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Medidas de Controle do Ruído

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Fernanda Anraki Vieira

Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Medidas de Controle do Ruído

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Medidas de Controle;
• Norma Regulamentadora 6 (NR-6).

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Demonstrar a sequência de ações a serem tomadas no controle do ruído (na fonte, trajetória
e no trabalhador;
• Apresentar os tipos de protetores auditivos e requisitos para cumprimento da NR-6.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Medidas de Controle do Ruído

Contextualização
Agora que já sabemos como avaliar os níveis de ruído no ambiente, é necessário apren-
der sobre as possíveis medidas de controle do ruído. Cada caso é único e deve ser avaliado
considerando a viabilidade e eficácia das medidas de controle.

Medidas de controle mal determinadas podem ocasionar a falsa sensação de proteção,


além de gerar custos desnecessários às organizações. A prioridadedeve ser sempre dire-
cionada para a eliminação/redução do nível de ruído da fonte geradora e, por último, a
adoção de medidas administrativas ou no trabalhador.

Na necessidade da adoção de protetores auriculares, deve-se realizar um estudo para


selecionar os protetores adequados ao risco, treinar os trabalhadores para seu uso, subs-
tituí-los periodicamente e registrar o fornecimento.

Todas as ações mencionadas também impactam diretamente na gestão de risco do


agente físico ruído.

Assistiremos a um último vídeo do Napo para fecharmos nossas reflexões.

Assista ao vídeo e reflita com Napo. Disponivel em: https://youtu.be/tTcUeJwzFqk

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Medidas de Controle
A propagação do som ocorre em forma de ondas esféricas a partir da fonte. Duas situ-
ações podem dificultar essa propagação:
• a presença de obstáculos na trajetória do som;
• a não uniformidade do meio, por exemplo, ventos e/ou gradientes de temperatura
(GERGES, 2000; SALIBA, 2018).

A NR-9, que trata do PPRA, diz quedeverão ser adotadas as medidas necessárias sufi-
cientes para o estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva,
obedecendo à seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudi-
ciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente
de trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de
trabalho (BRASIL, 1978).

Quando comprovado pelo empregador, a inviabilidade técnica da adoção de medidas


de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergen-
cial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI (BRASIL, 1978).

Logo, a hierarquia de controle atua primeiramente na fonte, em seguida na trajetória e


por último no trabalhador. A implantação das medidas de controle deve ser acompanhada
de treinamento dos trabalhadores e avaliação da eficácia destas (BRASIL, 1978).

Controle na Fonte
É a medida mais indicada no controle de ruído, vez que elimina ou reduz os níveis de
ruído emitidos no ambiente. O momento mais apropriado é no planejamento das insta-
lações, onde pode-se optar por adquirir equipamentos menos ruidosos e sistematizar o
layout da forma mais conveniente (SALIBA, 2018).

Uma vez que a instalação já existe, o controle na fonte pode ser feito através de outras
medidas, como por exemplo:
• Substituição de equipamentos por outros menos ruidosos;
• Manutenção preventiva nos equipamentos;
• Lubrificação periódica das partes e componentes dos equipamentos;
• Reduzir impactos, quando estes existirem e forem possíveis;

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UNIDADE
Medidas de Controle do Ruído

• Programar as operações de modo que o mínimo de equipamentos permaneça liga-


dos simultaneamente;
• Entre outras (SALIBA, 2018).

Controle na Trajetória
Quando o controle na fonte não é possível, deve-se estudar a possibilidade de medidas
de controle na trajetória de propagação do som. Neste caso, a intensidade do ruído produ-
zida é a mesma, porém, é atenuada através de absorção ou isolamento (SALIBA, 2018).

