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Introdução

A Constituição Política do Império do Brasil, vulgo Constituição de 1824, foi a


primeira e única constituição do Brasil Imperial, bem como a primeira constituição a reger
o território brasileiro (Portugal adotou só sua primeira constituição em 1822). Outorgada
pelo imperador D. Pedro I e vigente até a declaração da república em 1889, essa
Constituição foi a mais longeva e estável do Brasil, sendo marcada por peculiaridades
como o Poder Moderador e esforços sinceros de se criar uma sociedade progressista,
estabelecendo o voto (indireto e censitário) e direitos civis aos cidadãos. Segundo
consenso de historiadores e cientistas políticos, a Constituição de 1824 foi, em seu tempo,
uma das mais liberais do mundo e talvez a mais liberal das Américas, excetuando-se a
norte-americana.
Desenvolvimento

Um produto da independência brasileira, a Constituição de 1824 surgiu da


necessidade de legitimar o novo império e de formalizar um equilíbrio entre as várias
classes sociais que disputavam o poder político após o fim do regime português,
especialmente os escravocratas, que temiam revoltas da população majoritariamente
escrava, e os imigrantes ainda leais a Portugal ("Partido Português"). O imperador D. Pedro
I também desejava criar uma constituição liberal, não despótica, aos moldes do que
ocorria na Europa, portanto ele permitiu que o Conselho de Estado, composto por
eminentes juristas, redigisse uma Carta de modo a controlar (ou tentar) os poderes do
monarca. Em forma e conteúdo, o texto final tem clara inspiração na Constituição
Francesa de 1814.
A primeira Constituição brasileira foi outorgada por d. Pedro I em 25 de março de
1824, e conferiu as bases da organização político-institucional do país independente. Em
1822 d. Pedro convocou uma assembleia constituinte com a tarefa de elaborar uma
Constituição para o Brasil. Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a
Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava o
poder do imperador. Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de sua
confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou da
redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de
imperador.
Apoiada numa pluralidade de matizes teóricas, como a experiência constitucional
da Espanha (1812) e da França (1814), bem como o pensamento político de Benjamin
Constant, o modelo expresso na Constituição de 1824 resultou da tentativa de conciliar os
princípios do liberalismo à manutenção da estrutura sócio-econômica e da organização
política do Estado monárquico e escravocrata que emergira da Independência. A
Constituição outorgada não apenas modelou a formação do Estado, como teve importante
papel na garantia da estabilidade institucional necessária à consolidação do regime
monárquico.

A Constituição definia juridicamente aqueles que usufruiriam a condição de


cidadão, a quem ficava assegurada a inviolabilidade dos direitos civis e políticos, tendo por
base a liberdade, a segurança individual e a propriedade. Estava constitucionalmente
assegurada a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, o direito à propriedade, a
instrução primária gratuita, a independência do poder judicial, o fim do foro privilegiado, o
acesso ao emprego público por mérito, entre outros direitos. Dentre os cidadãos, o texto
constitucional incluiu os ingênuos e libertos nascidos no Brasil, os filhos de pai brasileiro,
os ilegítimos de mãe brasileira nascidos no exterior que fixassem domicílio no Império e os
filhos de pai brasileiro em serviço em país estrangeiro, ainda que não se estabelecessem
no Brasil, além de todos os nascidos em Portugal e suas possessões que residissem no país
por ocasião da Independência.

Principais características da Constituição de 1824:

- Concentrava poderes nas mãos do imperador, através do poder moderador.

- Só os ricos podiam votar, pois o voto era baseado em renda. Este sistema
eleitoral excluiu a maioria da população brasileira do direito de escolher seus
representantes.

- Igreja subordinada ao Estado.

- Manutenção do sistema que garantia os interesses da aristocracia.

O que ficou determinado pela Constituição de 1824:

- O Brasil seguiria o regime político monárquico, sendo que o poder seria


transmitido de forma hereditária.

