milieux naturels après la mise en place des mesures d’évitement et de réduction.

IV.1 – S UR LES ESPEC ES ET LE S HABITATS


IV.1.1 – Impacts résiduels sur les espèces et habitats remarquables

6 espèces remarquables ont été contactés directement sur la surface sollicitée ; à savoir :
- 1 espèce d’oiseaux (le Milan noir) ;
- 1 espèce de reptiles (le Lézard des murailles) ;
- 1 espèce de chiroptères (la Pipistrelle commune) ;
- 1 espèce de lépidoptères (l’Azuré des genêts) ;
- 2 espèces floristiques (La Céphalanthère à grandes fleurs et l’Epilobe à feuilles de romarin) ;
- 6 habitats remarquables sur les 8 identifiés.

La carte ici à droite permet de visualiser les habitats et espèces situées/contactées sur l’emprise
sollicitée du projet.

Les tableaux qui suivent, présentent les impacts résiduels sur chacun des éléments remarquables après
application des mesures d’évitement et de réduction.

Cette analyse porte à la fois sur les espèces observées sur la surface sollicitée mais également sur
celles identifiées hors de surface sollicitée, susceptibles d’utiliser les habitats présents sur la surface
sollicitée et/ou à proximité et donc d’être impactées. A ce titre, ont été analysés les impacts sur :
- 5 espèces d’oiseaux,
- 1 espèce de reptiles,
- 2 espèces de chiroptères,
- 4 espèces de lépidoptères,
- 2 espèces floristiques
- 8 habitats remarquables.

Leur localisation vis-à-vis du projet est fournie dans la carte en page suivante.

Page 113
Carte 25 : Zoom sur les habitats et espèces remarquables à l’échelle de la surface sollicitée

Page 114
Carte 26 : Synthèse des habitats et espèces remarquables à l’échelle du périmètre rapproché

Page 115
Tableau 22 : Impacts résiduels sur les éléments remarquables
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
Destruction d'habitats, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Pelouse calcicole Fragmentation des habitats, phasage de l'exploitation, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces
méso-xérophile Fort - habitat Diminution de l'espace vital, Moyen - semi-naturels non détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en Faible Non
fermée, Pelouse Nul d'intérêt Dérangement / perturbation en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en
calcicole méso- communautaire phase d'exploitation sensibilisant le personnel aux éco-gestes
xérophile ouverte Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
Moyen - Négligeable Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives
Destruction d'habitats, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fragmentation des habitats, phasage de l'exploitation, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces
Pelouse calcicole Fort - habitat Diminution de l'espace vital, Fort - semi-naturels non détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en Moyen Oui
méso-xérophile Nul d'intérêt Dérangement / perturbation en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en
piquetée d'arbustes communautaire phase d'exploitation sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
Moyen - Faible Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives
Destruction d'habitats, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fragmentation des habitats, phasage de l'exploitation, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces
Moyen - habitat Diminution de l'espace vital, Moyen - semi-naturels non détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en Moyen Oui
Végétation clairsemée accueillant des
Nul Dérangement / perturbation en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en
sur graviers espèces
remarquables phase d'exploitation sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Habitats

Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,


Moyen - Négligeable Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives
Destruction d'habitats, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fragmentation des habitats, phasage de l'exploitation, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces
Flore & Habitats remarquables

Moyen - habitat Diminution de l'espace vital, Moyen - semi-naturels non détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en Moyen Oui
Végétation clairsemée accueillant des
Nul Dérangement / perturbation en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en
sur éboulis espèces
remarquables phase d'exploitation sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
Moyen Faible Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives
Destruction d'habitats, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fragmentation des habitats, phasage de l'exploitation, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces
Moyen - habitat Diminution de l'espace vital, Moyen semi-naturels non détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en Faible Non
Chênaie thermophile accueillant des
Nul Dérangement / perturbation en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en
calcicole espèces
remarquables phase d'exploitation sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Développement d’espèces
Négligeable Aucune mesure d'évitement ou de réduction n'est nécessaire Négligeable Non
végétales invasives
Pelouse à orpins sur Destruction d'habitats,
dalle rocheuse, Ourlet Moyen - habitat Dérangement / perturbation en
accueillant des
herbacé à Brachypode Nul phase d'exploitation, Négligeable Aucune mesure d'évitement ou de réduction n'est nécessaire Négligeable Non
espèces
penné, Coupe remarquables Développement d’espèces
forestière végétales invasives
Destruction d'habitats,
Fragmentation des habitats,
Fort - espèce Diminution de l'espace vital,
protégée à Fort - espèce très Dérangement / perturbation en Négligeable Aucune mesure d'évitement ou de réduction n'est nécessaire Négligeable Non
Orobanche du thym
l'échelon rare phase d'exploitation,
régional Développement d’espèces
végétales invasives
Espèces

Destruction d'individus Nul Aucune mesure d'évitement ou de réduction n'est nécessaire Nul Non
Destruction d'habitats,
Fragmentation des habitats,
Belladone, Céraiste
Diminution de l'espace vital,
des champs, Epipactis
Moyen - espèces Dérangement / perturbation en Négligeable Aucune mesure d'évitement ou de réduction n'est nécessaire Négligeable Non
brun rouge, Fléole de Nul
assez rare à rare phase d'exploitation,
Boehmer, Miroir-de-
Développement d’espèces
Vénus
végétales invasives
Destruction d'individus Nul Aucune mesure d'évitement ou de réduction n'est nécessaire Nul Non

Page 116
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
Destruction d'habitats,
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fragmentation des habitats,
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non phasage de l'exploitation,
Diminution de l'espace vital, Fort Moyen Oui
détruits Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Dérangement / perturbation en
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Céphalanthère à phase d'exploitation
Moyen - espèces
grandes fleurs, Epilobe Nul Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
assez rare à rare
à feuilles de romarin Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non phasage de l'exploitation,
Destruction d'individus Fort Moyen Oui
détruits Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
Moyen - Négligeable Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Barrière aux déplacements locaux détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Faible Négligeable Non
et Fragmentation des habitats Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
contre la création d'obstacles
Migration prénuptiale

Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors


de la période de reproduction, Ne pas effectuer de travaux de
nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas circuler et
Milan noir, Alouette Faible et Moyen Dérangement / perturbation en Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Fort Faible entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Négligeable Non
lulu respectivement phase d'exploitation vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
contre la création d'obstacles
Ne pas réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Destruction de sites d'alimentation Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Barrière aux déplacements locaux détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Moyen Faible Non
et Fragmentation des habitats Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
contre la création d'obstacles
Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors
Oiseaux remarquables

de la période de reproduction, Ne pas effectuer de travaux de


nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas circuler et
Dérangement / perturbation en
Moyen entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Faible Non
phase d'exploitation
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
contre la création d'obstacles, Ne pas réaliser de tirs de mines
Alouette lulu Fort Moyen lors de l’exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Destruction d'habitats (sites de Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fort détruits, Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise Moyen Oui
reproduction et d'alimentation) phasage de l'exploitation
en dehors de la période de reproduction,
Reproduction

Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non


détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Diminution de l'espace vital Moyen spécifiques contre la création d'obstacles, , Utiliser des plantes vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes, Faible Non
indigènes pour les plantations, Ne pas effectuer de travaux de Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
nuit et proscrire l'éclairage nocturne phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Barrière aux déplacements locaux
Faible détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Négligeable Non
et Fragmentation des habitats
spécifiques contre la création d'obstacles vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors
de la période de reproduction, Ne pas effectuer de travaux de
Milan noir Fort Faible nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas circuler et
Dérangement / perturbation en Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Faible entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Négligeable Non
phase d'exploitation vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
contre la création d'obstacles, Ne pas réaliser de tirs de mines
lors de l’exploitation
Destruction d'habitats (sites Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le Faible Non

Page 117
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
d'alimentation) détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Moyen Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
détruits, Informer le personnel du chantier des consignes
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
Diminution de l'espace vital Moyen spécifiques contre la création d'obstacles, , Utiliser des plantes Négligeable Non
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
indigènes pour les plantations, Ne pas effectuer de travaux de
phasage de l'exploitation
nuit et proscrire l'éclairage nocturne
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Barrière aux déplacements locaux détruits,
Faible Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Faible Non
et Fragmentation des habitats Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
contre la création d'obstacles
Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors
de la période de reproduction,
Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage
Dérangement / perturbation en nocturne, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi- Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Fort Moyen Oui
phase d'exploitation naturels non détruits, vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
Engoulevent d’Europe Fort Moyen contre la création d'obstacles, Ne pas réaliser de tirs de mines
lors de l’exploitation
Destruction d'habitats (sites de Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fort Moyen Oui
reproduction et d'alimentation) détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
détruits, Informer le personnel du chantier des consignes
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
Diminution de l'espace vital Moyen spécifiques contre la création d'obstacles, , Utiliser des plantes Faible Non
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
indigènes pour les plantations, Ne pas effectuer de travaux de
phasage de l'exploitation
nuit et proscrire l'éclairage nocturne
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Barrière aux déplacements locaux détruits,
Moyen Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Faible Non
et Fragmentation des habitats Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
contre la création d'obstacles
Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors
de la période de reproduction, Ne pas effectuer de travaux de
nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas circuler et
Dérangement / perturbation en Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Fort entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Moyen Oui
phase d'exploitation vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
contre la création d'obstacles
Grimpereau des bois Faible Fort
Ne pas réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation
Destruction d'habitats (sites de Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Moyen Faible Non
reproduction et d'alimentation) détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
détruits, Informer le personnel du chantier des consignes
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
Diminution de l'espace vital Moyen spécifiques contre la création d'obstacles, , Utiliser des plantes Faible Non
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
indigènes pour les plantations, Ne pas effectuer de travaux de
phasage de l'exploitation
nuit et proscrire l'éclairage nocturne
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Fragmentation des habitats et
Moyen détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Faible Non
barrière aux déplacements locaux
Hivernage

spécifiques contre la création d'obstacles vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Pic noir Fort Faible Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors
Dérangement / perturbation en de la période de reproduction,
Fort Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Moyen Oui
phase d'exploitation Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
nocturne, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-

Page 118
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
naturels non détruits,
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
contre la création d'obstacles
Ne pas réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation
Destruction d'habitats (sites de Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Moyen Faible Non
reproduction et d'alimentation) détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
détruits, Informer le personnel du chantier des consignes
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
Diminution de l'espace vital Moyen spécifiques contre la création d'obstacles, , Utiliser des plantes Faible Non
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
indigènes pour les plantations, Ne pas effectuer de travaux de
phasage de l'exploitation
nuit et proscrire l'éclairage nocturne
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Destruction d'habitats (sites Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Moyen Faible Non
Espèces remarquables

d'alimentation) détruits phasage de l'exploitation


remarquables

Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non


Mammifères

Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la


Pipistrelle commune, détruits, Informer le personnel du chantier des consignes
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
Pipistrelle de Moyen Moyen et fort Diminution de l'espace vital Faible spécifiques contre la création d'obstacles, , Utiliser des plantes Négligeable Non
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Nathusius indigènes pour les plantations, Ne pas effectuer de travaux de
phasage de l'exploitation
nuit et proscrire l'éclairage nocturne
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Moyen Faible Non
détruits phasage de l'exploitation
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Barrière aux déplacements locaux détruits, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Fort Moyen Oui
et Fragmentation des habitats Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
contre la création d'obstacles
Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors
de la période de reproduction,
Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage
Dérangement / perturbation en nocturne, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-
Fort Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la Moyen Oui
phase d'exploitation naturels non détruits,
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
contre la création d'obstacles
Reptiles remarquables

Espèces remarquables

Ne pas réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation


Destruction d'habitats (sites de Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Fort Moyen Oui
reproduction et d'alimentation) détruits phasage de l'exploitation
Lézard des murailles Moyen Faible
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
détruits, Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise
Destruction d'individus non volants Moyen en dehors de la période de reproduction, Informer le personnel Faible Non
du chantier des consignes spécifiques contre la création de
zones pièges
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
détruits,
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques
vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
Diminution de l'espace vital Fort contre la création d'obstacles, Moyen Oui
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
phasage de l'exploitation
Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage
nocturne
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Moyen Faible Non
détruits phasage de l'exploitation
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
remarquables

Barrière aux déplacements locaux


Entomofaune
remarquable

Fort détruits, Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre Moyen Oui
et Fragmentation des habitats
Espèces

l'éclairage nocturne d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux


La Bacchante Fort Fort
éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
Dérangement / perturbation en Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Moyen en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée, Faible Non
phase d'exploitation détruits
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le

Page 119
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
phasage de l'exploitation, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant
le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le
personnel aux éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
Destruction d'habitats (sites de Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Fort Moyen Oui
reproduction et d'alimentation) détruits Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
Destruction d'individus volants Moyen détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Faible Non
reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux
spécifiques contre la création d'obstacles
véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et
en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Destruction d'individus non volants Fort détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Moyen Oui
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
spécifiques contre la création d'obstacles
reproduction de la faune invertébrée
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Diminution de l'espace vital Fort plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre Moyen Oui
détruits, Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux
éco-gestes
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Moyen Faible Non
détruits phasage de l'exploitation
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
Barrière aux déplacements locaux
Fort détruits, Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre Moyen Oui
et Fragmentation des habitats
l'éclairage nocturne d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux
éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Dérangement / perturbation en Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Moyen Faible Non
phase d'exploitation détruits phasage de l'exploitation, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant
le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le
personnel aux éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
Destruction d'habitats (sites de Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Fort Moyen Oui
reproduction et d'alimentation) détruits Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation
L'Azuré du Genêt,
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Le grand Mars Nul Moyen
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
changeant Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
Destruction d'individus volants Moyen détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Faible Non
reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux
spécifiques contre la création d'obstacles
véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et
en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Destruction d'individus non volants Fort détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Moyen Oui
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
spécifiques contre la création d'obstacles
reproduction de la faune invertébrée
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Diminution de l'espace vital Fort plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre Moyen Oui
détruits, Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux
éco-gestes
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Moyen Faible Non
détruits phasage de l'exploitation
La Zygène de la Barrière aux déplacements locaux Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Nul Moyen Fort Moyen Oui
Bruyère et Fragmentation des habitats détruits, Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les

Page 120
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
l'éclairage nocturne plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre
d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux
éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Dérangement / perturbation en Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Moyen Faible Non
phase d'exploitation détruits phasage de l'exploitation, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant
le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le
personnel aux éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Destruction d'habitats Fort Moyen Oui
détruits Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
Destruction d'individus volants Moyen détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Faible Non
reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux
spécifiques contre la création d'obstacles
véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et
en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Destruction d'individus non volants Fort détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Moyen Oui
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
spécifiques contre la création d'obstacles
reproduction de la faune invertébrée
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
Diminution de l'espace vital Fort plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre Moyen Oui
détruits, Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,
d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux
éco-gestes
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
Barrière aux déplacements locaux
Faible détruits, Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre Négligeable Non
et Fragmentation des habitats
l'éclairage nocturne d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux
éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Dérangement / perturbation en Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Faible Négligeable Non
phase d'exploitation détruits phasage de l'exploitation, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant
le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le
personnel aux éco-gestes
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non en dehors de la période de reproduction de la faune invertébrée,
Destruction d'habitats Faible Négligeable Non
détruits Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Le Gomphe vulgaire Nul Moyen phasage de l'exploitation
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
Destruction d'individus volants Faible détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Négligeable Non
reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux
spécifiques contre la création d'obstacles
véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et
en sensibilisant le personnel aux éco-gestes
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
phasage de l'exploitation, Réaliser les travaux de dégagement
Destruction d'individus non volants Faible détruits, Informer le personnel du chantier des consignes Négligeable Non
d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la période de
spécifiques contre la création d'obstacles
reproduction de la faune invertébrée
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non phasage de l'exploitation, Utiliser des plantes indigènes pour les
Diminution de l'espace vital Faible Négligeable Non
détruits, Utiliser des plantes indigènes pour les plantations, plantations, Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre
d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux

Page 121
PHASES TRAVAUX ET EXPLOITATION
Enjeux Enjeux Niveau
Eléments remarquables impactés Nature d'impact brut Ampleur de Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction Impact
l'impact brut compensatoires
résiduel
éco-gestes
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
Interruption de biocorridors Faible Négligeable Non
détruits phasage de l'exploitation

Conclusion sur les impacts résiduels sur les espèces remarquables


Concernant les habitats remarquables, les pelouses calcicoles méso-xérophiles piquetées d'arbustes et la végétation clairsemée sur graviers et sur éboulis subiront des impacts résiduels significatifs (de niveau
moyen). Les impacts justifiant ce niveau sont similaires à ceux explosés ci-dessous pour la flore.
Concernant la flore remarquable, la plupart des enjeux résiduels seront réduits de manière significative.
Deux espèces présentent des impacts résiduels de niveau moyen. Il s’agit de la Céphalanthère à grandes fleurs et de l’Epilobe à feuilles de romarin. La première espèce a été observée au sein de l’habitat de type
manteau préforestier calcicole tandis que la seconde a été notée au sein d’un habitat de type végétation clairsemée sur graviers. Ces deux types d’habitats seront impactés par le projet en raison du dérangement
généré en phase d'exploitation, de la fragmentation et destruction d'habitats ainsi que celle d’individus et enfin de la diminution de l'espace vital.
Concernant la faune vertébrée, des impacts résiduels persistent pour certaines espèces, après application des mesures d’évitement et de réduction. Ainsi, l’impact de dérangement/perturbation en phase chantier
persistera pour l’Engoulevent d’Europe, le Grimpereau des bois, le Pic noir et le Lézard des murailles. L’impact de destruction de sites de reproduction persistera lui aussi pour l’Alouette lulu, l’Engoulevent d’Europe
et le Lézard des murailles. En ce qui concerne cette dernière espèce, des impacts résiduels moyens persisteront en raison de la destruction de sites d’alimentation, de la diminution de l’espace vital et de la
fragmentation des habitats.
Concernant la faune invertébrée, des impacts résiduels moyens persistent en raison de destruction de sites d'alimentation et de reproduction, de destruction d'individus non volants, de diminution de l'espace vital.
Ces impacts concernent la Bacchante, l’Azuré du Genêt, le Grand Mars changeant et la Zygène de la Bruyère. Notons également des impacts résiduels liés à la fragmentation des habitats pour la Bacchante et l’Azuré
du Genêt.
Ainsi, les mesures d’évitement et de réduction mises en place permettent de limiter la plupart des impacts identifiés sur les espèces remarquables de la zone d’étude. Toutefois, certains d’entre eux restent
moyens. A cet effet, des mesures compensatoires seront mises en place. Ces dernières sont données au paragraphe V.

Page 122
IV.1.2 – Impacts résiduels sur les cortèges d’espèces communes
Trois cortèges d’espèces communes ont été recensés sur le site d’étude :
- Le cortège des milieux herbacés,
- Le cortège des boisements
- Le cortège des haies et fourrés.
Le tableau suivant présente les impacts résiduels sur ces cortèges.
Tableau 23 : Impacts résiduels sur les cortèges d’espèces
Eléments
Enjeux Enjeux
remarquables Nature d'impact brut Ampleur de Niveau Impact Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction
impactés l'impact brut résiduel compensatoires
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de
Barrière aux
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes, Utiliser des plantes
déplacements locaux et
Moyen création de zones pièges, indigènes pour les plantations, Réduire l’implantation et le développement des Faible Non
Fragmentation des
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits espèces invasives, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
habitats
phasage de l'exploitation
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la
Dérangement / dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée, Ne pas période de reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux véhicules en
perturbation en phase Fort circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Ne pas limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel Moyen Oui
d'exploitation effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas aux éco-gestes, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation phasage de l'exploitation,
Destruction d'habitats
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de
(sites de reproduction et Fort Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Moyen Oui
l'exploitation
d'alimentation)

Destruction d'individus
Moyen Vérifier l’absence de chiroptères avant la destruction de gîtes potentiels - Négligeable Non
Milieux volants
Faible Faible
Cortèges d'espèces communes

herbacés
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en
dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée
Destruction d'individus Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la
Fort Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la Moyen Oui
non volants période de reproduction de la faune invertébrée
création de zones pièges, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces
semi-naturels non détruits

Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,


Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Négligeable Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives

Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits,


Diminution de l'espace Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de
Moyen Moyen Oui
vital création d'obstacles, , Utiliser des plantes indigènes pour les plantations, déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes, Réaliser la remise en état
Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne du site de manière coordonnée avec le phasage de l'exploitation

Interruption de Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de


Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Faible Non
biocorridors l'exploitation

Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de


Barrière aux
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes, Utiliser des plantes
déplacements locaux et
Moyen création de zones pièges, indigènes pour les plantations, Réduire l’implantation et le développement des Faible Non
Fragmentation des
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits espèces invasives, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
habitats
phasage de l'exploitation
Boisement Faible Faible
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la
Dérangement / dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée, Ne pas période de reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux véhicules en
perturbation en phase Fort circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Ne pas limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel Moyen Oui
d'exploitation effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas aux éco-gestes, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation phasage de l'exploitation

Page 123
Eléments
Enjeux Enjeux
remarquables Nature d'impact brut Ampleur de Niveau Impact Mesures
réglementaire patrimonial Mesures d'évitement Mesure de réduction
impactés l'impact brut résiduel compensatoires
Destruction d'habitats
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de
(sites de reproduction et Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Faible Non
l'exploitation
d'alimentation)

Destruction d'individus
Moyen Vérifier l’absence de chiroptères avant la destruction de gîtes potentiels - Négligeable Non
volants

Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en


dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée, Informer le
Destruction d'individus Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la
Moyen personnel du chantier des consignes spécifiques contre la création de Négligeable Non
non volants période de reproduction de la faune invertébrée
zones pièges, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels
non détruits

Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,


Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Négligeable Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives

Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits,


Diminution de l'espace Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de
Moyen Faible Non
vital création d'obstacles, , Utiliser des plantes indigènes pour les plantations, déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes, Réaliser la remise en état
Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne du site de manière coordonnée avec le phasage de l'exploitation

Interruption de Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de


Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Faible Non
biocorridors l'exploitation

Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de


Barrière aux
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes,
déplacements locaux et
Moyen création de zones pièges, Utiliser des plantes indigènes pour les plantations, Faible Non
Fragmentation des
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives, Réaliser la remise
habitats
en état du site de manière coordonnée avec le phasage de l'exploitation
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la
Dérangement / dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée, Ne pas période de reproduction de la faune invertébrée, Réduire l'impact lié aux véhicules en
perturbation en phase Fort circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits, Ne pas limitant le nombre d'engins, la vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel Moyen Oui
d'exploitation effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne, Ne pas aux éco-gestes, Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
réaliser de tirs de mines lors de l’exploitation phasage de l'exploitation
Destruction d'habitats
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de
(sites de reproduction et Fort Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Moyen Oui
l'exploitation
d'alimentation)

Destruction d'individus
Moyen Vérifier l’absence de chiroptères avant la destruction de gîtes potentiels - Faible Non
Fourré / haies volants
Faible Faible
/ lisières
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en
dehors de la période de reproduction de la faune vertébrée, Informer le
Destruction d'individus Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en dehors de la
Fort personnel du chantier des consignes spécifiques contre la création de Moyen Oui
non volants période de reproduction de la faune invertébrée
zones pièges, Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels
non détruits

Développement d’espèces Utiliser des plantes indigènes pour les plantations,


Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Négligeable Non
végétales invasives Réduire l’implantation et le développement des espèces invasives

Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits,


Diminution de l'espace Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la vitesse de
Fort Moyen Oui
vital création d'obstacles, , Utiliser des plantes indigènes pour les plantations, déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco-gestes, Réaliser la remise en état
Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne du site de manière coordonnée avec le phasage de l'exploitation

Interruption de Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage de


Moyen Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits Faible Non
biocorridors l'exploitation

Page 124
Conclusion sur les impacts sur les cortèges d’espèces communes

Ainsi, d’après le tableau précédent, les impacts résiduels sur les cortèges du site d’étude restent
globalement moyens. Ceci s’explique par le fait que le projet de par sa nature implique la destruction
d’une partie des habitats du site d’étude. Ces impacts sont par ailleurs difficiles à éviter ou réduire.

