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CARTILHA BÁSICA PARA

ATENDIMENTO DE ALGUNS
REQUISITOS DAS NORMAS
REGULAMENTADORAS NR06,
NR8, NR9, NR12,
NR17, NR23 E NR24.

SETOR PANIFICAÇÃO
Realização

Apoio
Saúde, segurança e competitividade
na indústria mineira da panificação

Três palavras muito importantes sintetizam a filosofia de trabalho e as prioridades


do Sistema FIEMG nos últimos anos: sustentabilidade, inovação e competitividade.
É nesse contexto, exatamente, que se insere o programa que estamos iniciando
na área da saúde e segurança do trabalho para a indústria mineira da panificação.

Nosso objetivo é apoiar as empresas industriais de Minas Gerais, sobretudo as


de pequeno e médio porte, a se prepararem para entender e cumprir a legislação
que rege a questão da saúde e segurança do trabalho, adequando-se, desta
forma, às exigências dos órgãos normatizadores e fiscalizadores nas normas
regulamentadoras.

Este é o ponto de partida para entendermos que boas práticas no campo da saúde
e segurança do trabalho são poderosas ferramentas de estímulo à revisão e
modernização dos processos produtivos por meio da inovação e do desenvolvimento
tecnológico, o que resulta no aumento da produtividade e em produtos de maior
valor agregado. O resultado final é a elevação da competitividade e conquista de
mercados.

Esta cartilha contém informações essenciais ao desenvolvimento de programas


eficazes na área da saúde e segurança do trabalho, especialmente abordando
ações, projetos e programas mantidos pelo SESI e pelo SENAI, instituições
integrantes do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais –
Sistema FIEMG.

O efetivo engajamento da indústria mineira em um amplo programa de saúde e


segurança do trabalho representa, com certeza, ganhos importantes para Minas
Gerais, para a indústria mineira, para as nossas empresas e para os nossos
trabalhadores.

Venha conosco – o Sistema FIEMG está pronto para ajudá-lo.

Olavo Machado Junior


Presidente da Federação das
Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Prezados Industriais,

Ambientes seguros e saudáveis oferecem ao trabalhador condições adequadas


para a realização de suas tarefas diárias e, dessa forma, favorecem a produtividade.

Mais do que apenas cumprir a lei, empresas que adotam práticas de segurança
e saúde do trabalho (SST) aumentam significativamente sua receita. Os ganhos
estão refletidos em forma de aumento da produtividade, redução de gastos com
acidentes e doenças do trabalho, absenteísmo e assistência à saúde, o que,
consequentemente, fortalece a imagem da empresa perante o público consumidor.
Este trabalho, desenvolvido pela área de Segurança e Saúde do Trabalhador do
SESI / MG tem como objetivo esclarecer, de forma simples e objetiva, as normas de
segurança para que empregadores, a partir da adequação à legislação, desfrutem
dos benefícios alcançados pela realização de um trabalho seguro em suas
empresas.
A cartilha é baseada em situações reais encontradas na prática das atividades
exercidas, ressaltando os itens das normas notificadas pelo MTE, foco deste
trabalho, o que não isenta a empresa de consultar e aplicar as demais Normas
Regulamentadoras e seus requisitos exigidos por lei, que é muito mais abrangente
do que o abordado neste material.
O trabalho não se encerra aqui, sendo que SST deve ser uma prática constante,
estando as entidades do SISTEMA FIEMG, sempre prontas para atuar com e junto
à Indústria.

SESI – Serviço Social da Indústria


GES – Gerência Executiva de Saúde

Fevereiro 2014
Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

ÍNDICE INTRODUÇÃO

NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança Esta cartilha tem o intuito de instrumentalizar os empresários do setor de Panificação na
e em Medicina do Trabalho ….….….….….….….….….….….….….….….….… p. 8 tomada de decisões para políticas, programas e ações específicas que possam contribuir
para o atendimento aos requisitos legais de segurança e saúde do trabalho – SST e,
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ….….….….….….….….…. p. 11 consequentemente, a promoção da qualidade de vida de seus trabalhadores.
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ….….….….….….….….….….….…. p. 16
Foram utilizados itens das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego
NR 7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO ….….….….…. p. 19 – MTE, bem como informações coletadas nas indústrias de panificação de Minas Gerais.
NR 8 - Edificações ….….….….….….….….….….….….….….….….….….….….…. p. 21
NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ….….….….….….….…. p. 22
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais ….….….…. p. 26
NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos ….….….….….….….…. p. 46
NR 17 - Ergonomia ….….….….….….….….….….….….….….….….….….….….…. p. 28
NR 23 - Proteção contra Incêndios ….….….….….….….….….….….….….….….…. p. 38
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho….….….….….….…. p. 44
Exigências Básicas da NR.12 a se Observar na Ocasião da Aquisição
de uma Nova Máquina ou Equipamento de Panificação ….….….….….….….….….…. p. 53
Checklist - NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos ….….….…. p. 62
Glossário….….….….….….….….….….….….….….….….….….….….….….….…. p. 70

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA QUADRO II


E EM MEDICINA DO TRABALHO Dimensionamento do SESMT, baseado no grau de risco e o número de empregados.
4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta
e dos poderes Legislativo e Judiciário que possuam empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT manterão, obrigatoriamente, serviços especializados em Acima de
Nº de empregados no
5.000
engenharia de segurança e em medicina do trabalho, com a finalidade de promover a Grau
estabelecimento
50 101 251 1001 2001 3501 para cada
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. 501 a
de a a a a a a grupo de 400
1.000
risco 100 250 500 2.000 3.500 5.000 ou fração
4.2 O dimensionamento dos serviços especializados em engenharia de segurança Técnicos
acima de
e em medicina do trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao 2.000 (*)
número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, Técnico Seg. Trabalho
3 4 6 8 3
Engenheiro Seg. Trabalho
observadas as exceções previstas nesta NR. 1 2 1* 1 1 2 1
Auxiliar Enferm. do
3   1 2 1 1
Trabalho Enfermeiro
4.2.5.2 Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento do Trabalho Médico
1
dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II, anexo, considerando-se 1* 1 1 2 1
do Trabalho
como número de empregados o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos.
(*) Tempo parcial (mínimo de três horas)
QUADRO I

Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE (Versão 2.0), com DICA: regra geral, as empresas do setor da
correspondente grau de risco - GR para fins de dimensionamento do SESMT panificação não possuem mais de 100 (cem)
empregados, o que as isenta da composição
do SESMT, conforme dimensionamento
Códigos Denominação GR constante da Norma. Desse modo, as ações
10.91-1 Fabricação de produtos de panificação 3 de segurança e medicina do trabalho se
darão, regra geral, pela prestação de serviços
10.92-9 Fabricação de biscoitos e bolachas 3 por parte de empresas especializadas.
10.99-6 Fabricação de produtos alimentícios não especificados anteriormente 3 Quando da contratação desses serviços,
é imprescindível que o empresário esteja
alerta para as seguintes questões:

- elaboração de diagnóstico de segurança


(PPRA) e medicina do trabalho (PCMSO)
contendo as incorreções identificadas
após verificação física do estabelecimento,
propostas de adequação e cronograma de
implementação, o qual deverá ser acordado
entre as partes e ratificado pelo empregador.
Este talvez seja o momento mais importante para o contratante do serviço. Não adianta pagar pelos programas e não
os ler. Eles devem ser discutidos preferencialmente com quem tem o poder de decisão na empresa, porque envolvem
medidas que tem custos e este investimento deve ser programado de acordo com a gravidade das situações encontradas
e possibilidades da empresa;

- o diagnóstico de segurança deverá ir além dos riscos físicos, químicos e biológicos, conforme determina a NR 9.
O ambiente e o processo de trabalho como um todo deverão ser analisados e verificados, de modo a propor a eliminação
de situações que possam ensejar acidentes de trabalho e riscos ergonômicos, dentre outras. A empresa contratada
deverá ser a responsável pela promoção da saúde e proteção da integridade do trabalhador no local de trabalho;

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NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA


DO OBJETIVO
- para melhor elaboração do diagnóstico, os empregados deverão ser ouvidos, inclusive representantes da CIPA, de 5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo a prevenção de
modo que possam colaborar com informações relativas à dinâmica, processo e ambiente de trabalho, muitas vezes
“invisíveis” aos olhos técnicos, porém decisivas para a manutenção de sua segurança e saúde no trabalho; acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente
o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
- definição de cronograma de visitas periódicas ao estabelecimento pelo prestador de serviços, de modo a acompanhar
as mudanças propostas, coletar e registrar dados/imagens para atualização dos documentos, bem como verificar
possíveis riscos oriundos de novas instalações e intervenções no ambiente de trabalho;
DA CONSTITUIÇÃO
- constante atualização do diagnóstico, contendo as medidas implementadas ao longo do tempo, apresentando o
antes e o depois das intervenções. 5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as
empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta
e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras
instituições que admitam trabalhadores como empregados.

DA ORGANIZAÇÃO

5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo


com o dimensionamento previsto no quadro I da norma NR 5, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.

