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TECNOLOGIA
AULA 2
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empresas a inovar tais como mudanças nas necessidades e desejos
dos consumidores; avanços tecnológicos relacionados ao seu negócio;
produtos em fase final de ciclo de vida, preparando novos lançamentos,
antes que seus produtos atinjam a maturidade; e aumento da
competitividade, advinda da globalização.
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eficácia em suas inovações. Os autores afirmam que o contexto da inovação
apresenta um conjunto de oito dimensões que devem ser configuradas para
melhorar o potencial inovador (figura abaixo).
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É preciso entender cada uma dessas dimensões, e analisar as
ferramentas de gestão que possibilitem a implantação de cada um desses
pontos. Além das dimensões citadas, cabe ao gestor observar ainda aspectos
legais e regulamentações que possam estar envolvidos nos processos de
inovação da empresa. Assim, é preciso conhecer como funciona o sistema de
inovação dos países envolvidos com o processo, quais leis se aplicam no caso
da empresa e quais são os aspectos legais de proteção da propriedade
intelectual.
Trott (2012) sinaliza ainda a necessidade de entender a inovação como
um processo altamente complexo, que envolve aspectos internos e externos à
organização, envolvendo a gestão eficiente de diferentes atividades. O autor
propõe um esquema, ilustrado na Figura 2, com a intenção de auxiliar na
descrição do que seriam os principais fatores a ser considerados na gestão da
inovação (Trott, 2012, p. 27):
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Figura 2 – Inovação como processo de gestão
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definir o foco e a direção para as atividades de gestão da inovação da
empresa, em consonância com os seus objetivos e assegurando o
alinhamento das metas estratégicas e as atividades de inovação.
Trata-se de fazer uma descrição clara, mais ou menos detalhada, de
como a empresa se quer colocar no futuro e de definir e planificar, no
longo prazo, a disposição de recursos para a concretização dessa
visão, com base em objetivos macroscópicos agregadores, que
influenciam a execução de ações e a atribuição dos recursos.
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Económico), com tradução para o Brasil pela Finep (Financiadora de Estudos e
Projetos). É um referencial de métodos utilizados para produzir estatísticas
relativas à inovação e ao desenvolvimento comparável entre diversos países. Os
principais indicadores apresentados no Manual de Oslo são a intensidade de
inovação ou de P&D e a cooperação com outras empresas ou instituições
públicas. São citados ainda indicadores de Ciência e Tecnologia, recursos
direcionados à P&D e estatísticas de patentes.
No entanto, desenvolveu-se ao longo dos anos uma forma diferente de se
pensar a avaliação da inovação, abrangendo não somente a pesquisa e o
desenvolvimento tecnológico, mas a organização como um todo. Para
desenvolver uma análise melhor, em sentido sistêmico, diminuindo a miopia da
inovação, Sawhney, Wolcott e Arroniz (2006) elaboraram uma ferramenta
denominada radar da inovação.
Conforme os autores, o radar de inovação exibe as 12 dimensões da
inovação empresarial, ancoradas pelas ofertas que uma empresa cria, pelos
clientes a que serve, pelos processos que emprega e pelos pontos de presença
que usa para levar suas ofertas ao mercado.
De acordo com Sawhney, Wolcott e Arroniz (2006), o radar poderia ajudar
uma empresa a determinar como sua atual estratégia de inovação se compara
à de seus concorrentes. Usando essas informações, a empresa poderia
identificar oportunidades e priorizar as dimensões em que pretende concentrar
esforços. Para os autores, tradicionalmente, a maioria das estratégias de
inovação das empresas é resultado da simples inércia (“isso é o que sempre
inovamos”) ou da convenção do setor (“é assim que todo mundo inova”).
Mas quando uma empresa identifica e persegue dimensões de inovação
negligenciadas, ela pode mudar a base da concorrência e deixar outras
empresas em desvantagem distinta, porque cada dimensão requer um conjunto
diferente de capacidades, que não podem ser desenvolvidas ou adquiridas da
noite para o dia. Também porque inovar em uma dimensão geralmente influencia
as escolhas em relação a outras dimensões.
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Figura 3 – Radar da inovação
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Quadro 1 – As 12 dimensões da inovação nos negócios
DIMENSÃO DEFINIÇÃO EXEMPLOS
Soluções Crie ofertas integradas e personalizadas que • Serviços de logística da UPS Soluções
resolvam os problemas do cliente de ponta a de cadeia de suprimentos
ponta.