La mise en place de mesures de compensation est donc nécessaire pour faire baisser davantage
l’ampleur de ces impacts.

Il est à noter que les impacts résiduels ont été relativisés en évaluant leur ampleur au regard du
contexte dans lequel s’inscrit le site. En effet, nous pouvons supposer que les cortèges d’espèces
fréquentant les habitats de la zone d’étude utilisent également les milieux similaires localisés à
proximité du site. Ainsi, les impacts ont été diminués si des habitats similaires à ceux impactés sont
présents à proximité du site.

IV.1.3 – Impacts résiduels sur les fonctionnalités écologiques


Le site d’étude constitue à la fois une zone d’alimentation et de reproduction pour de nombreuses
espèces de la faune vertébrée et invertébrée. Le périmètre sollicité par le projet sera amené à être
entièrement remanié pendant l’exploitation. Il ne pourra ainsi plus remplir, au cours de l’exploitation,
ces fonctions.

Des impacts résiduels moyens mais temporaires persisteront donc sur les fonctionnalités
écologiques du site et des mesures compensatoires seront mises en œuvre afin de les rétablir.

IV.1.4 – Impacts résiduels sur les continuités écologiques


IV.1.4.1 – Schéma Régional de Cohérence Écologique
Le site d’étude est localisé à proximité d’une vallée (bordant le Serein) composant un corridor terrestre
à restaurer en priorité reliant la Champagne humide au Morvan et sur une zone ayant une capacité
moyenne d’assurer le déplacement des espèces.

Le projet aura un impact sur certains habitats de la zone d’étude notamment les milieux boisés les
pelouses calcicoles. Cependant les impacts résiduels sur le SRCE sont à relativiser au vu de la surface
que représente le périmètre sollicité. Cependant, la mise en place de mesures compensatoires sur le
site lors de la remise en état devra être réalisée afin de diminuer l’ampleur de ces impacts.

IV.1.4.2 – SDAGE
La Vallée du Serein est située à proximité du périmètre d’étude. Cependant aucun cours d’eau ni aucun
milieu aquatique n’est situé au sein de celui-ci. Il apparaît donc que les impacts du projet sur le SDAGE
seront faibles voire nuls.

IV.1.4.3 – Les biocorridors


Au niveau du périmètre étudié, seuls les biocorridors boisés constituent un enjeu, les autres
biocorridors étant éloignés du site d’étude. Les corridors boisés sont plutôt de bonne qualité
écologique, puisque les entités boisées sont de superficies relativement grandes (celle sur laquelle le
site est localisé s’étend sur plus de 194 ha) et qu’elles sont proches les unes des autres. Ces espaces
sont très peu fragmentés ce qui favorise le déplacement des espèces.

Page 125
1.59 ha de milieux boisés seront défrichés ce qui impactera les biocorridors boisés. Le défrichement
sera réalisé en seule étape (1.59 ha en phase 1) et l’exploitant s’assurera une remise en état
coordonnée avec l’avancement de l’exploitation (avec recréation de milieux boisés mixtes et créations
d’ourlets préforestiers, haies et lisières progressives sur une surface de l’ordre de 31 000 m².
Ainsi, compte-tenu de la surface concernée, de sa localisation et du phasage de l’exploitation, les
impacts résiduels du projet sur ces biocorridors seront faibles.

IV.2 – S UR LES ESPEC ES PROTEGEE S A ENJEUX DE CONSERVA TION

Parmi les espèces protégées identifiées sur le périmètre d’étude, certaines subissent des impacts
résiduels justifiant le dépôt d’un dossier de dérogation.

Celui-ci est déposé conjointement à la demande d’autorisation d’exploiter.

Selon cette étude, il apparait que le projet de carrière ne remettra pas en cause l’état de
conservation des espèces protégées observées sur le site.

IV.3 – S UR LES ZONA GES REGLE MENTAIRES


IV.3.1 – Impacts résiduels sur les zones Natura 2000
L’article R.414-19 du Code de l’environnement précise que « Les programmes ou projets de travaux,
d'ouvrages ou d'aménagements mentionnés à l'article L. 414-4 du présent code font l'objet d'une
évaluation de leurs incidences éventuelles au regard des objectifs de conservation des sites Natura
2000 qu'ils sont susceptibles d'affecter de façon notable, dans les cas et selon les modalités suivants :
(…)
- si un programme ou projet, relevant des cas prévus au a) et au c) du 1° ci-dessus, est susceptible
d'affecter de façon notable un ou plusieurs sites Natura 2000, compte tenu de la distance, de la
topographie, de l'hydrographie, du fonctionnement des écosystèmes, de la nature et de l'importance du
programme ou du projet, des caractéristiques du ou des sites et de leurs objectifs de conservation ».

Il convient de noter que le site d’étude se situe à plus de 12 km de la plus proche zones Natura 2000,
listées ci-dessous.

Page 126
Tableau 24 : Zones Natura 2000 à proximité du site d’étude
Surface Proximité au Document de référence
Identification Dénomination
(ha) site (km)
DOCOB en cours
Gîtes et habitats à Chauves-souris en
FR2601012 669,29 12,06 Formulaire standard N2000 du
Bourgogne
22 oct. 2014
Pelouses et forêts calcicoles des
DOCOB approuvé en
FR2600974 coteaux de la Cure et de l'Yonne en 1129,62 15,14
décembre 2005
amont de Vincelles
Cavités à Chauves-souris en DOCOB approuvé par arrêté
FR2600975 14,51 16,20
Bourgogne préfectoral du 13 mai 2013
DOCOB approuvé par arrêté
Eboulis calcaires de la vallée de
FR2601004 138,61 18,12 préfectoral en date du 16
l'Armançon
juillet 2014
DOCOB approuvé par arrêté
Marais alcalin et prairies humides de
FR2600996 17,29 19,22 préfectoral en date du 14 juin
Baon
2013

En ce qui concerne le réseau hydrographique de surface, le périmètre d’étude n’abrite aucun cours
d’eau ou fossé. Notons toutefois que le site d’étude se situe à 1,5 km du Serein.

La zone d’étude étant incluse à aucune des SIC, les éventuels changements topographiques de
parcelles concernées par le projet n’influeront pas sur la topographie générale de ces sites Natura
2000.

Enfin, aucune espèce d’intérêt communautaire ayant justifié la désignation de ces zones
réglementaires n’a été recensée sur le site d’étude. On note qu’un habitat d’intérêt communautaire
observé sur le site (pelouses sèches 6210-24) figure à la liste des habitats remarquables de la Zone
N2000 n°FR2600974 « Pelouses et forêts calcicoles des coteaux de la Cure et de l'Yonne en amont de
Vincelles » mais que, compte-tenu de l’éloignement du site, aucun impact n’est à prévoir sur ce site.

Ainsi, compte-tenu des connectivités inexistantes entre le site d’étude et les sites Natura 2000 ici
présentés, le site d’étude semble ne pas être en relation directe ces derniers. Ainsi, aucune relation n’a
pu être mise en évidence entre les zones Natura 2000 localisées dans un rayon de 20 km autour du site
d’étude et ce dernier, que ce soit au niveau du réseau hydrographique, de la topographie ou des
espèces ayant motivées leur désignation.

Le projet ne remettra donc pas en cause l’intégrité de ces zonages. A ce titre les impacts du projet
sur les zones Natura 2000 sont considérés comme nuls.

Page 127
IV.3.2 – Impacts résiduels sur les zones d’inventaire
Le périmètre sollicité par le projet se trouve à plus de 3 km de ZNIEFF. Les plus proches sont
présentées dans le tableau suivant.

Tableau 25 : Liste des zones d’inventaire à proximité du périmètre sollicité par le projet
Type de Surface Proximité au
Identification Dénomination
protection (ha) site (km)
Inventaires patrimoniaux
30820001 Les Survignes 105,20 3,6
30250003 Champ Maillard 12,41 6,3
ZNIEFF de 30250001 Vallée de la Mouille 23,28 6,5
type 1 30250002 Le Chêne Ronceau 22,376 7,1

30280000 Prairie de Sacy à Narcisse des poètes et ru de Sacy 33,87 9,8

Forêt de Chatel-Gérard ouest, Massifs environnants


260014959 8494,00 3
ZNIEFF de et vallée du Serein
type 2 260008527 Terres pourries de Nitry 358,20 6,01
260014937 Forêt de Tonnerre 3372,00 8,91

Ces zones d’inventaire sont principalement composées de milieux boisés. Ce type de milieu est
représenté sur le périmètre sollicité par le projet d’exploitation et peut de ce fait être fréquenté par les
espèces déterminantes de ZNIEFF. Or aucune espèce recensée sur le site d’étude n’est citée au sein de
ces ZNIEFF.

Ainsi, le projet d’exploitation de carrière ne remettra pas en cause l’intégrité des zones d’inventaire
localisées à proximité de la zone d’étude.

Page 128
V – MESURES COMPENSATOIRES
VI.1 – MC 1 : C REATION D ’ UNE PELOUSE CALCICOL E MESO - XEROPHILE
Description
Le périmètre rapproché étudié accueille des pelouses calcicoles. Ces dernières se développent
principalement sur des secteurs de carrière anciennement exploités. En effet, l’apparition spontanée
des pelouses calcicoles a été permise par une recolonisation naturelle de substrat calcaire mis à nu à la
suite de l’extraction de plaquettes de Bourgogne. La mesure MC 1 aura pour objectif de créer les
conditions favorables au développement d’une pelouse similaire de type calcicole méso-xérophile
ouverte.

Cette mesure vise en particulier à recréer des milieux favorables à la reproduction et au nourrissage de
l’Azuré du Genêt et de la Zygène de la Bruyère, deux espèces présentant un enjeu moyen.

A noter que cette pelouse sera aussi favorable à la Bacchante et aux espèces de faune vertébrée
remarquables telles que l’Alouette lulu, l’Engoulevent d’Europe, le Milan noir ou encore la Pipistrelle
commune qui fréquentent ce type d’habitat ouvert, pour l’alimentation notamment.

Pour ce faire, la terre et matériaux de surface issue du décapage seront (stockés sous forme de
merlons si nécessaire) utilisés lors de la remise en état qui s’effectue de manière coordonnée avec
l’avancement de l’exploitation. L’objectif ici est d’obtenir une pelouse rase à mi-rase, écorchée, très
recouvrante dominée par des hémicryptophytes (notamment des graminées).

Une fois le secteur remis en état c’est-à-dire dégagé de toute opération d’exploitation et aménagé des
matériaux décrits au-dessus, la végétation herbacée se développera de manière spontanée avant
l’arrivée d’espèces ligneuses, la ronce commune (Rubus fruticosus), et l’Aubépine monogyne
(Crataegus monogyna). A cet effet, une gestion sera mise en place sur le site.

Le secteur remis en état devra dès lors être préservé.

Pour initier le développement de cette pelouse et de fournir un habitat fonctionnel pour la faune citée
au-dessus, un ensemencement sera probablement nécessaire. Les graines choisies pour ce semis
seront issues exclusivement d’espèces indigènes à la Bourgogne. Aucune espèce exotique,
envahissante ou non, ne devra être semée ou plantée et aucune espèce rare ou menacée ne devra
être introduite afin de préserver les populations sauvages (risques de pollution génétique). Compte-
tenu des espèces identifiées sur le site, on recherchera en particulier à favoriser le développement des
plantes hôtes pour la reproduction de l’Azuré du Genêt, de la Zygène de la Bruyère et de la Bacchante.
Celles-ci sont annotées dans le prochain tableau.

Page 129
Tableau 26 : Liste d’espèces pour la recréation de la pelouse calcicole
Indicatrices des Pelouses Plante Observée
Monocotylédones calcicoles méso xérophiles hôte sur le site
6210-24
Brachypodium pinnatum (L.) P.Beauv. Brachypode penné X B X
Brachypodium sylvaticum Brachypode des bois B
Bromus erectus Brome dressé X X
Carex caryophyllea Laîche caryophyllea X
Poa pratensis L. subsp. Pratensis Pâturin des prés X
Dicotylédones
Carlina vulgaris L. Carline commune X X
Coronilla coronata Coronille couronnée Z
Coronilla varia Coronille bigarrée Z
Daucus carota Carotte commune X
Helianthemum nummularium (L.) Mill. Hélianthème jaune X X
Hippocrepis comosa Hippocrépide à toupet X A, Z X
Lotus corniculatus Lotier corniculé A
Medicago lupulina Luzerne lupuline A
Melilotus albus Mélilot blanc A
Teucrium chamaedrys Germandrée petit chêne X X
Trifolium pratense L. Trèfle des prés A X
Trifolium rubens L. Trèfle rougeâtre A X
Légende :
A : Azuré du Genêt, Z : Zygène de la Bruyère ; B : Bacchante. –
Les plantes mellifères, utiles pour l’alimentation des lépidoptères, sont indiquées en gras dans le tableau précédent.
NOTE : les espèces floristiques non indicatrices de pelouses calcicoles méso-xérophiles notées ci-dessus, ont toutefois été
signalées dans l’Atlas de la flore de Bourogne, comme présentes sur ce type d’habitats dans la région.

Gestion
Afin de conserver un milieu ouvert et ralentir la colonisation arbustive du site, une gestion sera mise
en place en sus d’un suivi des espèces sur le site.
Pour ce faire, une fauche d’entretien sera pratiquée en automne tous les trois à quatre ans selon la
productivité de la végétation. Dans le cas d’une colonisation de la pelouse par des fourrés et bosquets,
les actions suivantes pourront être entreprises :
 un défrichement en hiver puis maintien par la fauche ou le pâturage ;
 une maîtrise les rejets par le gyrobroyage (fin automne/début hiver) si des ligneux sont à
supprimer, ou par le pâturage (troupeau mixte).
Un débroussaillage en fin d’hiver peut sous certaines conditions (pluviométrie printanière) relancer la
végétation ligneuse. A ce titre, les travaux de débroussaillage sont préférables à l’automne pour une
meilleure efficacité.
Phase du projet durant laquelle s’applique cette mesure
Cette mesure sera intégrée à la remise en état du site, celle-ci s’effectuant de manière coordonnée
avec l’avancement de l’exploitation.
Espèces / Habitats concernés par la mesure
Eléments remarquables concernées par cette mesure compensatoire : Pelouses calcicoles, Azuré du
Genêt, Zygène de la Bruyère, Alouette lulu, Engoulevent d’Europe, Milan noir, Pipistrelle commune.
Engagements du pétitionnaire
Il s’engage à mettre en place cette mesure compensatoire sur site lors de la remise en état du site.

Page 130
V.2 – MC 2 : R ECREATION DE MILIEUX BOISES MIXTES
Description
Afin de permettre la pérennisation d’espèces inféodées aux milieux forestiers telles que le Grimpereau
des bois, le Pic noir ou encore la Pipistrelle de Nathusius, une mesure visant à recréer des habitats
boisés sera appliquée.

Parmi les secteurs défrichés, certains se constituent de boisements de type Chênaie thermophile et
d’autres de manteaux préforestiers. Il sera nécessaire de recréer des boisements comme décrits ci-
dessous (MC2) mais également de reconstituer des milieux semi-fermés de type ourlets préforestiers
ou lisières. En effet ces milieux semi-fermés, identifiés lors de l’état initial du site, sont
particulièrement intéressants pour la flore et la faune du site. La mesure MC3 en décrit le principe.

Au regard des préférences écologiques des oiseaux remarquables impactés par le projet, les
boisements recréés devront être mixtes, c’est-à-dire composés à la fois de feuillus et de conifères. En
effet, l’Alouette lulu, l’Engoulevent d’Europe, le Grimpereau des bois ou encore le Pic noir fréquentent
préférentiellement des boisements mixtes composés à la fois d’espèces de Hêtre, Pin, Mélèze ou
encore de Sapin.

Pour réaliser la plantation de ce boisement, il sera nécessaire de :


 préparer un sol décompacté et pas trop riche pour limiter la croissance des herbes ;
 mélanger les essences (voir le tableau suivant) et non les installer par blocs monospécifiques ;
 créer un module de plantation pour l’« intérieur » du boisement et un module pour le
manteau, l’« extérieur » du boisement (MC 3). Le schéma suivant fournit une illustration de ces
modules ;
 appliquer des densités de plantation pour des boisements à vocation écologique. Celles-ci
doivent être plus faibles que ceux conseillés pour la sylviculture, de l’ordre de 1 500 plants/ha ;
 utiliser des spécimens pas trop âgés, les jeunes plants forestiers de 2 ans étant recommandés
(à racines nues ou en godets forestiers). Une transplantation d’individus pourra être réalisée
afin de conserver les essences locales ;
 protéger les plants contre la dent des herbivores (lapins et chevreuils) ;
 prévoir une lisère irrégulière (voir MC 3) et festonnée et des clairières (voir MC 4).

La liste ci-dessous a été élaborée à partir des espèces présentes sur le site. Par ailleurs, une liste
d’espèces a été retenu par le Conservatoire Botanique National du Bassin Parisien4 pour la région
Centre (et non la Bourgogne) ; ainsi est indiquée ci-dessous la liste des espèces retenues pour la
végétalisation écologique du secteur le plus proche du périmètre rapproché c’est-à-dire le Gâtinais.

Tableau 27 : Liste des essences à utiliser pour la création de milieux boisés


Liste d'espèces
Strate Strate Observée
Nom scientifique Nom vernaculaire retenues
arborée arbustive sur le site
(CBNBP)
Carpinus betulus L. Charme X X X
Cornus sanguinea L. Cornouiller sanguin X X X
Corylus avellana L. Noisetier,Coudrier X X X
Crataegus monogyna Jacq. Aubépine à un style X X X
Frangula dodonei Ard. Bourdaine X X X

4
Notice pour le choix d’arbres et d’arbustes pour la végétalisation à vocation écologique et paysagère en région Centre, CBNBP – Juin 2014

Page 131
Liste d'espèces
Strate Strate Observée
Nom scientifique Nom vernaculaire retenues
arborée arbustive sur le site
(CBNBP)
Pinus nigra Arnold Pin noir d'Autriche X X
Pinus sylvestris L. Pin sylvestre X X
Prunus mahaleb L. Bois de Sainte-Lucie X X
Prunus spinosa Prunellier X X X
Quercus petraea Liebl. Chêne sessile X X X
Quercus pubescens Willd. Chêne pubescent X X X
Quercus robur L. Chêne pédonculé X X X
Rhamnus cathartica L. Nerprun purgatif X X X
Rosa canina L. Rosier des chiens X X
Salix caprea L. Saule marsault X X X
Sambucus nigra L. Sureau noir X X X
Sorbus torminalis (L.) Crantz Alisier torminal X X X
Ulmus minor Orme champêtre X X X
Viburnum lantana L. Viorne mancienne X X X

Figure 7 : Schéma de principe de plantation pour un boisement, les lisères et les ourlets préforestiers

Gestion
Aucune gestion particulière (en termes d’entretien) n’est ici à appliquer.
Phase du projet durant laquelle s’applique cette mesure
Cette mesure sera intégrée à la remise en état du site, celle s’effectuant de manière coordonnée avec
l’avancement de l’exploitation.
Espèces / Habitats concernés par la mesure
Cortèges concernés par cette mesure : Boisements.
Espèces remarquables concernées par cette mesure compensatoire : Céphalanthère à grandes fleurs,
Alouette lulu, Engoulevent d’Europe, Pic noir, Grimpereau des bois, Milan noir, Pipistrelle de
Nathusius, Pipistrelle commune
Engagements du pétitionnaire
Le pétitionnaire s’engage à mettre en place cette mesure compensatoire sur site lors de la remise en
état du site.