- O poder moderador, exercido pelo imperador, estava acima dos outros poderes.
Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes.
Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo
brasileiro.

- Voto censitário, ou seja, para poder votar e se candidatar a pessoa deveria


comprovar determinada renda.

- Estabeleceu os quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador.


- Estabeleceu a Igreja Católica como religião oficial do Brasil. A Igreja ficou
subordinada ao Estado.

- Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo


imperador.

- Poder executivo exercido pelo imperador e ministros de Estado.

- Deputados e senadores seriam os responsáveis pela elaboração das leis do país,


que seriam executadas pelo poder executivo.

- Manutenção da divisão territorial nacional em províncias.

- O imperador tinha o direito de não responder na justiça por seus atos.

- Estabelecimento de garantias e direitos individuais.

No período da referida Constituição, reinava o poder do Imperador, apesar de


Senadores, Deputados e Juízes exercerem a sua função, a palavra final cabia ao Chefe
maior de Estado. Contudo, pode-se afirmar que a partir desta Carta Magna, foi iniciado o
caminho para a democracia do povo brasileiro.

Diferente das demais, a Constituição de 1824 concentra quatro poderes: Executivo,


Legislativo, Judiciário e Moderador, destacando-se o Poder Moderador ou Poder
Real, onde observa-se várias exaltações ao Imperador, entre elas: “art. 99 - A Pessoa do
Imperador é inviolavel, e Sagrada: Elle não está sujeito a responsabilidade alguma.” Este
Poder era exercido exclusivamente pelo Imperador D. Pedro I, o qual intervia diretamente
nos demais poderes.

No Poder Legislativo observa-se também a predominância do Imperador, no que


concerne a composição dos membros - nomeava os senadores e podia dissolver a Câmara
dos Deputados, além de vetar e sancionar as leis. Se o Imperador exercia sua autoridade
com veemência nos poderes que não deveriam ser de sua competência, quanto mais no
Executivo, próprio do Chefe maior da nação, apesar de contar com os ministros.
É de suma importância ressaltar que o naturalizado já era reconhecido
naquela época, não com os direitos atuais; outro ponto, é que a casa também já ser
considerada asilo inviolável. Na questão da nacionalidade, o naturalizado era mencionado;
destaca-se a diferença entre perda da cidadania brasileira e suspensão dos direitos
políticos, nesta última, observa-se, infelizmente, a discriminação com o deficiente físico, o
qual não tinha direito ao exercício dos “Direitos Políticos”. A moralidade também era
motivo de suspensão.

No Poder Judiciário, mesmo os juízes tendo vitaliciedade e independência, o


Imperador podia suspendê-los. Os juízes árbitros já eram mencionados e tinham suas
funções nas causas cíveis e penais.

Através dos Poderes Executivo e Moderador, o Imperador governava com


soberania em todos os aspectos: nomeava bispos da igreja, magistrados, nomeava e
demitia livremente os ministros de Estado, etc.
Respostas às perguntas do roteiro

1) Quando foi criada? (breve descrição do contexto histórico)

A primeira Constituição brasileira foi outorgada por d. Pedro I em 25 de março de


1824, ela foi pensada e começou a ser projetada logo após a independência do Brasil. Em
1822 d. Pedro convocou uma assembleia constituinte com a tarefa de elaborar uma
Constituição para o Brasil. Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a
Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava o
poder do imperador. Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de sua
confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou da
redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de
imperador.

2) Quem a elaborou? (breve explicação da origem e do funcionamento)

A primeira Constituição brasileira foi outorgada por d. Pedro I em 25 de março de 1824


e conferiu as bases da organização político-institucional do país independente. Em
1822 d. Pedro convocou uma assembleia constituinte com a tarefa de elaborar uma
Constituição para o Brasil. Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a
Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava
o poder do imperador. Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de
sua confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou
da redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de
imperador.