A absorção ocorre quando o som encontra uma superfície composta de materiais


porosos ou fibrosos. Os coeficientes de absorção dos materiais variam conforme a
frequência do som. Já o isolamento consiste em evitar a transmissão do som de um
ambiente para outro, fazendo o uso de materiais isolantes (SALIBA, 2018)

No caso do isolamento, é possível se isolar a fonte, por exemplo, na construção de


uma barreira entre a fonte de ruído e o meio para evitar a propagação do som. Também é
possível isolar o receptor, quando se impõe uma barreira entre a fonte e o indivíduo expos-
to ao ruído, por exemplo, na implantação de cabines em equipamentos (SALIBA, 2018).

Controle no Trabalhador
Não sendo possível o controle na fonte e na trajetória, deve-se adotar medidas no tra-
balhador, que contemplam medidas administrativas para reduzir sua exposição ou o uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Quanto às medidas administrativas, a limitação do tempo de exposição do trabalhador


consiste em reduzir o tempo de exposição aos níveis de ruído elevados. Isso pode ser
feito, por exemplo, através de rodízio entre os trabalhadores. Para o sucesso dessas me-
didas, um estudo sistemático do tempo das tarefas, métodos de trabalho, monitoramento
de ruído etc., deve ser cuidadosamente realizado (SALIBA, 2018).

Já o controle do ruído feito pelo uso de EPI deve considerar alguns fatores, tais como:
• Seleção do EPI;
• Fator de atenuação;
• Uso efetivo durante a exposição;
• Vida útil e periodicidade de troca (SALIBA, 2018).

Norma Regulamentadora 6 (NR-6)


A Norma Regulamentadora 6 (NR-6), que trata dos Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), estabelece os critérios para fornecimento de EPI ao trabalhador. Con-
sidera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no traba-
lho (BRASIL, 1978).

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O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só
poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação
(CA) expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 1978).

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao


risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência (BRASIL, 1978).

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Tra-


balho (SESMT), ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e trabalhado-
res usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada
atividade. Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o
EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida
a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários (BRASIL, 1978).

Cabe ao empregador quanto ao EPI:


a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competen-
te em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas
ou sistema eletrônico (BRASIL, 1978).

Cabe ao empregado quanto ao EPI:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado (BRASIL, 1978).

O Anexo I, que traz a lista de equipamentos de proteção individual, cita, no item C,


os EPI para proteção auditiva:
a. protetor auditivo circum-auricular;

b. protetor auditivo de inserção;

c. protetor auditivo semiauricular;

para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora su-


periores ao estabelecido na NR-15, anexos n.º 1 e 2. (BRASIL, 1978)

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UNIDADE
Medidas de Controle do Ruído

Protetores Auditivos
Os protetores auditivos (ou protetores auriculares) são equipamentos de proteção indivi-
dual colocados no ouvido do trabalhador para impedir que o som atinja o sistema auditivo.
Podem ser de inserção – pré-moldados ou moldáveis, semiauricular ou circum-auricular –
tipo concha. Cada modelo possui seus prós e contras, que serão abordados a seguir e con-
tribuirão para a tomada de decisão na escolha do EPI.

Protetores Circum-Auriculares (Concha)


Também conhecidos como protetores tipo concha, são formados por um arco plás-
tico ligado a duas conchas plásticas revestidas internamente por espuma que ficam
sobre as orelhas. Possuem as almofadas externas para ajuste confortável da concha à
cabeça do usuário, ao redor da orelha. Pode ser simples, quando utilizado sobre a ca-
beça, ou acoplável a capacetes.

Os protetores tipo concha são de fácil higienização, protegem não somente o canal
auditivo, mas toda a orelha, podendo ser utilizados por pessoas com infecções no canal
auditivo. Apresentam maiores níveis de atenuação que os protetores de inserção.

São mais difíceis de carregar e guardar devido ao seu tamanho e podem restringir
movimentos da cabeça. Quando utilizados com cabelos longos, barba, óculos etc.,
podem ter sua atenuação prejudicada.