Page 132
V.3 – MC 3 : C REAT ION D ’ OURLETS PREFORESTIER S , LISIERES ET HAIES PROGRESSIVES
Description
En complément de la mesure MC2, des ourlets, une lisère irrégulière ainsi que des haies seront créées
sur le site, fournissant un habitat aux espèces inféodées à ces milieux semi-fermés.

En effet, la Bacchante est un papillon protégé, présentant un enjeu patrimonial fort. Ce pourquoi il est
indispensable de recréer des milieux fonctionnels appropriés à ce dernier. Cet habitat sera également
favorable à une seconde espèce remarquable de l’entomofaune, le Grand Mars changeant, (dont le
Saule - Salix caprea, Salix aurita - constitue la plante hôte (au stade de chenille)).

Ces milieux ont également une fonctionnalité très importante pour la faune jouant un rôle de zone
tampon entre les milieux fermés (boisements) et les milieux plus ouverts (comme les pelouses). Ainsi la
recréation d’ourlets et de lisières offrira des zones de chasse pour les chiroptères tels que la Pipistrelle
de Nathusius et la Pipistrelle commune qui chassent volontiers au niveau des haies et lisières.

De même, ces habitats seront particulièrement favorables à une flore remarquable, la Céphalanthère à
grandes fleurs, observées sur le site au sein d’un manteau pré-forestier.

Ainsi, des ourlets préforestiers seront recrées dans la continuité des boisements tandis que le long des
bandes boisées conservées et en périphérie des espaces reboisés, seront créés et maintenues, des
lisières forestières. Ces lisières seront composées d’une stratification de végétation permettant la
transition entre la pelouse et le boisement.
Les mêmes préconisations que pour la plantation du boisement sont à appliquer ici ; les critères
suivants sont particulièrement importants à prendre en considération :
 le nombre de strates (plus le nombre est élevé plus le nombre de niches écologiques est
important et plus la diversité spécifique augmente) ;
 la diversité des espèces utilisées (même principe d’augmentation de la richesse écologique) en
tenant compte des essences composant les autres habitats (boisements) ;
 la qualité des espèces utilisées (il est important de veiller qu’au-delà des rôles de protection, les
espèces plantées assurent aussi le nourrissage de la faune qu’elles abritent).

Ainsi, la plantation de la lisière forestière sera réalisée à partir d’essences arbustives cités dans le
tableau au-dessus et selon le schéma de principe illustré par la figure 2.

Les lisières qui borderont les pelouses calcicoles devront également bénéficier de l’ensemencement
préconisé dans la mesure MC1 dans l’optique d’accueillir des plantes hôte de la Bacchante, utilisées
lors du nourrissage de la chenille. (Celles-ci sont annotées d’un « B » dans le tableau ci-dessus
fournissant la liste d’espèces pour la recréation de la pelouse calcicole).

Les haies recréées sur le site selon les mêmes principes que les lisières forestières et en suivant le
schéma de principe suivants.

Page 133
Figure 8 : Schéma de principe pour la plantation de haies

Gestion
Aucune gestion particulière (en termes d’entretien) n’est ici à appliquer.

Phase du projet durant laquelle s’applique cette mesure


Cette mesure sera intégrée à la remise en état du site après exploitation.

Espèces / Habitats concernés par la mesure


Cortèges concernés par cette mesure : Fourrés, haies et lisières.
Espèces remarquables concernées par cette mesure compensatoire : Céphalanthère à grandes fleurs,
Bacchante, Grand Mars changeant, Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune

Engagements du pétitionnaire
Le pétitionnaire s’engage à mettre en place cette mesure compensatoire sur site lors de la remise en
état du site.

V.4 – MC 4 : C REAT ION DE CLAIRIERES AU SEI N DES ESPACES REBOIS ES


Description
Afin de compléter la perte d’habitats pour certaines espèces remarquables, plusieurs clairières seront
créées au sein des espaces reboisés.

Ces clairières seront particulièrement favorables à l’entomofaune inféodée aux lisières (la Bacchante et
du Grand Mars changeant) ainsi qu’à l’avifaune (l’Alouette lulu et de l’Engoulevent d’Europe) qui
affectionne les boisements clairs parsemés de coupes.

Ici encore, il est préconisé de réaliser un ensemencement par les plantes hôtes de la Bacchante
(annotées d’un « B » dans le tableau ci-dessus fournissant la liste d’espèces pour la recréation de la
pelouse calcicole) et de plantes mellifères favorables à son nourrissage.
Les saules qui constituent les plantes hôtes des chenilles du Grand Mars changeant coloniseront
spontanément ces clairières.
Gestion
Un élagage des arbustes, en laissant quelques jeunes saules recolonisant les clairières, sera envisagé
tous les 3 à 4 ans afin de conserver ces habitats ouverts.

Phase du projet durant laquelle s’applique cette mesure


Cette mesure sera intégrée à la remise en état du site après exploitation.

Page 134
Espèces / Habitats concernés par la mesure
Cortèges concernés par cette mesure : Fourrés, haies et lisières.
Espèces remarquables concernées par cette mesure compensatoire : Céphalanthère à grandes fleurs,
Bacchante, Grand Mars changeant, Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune.

Engagements du pétitionnaire
Le pétitionnaire s’engage à mettre en place cette mesure compensatoire sur site lors de la remise en
état du site.

V.5 – MC 5 : C REAT ION DE PIERRIERS


Description
Cette mesure vise à créer un habitat pierreux d’éboulis calcaires favorable à la flore (en particulier à
l’Epilobe à feuilles de romarin) et l’herpétofaune (Le Lézard des murailles).

En effet, l’Epilobe à feuilles de romarin affectionne les zones


d’éboulis anthropogènes sur calcaire thermophiles et se retrouve
fréquemment en Bourgogne au sein de carrières. Sur le site,
l’espèce a été observée sur un habitat de type végétation
clairsemée sur graviers. De même, le Lézard des murailles a été
observé à plusieurs endroits sur les zones clairsemées du
périmètre d’étude.
Cette mesure permettra d’offrir des zones de refuges favorables
au Lézard des murailles et d’améliorer l’habitat de cette espèce
inscrite à l’annexe IV de la Directive Habitats-Faune-Flore de Figure 9 : Exemple de pierriers
favorables à la recolonisation du Lézard
sorte qu’elle puisse étendre son noyau de population. des murailles

Cette mesure consistera à disposer dans des endroits stratégiques un amoncellement de pierres de
différentes tailles.
Aucun mortier ne devra être utilisé pour l’édification de ces micro-habitats, ou s’il s’avérait vraiment
nécessaire de consolider l’andain, des interstices devraient impérativement être laissés afin de
permettre à la faune d’accéder à l’intérieur de l’aménagement.

Pour cela, 5 zones de pierriers seront créées. Ils seront préférentiellement exposés plein sud, ce qui
permettra leur réchauffement et la colonisation par la végétation thermophile.

Gestion
Une gestion en bonne adéquation avec celle appliqué en mesure MC 1 sera appliquée ici.

Ainsi une fauche pourra être instaurée en périphérie immédiate de ces micro-habitats afin de favoriser
un bon développement de la flore et de l’entomofaune et ainsi créer des zones de chasse favorables.
Une fauche en automne permettra d’écarter tout risque de destruction d’individus et ceci tous les trois
à quatre ans selon la productivité de la végétation.
A noter que la mise en place de ces micro-habitats ne sera pas uniquement favorable à l’Epilobe à
feuilles de romarin et au Lézard des murailles mais également à tout un cortège d’espèces des milieux
pionnières sur éboulis thermophiles.

Page 135
Phase du projet durant laquelle s’applique cette mesure
Cette mesure sera intégrée à la remise en état du site après exploitation.

Espèces / Habitats concernés par la mesure


Espèces remarquables concernées par cette mesure : Epilobe à feuilles de romarin, Lézard des
murailles.

Engagements du pétitionnaire
Le pétitionnaire s’engage à mettre en place cette mesure compensatoire sur site lors de la remise en
état du site.

V.6 – MC 6 : C REAT ION D ’ ILOTS DE SENESCENCE AU NIVEAU DES BOISEM ENTS NON
DETRUITS
Des îlots de sénescence seront créés au sein des zones boisées non détruites par le projet notamment
sur le secteur localisé au sud-est de la base-vie.

Cette mesure permettra d’augmenter la biodiversité et notamment de faciliter la recolonisation des


boisements pour certaines espèces, notamment les espèces d’oiseaux cavernicoles telles que le Pic
noir et le Grimpereau des bois ainsi que les chiroptères tels que la Pipistrelle commune et la Pipistrelle
de Nathusius.

Dans la même optique, des arbres dépérissant ou morts pourront être laissés sur place en divers
endroits des zones réaménagées.

Figure 11 : Exemple d’îlot de sénescence au sein d’une


Figure 10 : Exemple d’îlot de sénescence au sein d’une chenaie-betulaie
pessière

Cortèges concernés par cette mesure : Boisements.


Espèces remarquables concernées par cette mesure compensatoire : Céphalanthère à grandes fleurs,
Pic noir, Grimpereau des bois, Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune.

Page 136
VI - REMISE EN ETAT DU SITE
Le projet de vise à répondre aux 3 grands objectifs écologiques suivants :

1. reconstituer des zones ouvertes de type pelouse calcaire ainsi que des boisements ;
2. créer un ensemble de milieux pouvant accueillir la faune et la flore remarquables du
site ;
3. Pérenniser le site en intégrant la gestion du site dans sa conception (un accès a été prévu
afin de permettre la gestion et l’entretien du site).

Pour cela la remise en état consiste en :


 Un reboisement des zones localisées au nord et sud-est du site (taillis et épineux) après
remblaiement d’une partie des stériles d’exploitation. Le niveau pourra varier entre 3 m pour la
partie nord et 10 m pour la partie sud (en fonction des volumes de stérile présents).
 La zone centrale de la carrière allant du nord vers le sud ne sera pas remblayée dans le but de
favoriser la recolonisation d’espèces pionnières.
 Une partie du front sud de la carrière sera réaménagée en créant des éboulis.
 La partie sud-ouest du site sera remblayée sur une hauteur minimum de 3 m par des stériles
d’exploitation, en y intégrant également des aménagements en tas de stériles et blocs.

Un travail de concertation a eu lieu entre le pétitionnaire et les bureaux d’études afin de s’assurer de
la faisabilité des mesures sur le site. Ainsi la remise en état du site a été définie selon la disponibilité
des matériaux et intégrera les mesures compensatoires visant à garantir le maintien des espèces
remarquables sur le secteur, à savoir :
 MC1 : la création d’une pelouse calcicole méso-xérophile en lieu et place du milieu ouvert
aménagé avec les stériles et sans apport de matériaux ;
 MC2 : la recréation de milieux boisés mixtes sur l’espace reboisé ;
 MC3 : la création d’ourlets préforestiers, haies et lisières progressives le long des espaces
boisés conservés et reboisés ;
 MC4 : la création de clairières au sein des espaces reboisés ;
 MC5 : la création de pierriers sous forme d’éboulis de bloc positionnés à proximité de
boisements/haies et sur des pentes bien explosées ;
 MC6 : La création d’îlots de sénescence au niveau des boisements non détruits.

Le plan de remise en état est présenté ci-dessous.

Page 137
Carte 27 : Proposition de remise en état du site après exploitation

Page 138
VII – MESURES D’ACCOMPAGNEMENT ET DE SUIVI DU PROJET
VII.1. – MA1 : O RGANISATION DU CHANT IER
Au préalable à toutes mesures, l’organisation du chantier est un point très important de son bon
déroulement mais aussi et surtout du respect de la faune et de la flore existante. Il s’agit, en
l’occurrence, de prendre en compte les contraintes écologiques jusque dans l’établissement du cahier
des charges du chantier. L’ensemble des mesures d’évitement et de réduction proposées ci-dessus y
seront consignées ainsi que leurs modalités d’exécution. De plus une sensibilisation du personnel
effectuant les travaux serait utile afin d’assurer la mise en œuvre dans de bonne conditions des
mesures.

VII.2. – MA2 : S UIVI DES MESURES


Une vérification du bon respect des mesures d’évitement et de réduction à respecter pourra être
réalisée durant toute la période d’exploitation de la carrière. Elle permettra de s’assurer que les
mesures préconisées sont effectivement mises en place et de manière adéquate. Ce suivi pourra être
effectué en interne, de manière continue.

VII.3 – MA 3 : S UIVI DES ESPECES REM ARQUABLES


L’objectif de ce suivi est de vérifier :
- que les mesures compensatoires préconisées (notamment mesures de remise en état) ont bien
été prises en compte,
- que ces mesures sont bien bénéfiques aux espèces protégées identifiées : oiseaux, reptiles,
mammifères (y compris les chiroptères) et orthoptères.

Cela passera par un suivi quinquennal des espèces et une adaptation des mesures compensatoires si
les résultats le préconisent.
Le suivi réalisé sur ces espèces répondra à 2 objectifs :
- s’assurer, sur les zones en exploitation, que les mesures préconisées afin de maintenir les
populations de ces groupes sur le site, ont bien été appliquées et qu’elles sont efficaces. Le
cas échéant, ce suivi s’attachera à proposer des mesures correctrices ;
- sur les zones remise en état, réaliser un suivi de l’efficacité des mesures appliquées.

Ce suivi sera réalisé par des organismes compétents dans l’identification des espèces ciblées par les
différents groupes et dans la proposition de mesures techniques correctrices si cela devait s’avérer
nécessaire. A cet effet une convention sera passée avec la LPO de l’Yonne afin de définir les
modalités de suivi (en cours de finalisation).

Page 139
Tableau 28 : Groupes suivis
Taxons Espèces ciblées Méthodes
Oiseaux
Milan noir, Alouette lulu, Engoulevent d’Europe, points d’écoute (20 minutes) en période
nicheurs
Grimpereau des bois, Pic noir de nidification et observation visuelle
diurnes
Reptiles Lézard des murailles abris artificiels qui accumulent la chaleur
enregistrement d’ultrasons lors de points
Chiroptères Pipistrelle de Nathusius, Pipistrelle commune d’écoute nocturnes (6 minutes) en période
de reproduction
Bacchante, Azuré du Genêt, Grand Mars changeant, parcours de transects linéaires et
Insectes
Zygène de la bruyère comptages visuels
L’ensemble des espèces remarquables et en
Végétaux particuliers celles faisant l’objet des mesures placettes de 10 m² avec relevé de
terrestres compensatoires (Céphalanthère à grandes fleurs et coefficient d’abondance/dominance
Epilobe à feuilles de romarin)

Un compte-rendu quinquennal sera fait auprès de la DREAL Bourgogne.

Page 140
VIII – BILAN DES MESURES
Le tableau suivant dresse un bilan des mesures d’évitement, de réduction et de compensations
proposées.
Tableau 29 : Bilan des mesures et application
appliquée
Type de mesure Mesure
(oui / non)
Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non
ME1 Oui
détruits
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les
ME2 travaux en dehors de la période de reproduction de la faune Oui
vertébrée

Evitement ME3 Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne Oui

Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre


ME4 Oui
la création de zones pièges et d'obstacles
Vérifier l’absence de chiroptères avant la destruction de gîtes
ME5 Oui
potentiels
ME6 Ne pas réaliser de tirs de mine lors de l’exploitation Oui
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les
MR1 travaux en dehors de la période de reproduction de la faune Oui
invertébrée
Réduire l'impact lié aux véhicules en limitant le nombre d'engins, la
MR2 vitesse de déplacement et en sensibilisant le personnel aux éco- Oui
gestes
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le
MR3 Oui
phasage de l'exploitation
MR4 Utiliser des plantes indigènes lors de la remise en état Oui
Sensibiliser les gestionnaires sur l'identification et les mesures
MR5 Oui
d'éradication des espèces invasives
MC1 Création d’une pelouse calcicole méso-xérophile Oui
MC2 Recréation de milieux boisés mixtes Oui
MC3 Création d'ourlets préforestiers, haies et lisières progressives Oui
Compensation MC4 Création de clairières au sein des espaces reboises Oui
MC5 Création de pierriers Oui
Création d’îlots de sénescence au niveau des boisements non
MC6 Oui
détruits
MA1 Organisation du chantier Oui
Accompagnement MA2 Suivi des mesures Oui
MA3 Suivi des espèces remarquables Oui

Page 141
Tableau 30 : Ratios des mesures de compensation
Surface Surfaces Surfaces
Ratio de
Habitat impacté détruite Mesures recrées recrées
compensation
(ha) (ha) (ha)
Pelouse calcicole méso-
0,29 ha
xérophile fermée
Milieux Création de
MC1 1,35 ha 1,35 ha 1,2:1
ouverts à Pelouse calcicole méso- pelouses calcicoles
enjeux xérophile ouverte ou 0,86 ha
écologiques piquetée d'arbustes
Végétation clairsemée
0,48 ha MC5 Création de pierriers 0,51 ha 0,51 ha 1,1:1
sur éboulis ou graviers
Création de
MC2 2,29 ha
boisements mixtes
Milieux
Création d'ourlets
semi-
Chênaie thermophile MC3 forestiers, lisières et 0,90 ha
fermés et
calcicole et Manteau 3,89 ha haies 3,90 ha 1,0:1
fermés à
préforestier calcicole Création de
enjeux MC4 0,41 ha
clairières
écologiques
Création d'ilots de 2 ilots de
MC6
senescence 0,15 ha
Autres
milieux ne Roncier 0,01 ha
présentant - Pas de compensation nécessaire
pas d’enjeu Carrière 0,66 ha
écologique
TOTAL 6,18 ha TOTAL 5,66 ha -

Page 142
IX – COUT DES MESURES
Le coût des mesures d’évitement, de réduction, de compensation, d’accompagnement et de suivi est détaillé ci-dessous.
Tableau 31 : Synthèse des coûts des mesures
Type de Estimation
Mesure Commentaire
mesure coût
Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
ME1 Ne pas circuler et entreposer sur les espaces semi-naturels non détruits - €
compte en amont dans le phasage des travaux
Réaliser les travaux liés au dégagement de l'emprise en dehors de la Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
ME2 - €
période de reproduction compte en amont dans le phasage des travaux
Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
ME3 Ne pas effectuer de travaux de nuit et proscrire l'éclairage nocturne - €
Evitement compte en amont dans le phasage des travaux
Informer le personnel du chantier des consignes spécifiques contre la
ME4 Formation du personnel à ces pratiques 600 €
création de zones pièges et d'obstacles
ME5 Vérifier l’absence de chiroptères avant la destruction de gîtes potentiels Intervention d'un chiroptérologue sur site 1 400 €
Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
ME6 Ne pas réaliser de tirs de mine lors de l’exploitation - €
compte en amont dans le phasage des travaux
Réaliser les travaux de dégagement d’emprise et démarrer les travaux en Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
MR1 - €
dehors de la période de reproduction compte en amont dans le phasage des travaux
Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
MR2 Optimiser le nombre des engins d'exploitation utilisés sur le site - €
compte en amont dans le phasage des travaux
Réaliser la remise en état du site de manière coordonnée avec le phasage Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
MR3 - €
Réduction de l'exploitation compte en amont dans le phasage des travaux
Cette mesure n’induit pas de surcoût, dès lors qu’elle est prise en
MR4 Utiliser des plantes indigènes lors de la remise en état compte en amont dans le phasage des travaux et mise en œuvre lors du - €
suivi du chantier.
Sensibiliser les gestionnaires sur l'identification et les mesures
MR5 Formation du personnel à ces pratiques - €
d'éradication des espèces invasives
MC1 Création d’une pelouse calcicole méso-xérophile Le projet prévoit la recréation de pelouses calcicoles 33 500 €
Le projet prévoit des plantations dans l'optique de recréer des
MC2 Recréation de milieux boisés mixtes 7 600 €
boisements mixtes.
Le projet prévoit des plantations dans l'optique de recréer des ourlets,
Compensation MC3 Création d'ourlets préforestiers, haies et lisières progressives 10 600 €
haies et lisières progressives.
MC4 Création de clairières au sein des espaces reboises 4 clairières seront recrées à hauteur de 0,5 ha/unité. 16 000 €
MC5 Création de pierriers 5 zones de pierriers seront installées. 6 300 €
MC6 Création d’îlots de sénescence au niveau des boisements les plus anciens Formation du personnel à ces pratiques 600 €

Page 143
Type de Estimation
Mesure Commentaire
mesure coût
MA1 Organisation du chantier Cette mesure n’induit pas de surcoût - €
Suivi sur les 4 premiers mois du chantier la première année puis un suivi
Accompagnem MA2 Suivi des mesures 10 300 €
au début de chaque phase.
ent
Suivi des espèces en cours d'exploitation et sur 3 ans à la suite de
MA3 Suivi des espèces remarquables 16 000 €
l'exploitation.
TOTAL: 102 900 €

Page 144
CONCLUSION

La zone d’étude s’inscrit dans un contexte agricole qui présente localement la spécificité d’accueillir
des exploitations d’extraction de calcaire (plaquettes de Bourgogne). Par ailleurs, le site se localise à
proximité de la vallée du Serein, abritant aussi des milieux riches floristiquement et faunistiquement.
Ainsi, au vu des habitats et des espèces relevés sur le périmètre rapproché, le projet d’ouverture de
carrière sur la commune d’Annay-sur-Serein (89) présente des contraintes écologiques réglementaires
et patrimoniales fortes à intégrer à la mise en place du projet.