A Constituição definia juridicamente aqueles que usufruiriam a condição de cidadão, a


quem ficava assegurada a inviolabilidade dos direitos civis e políticos, tendo por base a
liberdade, a segurança individual e a propriedade. Estava constitucionalmente
assegurada a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, o direito à propriedade, a
instrução primária gratuita, a independência do poder judicial, o fim do foro
privilegiado, o acesso ao emprego público por mérito, entre outros direitos. Dentre os
cidadãos, o texto constitucional incluiu os ingênuos e libertos nascidos no Brasil, os
filhos de pai brasileiro, os ilegítimos de mãe brasileira nascidos no exterior que
fixassem domicílio no Império e os filhos de pai brasileiro em serviço em país
estrangeiro, ainda que não se estabelecessem no Brasil, além de todos os nascidos em
Portugal e suas possessões que residissem no país por ocasião da Independência.

3) Com que objetivo?

Um produto da independência brasileira, a Constituição de 1824 surgiu da necessidade


de legitimar o novo império e de formalizar um equilíbrio entre as várias classes sociais
que disputavam o poder político após o fim do regime português, especialmente os
escravocratas, que temiam revoltas da população majoritariamente escrava, e os
imigrantes ainda leais a Portugal ("Partido Português"). O imperador D. Pedro I também
desejava criar uma constituição liberal, não despótica, aos moldes do que ocorria na
Europa, portanto ele permitiu que o Conselho de Estado, composto por eminentes
juristas, redigisse uma Carta de modo a controlar (ou tentar) os poderes do monarca.
Em forma e conteúdo, o texto final tem clara inspiração na Constituição Francesa de
1814.

4) Você acha que a elaboração do documento representou algum avanço para a


humanidade?

No período da referida Constituição, reinava o poder do Imperador, apesar de


Senadores, Deputados e Juízes exercerem a sua função, a palavra final cabia ao Chefe
maior de Estado. Contudo, pode-se afirmar que a partir desta Carta Magna, foi iniciado
o caminho para a democracia do povo brasileiro. Então a resposta é sim, mesmo com
todos os pontos negativos, foi um importante passo rumo à democracia.

5) Todos os artigos do documento são respeitados no Brasil?

Diferente das demais, a Constituição de 1824 concentra quatro poderes: Executivo,


Legislativo, Judiciário e Moderador, destacando-se o Poder Moderador ou Poder
Real, onde observa-se várias exaltações ao Imperador, entre elas: “art. 99 - A Pessoa
do Imperador é inviolavel, e Sagrada: Elle não está sujeito a responsabilidade
alguma.” Este Poder era exercido exclusivamente pelo Imperador D. Pedro I, o qual
intervia diretamente nos demais poderes.

No Poder Legislativo observa-se também a predominância do Imperador, no que


concerne a composição dos membros - nomeava os senadores e podia dissolver a
Câmara dos Deputados, além de vetar e sancionar as leis. Se o Imperador exercia sua
autoridade com veemência nos poderes que não deveriam ser de sua competência,
quanto mais no Executivo, próprio do Chefe maior da nação, apesar de contar com os
ministros.

É de suma importância ressaltar que o naturalizado já era reconhecido naquela época,


não com os direitos atuais; outro ponto, é que a casa também já ser considerada asilo
inviolável. Na questão da nacionalidade, o naturalizado era mencionado; destaca-se a
diferença entre perda da cidadania brasileira e suspensão dos direitos políticos, nesta
última, observa-se, infelizmente, a discriminação com o deficiente físico, o qual não
tinha direito ao exercício dos “Direitos Políticos”. A moralidade também era motivo de
suspensão.

No Poder Judiciário, mesmo os juízes tendo vitaliciedade e independência, o Imperador


podia suspendê-los. Os juízes árbitros já eram mencionados e tinham suas funções nas
causas cíveis e penais.

Através dos Poderes Executivo e Moderador, o Imperador governava com soberania


em todos os aspectos: nomeava bispos da igreja, magistrados, nomeava e demitia
livremente os ministros de Estado, etc.
Carta de Lei de 25 de Março de 1824

CONSTITUIÇÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL (DE 25 DE MARÇO DE 1824)

Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um Conselho de Estado e outorgada


pelo Imperador D. Pedro I, em 25.03.1824.

