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SUMÁRIO
Pg.

1-AULA INTRODUTÓRIA.............................................................................................2

2-A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA HERMENÊUTICA....................................................4

3-HERMENÊUTICA, EXEGESE E EISEGESE...................................................................................5

4-A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA BÍBLICA..................................................8

5-BLOQUEIOS À COMPREENSÃO ESPONTÂNEA DA BÍBLIA.................................9

6-OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS NO MANUSEIO E ESTUDO DA BÍBLIA...........10

7- A BASE DA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA É A PRÓPRIA BÍBLIA...........................11

8-PASSO A PASSO PARA A EXEGESE DE UM TEXTO...................................................13

9-A LINGUAGEM BÍBLICA FIGURADA.................................................................................14

10-FIGURAS RETÓRICAS.....................................................................................................19

CONCLUSÃO...........................................................................................................................43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................43

FTL – FACULDADE TEOLÓGICA DE LORENA – Prof. Nilton César Marcelino


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HERMENÊUTICA BÍBLICA
Prof. Nilton Cesar Marcelino

1-AULA INTRODUTÓRIA

13 PONTOS SOBRE A HERMENÊUTICA***


A Bíblia é um livro Espiritual que deve ser interpretado através da iluminação
do Espírito Santo, mas ao mesmo tempo a Bíblia é um livro, e a única correta
interpretação é aquela que concorda com sua gramática – o que está escrito. Por
esta razão é importante que nós estejamos familiarizados com as regras ou
princípios da interpretação. A ciência da Hermenêutica é o estudo desses
princípios.
Hermenêutica é um assunto sério. A nossa interpretação da Bíblia
irá determinar nossas crenças e essas crenças determinarão como
pensamos e agimos.
A seguir, estão 13 princípios que nós devemos seguir quando interpretamos a Bíblia:

1. A Bíblia é a autoridade absoluta. É impossível interpretar a Bíblia corretamente


sem a convicção de que toda a Bíblia é a Palavra de Deus. Nós não temos o direito
de rejeitar certas partes da Bíblia porque elas se opõem às nossas tradições,
opiniões, ou estilos de vida.

2. O Espírito Santo é o melhor professor da Bíblia. O Senhor Jesus disse que


enviaria o Espírito Santo para guiar a Igreja em toda a verdade (João 14:26; 16:13) e
sem Sua iluminação é impossível entender a Bíblia (I Coríntios 2:14). Isso não
significa que em “nome do Espírito Santo” temos o direito de desviar do que está
escrito na Palavra ou acrescentar algo a ela. Apenas o que está escrito na Bíblia
pode ser afirmado como doutrina. Nossos sentimentos e emoções têm pouco valor
na formulação de uma fé bíblica.

3. A própria Bíblia é o seu melhor comentário. Quando nós não podemos


entender a interpretação de uma parte da Bíblia ou queremos alargar nossa
compreensão dela, nós devemos buscar explicações em outras referências Bíblicas.

4. A Bíblia não se contradiz: Portanto sempre deve haver harmonia em nossas


interpretações de textos diferentes. Se nossa interpretação de um texto contradiz a
interpretação de outro, então estamos errados.

5. Textos incertos [difíceis] devem ser interpretados através de textos claros


[fáceis]. Aqueles textos que a interpretação não é muito clara devem ser
interpretados à luz dos textos, que podem ser entendidos claramente.
6. A gramática determina a Interpretação. O texto ou verso que estamos
estudando tem somente uma interpretação correta e é aquela na qual está de
acordo com a gramática (o que está escrito). Mesmo se o texto possa ter várias
aplicações, ele tem apenas uma interpretação correta e é aquela que está de acordo
com o que está escrito.

7. O contexto é importante. A Bíblia é como um quebra-cabeça no qual é


impossível interpretar somente uma peça sem um entendimento geral de todas as

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outras. Cada palavra deve ser interpretada no contexto da frase, cada frase no
contexto do parágrafo, cada parágrafo no contexto do livro e cada livro no contexto
da Bíblia inteira.
8. As palavras são importantes. Deus escolheu palavras para nos comunicar Sua
palavra. Portanto é importante determinar o significado de cada palavra.

9. A interpretação simples é normalmente a melhor. A Bíblia não foi escrita para


teólogos ou místicos, mas para o homem comum. Apesar de haver alegorias,
metáforas e símbolos na Bíblia, devemos buscar a mais simples interpretação.

10. O Velho Testamento deve ser interpretado à luz do Novo. Para o Cristão, o
Novo Testamento determina a aplicação do Velho Testamento em sua vida. Um bom
exemplo é a doutrina do Espírito Santo. No Velho Testamento, Ele poderia ser
retirado dos crentes (Sl. 51:11), mas no Novo, Ele permanece eternamente com ele
(João 14:16-17).

11. A interpretação não deve ir além da revelação das Escrituras. O que a Bíblia
não explica nós devemos aceitar como um mistério. Se formos além “do que está
escrito” corremos perigo de formar falsa doutrina.

12. O Objetivo é a Exegese. A palavra Exegese vem do verbo Grego exegeisthai [


ex=fora/ hegeisthai=conduzir ou guiar ]. Quando interpretamos as Escrituras
devemos extrair o verdadeiro sentido do texto e a todo custo devemos evitar ler
textos a qual eu acho que ele pode significar. Devemos evitar interpretar a Bíblia de
acordo com nossas próprias presunções ou ideias preconcebidas. Nossas
presunções são como óculos coloridos que destorcem nossa visão das Escrituras.
Devemos nos esforçar para retirar nossos óculos e ver o texto como ele é. Esse é o
maior trabalho do estudante da Bíblia. OBS: CUIDADO COM A EISEGESE!!!

13. Nossa interpretação pessoal deve ser comparada com a da Igreja. Nos
últimos 2000 anos, teólogos dedicados, pastores e outros Cristãos estudaram as
Escrituras. Devemos comparar nossas descobertas com a deles. Se nossa
interpretação não é encontrada entre os dedicados Cristãos da história,
possivelmente estamos errados. Não deveria haver “novas descobertas” na doutrina
Cristã. Judas refere à fé Cristã com aquele que foi “de uma vez por todas” entregue
aos santos (Judas 1:3).

Paul David Washer nasceu em 1961 e é o fundador/diretor e coordenador


de missões do HeartCry Missionary Society (Sociedade Missionária do
Coração que chora – em tradução livre) que apoia trabalhos missionários
dentre os indígenas. Sua conversão se deu enquanto estudava na
Universidade do Texas para ser um advogado. Depois de sua graduação
em direito foi para o Southwestern Baptist Theological Seminary e ali
estudou até fazer mestrado em Divindade. Ele atualmente é um pregador
itinerante da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. Seus
sermões sempre são focados no evangelismo, nas boas novas e na
segurança da salvação. Ele normalmente costuma pregar contra práticas
pecaminosas dentre os cristãos e a corrida por crescimento numérico de certas igrejas que não
buscam qualidade de sermões e de membros, mas apenas a quantidade de membros e de dinheiro.

***Texto do Pr. Paul Washer


Fundador do HeartCry Missionary Society
e Pastor Itinerante da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos
Traduzido pelo blog Voltemos ao Evangelho

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2-A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA HERMENÊUTICA

"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para


redargüir, para corrigir, para instruir em; para que o homem de Deus
seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra."
(II Tm. 3.16,17)

"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de


particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo."
(2 Pd 1.20,21)

"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há


pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e
igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós,
portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo
engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e
decaiais da vossa firmeza."
(2 Pd 3.16,17)

Surge em nossos dias, como verdadeiro desafio, a necessidade e


conhecer, observar e divulgar as verdades da Bíblia - A PALAVRA DE DEUS
- a fim de se determinar os verdadeiros contornos doutrinários que devem ser
observados pelo povo de Deus e evitar a inserção de erros e heresias no seio
da igreja.
A Bíblia é a Palavra de Deus revelada ao homem, por divina inspiração
do Espírito Santo, e a Hermenêutica como ciência da interpretação, está
colocada como instrumento importante no auxílio da interpretação dos textos
bíblicos. Sabe-se que o fundamento da Teologia Bíblica é a Bíblia e suas
Doutrinas, e a Hermenêutica constitui apenas um auxílio na árdua tarefa de
interpretar a Palavra de Deus. Ainda que a Bíblia se interprete a si mesma,
não se pode dispensar esse precioso instrumento colocado a nossa
disposição.
O presente trabalho foi elaborado, com o objetivo de levar os nobres
alunos, à terem em mente os textos seguintes: "As palavras que eu vos disse
são Espírito e Vida" - Jo 6:63; "Sabendo primeiramente isto: Que nenhuma da
profecia é de particular interpretação, porque a profecia nunca foi produzida
por vontade de homem alguma, mas os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo " (II Pe 1:20,21).
A importância do estudo da Hermenêutica está na maneira que coloca
os termos e linguagem falada, na aplicação prática do manuseio e estudo da
Bíblia, e nesta apostila está colocada a importância da linguagem bíblica
figurada e sua história, usando comparações entre o Novo Testamento e
Velho Testamento.
São colocados também, de forma didática, informações úteis para se
expor uma mensagem usando o significado e sentido das palavras no texto e
contexto e também a atuação da Hermenêutica no campo das ilustrações e da
numerologia.
É mostrado através dos livros (de Gênesis a Apocalipse), que a Bíblia
forma uma revelação única e que sua mensagem é cristocêntrica. Finalizando
como uma apresentação das figuras de retórica que dão um sentido único à

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mensagem bíblica, que se mostra sempre em forma inesgotável.


"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor nosso Deus ". (Os 6.3)

3-HERMENÊUTICA, EXEGESE E EISEGESE


AT 8.29-31 – A HERMENÊUTICA BÍBLICA é disciplina da Teologia Exegética que
ensina as regras para interpretar as Escrituras e a maneira de aplicá-las
corretamente. São as técnicas de interpretação do Texto Bíblico.
Hermenêutica é a ciência da interpretação: é ciência e arte de interpretar:
1 - E ciência porque determina regias e princípios seguros e imutáveis.
2 - É arte porque estabelece regras práticas.
Do grego HERMENEUTIKÉ, "Arte de interpretar"; HERMENEUEIN,
usualmente traduzido por “Interpretar”; HERMENEUO, "Explicar Alguma Coísa”;
HERMENEUTES, "Intérprete"; HERMENEIA, “Ato de interpretar, traduzir e atualizar a
mensagem de um texto”. Estes termos grego estão relacionados à Mitologia Grega,
que atribuía a invenção da linguagem ao deus Hermes At 14.12. Barnabé – Júpiter
(Zeus na Mitologia Grega) e Paulo – Mercúrio (Hermes na Mitologia Grega), porque
era ele quem trazia a palavra. Define-se hoje como a disciplina que estabelece os
critérios para a interpretação dos textos.
Quando dizemos que a Hermenêutica é a disciplina da Teologia Exegética,
queremos dizer que quando vamos estudar a teologia, podemos compará-la a um
edifiício de 5 andares:

1º ANDAR – TEOLOGIA EXEGÉTICA (EXEGESE – EXTRAIR) – é a ciência ou a


parte da teologia que ensina as técnicas para compreender melhor o Texto
Sagrado.
APARTAMENTOS (DISCIPLINAS):
1. FILOLOGIA SAGRA (LÍNGUAS SAGRADAS) – Grego e Hebraico (línguas
originais).
2. EXAGOGE BÍBLICA OU INTRODUÇÃO BÍBLICA – disciplinas que procuram
auxiliar o estudante a compreender melhor o Texto Sagrado - Geografia
Bíblica, Estudo do Canon (a formação das Sagradas Escrituras).
3. HERMENÊUTICA – que ensina as técnicas de interpretação do Texto
Bíblico.