Concernant la flore, une espèce protégée à l’échelle régionale a été recensée sur la zone d’étude :
l’Orobanche du thym Orobanche alba. Cette espèce, très rare en Bourgogne, présente également un
enjeu patrimonial fort sur les pelouses calcicoles où elle a été recensée. L’ensemble des pelouses
calcicoles présentent un enjeu floristique patrimonial fort car elles constituent un habitat d’intérêt
communautaire. Les autres enjeux floristiques se concentrent au niveau des végétations clairsemées,
de l’ourlet à Brachypode penné, des boisements et de la coupe forestière car ils abritent des espèces
patrimoniales et/ou sont déterminants de ZNIEFF.

Concernant la faune vertébrée, le site d’étude présente un intérêt fort pour les oiseaux, en période de
reproduction. Les espaces boisés et les milieux ouverts (notamment les pelouses calcicoles) abritent
des espèces nicheuses comme le Pic noir, le Grimpereau des bois, l’Alouette lulu ou le Milan noir.
Concernant les reptiles, une seule espèce a été recensée au sein du site d’étude. Le lézard des
murailles Podarcis muralis (espèce inscrite en Annexe 4 de la Directive « Habitats ») a été observé au
sein du site d’étude.
Deux espèces de chiroptères ont également été répertoriées sur le site d’étude. Ces deux espèces ont
été observées en chasse sur le site d’étude mais précisons que la Pipistrelle de Nathusius Pipistrellus
nathusii (espèce inscrite en Annexe 4 de la Directive « Habitats ») est susceptible d’utiliser les
boisements à proximité et au sein du site d’étude en tant que gîtes d’hiver ou d’été.

Concernant l’entomofaune, le principal enjeu concerne la présence de la Bacchante (espèce protégée


au niveau national) au sein des lisières des boisements et au sein du manteau préforestier de la zone
d’étude. Toutefois comme indiqué plus haut, le projet n’est pas de nature à remettre en cause
l’intégrité de cette espèce.
En sus 4 autres espèces patrimoniales ont également été inventoriées. Il s’agit du grand Mars
changeant, de l’Azuré du genêt, de la Zygène de la bruyère et du Gomphe vulgaire. Hormis ce dernier,
les espèces trouvent au niveau des habitats du site des milieux favorables à leur reproduction.
Des mesures compensatoires intégrées à la remise en état du site permettent la recréation d’habitats
de reproduction et de nourrissage pour ces 5 invertébrés impactés par le projet.

Concernant les zones humides, l’analyse des critères floristiques n’a permis d’identifier de zones
humides d’après la végétation.

L’ensemble des mesures d’évitement et de réduction permettent de limiter les impacts sur la plupart
des espèces remarquables ; toutefois certaines devront faire l’objet de mesures compensatoires.

Ces mesures compensatoires consistent à réhabiliter le site en recréant des habitats propices à de
nombreuses espèces faunistiques et floristiques (milieux boisés, lisières, création de pierriers, création
d’îlots de sénescence, etc.). Ces mesures intégrées lors de la remise en état du site seront réalisées de
manière coordonnée avec l’avancement de l’exploitation.

Page 145
Ainsi, l’ensemble des mesures proposées dans ce rapport permettra d’éviter, réduire et/ou
compenser l’impact sur la flore, la faune et les milieux naturels du projet d’aménagement de carrière
sur la commune d’Annay-sur-Serein.

Page 146
R EFERENTIELS
Textes législatifs
Les textes internationaux :
- La « convention de Bonn » relative à la conservation des espèces migratrices appartenant à la
faune sauvage approuvée par la décision du Conseil 82/461/CEE du 24 juin 1982 et ratifiée par
la France le 31 décembre 1989 (JO du 2 janvier 1990) ;
- La « convention de Berne » relative à la conservation de la vie sauvage et du milieu naturel de
l’Europe approuvée par la décision du Conseil 82/72/CEE du 3 décembre 1981 et ratifiée par la
France le 31 décembre 1989 (JO du 2 janvier 1990) ;
- La « convention de Washington » relative à la commercialisation internationale des espèces de
faune et de flore sauvage menacées d’extinction (CITES) ratifiée par la France

Les textes européens :


- La Directive 79/409 du 2 avril 1979 mise à jour par la Directive 2009/147/CE du 30 novembre
2009 relative à la conservation des oiseaux sauvages et surtout son Annexe I ;
- La Directive 92/43 du 21 mai 1992 relative à la conservation des habitats naturels, de la faune
et de la flore sauvage et surtout ses Annexes II et IV.

Les textes nationaux en application de la loi du 10 juillet 1976 relative à la protection de la nature (JO
du 13 juillet 1976 rectifié au JO du 28 novembre 1976) concernent :
- L’Arrêté du 20 janvier 1982 modifié par ceux du 15 septembre 1982, du 31 août 1995 et enfin
par celui du 14 décembre 2006 paru au JO du 24 février 2007, fixant la liste des espèces
végétales protégées sur l’ensemble du territoire national.
- L'Arrêté du 29 octobre 2009 fixant la liste des oiseaux protégés sur l’ensemble du territoire
national, version abrogée le 6 décembre 2009 ;
- L’Arrêté du 23 avril 2007 fixant la liste des mammifères protégés sur l’ensemble du territoire
national, version consolidée au 07 octobre 2012 ;
- L’Arrêté du 19 novembre 2007 fixant la liste des amphibiens et reptiles protégés sur
l’ensemble du territoire national, version consolidée au 19 décembre 2007 ;
- l’Arrêté du 27 mai 2009 modifiant l’arrêté du 9 juillet 1999 fixant la liste des espèces de
vertébrés protégées menacées d’extinction en France et dont l’aire de répartition excède le
territoire d’un département.
- L’Arrêté du 23 avril 2007 fixant les listes des insectes protégés sur l'ensemble du territoire et
les modalités de leur protection, version consolidée au 06 mai 2007.
- L’Arrêté du 30 juillet 2010 interdisant sur le territoire métropolitain l'introduction dans le
milieu naturel de certaines espèces d'animaux vertébrés ;
- L’Arrêté du 2 mai 2007 interdisant la commercialisation, l'utilisation et l'introduction dans le
milieu naturel de Ludwigia grandiflora et Ludwigia peploides.

Les textes régionaux concernent :


- L’Arrêté ministériel du 27 mars 1992 relatif à la liste des espèces végétales protégées en région
Bourgogne complétant la liste nationale (J.O 05/04/1992)

Référentiels définissant les degrés de menace


- Pour la flore :
 La Liste rouge mondiale des espèces menacées (IUCN, 2012)

Page 147
 Le Livre rouge de la flore menacée de France (MNHN, CBN de Porquerolles,
Ministère de l'Environnement, 1995)
 La liste rouge des espèces menacées en France – Chapitre Flore vasculaire de
France métropolitaine (UICN, MNHN, FCBN, 2012)
 La liste rouge des espèces menacées en France – Chapitre Orchidées de France
métropolitaine (UICN, MNHN, FCBN, SFO, 2012)
- Pour la faune vertébrée :
 La Liste rouge mondiale des espèces menacées (IUCN, 2012)
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Oiseaux de France
métropolitaine (UICN France, MNHN, LPO, SEOF & ONCFS, 2011)
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Mammifères de
France métropolitaine (UICN France, MNHN, SFEPM & ONCFS, 2009)
 La Liste rouge des espèces menacées en France - Chapitre Reptiles et
Amphibiens de France métropolitaine (UICN France, MNHN & SHF, 2009)
 La Liste rouge régionale des oiseaux de Bourgogne (DREAL Bourgogne ;
décembre 2012).
 Liste des espèces d’oiseaux nicheurs de Saône-et-Loire (AOMSL, 2003)
- Pour la faune invertébrée :
 La liste rouge mondiale (UICN, 2012), européenne (UICN, 2012) et nationale
(UICN, 1994) des espèces menacées
 La liste rouge européenne des rhopalocères (UICN, 2012) et des odonates (UICN,
2010) ;
 La liste rouge nationale des odonates (SFO, 2009), des rhopalocères (UICN
France, MNHN, OPIE et SEF, 2012) et des orthoptères (SARDET, DEFAUT, 2004) ;

Référentiels définissant les statuts de rareté, et les espèces déterminantes de ZNIEFF


- Pour la flore :
 Atlas de la flore sauvage de Bourgogne (CBNBP, 2008)
 Liste des espèces floristiques déterminantes de ZNIEFF en Bourgogne (DREAL
Bourgogne, 2012)
 Liste des habitats déterminants de ZNIEFF en Bourgogne (DREAL, Bourgogne,
2012)
- Pour la faune vertébrée :
 La Liste des espèces déterminantes de ZNIEFF de Bourgogne (CSRPN, 2008) ;
- Pour la faune invertébrée :
o la liste des statuts de rareté des espèces protégées présentes en Bourgogne (DREAL
Bourgogne, 2012) ;
o la liste des déterminants de ZNIEFF de Bourgogne (DREAL Bourgogne, 2012).

Page 148
L EXIQUE
Alcalin : se dit d’un milieu à réaction basique, généralement riche en carbonates (ex : une tourbière
alcaline)
Biocœnose : Ensemble des êtres vivants d’un écosystème
Biotope : ensemble des facteurs physico-chimiques caractérisant un écosystème ou une station
Calcicole : se dit d’une plante ou d’une végétation se rencontrant exclusivement ou avec une forte
préférence sur les sols calcaires ou au moins riches en calcium
Cortège floristique : ensemble d’espèces végétales de même origine géographique
Ecosystème : Ensemble des interactions entre le biotope et la biocœnose
Espèce : unité fondamentale en taxonomie
Espèces remarquables : espèces ayant un enjeu réglementaire (statut de protection réglementaire au
niveau européen, national ou régional) et espèces ayant un enjeu patrimonial (statut de rareté, de
menace, … élevé au niveau national ou régional) a minima moyen.
Faciès : ensemble basé sur la dominance ou la plus grande abondance d’une espèce
Fourré : jeune peuplement forestier composé de brins de moins de 2,50m de haut, dense et
difficilement pénétrable
Fruticée : formation végétale constituée par des arbustes et arbrisseaux
Herbacée : qui a la consistance souple et tendre de l’herbe
Indigène : se dit d’une espèce habitant naturellement et depuis longtemps un territoire donné ; les
plantes indigènes constituent le fond de la flore d’une région (= spontané)
Introduit : se dit d’une espèce étrangère à un territoire donné mais qui s’implante de façon plus ou
moins stable grâce aux activités humaines, directement ou indirectement, volontairement ou
involontairement
Lisière forestière : limite entre la forêt et une autre formation végétale de hauteur, nature et espèces
dominantes différentes
Mésophile : se dit d’une plante terrestre ayant des exigences moyennes vis-à-vis de l’humidité du sol,
lequel ne doit être ni trop sec, ni trop humide
Messicole : se dit d’une espèce généralement annuelle, vivant dans les champs de céréales
Naturalisé : se dit d’une plante étrangère qui a trouvé des conditions favorables à son développement,
qui se reproduit normalement et qui s’intègre à la végétation comme une espèce indigène
Ourlet : végétation herbacée ou sous-frutescente se développant en lisière des forêts et des haies ou
dans les petites clairières à l’intérieur d’une forêt
Peuplement : ensemble des espèces partageant un même milieu
Pionnier, ière : se dit d’une espèce ou d’une végétation intervenant en premier dans la conquête (ou la
reconquête) d’un milieu
Prairial, e, riaux : se dit d’une plante participant à une prairie ou d’un groupement formant prairie
Prairie : formation végétale exclusivement herbacée, fermée, dense, haute, dominée par les graminées

Page 149
Rudérale : espèce ou végétation croissant dans un site fortement transformé par l’homme (décombre,
terrain vague, chemin, décharge)
Spermaphyte : plante à fleurs et à graines
Spontané, ée : se dit d’une espèce présente naturellement sur le territoire considéré
Taxon : appellation générale pour désigner toute unité systématique généralement inférieure à la
famille (genre, sous-genre, espèce …)
Thermophile : organisme aimant la chaleur
Ubiquiste : se dit d’une espèce qui vit dans des habitats divers aux conditions très variées
Xérophile : qualificatif désignant une espèce aimant la chaleur et la lumière

Page 150
B IBLIOGRAPHIE

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Niestlé, Paris, 290 p.

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observation, protection…, Coll. la bibliothèque du naturaliste, Delachaux et Niestlé, Lausanne et Paris,
265 p.

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Crédit photographique : CERE (sauf mention contraire)

Page 153
Annexe I : Méthodologies

Pour le projet de carrière


sur la commune d’Annay-sur-Serein (89)

Novembre 2016

40 rue d’Epargnemailles - 02 100 SAINT-QUENTIN


Tél : 03.23.67.28.45 Mobile : 06.83.23.50.01
E-mail : contact@le-cere.fr
S OMMAIRE

A1.1 – DEFINITION DU CARACTERE REMARQUABLE DES ESPECES, DES HABITATS ET DES ZONES HUMIDES 3
L A F LO R E 3
LES HABITATS 4
LES OISEAUX 4
LES AUTRES VERTEBRES 7
LA FAUNE INVERTEBREE 8
LES ZONES HUMIDES 9
L E S E S P E CE S P R O T E G E E S A E N JE U X D E CO N S E R V A T I O N 9

A1.2 - ETUDE BILBIOGRAPHIQUE 11

A1.3 - ETUDE DES HABITATS 13

A1.4 - ETUDE DE LA FLORE 13

A1.5 - ETUDE DE LA FAUNE VERTEBREE 16


LES OISEAUX 17
L E S M A M M I FE R E S 18
L E S A M P HI B I E N S 19
L E S R E P T I LE S 19
L E S B I O - CO R R I D O R S 19

A1.6 – ETUDE DE LA FAUNE INVERTEBREE 22


LES ODONATES 22
L E S LE P I D O P T E R E S 22
L E S O R T HO P T E R E S 23
L E S C O LE O P T E R E S 23
C A R T O G R A P HI E 23
LIMITES DE L’ETUDE 23

A1.7 – ETUDE DES ZONES HUMIDES 25


CADRE GENERAL 25
P R O T O CO LE 25

Page 2
A1.1 – DEFINITION DU CARACTERE REMARQUABLE DES ESPECES,
DES HABITATS ET DES ZONES HUMIDES
Étant donné l’hétérogénéité des statuts de protection entre les différents groupes étudiés
dans le cadre d’une expertise écologique, ainsi que l’hétérogénéité des données disponibles
quant aux statuts de rareté et statuts de menace des espèces, une grille spécifique à chaque
groupe a été définie afin de déterminer le caractère remarquable de chaque espèce. Ces
grilles sont présentées ci-dessous. Notons qu’elles dépendent fortement des données
disponibles à l’échelle régionale et sont donc susceptibles de varier d’une région à l’autre,
suivant l’ancienneté et la nature des données disponibles sur les espèces.
L A F LORE
Différents niveaux d’enjeu floristiques ont pu être attribués aux espèces remarquables
recensées sur le site d’étude, en fonction de leurs statuts. Les tableaux suivants résument les
critères qui ont permis cette classification.

Critères d’attribution des enjeux réglementaires pour les espèces floristiques


Enjeu Statut de protection européen,
Aucun statut de protection
réglementaire national et/ou régional
Fort x
Nul x

Critères d’attribution des enjeux patrimoniaux pour les espèces floristiques


Enjeu Liste rouge Déterminant de
SCAP Statuts de rareté
patrimonial nationale ZNIEFF
Très fort RE, CR E à EE
Fort EN, VU SCAP 1 RR à RRR
Moyen NT SCAP 2 AR à R x

LEGENDE :
Statuts de menace : Liste Rouge Nationale Statuts de rareté :
(LRN) EE = Très exceptionnel
RE = Éteint dans la région E = Exceptionnel
CR = En danger critique d’extinction RRR = Extrêmement rare
EN = En danger d’extinction RR = Très rare
VU = Vulnérable R = Rare
NT = Quasi menacée AR = Assez rare
LC = Préoccupation mineure

SCAP = Stratégie de création d'aires protégées


SCAP 1 (1+, 1-) : Espèces pour lesquelles l’expertise nationale a mis en avant les
insuffisances du réseau national actuel qui sont à pallier par la création d’aires
protégées.
SCAP 2 (2+, 2-) : Espèces pour lesquelles l’expertise nationale a relevé la présence dans
le réseau existant d’aires protégées mais pour lesquelles l’effort est à poursuivre en
termes de création d’espaces protégés.
Déterminant de ZNIEFF = espèce déterminante de ZNIEFF

Page 3
L ES H ABITATS
Différents niveaux d’enjeu floristiques ont pu être attribués aux habitats remarquables
recensés sur le site d’étude, en fonction de leurs statuts et de leur richesse spécifique. Le
tableau suivant résume les critères qui ont permis cette classification.

Remarque : aucune liste de protection ne concerne les habitats. Ainsi, aucun enjeu
réglementaire ne peut leur être attribué.

Critères d’attribution des enjeux patrimoniaux pour les habitats


Diversité
Enjeu Directive Déterminant de
SCAP floristique
patrimonial "Habitats" ZNIEFF
remarquable
Très fort Habitat prioritaire
Habitat non
Fort SCAP 1
prioritaire
Habitat non
Moyen prioritaire de faible SCAP 2 x x
valeur écologique
LEGENDE :
SCAP : Stratégie nationale de Création d’Aires Protégées
SCAP 1 (1+, 1-) : Milieux pour lesquels l’expertise nationale a mis en avant les
insuffisances du réseau national actuel qui sont à pallier par la création d’aires
protégées.
SCAP 2 (2+, 2-) : Milieux pour lesquels l’expertise nationale a relevé la présence dans le
réseau existant d’aires protégées mais pour lesquelles l’effort est à poursuivre en
termes de création d’espaces protégés.

L ES O ISEAUX
Différents niveaux d’enjeu réglementaire ont pu être attribués aux oiseaux remarquables
recensés sur le site d’étude, en fonction de leurs statuts. Le tableau suivant résume les
critères qui ont permis cette classification.

Critères d’attribution des enjeux réglementaires pour les espèces d’oiseaux


Protection
Européenne Nationale
Enjeu
Très fort PNm
Fort DO1/DH2
Moyen DH4
Faible DH5 PN
Nul

DO : Espèce mentionnée dans les annexes de la Directive Oiseaux :


DO1 : Directive Oiseaux (Annexe I) : espèces bénéficiant de mesures spéciales pour la
protection de leur habitat conduisant à la création de Zones de Protection Spéciales (ZPS).

Page 4
DH : Espèce mentionnée dans les annexes de la Directive Habitats-Faune-Flore :
DH2 : Directive Habitats (Annexe II) : espèces animales et végétales dont la
conservation nécessite la désignation de zones spéciales de conservation (ZSC).
DH4 : Directive Habitats (Annexe IV) : espèces animales et végétales nécessitant une
protection stricte.
DH5 : Directive Habitats (Annexe V) : espèces animales et végétales dont le
prélèvement dans la nature et l’exploitation sont susceptibles de faire l’objet de
mesures de gestion.

PNm : Protection Nationale par arrêté ministériel : Espèce mentionné dans l’arrêté du 27
mai 2009 modifiant l’arrêté du 9 juillet 1999.
PN : Protection Nationale autre : Espèce protégée sur le territoire national.

Différents niveaux d’enjeu patrimoniaux ont pu être attribués aux oiseaux nicheurs
remarquables recensés sur le site d’étude, en fonction de leurs statuts. Le tableau suivant
résume les critères qui ont permis cette classification.

Critères d’attribution des enjeux patrimoniaux pour les espèces d’oiseaux reproductrices
Référentiel utilisé
LRR Statut de rareté Dét. ZNIEFF SCAP Régionale
Enjeu
Très fort E/CR Ex/E
Fort EN/VU RR/R SCAP1
Moyen NT AR X SCAP2
Faible LC/DD etc. PC à C

Liste Rouge Régionale (LRR) non disponible Statut de rareté


en Bourgogne (N) nicheur en Saône-et-Loire
E : Éteinte Nidification :
CR : en danger critique d'extinction NE : nicheur éteint
EN : en danger NO : nicheur occasionnel
VU : vulnérable NR : nicheur rare
NT : quasi-menacé NPC : nicheur peu commun
LC : préoccupation mineure NC : nicheur commun
NA : non applicable Comportement hivernal :
NE : non évalué M : migrateur
DD : données insuffisantes GM : généralement migrateur
(h) : statut valable en période MP : migrateur partiel
hivernale ST : généralement sédentaire ou
transhumant
S : sédentaire

Page 5
(NN) Toutes populations hors reproduction Séjour hivernal :
Passage : HO : hivernant occasionnel ou
O : occasionnel ou accidentel exceptionnel
R : rare HR : hivernant rare
PC : peu commun HPC : hivernant peu commun
C : commun HC : hivernant commun

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

SCAP = Stratégie de création d'aires protégées


Priorité 1 = pas ou très peu d'aires protégées pour cette espèce
Priorité 2 = Présence significative d'aires protégées mais insuffisance qualitative du
réseau national pour cette espèce

De même, différents niveaux d’enjeu patrimoniaux ornithologique ont pu être attribués aux
oiseaux migrateurs et hivernants remarquables recensés sur le site d’étude, en fonction de
leurs statuts. Le tableau suivant résume les critères qui ont permis cette classification.

Critères d’attribution des enjeux patrimoniaux pour les espèces d’oiseaux hivernantes
et/ou migratrices
Référentiel utilisé
Rareté Dét. ZNIEFF
Enjeu
Très fort Ex/E
Fort TR/R
Moyen AR X
Faible PC à TC

Statut de rareté
TC : très commun R : rare
C : commun RR : très rare
RC : relativement commun Ex : exceptionnel
AC : assez commun E : Éteint
PC : peu commun S : sédentaire
AR : assez rare

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

Les enjeux définis peuvent être réajustés en fonction :


 Des effectifs constatés ;
 De la distance de l’observation par rapport au site d’étude ;
 Du statut de rareté de l’espèce.