Figura 1− Protetor auricular Figura 2 − Protetor auricular tipo


tipo concha simples concha acoplado à capacete
Fonte: Istock/GettyImages Fonte: Istock/GettyImages

Protetores Semiauriculares
Também conhecidos como protetores tipo capa, são formados por uma haste plástica
de alta resistência. Possui plugues de espuma substituíveis em suas extremidades que se
acomodam na entrada do canal auditivo, sem, contudo, penetrá-lo.

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Os plugues são de baixo custo e descartáveis. Podem ser utilizados com a haste atrás da
cabeça ou debaixo do queixo, permitindo o uso com capacetes, óculos e outros EPI. Pode
ser utilizado em canais auditivos com infecções leves. São de fácil asseio, visto que basta
substituir os plugues. Este protetor pode ser desconfortável para uma jornada inteira de
trabalho, pois a haste impõe pressionar a entrada do canal auditivo.

Figura 3 − Protetor semiauricular


Fonte: Istock/GettyImages

Protetores de Inserção (Plugue)


Também são conhecidos como protetores tipo plugue. Existem dois tipos de proteto-
res auriculares de inserção:
• pré–moldados: São aqueles cujo formato é definido por três flanges flexíveis, em
tamanhos pequeno (P), médio (M) ou grande (G), feitos geralmente de borracha,
silicone ou PVC.
• moldáveis: Feitos em espuma moldável com superfície lisa. Quando introduzidos
no ouvido, moldam-se conforme o canal auditivo do usuário, independentemente do
tamanho ou formato do canal. São descartáveis.

Os protetores auriculares de inserção são compatíveis com outros EPI, tais como ca-
pacetes, óculos e máscaras. São pequenos, de fácil transporte e armazenagem e não res-
tringem os movimentos do usuário. Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos,
barba etc., sem interferência na vedação.

Em razão de serem introduzidos no canal auditivo, movimentos como fala e mastigação


podem deslocar o protetor do ouvido. Por serem pequenos, podem ser perdidos e são mais
difíceis de higienizar. Os protetores de inserção só podem ser utilizados em canais auditivos
saudáveis e, caso trocados, podem transmitir uma infecção auditiva de um ouvido para o
outro. E o mais importante, que seus níveis de atenuação dependem da boa colocação.

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Medidas de Controle do Ruído

Figura 4 − Protetor auricular Figura 5 − Protetor auricular


de inserção pré-moldado de inserção moldável
Fonte: Istock/GettyImages Fonte: Istock/GettyImages

Como utilizar os Protetores Auriculares


Segundo a fabricante 3M do Brasil Ltda., o uso dos protetores auriculares deve ser feito
da seguinte maneira:

Uso do modelo tipo concha, espuma moldável e pré moldado.


Disponível em: https://goo.gl/gwoXdn

Verificação da Vedação
Segundo a fabricante 3M do Brasil Ltda., após a colocação do protetor auditivo,
deve-se proceder à verificação da vedação. A vedação pode ser verificada através das
seguintes observações:
• Quando os protetores estão corretamente posicionados, sua própria voz deve parecer
oca e os sons ao seu redor não devem parecer tão altos quanto anteriormente.
• Tente puxar levemente o protetor auditivo; ele não deve se mover facilmente. Se o
protetor se mover facilmente, remova-o e o coloque novamente.
• Verifique frequentemente a vedação durante o tempo em que está usando o pro-
tetor. Se os protetores se deslocarem, a proteção ao ruído pode ser perdida (3M
do Brasil, 2011).

Comparação entre Plugue e Concha


O quadro a seguir, elaborado pela Associação Americana de Higienistas Industriais,
mostra a comparação entre os protetores auriculares tipo plugue e concha.