Comentário: a empresa indicará seus representantes na CIPA.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio


secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.

5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente


de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas
as alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos.

5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um


responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos
de participação dos empregados, através de negociação coletiva.

Comentário: a empresa deverá designar um empregado para ajudar na prevenção de


acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Não é necessária eleição, mas o nome pode
ser sugerido em acordo coletivo. O empregado designado não tem estabilidade como um
membro de CIPA eleito.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.

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5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo f) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador,
de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, desde o registro de sua para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados
candidatura até um ano após o final de seu mandato. à segurança e saúde dos trabalhadores;

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas g) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador a paralisação de máquina ou
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, h) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
da CLT. programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
Comentário: a empresa não pode mudar a atividade do membro da CIPA sem que este i) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
concorde. cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde
no trabalho;
DO TREINAMENTO
j) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos
suplentes, antes da posse. problemas identificados;
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de 30 k) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
dias, contados a partir da data da posse. interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I promoverão anualmente treinamento l) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR. m) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de
5.34 Treinamento terá carga horária de 20 horas, distribuídas em no máximo oito horas Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa. n) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanhas de prevenção da AIDS.
DAS ATRIBUIÇÕES 5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao
desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas
5.16 A CIPA terá por atribuição identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o constantes do plano de trabalho.
mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver; 5.18 Cabe aos empregados:
a) participar da eleição de seus representantes;
a) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas b) colaborar com a gestão da CIPA;
de segurança e saúde no trabalho; c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar
b) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção sugestões para melhoria das condições de trabalho;
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
c) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando
à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos 5.19 Cabe ao presidente da CIPA:
trabalhadores; a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,
d) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de quando houver, as decisões da comissão;
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; e) delegar atribuições ao vice-presidente;
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5.20 Cabe ao vice-presidente: 5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve realizar
a) executar as atribuições que lhe forem delegadas; eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o processo
b) substituir o presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade. (Inserido pela
temporários. Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.21 O presidente e o vice-presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições: Art. 165 da CLT - Os titulares da representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer
a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,
de seus trabalhos; técnico, econômico ou financeiro.
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados; QUADRO I
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
Dimensionamento de CIPA
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; Nº de Acima de
empregados no 0 20 30 51 81 101 121 141 300 501 1.001 2.501 5.001 10.000 para
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

*Grupos
estabelecimento a a a a a a a a a a a a a cada grupo
g) constituir a comissão eleitoral. Nº de membros
da CIPA
19 29 50 80 100 120 140 300 500 1.000 2.500 5.000 10.000 de 2.500
acrescentar
Efetivos   1 1 2 2 3 4 4 5 6 7 10 11 2
5.22 O secretário da CIPA terá por atribuições: C-2
Suplentes   1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 7 9 1
a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas, apresentando-as para aprovação
b) e assinatura dos membros presentes; 10.91-1 Fabricação de produtos de panificação C-2
c) preparar as correspondências; 10.92-9 Fabricação de biscoitos e bolachas C-2
d) outras que lhe forem conferidas. 10.99-6 Fabricação de produtos alimentícios não especificados anteriormente C-2

DO FUNCIONAMENTO

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido. DICA: além das formalidades exigidas para constituição e regular
funcionamento da CIPA, faz-se importante e essencial assegurar
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da sua efetividade e não somente produção de documentos e atas para
empresa e em local apropriado. cumprimento formal das exigências da Norma. As empresas com até
19 (dezenove) empregados, grande maioria no setor da panificação,
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de estão dispensadas da sua constituição, devendo indicar empregado
para que seja o “designado da CIPA”. Com o curso e reciclagem anual,
cópias para todos os membros. o empregado designado ou representantes da CIPA, deverão ser
capazes, em conjunto com empregador e colegas, de elaborar plano de
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a trabalho para intervenções preventivas de modo a garantir a segurança nos ambientes de trabalho. As ações do
mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa. plano de trabalho e as demais deverão ser registradas nas atas das reuniões da CIPA ou em registro organizado,
no caso de não haver CIPA, e, sim, um designado. Esse plano deverá conter cronograma e, quando da existência da
CIPA, seu andamento deve ser objeto de discussão nas reuniões mensais, devendo constar nas atas: a) as ações
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, realizadas durante o mês, b) a avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho/cronograma,
obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os c) apontamento das novas situações de risco identificadas e d) os desafios/metas a serem sanados na próxima
motivos ser registrados em ata de reunião. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho competência, dentre outras informações essenciais ao acompanhamento das ações e intervenções efetivamente
implementadas para melhoria das condições do ambiente de trabalho. Os representantes da CIPA ou designado devem
de 2011) ter postura proativa e, portanto, não devem se restringir à instalação e revisão de extintores de incêndio, sinalização
de segurança e instalação de bebedouros. As atribuições da CIPA são elencadas no item 5.16 da NR 5 e podem ser
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, ampliadas, à medida que os trabalhos vão sendo desenvolvidos.
em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA. DICA: os cursos ministrados para capacitação e reciclagem do designado ou integrantes da CIPA devem conter
documentação na qual conste as referências técnicas do instrutor e seus dados, lista de presença diária e carga horária.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.
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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR, considera-se


equipamento de proteção individual – EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual,
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA,
expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao


risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir o seu uso;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
c) para atender a situações de emergência. d) orientar e treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado, guarda e conservação;
e) substituí-lo imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico.

6.7. Cabe ao empregado



6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usá-lo, utilizando-o apenas para a finalidade
a que se destina;
b) responsabilizar-se pela sua guarda e
conservação
c) comunicar ao empregador qualquer alteração
que o torne impróprio para uso;
d) cumprir as determinações do empregador
sobre o uso adequado.

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

NR 7 - PROGRAMAS DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE


OCUPACIONAL – PCMSO
DICA: a princípio, os ambientes de
trabalho não deveriam oferecer riscos
aos empregados. Quando isso ocorre e 7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração
medidas de proteção coletiva não são e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
possíveis no momento é necessário o uso
dos EPIs, os quais somente deverão ser trabalhadores como empregados.
disponibilizados caso não haja, ainda,
controle efetivo dos riscos inerentes ao
ambiente de trabalho.
7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
Os EPIs fornecidos gratuitamente aos a) admissional;
empregados; logo, não podem ser b) periódico;
descontados em seu salário e devem
ser substituídos sempre que necessário. c) de retorno ao trabalho;
A relação dos EPIs adequados a cada d) de mudança de função;
função, deve constar do PPRA da e) demissional.
empresa, em razão dos riscos aos quais
cada uma está submetida. Lembramos
que, nas padarias, as luvas, aventais e 7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o
mangotes são indispensáveis para aqueles que trabalham diretamente com os fornos e têm risco de queimadura, Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, em 2 (duas) vias.
além dos calçados de segurança, contra o risco de escorregamento.

7.4.4.1 A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive
frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
OBS.: NR 1, item 1.8 e 1.8.1 7.4.4.2 A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante
Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado não usar o EPI fornecido recibo na primeira via.
pelo empregador. Todavia é necessário observar que o EPI fornecido pelo empregador,
gratuitamente, deve ser adequado ao risco e estar em perfeito estado de conservação e
funcionamento.

Quando as medidas de ordem geral (proteção coletiva) não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho é
que cabe o seu fornecimento e uso obrigatório do EPI. Preenchidos os requisitos acima
expostos e havendo prova documental ou testemunhal do treinamento feito para sua
utilização correta, fiscalização e vigilância em seu uso obrigatório, reposição e manutenção
adequadas, a recusa injustificada ou o não uso, por negligência do empregado, podem
ensejar advertência por escrito, suspensão e até mesmo a despedida motivada por
indisciplina.

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

NR 8 – EDIFICAÇÕES

DICA: após avaliação de diversos


programas, percebe-se que o documento
muitas vezes não é precedido de
aprofundado estudo em relação
aos riscos à saúde dos empregados
que laboram no estabelecimento.
Identificados os riscos, o profissional
da saúde verificará quais os exames
devem ser realizados pelo empregado de
modo a rastrear previamente possíveis
alterações na saúde dos trabalhadores.
Aí está o verdadeiro objetivo do PCMSO:
a prevenção. O PCMSO não deve ser Figura 1 Figura 2
um mero gerador de atestados para
fins legais, uma vez que a realização Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver
periódica e repetitiva dos exames perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes.
exigidos não é, nem cumpre por si só, os (Figura 2)
objetivos e determinações da legislação.
Uma vez verificadas as alterações,
deve ser emitida a respectiva CAT, identificando os indícios e possíveis riscos motivadores, bem como deve ser Os andares acima do solo devem dispor de proteção adequada contra quedas, de acordo
implementada alteração no processo, na forma de organização do trabalho, do modo de produção ou ambiente de com as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as condições de segurança
trabalho, de modo a não mais impactar negativamente sobre a saúde de outros empregados. O leque de doenças
avaliadas não deve ser restringido àquelas chamadas de patologias ocupacionais (inerentes a determinadas e conforto.
atividades profissionais), mas aos diversos tipos de doenças relacionadas ao trabalho.
As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a
queda de pessoas ou objetos.

Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que
Conforme item 7.4.6 da NR 7, o Relatório Anual do PCMSO, por sua vez, deverá prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
apresentar, além do quadro dos exames realizados no período, a síntese das
principais informações sobre as ocorrências médicas naquele ano de trabalho.
A prioridade é a saúde ocupacional, por isso deve ser registrado no relatório o
número de CATs feitas no período ou a ausência de acidentes. O motivo das CAT
deve ser informado e discutido (prováveis causas, setor, medidas tomadas, etc.). DICA: devem ser instalados nos locais acima do solo e escadas, com
Os dados devem ser tratados coletivamente e não devem identificar o nome dos risco de queda, guarda-corpo para proteção contra queda acidental de
materiais ou objetos. As escadas deverão possuir corrimão em ambos
trabalhadores. Também deverá ser estabelecida programação para o próximo os lados.
período com base nas informações levantadas no período anterior, aglutinando
todas as informações importantes e alterações, bem como cronograma de ações
proposto para melhorar as condições que poderão impactar positivamente para
eliminação das condições de trabalho que impactaram negativamente na saúde
do empregado no período anterior.
O PCSMO deve ser integrado ao PPRA, de modo que sejam determinados
e identificados os exames médicos por função após confronto com riscos
identificados no PPRA.

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NR 9 – PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA A RESPONSABILIDADE pela elaboração e implementação deste programa é única e total
do empregador, devendo ainda zelar pela sua eficácia e cumprimento, principalmente
9.1 Do objeto e campo de aplicação. das ações de controle e eliminação do risco e ações propostas no plano de ação. Sendo
sua profundidade e abrangência dependentes das características, dos riscos e das
9.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração necessidades de controle. Todo programa PPRA tem vigência de 1(um) ano e as ações
e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam previstas no plano de ação devem ser executadas nesse período. Sempre que houver
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais mudanças importantes no ambiente de trabalho da empresa o PPRA deve ser revisado.
– PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através
PCMSO
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em A NR 7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e
9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde 7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce
do trabalhador. dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da
constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à
9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar
saúde dos trabalhadores.
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o 7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos
ultrassom. trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações do PPRA.
9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que Para a redução do calor e da temperatura ambiente, os fornos devem ser providos de
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
sistema de exaustão (coifa). Preferencialmente, a tubulação da chaminé deve ser instalada
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. na posição vertical, liberando gases, vapores e fumaças, acima da cobertura do telhado,
para não afetar a saúde das pessoas tanto no interior da empresa como na área externa.
9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, Quando não for possível, pode ser instalada lateralmente, na posição horizontal, com a
protozoários, vírus, entre outros. mesma recomendação anterior. Os trabalhadores que manuseiam objetos quentes, como
por exemplo as formas, devem utilizar luvas de segurança contra agentes térmicos. Essas
9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a luvas são equipamentos de proteção de uso exclusivamente individual.
minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas.

9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá


obedecer à seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais
à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de
trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de
trabalho.
9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de
treinamento dos trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência
e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.
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A estas quatro condicionantes acrescentamos as características pessoais de cada


DICA: por sua vez o PPRA deve identificar os riscos (físicos, químicos, biológicos e indivíduo que podem afetar a sua sensibilidade ao calor, tais como: idade, peso, forma
outros) capazes de interferir na saúde e segurança dos trabalhadores. O programa
deverá espelhar o ambiente de trabalho da empresa e devem ser sugeridas física, grau de aclimatação, metabolismo, controle comportamental, consumo de álcool,
as medidas a serem adotadas de modo a eliminar ou minimizar os riscos drogas, doenças (gripe, hipertensão, etc.). À medida que a temperatura aumenta, a
constatados com o respectivo cronograma de ações, devendo ser consultados
os empregados quando de sua elaboração. O uso do EPI, que muitas vezes é
capacidade para trabalhar diminui. Estudos indicam que, acima dos 24°C, a capacidade
a primeira opção do empregador, deve ser a última. Antes, deve-se buscar de trabalho diminui 4% por cada grau adicional. Se a temperatura for além dos 26°C, o
a eliminação ou controle dos riscos por meio de medidas coletivas, ou seja,
que beneficiem todos os funcionários. Cada risco não controlado deverá
estado de alerta mental fica alterado, o desempenho físico e a concentração diminuem,
apresentar, quando necessário, seu respectivo EPI. cometem-se erros, a fadiga e a exaustão instalam-se e o número de acidentes aumenta.
DICA: devem ser realizadas medições e avaliações quantitativas dos riscos existentes no ambiente de trabalho (ex.: calor
Erupções cutâneas e desmaios são os primeiros sintomas de tensões e perturbações
e ruído). As medições e quantificações devem ser anexadas ao PPRA e refletir o ambiente de trabalho e, quando estiverem causadas pelo calor.
acima dos limites de tolerância, devem ser acompanhadas de medidas e proposições para correção dos níveis.

DICA: o PPRA deve ser integrado ao PCMSO de modo que sejam determinados e identificados os exames médicos Algumas recomendações para monitorar, corrigir e prevenir o estresse térmico em
por função após confronto com riscos identificados no PPRA.
cozinhas.
a) para monitorar, mantenha no ambiente um termômetro digital grande (ou vários) de
fácil leitura. Aumente a capacidade e/ou a eficiência das coifas de exaustão.
ESTRESSE TÉRMICO
b) questione a arquitetura do ambiente analisando a possibilidade de aumentar a
Recomendações técnicas para a manutenção de uma temperatura adequada no ambiente abertura de novas janelas, aumentando a circulação de ar.
de trabalho. c) Analise a possibilidade de diminuir o número de funcionários em um mesmo
ambiente ao mesmo tempo – lembrando que cada indivíduo também irradia calor.
O que é o estresse térmico? d) observe se as lâmpadas que estão sendo utilizadas são de baixa radiação de calor.
Normalmente, a temperatura do corpo humano situa-se entre 36°C e 38°C. Quando vai Se houver iluminação natural suficiente, verifique se não existem lâmpadas
acima desse intervalo o corpo reage fazendo o sangue fluir para a pele, gerando o suor com desnecessariamente acesas.
a finalidade de proteger o organismo. Ainda, se os músculos estiverem sendo utilizados e) Cores quentes nos equipamentos e nas paredes podem gerar uma falsa sensação
em trabalho físico, haverá menos sangue disponível e se o corpo continuar a aquecer de calor. Observe se podem ser alteradas.
continuamente e não conseguir se proteger através do aumento do fluxo sanguíneo e
da transpiração, a temperatura do corpo aumenta e a pessoa sofre o chamado estresse
térmico. Exaustor eo-elétrico Exaustor eólico
– acoplado ao eólico, da ROTIV – vários
funciona com os tamanhos com
O calor tende a propiciar a ocorrência de acidentes em cozinhas. dois sistemas, para exaustão de até
aumentar a eficência 5.400m³/h, acionado
O nível de estresse de um funcionário afeta a sua capacidade de trabalho, bem como a sua ou quando houver a pelo efeito chaminé
necessidade de troca ou pela pressão
segurança. Quatro fatores ambientais influenciam decisivamente nessa questão: do vento.
de ar forçada.
1 – temperatura;
2 – umidade;
3 – calor por radiação;
4 – velocidade do ar.

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NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO 11.3.4 A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação e o acesso às
DE MATERIAIS saídas de emergência.

11.3.5 O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada


tipo de material.
11.1.1 Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em
toda a sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. ATENÇÃO
11.1.2 Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá Art. 390 da CLT diz: Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que
estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho
11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e contínuo ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional.
ganchos, que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas
partes defeituosas.

11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de


trabalho permitida.

11.2 Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação, a expressão


“transporte manual de sacos” toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua,
essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente,
por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua deposição.

11.2.4 Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o


trabalhador terá o auxílio de ajudante.

11.2.10 Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou


molhados.

11.2.11 A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e


descarga da sacaria.

11.3 Armazenamento de materiais.

11.3.2 O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas,
equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma
distância de pelo menos 0,50m (cinquenta centímetros).