Page 6
L ES A UTRES VERTEBRES
Différents niveaux d’enjeu réglementaire ont pu être attribués aux autres vertébrés
remarquables recensés sur le site d’étude, en fonction de leurs statuts. Le tableau suivant
résume les critères qui ont permis cette classification.

Critères d’attribution des enjeux réglementaires pour la faune vertébrée


Protection
Européenne Nationale
Enjeu
Fort DH2
Moyen DH4
Faible DH5 PN
Nul

DH : Espèce mentionnée dans les annexes de la Directive Habitats-Faune-Flore :


DH2 : Directive Habitats (Annexe II) : espèces animales et végétales dont la conservation nécessite
la désignation de zones spéciales de conservation (ZSC).
DH4 : Directive Habitats (Annexe IV) : espèces animales et végétales nécessitant une protection
stricte.
DH5 : Directive Habitats (Annexe V) : espèces animales et végétales dont le prélèvement dans la
nature et l’exploitation sont susceptibles de faire l’objet de mesures de gestion.
PN : Espèce protégée sur le territoire national
Différents niveaux d’enjeu patrimoniaux ont pu être attribués aux autres vertébrés
remarquables recensés sur le site d’étude, en fonction de leurs statuts. Le tableau suivant
résume les critères qui ont permis cette classification.
Critères d’attribution des enjeux patrimoniaux pour la faune vertébrée
Référentiel utilisé
LRR Statut de rareté Dét. ZNIEFF SCAP Régionale
Enjeu
Très fort E/CR Ex/E
Fort EN/VU RR/R SCAP1
Moyen NT AR X SCAP2
Faible LC/DD etc. PC à C

Liste Rouge Régionale (LRR) non disponible en Statut de rareté


Bourgogne TC : très commun AR : assez rare
E : Éteinte C : commun R : rare
CR : en danger critique d'extinction RC : relativement commun RR : très rare
EN : en danger AC : assez commun Ex : exceptionnel
VU : vulnérable PC : peu commun E : éteint
NT : quasi-menacé
LC : préoccupation mineure
NA : non applicable Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en
NE : non évalué Bourgogne
DD : données insuffisantes SCAP : Espèces faisant l'objet d'un Stratégie de Création
d’Aires Protégée

Page 7
L A F AUNE INVERTEBREE
Différents niveaux d’enjeu ont pu être attribués aux insectes remarquables recensés sur le
site d’étude, en fonction de leurs statuts. Le tableau suivant résume les critères qui ont
permis cette classification.

Critères d’attribution des enjeux réglementaires pour les insectes


Enjeu
Statut de protection national Aucun statut de protection
réglementaire
Fort x
Nul x

Critères d’attribution des enjeux patrimoniaux pour les insectes


Statut de Statut de menace Espèce inscrite à la Statut
Enjeu Déterminant de
menace (LRN, (LRN : DHFF mais non de
patrimonial ZNIEFF
LRE) orthoptères) protégée en France rareté
Très fort RE, CR E E
Fort EN, VU M R, TR
Moyen NT AS x AR x

LEGENDE :
Statut de menace : Liste Rouge Nationale (LRN) et Liste Rouge Européenne (LRE)
RE : Eteint dans la région
CR : En danger critique d’extinction
EN : En danger d’extinction
VU : Vulnérable
NT : Quasi menacée
E : Proche de l’extinction ou déjà éteint
M : Fortement menacé
AS : Menacé, à surveiller

Statut de rareté :
E = Exceptionnel
TR = Très rare
R = Rare
AR = Assez rare

DHFF = Directive Habitats-Faune-Flore dite aussi Directive « Habitats »

Page 8
LES Z ONES HUMIDES
Différents niveaux d’enjeu écologique ont pu être attribués aux zones humides recensées
sur le site d’étude. Le tableau suivant résume les critères qui ont permis cette classification.

la zone humide abrite un habitat d'intérêt communautaire


caractéristique de zone humide et en bon état de conservation
et la zone humide abrite une ou plusieurs espèces remarquables
Forte valeur écologique si
floristiques ou faunistiques caractéristiques de zone humide
ou la zone humide abrite un biocorridor constaté pour la faune et/ou la
flore des zones humides et en bon état de conservation
la zone humide abrite un habitat d'intérêt communautaire et/ou une
végétation caractéristique de zone humide et en bon état de
conservation
Valeur écologique
ou la zone humide abrite une ou plusieurs espèces remarquables
moyenne si
floristiques ou faunistiques caractéristiques de zone humide
ou la zone humide abrite un biocorridor constaté pour la faune et/ou la
flore des zones humides et en mauvais état de conservation
la zone humide n'abrite aucun habitat d'intérêt communautaire et/ou
végétation caractéristique de zone humide et en bon état de
conservation
Faible valeur écologique
et la zone humide n'abrite aucune espèce remarquable floristique et/ou
si
faunistique caractéristique de zone humide
et la zone humide n'abrite aucun biocorridor constaté pour la faune
et/ou la flore des zones humides

N.B. : en tant que bureau d’études faune flore, le CERE est à même de caractériser la valeur
écologique des zones humides. Toutefois, notre domaine de compétence ne nous permet pas
de caractériser leur fonction hydrologique.

L ES ESPECES PROTEGEES A ENJEUX DE CONSERVATI ON

La définition de l’enjeu patrimonial des espèces à état de conservation est principalement


basée sur la menace régionale, indépendamment de tout statut de protection.

Les tableaux suivants indiquent les critères permettant cette hiérarchisation des enjeux.
Les éléments ayant permis la définition de l’enjeu sont indiqués en surligné dans le tableau.
En l’absence d’indications d’enjeu, ce dernier est considéré comme faible ou très faible
(l’enjeu patrimonial faible n‘a été signalé que pour les espèces considérées comme
remarquables ou protégées réglementairement).

Page 9
Enjeu Statut de menace (LRR, LRN, Statut régional Déterminant de
Faune invertébrée LRE : lépidoptères, odonates) (orthoptères) ZNIEFF
Très fort RE, CR GM
Fort EN, VU M, V
Moyen NT FM x
Faible

Enjeu Faune vertébrée Statut sur liste rouge régionale

Très fort RE ou CR
Fort EN
Moyen VU, NT
Faible NT*, LC
* NT: Les espèces ayant un statut de rareté "très commun", "commun" ou "peu commun" à
l'échelle de la région sont déclassées passant un niveau moyen à faible.

Légende
Statut de menace : Liste Rouge Régionale (LRR), Liste Rouge Nationale (LRN) et Liste Rouge Européenne
RE : Eteint dans la région M : Fortement menacé
CR : En danger critique d’extinction AS : Menacé, à surveiller
EN : En danger d’extinction LC = préoccupation mineure
V= VU : Vulnérable DD = données insuffisantes
NT : Quasi menacée NA = non applicable
E : Proche de l’extinction ou déjà éteint

SCAP = Stratégie de création d'aires protégées


Priorité 1 = pas ou très peu d'aires protégées pour cette espèce
Priorité 2 = Présence significative d'aires protégées mais insuffisance qualitative du réseau national
pour cette espèce
Priorité 3 = Présence significative d'aires protégées et suffisance qualitative du réseau pour cette
espèce

Statut de rareté : Statuts régional (orthoptères): Statut sur le site :


D = Disparu GM : Gravement menacé R = Reproducteur
A = en Alimentation (en phase
TR = Très rare M : Menacé
reproduction)
PC à R : Peu commun à Rare FM : Faiblement menacé M = en Migration
V : Vulnérable TC = Très commun D = Mort
A = Abondant C = Commun V =en Vol
? = indéterminé

Page 10
A1.2 - ETUDE BILBIOGRAPHIQUE
Une recherche de données bibliographiques a été menée auprès de :
 Le site internet de l’Inventaire National du Patrimoine Naturel (INPN) – recherche par
commune et par espace remarquables
 La Direction régionale de l’environnement, de l’aménagement et du logement de
Bourgogne (DREAL Bourgogne)
 La Direction Départementale des Territoires de l’Yonne (DDT 89)
 Le Conservatoire Botanique National du Bassin Parisien – Délégation Bourgogne
(CBNBP)
 Le Conservatoire d’Espaces Naturels de Bourgogne (CEN)
 Le site internet de l’association Bourgogne-Nature – recherche par commune
 La Ligue pour la Protection des Oiseaux de l’Yonne (LPO)
 L’Office National de la Chasse et de la Faune Sauvage (ONCFS)
 La Fédération Départementale des Chasseurs de l’Yonne (FDC 89)
 L’association de protection de la nature Conservatoire Départemental de la Nature
Paul Bert (CDNPB)

Le tableau en page suivante détaille les démarches réalisées auprès de tous ces
interlocuteurs.

Dans la mesure du possible, les données issues de ce recueil de données ont été
cartographiées.

Page 11
Tableau des organismes contactés dans le cadre du recueil de données

Type de Type de Date de


Organisme Site internet Nom et qualité Téléphone Mail Action Synthèse
données contact contact
Faune, Flore Site Consultation des données relatives aux espaces Pas d'espace remarquable à proximité du site
Site internet - -
et Habitats internet remarquables d'étude
Philippe philippe.pagniez@developp Pourquoi la zone d'étude a priopri située sur une
mail 21/05/2012
PAGNIEZ ement-durable.gouv.fr zone calcaire est inscrite en trame bleue ?
http://carmen.developpeme hugues.sory@developpem Téléphone/
Hugues SORY 19/07/2012 Relances
DREAL nt- ent-durable.gouv.fr mail
03.45.83.22.22 Sur Corine Land Cover, la carrière est identifiée en
Trame verte Bourgogne durable.gouv.fr/24/Nature_e philippe.pagniez@developp
Philippe étang. C'est pour cela qu'elle a été intégrée à la
et bleue t_paysages.map ement-durable.gouv.fr
PAGNIEZ Mail 13/03/2013 Relance trame bleue --> erreur
hugues.sory@developpem
Hugues SORY
ent-durable.gouv.fr
Philippe philippe.pagniez@developp
Mail 21/03/2013 Réponse : erreur sur Corine Land Cover
PAGNIEZ ement-durable.gouv.fr
Faune, Flore http://inpn.mnhn.fr/accueil/i Site Consultation et synthèse des données communales
INPN - - - 30/03/2012 Principalement donnée flore
et Habitats ndex internet et relatives aux espaces remarquables
Nous renvoie vers l'INPN, la DREAL (carmen), le
Faune, Flore Demande de données faune, flore et habitats sur le
DDT89 03 86 48 41 00 ddt@yonne.gouv.fr Mail 15/05/2012 CBNBP, et Bourgogne base Fauna (Bourgogne
et Habitats site et à proximité immédiate
Nature)
Site
Site internet - 30/03/2012 Consultation et synthèse données communales Données flore
internet
Olivier BARDET
Téléphone,
Délégation obardet@mnhn.fr 29/03/2012 Demande de données flore Données flore reçues
Flore et http://cbnbp.mnhn.fr/cbnbp et mail
CBNBP Bourgogne 03.86.78.79.60
habitats /index.jsp
Gaël CAUSSE Demande de localisation précise des données
Téléphone 07/11/2013
Coordination d'espèces remarquables Cerastium arvense et Legousia speculum-veneris
gael.causse@mnhn.fr
du pôle Réception des données d'espèces remarquables (assez rares) localisés sur le site d'étude (culture)
Mail 07/11/2013
Habitats localisées
Demande de données faune (espèces, densité de
Téléphone/
29/03/2012 gibier, zones de passage de la grande faune) sur le
mail Pas de données particulières sur le secteur. nous
site et à proximité immédiate
http://www.oncfs.gouv.fr/ - 03.86.80.21.68 sd89@oncfs.gouv.fr renvoie auprès de la DDT89 (densité de gibier) et
de la FDC89.
Mail 02/05/2012 Relance puis réponse
Faune ONCFS
http://www.oncfs.gouv.fr/Ca
rtographie-ru4/Le-portail- Site Quelques données de petits mammifères
Site internet - - 02/05/2013 Consultation des données cartographiques
cartographique-de-donnees- internet Aucun espace de circulation de la grande faune
ar291
http://lpo.yonne.free.fr/spip.
Oiseaux et Stephane Téléphone 29/03/2012 Demande de données avifaune et chiroptères sur
LPO php?page=sommaire&lang=f 03 86 48 31 94 yonne@lpo.fr Données reçues le 18/07/2012
chiroptères BOUZENDORF site et à proximité immédiate
r
Mail 30/03/2012
http://www.chasseurdelyonn 29/03/2012 Demande de données faune (espèces, densité de
03 86 94 22 92
Faune FDC 89 e.fr/accueil.php?a=page1000 Mr Patillaut - Téléphone gibier, zones de passage de la grande faune) sur le Renvoi vers la DDT 89
06 87 18 37 00 30/03/2012
00 site et à proximité immédiate
Faune, Flore CEN http://www.cen- Téléphone/ Demande de données faune, flore et habitats sur le Le CEN Bourgogne n'intervient pas sur les
- 03 80 79 25 99 contact@cen-bourgogne.fr 29/03/2012
et Habitats Bourgogne bourgogne.fr/ mail site et à proximité immédiate communes concernées par le projet
Conservatoi Demande de données faune, flore et habitats sur le
30/03/2012
re site et à proximité immédiate
Faune, Flore
départeme http://www.cdnpb.fr/ - 03 86 52 19 69 - Téléphone Pas de données
et Habitats
ntal de la 02/05/2012 Relance puis réponse
nature
Faune, Flore Bourgogne http://www.bourgogne- Site
Site internet - - - Consultation et synthèse des données communales Données faune, flore et insectes
et Habitats nature nature.fr/ internet

Page 12
A1.3 - ETUDE DES HABITATS
En complément et en précision des informations collectées en bibliographie, une première
observation de la végétation de la zone d’étude a permis d’identifier la nature et les
caractéristiques générales du site au travers des différents types d’habitats présents. Bien
entendu, la définition des habitats s’est précisée par les relevés floristiques. La
caractérisation des habitats s’est effectuée à partir de la typologie EUNIS.

Date de prospections des habitats et de la flore:


Type de
Groupe(s) prospecté(s) Date
prospection
Flore & Habitats 12-févr.-13
Flore & Habitats 17-avr.-13
Flore & Habitats 3-juin-13
Diurne
Flore & Habitats 4-juin-13
Flore & Habitats 8-juil.-13
Flore & Habitats 9-juil.-13

A1.4 - ETUDE DE LA FLORE


La recherche d’espèces végétales a été réalisée à partir de relevés floristiques
phytosociologiques (station échantillon) selon la méthode de la phytosociologie sigmatiste
(J. Braun-Blanquet) fournissant une liste d’espèces dans chaque type d’habitat déterminé
précédemment. L’étude de la flore a été menée aux mêmes dates que l’étude des habitats
notées ci-dessus.

Les relevés floristiques ont ainsi été effectués au sein d’unités de végétation floristiquement
homogènes. La surface de chaque relevé dépend du type d’habitat à caractériser :
• < 1 m² pour les communautés de bryophytes, de lichens, de lentilles d’eau ;
• < 5 m² pour les végétations fontinales, les peuplements de petits joncs, les zones
piétinées, les rochers et les murs ;
• < 10 m² pour les tourbières, les marais à petits Carex, les pâturages intensifs, les
pelouses pionnières, les combes à neige ;
• 10 à 25 m² pour les prairies de fauche, les pelouses maigres ou de montagne, les
landines à buissons nains, les végétations aquatiques, roselières, megaphorbaies ;
• 25 à 100 m² pour les communautés de mauvaises herbes, les végétations
rudérales, celles des éboulis, des coupes forestières, des bosquets ;
• 100 à 200 m² pour la strate herbacée des forêts ;
• 100 à 1000 m² pour les strates ligneuses des forêts ;
• pour les formations à caractère plus ou moins linéaire :
o 10 à 20 m pour les ourlets et lisières herbacées ;
o 10 à 50 m pour les végétations herbacées ripariales ;
o 30 à 50 m pour les haies ;
o 30 à 100 m pour les végétations des eaux courantes.

Page 13
Chaque espèce identifiée dans le relevé de végétation se voit attribuer un coefficient
d’abondance-dominance, dont l’échelle est la suivante :
• i : individu unique,
• + ou R : individus rares (ou très rares) et recouvrement très faible,
• 1 : individus assez abondants, mais recouvrement faible,
• 2 : individus très abondants, recouvrement au moins 1/20,
• 3 : nombre d'individus quelconque, recouvrement 1/4 à 1/2,
• 4 : nombre d'individus quelconque, recouvrement 1/2 à 3/4,
• 5 : nombre d’individus quelconque, recouvrement supérieur à 3/4.

Pour chaque relevé de végétation, des paramètres stationnels sont identifiés ; ils permettent
de faciliter la caractérisation des relevés.

Les investigations se sont effectuées sur les végétaux supérieurs : Ptéridophytes


(Cryptogames vasculaires) et Spermatophytes (Phanérogames).

Par ailleurs, l’ensemble du périmètre d’étude a été parcouru afin de rechercher


d’éventuelles espèces remarquables.

La nomenclature est celle de Kerguelen (1998).


La détermination a été principalement effectuée à partir de la « Nouvelle flore de Bourgogne
(F. BUGNON et al., 1995).
Les indices de rareté sont eux issus de l’ « Atlas de la flore sauvage de Bourgogne »
(Conservatoire Botanique National du Bassin Parisien, 2008). Les espèces et milieux
déterminants sont issus des listes des espèces déterminantes de ZNIEFF en Bourgogne
(DREAL Bourgogne, 2012).

Ainsi, sur les listes d’inventaire figurent : les statuts de rareté, de protection et les espèces
déterminantes de ZNIEFF en Bourgogne.

Limites de l’étude floristique


Les prospections floristiques correspondent à un échantillonnage de la flore présente. Elles
n’ont donc pas pour vocation de fournir une liste exhaustive des espèces présentes sur le
site d’étude, mais bien d’en caractériser les potentialités en termes de richesse et de
diversité écologique. Par ailleurs, certaines espèces dites « à éclipse » peuvent ne pas fleurir
tous les ans et donc ne pas avoir été observées l’année des prospections.

L’ensemble du périmètre d’étude a toutefois été parcouru afin de rechercher d’éventuelles


espèces remarquables. Toutefois, le croisement avec les données bibliographiques permet
une caractérisation relativement complète de la flore sur le site d’étude.

Page 14
Carte de localisation des relevés floristiques réalisés sur la zone d’étude

Page 15
A1.5 - ETUDE DE LA FAUNE VERTEBREE
Afin d’appréhender la valeur écologique du site, nous avons choisi d’étudier les vertébrés.
Ainsi, ce groupe composé d’espèces dites «bio-indicatrices» constitue un excellent support
dans l’appréciation de cette valeur. L’étude de la faune vertébrée s’est concentrée sur
quatre groupes : les oiseaux, les mammifères, les reptiles et les amphibiens.
Sur chacun de ces groupes ont été effectuées des stations échantillon intercalées de
recherches qualitatives aux dates suivantes.
Date de prospections de la faune vertébrée et conditions météo :
Dates de Type de
Groupe Conditions météorologiques
prospection prospection
Oiseaux en migration 20-sept.-12 Diurne Soleil, vent Ouest
post-nuptiale 21-sept.-12 Diurne Soleil, vent Ouest
Oiseaux en hivernage 17-janv.-13 Diurne Neige, couvert, pas de vent
Oiseaux en migration
17-avr.-13 Diurne Soleil, 22°C, vent sud 10 km/h
pré-nuptiale
Chiroptères 17-avr.-13 Nocturne Vent sud 10 km/h, 15°¨C
Reptiles et mammifères 17-avr.-13 Diurne Soleil, 22°C, vent sud 10 km/h
Oiseaux en migration
18-avr.-13 Diurne 12°C, nébulosité 8/8, vent SO 15 km/h
pré-nuptiale
Reptiles et mammifères 18-avr.-13 Diurne 12°C, nébulosité 8/8, vent SO 15 km/h
Oiseaux en reproduction 3-juin-13 Diurne Ensoleillé, 17°C, vent NE 30 km/h + rafales
Chiroptères 3-juin-13 Nocturne 13°C, vent NE 20 km/h
Reptiles et mammifères 3-juin-13 Diurne Ensoleillé, 17°C, vent NE 30 km/h + rafales
Oiseaux en reproduction 4-juin-13 Diurne Soleil, 13°C, vent NE 15 km/h
Reptiles et mammifères 4-juin-13 Diurne Soleil, 13°C, vent NE 15 km/h

Les conventions et textes internationaux concernent :


- la « convention de Bonn » relative à la conservation des espèces migratrices appartenant à
la faune sauvage approuvée par la décision du Conseil 82/461/CEE du 24 juin 1982 et
ratifiée par la France le 31 décembre 1989 (JO du 2 janvier 1990) ;
- la « convention de Berne » relative à la conservation de la vie sauvage et du milieu naturel
de l’Europe approuvée par la décision du Conseil 82/72/CEE du 3 décembre 1981 et
ratifiée par la France le 31 décembre 1989 (JO du 2 janvier 1990) ;
- la « convention de Washington » relative à la commercialisation internationale des espèces
de faune et de flore sauvage menacées d’extinction (CITES) ratifiée par la France
Les textes européens concernent :
- la Directive 79/409 du 2 avril 1979 mise à jour par la Directive 2009/147/CE du 30
novembre 2009 relative à la conservation des oiseaux sauvages et surtout son Annexe I ;
- la Directive 92/43 du 21 mai 1992 relative à la conservation des habitats naturels, de la
faune et de la flore sauvage et surtout ses Annexes II et IV.
Les textes nationaux en application de la loi du 10 juillet 1976 relative à la protection de la
nature (JO du 13 juillet 1976 rectifié au JO du 28 novembre 1976) concernent :
- l’Arrêté du 5 mars 1999, modifié par l’arrêté du 3 mai 2007 puis par l’Arrêté du 29 octobre
2009, paru au JO du 5 décembre 2009, fixant la liste des oiseaux protégés sur l’ensemble
du territoire national ;

Page 16
- l’Arrêté du 23 avril 2007 fixant la liste des mammifères protégés sur l’ensemble du
territoire national (JO du 10 mai 2007) ;
- l’Arrêté du 19 novembre 2007 fixant la liste des amphibiens et reptiles protégés sur
l’ensemble du territoire national (JO du 18 décembre 2007).