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Quadro 1 − Comparação entre protetores concha e plugue
Concha Plugue
Eliminam ajustes complexos de colocação. Podem ser colocados Devem ser adequados a cada diâmetro e longitude
perfeitamente por qualquer pessoa. do canal auditivo externo.
São grandes e não podem ser levados facilmente nos bolsos das
São fáceis de carregar, mas também são fáceis de
roupas. Não podem ser guardados com ferramentas, e sim em
serem esquecidos ou perdidos.
lugares apropriados.
Podem ser observados a grandes distâncias, permitindo tomar Não são vistos ou notados facilmente e criam
providências para realizar a comunicação oral. dificuldades na comunicação oral normal.
Interferem no uso dos óculos pessoais ou EPI. Não dificultam o uso dos óculos pessoais ou EPI.
Podem ajustar-se mesmo quando se usa luvas. Deve-se tirar as luvas para poder colocá-los.
Podem acarretar problemas de espaço em locais pequenos e confinados. Não produzem problemas de limitação de espaço.
Podem produzir contágio somente quando usados coletivamente. Podem infectar ou lesar ouvidos sãos.
Podem ser confortáveis em ambientes frios, mas muito desagradáveis
Não são afetados pela temperatura do ambiente.
em ambientes quentes.
Sua limpeza deve ser feita em locais apropriados. Devem ser esterilizados frequentemente.
Podem ser usados por quaisquer pessoas de ouvidos sãos ou enfermos. Devem ser inseridos somente em ouvidos sãos.
O custo inicial é alto, mas sua vida útil é longa. O custo inicial é baixo, mas sua vida útil é curta.
Fonte: SALIBA, 2018

Sobre o conforto no uso dos protetores auriculares em: Avaliação do conforto do protetor
auditivo individual numa intervenção para prevenção de perdas auditivas.
Disponível em: https://goo.gl/LDGCJ7

Atenuação
A atenuação, ou fator de proteção, representa a capacidade que o protetor auricular
tem de reduzir os níveis de ruído captados pelo aparelho auditivo. Para se determinar a
atenuação, os protetores auriculares são submetidos a ensaios realizados em laboratórios
especializados que seguem normas específicas para tal fim (SALIBA, 2018).

Basicamente existem dois métodos de ensaio para a obtenção da atenuação:


• Método longo, através da análise de frequência, que consiste em subtrair os níveis de
pressão sonora em dB(A), nas bandas de frequência de 125Hz a 8KHz, obtendo-se os
valores de atenuação efetiva em cada banda.
• Método simplificado, que consiste em calcular a atenuação por meio de um valor único
denominado Nível de Redução de Ruído subject fit (NRRsf), que se aproxima da atenu-
ação real total do protetor (SALIBA, 2018).

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UNIDADE
Medidas de Controle do Ruído

Dupla Proteção
Se um trabalhador fizer uso de dois protetores auriculares simultaneamente, a atenu-
ação está estimada em: maior NRRsf + 6dB. O cálculo da dupla proteção não é preciso,
sendo que o ideal é enviar os dois protetores para que um laboratório credenciado realize
a medição da atenuação (GERGES, 2000. SALIBA, 2018).

Sobre a efetividade dos protetores auriculares no artigo: Equipamento de proteção


individual auricular: avaliação da efetividade em trabalhadores expostos a ruído.
Disponível em: https://goo.gl/BZnMEX

Certificado de Aprovação (CA)


O número do Certificado de Aprovação do EPI pode ser encontrado na embalagem ou
no corpo do próprio equipamento. O certificado pode ser consultado no site do Ministério
do Trabalho e possui o seguinte formato:

Figura 6 − Certificado de aprovação nº 5.745


Fonte: caepi.mte.gov.br

Os Certificados de Aprovação (CA) podem ser obtidos no site do Ministério do Trabalho.


Disponível em: https://goo.gl/qVqRFX

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Validade do Protetor Auditivo
A validade do protetor auditivo é diferente da vida útil deste. A validade é contada a
partir da data de fabricação e é orientada pelo fabricante. Por exemplo, para o protetor
auditivo de inserção de silicone, a fabricante 3M do Brasil orienta: Deve ser mantido em
local com boa ventilação, limpo, seco, evitando-se umidade e exposição acontami-
nantes. Nestas condições o produto pode ser estocado por até 3 anos após a data
de fabricação (3M do Brasil, 2011).