2º ANDAR – TEOLOGIA BÍBLICA – procura investigar de acordo com o contexto do


Antigo e do Novo Testamento as teologias específicas de cada volume (Antigo e
Novo Testamentos).
APARTAMENTOS:
1. TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
2. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
3. SOCIOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
4. SOCIOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
5. MÉTODOS DE ESTUDO DO ANTIGO TESTAMENTO
6. MÉTODOS DE ESTUDO DO NOVO TESTAMENTO

3º ANDAR – TEOLOGIA HISTÓRICA – procura entender o desenvolvimento da


doutrina (resumo da Teologia Sistemática).

4º ANDAR – TEOLOGIA SISTEMÁTICA – coloca a doutrina em ordem usando um


sistema dentro da teologia para compreender a doutrina.

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APARTAMENTOS:
1. BIBLIOLOGIA
2. TEONTOLOGIA (DEUS)
3. ANGELOLOGIA (ANJOS)
4. ANTROPOLOGIA (HOMEM)
5. HAMARTIOLOGIA (PECADO)
6. CRISTOLOGIA (CRISTO)
7. SOTERIOLOGIA SALVAÇÃO
8. PARACLETOLOGIA ESPÍRITO SANTO
9. ECLESIOLOGIA IGREJA
10. ESCATOLOGIA ÚLTIMAS COISAS

5º ANDAR – TEOLOGIA PRÁTICA


APARTAMENTOS:
1. EDUCAÇÃO CRISTÃ
2. HOMILÉTICA
3. TEOLOGIA PASTORAL

EXEGESE – vem do grego EXEGESIS (eksēgēsis) que tanto pode significar


“narração, guiar, dirigir, governar, descrição ou apresentação, como explicação e
interpretação”, que, por sua vez, origina-se do substantivo EXEGEOMAI
(eksēgeomai), “conduzir”, que abrange os vocábulos “contar”, “explicar”,
“interpretar”, “descrever”, “relatar” e “revelar”.
O vocábulo é constituído pelo tema verbal composto EX (“ek”), “fora de”;
EGEOMAI ("hēgeomai"), que se traduz primariamente por “liderar”, “guiar”,
“conduzir”, e pelo sufixo “sis”, que indica ação. Literalmente quer dizer “conduzo
para fora”, “extraio”. Segundo o uso mais remoto, o EKSĒGĒTĒS era o “expositor”,
“narrador” ou “intérprete” das leis, seja divina seja humana, ou simplesmente um
“escriba”, “escritor” ou “sábio” (cf. Jo 1.18).
Etimologicamente, o significado proposto para Exegese seria “conduzir para
fora”, ou “puxar de dentro para fora”. É o processo de descobrir e conduzir para fora
a mensagem do texto. É deixar o texto falar por si próprio. Busca descobrir a
intenção original do texto bíblico quanto à sua própria interpretação (comentário,
explicação, crítica). Tudo isso fica por conta de Exegese.
A Exegese consiste em compreender um ou mais textos bíblicos em sua forma e
em sua essência, através de um trabalho minucioso de explicação e interpretação,
usando vários recursos e instrumentos científicos para entender os contextos histórico e
literário do texto sagrado. A exegese distingue-se de outras interpretações bíblicas pelo
seu caráter mais científico, detalhado e aprofundado.
A Metodologia da Exegese Bíblica, portanto, é a organização e análise
sistemática dos processos que devem orientar a investigação científica da Bíblia.
Consiste na aplicação dos princípios racionais de investigação usados em
documentos plurisseculares com o propósito de apreender o estilo literário de cada
autor, a estrutura da obra, as formas literárias do conjunto, entre outros.
EISEGESE – vem do grego EISEGESES e consiste em introduzir (fazer uma
inferência) em um texto, alguma coisa que alguém deseja que esteja ali, mas que
na verdade não faz parte do texto. Eisegese é o antônimo da Exegese. Nesta, a
Bíblia interpreta-se a si mesma. Naquela, o leitor procura imprimir ao texto sagrado
a sua própria interpretação.
Enquanto a Exegese consiste em extrair o significado de um texto, mediante
legítimos métodos de interpretação, a Eisegese consiste em injetar ou introduzir em
um texto, algum significado que o intérprete deseja, mas que na verdade não faz

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parte do mesmo. Em última instância, quem usa a Eisegese, força o texto mediante
várias manipulações, fazendo com que uma passagem diga o que na verdade não
diz.
A Exegese é a mãe da ortodoxia doutrinária. Já a Eisegese é a matriz de
todas as heresias. Ela gera o misticismo, e este acaba por dar à luz aos erros e
aleijões doutrinários. Levemos em conta, também, que a Eisegese é própria da
especulação que, por sua vez, é a principal característica da filosofia. Significa
“entrar”, conduzir para dentro.
OBS: Alguns intrepretam este termo como o ato de leitura do texto, e não de
um inferência no texto (introduzir algo no texto).
Do ponto de vista etimológico Hermenêutica e Exegese são sinônimos, mas hoje
os especialistas costumam fazer a seguinte diferença: Hermenêutica é a ciência das
normas que permitem descobrir e explicar o verdadeiro sentido do texto, enquanto a
Exegese é a arte de aplicar essas normas.
Em resumo podemos dizer que a HERMENÊUTICA é a ciência da interpretação
bíblica que tem como objetivo determinar quais as palavras exatas de texto original,
enquanto que a EXEGESE visa descobrir o exato sentido das palavras no texto em
estudo.
A Hermenêutica expõe os resultados;
A Exegese aplica-se ás regras estabelecidas pela Hermenêutica.
A Hermenêutica interpreta o significado exato do texto, isto é, se a linguagem
literal ou figurada. Envolve também três princípios práticos com relação ao texto em
estudo:
1. Sua observação.
2. Sua interpretação ou compreensão. Considerar. Dt 29-29. e 1Co 13-9.
3. Sua aplicação.
Isto de maneira mais objetiva, pode ser melhor vistas em turmas de perguntas.
Assim:
A. Que diz o texto'.'' (é o principio da observação).
B. Que significa o texto? (é o principio da interpretação).
C. Que aplicação tem o texto para mim? (é o princípio da aplicação e
apropriação pessoal do texto).

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4-A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA BÍBLICA

A Hermenêutica Bíblica se torna necessária pelo fato de que nós, como


leitores, estamos entre 2000 e 4000 anos separados da realidade do texto. A cultura,
os costumes, a história, a cosmovisão, e especialmente a língua do contexto original
criam uma distância muito grande entre nós e o texto. Aquilo que os leitores originais
entendiam naturalmente exige de nós horas e horas de análise cuidadosa.
Portanto, a Hermenêutica Bíblica existe para construir uma ponte entre nosso
século e a "realidade" da audiência original. Todos os passos da Hermenêutica
Bíblica constituem uma tentativa de aproximação do significado do Texto Bíblico.
Mesmo as Escrituras defendem a necessidade de uma Hermenêutica Bíblica.
a) - II Pedro 3:15, 16
Algumas coisas difíceis de serem entendidas.
É possível torcer as Escrituras.
Pedro tinha dificuldade para entender alguns dos escritos de Paulo
Naquela época, alguns já torciam a Bíblia.
b) - Lucas 24:27
Os apóstolos estavam deprimidos por não interpretarem devidamente as
profecias messiânicas.
O próprio Senhor Jesus reconheceu a necessidade de explicar as
Escrituras.
“Expunha-lhes” – Em grego (diermeneuo).
Jesus fez Hermenêutica com os discípulos.
c) - II Tim. 2:15 - “Manejar bem a palavra da verdade”
Explorar bem e ensinar corretamente a palavra da verdade.
Paulo recomenda a Timóteo que maneje bem as Escrituras.
Entender bem e ensinar corretamente a palavra da verdade. A expressão
“que maneja bem”, aqui empregada, é tirada dos sacrifícios do Antigo Testamento, e
significa “cortar direito”. No Antigo Testamento, quando o ofertante trazia um
cordeiro ou outro sacrifício qualquer, o mesmo era dividido em três partes (exceto no
caso da oferta queimada, que era posta inteira sobre o altar). Uma parte era
oferecida a Deus, outra parte era oferecida àquele que trouxera a oferta, enquanto
que a terceira partilha cabia ao sacerdote. É dessa prática que foi emprestada a
expressão “que maneja bem”. Significa simplesmente, dar a cada qual o que lhe
pertence de direito.
d) - II Cor. 2:17
“Mercadejando” - Falsificando
Do grego (capeleuo) = corromper, falsificar, adulterar
Não devemos corromper, falsificar as Escrituras.

OS ABISMOS EXISTENTES ENTRE NÓS E O TEXTO


Podemos dizer que existem, pelo menos, 6 “abismos” entre nós e o texto
sagrado:
a. Abismo Cronológico - Quem foi usado para escrever o texto viveu num
outro tempo e nós não estávamos lá. Não podemos então conversar com os autores,
nem com os primeiros ouvintes e leitores para entender naturalmente o significado
do que escreveram. Estamos separados pelo tempo.
b. Abismo Geográfico - Especialmente nós, daqui do Ocidente, estamos a
quilômetros de distância da região e dos países onde se deram os fatos narrados na
Bíblia. O texto faz parte de um espaço geográfico diferente do nosso.
c. Abismo Cultural - O texto, alvo de nossa Exegese, tem como pano de
fundo uma cultura, que nada mais é do que o aspecto da vida social que se

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relaciona com a produção do saber, arte, folclore, mitologia, costumes, etc. Assim, o
jeito de olhar pra vida na cultura onde o texto estava inserido originalmente, tende a
ser bastante diferente da percepção moderna e ocidental.
d. Abismo Lingüístico - Há um “sofrimento”, um dano ao texto no ato da
tradução e isso é inevitável. A estrutura gramatical, o jeito de escrever (falta de
pontuação, acentos e separação entre palavras), as peculiaridades da língua grega,
algumas expressões incomuns ou de sentido obscuro, a qualidade dos fragmentos
de texto aos quais temos acesso, a possibilidade de erros na transmissão do texto,
constituem um abismo entre o exegeta moderno e o texto.
e. Abismo Literário - O estilo e a forma de escrita do texto do Novo
Testamento difere do nosso estilo atual de escrever. Não é tão comum assim em
nossa escrita o uso de imagens, parábolas e provérbios como era nos tempos do
Novo Testamento.
f. Abismo Espiritual - Quando lidamos com a Bíblia, considerada pelos
cristãos como Livro Sagrado, admitimos que o texto tem origem em Deus e a
maneira de Deus agir é diferente da nossa. Deus é infinito e fala de verdades difíceis
de serem assimiladas. Assim, temos:
Texto Inspirado: 2Tm 3.16
Autores Movidos: 2Pe 1.21
Leitores Guiados: Jo 16.13; 1Co 2.14; 1Jo 2.20, 27
É fundamental que o estudioso das Escrituras admita que exegese não é fim,
mas meio de se alcançar uma teologia sólida e uma exposição relevante da Palavra
de Deus em nosso tempo.
Um bom exegeta deve compreender a importância de três conceitos básicos:
• Familiaridade (olhar geral)
• Análise (observação de detalhes)
• Síntese (produto final)

5-BLOQUEIOS À COMPREENSÃO ESPONTÂNEA DA BÍBLIA


1o – Histórico
Estamos largamente separados da época dos escritores bíblicos.
A Bíblia cobre um período de cerca de 1.500 anos.
Com o tempo, muita coisa se perde.
Quando compreendemos os fatos históricos, podemos compreender melhor
os fatos bíblicos.