• DuPont Building Innovations for
construction
Captura de Redefina como a empresa é paga ou cria novos • Pesquisa paga do Google
Valor fluxos de receita inovadores.
• Blockbuster de compartilhamento de
receita com distribuidores de filmes
Organização Alterar forma, função ou escopo de atividade da • organização virtual em rede centrada
empresa. em parceiros da Cisco
Cadeia de Pense de forma diferente sobre sourcing e • Moen ProjectNet para projeto
mantimentos fulfillment. colaborativo com fornecedores
Presença Crie novos canais de distribuição ou pontos de • Venda de CDs de música da Starbucks
presença inovadores, incluindo os locais onde em cafeterias
as ofertas podem ser compradas ou usadas
pelos clientes. • Sistema de Caixa Remota da Diebold
para serviços bancários
Marca Alavancar uma marca em novos domínios. • “Capital de risco de marca” do Virgin
Group
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TEMA 5 – IMPACTO E INDICADORES
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Quadro 2 – Impactos das inovações
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os resultados e o processo de inovação não é uma tarefa fácil. Os autores
ressaltam que não há como avaliar o desempenho do processo de inovação na
empresa sem os indicadores corretos. “Assim como não é mais suficiente
controlar o desempenho global de uma empresa apenas pela perspectiva
financeira, a inovação também deve ser medida sob diferentes perspectivas”.
Medir apenas o retorno financeiro de inovações não é adequado, já que
mensurar apenas esse resultado revela o momento atual, desmerecendo a
continuidade do processo de inovação. No entanto, criar indicadores sem
objetivo bem-definido também não é adequado, já que medir outros resultados
demanda um esforço grande, e assim pode haver perda de tempo e de
produtividade com as informações, que no fim podem confundir mais do que
auxiliar na melhoria do processo de inovação.
Os bons indicadores são derivados da estratégia da empresa. Não há
como definir os indicadores corretos sem vinculá-los aos objetivos estratégicos,
ou seja, ao que ela estipula para a atividade de inovação. Corroborando com
essa ideia, Scherer e Carlomagno (2016) propõem uma ferramenta inspirada no
Balanced Scorecard (BSC)1, denominada pelos autores de Innovation
Scorecard. Estruturado de maneira similar ao BSC, o Innovation Scorecard
também possui traz perspectivas que evidenciam a lógica de causa-e-efeito da
geração de resultados da inovação: contexto, processo, tipos e resultados. Com
esse enfoque, a empresa terá tanto indicadores de entrada como indicadores de
saída da inovação, o que permitirá a identificação de tendências e ajustes
necessários para melhorar a produtividade da inovação.
Scherer e Carlomagno (2016, p. 97) explicam cada perspectiva da
seguinte maneira:
Resultados
– valor total do portfólio de inovação;
– reduções de custos oriundas de inovações;
– percentual das vendas investido com inovação;
– retorno do investimento dos projetos de inovação.
Tipos
– número de inovações nos temas priorizados;
– número de novos negócios criados (se esse for um objetivo);
– percentual das vendas oriundas dos produtos lançados;
– número de spin-offs de novos negócios realizadas.
Processo
– percentual de projetos executados com sucesso;
– número de acordos de cooperação para inovação com parceiros;
– percentual de projetos lançados no tempo planejado;
– número de ideias implementadas na empresa;
Contexto
– número de horas utilizadas pelas lideranças facilitando as atividades
de inovação;
– número de horas de treinamento recebidas pelos colaboradores para
inovar;
– número de sessões de troca de conhecimento realizadas (visitas,
benchmarks);
– valor investido em reconhecimento e recompensa para motivação
dos inovadores.
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Conforme Scherer e Carlomagno (2016), a mensuração dos resultados do
sistema de gestão da inovação é fundamental para garantir o apoio de todas as
partes interessadas, além obviamente da empresa em si. Os autores alertam
para a importância desse apoio em especial por conta do fato de os resultados
se apresentarem somente no médio e longo prazos. É relevante que os
stakeholders compreendam que o resultado de inovações robustas não se dá no
curto prazo.
Assim, estabelecer um conjunto acessível, compreensível e gerenciável
de indicadores é o primeiro passo para sistematizar a medição dos resultados
da inovação. O segundo passo, de acordo com Scherer e Carlomagno (2016,
p.106), é monitorar os projetos do início ao fim:
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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