L ES OISEAUX
a) En période de reproduction
L’avifaune en période de reproduction a été recensée en utilisant deux méthodes :
 Les Indices Ponctuels d’Abondance I.P.A. (FROCHOT 2001).
 Une recherche qualitative de toutes les espèces présentes sur le site.
Les indices Ponctuels d’Abondance
La répartition des oiseaux est directement liée à la quiétude du site, à la quantité de
nourriture, au relief du terrain, à la présence de points d’eau et surtout à la structure de la
végétation, tant sur le plan horizontal (diversité des milieux, densité du couvert) que vertical
(nombre de strates).
Pour cela et proportionnellement à la surface occupée par les différents habitats, nous avons
effectué huit stations échantillon couvrant l’ensemble de la zone d’étude.

Chaque station échantillon a fait l’objet d’une observation visuelle et auditive d’une durée
de 20 minutes.
La recherche qualitative
La technique des I.P.A. s’appliquant essentiellement aux passereaux et aux ordres
apparentés, une recherche qualitative a permis de recenser les oiseaux capables de
s’intercaler entre les stations d’échantillons, par exemple ceux occupant un grand espace
(rapaces, laridés etc.…).

b) En période de migration prénuptiale et postnuptiale


L’objectif de ce passage est de définir les potentialités du site en termes d’axe migratoire et
de halte migratoire. Les points d’observation ont été répartis sur le secteur et l’ensemble
des oiseaux présentant un comportement migrateur ont été notés (vol en direction du
nord). Ces point ont été suivis sur une durée de deux heures chacun.

c) En période d’hivernage
L’ensemble du périmètre rapproché et ses alentours ont été prospectés et les principales
zones d’hivernage ont été cartographiées afin de déterminer l’importance du périmètre
d’étude.

Page 17
L ES MAMMIFERES
Au même titre que l’avifaune, les populations de mammifères ont été recensées sur
l’ensemble de la zone d’étude ainsi que sur les milieux environnants.
La liste qualitative des mammifères a été réalisée à partir :
 d’observations directes sur le terrain (selon une recherche diurne),
 de l’identification des espèces trouvées mortes sur les voies de circulation,
 de la lecture des indices de présence (empreintes, fèces, reliefs de repas,
terriers).

L’observation directe
Cette technique a été réalisée de façon diurne et nocturne. Elle permet d’identifier avec
certitude les espèces présentes sur la zone d’étude.
Les journées de recherche s’effectuent suivant les mêmes critères que les prospections
ornithologiques.

La lecture des indices de présence


Cette méthode prend en considération plusieurs techniques telles que :
La lecture des traces
Cette technique permet d’une part d’identifier les animaux présents sur le site et d’autre
part de connaître les passages préférentiels empruntés par ces derniers.
La lecture des reliefs de repas
Cette analyse s’effectue exclusivement sur les repas effectués par tous les consommateurs
de deuxième ou troisième ordre. Elle concerne donc l’identification des restes d’animaux
prédatés ou en cours de décomposition.
La lecture d’autres indices
Dans cette catégorie se rangent tous les indices tel que les ronds de sorcières (marques au
sol laissées par le chevreuil), les frottis ou les gratis laissés par certains ongulés, les bauges
ou les boutis laissés par les sangliers, l’analyse des fèces, et des terriers.

L’identification des espèces trouvées mortes sur les voies de circulation


De plus en plus, l’accentuation des flux routiers provoque des collisions avec certains grands
animaux mais aussi avec la petite faune. En ce sens, les voies de circulation constituent une
donnée supplémentaire à l’identification des espèces dont les populations sont présentes
sur le site.

Recherche spécifique des Chiroptères


Les Chauves-souris sont reconnues à l’aide d’un détecteur d’ultrasons Pettersson D 240x
(Système hétérodyne et expansion temporelle) le long de transects préétablis et par points
d’écoute. Cette technique permet, dans une certaine mesure, de repérer des sites de chasse
ou de transit, en ce qui concerne les genres, voire les espèces.

Page 18
Les données recueillies ont été analysées à partir d’un logiciel spécifique à la prospection de
ce groupe d’espèces le BatSound 3.2. BatSound analyse des séquences obtenues par
expansion temporelle à l'aide d'un détecteur de série D200 ou D900. Ce logiciel permet par
ailleurs de filtrer les signaux pour éliminer des sons non souhaités. Les résultats de
l’application de ce logiciel permettent de distinguer la plus part des espèces. Cependant,
quelques espèces parmi les myotis émettent leurs ultrasons sur la même fréquence, rendant
leur identification trop aléatoire.
Concernant la recherche de gîtes, une méthode consiste à observer les vols de chauves-
souris au lever du jour et de suivre celles-ci jusqu’à ce qu’elles entrent dans leur gîte (Lustrat
P.). Toutefois, cette méthode s’avère peu efficace en milieu fermé, probablement du fait du
peu de visibilité dû aux feuilles.

Aussi la recherche de gîtes s’est-elle déroulée en deux phases :


- une phase diurne consistant, au cours des prospections relatives à la faune vertébrée, à
rechercher les arbres âgés, présentant trous et fissures. On sait en effet que les trous
d'arbres, qu'ils soient naturels ou creusés par des pics, sont régulièrement utilisés. Les
fissures verticales, qui fendent les fûts de nombreux arbres âgés ou abîmés, forment des
gîtes appréciés par plusieurs espèces de petits Vespertilions par exemple. Enfin, les
écorces décollées peuvent attirer des espèces fissuricoles comme la Barbastelle.
- Dans un second temps, lors des prospections nocturnes, ces gîtes potentiels ont été
prospectés en se postant le soir à l'affût, à proximité immédiate de l’arbre ou des arbres
abritant un gîte potentiel. Si cet affût a permis a permis l'observation directe d’individus
et/ou la détection ultrasonore des animaux, au couchant et à leur retour au gîte, alors
l’arbre en question a été identifié comme un gîte avéré.

L ES AMPHIBIENS
Conformément au devis, aucune recherche n’a été effectuée pour ce groupe.

L ES REPTILES
Des recherches qualitatives ont été réalisée de façon plus approfondies sur tous les secteurs
ensoleillés favorables aux reptiles et se sont dérouler lorsque les conditions d’ensoleillement
étaient favorables. Afin d’optimiser ces recherches, les prospections ont été plus intenses
dans les milieux adaptés aux différentes espèces potentiellement présentes : sur les
bordures de chemin, les lisières boisées et à proximité des zones humides (ruisseaux, fossés
et mares). Des recherches ont aussi été réalisées par une prospection dès le matin et par
des retournements de pierres aux heures les plus chaudes de la journée.

L ES BIO - CORRIDORS
La recherche des biocorridors s’effectue simultanément avec la lecture des traces des
mammifères dont la densité et l’orientation permet de définir les principaux axes de
déplacement de la faune.

Page 19
L’observation directe des animaux et notamment des oiseaux permettent également de
définir des axes de déplacement privilégiés. Ces axes de déplacement de l’avifaune sont
généralement assez similaires aux axes de migration déterminés lors des prospections
réalisées en période favorable à ce phénomène.
Enfin, la lecture des éléments du paysage qui caractérisent le site d’étude et ses environs
permet de définir des biocorridors potentiels une fois mis en relation avec les éléments
topographiques par exemple.

Limites de l’étude faunistique


Les prospections faunistiques correspondent à un échantillonnage de la faune présente.
Elles n’ont donc pas pour vocation de fournir une liste exhaustive des espèces présentes sur
le site d’étude, mais bien d’en caractériser les potentialités en termes de richesse et de
diversité écologique.
Le recoupage des données de terrain avec les données bibliographiques permet cependant
une connaissance relativement complète de la faune sur le site d’étude.

Page 20
Carte de localisation des relevés faune vertébrée sur la zone d’étude

Page 21
A1.6 – ETUDE DE LA FAUNE INVERTEBREE
Quatre groupes d’invertébrés ont été étudiés : les odonates (libellules et demoiselles), les
lépidoptères rhopalocères (papillons dits « de jour »), les orthoptères (criquets, sauterelles
et grillons) et les coléoptères. Ceux-ci permettent d’appréhender de façon satisfaisante la
qualité des habitats aquatiques (odonates, coléoptères) et terrestres (lépidoptères,
orthoptères, coléoptères). Ces prospections permettent entre autre de trouver d’éventuelles
espèces protégées à l’échelon national.
Ces groupes d’invertébrés sont particulièrement sensibles aux modifications des habitats
qu’ils occupent. Ils comprennent notamment des espèces « bio-indicatrices » strictement
inféodées à une plante ou un milieu donné, ou encore à un paramètre environnemental
(qualité de l’eau, par exemple).

Conditions météorologiques et groupes prospectés lors des passages concernant la faune


invertébrée
Dates de Type de
Catégorie Groupe Conditions météorologiques
prospection prospection
Rhopalocères
Nuageux (couverture nuageuse : env. 40%), vent
Odonates 2-mai-13 Diurne
faible, 18°
Coléoptères
Rhopalocères
Couvert (couverture nuageuse : 100%), pluie,
Odonates 3-juil.-13 Diurne
vent faible à modéré, 16°
Coléoptères
Faune
Rhopalocères
invertébrée Nuageux (couverture nuageuse : env. 50%), vent
Odonates 4-juil.-13 Diurne
faible, 22°
Coléoptères
Orthoptère
21-août-13 Diurne Dégagé, vent faible, 27°
Coléoptères
Orthoptère
22-août-13 Diurne Soleil voilé, vent faible, 27°
Coléoptères

L ES ODONATES
Les odonates ont été recherchés dans tous les types de milieux. En effet, bien que les
odonates aient un cycle de vie intimement lié aux eaux courantes ou stagnantes dans
lesquelles se déroulent la ponte et le développement des larves (certaines espèces restent
plusieurs années sous l’eau à l’état larvaire), les imagos s’éloignent fréquemment des zones
humides lors de la phase de maturation sexuelle ou pour la chasse.

L ES LEPIDOPTERES
L’étude des rhopalocères a été réalisée de jour. Les adultes ont été capturés dans tous les
types de milieux, identifiés puis relâchés. Cette recherche active concerne à la fois les
espèces totalement diurnes et quelques espèces nocturnes dérangées par le passage de
l’entomologiste. Les chenilles âgées sont également recherchées et identifiées, lorsque cela
est possible avec certitude.

Page 22
L ES ORTHOPTERES
Les orthoptères sont reconnus au chant ou à vue après une capture temporaire. Le battage
de branches et le fauchage des plantes hautes permettent de détecter les sauterelles
arboricoles et certains grillons. Seuls les adultes sont pris en compte, les larves étant
rarement identifiables.

L ES COLEOPTERES
Cet ordre comporte un très grand nombre d’espèces aux mœurs extrêmement variées. Sa
prise en compte est donc particulièrement difficile. Pour ces raisons, seuls les coléoptères de
forte valeur patrimoniale ont été recherchés dans leurs habitats de prédilection.

C ARTOGRAPHIE
Bien que les relevés de la faune invertébrée soient représentés par des points sur la
cartographie, l’ensemble du site a été prospecté. Ce mode de représentation n’est utilisé
que pour simplifier la lisibilité des cartes

L IMITES DE L ’ ETUDE
L’étude de la faune invertébrée a pour vocation de donner une approche fine des espèces
susceptibles d’être rencontrées sur le périmètre rapproché. Même couplée avec une
recherche qualitative, elle ne peut pas avoir la prétention de révéler la stricte totalité des
espèces présentes. L’ensemble du périmètre rapproché a cependant été parcouru.

Page 23
Carte de localisation des relevés entomologiques sur la zone d’étude

Page 24
A1.7 – ETUDE DES ZONES HUMIDES
C ADRE GENERAL
L’arrêté du 1er octobre 2009 modifiant l’arrêté du 24 juin 2008, paru au J.O. du 24
novembre 2009, précise les critères de définition et de délimitation des zones humides en
application des articles L. 214-7-1 et R. 211-108 du code de l’environnement.
Dans son article premier, ce dernier précise qu’un « espace peut être considéré comme zone
humide(…) dès qu’il présente l’un des critères suivants :
1. Ses sols correspondent à un ou plusieurs types pédologiques parmi ceux mentionnés
dans la liste figurant à l’annexe 1.1 et identifiés selon la méthode figurant à l’annexe
1.2 ;
2. Sa végétation, si elle existe, est caractérisée :
 soit par des espèces indicatrices de zones humides, identifiées selon la
méthode et la liste d’espèces figurant à l’annexe 2.1 complétée, si nécessaire,
par une liste additive d’espèces arrêtée par le préfet de région sur proposition
du conseil scientifique régional du patrimoine naturel, le cas échéant adaptée
par territoire biogéographique ;
 soit par des communautés d’espèces végétales, dénommées « habitats »,
caractéristiques de zones humides, identifiées selon la méthode et la liste
correspondante figurant à l’annexe 2.2. »

Dans le cadre de cette étude, seule la caractérisation des zones humides par la végétation a
été réalisée.

P ROTOCOLE
Dans un premier temps, la caractérisation des zones humides s’est attachée à définir les
habitats assimilables à une zone humide d’après leur Code Corine Biotope associé et
l’annexe 2.2. de l’arrêté précédemment cité.

Dans un deuxième temps, d’après les relevés de végétation, certains habitats ont pu être
caractérisés comme humides dès lors que, dans leur composition floristique, les espèces
dominantes (c’est-à-dire ayant un pourcentage de recouvrement, dans le relevé, supérieur
ou égal à 50%) étaient indicatrices de zones humides, c’est-à-dire figuraient dans la liste
mentionnée à l’annexe 2.1.2. de l’article précité.

Page 25
Annexe II : Résultats de terrain

Pour le projet de carrière


sur la commune d’Annay-sur-Serein (89)

Novembre 2016

40 rue d’Epargnemailles - 02 100 SAINT-QUENTIN


Tél : 03.23.67.28.45 Mobile : 06.83.23.50.01
E-mail : contact@le-cere.fr
S OMMAIRE

A2.1 – RELEVES FLORE ET HABITATS .................................................. 3


A2.2 – RELEVES OISEAUX ................................................................. 9
A2.3 – RELEVES AMPHIBIENS ........................................................... 14
A2.4 – RELEVES REPTILES ................................................................ 15
A2.5 – RELEVES MAMMIFERES ......................................................... 15
A2.6 – RELEVES LEPIDOPTERES ......................................................... 16
A2.7 – RELEVES ODONATES ............................................................. 18
A2.8 – RELEVES ORTHOPTEROÏD ES ................................................... 19
A2.9 – DETAIL DES CONDITION S ET HORAIRES DE PRO SPECTIONS ......... 20

Page 2
A2.1 – R ELEVES F LORE ET H ABITATS
Tableau des relevés floristiques réalisés sur le site d’étude
Dét. Dét. N° de relevés
Strate Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Inv.
SCAP ZNIEFF 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
h Achillea millefolium L. Achillée millefeuille I CCC x + 1 +
Acinos arvensis (Lam.)
h Calament des champs I AC +
Dandy
Agrimonia eupatoria
h Aigremoine eupatoire I CCC + x
L.
Anacamptis
h Orchis pyramidal I C + + + x
pyramidalis (L.) Rich.
h Anagallis arvensis L. Mouron rouge I CCC + +
h Anthyllis vulneraria L. Anthyllide vulnéraire I C 1 2
Arrhenatherum
h elatius (L.) P.Beauv. ex Fromental élevé I CCC + 2 5 + + 1 1 +
J. & C.Presl
h Atropa belladonna L. Belladone I R 1
h Avena fatua L. Folle-avoine I C +
Brachypodium
h pinnatum (L.) Brachypode penné I CC 1 3 1 + 2 3
P.Beauv.
h Briza media L. Brize intermédiaire I CC 1
h Bromus erectus Huds. Brome érigé I CC 3 2 1 2
Bromus ramosus
h Brome rude I C 1
Huds.
Bupleurum falcatum
h Buplèvre en faux I C x
L.
h Carex flacca Schreb. Laîche glauque I CCC + 2 2 2
h Carex halleriana Asso Laîche de Haller I C 1 1 + + 1
h Carex sylvatica Huds. Laîche des bois I CCC 2
h Carlina vulgaris L. Carline commune I C + + x +
h Carpinus betulus L. Charme I CCC + +
Centranthus ruber (L.)
h Centranthe rouge C/N AR 1
DC.
Cephalanthera
Céphalanthère à
h damasonium (Mill.) I AR i +
grandes fleurs
Druce
h Cerastium arvense L. Céraiste des champs I AR x
Cerastium fontanum
Baumg. subsp.
h vulgare Céraiste commun I CCC +
(Hartm.) Greuter &
Burdet
Cirsium arvense (L.)
h Cirse des champs I CCC +
Scop.
h Clematis vitalba L. Clématite des haies I CCC + 2 2 2 + +
Clinopodium vulgare
h Clinopode commun I CC + + 1 x
L.
Convolvulus arvensis
h Liseron des champs I CCC + 1 +
L.
h Cornus sanguinea L. Cornouiller sanguin I CCC + 1 + 2 + 1 + + 2
h Dactylis glomerata L. Dactyle aggloméré I CCC 1 + 1
h Daphne laureola L. Daphné lauréole I C +

Page 3
Dét. Dét. N° de relevés
Strate Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Inv.
SCAP ZNIEFF 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
h Daucus carota L. Carotte sauvage I CCC + x x
h Echium vulgare L. Vipérine commune I CC + +
Epilobium dodonaei Epilobe à feuilles de
h I R 1
Vill. romarin
Epipactis atrorubens
h Epipactis brun rouge I AR
(Hoffm.) Besser
Euphorbia flavicoma
h DC. subsp. verrucosa Euphorbe verruqueuse I CC 1 + 1 2 +
(Fiori) Pignatti
Fallopia convolvulus
h Renouée faux-liseron I CC + 1
(L.) A.Love
Festuca pratensis
h Fétuque des prés I C 3
Huds.
Festuca rubra
h Fétuque rouge I CCC 1
(groupe)
h Fragaria vesca L. Fraisier des bois I CCC + 1 + 1 1 + + 1 + + 1
h Fraxinus excelsior L. Frêne élevé I CCC i
h Galium aparine L. Gaillet gratteron I CCC 2
h Galium mollugo L. Gaillet mollugine I CCC 1 + 1 1 + 2 + 1 1 2 1 1 1 + 1 1
h Genista tinctoria L. Genêt des teinturiers I CC + x + 1
Geranium
h Géranium des colombes I CCC + + +
columbinum L.
h Geranium pusillum L. Géranium fluet I CC +
Geranium Géranium herbe-à-
h I CCC + +
robertianum L. Robert
h Hedera helix L. Lierre grimpant I CCC 1 1 + 1
Helianthemum
h nummularium (L.) Hélianthème jaune I CC + 1
Mill.
Heracleum
h Berce commune I CCC +
sphondylium L.
Hieracium glaucinum
h Epervière précoce I AC + + 1 + + 1 +
Jord.
Himantoglossum
h Orchis bouc I C i
hircinum (L.) Spreng.
h Hippocrepis comosa L. Hippocrepis à toupet I CC 1 1 2 1 + 3 1
Hypericum
h Millepertuis perforé I CCC + + + + + + +
perforatum L.
Knautia arvensis (L.)
h Knautie des champs I CC + x
Coult.
Laburnum
h Aubour faux-ébénier I/N AC + 1
anagyroides Medik.
Legousia speculum-
h Miroir-de-Vénus I AR x
veneris (L.) Chaix
h Ligustrum vulgare L. Troène commun I CCC 1 + 1 +
h Linum catharticum L. Lin purgatif I CC + + + + + +
Lonicera
h Chèvrefeuille des bois I CCC + + +
periclymenum L.
h Lotus corniculatus L. Lotier corniculé I CCC 1 1 1 1 3 1
Matricaria perforata
h Matricaire inodore I CC +
Mérat
h Medicago lupulina L. Luzerne lupuline I CCC + + + 3
h Melica ciliata L. Mélique ciliée I AC + 1 1 + 1 + 2 + 1