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NR 17 – ERGONOMIA possam desempenhar suas atividades com o máximo de conforto e eficiência, visando à
saúde e o bem-estar e, consequentemente, a otimização do desempenho de suas tarefas.
Apresentação
Portanto, no item introdutório da NR 17 o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE descreve
A partir de uma demanda específica da ergonomia na indústria da panificação, de forma geral o embasado objetivo da ergonomia, normatizando-a em busca do seu
representada pela AMIPÃO, foi priorizado estabelecer um entendimento aos empresários cumprimento, ou seja, na aplicação da respectiva Análise Ergonômica do Trabalho – AET:
sobre o conceito ergonomia, focado nos itens 17.2.4, 17.3.3, 17.3.5 e 17.5.3 da
NR 17 (norma regulamentadora que contempla a Ergonomia), assim como o seu anexo 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam
I, itens 2.1 (alíneas f, g, h), 2.3 (alínea c) e 4.2. Portanto, com base nas visitas técnicas, a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
acompanhando atividade por atividade de cada setor, envolvendo todos os portes de trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
empresas (grande, média, pequena e microempresa), traçou-se um panorama deste desempenho eficiente.
ramo industrial. O resultado trará informações específicas para o entendimento dos itens
supracitados, considerando a postura do trabalhador, a atividade e o posto de trabalho no O ramo da panificação é classificado como um dos pioneiros na preparação e transformação
geral, de acordo com o Manual de Aplicação da Norma regulamentadora 17, editado pelo de alimento por mãos humanas, acompanhando a evolução da humanidade. No Brasil,
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. seu surgimento é por volta do século XIX e com o avanço tecnológico nessa área, foram
criadas máquinas para diminuir o custo e aumentar a produção. Entretanto, a indústria de
Independente do porte da empresa, todas elas apresentaram pontos referentes ao item panificação, por seu caráter produtivo, possui um potencial significativo para o surgimento
17.3.3 e 17.3.5 da NR 17, seja ela nos mesmos setores ou em setores diferentes. Baseado de doenças osteomusculares, entre outros, mesmo com o amparo de equipamentos e
nesse panorama, o entendimento do conceito ergonomia, o envolvimento do trabalhador máquinas.
e o bom senso do empresário serão quesitos fundamentais para solucionar a demanda
em questão. Postura no posto de trabalho

Introdução Embora a questão postural seja apenas um dos inúmeros aspectos que devem ser
discutidos e abordados em ergonomia, o foco prioritário estabelecido pelo SESI / FIEMG
A Consolidação das Leis do Trabalho, de 1943, de forma intuitiva, já adotava preceitos para atender ao termo de notificação do MTE foi em relação à postura do trabalhador no
ergonômicos quando referia que, para se evitar a fadiga, era obrigatória a disposição de mobiliário oferecido no checkout e demais postos de trabalho, na manipulação manual
assentos ajustáveis à altura do indivíduo e função exercida. Com a edição da Portaria de cargas e, inclusive, na iluminação apropriada à natureza da atividade dos setores da
3.214/78 regulamentando a seção relativa à prevenção da fadiga, surge a Norma indústria de panificação.
Regulamentadora 17 – Ergonomia, contemplando disposições para levantamento,
transporte e descarga de materiais, utilização de bancadas e mesas, escrivaninhas, painéis Antes de aprofundar nas questões relacionadas ao termo de notificação do MTE, em
e assentos ajustáveis. Em 1990 tal norma sofreu alteração, inovando ao não restringir específico, há que se conhecer o ramo da panificação, compreendendo a divisão por
a ergonomia à postura e mobiliário, incluindo questões relacionadas à organização do setores e as características das atividades. O trabalho na indústria da panificação divide-
trabalho no processo de adaptação da atividade laboral. se em produção e loja, sendo estes os setores principais, independentemente do porte da
empresa. Os setores apresentam-se de acordo com as características da atividade: setor
A palavra ergonomia detém um abrangente conceito quando se busca compreendê-la pelos de produção: confeitaria, salgados e padeiros; setor da loja: caixa (checkout). Em cada setor
diversos estudiosos. Um conceito didático amplamente divulgado é que a “ergonomia é são realizadas atividades com características distintas, embora algumas sejam comuns, o
uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos que exige posturas de trabalho também diferenciadas de acordo com as atividades.
e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a
projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema.” Para exemplificar a relação da postura com as características da atividade, de acordo
com a Nota Técnica – NT 060/2001 do Ministério do Trabalho e Emprego, a postura em
Contudo, pode-se dizer que a ergonomia é uma ciência que busca o conforto, bem-estar pé é justificada quando: a tarefa exige deslocamentos contínuos, manipulação de cargas
e a saúde do trabalhador e, em consequência, o incremento produtivo. Com esse intuito com peso maior ou igual a 4,5kg; alcances amplos frequentes para cima, para frente ou
de abranger tal conceito, tem-se a análise ergonômica no qual seu objetivo é estabelecer para baixo (no entanto, deve-se tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se
o entendimento de que os trabalhadores não devem apenas se adaptar ao trabalho, mas, possa trabalhar sentado); quando a tarefa exige operações frequentes em vários locais de
sim, o trabalho deve ser adaptável às especificidades dos trabalhadores, para que estes trabalho fisicamente separados ou quando a tarefa exige a aplicação de forças para baixo.
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Mostraremos alguns aspectos específicos dos setores da panificação que possibilitam


contribuir na interpretação das exigências normativas da ergonomia, inerentes à postura, D E
atividade e posto de trabalho. Uma forma prática de esclarecer a aplicação do item 17.2.4,
17.3.3, 17.3.5, 17.5.3, da NR 17 e o seu anexo I, itens 2.1 (alíneas f,g,h), 2.3 (alínea c)
e 4.2, que estão pontuados no manual de aplicação do MTE como condições a serem
adaptadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho
(leia-se, às exigências da tarefa), levando em conta também a sensação de conforto,
isto é, os trabalhadores têm que ser consultados e deverão aprovar os equipamentos,
as condições ambientais e a organização do trabalho, pois só eles podem atestar seu
conforto ou não.
Produção: no setor de produção, são produzidos os pães, salgados / sanduíches
e bolos / doces. As atividades envolvem a manipulação de massas, corte de massas,
colocação de recheios, fatiamento e utilização de fornos. As atividades caracterizam-
se por deslocamentos frequentes (figuras A-B-C), o que implica realizar o trabalho
predominantemente na posição em pé (figuras D-E-F/G-H-I), exceto em alguns postos
de salgadeira / sanduíches / fatiamento, em que a postura poderá ser sentada ou alternada
(figuras J-K). Figuras D-E-F: setor de produção – Trabalhadores
F na produção de bolos e pães, realizada nas bancadas
numa dinâmica manual característica da atividade
e na postura em pé, determinada pela habilidade,
movimentação e verbalização do profissional.
Portanto, de acordo com a NT 060/2001 do MTE,
o posto não necessita de assentos em detrimento
desta atividade.

(Setas) Ofuscamentos ocasionados por incidências


de luz externa, sombreamentos, relação das fileiras
de luminárias sem uniformidade da iluminação
artificial / natural e manutenção inapropriada são
condições que poderão refletir no trabalhador
A B ao adotar posturas fatigantes, tentando evitar o
ofuscamento, sombras, incômodos e outros.
Figuras A-B-C: setor de produção – Sequên-
cia de tarefas realizadas pelo trabalhador na
produção. Observa-se um deslocamento no
setor. As atividades são dinâmicas, exigindo
a postura em pé com movimentação ativa A abordagem para verificar as condições de iluminamento inicia-se por uma fase
dos membros superiores, o que impossibilita exploratória realizada pelo responsável da empresa. Essa fase compreende a observação
ou dificulta a atividade ser realizada na pos- da situação de trabalho complementada por entrevistas com os trabalhadores pelo
tura sentada. Portanto, de acordo com a NT levantamento das características da iluminação, das superfícies de trabalho, das paredes
060/2001 do MTE, o posto não necessita de e do teto. Nesse caso, deve-se privilegiar a busca conjunta de soluções para garantir ao
assentos em em razão desta atividade. trabalhador os níveis de iluminamento condizentes ao desempenho de suas tarefas. Logo,
a iluminação deve estar apropriada à natureza da atividade.
C
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Outro caso importante a se ressaltar dentro da ergonomia é a relação do trabalho e a


temperatura ambiente, que tende a ser mais alta quando os fornos estão sendo utilizados,
o que demanda o emprego de um sistema de ventilação e exaustão eficaz. A abordagem
para verificar as condições de conforto térmico inicia-se por uma fase exploratória. Essa
fase compreende a observação da situação de trabalho complementada por entrevistas
com os trabalhadores a respeito do conforto térmico.

A seguir, faz-se necessário conhecer os seguintes parâmetros: temperatura efetiva (entre


20ºC e 23ºC), velocidade do ar (≤ 0,75m/s) e umidade relativa (≥40%) e a estratégia de
medição para se verificar a conformidade ou não com a legislação sobre conforto térmico.
É indispensável – conhecer a carga de trabalho e o tipo de vestimenta utilizado. A ação
F G H dos profissionais de segurança e saúde ocupacional deve privilegiar a busca conjunta de
soluções para reduzir a exposição do trabalhador, aumentar o grau de satisfação por meio
Figuras F-G-H: setor de produção – Trabalhadores na produção de bolos e pães, realizada nas da reorganização do trabalho ou de medidas técnicas.
máquinas, armários e/ou fornos numa dinâmica manual característica da atividade e na postura em
pé, determinada pela habilidade, movimentação e verbalização do profissional. Portanto, de acordo Loja – No setor da loja localiza-se a área do checkout (caixa). As atividades dos trabalha-
com a NT 060/2001 do MTE, o posto não necessita de assentos em detrimento desta atividade. dores deste setor da loja caracterizam-se por movimentação de pequenas amplitudes
dos membros superiores e com possibilidade de posturas alternadas, ou seja, sentado,
Assim sendo, ficam evidentes que os fatores que determinam a melhor postura a ser de sentado para de pé e de pé para sentado, aliviando a sobrecarga da postura quando
adotada em determinado posto de trabalho são as características da atividade exercida. houver longa jornada sentada (figuras L-M-N-O-P).
Portanto, antes de discutir a postura de trabalho, há de se caracterizar os componentes da
atividade e suas necessidades. De acordo com a interpretação do item 17.3.5, deve-se garantir o acesso a um
assento de descanso ou conjunto de cadeiras na área / setor, principalmente àquele
grupo de trabalhadores que são contemplados na interpretação da NT 060/2001
do MTE. Contudo, respaldar-se com um assento qualquer ou cadeira adequada
não garante saúde e eficiência para o trabalhador na atividade em questão.