Vida Útil do Protetor


Não há legislação que determine a vida útil de um protetor auricular, vez que esta de-
pende de vários fatores, tais como: cuidado do usuário, condições ambientais do local de
trabalho - ex.: temperatura, umidade, poeira etc. (GERGES, 2000. SALIBA, 2018).

A vida útil dos protetores auriculares deve considerar a perda da atenuação ao longo
do tempo, sendo que essa verificação só é possível de ser verificada em laboratório espe-
cializado (SALIBA, 2018).

Samir N. Y. Gerges, especialista em acústica, fundador e supervisor do Laboratório


de Ruído Industrial – LARI da Universidade Federal de Santa Catarina, credenciado pelo
Ministério do Trabalho para realizar ensaios em protetores auriculares, realizou um estudo
sobre a vida útil dos protetores auriculares. Neste estudo foram analisados protetores no-
vos e usados, classificados por tempo de uso. De um modo geral, pôde-se concluir que um
protetor tipo concha pode ter vida útil de até um ano, enquanto o protetor de inserção de
silicone de até seis meses (SALIBA, 2018).

Independentemente do tempo de uso, os protetores auriculares devem ser substituídos


sempre que se apresentarem fisicamente deteriorados ou quando estiverem sujos, de tal for-
ma que seja impossível limpá-los utilizando apenas métodos convencionais de lavagem com
água e sabão neutro (3M do Brasil, 2011).

Problemas na Utilização dos Protetores Auriculares


Em termos práticos, além da atenuação, outros fatores devem ser considerados na
seleção dos protetores auriculares para evitarem problemas em sua utilização. São eles:
• Higiene: a falta de higiene pode causar infecções ou doenças no ouvido. Os prote-
tores devem ser colocados com as mãos limpas e guardados limpos. Os protetores
de inserção pré-moldados, incluindo seu estojo, devem ser lavados com sabão neutro
e fervidos em água pelo menos uma vez por semana. No caso das conchas, quando
há transpiração excessiva, pode-se utilizar gaze cirúrgica ou material similar entre a
concha e a orelha para minimizar a sensação de suor. A higienização do protetor tipo
concha pode ser feita com pano úmido, água e sabão.
• Desconforto: pode ocorrer desconforto até que o trabalhador se acostume a usar o
protetor. Esse desconforto acontece devido à firmeza com que os protetores pressio-
nam o ouvido.
• Efeitos na comunicação verbal: o uso de protetores auriculares pode interferir na
comunicação verbal. Para contornar essa situação, pode-se fazer uso dos movimen-
tos dos lábios, mãos e/ou rosto, como complemento da fala.

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UNIDADE
Medidas de Controle do Ruído

• Efeito na localização direcional: pode ocorrer influência sobre a localização di-


recional das fontes de ruído. Se este for um fator importante para a segurança, os
protetores tipo plugue são mais recomendados, pois exercem menos interferência
que os do tipo concha.
• Sinais de alarme: nos locais de trabalho onde houver uso de protetor auditivo, a si-
nalização de segurança deve ser complementada com sinais visuais para garantir que
haverá alerta adequado em caso de risco.
• Custos: devem ser considerados os custos de aquisição dos protetores, manutenção
ou reposição dos protetores, administrativos (pedidos de compra, exames audiométri-
cos etc.) e de conscientização (treinamentos, divulgação etc.) (GERGES, 2000).

Sobre a percepção no uso de protetores auriculares no estudo: A percepção sobre protetores


auriculares portrabalhadores participantes de programas depreservação auditiva: estudo
preliminar. Disponível em: https://goo.gl/SXuJnb

Registro de Fornecimento
Em cumprimento à NR-6 o empregador deverá registrar o fornecimento do EPI ao traba-
lhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. Logo, é necessário que a
empresa adote procedimento parapromover a distribuição e reposição do protetor auditivo.