Page 4
Dét. Dét. N° de relevés
Strate Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Inv.
SCAP ZNIEFF 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Melilotus officinalis
h Mélilot officinal I C +
Lam.
Melittis Mélitte à feuilles de
h I C x
melissophyllum L. Mélisse
h Mercurialis annua L. Mercuriale annuelle I CCC +
h Myosotis arvensis Hill Myosotis des champs I CC +
Neottia nidus-avis (L.)
h Néottie nid-d'oiseau I AC 2
Rich.
h Ononis natrix L. Bugrane jaune I AC +
h Orchis purpurea Huds. Orchis pourpre I C + +
h Origanum vulgare L. Origan commun I CC +
Orobanche alba
h Orobanche du thym I RR PR x x +
Stephan ex Willd.
Phleum phleoides (L.)
h Fléole de Boehmer I R 1 1
H.Karst.
h Pinus nigra Arnold Pin noir d'Autriche C/N AC +
h Pinus sylvestris L. Pin sylvestre C/N CC + i
h Plantago lanceolata L. Plantain lancéolé I CCC + + 1 1 + 1
h Plantago major L. Grand plantain I CCC +
h Poa annua L. Pâturin annuel I CCC 1
h Poa compressa L. Pâturin comprimé I CC 1 +
h Poa pratensis L. Pâturin des prés I CC 2 + 1
Polygonum aviculare
h Renouée des oiseaux I CCC +
L.
h Potentilla reptans L. Potentille rampante I CCC 1 1 + x +
h Primula veris L. Primevère officinale I CCC + +
Prunella laciniata (L.)
h Brunelle laciniée I AC + + +
L.
h Prunus mahaleb L. Bois de Sainte-Lucie I CC + + + + + +
h Prunus spinosa L. Prunellier I CCC + 1 +
Quercus pubescens
h Chêne pubescent I C +
Willd.
h Quercus robur L. Chêne pédonculé I CCC + 1 1 1
Ranunculus bulbosus
h Renoncule bulbeuse I CC + + + 1
L.
h Rosa canina L. Rosier des chiens I CCC + + + i + +
h Rubus sp. Ronce sp. I - 2 + 1 3 + 1 1 + 1 2 2 1 3 + 1 1 + + 2
h Rumex acetosa L. Oseille des prés I CCC +
h Rumex crispus L. Oseille crépue I CCC +
h Salvia pratensis L. Sauge des prés I CC x
Sanguisorba minor
h Petite Pimprenelle I CCC + + 1 + 1 1 + 2 + + 1 + 1
Scop.
Scandix pecten- Scandix peigne-de-
h I AC +
veneris L. Vénus
Securigera varia (L.)
h Coronille bigarrée I CC + x 2 +
Lassen
h Sedum album L. Orpin blanc I CC 1 +
Séneçon à feuilles de
h Senecio erucifolius L. I CC +
roquette
h Sherardia arvensis L. Rubéole des champs I AC +
h Sonchus oleraceus L. Laiteron potager I CCC +
Sorbus aria (L.) Crantz
h Alisier blanc I CC +
subsp. aria

Page 5
Dét. Dét. N° de relevés
Strate Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Inv.
SCAP ZNIEFF 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
h Stachys recta L. Epiaire droite I CC x + + +
Taraxacum officinale
h Pissenlit commun I CCC +
(Groupe)
Teucrium chamaedrys Germandrée petit-
h I CC 1
L. chêne
h Thymus praecox Opiz Thym précoce I C + 1 3 1 2 1 1
Tragopogon pratensis
h Salsifis des prés I CC + + + x +
L.
h Trifolium pratense L. Trèfle des prés I/C CCC +
h Trifolium rubens L. Trèfle rougeâtre I C + x x
h Verbascum lychnitis L. Molène lychnite I AC i
h Vicia cracca L. Vesce à épis I CC + + +
h Vicia sativa L. Vesce cultivée I CCC 2 1
Vincetoxicum
h Dompte-venin I C x +
hirundinaria Medik.
h Viola arvensis Murray Pensée des champs I CC +
Vulpia myuros (L.)
h Vulpie queue-de-rat I C + 1 1 2
C.C.Gmel.
b Carpinus betulus L. Charme I CCC 1 1
b Clematis vitalba L. Clématite des haies I CCC 3
b Cornus mas L. Cornouiller mâle I C + +
b Cornus sanguinea L. Cornouiller sanguin I CCC 2 2 3 + 2 2 + 1
b Corylus avellana L. Noisetier,Coudrier I CCC 3 i 1
Crataegus monogyna
b Aubépine à un style I CCC 2 2 1 x 3 2
Jacq.
b Frangula dodonei Ard. Bourdaine I CC 1 i
b Hedera helix L. Lierre grimpant I CCC +
b Juniperus communis L. Genévrier commun I CC 1
Laburnum
b Aubour faux-ébénier I/N AC + 2 1 3 2 2
anagyroides Medik.
b Ligustrum vulgare L. Troène commun I CCC 1 1 1
Lonicera
b Chèvrefeuille des bois I CCC + + +
periclymenum L.
b Lonicera xylosteum L. Chèvrefeuille des haies I CC + 2
b Pinus nigra Arnold Pin noir d'Autriche C/N AC + 1 2
b Pinus sylvestris L. Pin sylvestre C/N CC 1 + i i i 2 2
b Prunus mahaleb L. Bois de Sainte-Lucie I CC 2 + + 1 i + 1 1 + 1 1
b Prunus spinosa L. Prunellier I CCC 1 1 2 +
b Quercus petraea Liebl. Chêne sessile I CCC 2
b Quercus robur L. Chêne pédonculé I CCC 1 + 1 +
b Rhamnus cathartica L. Nerprun purgatif I CC 1 2
Robinia pseudoacacia
b Robinier faux-acacia N/C CCC x +
L.
b Rosa canina L. Rosier des chiens I CCC 3 1 + + i i 3 1
b Rubus sp. Ronce sp. I - 2 1 5 + + + 1 4
b Salix caprea L. Saule marsault I CCC + 1 2 3
Sorbus aria (L.) Crantz
b Alisier blanc I CC + + + +
subsp. aria
Sorbus torminalis (L.)
b Alisier torminal I CC +
Crantz
b Viburnum lantana L. Viorne mancienne I CC + 1
A Pinus nigra Arnold Pin noir d'Autriche C/N AC 2 2 3 3 2 3
A Pinus sylvestris L. Pin sylvestre C/N CC 2

Page 6
Dét. Dét. N° de relevés
Strate Nom scientifique Nom vernaculaire Stat. Rar. Législ. Inv.
SCAP ZNIEFF 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
A Quercus petraea Liebl. Chêne sessile I CCC 3 1 3 2
Quercus pubescens
A Chêne pubescent I C 3 3 3
Willd.
A Salix caprea L. Saule marsault I CCC 1
Sorbus aria (L.) Crantz
A Alisier blanc I CC 1 i
subsp. aria

LEGENDE :
Strate : Strate de végétation Stat. : Statut en région Bourgogne Rar. : Indice de rareté en Bourgogne
h = strate herbacée (hauteur de végétation < 1 m) I = Indigène RR = Très rare
b = strate buissonnante ou arbustive (1 m < hauteur de N = Naturalisé R = Rare
végétation < 7 m) C = Cultivé ou introduit involontairement AR = Assez rare
A = strate arborée (hauteur de végétation > 7 m) AC = Assez commun
C = Commun
CC = Très commun
CCC = extrêmement commun

Législ. : Statut de protection, restriction de cueillette et inscription Dét. SCAP. = Plantes déterminantes de SCAP en région Bourgogne Dét. ZNIEFF.Pic = Plantes déterminantes de ZNIEFF en région
à la directive « Habitats » Bourgogne
x = taxon déterminant de ZNIEFF en Bourgogne
Statut de protection :
PR = Protection régionale

Inv. = Plantes exotiques envahissantes en région Bourgogne En gras, espèce remarquable Surligné en violet, espèce exotique envahissante
x = taxon invasif Écrit en rouge, espèce protégée
Surligné en orange foncé, espèce à enjeu patrimonial fort
Surligné en orange clair, espèce à enjeu patrimonial moyen

Page 7
Caractéristiques des relevés floristiques réalisés sur le site d’étude

Strate herbacée Strate arbustive Strate arborée


Surface du Recouvrement
N° de relevé Hauteur Hauteur Hauteur Habitat
relevé total Recouvrement Recouvrement Recouvrement
moyenne moyenne moyenne
1 30 m² 2% 5 cm 2% - - - - Culture
2 100 m² 100 % 30 cm 60 % 4,00 m 100 % - - Haie arbustive
3 60 m² 100 % 40 cm 100 % 1,20 m 1% - - Ourlet herbacé à Brachypode penné
4 100 m² 90 % 40 cm 20 % 4,00 m 80 % 20,00 m 90 % Chênaie thermophile calcicole
5 60 m² 100 % 30 cm 40 % 4,50 m 90 % - - Fourré
6 40 m² 100 % 40 cm 100 % 2,00 m 10 % - - Prairie à Fromental piquetée d'arbustes
7 60 m² 100 % 10 cm 5% 3,00 m 100 % - - Roncier
8 60 m² 100 % 30 cm 20 % 5,00 m 80 % 15,00 m 30 % Haie arborée
9 60 m² 95 % 30 cm 95 % 1,50 m 5% - - Pelouse calcicole méso-xérophile fermée
10 60 m² 20 % 10 cm 20 % - - - - Pelouse calcicole méso-xérophile ouverte
11 40 m² 20 % 5 cm 20 % - - - - Chemin carrossable
12 60 m² 95 % 30 cm 95 % 1,50 m 1% - - Pelouse calcicole méso-xérophile fermée
13 60 m² 10 % 15 cm 10 % 2,00 m < 10 % - - Végétation clairsemée sur graviers
14 40 m² 20 % 10 cm 20 % 1,50 m <5% - - Pelouse calcicole méso-xérophile ouverte
15 25 m² 10 % 5 cm 10 % 1,80 m 1% - - Pelouse à orpins sur dalle rocheuse
16 60 m² 40 % 20 cm 40 % 1,60 m 5% - - Végétation clairsemée sur éboulis
17 60 m² 90 % 20 cm 90 % - - - - Pelouse calcicole méso-xérophile fermée
18 300 m² 80 % 20 cm 60 % 5,00 m 80 % 10,00 m 40 % Manteau préforestier calcicole
19 100 m² 90 % 20 cm 70 % 5,00 m 80 % 10,00 m 50 % Manteau préforestier calcicole
20 50 m² 100 % 80 cm 40 % 2,50 m 80 % - - Roncier
21 6 m² 10 % 10 cm 10 % 1,50 m < 10 % - - Pelouse calcicole méso-xérophile ouverte
Pelouse calcicole méso-xérophile piquetée
22 100 m² 90 % 20 cm 90 % 4,00 m 40 % - -
d'arbustes
23 100 m² 80 % 15 cm 40 % 5,00 m 60 % 8,00 m 10 % Manteau préforestier calcicole
24 60 m² 50 % 15 cm 50 % - - - - Pelouse calcicole méso-xérophile ouverte
25 60 m² 5% 10 cm 5% - - - - Culture
26 100 m² 90 % 20 cm 20 % 5,00 m 80 % 25,00 m 90 % Chênaie thermophile calcicole
27 100 m² 90 % 20 cm 20 % 4,00 m 70 % 20,00 m 90 % Chênaie thermophile calcicole
28 100 m² 80 % 40 cm 80 % - - - - Coupe forestière
29 60 m² 90 % 20 cm 90 % - - - - Prairie de fauche à Fétuque

Page 8
A2.2 – R ELEVES O ISEAUX

Tableau des oiseaux contactés en période de reproduction sur le site d’étude


Protection Listes Rouges Bourgogne 6 2 3 5 4 1
Nom vernaculaire Nom scientifique
France Chasse DO Berne Bonn Washington LRM LRN LRR Statut de rareté Dét. ZNIEFF SCAP carrière Forêt Friche arbustive Culture
Accenteur mouchet Prunella modularis X An 2 LC LC NCMP/PCHC 1 NPO
Alouettes des champs Alauda arvensis X An 3 LC LC NCST/CHC 2 NPR
1
Alouette lulu Lullula arborea X DO1 An 3 LC LC NCGM/PCHR X
NPO
Bergeronnette grise Motacilla alba X NCMP/CHC 1P 2 NPO 1V
Bergeronnette
Motacilla flava X An 2 LC LC NCM/C 1V
printanière
Bruant jaune Emberiza citrinella X An 2 LC NT NCMP/CHC 3 NPO 1v 1 NPO
Buse variable Buteo buteo X An 2 CITES A LC LC NCMP/CHC 1V
Corneille noire Corvus corone corone X LC LC NCST/RHC 2 NPO
2 NPO +
Coucou gris Cuculus canorus X An 3 LC LC NCM/PC 1 NPO 1 NPO
1V
Caprimulgus
Engoulevent d'europe X DO1 An 2 LC LC X 1 NPO
europaeus
Fauvette babillarde Sylvia curruca X An 2 An 2 LC LC NPCM/PC 1 NPO
Fauvette grisette Sylvia communis X An 2 An 2 LC NT NCM/C 1 NPR + 2 NPO
Fauvette à tête noire Sylvia atricapilla X An 2 An 2 LC LC NCM/C 2 NPO 1 NPO 2 NPR 3 NPR
Grimpereau des bois Certhia familiaris X An 2 LC LC NRS 2 NPO
Grive musicienne Turdus philomelos X An 3 LC LC NCMP/CHC 1 NPO 1 NPO
Hirondelle rustique Hirundo rustica X An 2 LC LC NCM/C 2V
Hypolaïs polyglotte Hippolais polyglotta X An 2 An 2 LC LC NCM/C 1 NPR
3V+2
Linotte mélodieuse Carduelis cannabina X An 2 LC VU NCMP/CHC 1 NC 1 NPO 2V 3V
NPO
Martinet noir Apus apus X An 3 LC LC NCM/C 2V
Milan noir Milvus migrans X DO1 An 2 LC LC NCM/CHO 1V
Merle noir Turdus merula X An 3 LC LC NCMP/CHC 3 NPR 1 NPO 1 NPR
Mésange bleue Cyanistes caeruleus X An 2 LC LC NCST/RHC 1 NPO
4 NPR + 1 NC +
Mésange charbonnière Parus major X An 2 LC LC NCS/RHC
2 NPO 2 NPO
Petit gravelot Charadrius dubius X An 2 An 2 LC LC NPCM/PC X 1P
Pic épeiche Dendrocopos major X An 2 LC LC NCS 1 NPO
Pigeon ramier Columba palumbus X LC LC NCMP/CHC 3 NPO 1V
2
Pinson des arbres Fringilla coelebs X An 3 LC LC NCST/CHC 2 NPO 2 NPO 3 NPO 5 NPR
NPO
Pipit des arbres Anthus trivialis X An 3 LC LC NCM/C 1 NPO 1 NPO
5 NPO + 1
Pouillot fitis Phylloscopus trochilus X An 2 An 2 LC NT NCM/C
NC
Pouillot véloce Phylloscopus collybita X An 2 An 2 LC LC NCGM/CHR 2 NPO 1 NPO 2 NPR 2 NPO
Luscinia
Rossignol philomèle X An 2 LC LC NCM/PC 1 NPO 1 NPO
megarhynchos
Tourterelle des bois Streptopelia turtur X An 3 CITES A LC LC NCM/PC 1 NPO

Page 9
Tableau des oiseaux contactés en période d’hivernage sur le site d’étude
Protection Listes Rouges Bourgogne 1 2 7 3 4 5 6
Nom vernaculaire Nom scientifique Statut de
France Chasse DO Berne Bonn Washington LRM LRN LRR Dét. ZNIEFF SCAP Friche arbustive Boisement Culture
rareté
Accenteur mouchet Prunella modularis X An 2 LC LC NCMP/PCHC 1G
Bouvreuil pivoine Pyrrhula Pyrrhula X An 3 LC VU NRST/PCHC 2G
Bruant jaune Emberiza citrinella X An 2 LC NT NCMP/CHC 3V 3G
Corneille noire Corvus corone corone X LC LC NCST/RHC
Epervier d'Europe Accipiter nisus X An 2 CITES A LC LC NCMP/CHC
Etourneau sansonnet Sturnus vulgaris X LC LC NCST/CHC
Faucon crécerelle Falco tinnunculus X An 2 An 2 CITES A LC LC NCST/PCHC 1P
Fauvette à tête noire Sylvia atricapilla X An 2 An 2 LC LC NCM/C
Geai des chênes Garrulus glandarius X LC LC NCS/RHC 1P 1P 2G
Coccothraustes
Grosbec casse-noyaux X An 2 LC LC NPCMP/PCHPC 1G
coccothraustes
Grimpereau des jardins Certhia brachydactyla X An 2 LC LC NCS 1G 2G 1G
Grive mauvis Turdus iliacus X An 3 LC LC PCHPC 3V
Merle noir Turdus merula X An 3 LC LC NCMP/CHC 2V 1G 1G 1V + 3G 1G
Mésange bleue Cyanistes caeruleus X An 2 LC LC NCST/RHC 1G 2G
Mésange charbonnière Parus major X An 2 LC LC NCS/RHC 2G
Mésange huppée Lophophanes cristatus X An 2 LC LC NPCS 2G 3G
Mésange nonnette Poecile palustris X An 2 LC LC NCS 1G
Pic épeiche Dendrocopos major X An 2 LC LC NCS 1G 1P
Pic noir Dryocopus martius X DO1 An 2 LC LC NPCS 1P
Pie bavarde Pica pica X LC LC NCS
Pigeon ramier Columba palumbus X LC LC NCMP/CHC 1V + 2P 1P
Pinson des arbres Fringilla coelebs X An 3 LC LC NCST/CHC 1V
Roitelet huppé Regulus regulus X An 2 LC LC NCST/CHC 4G 2G 3G
Rougegorge familier Erithacus rubecula X An 2 LC LC NCMP/CHC 1G
Sittelle torchepot Sitta europaea X An 2 LC LC NCS 1G 1G 1G 2G
Troglodyte mignon Troglodytes troglodytes X An 2 LC LC NCST/RHC 1G

Page 10
Tableau des oiseaux contactés en période de migration prénuptiale sur le site d’étude
Protection Listes Rouges Bourgogne 6 2 3 5 4 1
Nom vernaculaire Nom scientifique Dét.
France Chasse DO Berne Bonn Washington LRM LRN LRR Statut de rareté SCAP carrière Forêt Friche arbustive Culture
ZNIEFF
Alouette des champs alauda arvensis X An 3 LC LC NCST/CHC 3
Bergeronnette grise Motacilla alba X An 2 LC LC NCMP/CHC 4 2 7
Bruant jaune Emberiza citrinella X An 2 LC NT NCMP/CHC 2 2
Chardonneret élégant Carduelis carduelis X An 2 LC LC NCMP/CHC 5 12
Coucou gris Cuculus canorus X An 3 LC LC NCM/PC 1 1 1
Fauvette grisette Sylvia communis X An 2 An 2 LC NT NCM/C 4
Fauvette à tête noire Sylvia atricapilla X An 2 An 2 LC LC NCM/C 3 1
Geai des chênes Garrulus glandarius X LC LC NCS/RHC 4 3 1 10
Grive litorne Turdus pilaris X An 3 LC LC NRMP/CHC 1
Grive musicienne Turdus philomelos X An 3 LC LC NCMP/CHC 2 1
Hirondelle rustique Hirundo rustica X An 2 LC LC NCM/C 1
Milan noir Milvus migrans X DO1 An 2 LC LC NCM/CHO 1V 1
Merle noir Turdus merula X An 3 LC LC NCMP/CHC 4 10 10
Mésange bleue Cyanistes caeruleus X An 2 LC LC NCST/RHC 1 5 1 2
Mésange charbonnière Parus major X An 2 LC LC NCS/RHC 2 3 2 4
Pic vert Picus viridis X An 2 LC LC NCS 1 NC
Pigeon ramier Columba palumbus X LC LC NCMP/CHC 2 4 5
Pinson des arbres Fringilla coelebs X An 3 LC LC NCST/CHC 7 8 6 3
Pouillot véloce Phylloscopus collybita X An 2 An 2 LC LC NCGM/CHR 3 5 5 2
Rougequeue à front blanc Phoenicurus phoenicurus X An 2 LC LC NPCM/PC 1
Traquet motteux Oenanthe oenanthe X An 2 LC NT NO/PC 1
Troglodyte mignon Troglodytes troglodytes X An 2 LC LC NCST/RHC 1
An 2
Verdier d'Europe Chloris chloris X LC LC 2 2
et 3 NCMP/CHC

Page 11
Tableau des oiseaux contactés en période de migration postnuptiale sur le site d’étude
Protection Listes Rouges Bourgogne 1 2 7 3 4 5 6
Nom vernaculaire Nom scientifique Statut de Dét.
France Chasse DO Berne Bonn Washington LRM LRN LRR SCAP Friche arbustive Boisement Culture
rareté ZNIEFF
Accenteur mouchet Prunella modularis X An 2 LC LC NCMP/PCHC 1G
Alouette des champs alauda arvensis X An 3 LC LC NCST/CHC
Alouette lulu Lullula arborea X DO1 An 3 LC LC NCGM/PCHR X 3G 31 V + 7 G
Bergeronnette grise Motacilla alba X An 2 LC LC NCMP/CHC 4V 2V
Bergeronnette printanière Motacilla flava X An 2 LC LC NCM/C 1V
Bouvreuil pivoine Pyrrhula Pyrrhula X An 3 LC VU NRST/PCHC 3G 2G 3G
Buse variable Buteo buteo X An 2 CITES A LC LC NCMP/CHC 3V 3V
Chardonneret élégant Carduelis carduelis X An 2 LC LC NCMP/CHC 5V 1G
Etourneau sansonnet Sturnus vulgaris X LC LC NCST/CHC 4V
Faucon crécerelle Falco tinnunculus X An 2 An 2 CITES A LC LC NCST/PCHC 1V 1G
Fauvette à tête noire Sylvia atricapilla X An 2 An 2 LC LC NCM/C 1G 1G 1V 1G
Geai des chênes Garrulus glandarius X LC LC NCS/RHC 4v 5v 3G 1V+1G
Grimpereau des jardins Certhia brachydactyla X An 2 LC LC NCS 1G 1G 2G
Grive draine Turdus viscivorus X An 3 LC LC NCMP/CHC 1G 1G
Grive musicienne Turdus philomelos X An 3 LC LC NCMP/CHC 1G
Hirondelle de fenêtre Delichon urbicum X An 2 LC LC NCM/C 4V 2V
Hirondelle rustique Hirundo rustica X An 2 LC LC NCM/C 20 V 35 V
Linotte mélodieuse Carduelis cannabina X An 2 LC VU NCMP/CHC 16 V 18 V 36 V + 5 G
Merle noir Turdus merula X An 3 LC LC NCMP/CHC 2G 1G 1G 1G
Mésange bleue Cyanistes caeruleus X An 2 LC LC NCST/RHC 1G 1G 2G 2G 2G 1G
Mésange charbonnière Parus major X An 2 LC LC NCS/RHC 2G+1V 1G
Mésange huppée Lophophanes cristatus X An 2 LC LC NPCS 4G 4G 3G 1G
Mésange noire Periparus ater X An 2 LC NT NPCST/PCHPC 1V 1G
Mésange nonnette Poecile palustris X An 2 LC LC NCS 1G 1G 1G
Moineau domestique Passer domesticus X LC LC NCS 1V
Perdrix rouge Alectoris rufa X An 3 LC LC NPCS/HPC 2G
Pic épeiche Dendrocopos major X An 2 LC LC NCS 1G 1G 1G
Pic vert Picus viridis X An 2 LC LC NCS 1G
Pigeon ramier Columba palumbus X LC LC NCMP/CHC 3V 2V
Pinson des arbres Fringilla coelebs X An 3 LC LC NCST/CHC 8V 5V 2G
Pouillot véloce Phylloscopus collybita X An 2 An 2 LC LC NCGM/CHR 1G 4G 1G 4G 1G
Roitelet à triple bandeaux Regulus ignicapilla X An 2 LC LC NCMP/CHC 3G 1G 1G
Rougegorge familier Erithacus rubecula X An 2 LC LC NCMP/CHC 1G 2G 2G
Rougequeue à front blanc Phoenicurus phoenicurus X An 2 LC LC NPCM/PC 1G
Rougequeue noir Phoenicurus ochruros X An 2 LC LC NCMP/CHR 3G
Sittelle torchepot Sitta europaea X An 2 LC LC NCS 1G 1G 1G 1G
Tarier pâtre Saxicola rubicola X An 3 LC LC NCMP/CHR 1G
Troglodyte mignon Troglodytes troglodytes X An 2 LC LC NCST/RHC 1G 1G 1G
An 2
Verdier d'Europe Chloris chloris X LC LC NCMP/CHC 10 V
et 3 2V