I J K

Figuras I-J-K: setor de produção – Apesar de ser uma atividade dinâmica com os membros Figura L: setor da loja – Trabalhadora em
superiores, a exigência da atividade possibilita a alternância postural, ou seja, tanto em pé quanto atendimento no checkout (caixa), com cadeira
sentada em determinados momentos da fabricação do salgado / sanduíches ou fatiamento. Portanto, adequada, porém sem o exigido apoio dos
a necessidade de cadeiras adequadas e apoio para os pés, ajustáveis, podem ser evidenciados pés fisicamente separado (SETA VERMELHA)
quando a trabalhadora faz prévio uso da prateleira inferior da bancada, aliviando a descarga e ajustável (este último, recomendado por
de peso corporal, assim como aquela que utiliza a cadeira sem ajustes (Seta). Portanto, com a especialistas - SETA VERDE).
Análise Ergonômica do Trabalho -– AET, baseada na NR 17, essas e outras atividades poderão ser
identificadas e, logo, abordadas com a melhor solução.
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L 33
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Durante as atividades de trabalho, diversas posturas podem ser adotadas. No entanto, as Por fim, ao confrontar as características das atividades realizadas na indústria de
posturas comumente utilizadas são sentada ou em pé durante toda a jornada, configurando panificação e o que está disposto na Nota Técnica 060/2001, ressalta-se que a postura
a postura estática, que é extremamente prejudicial à saúde. Portanto a postura estática, de trabalho adotada deve ocorrer em função da atividade desenvolvida, das exigências
seja ela somente sentada ou somente em pé, não deve ser mantida durante toda a jornada da tarefa (visuais, emprego de forças, precisão dos movimentos, etc.), dos espaços de
laboral. trabalho, da ligação do trabalhador com máquinas e equipamentos de trabalho, como,
por exemplo, o acionamento de comandos. As amplitudes de movimentos dos segmentos
corporais, como os braços e a cabeça, assim como as exigências da tarefa em termos
visuais, de peso ou esforços, influenciam na posição do tronco e no esforço postural, tanto
no trabalho sentado como no trabalho em pé.

A postura mais adequada ao trabalhador é aquela que ele escolhe livremente e que pode
ser variada ao longo do tempo. A concepção dos postos de trabalho ou da tarefa deve
favorecer a variação de postura, principalmente a alternância entre a postura sentada e
em pé. O tempo de manutenção de uma postura deve ser o mais breve possível, pois seus
efeitos, nocivos ou não, serão função do tempo durante o qual ela será mantida.
M N Assim sendo, ficam evidentes que os fatores que determinam a melhor postura a ser
Figuras M-N - setor da loja – Atendimento no checkout. Mesmo assegurada de cadeira adequada
adotada em determinado posto de trabalho são as características da atividade exercida.
no posto, trabalhadora reveza as posições sentadas e em pé, saindo da posição estática. Verifica- Portanto, antes de discutir a postura de trabalho, há de se caracterizar os componentes da
se a eficiente utilização das regulagens dos assentos para uma eficaz variação postural no posto atividade e suas necessidades.
de trabalho. Entretanto, há uma exigência quanto ao apoio dos pés ser fisicamente separado da
cadeira (seta). Ainda, especialistas recomendam um aparato ajustável.
Discussão
Um posto de trabalho, mesmo quando bem projetado do ponto de vista antropométrico, O item 17.2.4 diz:
pode se revelar desconfortável se os fatores organizacionais, ambientais e sociais não Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios
forem levados em conta. Por essa razão são pontuados os itens 2.1 (alíneas f, g, h), 2.3 técnicos apropriados.
(alínea c) e 4.2 do anexo I da NR 17 pelo MTE, descritos na notificação.
Inerente à organização do trabalho, tem-se que disponibilizar todo ou qualquer aparato
Figuras O-P: Setor da loja- com respectivo treinamento e orientação, para que o trabalhador cumpra com o objetivo
trabalhadora em layout adequado de sua tarefa, ou seja, com o entendimento em questão, o trabalhador executa a atividade
para atendimento no checkout, porém com conforto, segurança e produtividade.
sem cadeira adequada ou alternância
de postura, exigindo do trabalhador
a rotação de tronco. Além disso, há O item 17.3.3 diz:
necessidade de adequado apoio para Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
os pés, de acordo com as exigências mínimos de conforto: ajuste, borda, dentre outras.
do Manual de Aplicação do MTE. Já
o sistema de comunicação no posto Logo, a condição para que o item 17.3.3 seja cumprido está além da aquisição de
de trabalho encontra-se de acordo específicas cadeiras adequadas, ou seja, está no entendimento da atividade em questão
com o descrito item 2.1 do anexo I da P para o efetivo uso, inclusive.
NR 17 (seta).

O
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O item 17.3.5 diz: A opinião dos trabalhadores antes da compra de mobiliário tem mostrado um bom
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados resultado em nossa prática de trabalho. Algumas empresas colocam algumas opções para
assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores teste e decidem por aqueles que tiveram melhor aceitação.
durante as pausas.
Aquisição de cadeiras com base nas características da atividade do trabalhador quando tal
Dessa mesma forma, os itens pontuados no Anexo I – Itens 2.1 (alíneas f, g, h), 2.3 (alínea atividade favoreça o uso, seguindo prioritariamente os seguintes requisitos do item 17.3.3:
c) e 4.2 contidos em posto de trabalho, atividade e na organização do trabalho, inserem-se a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
questões tanto da disponibilização de aparatos quanto da efetiva orientação ao trabalhador, b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
ambos por parte da empresa. Portanto esses itens são: c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
2.1. Em relação ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, incluindo distâncias e
alturas, no posto de trabalho deve-se: Aquisição de conjunto de cadeiras (cadeiras unidas do tipo sala de espera, por exemplo)
f) colocar apoio para os pés, independente da cadeira; para disponibilizá-las em local apropriado, de forma fácil e acessível aos trabalhadores
g) adotar, em cada posto de trabalho sistema com esteira eletromecânica para facilitar a que detêm em suas atividades as características para o trabalho em pé, contemplado pela
movimentação de mercadorias nos checkouts com comprimento de 2,70 metros ou mais; Nota Técnica 060/2001 do MTE. Portanto, oferecendo aos trabalhadores a possibilidade
h) disponibilizar sistema de comunicação com pessoal de apoio e supervisão. do descanso, como preconizado no item 17.3.5 (de acordo com a política da empresa).

2.3. Em relação ao ambiente físico de trabalho e ao conjunto do posto de trabalho, deve-se: Outro item a ser sugerido é a verificação das condições do iluminamento, iniciando-a por
c) utilizar superfícies opacas, que evitem reflexos incômodos no campo visual do uma fase exploratória realizada pelo responsável da empresa. Essa fase compreende a
trabalhador. observação da situação de trabalho complementada por entrevistas com os trabalhadores
pelo levantamento das características da iluminação. Nesse caso, deve-se privilegiar
4.2. São garantidas saídas do posto de trabalho, mediante comunicação, a qualquer a busca conjunta de soluções para garantir ao trabalhador os níveis de iluminamento
momento da jornada, para que os operadores atendam às suas necessidades fisiológicas, condizentes ao desempenho de suas tarefas.
ressalvado o intervalo para refeição previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
Por fim, a efetiva orientação para o trabalhador quanto ao deslocamento de pequenas
cargas, mesmo que seja sem os aparatos mecânicos. Uma forma preventiva de manter a
Algumas recomendações saúde do trabalhador e a saúde financeira da indústria.

Conclusão
De acordo com os especialistas da área da ergonomia e da Nota Técnica 060/2001do MTE,
a postura mais adequada ao trabalhador é aquela que ele escolhe livremente e que pode
Baseado nesse panorama percebeu-se que o entendimento do conceito ergonomia, com a
ser variada ao longo do tempo, considerando o posto com assentos adequados.
NR 17, o anexo I (checkout), o manual de aplicação da NR 17, a Nota Técnica do MTE – NT
060/2001, o envolvimento do trabalhador e o bom senso do empresário serão os quesitos
A alternância da postura deve sempre ficar à livre escolha do trabalhador. Ele é quem vai
fundamentais para solucionar as demandas da ergonomia em questão.
saber, diante da exigência momentânea da tarefa, se é melhor a posição sentada ou em
pé.