2o – Cultural
Um dos mais difíceis a serem transpostos.
A cultura distinta dos povos bíblicos.
Nos apenas vemos aquilo que estamos condicionados a ver.
O ideal é nos colocarmos em uma posição neutra.

a) - Costumes
Gen. 15:2 - Foram achados documentos na cidade enterrada de Nuzu (c.
2000 - c.1500 a.C.), que mostraram que o costume daquela época era adotar um
filho quando não se tinham filhos legítimos para herdar a herança. Se, porém, o
primogênito nascesse, o adotado passaria para segundo plano.
Gên. 31:34 - Ídolos do lar (no hebr. - Terafins), eram pequenos objetos que
serviam como documentos que comprovavam a posse das terras e propriedades.
Raquel roubou a herança de seu pai.

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Prov. 22:28 - Marcos das propriedades das terras. O documento que garantia
o terreno, assim como as escrituras de uma casa de hoje.
Deut. 22:5 - Naquela época, as roupas dos homens e mulheres eram iguais, a
diferença estava apenas nas roupas íntimas. Muitos naquela época, como hoje,
usavam as roupas íntimas do sexo oposto por perversão.

b) - Pensamento
A maneira oriental de pensar é totalmente diferente da ocidental.
Silogismo - A análise de argumento formal baseando-se na proposição de
uma premícia maior e de outra menor, as quais se verdadeiras levam à conclusão de
que determinado fato é verdadeiro.
Silogismo é a estrutura do pensamento grego.
* Premícia maior: Toda virtude é louvável
* Premícia menor: Ora, a bondade é virtude.
* Conclusão: Logo, a bondade é louvável.
No Velho Testamento não existe “silogismo”
No Velho Testamento a lógica baseia-se na experiência humana e não no
raciocínio dedutivo. O pensamento hebraico é um pensamento concreto e não
abstrato. O hebreu aceita o fato quando este fato se traduz em experiência.

O que é Deus para estes homens?


Davi - Deus é o meu refúgio e minha fortaleza
Moisés - O Senhor é forte e poderoso
Hagar - Deus é um Deus que ouve
Os personagens bíblicos não estão preocupados com a fisionomia, mas de
acordo com a experiência de cada um.
Um teólogo deve ser conhecido com um profundo conhecedor da Bíblia.
Temos conseguido viver isto em nossa vida, nossa experiência diária. Este
conhecimento de nada nos aproveitará se não traduzirmos este conhecimento em
vida. É por isso que não devemos fazer certas perguntas à Bíblia. Exemplo: Como
foi a fusão em Cristo (Humanidade e Divindade)?

3o - Lingüístico - (Hebraico, aramaico e grego)


Nas melhores traduções há problemas.
Idiomalismo: expressão específica de uma língua, de um povo.
Falta de equivalência entre as palavras traduzidas.
I Pedro 1:20 – Qual é verdadeiro significado da palavra: (grego = epílucis) =
iniciativa, impulso.
Nenhuma profecia da Escritura foi feita pelos profetas ou de sua conta, mas
iluminados por Deus.
Produção da profecia e não interpretação.

6-OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS NO MANUSEIO E ESTUDO DA


BÍBLIA
1- Fazer apontamentos individuais dos assuntos em estudo.
2- Aprender a ler e escrevem referências bíblicas, ex. pontos abreviativos.
3- Conhecer a diferença entre texto, contexto, referência, inferência, etc.
a) TEXTO - São as palavras contidas mima passagem.
b) CONTEXTO - É a parte que fica antes e depois do texto conforme a leitura:
c) REFERÊNCIA - É a conexão direta entre determinado assunto, que podem ser
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verbais ou reais. Ex.: Referência Verbal é um paralelismo de palavras, nem sempre


tratam do mesmo assunto, como por ex. o vocábulo FÈ, que tem vários sentidos nas
escrituras. Já as referência real trata sempre do mesmo assunto, como por exemplo a
Volta de Cristo, e algo concreto.
d) INFERÊNCIA- É uma conexão indireta entre assuntos ou conclusões que se
faz.
4- Conhecer os manuscritos Bíblicos e versões da Bíblia:
a) Manuscritos são cópias da originais.
b) Versões são traduções de manuscritos.
5- Conhecer as siglas das diferentes versões em vernáculos, ex. ARC
Almeida Revisada e Corrigida, ARA, FÍG, VIBR, NTLH, NVI, etc.
6- Conhecer o tempo cronológico antes e depois de Cristo, indicado pelas
letras: AC- Antes de Cristo; DC- do LATIM "ANNO DOMINI”, isto é. ano do Senhor,
que corresponde a depois de Cristo.
7- Fazer algumas perguntas relacionadas com a passagem para chegar a
conclusões circunstanciais. Por exemplo:
a) - Quem escreveu?
b) - Qual o tempo e o lugar em que escreveu?
c) - Por que escreveu?
d) - A quem se dirigia o escritor?
e) - O que o autor queria dizer?
8- Saber manusear o volume sagrado, isto é, encontrar com rapidez
qualquer referência Bíblica - Lc 4:17 - A Bíblia é destinada ao coração para ser
amada, e à mente, para ser estudada e entendida, Hb. 10:16; Ne. 8:8.
9- Possuir boas fontes de consultas: A Bíblia, se possível todas as
legítimas versões em português; bons livros, mas não substitutos da Bíblia. Devemos
estudar a Bíblia pela Luz do Espírito de Deus e não pelas versões de teólogos.
Usar a Bíblia que contiver o texto mais fidedigno na língua original. Os que não
podem ler a Bíblia no original devem usar uma tradução fiel, tanto quanto possível.
Escolhido o texto é necessário saber exatamente o que ele diz. Para isso são necessárias
suas espécies de ferramentas:
a) – Dicionários - Para o Velho Testamento Léxicos Hebraico e Aramaico e para o
Novo Testamento Léxicos Grego e Aramaico.
b) - Gramáticas.
10- Conhecer antiguidades Bíblicas, isto é, vidas, leis, costumes e terras
dos povos bíblicos.
11- Ter o conhecimento do plano global de Deus, isto é, das
dispensações e alianças através do séculos. Ef. 3:11.
12- Feita a Exegese, se o resultado obtido contrariar os princípios
fundamentais da Bíblia, ele deve ser colocado de lado e o trabalho exegético
recomeçado novamente. O apóstolo Pedro, falando das Escrituras, disse o seguinte
a cerca do Novo Testamento: "Falando disto, como em todas as suas epistolas,
entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes
torcem e igualmente as outras escrituras para sua própria perdição" 2Pe 3:16.

7- A BASE DA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA É A PRÓPRIA BÍBLIA


Lembremos, que as escrituras, tratando de ternas variados, foram escritos por
homens de diferentes características, em épocas remotas, países distantes uns dos
outros, no meio de povos de costumes diversos e numa linguagem típica da região.

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12

Não devemos nos esquecer que a primeira pessoa a interpretar as Escrituras,


de forma distorcida, foi o diabo. Ele deu à palavra divina um sentido que ela não
tinha, falseando astutamente a verdade. (Gn 3.1)
Os seus imitadores, conscientes e inconscientes, têm perpetuado este
procedimento enganando à humanidade com falsas interpretações das Escrituras
Sagradas.
A maior de todas as regras é: A ESCRITURA É EXPLICADA PELA
PRÓPRIA ESCRITURA, ou seja, A BÍBLIA, SUA PRÓPRIA INTERPRETE.
1. Primeira Regra – É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras
em seu sentido usual e comum. Porém, tenha-se sempre presente a verdade de
que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido literal1.
Exemplo: Gn 6.12 = A palavra CARNE no sentido usual e comum significa pessoa,
mas no sentido literal significa tecido muscular.
A restauração da casa do Rei Davi em Lc. 1:69. Tomando "casa" no sentido
literal, fugiríamos da intenção-pura do profeta Zacarias que profetizava acerca da
família ou descendência davídica. Literalmente uma casa de material perecível e de
modo algum, extrairíamos a grande bênção da restauração divina, realizada e
cumprida na vida de Jesus Cristo.
2. Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido
que indica o conjunto da frase. Exemplos:
a) FÉ em Gl 1.23 significa crença, ou seja, doutrina do Evangelho. FÉ em Rm
14.23 significa convicção.
b) GRAÇA em Ef 2.8 significa misericórdia, bondade de Deus. GRAÇA em At.
14.3 significa pregação do Evangelho.
c) CARNE em Ef. 2.3 significa desejos sensuais. CARNE em I Tm 3.16
significa forma humana. CARNE em Gn 6.12 significa pessoas.
3. Terceira Regra – É necessário tomar as palavras no sentido indicado
no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do
texto que se está estudando. Por contexto se deve entender o que constitui o texto
no seu todo. Nele achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem
e definem o significado da palavra obscura no texto que estamos estudando.
Quando Davi, por exemplo, reivindica a sua retidão e integridade, o contexto, leva-
nos a compreender que Davi apenas proclama tais reivindicações em nitida oposição as
calunias que Cuxe levantara contra ele, SI 7:8.
Tiago, irmão do Senhor e pastor de Jerusalém, ao revelar-nos acerca da "unção
com azeite", no cap. 5:14, entendemos pelo contexto que obviamente, ele nos ensinava
acerca da cura do corpo físico e não da cura da alma. A má interpretação, sem o
entendimento exato do contexto, causou, a falsa doutrina da "extrema unção".
4. Quarta Regra – É preciso levar em consideração o objetivo ou
desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões
obscuras. O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo,
lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que
ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem
estas informações. Exemplo: Provérbios 1.1-4.
5. Quinta Regra – É necessário consultar as passagens paralelas,
"explicando cousas espirituais pelas espirituais" (1Co 2.13). Passagens
paralelas são as que fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação,

1
Por sentido literal, devemos entender o que vem a ser o sentido exato rigoroso da palavra e o sentido usual ou
comum da Bíblia, devemos entender como sendo o sentido figurativo e simbólico. O sentido usual então é o que
utiliza palavras para expressar verdades espirituais no sentido figurativo e simbólico, dentro do contexto que tais
palavras encerram dentro de um todo constituído. O sentido literal seria o sentido real de uma palavra, é dizer, o
sentido conforme a letra do texto.