Page 12
LEGENDE DES RELEVES ORNITHOLOGIQUES : GM : généralement migrateur
MP : migrateur partiel
: Espèce patrimoniale pour la région Bourgogne ST : généralement sédentaire ou transhumant
S : sédentaire
: Espèce protégée à l’échelon européen (NN) Toutes populations hors reproduction
Passage :
LEGENDE O : occasionnel ou accidentel
France : Espèce protégée sur le territoire national R : rare
Chasse : Espèce chassable sur le territoire national PC : peu commun
C : commun
DO: Espèce mentionnée dans les annexes de la Directive Oiseaux: Séjour hivernal :
DO1 : Directive Oiseaux (Annexe I) : espèces bénéficiant de mesures spéciales pour la protection HO : hivernant occasionnel ou exceptionnel
de leur habitat conduisant à la création de Zones de Protection Spéciales (ZPS). HR : hivernant rare
HPC : hivernant peu commun
Berne : Convention de Berne du 19 septembre 1979 relative à la conservation de la vie sauvage et du HC : hivernant commun
milieu naturel de l’Europe.
An 2 : annexe 2 de la convention de Berne ; espèces de faune strictement protégées. Comportement
NC : Nicheur certain : oiseau en construction et aménagement d'un nid ou d'une cavité ; adulte
An 3 : annexe 3 de la convention de Berne ; espèces de la faune protégées ou devant faire simulant une blessure ou cherchant à détourner un intrus ; découverte d'un nid vide ou de
l’objet de gestion. coquille d'œufs ou de juvéniles non volants ; nid fréquenté inaccessible ; transport de nourriture
Bonn : Convention de Bonn de 1979 relative à la conservation des espèces sauvages migratrices. ou de sacs fécaux ou nid garni (œufs ou poussins).
NPR : Nicheur probable : couple en période de reproduction ; chant du mâle répété sur un
An 2 : espèces dont l’état de conservation est défavorable. même site ; territoire occupé ou parades nuptiales ; sites de nids fréquentés ou comportements
AEWA : Accord sur la Conservation des oiseaux d’eau migrateurs d’Afrique-Eurasie : espèces et cris d'alarme.
écologiquement dépendantes de zones humides le long de leurs itinéraires de migration pour au NPO : Nicheur possible : oiseau vu en période de nidification dans un milieu favorable ou mâle
moins une partie de leur cycle annuel. chantant en période de reproduction.
V : Oiseau observé en vol.
LRM, LRN, LRR : Listes rouges mondiale, nationale et régionale: G : Oiseau observé en recherche d’alimentation (gagnage).
CR : en danger critique d'extinction P : Oiseau observé posé/au repos.
EN : en danger
VU : vulnérable
NT : quasi-menacé
LC : préoccupation mineure
DD : données insuffisantes
NA : non applicable

SCAP : Espèces faisant l'objet d'un Stratégie de Création d’Aires Protégées

Statut de rareté
(N) nicheur en Saône-et-Loire
Nidification :
NE : nicheur éteint
NO : nicheur occasionnel
NR : nicheur rare
NPC : nicheur peu commun
NC : nicheur commun
Comportement hivernal :
M : migrateur

Page 13
A2.3 – R ELEVES A MPHIBIENS
Conformément au devis, il n’a pas eu lieu d’effectuer des prospections relatives à ce groupe de la faune vertébrée.

Page 14
A2.4 – R ELEVES R EPTILES
Lors des prospections de terrain, un seul individu de lézard des murailles a été observé sur le site d’étude.

Tableau des reptiles contactés sur le site d’étude


Protection Listes Rouges Bourgogne 6 2 3 5 4 1
Nom Statut
Nom scientifique Dét.
vernaculaire France Chasse DH Berne Bonn LRM LRN LRR de SCAP Washington carrière Forêt Friche arbustive Culture
ZNIEFF
rareté
Lézard des
Podarcis muralis X DH4 An 2 LC LC X X
murailles

A2.5 – R ELEVES M AMMIFERES


Tableau des mammifères contactés sur le site d’étude
Protection Listes Rouges Bourgogne 6 2 3 5 4 1
Nom français Nom scientifique statut Dét.
France Chasse DH Berne Bonn LRM LRN LRR SCAP Washington carrière Forêt Friche arbustive Culture
rareté ZNIEFF
Écureuil roux Sciurus vulgaris X An 3 LC LC X

Lièvre Lepus europaeus LC LC X X


Pipistrelle Pipistrellus
X DH4 An 3 An 2 LC LC AS X
commune pipistrellus
Pipistrelle de Pipistrellus
X DH4 An 2 An 2 LC LC R
Nathusius Nathusii
LEGENDE
France : Espèce protégée sur le territoire national
Chasse : Espèce chassable sur le territoire national

DH : Espèce mentionnée dans les annexes de la Directive Oiseaux / Habitats-Faune-Flore :


DH4 : Directive Habitats (Annexe IV) : espèces animales et végétales nécessitant une protection stricte.

Berne : Convention de Berne du 19 septembre 1979 relative à la conservation de la vie sauvage et du milieu naturel de l’Europe.
An 2 : annexe 2 de la convention de Berne ; espèces de faune strictement protégées.
An 3 : annexe 3 de la convention de Berne ; espèces de la faune protégées ou devant faire l’objet de gestion.
Bonn : Convention de Bonn de 1979 relative à la conservation des espèces sauvages migratrices.
An 2 : espèces dont l’état de conservation est défavorable.

LRM, LRN, LRR : Listes rouges mondiale, nationale et régionale :


NT : quasi-menacé
LC : préoccupation mineure
NA : non applicable

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

: Espèce protégée à l’échelon européen

Page 15
A2.6 – R ELEVES L EPIDOPTERES
Tableau des rhopalocères contactés sur le site d’étude
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dét Rar.
Famille Nom scientifique Nom vernaculaire DHFF Protection LRE LRN CB Friche Friche Friche
ZNIEFF Bourg. Carrière Culture Culture Bois Prairie Bois
arbustive pionnière arbustive
Ochlodes sylvanus La Sylvaine LC LC x
Pyrgus malvae L'Hespérie de la Mauve LC LC x
Hesperiidae Spialia sertorius La Roussâtre LC LC x
Thymelicus lineola L'Hespérie du Dactyle LC LC x
Thymelicus sylvestris L'Hespérie de la Houque LC LC x x x
Callophrys rubi Le Thécla de la ronce LC LC x x x x
Celastrina argiolus L'Azuré des Nerpruns LC LC x
Cupido minimus L'Argus frêle LC LC x
Glaucopsyche alexis L'Azuré des Cytises LC LC x x
Plebeius agestis L'Argus brun LC LC x x
Lycaenidae Plebeius argyrognomon L'Azuré des Coronilles LC LC x x
Plebeius idas L'Azuré du Genêt LC LC x x x x x
Polyommatus bellargus Le Bel-Argus LC LC x x
Polyommatus coridon L'Argus bleu-nacré LC LC x x x x x x x
Polyommatus icarus L'Argus bleu LC LC x x x x x x x
Satyrium ilicis La Thécla de l'Yeuse LC LC x
Apatura iris Le grand Mars changeant LC LC x x
Araschnia levana La Carte géographique LC LC x x
Argynnis adippe Le Moyen nacré LC LC x x
Boloria dia La Petite Violette LC LC x x x x
Brenthis daphne Le Nacré de la Ronce LC LC x x
Coenonympha arcania Le Céphale LC LC x x x
Coenonympha pamphilus Le Fadet commun LC LC x x x x x
Inachis io Le Paon du jour LC LC x
Issoria lathonia Le Petit nacré LC LC x
Lasiommata maera Le Némusien LC LC x x x
Lasiommata megera La Mégère LC LC x x x x x x
Nymphalidae
Limenitis camilla Le Petit sylvain LC LC x
Limenitis reducta Le Sylvain azuré LC LC x x x
Lopinga achine La Bacchante An. IV PN2 VU NT An. 2 x AR x
Maniola jurtina Le Myrtil LC LC x x x x
Melanargia galathea Le Demi-Deuil LC LC x x x
Melitaea cinxia La Mélitée du Plantain LC LC x
Melitaea didyma La Mélitée orangée LC LC x x
Pararge aegeria Le Tircis LC LC x
Pyronia tithonus L'Amaryllis LC LC x x x
Vanessa atalanta Le Vulcain LC LC x x
Vanessa cardui La Belle-Dame LC LC x x x x
Papilionidae Papilio machaon Le Machaon LC LC x

Page 16
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dét Rar.
Famille Nom scientifique Nom vernaculaire DHFF Protection LRE LRN CB Friche Friche Friche
ZNIEFF Bourg. Carrière Culture Culture Bois Prairie Bois
arbustive pionnière arbustive
Anthocharis cardamines L'Aurore LC LC x
Colias alfacariensis Le Fluoré LC LC x x
Colias croceus Le Souci LC LC x x x x x x x
Pieridae Gonepteryx rhamni Le Citron LC LC x x x x x x
Leptidea sinapis La Piéride de la Moutarde LC LC x x x
Pieris brassicae La Piéride du Chou LC LC x x x x x x x x x
Pieris rapae La Piéride de la Rave LC LC x x x x x x x

Tableau des hétérocères contactés sur le site d’étude


1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dét.
Famille Nom scientifique Nom vernaculaire DHFF Protection Friche Friche Friche
ZNIEFF Carrière Culture Culture Bois Prairie Bois
arbustive pionnière arbustive
Arctiidae Tyria jacobaeae La Goutte de sang x x x x
Chiasmia clathrata La Géomètre à barreaux x x x x
Geometridae
Ematurga atomaria La Phalène picotée x x
Autographa gamma Le Lambda x
Noctuidae
Euclidia glyphica La Doublure jaune x
Sphingidae Macroglossum stellatarum Le Moro-sphinx x x x x
Saturniidae Aglia tau La Hachette x x x x x
Zygaena fausta La Zygène de la Bruyère x x
Zygaenidae
Zygaena filipendulae La Zygène de la Filipendule x

LEGENDE Rar. Bourg. : Statut de rareté en Bourgogne :


AR : espèce assez rare
DHFF : Espèce inscrite à la Directive Habitats-Faune-Flore (Directive 92/43 relative à la conservation des
habitats naturels, de la faune et de la flore sauvage)
En orange foncé, espèce à enjeu patrimonial fort
An. IV : Espèce inscrite à l’annexe IV de cette Directive (espèce soumise à une protection stricte)
En orange clair, espèce à enjeu patrimonial moyen
Protection : Statut de protection au niveau national
PN2 : article 2 de l’arrêté fixant les listes des insectes protégés sur l'ensemble du territoire
national et les modalités de leur protection

LRE, LRN : Listes rouges européenne et nationale :


LC : Préoccupation mineure
NT : quasi-menacé
VU : Vulnérable

CB : Convention de Berne du 19 septembre 1979 relative à la conservation de la vie sauvage et du


milieu naturel de l’Europe.
An. 2 : Espèce inscrite à l’annexe 2 de cette convention (espèce faunistique strictement
protégée)

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

Page 17
A2.7 – R ELEVES O DONATES
Tableau des odonates contactés sur le site d’étude
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dét
Sous-ordre Nom scientifique Nom vernaculaire DHFF Protection LRE LRN CB Friche Friche Friche
ZNIEFF Carrière Culture Culture Bois Prairie Bois
arbustive pionnière arbustive
Gomphus vulgatissimus Le Gomphe vulgaire LC NT x
Gomphidae
Onychogomphus forcipatus Le Gomphe à forceps LC LC x
Lestidae Sympecma fusca Le Leste brun LC LC x
Libellulidae Libellula depressa La Libellule déprimée LC LC x
Platycnemididae Platycnemis pennipes L'Agrion à larges pattes LC LC x

LEGENDE
DHFF : Espèce inscrite à la Directive Habitats-Faune-Flore (Directive 92/43 relative à la conservation des
habitats naturels, de la faune et de la flore sauvage)

Protection : Statut de protection au niveau national

LRE, LRN : Listes rouges européenne et nationale:


LC : préoccupation mineure
NT : quasi-menacé

CB : Convention de Berne du 19 septembre 1979 relative à la conservation de la vie sauvage et du


milieu naturel de l’Europe.

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

En orange clair, espèce à enjeu patrimonial moyen

Page 18
A2.8 – R ELEVES O RTHOPTEROÏDES
Tableau des orthoptéroïdes contactés sur le site d’étude
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Dét.
Famille Nom scientifique Nom vernaculaire DHFF Protection LRN CB Friche Friche Friche
ZNIEFF Carrière Culture Culture Bois Prairie Bois
arbustive pionnière arbustive
Calliptamus barbarus Le Caloptène ochracé NM x x
Calliptamus italicus Le Caloptène italien NM x x x x
Chorthippus biguttulus Le Criquet mélodieux NM x x x x x x x x
Chorthippus brunneus Le Criquet duettiste NM x x x x x x x
Chorthippus dorsatus Le Criquet verte-échine NM x x
Acrididae
Chrysochraon dispar Le Criquet des clairières NM x
Euchorthippus declivus Le Criquet des bromes NM x x x x x
Gomphocerippus rufus Le Gomphocère roux NM x x
Oedipoda caerulescens L'Œdipode turquoise NM x x x x x
Sphingonotus caerulans L'Œdipode aigue-marine NM x x
Conocephalus fuscus Le Conocéphale bigarré NM x
Conocephalidae
Ruspolia nitidula Le Conocéphale gracieux NM x x x x
Gryllus campestris Le Grillon champêtre NM x
Gryllidae Nemobius sylvestris Le Grillon des bois NM x x
Oecanthus pellucens Le Grillon d'Italie NM x x
Mantidae Mantis religiosa La Mante religieuse x x
Meconematidae Meconema meridionale Le Méconème fragile NM x
Phaneropteridae Phaneroptera falcata Le Phanéroptère commun NM x x x x
Metrioptera bicolor La Decticelle bicolore NM x x x x x
Pholidoptera griseoaptera La Decticelle cendrée NM x
Tettigoniidae
Platycleis albopunctata La Decticelle chagrinée NM x x
Tettigonia viridissima La Grande Sauterelle verte NM x x x x

LEGENDE
DHFF : Espèce inscrite à la Directive Habitats-Faune-Flore (Directive 92/43 relative à la conservation des habitats naturels, de la faune et de la flore sauvage)

Protection : Statut de protection au niveau national

LRN : Liste rouge nationale :


NM : Non-menacé

CB : Convention de Berne du 19 septembre 1979 relative à la conservation de la vie sauvage et du milieu naturel de l’Europe.

Dét. ZNIEFF : Espèce déterminante de ZNIEFF en Bourgogne

Page 19
A2.9 – D ETAIL DES CONDITIONS ET HORAIRES DE PROSPECTIONS

Type de Conditions Dates de Type de Conditions


Catégorie Groupe Date Horaire N° de relevé Catégorie Groupe Horaire Points de relevé
prospection météorologiques prospection prospection météorologiques
4, 26, 27 - Voir Annexe Voir Annexe méthodologique - la
Non concerné par la 8:45-12:00 / Rhopalocères
18-avr.-13 Diurne méthodologique - la carte de carte de relevé associée
thématique 13:00-19:00 Nuageux (couverture
relevé associée 9:00-13:00 / Voir Annexe méthodologique - la
Odonates 2-mai-13 Diurne nuageuse : env. 40%),
5, 6, 7, 8, 13, 14, 18, 19, 20, 21, 22, 13:45-17:00 carte de relevé associée
8h30-13h30 vent faible, 18°
Non concerné par la 23, 29 - Voir Annexe Voir Annexe méthodologique - la
4-juin-13 Diurne / 14:15- Coléoptères
thématique méthodologique - la carte de carte de relevé associée
Flore et Flore et 18:00
relevé associée Voir Annexe méthodologique - la
Habitat Habitat Rhopalocères
9, 10, 16, 17 - Voir Annexe Couvert (couverture carte de relevé associée
Non concerné par la 9:00-13:00 /
8-juil.-13 Diurne méthodologique - la carte de nuageuse : 100%), 9:00-13:00 / Voir Annexe méthodologique - la
thématique 13:45-17:00 Odonates 3-juil.-13 Diurne
relevé associée pluie, vent faible à 13:45-17:00 carte de relevé associée
1, 2, 3, 11, 12, 15, 24, 25, 28 - Voir modéré, 16° Voir Annexe méthodologique - la
Non concerné par la 9:00-13:00 / Coléoptères
9-juil.-13 Diurne Annexe méthodologique - la carte carte de relevé associée
thématique 13:45-1700
de relevé associée Faune Voir Annexe méthodologique - la
Rhopalocères
invertébrée carte de relevé associée
Nuageux (couverture
9:00-13:00 / Voir Annexe méthodologique - la
Dates de Type de Conditions Odonates 4-juil.-13 Diurne nuageuse : env. 50%),
Catégorie Groupe Horaire Points de relevé 13:45-17:00 carte de relevé associée
prospection prospection météorologiques vent faible, 22°
Voir Annexe méthodologique - la
Oiseaux en Neige, couvert, pas 8:30-12:30 / Voir Annexe méthodologique - la Coléoptères
17-janv.-13 Diurne carte de relevé associée
hivernage de vent 13h30-19:00 carte de relevé associée
Voir Annexe méthodologique - la
Ensoleillé, 17°C, vent 16h15- Voir Annexe méthodologique - la Orthoptère
3-juin-13 Dégagé, vent faible, 9:00-13:00 / carte de relevé associée
Oiseaux en NE 30 km/h + rafales 21h45 carte de relevé associée 21-août-13 Diurne
Diurne 27° 13:45-17:00 Voir Annexe méthodologique - la
reproduction Soleil, 13°C, vent NE Voir Annexe méthodologique - la Coléoptères
4-juin-13 6h30-13h30 carte de relevé associée
15 km/h carte de relevé associée
Voir Annexe méthodologique - la
Soleil, 22°C, vent sud 6:00-13:00 / Voir Annexe méthodologique - la Orthoptère
17-avr.-13 Soleil voilé, vent 9:00-13:00 / carte de relevé associée
10 km/h 13:30-14:00 carte de relevé associée 22-août-13 Diurne
faible, 27° 13:45-17:00 Voir Annexe méthodologique - la
12°C, nébulosité 8/8, Voir Annexe méthodologique - la Coléoptères
18-avr.-13 16:30-20:00 carte de relevé associée
Oiseaux en vent SO 15 km/h carte de relevé associée
Diurne
migration Voir Annexe méthodologique - la
20-sept.-13 Soleil, vent Ouest 06:00-13:00
carte de relevé associée
Faune Voir Annexe méthodologique - la
21-sept.-13 Soleil, vent Ouest 16:00-20:00
vertébrée carte de relevé associée
Vent sud 10 km/h, Voir Annexe méthodologique - la
17-avr.-13 22:00-1:30
15°C carte de relevé associée
Chiroptères Nocturne
13°C, vent NE 20 Voir Annexe méthodologique - la
3-juin-13 22:30-1:30
km/h carte de relevé associée
Soleil, 22°C, vent sud Voir Annexe méthodologique - la
17-avr.-13 14:00-17:30
10 km/h carte de relevé associée
12°C, nébulosité 8/8, 8:45-12:00 / Voir Annexe méthodologique - la
18-avr.-13
Reptiles et vent SO 15 km/h 13:00-16:00 carte de relevé associée
Diurne
mammifères Ensoleillé, 17°C, vent 9:00-12:00 / Voir Annexe méthodologique - la
3-juin-13
NE 30 km/h + rafales 13:00-16:00 carte de relevé associée
Soleil, 13°C, vent NE Voir Annexe méthodologique - la
4-juin-13 14:00-18:00
15 km/h carte de relevé associée

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