DICA: percebemos que os empregadores adquirem os assentos para pausa e descanso dos
empregados, entretanto, o instalam em locais de difícil acesso ou nos quais o empregado não
possam acompanhar o ritmo de funcionamento do estabelecimento, com a visualização da
entrada de clientes. Assim, o empregado não utiliza, efetivamente, os assentos disponibilizados.
Os assentos devem possuir encosto.

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS Os extintores deverão ser colocados em locais:


a) de fácil visualização;
23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em b) de fácil acesso;
conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.

23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de


modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e
segurança, em caso de emergência.

23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio
de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.

23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a
jornada de trabalho.

23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que
permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.
Uso de extintores

Extintor utilizado
Tipo de Agente
Pó Químico Gás Carbônico Água

Classe A: EXCELENTE
- Papel Satura o material
Não recomendável Não recomendável
- Madeira e não permite
- Tecidos reignição

Classe B: Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados, conforme esquema acima.
- Gasolina EXCELENTE EXCELENTE
- Óleo O pó abafa o fogo e a O pó abafa o fogo e a
Não recomendável Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá
- Tintas, etc. Espalha o incêndio
cortina criada proteje cortina criada proteje
não apagado
ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro
Onde a ação de o operador do calor o operador do calor
abafamento é x um metro).
requerido
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros)
Classe C: acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros)
- Equipamentos nem a mais de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) acima do piso.
- Elétricoativados EXCELENTE Não é condutor,
Não recomendável,
- Motores Não é condutor de não deixa resíduos
por ser condutor
- Chaves, etc. eletricidade e proteje e não danifica
de eletricidade
Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.
Onde o agente o operador do calor equipamentos
requerido não Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica.
deve ser condutor
EFEITO ABAFAMENTO RESFRIAMENTO RESFRIAMENTO Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.
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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

Inspeção dos extintores O anel só poderá ser colocado ou substituído com a desmontagem e consequente despressurização
do extintor, o que irá ajudar em muito a evitar a conhecida prática da “flanelagem” (somente
Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto limpeza externa do extintor e devolução sem a devida manutenção).
externo, os lacres e os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o
bico e válvulas de alívio não estão entupidos.
Passo a passo obter o certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros

Edificações classificadas na cor verde devem adotar o Procedimento Simplificado (PS), descrito
no item 6.1.2.2 da Instrução Técnica 01/2011 – Procedimentos Administrativos, para obter o
Certificado para Funcionamento do Corpo de Bombeiros – CBMMG. Os empreendimentos instalados
nessas edificações que necessitarem de regularização junto ao Corpo de Bombeiros Militar e foram
constituídos antes de janeiro/2010 devem se dirigir à Unidade de Bombeiros Militar mais próxima
e solicitar o “Certificado para Funcionamento”.
Os empreendimentos instalados nessas edificações que necessitarem de regularização junto ao
Corpo de Bombeiros Militar, constituídos após Janeiro/2010, devem acessar o Sistema Minas Fácil
para obtenção do “Certificado para Funcionamento”.
Seguem abaixo as providências a serem adotadas para o atendimento presencial na Unidade de
Bombeiro.

1. Apresentar os seguintes documentos:


Manutenção dos extintores a) (Somente para protocolo no Centro de Atividades Técnicas - Belo Horizonte - MG) FAT Formulário
de Atendimento Técnico - Anexo G - (DOC - 51,5 KB) devidamente assinado, constada no campo
  OUTROS a solicitação desejada: CERTIFICADO DE FUNCIONAMENTO;
b) documento comprobatório de área construída no lote/terreno/propriedade, como IPTU e outros
documentos oficiais;
c) Anexo “A” Termo de Responsabilidade da Circular 06/2011 nos moldes exigidos. - (DOC - 26,5 KB);
d) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas constando o ramo de atividade (o CPF
do solicitante será aceito para as edificações/ocupações com atividades em que o cidadão pode
Esta etiqueta é colada no corpo do realizar seu exercício profissional sem a obrigatoriedade de constituir pessoa jurídica);
extintor e nela é marcada, pela empresa e) cópia do documento de identidade e CPF do responsável pela edificação.
responsável pela manutenção, a data da
próxima manutenção e teste hidrostático. 2. Protocolar os documentos no Corpo de Bombeiros e retirar o “Certificado para Funcionamento”.
a) lista com os locais de protocolo e retirada do documento.

3. Instalar as medidas de segurança contra incêndio e pânico, conforme descrito no Anexo C da


 
cartilha “Orientações de medidas preventivas para PS”.

Em caso de necessidade, o interessado poderá solicitar orientação junto ao CBMMG.


Até 30/12/2012 AMARELO
De 01/01/2013 a 30/12/2013 VERDE A edificação poderá ser vistoriada para fins de fiscalização pelo Corpo de Bombeiros a qualquer
De 01/01/2014 a 30/12/2014 BRANCO tempo e caso seja confirmada alteração da situação de risco de incêndio e pânico, a Corporação
De 01/01/2015 a 30/12/2015 AZUL tomará as medidas previstas em lei, que incluem advertência, multas e interdição da edificação,
De 01/01/2016 a 30/12/2016 PRETO além da invalidação do Certificado.
De 01/01/2017 a 30/12/2017 LARANJA
De 01/01/2018 a 30/12/2018 PÚRPURA Para os casos de alteração da atividade exercida na edificação, os dados deverão ser atualizados
através do sítio da Junta Comercial de Minas Gerais.

Valor: gratuito
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Gás – GLP Recomendações


Não obstrua o acesso aos extintores. Produtos químicos e inflamáveis devem ser
Nas residências, os botijões de gás P13 devem, se possível, ser colocados do lado de fora mantidos em recipientes apropriados e etiquetados. Não sobrecarregue os circuitos
e os cilindros de gás P45 devem ser colocados em abrigos, construídos de alvenaria, com elétricos. Equipamentos elétricos aquecidos indicam problemas: chame um eletricista ou
cobertura ou delimitar a área de armazenamento de GLP com a utilização de alambrado, zelador. Não deixe lâmpadas acesas encostadas em papéis, nem próximas a eles. Evite
confeccionado em material vazado, permitindo boa ventilação e, no caso de vazamento, sobrecarregar a fiação elétrica ligando vários aparelhos numa só tomada. Não faça nem
facilitando a dispersão do gás. Essa ventilação associada à proteção do telhado, contra autorize que se façam instalações elétricas provisórias.
os raios solares, evitará que ocorra aquecimento e elevação da temperatura no local de
armazenagem dos cilindros. Nessa área, devem ser instalados extintores de incêndio
devidamente sinalizados e placas de “PROIBIDO FUMAR” e “INFLAMÁVEL”. Próximo do
local da bateria de GLP não é permitido o acúmulo de caixas de papelão, madeira, plástico,
lixo ou outro material.
DICA: os corredores utilizados para circulação não podem se encontrar
A figura abaixo apresenta uma sugestão de abrigo de fácil confecção e no caso de obstruídos por armários, prateleiras ou quaisquer outros objetos. Os
corredores devem se encontrar desobstruídos.
mudança de local poderá ser desmontado e reinstalado na nova área de armazenagem.

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NR 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE f) fornecimento de água potável aos empregados;
g) estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.
TRABALHO
24.6.2 A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre a importância das refeições
24.1 Instalações sanitárias adequadas e hábitos alimentares saudáveis.

24.1.2 As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas 24.6.3 Na hipótese de o trabalhador trazer a própria alimentação, a empresa deve garantir
essenciais. O órgão regional competente em Segurança e Medicina do Trabalho poderá, à condições de conservação e higiene adequadas e os meios para o aquecimento em local
vista de perícia local, exigir alterações de metragem que atendam ao mínimo de conforto próximo ao destinado às refeições.
exigível. É considerada satisfatória a metragem de 1 (um) metro quadrado, para cada
24.3.10 Deverá ser fornecida água potável, em condições higiênicas, por meio de copos
sanitário, por 20 operários em atividade.
individuais ou bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, proibindo-se sua instalação
24.1.2.1 As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo. em pias e lavatórios e o uso de copos coletivos.