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13

ou tratam de um modo ou outro de um mesmo assunto. Existem paralelos de


palavras, paralelos de ideias e paralelos de ensinos gerais.
a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e encontramos nele uma
palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim,
entendemos o seu significado. Ex.: "Trago no corpo as marcas de Jesus." (Gl 6.17).
Fica mais fácil o seu entendimento quando lemos a passagem paralela: "Trazendo
sempre no corpo o morrer de Jesus (I Cor. 4.10).
b) Paralelos de Ideias – Para conseguir idéia completa e exata do que
ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as
palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou
passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou
passagens chamam-se paralelos de idéias.
Exemplo: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta
pedra? Se pegarmos em I Pd 2.4, a idéia paralela: "E, chegando-vos para ele,
(Jesus) pedra viva..." entenderemos que a pedra é Cristo.
Outro exemplo: Em Gl 6.15, o que é de valor para Cristo é a nova criatura.
Que significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de 2 Cor. 5.17,
verificamos que a nova criatura é a pessoa que "esta em Cristo", para a qual "as
cousas antigas passaram", e "se fizeram novas".
c) Paralelos de ensinos gerais – Para a correta interpretação de
determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de idéias, é
preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.
Exemplos: O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da
lei", só será bem compreendido com a ajuda dos ensinos gerais na Bíblia toda.
Segundo o teor ou ensino geral das Escrituras, Deus é um espírito onipotente,
puríssimo, santíssimo, conhecedor de todas as cousas e em todas as partes
presente. Porém há textos que, aparentemente, nos apresentam um Deus como o
ser humano, limitando-o a tempo ou lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza
ou santidade, seu poder ou sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos
ensinos gerais das Escrituras.
OBSERVAÇÃO - Vimos na "primeira regra" que para a correta compreensão das
Escrituras é necessário, na medida do possível, tomar as palavras em seu sentido usual e
comum, o que, devido à linguagem usual e figurada da Bíblia e seus hebraísmos2, não
significa que sempre devem ser tomadas ao pé da letra. Também já observamos que é
preciso familiarizar-se com esta linguagem para chegar a compreender, sem dificuldade,
qual seja o sentido usual e comum das palavras.

8-PASSO A PASSO PARA A EXEGESE DE UM TEXTO

1. Faça uma cópia do texto para que você possa anotar sem rasurar sua
Bíblia.
2. Defina os limites da perícope3:
a. Aonde começa? Aonde termina?
b. No mesmo capítulo? No posterior? No anterior?
c. Leia e releia mais de uma vez, sentido as nuances do texto e estabelecendo os
elos com passagens diferentes no próprio português.
2
Para que o leitor consiga em parte esta familiaridade, exporemos mais adiante uma série de figuras e
hebraísmos, com seus correspondentes exemplos, que precisam ser estudados detidamente e repetidas vezes.
Como veremos, as figuras retóricas da linguagem bíblica são as mesmas que em outros idiomas; e não é tanto
para seus nomes, um tanto estranhos, quanto para os exemplos que lhes seguem, que chamamos a atenção.
3
Perícope é um texto a ser apreciado.

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3. Faça uma tradução provisória:


a. Se você possui fluência no idioma original do texto, traduza os vocábulos que
identificar de imediato.
b. Lance mão da numeração Strong4 para facilitar a pesquisa de vocábulos
flexionados.
c. Anote os que não conseguir traduzir.
d. O que sobrar submeta ao dicionário e a outros recursos.
e. Faça uma tradução do texto todo.
f. Faça uma lista dos termos relevantes do texto.
4. Compare edições diferentes:
a. No caso do hebraico as variações são pequenas, mas, por vezes, vale a pena
fazer uma comparação com a LXX5.
b. Compare as diferentes versões em português.
5. Analise gramaticalmente o texto:
a. Identifique os verbos, pronomes, conjunções, adjetivos, artigos e preposições
b. Retorne à numeração Strong e pesquise aonde ocorrem em outros textos no
livro ou fora dele, fazendo uma lista destas ocorrências.
6. Ambiente o texto:
a. Qual a natureza do texto? Poesia, drama, história, provérbio, salmo, profecia?
b. Quem são os personagens?
c. Quais aspectos geográficos são relevantes para o entendimento do texto?
d. Quais aspectos históricos são relevantes para o entendimento do texto?
e. Qual a influência sócio-política?
7. Contextualize seu texto:
a. Revele o que é importante em seu texto.
b. Faça-o reviver, torne-o relevante para quem o lê. Transmita, o mais próximo
possível, o que o escritor quis dizer quando escreveu aquele texto.
c. Dê uma dimensão espiritual adequada ao texto estudado.

9-A LINGUAGEM BÍBLICA FIGURADA


"Desvendas os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei". Sl 119:18.
Como vimos anteriormente, existem várias barreiras que dificultam a nossa
interpretação da comunicação bíblica:
1º Barreiras Linguisticas; grego e hebráico
2º Barreiras História e Cultural;
3º Barreiras Textuais;
4º Barreiras Teológicas
Tudo porque a Bíblia contém tão grande abundância de palavras e expressões
figuradas, simbólicas, típicas, literais... A sua preservação por tantos séculos e a sua
divulgação sendo aceita e apreciada por diferentes classes sociais.
Reis, filósofos, poetas, estadistas, sacerdotes, médicos, publicanos, pescadores,
etc, escreveram, um no deserto do Sinai, outro na cadeia de Roma, outro na ilha de
Patmos e ainda na margens do rio Quebar e no meio das civilizações ocidentais;
tomando figuras, símbolos e expressões dos costumes, épocas, lugares ...
Há um período de quase 1.600 anos entre o primeiro e o último escritor. Os
materiais apresentados são: História, genealogia, lei, ética, profecia, ciência, higiene,
4
James Strong (1822-1894) foi um estudioso que codificou os diversos vocábulos bíblicos, dando-lhes uma
numeração sequenciada, de modo que a pesquisa de suas ocorrências possa ser facilitada. Ele numerou cada uma
das 8.674 raízes hebraicas e 5.523 gregas. Dando forma a um trabalho único para auxiliar a Exegese.
5
LXX é um acróstico que significa a Sepuaginta. Versão produzida no Egito, em grego, por 72 eruditos judeus.

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economia, política, hinos, poesias, biografias, cartas, instruções e regras para conduta
pessoal. Tudo isso forma uma unidade, expondo o plano de Deus na Salvação da
humanidade.
GÊNESIS é o começo das coisas; Apocalipse , a consumação;
GÊNESIS a Malaquias - A salvação é premedita e tipificada;
Os quatro Evangelhos - A salvação realizada;
Atos a Apocalipse - A salvação aplicada e consumada.

RESUMO DA BIBLIA - SUA HISTORIA


A Bíblia como livro UNO, dá testemunho de um Deus UNO; forma uma história
contínua: oferece UM só sistema de predição; testifica a respeito de UMA redenção:
tem só UM grande Tema: CRISTO (único). A palavra "Bíblia" vem da palavra grega
"Biblios" que significa “conjunto de pequenos livros; A palavra "Testamento" quer
dizer "'Aliança" ou 'Pacto".

A BÍBLIA FORMA UMA REVELAÇÃO ÚNICA


GÊNESIS - Aparecem os céus e a terra, (1:1) - APOCALIPSE - Novos céus e nova
terra, (21:1)
GÊNESIS - O primeiro casamento, (2:22) - APOCALIPSE - Casamento do Cordeiro
com a Igreja, (19:7,9)
GÊNESIS - Aparece Satanás, (3:2,13) - APOCALIPSE - Julgamento de Satanás,
(20:10)
GÊNESIS - Aparecem os mares, (1:10) - APOCALIPSE - O mar já não existe mais,
(21:1)
GÊNESIS - Primeira referência à morte. (2:17) - APOCALIPSE - Não haverá mais
morte, (21:4)
GÊNESIS - Deus fez dois luminares: sol e lua. (1:16) - APOCALIPSE - A cidade não
precisa de sol e nem de lua, (21:23)
GÊNESIS - O homem foi proibido de comer da arvore da vida, (3:21,22) -
APOCALIPSE - O homem com direito de comer da árvore da vida, (22:22)

COMPARAÇÕES ENTRE O NOVO E O VELHO TESTAMENTO


VT Começa - NT completa
VT Se reúne ao redor do MONTE SINAI - NT Redor do CALVÁRIO
VT Esta associado a Moisés - NT Associado a Cristo
VT Temiina com uma maldição - NT Termina com uma benção
VT Começa com Deus - Gn. 1:1 - NT Começa com Cristo – Mt 1:1

Os livros da bíblia compreendem em grupos distintos: PMPEC (Síntese


Mnemônica)
PREPARAÇÃO - O Velho Testamento
MANIFESTAÇÃO - Os Quatros Evangelhos
PROPAGAÇÃO - O Livro de Atos
EXPLANAÇÃO - As Epístolas
CONSUMAÇÃO - O Apocalipse

AUXÍLIO PARA A COMPREENSÃO


Comece o estudo com o Novo Testamento.
Plano de estudo: "Busque" Jó 5:39; "Medite." Sl 1:2; "Compare" 1Co. 2:13.
Ao ler, primeiramente, leia "sinteticamente" (um livro de cada vez), depois leia e
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estude analiticamente trecho por trecho; procure subsídios para o estudo. Ex.: um
dicionário Bíblico.
Ensinar a Bíblia sem conhecer as regras fundamentais da Hermenêutica é como:
"a trombeta que dá sonido incerto". Há muito perigo quando as conclusões não são
baseadas na realidade. Por isso devemos estar seguros antes de afirmar que tal ou
qual assunto seja certo. Daí a importância a aplicação da lógica nos argumentos e nas
provas.

INFORMAÇÕES ÚTEIS PARA SE EXPOR UMA MENSAGEM


Quando falamos em público, ou escrevemos para o público, devemos aplicar
qualidades essenciais do estilo: correção, concisão, clareza, harmonia, originalidade,
nobreza e naturalidade. Definimos assim:
* Correção: evitar erros, corrigi-los quando houver:
* Concisão: expor ideias com poucas palavras;
* Clareza : com transparência, com limpidez;
* Harmonia: com coerência, com concordância;
* Originalidade: que tenha origem Bíblica;
* Nobreza: cheio de valores morais;
* Naturalidade: é regra fundamental, deixando a Bíblia interpretar a SI MESMA.
Para compreendermos bem o que a Bíblia tem para nos dizer, precisamos de
todo o conselho e ajuda que um estudo de Hermenêutica pode nos oferecer.

NA INTERPRETAÇÃO DO LIVRO DE DEUS, SE TORNA NECESSÁRIO


a) Comparar as coisas espirituais com as espirituais, Cl 1:9; É indispensável
consultar as passagens paralelas, "explicando coisas espirituais pelas espirituais". É
necessário consultar sempre o CONTEXTO.
b) Procurar conhecer a realidade e a verdade, II Tm 2:25;
c) Ser sensato e saber raciocinar, Pv 2:2-5.
A Escritura é rica em expressões simbólicas, figuras retóricas; qualquer
interpretativo de ensino ou doutrina só pode ser verdadeira, se houver passagem
contrária nas Escrituras, Dl 29:29.

AS FESTAS JUDAICAS RELACIONADAS COM O ARREBATAMENTO

AS PALAVRAS E SEU SIGNIFICADO


O significado das palavras deve ser tomado conforme o sentido da frase. As
palavras variam muito dentro da Bíblia. Exemplos:
1- Salvação - ato ou efeito de Salvar, Gn. 49:18;
2- Salvação - como livramento, Ex. 14:13; II Cro. 20:17;
3- Salvação - como cura da enfermidade, Tg. 5:15;
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4- Salvação - como completa Revelação do Evangelho, Hb. 2:3

SIGNIFICADO DA FÉ
A palavra FÉ significa (ordinariamente) confiança; mas tem outras acepções:
a) FÉ - Doutrina do Evangelho, Gol. 1:23; Rm. 10:8;
b) FÉ - Verdade e fidelidade, I Tni. 3:9;
c) FÉ - Base do perdão e justificação, Gal. 3:8.

SIGNIFICAÇÕES DA GRAÇA
Graça é o favor que se dispensa ou se recebe, Tt. 2:11.
a) Prova do propósito divino de Redenção e Revelação, Gn. 6:8; Ef. 2:7,8;
b) Justificação, Rm. 3:24; Ti. 3:7;
c) Força e Santidade, 1 Co 12:9; 1 Co 15:10
d) Palavra do Evangelho, At. 14:3;
e) Doutrinas do Evangelho, Hb. 13:9; At. 13:43;
f) Salvação e Glória Eterna, I Pé. l: 10,13;
Outras: l Tm. 2:1; Fp. 1:29; II Tm. 2:2; Rm. 13:ll;Jo 1:14.
Para interpretarmos bem o senüdo de cada palavra, temos de interpretar o texto
de conformidade com o contexto.