Carta de Lei de 25 de Março de 1824

DOM PEDRO PRIMEIRO, POR GRAÇA DE DEOS, e Unanime Acclamação dos Povos,
Imperador Constitucional, e Defensor Perpetuo do Brazil : Fazemos saber a todos os Nossos
Subditos, que tendo-Nos requeridos o Povos deste Imperio, juntos em Camaras, que Nós
quanto antes jurassemos e fizessemos jurar o Projecto de Constituição, que haviamos
offerecido ás suas observações para serem depois presentes á nova Assembléa Constituinte
mostrando o grande desejo, que tinham, de que elle se observasse já como Constituição do
Imperio, por lhes merecer a mais plena approvação, e delle esperarem a sua individual, e geral
felicidade Politica : Nós Jurámos o sobredito Projecto para o observarmos e fazermos observar,
como Constituição, que dora em diante fica sendo deste Imperio a qual é do theor seguinte:

CONSTITUICÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL.

EM NOME DA SANTISSIMA TRINDADE.

TITULO 1º

Do Imperio do Brazil, seu Territorio, Governo, Dynastia, e Religião.

Art. 1. O IMPERIO do Brazil é a associação Politica de todos os Cidadãos Brazileiros.


Elles formam uma Nação livre, e independente, que não admitte com qualquer outra laço
algum de união, ou federação, que se opponha á sua Independencia.

Art. 2. O seu territorio é dividido em Provincias na fórma em que actualmente se acha, as


quaes poderão ser subdivididas, como pedir o bem do Estado.

Art. 3. O seu Governo é Monarchico Hereditario, Constitucional, e Representativo.

Art. 4. A Dynastia Imperante é a do Senhor Dom Pedro I actual Imperador, e Defensor


Perpetuo do Brazil.

Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio.


Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas
para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.

TITULO 2º

Dos Cidadãos Brazileiros.

Art. 6. São Cidadãos Brazileiros

I. Os que no Brazil tiverem nascido, quer sejam ingenuos, ou libertos, ainda que o pai seja
estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço de sua Nação.
II. Os filhos de pai Brazileiro, e Os illegitimos de mãi Brazileira, nascidos em paiz
estrangeiro, que vierem estabelecer domicilio no Imperio.

III. Os filhos de pai Brazileiro, que estivesse em paiz estrangeiro em sorviço do Imperio,
embora elles não venham estabelecer domicilio no Brazil.

IV. Todos os nascidos em Portugal, e suas Possessões, que sendo já residentes no Brazil
na época, em que se proclamou a Independencia nas Provincias, onde habitavam, adheriram á
esta expressa, ou tacitamente pela continuação da sua residencia.

V. Os estrangeiros naturalisados, qualquer que seja a sua Religião. A Lei determinará as


qualidades precisas, para se obter Carta de naturalisação.

Art. 7. Perde os Direitos de Cidadão Brazileiro

I. O que se nataralisar em paiz estrangeiro.

II. O que sem licença do Imperador aceitar Emprego, Pensão, ou Condecoração de


qualquer Governo Estrangeiro.

III. O que for banido por Sentença.

Art. 8. Suspende-so o exercicio dos Direitos Politicos

I. Por incapacidade physica, ou moral.

II. Por Sentença condemnatoria a prisão, ou degredo, emquanto durarem os seus effeitos.
Bibliografia

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm

https://jus.com.br/artigos/57993/constituicao-brasileira-de-1824-
estagnacao-ou-avanco

https://www.historiadobrasil.net/brasil_monarquia/constituicao_1824.ht
m

http://www.inap.mx/portal/images/pdf/lat/brasil/constitucion%20politica
%201824.pdf

http://mapa.an.gov.br/index.php/menu-de-categorias-2/305-
constituicao-de-1824

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