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• A Nebulosa •
Canto i – A Rocha Negra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Canto ii – A Doida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Canto iii – A Peregrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Canto iv – Nos Túmulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Canto v – A Mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Canto vi – Harpa Quebrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
Epílogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
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O interesse em repor em circulação o poema A Nebulo-
sa, de Joaquim Manuel de Macedo, surgiu com a constata-
ção de que, a despeito da boa reputação, há um século e meio
não era reeditado. Algumas obras esquecidas, do século xviii,
por exemplo, voltaram em boas edições, graças ao interesse
de alguns pesquisadores e de algumas editoras, principalmen-
te universitárias. E por que A Nebulosa foi abandonada nas
brumas? Basílio de Magalhães acreditava, em 1926, que a obra
fora deixada de lado não porque pertencesse “a uma escola já
morta, mas principalmente por ser uma obra demasiado lon-
ga, com seis cantos e um epílogo, num total de 280 páginas”3.
Todavia, entre seus contemporâneos, o poema foi consi-
derado como uma obra-prima. Sua fama atravessou o Atlân-
tico e foi comentado em Lisboa, por Francisco Inocêncio da
Silva, no seu Dicionário Bibliográfico Português, de 1858, um
ano após a publicação de A Nebulosa. Ferdinand Wolf4, no
seu O Brasil Literário, de 1863, dedicou-lhe onze páginas, en-
quanto não se ocupou de mais de vinte linhas para A More-
ninha e o teatro cômico de Macedo, parte da obra do autor
que sobrevive até hoje. O poema causou sensação, foi presti-
giado, alcançou um sucesso extraordinário na época da pu-
blicação e nos anos imediatamente posteriores, mas acabou
caindo no esquecimento, no “ossuário do romantismo”. O
poema de Macedo foi muito comentado no seu próprio sé-
culo, mas, no seguinte, os comentários vão se tornando mais
esparsos até que desaparecem. E não há publicação de estu-
do aprofundado sobre A Nebulosa.