O SENTIDO DAS PALAVRAS NO CONTEXTO


a) MÃOS IMPURAS. Mc 7:2 - Não significa falta de higiene. Quer dizer que os
discípulos não cumpriam a cerimônia exigida pelos rabinos, de lavar as mãos,
conforme a tradição.
b) MÃOS PURIFICADAS, Tg 4:8 - Pelo contexto, compreende-se é
manter-se leal, submeter-se a Deus.
c) PERFEITO, Tg. l :4. significa completo na maneira de viver.
d) "O SALÁRIO DO PECADO Ê A MORTE", Rm 6:23 - Aqui não fala da morte
natural, mas da 2 ª morte (morte eterna).
Precisamos saber principalmente o que a Bíblia diz para então procurar saber
o que significa. Exemplo: At 8:30 – Pergunta: Entendes tu o que lês? Verso 31:
Como poderei entender, se alguém me não ensinar? Literalmente - ensinar é guiar (que
livro, capítulo e versículo. Filipe conhecia bem esta passagem?

A INTERPRETAÇÃO DA LINGUAGEM FIGURADA


A linguagem figurada nas Escrituras é muito variada. É importante estudá-la para
interpretar as figuras corretamente. Os povos antigos usaram a analogia, comparando
coisas espirituais com as materiais, explicando fatos espirituais por símbolos materiais.
Exemplo, o livro de Cantares de Salomão. Deus, na sua Sabedoria, querendo
expressar o puro amor conjugal, conforme ordenado por Ele na criação, vindica esse
amor contra o ascetismo e a luxúria numa tripla interpretação. Vejamos:
1- Urna viva Revelação do amor de Salomão pela jovem Sulamita; (Ct 4:12)
2- Uma Revelação figurativa do Amor de Deus pelo povo de sua Aliança, Israel, a
Esposa do Senhor, Gn 2:16; 8:14;
3- Uma alegoria do amor de Cristo por sua Esposa Celestial, a Igreja, Ef 5:25,32;

OUTRAS CONSIDERAÇÕES DA LINGUAGEM


Deus apresenta-se nas Escrituras através da linguagem figurada, compreensível
à mente humana, das seguintes maneiras:
a) Como Deus que vive e vê; como a Luz; como tendo mãos; pés, olhos ...
b) Ele é Aquele que tem a imortalidade e habita na luz inacessível, a quem nenhum

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dos homens viu, nem pode ver, l Tm 6:16;


c) "E falara o Senhor a Moisés, cara a cara, como qualquer um fala com seu
amigo", Ex. 33:11. E agora pergunto: Qual o sentido e a interpretação destas afirmações?
1- "Nenhum homem viu e nem pode ver a Deus". Jo 1:18;
2- "E Moisés falava cara a cara com Deus". Ex. 33:11.
Há nelas contradição? Não. Na primeira quer dizer que nenhum homem terá urna
visão integral da Glória e da Majestade Divina. Na segunda, significa que Deus, na sua
Onipotência, manteve com Moisés, um contato direto através de uma Teofania.

A HEUMENÊUTICA NO CAMPO DAS ILUSTRAÇÕES


1 - EVA - A Igreja: Assim como Eva saiu do lado ferido de Adão, a Igreja saiu
do lado deCristo (sofrimento);
2 - CAIM - Os que confiam em suas Obras;
3 - ABEL - Os que confiam no Sangue;
4 - ENOQUE - Os santos transladados;
5 - MOISÉS - Os santos ressuscitados;
6 - NOÉ - Os que habitarão na Nova Terra;
7 - ABRAÃO - Os crentes que andam pela fé;
8 - LÓ - Os crentes que andam pela vista;
9 - ISMAEL - A semente carnal;
10 - ISAQUE - A semente espiritual;
11- ESAU - Tipifica a velha natureza;
12 - JACÓ - Tipifica a nova natureza.

A HERMENÊUTICA NO CAMPO DA NUMEROLOGIA


Não há provas de que os hebreus usassem algarismos nas suas escritas.
Deveriam escrever seus números por extenso. Para representar seus números,
empregavam as letras do alfabeto.
Por exemplo: * A primeira letra: "ALEF", era o n0 "UM"; * A segunda letra: "BEIT", o
n° "DOIS", e assim por diante. Nos alfabetos Hebraico e Grego, cada letra tem um valor
numérico, de modo que cada palavra tem um valor.
Os números mais relacionados com a obra de Deus são:
TRÊS - É o n° da Perfeição Divina;
SETE - É o n° da Perfeição Espiritual;
DEZ - É o n° da Perfeição Ordinal;
DOZE - É o n° da Perfeição Governamental

MOSTRAREMOS EM SÍNTESE, A GRANDE IMPORTÂNCIA DA


SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS
UM - Unidade, primazia, identidade, harmonia;
DOIS - Conservação, confirmação, amor, etc;
TRÊS - TRINDADE, número de Deus;
QUATRO - O Reino de Deus na terra;
CINCO - Representa a graça de Deus para seu povo;
SEIS - Número dos homens;
SETE - Número sagrado de pacto de Deus com o homem;
OITO - Novo começo, nova geração;
NOVE - Perfeição na ordem Divina;
DEZ - É o n° da Perfeição Ordinal;
ONZE - Significa de incenso e restauração de Reino de Israel, Gn 43 :33;
DOZE - Administração e governo de Deus;

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TREZE - Gn 14:4 - Este N° dá ideia de rebelião, apostasia, corrupção;


CATORZE - Está relacionado com a Páscoa, Lv 23:5;
QUINZE - fala de atividade da Graça Divina, II Rs 20:6;
DEZESSETE - É o tipo da perfeição espiritual na ordem perfeita;
TRINTA - Representa a avaliação que os homens fazem das coisas espirituais,
Mc 1:20;
QUARENTA - Provação, Teste de prova, Nm 14:34 ; Ex 24:18;
SESSENTA - Representa a paz de Deus. na comunidade do povo de Deus;
SETENTA - Administração de Deus no mundo, Nm 11:16;
CEM - Gratidão, até de fazer mais do que o exigido, Mt 5:41.

DIFICULDADES CRONOLÓGICAS DAS PROFECIAS


No estudo das profecias, cabe dar-se o devido valor aos Profetas. No V.T., eles
eram os oráculos de Deus em favor dos homens. Muitas profecias a respeito do Senhor já
tiveram seu pleno cumprimento:
- Seu nascimento, Is 7:14; Sua Humanidade, Gn 3:15; Sua Linhagem, Gn. 12:3;
Suas Funções, Dt 18:15; Sua Divindade, Is 9:6; Sua Humilhação, Zc. 13:6,7.
Há uma diferença entre o ministério profético e o Dom de profecia:
- No ministério Profético, Deus usa principalmente a mente do profeta;
- No Dom de Profecia, Deus usa principalmente o aparelho fonador da pessoa.
Os profetas eram chamados de: Servos do Senhor, Dt. 34:5; Homens de Deus, l
Sm 9:6: Videntes, Is 9:9; Profetas de Deus, Ed 5:2; Mensageiros de Deus, Ml 3:1.
Há duas categorias de Profetas: Canônicos e Não-canônicos.

10-FIGURAS RETÓRICAS

Não somente palavras figuradas nas Escrituras, mas, ás vezes, em textos ou


passagens inteiras há o que chamamos de "alegoria", "fábula", "símbolo"e "parábola",
figuras que também ocorrem em outros tipos de literatura.
Vimos pela primeira regra que para a reta interpretação das Escrituras é
necessário, enquanto seja possível, tomar as palavras no seu sentido comum ou usual,
o que devido a linguagem usual e figurada da Bíblia e seus hebraismos, nem sempre
significa que se deve tomar ao pé da letra. Também já observamos que é preciso
familiarizar-se com essa linguagem para se chegar a compreender sem dificuldade qual
é o sentido usual e ordinário das palavras. As figuras retóricas da linguagem bíblica são
as mesmas que de outro idioma.
São figuras retóricas: Metáfora, Sinédoque, Metonímia, Prosopopéia, Ironia,
Hipérbole, Alegoria, Fábula, Enigma, Tipo, Símbolo, Parábola, Símile, Interrogação,
Apóstrofe, Antítese, Provérbio, Acróstico, Paradoxo, Hebraismo.
METÁFORA - Uma declaração que compara dois objetos e contém talvez
várias características iguais, ou qualidades abstraías comparáveis. Implica comparação
com outro objeto. Do grego “metaphoro" que quer dizer transferir qualidades de um
objeto para outro. Ex: João 15:1.
SINÉDOQUE - Quando se coloca uma parte para o todo, e o todo para uma
parte. Do grego "SUN" (com) e "EKDECHOMAI" (recebido de), recebendo e associando
uma coisa com a outra - e o todo por uma parte; o género para a espécie e o singular para
o plural ou vice-versa.
Ex: Lucas 2:1.
METONÍMIA - Figura de retórica que consiste em designar um objeto por um de
seus atributos; vem do grego "meta" (mudar) e uonoma" (nome), pondo o efeito para a
causa, e o pertencente para o sujeito. Ex: Lucas 16:29.

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PROSOPOPÉIA - Figura de retórica que dá ação, movimento, ou voz às