24.1.12 Será exigido 1 (um) chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou 24.3.15.3 Ficam dispensados das exigências desta NR:
operações insalubres ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, a) estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem suas
infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em atividades por 2 (duas) horas, no período destinado às refeições;
que estejam expostos a calor intenso. b) estabelecimentos industriais localizados em cidades do interior, quando a empresa
mantiver vila operária ou residirem,seus operários, nas proximidades, permitindo refeições
24.2 Vestiários
nas próprias residências.
24.2.1 Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca
de roupas, ou seja, imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para
vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de sexos. DICA: a existência de local para refeições é obrigatória para qualquer estabeleci-
mento, independente do número de empregados. O que varia são as exigências,
Refeitórios que aumentam à medida que o número de trabalhadores supera 30 (trinta)
empregados, devendo ser disponibilizado além do já exigido (água potável, boa
iluminação, arejamento e limpeza), local adequado fora da área de trabalho,
24.3.1. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários é equipamento para aquecimento das refeições e lavatório nas proximidades.
obrigatória a existência de refeitório, não sendo permitido aos trabalhadores tomarem
suas refeições em outro local do estabelecimento. DICA: foi verificado, em diversas fiscalizações, que empregados ainda consomem
água de torneiras, nos estabelecimentos. Essa prática deve ser banida dentro das empresas e disponibilizada água
24.3.15 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300 (trezentos) potável fresca, por meio de bebedouros / purificadores de água e, se utilizados copos, que sejam descartáveis ou
individuais.
empregados, embora não seja exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalha-
dores condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições. DICA: dotar as instalações sanitárias de lavatório provido de material para a limpeza individual (ex.: sabonete
líquido), enxugo ou secagem de mãos (ex.: papel toalha), sendo vedado o uso de toalhas coletivas.
24.3.15.1 As condições de conforto de que trata o item 24.3.15 deverão preencher os
DICA: onde existe troca de roupa ou exigência do uso de uniforme, deverá ser instalado vestiário.
seguintes requisitos mínimos:
a) local adequado, fora da área de trabalho; DICA: os armários individuais e escaninhos deverão se encontrar dentro dos vestiários para que seja assegurada
b) piso lavável; a separação por sexo.
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
DICA: deve ser instalado um chuveiro para cada 10 (dez) empregados ou fração devendo ser considerados, para
d) mesas e assentos em número correspondente ao de usuários; cálculo, os empregados que trabalham nas funções com sujidade (produção, padeiros, etc.) e excluídas as funções
e) lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local; administrativas.

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NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 12.8 Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu
tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças
Princípios gerais relacionados ao trabalho.

12.1 Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios Sistemas de segurança
fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
12.38 As zonas de perigo das máquinas e
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. equipamentos devem possuir sistemas de
segurança, caracterizados por proteções fixas,
Anexo VI - MÁQUINAS PARA PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA Prazos fixados por proteções móveis e dispositivos de segurança
estabelecimento, em função do tipo de máquina e número de trabalhadores. Para máquinas
novas, o prazo de adequação será de 6 (seis) meses, em qualquer situação DATA PREVISTA interligados, que garantam proteção à saúde e
PARA à integridade física dos trabalhadores.
De 11 (onze) a De 26 (vinte REALIZAÇÃO
Acima de 50
Tipo de Até 10 (dez) 25 (vinte e e seis) a 50 DA ADEQUAÇÃO
máquina empregados cinco) (cinquenta)
(cinquenta) 12.47 As transmissões de força e os
empregados
empregados empregados componentes móveis a elas interligados,
36 (trinta e 30 (trinta) 24 (vinte e 18 (dezoito) acessíveis ou expostos, devem possuir prote-
Cilindro seis) meses meses quatro) meses meses ções fixas ou móveis com dispositivos de
24/12/2013 24/06/2013 24/12/2012 24/06/2012 intertravamento, que impeçam o acesso por
66 (sessenta 36 (trinta e 30 (trinta)
20 (vinte) meses todos os lados.
Amassadeira e seis) meses seis) meses meses
24/08/2012
24/06/2016 24/12/2013 24/06/2013
66 (sessenta 66 (sessenta e 36 (trinta e seis) 24 (vinte e
Batedeira e seis) meses seis) meses meses quatro) meses
24/06/2016 24/06/2016 24/12/2013 24/12/2012
66 (sessenta 66 (sessenta e 66 (sessenta e 36 (trinta e seis)
Modeladoras e seis) meses seis) meses seis) meses meses
24/06/2016 24/06/2016 24/06/2016 24/12/2013
66 (sessenta 66 (sessenta e 66 (sessenta e 48 (quarenta e
Demais
e seis) meses seis) meses seis) meses oito) meses
máquinas
24/06/2016 24/06/2016 24/06/2016 24/12/2014

NO CASO DE RISCO GRAVE E IMINENTE À INTEGRIDADE FÍSICA


DOS TRABALHADORES, A ADEQUAÇÃO DAS MAQUINAS DEVERÁ
SER IMEDIATA!

Arranjo físico e instalações Dispositivos de parada de emergência


12.6 Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem 12.56 As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de
ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas técnicas oficiais. emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e
existentes.
12.6.1 As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às saídas
devem ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura.
12.56.1 Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como
12.6.2 As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente desobstruídas. dispositivos de partida ou de acionamento.

12.7 Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas 12.57 Os dispositivos de parada de emergência devem ser posicionados em locais de fácil
específicas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada acesso e visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas,
pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas externas. e mantidos permanentemente desobstruídos.
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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos Sinalização

12.111 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva


e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas
técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais.

12.116 As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram,


devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros
sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras
informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores.

12.111.1 As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho 12.117 A sinalização de segurança deve:
devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente a) ficar destacada na máquina ou equipamento;
habilitado. b) ficar em localização claramente visível;
c) ser de fácil compreensão.
12.112 As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio,
ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados:
a) cronograma de manutenção; 12.119 As inscrições das máquinas e equipamentos devem:
b) intervenções realizadas; a) ser escritas na língua portuguesa – Brasil;
c) data da realização de cada intervenção; b) ser legíveis.
d) serviço realizado;
e) peças reparadas ou substituídas; 12.119.1 As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou
f) condições de segurança do equipamento; equipamento a que se referem e não deve ser utilizada somente a inscrição de “perigo”.
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina;
h) nome do responsável pela execução das intervenções.

12.112.1 O registro das manutenções deve ficar disponível aos trabalhadores envolvidos
na operação, manutenção e reparos, bem como à Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA, ao Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT e à fiscalização
do Ministério do Trabalho e Emprego.

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

Manuais Capacitação

12.125 As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo 12.135 A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas
fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em todas as fases de e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualificados,
utilização. capacitados ou autorizados para este fim.
12.126 Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou equipamentos que 12.136 Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais
apresentem riscos deve ser reconstituído pelo empregador, sob a responsabilidade de intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação providenciada
profissional legalmente habilitado. pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde os riscos a que estão
expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, nos termos desta Norma,
para a prevenção de acidentes e doenças.

12.137 Os operadores de máquinas e equipamentos devem ser maiores de 18 (dezoito)


anos, salvo na condição de aprendiz, nos termos da legislação vigente.

12.138 A capacitação deve:


a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função;
b) ser realizada pelo empregador, sem ônus para o trabalhador;
c) ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades
com segurança, sendo distribuída em no máximo 8 (oito) horas diárias e realizada
durante o horário normal de trabalho;
d) ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II desta Norma;
e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com
supervisão de profissional legalmente habilitado que se responsabilizará pela
adequação do conteúdo, forma, carga horária, qualificação dos instrutores e avaliação
dos capacitados.
• Manuais em português do Brasil.
- Razão social, CNPJ, endereço fabricante ou importador. 12.142 A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições
- Tipo, modelo, capacidade. estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela supervisão da
- Número de série. capacitação.
- Normas observadas.
- Descrição detalhada da máquina. 12.145 A função do trabalhador que opera e realiza intervenções em máquinas deve ser
- Indicação da vida útil. anotada no registro de empregado, consignado em livro, ficha ou sistema eletrônico e em
sua Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS.

12.147.1 O curso de capacitação deve ser específico para o tipo máquina em que o
operador irá exercer suas funções.

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

Inventário das máquinas EXIGÊNCIAS BÁSICAS DA NR 12 A SE OBSERVAR NA OCASIÃO


12.153 O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos DA AQUISIÇÃO DE UMA NOVA MÁQUINA OU EQUIPAMENTO DE
com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta PANIFICAÇÃO
baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado.
1 - AMASSADEIRA

ITENS DE VERIFICAÇÃO: AS

1. O acesso à zona do batedor deve ser impedido por


meio de proteção móvel intertravada por, no mínimo, 1
(uma) chave de segurança com duplo canal, monitorada
por relé de segurança – duplo canal, conforme os itens
12.38 a 12.55 e seus subitens e quadro I, do item A, do
Anexo I desta Norma NR 12.
2. O acesso às zonas perigosas da bacia deve ser
impedido por meio de proteções fixas ou proteções
móveis intertravadas por, no mínimo, 1 (uma) chave
de segurança com duplo canal, monitorada por relé de
segurança – duplo canal, conforme os itens 12.38 a
12.55 e seus subitens e quadro I do item A do Anexo I
da Norma 12.

3. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou seja, com atuador


Planta baixa mecânico, no intertravamento das proteções móveis, devem ser instaladas 2 (duas)
chaves de segurança com ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas por
relé de segurança – duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta
Norma, atendendo ainda a requisitos de higiene e vibração.