A distribuição e substituição requerem cuidados, no sentido de que o protetor for-


necido deve ter atenuação adequada ao nível de ruído ao qual o trabalhador está sub-
metido e que a substituição deve ser periódica, conforme necessidade (ex.: perda do
EPI, danos estruturais etc.) ou perda de atenuação do protetor.Comumente, utiliza-se a
ficha de EPI para se realizar o registro de fornecimento dos equipamentos. Tal registro
deve conter informações mínimas, tais como:
• nome e função do trabalhador;
• setor de trabalho;
• data de entrega do EPI;
• modelo e certificado de aprovação do EPI;
• data de devolução do EPI anterior (caso seja política dotada na empresa);
• assinatura do trabalhador (caso seja política dotada na empresa).

Entre outras informações pertinentes.

Sobre os protetores auditivos no artigo: Ouvindo pelos protetores.


Disponível em: https://goo.gl/XCVM1j
Vamos relembrar o conteúdo da disciplina de ruído no treinamento da fabricante 3M,
disponível em: https://youtu.be/dJfQM6DhzIs

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Napo. Pare esse Barulho, Episódio 7
https://youtu.be/tTcUeJwzFqk
Proteção Auditiva - Vídeo de Treinamento 3M
https://youtu.be/dJfQM6DhzIs

Leitura
A percepção sobre protetores auriculares por trabalhadores participantes de programas de pre-
servação auditiva: estudo preliminar
https://goo.gl/hNuU6k
Avaliação do conforto do protetor auditivo individual numa intervenção para prevenção de per-
das auditivas
https://goo.gl/yS8Y1t
Equipamento de proteção individual auricular: avaliação da efetividade em trabalhadores ex-
postos a ruído
https://goo.gl/H6zZ5b
Ouvindo pelos protetores
https://goo.gl/DjrLpt

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UNIDADE
Medidas de Controle do Ruído

Referências
3M DO BRASIL. Cartilha de Proteção Auditiva. Disponível em: <multimedia.3m.com/
mws/media/1030355O/catalogo.pdf>. Acesso em: 06/08/2018.

3M DO BRASIL. Boletim Técnico – Protetores Auditivos 3M Pomp Plus, 2011. Dispo-


nível em: <http://solutions.3m.com.br/3MContentRetrievalAPI/BlobServlet?lmd=1323
778823000&locale=pt_BR&assetType=MMM_Image&assetId=1319212470336&blob
Attribute=ImageFile>. Acesso em: 06/08/2018.

BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Normas Regulamentadoras - NR -


do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e
Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06/07/1978. Disponível
em: <http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>. Acesso em: 11/05/2016.

EDITORA SABERES. Saúde e segurança do trabalho (livro eletrônico). São Paulo, 2014.

FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues. Acidente do trabalho, doenças ocu-


pacionais e profissionais: causas que devem ser forçosamente apreciadas pela justiça do
trabalho: seguridade social: controle: Emenda Constitucional para transferir a competên-
cia para a justiça do trabalho para tais causas (ações acidentárias). Revista LTr: Legislação
do Trabalho, São Paulo, v. 74, n. 4, abr. 2010, p. 397-405.

GERGES, S.N.Y. Ruído: Fundamentos e Controle. 2. ed. Santa Catarina: NR Edi-


tora, 2000.

MICHEL, Oswaldo. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. 3. ed.São


Paulo: Ltr, 2008.

MONTEIRO, Antonio Lopes; BERTAGNI, Roberto Fleury de Souza. Acidentes do


trabalho e doenças ocupacionais: conceito, processos de conhecimento. 6. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.

RAMAZZINI, Bernardino. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro, 1985.

SALIBA, T.M. Manual Prático de Avaliação e Controle do Ruído: PPRA – 10. ed.
São Paulo: LTR, 2018.

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