coisas inanimadas. Do grego "proseporf' (pessoa) e "poiein" (tazer), lazer um objeto
pessoal falar ou agir como pessoa; personificação. Ex: I Coríntios 15:55.
IRONIA - Maneira satírica de se expressar com sarcasmo e zombaria. Ex: I Reis
18:27.
HIPÉRBOLE - Exagero poético ou metafórico, figura retórica pela qual uma
coisa se representa como sendo maior ou menor do que a realidade; usada para ilustrar
à aiente e imaginação, coisas de uma maneira viva. Ex: Números 13:33.
ALEGORIA - Uma figura retórica que consiste de várias metáforas unidas, cada
uma delas representando correspondentes. A natureza figurativa da alegoria é tão
aparente que torna impossível, também desnecessária uma interpretação literal. Usar
palavras no sentido metafórico, o seu narrativo é claramente fictício. Do grego
"allos"(outro) e "agoreyein” (falar, proclamar), isto é, dizer outra coisa do que significa. Ex:
João 6:51,6.5.
FÁBULA - Uma alegoria narrativa em que se conta um fato ou circunstância, em
forma narrativa, por meio de personificação de coisas e animais. Ex: II Reis 14:9.
ENIGMA - Urna palavra grega com certo tipo de alegoria de profunda e dificil
solução. Ex: Nm 12:8, Juízes 14:14.
TIPO - O tipo é uma classe de metáfora que não consiste meramente em
palavras, mas em fatos, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas
ou objetos no porvir. Estas figuras são numerosas e chamam-se na Escritura sombra
dos bens vindouros, e se encontram, portanto, no Antigo Testamento.
SÍMBOLO - Urna espécie de tipo, um exemplo substitucional da realidade. Do
grego "syn'"e "ballo" (jogar, lançar) junto de tal maneira que uma coisa represente a outra.
Ex: Lucas 1:69.
PARÁBOLA - Uma forma de alegoria, uma metáfora aumentada e mais
detalhada em forma de uma estória, relatando possíveis acontecimentos com objetivo
de esclarecer assuntos obscuros e ilustrar verdades importantes. Uma história terrestre
com significado celeste. Do grego "para" (ao lado de) e ""ballo" (jogar, lançar); lançar uma
coisa ao lado cie outra para finalidade de comparação e ilustração. Ex: Lucas 18:1,7.
É da mais relevante importância consultar as parábolas, a causa das brilhantes,
fecundas e prolíferas verdades espirituais, inseridas no seu bojo. Deve ser tomada em
consideração porque justamente foi o método pedagógico mais utilizado por Cristo,
afim de ilustrar a doutrina do reino de Deus, levando os seus ouvintes do conhecido
para o desconhecido. Segue-se portanto, que uma vez desprezadas, dificilmente o
estudante da Bíblia, assimilará o escopo bíblico da obra redentora do Salvador.
SÍMILE - Do latim "siriiilis" (parecido com); figura de retórica que desenha
uma comparação implícita entre duas diferentes coisas em um ou mais aspectos. Ex:
Salmos 103:11,16.
INTERROGAÇÃO - Uma palavra do latim, significa "pergunta". Nem toda
pergunta é figura de retórica. Quando a pergunta é feita, cuja resposta é evidente, não
requerendo uma resposta declarada, assim é considerada figura retórica. Ex: Gn 18:25.
APÓSTROFE - Do grego "apo" (de) e "estrepho" (virar). É similar a
Prosopopéia, mas difere no que parece o orador virar de seus ouvintes e dirigir as suas
palavras a uma pessoa imaginada, coisas inanimadas ou pessoas ausentes naquela
hora. Ex: Dt 32.1; II Sm 18:33.
ANTÍTESE - Direto e completo. Contraste. Do grego, significando a
colocação de extrema comparação. Ex: Mateus 7:13,14; Dt. 30:15,19.
PROVÉRBIO - Ditado sábio, geralmente comum a um certo povo.
Significativo e comum a certo povo ou nação mas que contém uma verdade aplicável
a todos. Do latim "pro"(antes) e "verbum" ( palavra), isto é, um antigo ditado comum
ao povo. Uma declaração marcante e paradoxal. Ex: Provérbios de Salomão; Marcos

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6:4; II Reis 2:2;e II Pedro 2:22.


ACRÓSTICO - Uma poesia ou composição que se toma numa certa ordem
para formar uma palavra ou uma frase. Uma série de palavras e iniciais postas em
tal ordem que formem certas frases e ditados ou uma palavra signifícante. Ex: SI 119,
com 176 versos: contém 22 estrofes, com uma seção para cada letra do alfabeto
hebraico.
PARADOXO - Uma declaração contrária à opinião ou sentido comum; uma
alegação aparentemente correta. Do grego "para" (contra) e "doxa"( uma opinião,
crença). Ex: Lc 9:60.
HEBRAISMO - Certas expressões e terminologias peliculares ao idioma
hebraico. Nem sempre tão claras para nós, mas sempre bem entendidas pêlos
hebreus por ser uma forma de falar comum a esse povo. Ex: Ef 5:8; Gn. 9:25; Lc. 10:6.

METÁFORAS
PÃO DA VIDA - João 6:48,58 (oração dominical). O pão é o mais importante
alimento do Oriente. Denota "comida"ou "alimentação" em geral. Aquele que
sustenta a vida. Para tornar-se em pão o trigo passa pelo moinho onde pnssa por
diversos processos de refinação. O grão é amassado, peneirado e passado pelo
fogo, antes de toniar-se uniproduto pronto para a alimentação. Jesus escolheu o pão
partido para simbolizar o Seu Corpo quebrado sobre o Calvário. (Alguns não discernem
que estão participando do Corpo - da vida mesmo de Cristo).
PÃO NATURAL - Sustenta a vida natural e não é alimento que dá vida
permanente pois, naturalmente, morrem os que dele se alimentam.
PÃO ESPIRITUAL - Sustenta a vida espiritual; nunca morrem os que dele
comem. No Tabernáculo, os pães ásmos indicavam a presença do Senhor - o Pão da
Vida com o seu povo.
O maná no deserto foi alimento do povo até chegar em Canaã. Um tipo de maná -
Cristo, o Pão da Vida, que nos alimenta no caminho para Canaã Celestial.
1- O trigo moído - assim também Cristo. Is. 28:28; 53:4,5;
2- Belém - Casa de Pão, onde Cristo nasceu;
3- Sacrifício dos Levitas - chamado "Pão de Deus", Lv.21:22. Cristo, o Grande
sacrifício, o "Pão de Deus" oferecido por todos.
ÁGUA DA VIDA - Simboliza para o povo da palestina, a "bênção e o favor de
Deus", sendo que o país todo vive em falta d'água. As chuvas, motivos para regozijo,
íálnm de refrescamento espiritual e sustento da vida. Também a água tem grandes
funções: sustenta o corpo físico, purifica, lava, remove sujeiras e impurezas. É
emblema de bênção espirituais e salvação que Deus concede ao seu povo. Era de
valor inestimável.
As cerimónias de lavagem entre os fariseus e cerimónias aos templos dos judeus
simbolizam a lavagem da alma do pecado. Ez 16.4,9; 36.25; Jo 3.5; Ef 5.26; Hb
10.22; 1João 5.6,8. Muitos palestinos conhecem a sede, isto é, a sede é muito
comum para os palestinos. Is 55.1; Ap 21.6; 22.17; Jo 7.37.
SAL - O símbolo bíblico do sal é apresentado de 4 maneiras:
1 - Aquilo que tempera - (Cl 4.6; Jo 6.6); descreve a fala sábia, graciosa, não
insípida;
2 - Pureza dos sacrifícios queimados - (II Rs 2.20,22; Ez 43.24; Lv 2.13);
3 - Desolação perpétua - as minas de sal de Sodoma (Ez 44.11; II Rs 14.7; Sf
2.9; Gn 19:26; Jz 9:45);
4 - Preservação - comendo o sal de outro, significava preservar a amizade do
mesmo.A "presença do sal nas ofertas", significava a aliança redentora eterna. (Lv.
2:13; Nm. 18:19);
"Pelo fogo do inferno os perdidos são salgados", significa preservados em

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tormento eterno Mc. 9:49; ao passo que os salvos são advertidos a manter disciplina
temperada com paz e graça entre si, assim, preservando-se do inferno.

OUTROS EXEMPLOS DE METÁFORAS


a) Lavar as mãos: Mão é símbolo de atividade. Portanto, significa espião de culpa ou
protesto de inocência de culpa, (l Co. 6:11; l Tm. 2:8);
b) Mão direita: Símbolo de posto de honra, (Mc. 16:19);
c) Levantar a destra: Era o sinal de juramento, (Gn. 14:22; Dn. 12:17);
d) Marcas nas mãos: Símbolo de escravidão e idolatria, (Zc. 13:6);
e) As mãos postas sobre a cabeça de alguém: Símbolo de transmissão de
bênçãos, de autoridade ou de culpa, (Gn. 48:14; Dn.lO:10);
t) Medir montanha: Medir é símbolo de conquista e possessão.

RELAÇÃO DE METÁFORAS COM REFERÊNCIAS BÍBLICAS


LEÃOZINHO - GÊNESIS 49.9
LUGAR FORTE, ROCHEDO, FORÇA - SALMOS 18.2
ROCHA - SALMOS 19:4; ISAÍAS 26.4
REFÚGIO - SALMOS 9.9
LAMAÇAL - SALMOS 69.2
ESPADA NUA - SALMOS 55.21
CORDÉIS E TORRENTES - SALMOS 18.4
CORDAS E LAÇOS SALMOS - 18.5
PENAS, ASAS, ESCUDO E BROQUEL - SALMOS 91.4
ESPADA E ARCO - SALMOS 7.12
ESCUDO - SALMOS 3.3
PASTOR - SALMOS 23:1; JOÃO 10.11
VERME – SALMOS 22.6
A JUSTIÇA OLHARÁ - SALMOS 85.11
CASA FORTÍSSIMA, FIRME ROCHA - SALMOS 31.2
SETA QUE VOA DE DIA - SALMOS 91.5
PÃO DE DORES - SALMOS 127.2
PRECIOSA SEMENTE, MOLHOS - SALMOS 126:6
LAMPADA - SALMOS 137:17
A PORTA DA BOCA - SALMOS 141:3
PÃO VIVO - JOÃO 6:51
CORDEIRO DE DEUS - JOÃO 1:29
COMIDA E BEBIDA - JOÃO 6:55
LUZ DO MUNDO, TREVAS - JOÃO 8:12
PORTADAS OVELHAS - JOÃO 10:7
PAREDE BRANQUEADA - ATOS 23:3
VASO ESCOLHIDO - ATOS 9:15
FALANDO MAL DO CAMINHO - ATOS 19:9
ARMAS DA LUZ - ROMANOS 13:12

HEBRAISMOS
Por hebraismo entendemos certas frases e expressões do idioma hebreu,
as quais ocorrem em nossas traduções da Bíblia, escrita originalmente no idioma
hebreu e no grego.
É necessário, como já temos citado, algum conhecimento desses
hebraismos para podermos usar devidamente a primeira regra de interpretação.

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Tendo-os em mente, veremos aclarados muitos pontos obscuros e as contradições


aparentes explicadas.
Primeiro exemplo: Era costume entre os hebreus chamar a uma pessoa,
filho daquilo ou daquela coisa que especialmente caracterizava a essa pessoa,
de modo que ao indivíduo pacífico e ao bem disposto, chamava-o "filho da paz";
ao entendido e iluminado, "filho da luz": aos desobedientes, "filhos da
desobediência", etc. (Veja Lc 10.6; Ef 5.6).
Segundo exemplo: As comparações, às vezes, expressavam-se mediante
negações como foi, por exemplo, quando Jesus disse: "Aquele que me recebe,
recebe não a mim, mas ao que me enviou", o que equivale dizer: "Quem recebe a
mim, não recebe tanto a mim, quanto ao que me enviou"ou "não somente a mim,
mas também ao que me enviou".
Do mesmo modo se deve interpretar, quando lemos: "Não procuro (somente)
a minha vontade, mas a vontade do que me enviou", o que equivale: "trabalhai não
(só) pela comida que parece, mas peia comida que permanece para a vida eterna".
Não mentiste (somente) aos homens, mas a Deus ". Não me enviou Cristo (tanto) a
balizar, mas ao pregar o Evangelho. "Não temos que lutar (somente) contra a carne
e o sangue, mas contra os principados... contra as hostes espirituais da maldade"
etc. (Mc 9.37; Jo 5:20; 6.27; At 5.4; I Co 1.17;Ef 6.12).
O lago de Genezaré chamava-se antigamente mar de Quinerete,
depois, mar da Galiléia ou de Tiberiades. (Mt 4.18; João21.1).
A Abissínia moderna chamava-se Etiópia e às vezes Cus, se bem que
este último nome designa a maior pane das vezes, a Arábia ou a índia. A Grécia
era também chamada Javã (Is 66.19; Zc 9.13). O Egito chama-se às vezes Cão e
outras Raabe. (SI 78.51; Is 51.9).
O Mar Morto chama-se às vezes Mar da Planura, por ocupar as
planícies onde estavam as cidades de Sodoma e Gomorra; outras vezes, Mar
Este, por causa de sua posição para Oeste, visto desde Jerusalém, e ainda Mar
Sagrado (II Rs 14:25; Gn 14:3).
O Nilo chama-se Siber, mas com frequência, o Rio, cujos nomes às vezes,
denominam outros rios. Chama-se, às vezes, ao Mediterrâneo, Mar dos Filisteus, os
quais viviam lias suas costas; outras, Mar Ocidental, ou ainda, com mais frequência, o
Grande Mar(Ex. 23:31;Dt. 11:24; Nm 34:6,7).
A Terra Santa era chamada Canaã, Terra de Israel, Terra da Judéia, Palestina,
Terra dos Pastores e a Terra Prometida, (Ex. 15:14; I Sm. 13:19; Is. 14:29 e Hb. 11:9).
Um conhecimento cuidadoso do referido uso peculiar dos nomes próprios, favorecerá
não só a reta compreensão das Escrituras em geral, como faz desaparecer várias
contradições, que a ignorância encontra em diferentes passagens das mesmas.

PALAVRAS SIMBÓLICAS
A linguagem simbólica oferece algumas dificuldades no estudo das Sagradas
Escrituras. Cremos, todavia, que teremos uma compreensão maior se nos
familiarizarmos com algumas palavras simbólicas, ainda que sejam em pequeno nº,
como as seguintes, cuja explicação apresentamos:
ABELHA - simbolo dos reis da Assíria (Is.7:18); os quais também nos escritos
profanos (hieroglíficos), são representados por esta tígura. Às vezes, de modo geral,
simboliza um poder invasor e cruel. (Dt. 1:44; Sl 118:12).
AZEITE - fortaleza pela unção; simboliza também a vida e força que o Espirito de
Deus infunde.
ADULTÉRIO - infinidade, infração do pacto estabelecido, e consequenteniente símbolo
de idolatria, especialmente tratando-se de gente que conheceu a verdade. (Gn 3:8; Ap.
2:22).

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ÁGATA - paz que sobrepuja todo entendimento.


ÁGUIA - poder, vista penetrante, movimento no sentido mais elevado.
ALFARROBA - palha, nulidade, juízo do mal.
ÂNCORA - esperança.
ÁRVORES - as altas, símbolo de governantes, (Ez, 31:5,9); - as baixas, do povo
comum, (Ap 7:1;8:7)
ARCA - Cristo.
ARCO - símbolo de batalha e de vitória ( Ap. 6:2); ás vezes também, de engano,
porquanto se pode quebrar ou atirar ern falso, (Os. 7: 16; Gn. 9,13).
HARPA - símbolo de gozo e louvor, (Sl 49:5; 33:2; II Cr 29:28; Is 30:32; Ap 14:1,2).
AZUL. - o céu celeste.
BABILÓNIA - símbolo de um poder idólatra e perseguidor das Igrejas de Cristo,
referindo-se de um modo particular ao poder romano, pagão e papista. (Is. 47: 1 2; Ap.
17:18).
BALANÇA - símbolo de trato reto e justo (Jó 31:6). Tratando-se da compra de
víveres. Simboliza a escassez (Lv. 26:26; Ez.4:16; Ap, 6:6).
BERILO - bem-aventurança, verde, azulada como o mar.
BESTA - símbolo de um poder tirano e usurpador, porém, às vezes, só de um poder
temporal qualquer, (Dn. 7:3; Ez. 34:28).
BODE - símbolo dos reis macedônios, especialmente Alexandre, (Dn. 8:5,7).
BOSQUE - símbolo de cidade ou reino, representando as árvores, os regentes ou
governadores, (Is. 10: 17,34; 32:19; Jr. 21:14; Ez. 20:46).
BRAÇO - símbolo de força e poder; "braço nu ou estendido", significa o poder em
exercício, (SI 10:15; Is. 52:10).
BOI - submissão.
ENXOFRE - símbolo de tormentos, (Jó 18:15; SI. 9:6; Ap. 14:10; 20:10).
ESPINHAL - ESPINHO E ABROLHOS - más influências.
ESCARLATE - sendo cor de sangue, simboliza vida.
ESMERALDA - a esperança.
FRENTE - denota, segundo a inscrição ou o sinal que leva, um "sacerdote" (Ex. 28:38);
um servo ou um soldado (Ap. 22:4). Igualmente os que servem os ídolos, levavam, como
hoje um sinal, um nome ou um n° na sua frente. (Ap. 13:16).
FRUTO - símbolo da Palavra de Deus (Jr. 23:29; Hab. 3:5). Também de destruição.
(Is.42:25; Zc. 13:9); de purificação (Ml. 3:2); de perseguição(I Pd. 1:8); de castigo e
sofrimento (Mc. 9:44).
FERRO - severidade.
FILHA - povoação, como se esta fosse a mãe.
HISSOPE - purificação.
INCENSO - símbolo de oração (queimava-se com fogo tirado do altar dos perfumes, SI
141:12; Ap 8:4; Ml 1:11).
JACINTO E AMETISTA - promessas de glórias futuras.
JASPE - paixão, sofrimento.
LÂMPADA - (candeeiro) - símbolo de luz, gozo, verdade e governo, (Ap. 2:5). Em l Rs
11:36, indica que nunca faltará sucessor para Davi (SI. 132:17).
LEÃO - símbolo de um poder enérgico e dominador, (II Reis 23:33; Am. 3:8; Dn. 7:4; Ap.
5:5).
LEOPARDO - (tigre)- símbolo de um inimigo cruel e enganador, (Ap. 13:2; Dn. 7:6; Is.
11:6; Jr. 5:6; Mb. 1:8).
LEPRA - pecado asqueroso.
LIVRO - o livro do testamento entregue ao rei simboliza a inauguração do reino (II Reis
11:2); um livro escrito por dentro e por fora, simboliza uma larga série de acontecimentos:
um livro selado, símbolo dos segredos; comer um livro, símbolo H° um estudo sério e

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profundo (Jr. 15:15; Ap. 10:9); o livro da vida, memória em que constam os
redimidos (Ed. 2:62; Ap. 3:5); um livro aberto, símbolo do princípio de um juízo (Ap. 20:12).
LÍRIO - formosura, pureza.
LUZ - conhecimento, gozo.
MAE - símbolo do produtor de alguma coisa (Ap. 17:5); como por exemplo, se unia
cidade, cujos habitantes são chamados seus filhos (II Sm. 20:19; Is. 9:23); de uma cidade
central, cujas povoações dependentes se consideram suas filhas (Is. 50:1; Os 2:2.5):
também símbolo de Igreja do Novo Testamento (Gl. 3:26).
MANAH - símbolo de alimento espiritual e imortal (Ap. 2:27; Ex. 16:33,34).
MÃO - símbolo da ntividade. Daí, mãos limpas, mãos cheias de sangue, indicam atos
correspondentes, puros ou sangrentos.(l Tm. 2:8; Is 1:15). "Lavar as mãos"simboliza
expiação de culpa ou protesto de inocência (Ico. 6:11; l Tm 2:8);
"Mão direita", símbolo de posto de honra. (Mc, 16:19). Dar as destras de companhia,
símbolo de participação de direitos e benção (Gl. 2:9). Dar a mão equivale a render-se,
(SI. 68:31: 11 Cio. 30:8). Levantar a direita, era sinal de juramento (Gn. 14:22; Dn.
12:17). Marca nas mãos, símbolo de servidão e idolatria, (Zc. 13:6). As mãos postas
sobre a cabeça de alguém. símbolo de transmissão de bênção, de autoridade ou de
culpabilidade, (Gn. 48:14,20; Dn 10:10).
Mãos de Deus postas sobre um profeta, indica influência espiritual, (I Reis 18:46; Ez
1:3; 3:22); o dedo indica influência menor, o braço, influência maior. MEDIR - (partir,
dividir) - símbolo de conquista e possessão. (Is. 53:12; Zc. 2:2; Amos 7:17).
MONTANHA - símbolo de grandeza e estabilidade (Is. 2:2; Dn. 2:35).
MORTE - separação, separação de Deus, insensibilidade espiritual (Gl 3:3; Rm
5:6; Mt.8:22; Ap. 3:1).
OLHOS - símbolo de conhecimento, também de glória e fidelidade (Zc. 4: 10), e o
governo (Nm. 10:31). Olho maligno, significa inveja. Olho bom, liberalidade e
misericórdia.
OURO - realeza.
PALMEIRA - palmas, realeza, vitória, prosperidade.
POMBA - influência suave e benigna do Espirito de Deus.
PÃO - Pão da Vida, Cristo, Alimento, meio de subsistência espiritual.
PEIXE - símbolo de governadores das gentes (Ez. 29:4,5; Hb. 1;14).
PEDRAS PRECIOSAS - símbolo de magnificiência e formosura (Ap. 4:3,21; Ex. 28:13).
PÓ - fragilidade do homem.
PRIMOGÉNITOS - estes tinham autoridade sobre os irmão menores. Eram os
sacerdotes da tamília; consagravam a família pela consagração dos primogénitos.
De certo modo, simbolizam a Cristo. (Gn 20:37; Ex 24:5; 13:1,3; Dt 21:17;Hb 2:10;
11:31; Cl 1:12). - impureza e gula.
PORTA - sede do poder, poder.
PÚRPURA - o real, romano (Dn 5:7; Ap 17:4).
QUERUBINS - símbolo, vêem alguns, da glória soberana de Deus, no Apocalipse,
símbolo, dos redimidos e segundo outros, da perfeição de Deus, manifestada debaixo
das suas diversas fornias. (Gn. 3:24; Ex. 25:18; 22:37; Lv. 16:2; Nm. 7:8,9; l Rs 6:23; 8:7;
IICr 3: 10,13; Ez. 1:10).
RAMO - vara, símbolo de filho ou descendente.
RAPOSA - engano, astúcia.
RÃS - símbolo de inimigos imundos e imprudentes, (Ap. 16:13),
ROCHA - fortaleza, abrigo, refúgio.
SAFIRA - verdade.
SAL - conservação, incorrupção, permanência.
SANGUE - vida
SARDON - amor, ternura, pena, purificação.

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SEGA - consumação de tudo, também oportunidade atual. Época de destruição (Jr.


2:33; Is 17:5; Ap 14:14,18). A foice da sega, representa o meio da destruição (Joel
3:13). A sega (messe) é também símbolo do campo para os trabalhos da Igreja (Mt.
9:37).
SETE - n°, corno diríamos, "divino"; a soma de "TRÊS" que simboliza a Trindade
mais "quatro" que simboliza o reino de Deus na terra, e portanto, a união do finito
com o infinito. O Deus-Homen, por exemplo, representa-se pelos sete castiçais de
ouro. Este n° ocorre com muita frequência nas Escrituras.
TERREMOTO - símbolo de agitação violenta no mundo político ou social (Joel 2:10;
Ageu 2:21; Ap. 6:12).
TOPÁZIO - alegria no Senhor.
TOURO, NOVILHO - símbolo de um inimigo forte e furioso (SI. 22:1 2; ez. 39: 1 8).
NOVILHOS - indicam o povo comum, e os estábulos, casas ou povoações ( Jr. 50:27).
TROMBETA - sinal precursor de acontecimentos importantes (Ap. 6:6).
URSO - inimigo cego, feroz e temerário (Pv. 17:12; Is. 1 1:7; Ap. 13:2).
UVAS - as maduras são símbolos de gente madura para o castigo (Ap 14:18), as
recolhidas, símbolo de gente levada em cativeiro (Jr. 52:28,32).
VÉU DO TEMPLO - Corpo de Cristo (Hb. 10:10).
VESTIDURAS - denotam qualidades interiores e morais, vestiduras brancas, simbolizam a
pureza, a santidade e a fidelidade (Is. 52:1; Ap. 3:4; Zc. 3:3). Dar as vestiduras a alguém
era sinal de favor e amizade (I Sm. 17:38).
VENTO - forte, veloz, impetuoso, símbolo de conturbação; vento paralisado, detido,
símbolo de tranquilidade (Ap. 7:1).
VINHA - símbolo de fecundidade, vindima, símbolo de destruição (Jr. 2:21; Os. 14.7;
Ap14:18,19).
VIRGENS - símbolo de servos fiéis que se não contaminaram com idolatria (Ap. 14:4).
NOTA: Estas interpretações apenas se devem usar, no caso das palavras
serem empregadas simbolicamente, o que sempre se descobre mediante as regras
explicadas anteriormente. (Do livro " Tradução de João de Deus Ferreira, Portugal).

TIPOS
Tipos: sombra de coisas futuras; forma metafórica que usa atos, pessoas,
objetos do presente para representar coisas futuras que se chamam o seu antítipo.
Sempre o tipo é mais fraco e imperfeito do que o seu antítipo ou aquele que se representa
ou tipifica. Muitas palavras são usadas para interpretar ou prefigurar os tipos nas
Escrituras:

TIPOS : No grego: Sinal - João 20:25; Atos 7:42;


Figura - Romanos 5:14; I Cor. 11:11;
Forma - Romanos 7;
Modelo - Atos 7:44;
Maneira - Atos 23:25;
Exemplo -1 Pedro 5:3;
Mostra - Tito 2:7;
Exemplo - Modelo - Fil. 3:17; II Ts. 3:9;
Exemplo - Padrão - Modelo -1 Co. 10:6; I Tm. 4;12;
Sombra - Col. 2:17;
Imagem - Hebreus 10:1.

ANTÍTIPO : No grego: l Pedro 3:21; Hebreus 9:24.

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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS:


1 - Tipos de Pessoas;
2- Tipos de Coisas;
3- Tipos de Ofícios;
4- Tipos de Eventos;
5- Tipos de Ações;
6- Tipos de Instituições.

REGRAS QUE DEVERÃO SER OBSERVADAS SEMPRE NA


INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS
1- Aceitar como tipo genuíno somente aquele que está aceito como tipo nas
Escrituras, especialmente do Velho Testamento para o Novo Testamento.
2- Lembrar que o tipo é sempre inferior á realidade correspondente e que,
consequentemente, os seus detalhes talvez não terão aplicação á realidade no seu antitipo.
3- Um tipo pode prefigurar mais que uma só coisa.
4- Que os tipos não foram dados para servir como base ou fundamento das
doutrinas e da fé cristã, mas para fortalecer e confirmar a nossa fé, e para ilustrar e
apresentar às nossas mentes numa maneira explicita e viva as doutrinas cardeais das
Escrituras.

TIPOS DE PESSOAS - EM SEUS OFÍCIOS


2 LÍDERES : Moisés e Josué
2 SUMO-SACERDOTES: Arão e Eleazar
2 REIS : Davi e Salomão
2 PROFETAS : Elias e Eliseu
2 PASTORES: Abel e Isaque

1- TIPOS DE PESSOAS
TIPOS DE CRISTO: Josué, Elias, Eliseu, Moisés, José, Melquisedeque, Isaque,
Jonas. Salomão. Adão, Arão, Boaz, Eleazar. Abel, Jacó, Davi.

2-TIPOS DE COISAS
1 - Oferta pelo pecado;
2- Oferta pela paz;
3- Cordeiro Pascal;
4- Arca;
5- Serpente de Bronze;
6- A Rocha ferida;
7- O Véu rasgado;
8- Água natural transformada em vinho;
9- Pão natural - Pão quebrado;
10- Grão de trigo;
11- As Prímicias;
12- Templo e Tabernáculo.

3- TIPOS DE OFÍCIOS
1-Sacerdote;
2- Rei;
3- Servo;

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4- Profeta;
5-Ensinador;
6- Construtor;
7- Autor;
8- Pastor.

4- TIPOS DE EVENTOS
1- A noite de Páscoa;
2- O sacrifício de Abraão;
3- A experiência de Jesus;
4- Adoçando as águas de Mara;
5- A descida do Maná;
6- José rejeitado e vendido pelos seus irmãos;
7- O levantamento da serpente no deserto;
8- A construção do Tabernáculo;
9- O dilúvio.

5- TIPOS DE AÇÔES:
1- Lavar os pés dos discípulos;
2- Andar as duas milhas;
3- Virar o rosto.

6- TIPOS DE INSTITUIÇÕES
1- Ceia do Senhor - significando a morte de Senhor e a sua vinda;
2- Batisrno nas águas - significando morrer para o mundo e ressuscitar para Cristo.

TIPOS DE CRISTO NO EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO


Cap. 1- Cordeiro de Deus;
Cap. 2 - Templo - Tabernáculo;
Cap. 3 - A Serpente de Bronze levantada no deserto para cura dos pecadores;
Cap. 4 - O poço de Jacó - água da vida;
Cap. 6 - O maná verdadeiro descido do céu;
Cap. 7 - A Rocha da qual saem torrentes de água viva;
Cap. 8 e 9 - A luz do mundo;
Cap. 10 - O antítipo de todos os pastores do Velho Testamento - O Bom Pastor:
Cap. 12 - O grão de trigo que produziu as primícias;
Cap. 13 - O lavatório,
Cap. 15 - A Videira verdadeira em contraste da videira que Ele trouxe do Egito

PONTOS EM OUE ADÃO FOI UM TIPO DE CRISTO - CONTRASTE E


PARALELOS
Adão - O primeiro homem - teve comunhão com Deus no Jardim do Éden;
Cristo - O segundo homem - teve comunlião com Deus no Getsêmane;
Adão - Tentado - caiu - Gn. 3;
Cristo - Tentado - venceu - Mt.4; Hb.4;
Adão - Trouxe a maldição do pecado sobre a humanidade;
Cristo - Trouxe as bênçãos de justiça para toda a humanidade;
Adão - Trouxe a morte para todos - Rm. 5:12;
Cristo - Trouxe vida para todos -1 Cor. 15:22;
Adão - De origem terrestre - Gn. 2;
Cristo - De origem celeste -1 Cor. 15:47;
Adão - Recebeu E vá sua mulher - Gn. 2;

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Cristo - Receberá Sua Noiva - a Igreja - Ef. 5;


Adfto - Separou o homem de Deus - Gn. 3;
Cristo - Reconciliou o homem com Deus - II Co. 5:18
Adão - Desobedeceu à Deus - Gn. 3 e 4;
Cristo - Obedeceu à Deus - Fl. 2, 6 e 8;
Adão - De natureza carnal;
Cristo - De natureza espiritual;
Adão - Dominador;
Cristo - Dominador.

ARÃO UM TIPO DE CRISTO COMO SACERDOTE


1- Separado por Deus - Ex. 28; João 17:19;
2- Lavado - Ex. 29:4; Mt. 3:14, 15;
3- Ungido - Ex. 29:7; Mt. 3:16;
4- Ministrando nos negócios de Deus - Ex. 28:30; Hb. 5:1,5.

DAVI - UM TIPO DE CRISTO COMO REI


1- A escolha divina e unção -1 Sm. 16:11,13;
2- Aparência exterior posta de lado - Is. 53:2,3; Jesus - Mt. 3:17;
3- Cheio do Espirito Santo - Mt. 3:16; João 3:34.

AS CINCO OFERTAS DO LEVÍTICO


AS CINCO OFERTAS EM ORDEM:
1. O HOLOCAUSTO - (com sangue) Lv 1.1-17 e 6.8-13.
2. A OFERTA DE MANJARES - (sem sangue) Lv 2.1-16; 6.14-23.
3. A OFERTA PACÍFICA - (com sangue) Lv 3.1-17; 7.11-34; 19.5-8; 22.21-25.
4. A OFERTA PELO PECADO - (com sangue) Lv 4.1-35; 6.24-30.
5. A OFERTA PELA CULPA - (com sangue) Lv 5.14-19; 7.1-17.

SIGNIFICADO DAS OFERTAS:


1. Holocausto - Consagração pessoal.
2. Manjares - Consagração dos bens; A perfeição do Homem Jesus.
3. Pacífica - Comunhão com Deus.
4. Pelo Pecado - Perdão.
5. Pela Culpa - Restituição.

O TABERNÁCULO

AS PARTES DO TABERNÁCULO E SEU SIMBOLISMO


Todo o Tabernáculo - A presença de Deus.

No Pátio ou átrio (limites de aproximação do pecador a Deus): o Altar de cobre para os


sacrifícios (Remissão), e a Pia (Santificação).

No Lugar Santo (formas de aproximação de Deus): a Mesa dos Pães (Consagração ou


Comunhão com Deus), o castiçal (Testemunho) e o Altar de Incenso (Oração ou
adoração).

No Santo dos Santos (Centro ou coração do Tabernáculo): a Arca (Presença de Deus).

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Figura 1 – Ilustração “O Tabernáculo”

Figura 2 – O Tabernáculo – visão geral

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Figura 3 – O Tabernáculo – Planta

Figura 4 – Disposição dos Utensílios no Tabernáculo (Forma de Cruz)

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Figura 5 – Materiais utilizados na construção do Tabernáculo

Figura 6 – O Poste

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Figura 7 – A Entrada

Figura 8 – O Átrio

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Figura 9 – O Altar de Sacrifício (Holocausto)

Figura 10 – A Pia de Bronze

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Figura 11 – A Tenda da Congregação, abaixo as cortinas e as 3 coberturas

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Figura 12 – A Tenda da Congregação – vista interior

Figura 13 – O Lugar Santo

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Figura 14 – O Candelabro de Ouro (Menoráh)

Figura 15 – A Mesa dos Pães da Proposição

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Figura 16 – O Altar de Incenso

Figura 17 – O Véu do Santo dos Santos

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Figura 18 – O Arca da Aliança

Figura 19 – As Vestes Sacerdotais

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Figura 20 – O Peitoral de Juízo

Figura 21 – Urim e Tumim

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Figura 22 – Utensílios utilizados no serviço sacerdotal

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CONCLUSÃO

O que temos estudado aqui são apenas subsídios para uma interpretação
mais segura. De maneira nenhuma queremos com isto substituir o método mais
antigo e eficaz que existe: A leitura humilde regada de oração, jejum, e na total
dependência do maior interprete das Escrituras Sagradas – O Espírito Santo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENTO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 2 ed. Rio de


Janeiro, RJ: CPAD, 2003.

CARSON, D.A. Os Perigos da Interpretação Bíblica. 3 ed. São Paulo, SP:


Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1992, 2001/ Reimpressão 2002.

GERGER, Klans. Hermenêutica do Novo Testamento. São Leopoldo, RS: Editora


Sinodal, 1999.

GUNNEWEG, Antonius H. Hermenêutica do Antigo Testamento. São Leopoldo,


RS: Editora Sinodal, 2003.

ICE, Tomas. Entendendo o Dispensionalismo. Porto Alegre, RS: Atual Edições,


2004.

LUND, E. Hermenêutica - Regras de Interpretação das Escrituras Sagradas -


Traduzido por Etuvino Adiers. 7 ed. VIDA, 1968.

MELO, Joel Leitão de. Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia. 7 ed. Rio de Janeiro,
RJ: CPAD, 1997.

SOBRINHO, Antonieto Granjeiro. Hermenêutica Bíblica. Rio de Janeiro, RJ: CPAD,


1981.

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