4. O acesso à zona do batedor e zonas perigosas da bacia somente deve ser possível
quando o movimento do batedor e da bacia tenha cessado totalmente.
DICA: a limpeza diária das máquinas e equipamentos é inerente ao processo
de produção das panificações e açougues. Desse modo, o projeto construtivo 5. Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por seu monitoramento devem
das máquinas deve possibilitar o fácil acesso, por meio de proteções móveis, ser confiáveis e seguros, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.
às áreas com acúmulo de sujidade. De forma a eliminar os riscos de acidente
dessas áreas, dispositivos de segurança são instalados de fábrica de forma 6. Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, deve ser atendido o disposto no
que quando acessadas o equipamento se desligue automaticamente. Confira
se o equipamento que está adquirindo possui tais dispositivos.
item 12.44, alínea b, da Norma 12.

7. As amassadeiras devem possuir, no mínimo, dois botões de parada de emergência,


conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma.

8. O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das amassadeiras


deve possuir, no mínimo, dois contadores com contatos positivamente guiados, ligados
em série, monitorados.
52 53
Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

2.1 Para aplicação do Anexo IV da NR 12 consideram-se: 2 - BATEDEIRA


a) amassadeiras classe 1: amassadeiras cujas bacias têm volume maior do que 5I (cinco ITENS DE VERIFICAÇÃO: B
litros) e menor ou igual a 90l (noventa litros) com capacidade de alimentação de até 25 kg
(vinte e cinco quilogramas) de farinha por ciclo de trabalho; 1. O acesso à zona do batedor deve ser impedido por
b) amassadeiras classe 2: amassadeiras cujas bacias têm volume maior do que 90l meio de proteção móvel intertravada por, no mínimo, 1
(noventa litros) e menor ou igual a 270l (duzentos e setenta litros) com capacidade de (uma) chave de segurança com duplo canal, monitorada
alimentação de até 100 kg (cem quilogramas) de farinha por ciclo de trabalho; por relé de segurança.
2. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletro-
c) amassadeiras classe 3: amassadeiras cujas bacias têm volume maior do que 270I mecânicas com atuador mecânico no intertravamento
(duzentos e setenta litros) com capacidade de alimentação de mais de 100kg (cem das proteções móveis, devem ser instaladas 2 (duas)
quilogramas) de farinha por ciclo de trabalho; chaves de segurança com ruptura positiva por proteção
d) bacia: recipiente destinado a receber os ingredientes que se transformam em massa – porta, ambas monitoradas por relé de segurança.
após misturados pelo batedor, podendo também ser denominado tacho e cuba;
3. O acesso à zona perigosa do batedor somente deve ser possível quando o movimento
e) volume da bacia: volume máximo da bacia, usualmente medido em litros; do batedor e da bacia tenha cessado totalmente.
4. Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, deve ser atendido o disposto no
f) zonas perigosas da bacia: região entre a bacia e outros elementos da máquina, inclusive item 12.44, alínea b desta Norma.
sua estrutura e seus sistemas de movimentação, que possam oferecer riscos ao operador
ou a terceiros; 5. Deve haver garantia de que o batedor movimente-se apenas com a bacia na sua posição
de trabalho.
g) batedor: dispositivo destinado a, por movimento de rotação, misturar os ingredientes
e produzir a massa, podendo ter diversas geometrias e ser denominado, no caso de 6. As batedeiras de classes 2 e 3 definidas no subitem 3.1, alíneas b e c, deste anexo, devem
amassadeiras, de garfo ou braço; possuir dispositivo para manuseio do tipo carrinho manual ou similar para deslocamento
da bacia, a fim de reduzir o esforço físico do operador.
h) zona perigosa do batedor: região na qual o movimento do batedor oferece risco ao 7. As bacias das batedeiras de classe 1 definidas no subitem 3.1, alínea a, deste Anexo,
trabalhador, podendo o risco ser de aprisionamento ou de esmagamento. que não possuam dispositivo para manuseio do tipo carrinho manual ou similar para seu
deslocamento devem possuir pega ou alças ergonomicamente adequadas.
8. As batedeiras de classes 1, 2 e 3 definidas no subitem 3.1, alíneas a, b e c, deste anexo,
devem possuir, no mínimo, um botão de parada de emergência monitorado por interface
de segurança, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma.
9. O dispositivo para movimentação vertical da bacia deve ser resistente para suportar os
esforços solicitados e não deve gerar quaisquer riscos de aprisionamento ou compressão
dos segmentos corporais dos trabalhadores durante seu acionamento e movimentação
da bacia.
10. As batedeiras de classe 2 definidas no subitem 3.1, alínea b, deste anexo, devem
possuir dispositivo de movimentação vertical mecanizado, que reduza ao máximo o
esforço e que garanta condições ergonômicas adequadas.
11. As batedeiras de classe 3 definidas no subitem 3.1, alínea c, deste anexo, devem
possuir dispositivo de movimentação vertical motorizado com acionamento por meio de
dispositivo de comando de ação continuada.
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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

Para aplicação deste anexo IV da Norma 12 consideram-se: 3 - CILINDRO DE PANIFICAÇÃO


a) batedeira classe 1: batedeiras cujas bacias têm volume maior do que 5l (cinco litros) ITENS DE VERIFICAÇÃO: CIE PANIFIÇÃO
e menor ou igual a 18l (dezoito litros);
1. Os cilindros de panificação mantêm uma distância mínima
b) batedeira classe 2: batedeiras cujas bacias têm volume maior do que 18l (dezoito de segurança conforme esquemática ao lado, respeitando os
litros) e menor ou igual a 40l (quarenta litros); aspectos ergonômicos previstos nesta Norma.
c) batedeira classe 3: batedeiras cujas bacias têm volume maior do que 40l (quarenta 2. Entre o rolete obstrutivo e o cilindro tracionado superior
litros); há proteção móvel intertravada — chapa de fechamento
do vão entre cilindros — por, no mínimo, 1 (uma) chave
d) bacia: recipiente destinado a receber os ingredientes que se transformarão na massa de segurança com duplo canal, monitorado por relé de
após misturados pelo batedor, podendo receber, também, as seguintes denominações: segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e
tacho e cuba; seus subitens e quadro I do item A do Anexo I desta Norma.
e) volume da bacia: volume máximo da bacia usualmente medido em litros; 2.1. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletrome-
cânicas com atuador mecânico, no intertravamento das
f) batedor: dispositivo destinado a, por movimento de rotação, misturar os ingredientes proteções móveis, devem ser instaladas 2 (duas) chaves
e produzir a massa; dependendo do trabalho a ser realizado, pode apresentar diversas de segurança com ruptura positiva por proteção – porta,
geometrias, podendo também ser denominado gancho, leque ou paleta, globo ou arame; ambas monitoradas por relé de segurança, duplo canal,
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta
g) zona perigosa do batedor: região na qual o movimento do batedor oferece risco ao Norma, atendendo ainda a requisitos de higiene e vibração.
usuário, podendo o risco ser de aprisionamento ou esmagamento.
2.2. O acesso à zona de trabalho entre o rolete obstrutivo
e o cilindro tracionado superior – chapa de fechamento do
vão entre cilindros – somente deve ser possível quando o
movimento do cilindro tracionado superior tenha cessado
totalmente por meio de sistema mecânico de frenagem,
que garanta a parada imediata quando aberta a proteção
móvel intertravada, ou acionado o dispositivo de parada de
emergência.
3. A inversão do sentido de giro dos cilindros tracionados
deve ser impedida por sistema de segurança mecânico,
elétrico ou eletromecânico à prova de burla, instalado na
transmissão de força desses cilindros.
4. A máquina deve possuir, no mínimo, dois botões de
parada de emergência monitorados por interface de
segurança, instalados um de cada lado, conforme itens
12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma.
Legenda - dimensões em milímetros com
tolerância de 25,00 mm (vinte e cinco milímetros). 5. O circuito elétrico do comando da partida e parada do
B: 850 ; C: 840 ; D: 890; E: 1170; F: 900; G: 710. motor elétrico dos cilindros deve possuir, no mínimo, dois
a: 50° (cinquenta graus) a 55º (cinquenta e cinco
graus) - ângulo de inclinação da prancha de contatores com contatos positivamente guiados, ligados
extensão traseira. em série, monitorados por interface de segurança.
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4 - MODELADORA 5 - LAMINADORA

ITENS DE VERIFICAÇÃO ITENS DE VERIFICAÇÃO: LAMINADOR

1. O acesso à zona perigosa dos rolos, bem


como aos elementos de transmissão das correias
transportadoras, deve ser impedido por todos os lados
por meio de proteções, exceto a entrada e saída da
massa, em que se devem respeitar as distâncias de
segurança, de modo a impedir que as mãos e dedos
dos trabalhadores alcancem as zonas de perigo,
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e
quadro I item A do Anexo I desta Norma.

1. O acesso à zona perigosa dos rolos pela correia transportadora nas mesas dianteira
e traseira deve possuir proteção móvel intertravada por, no mínimo, 1 (uma) chave de
1.1. O acesso à zona perigosa dos rolos para alimentação por meio da correia modeladora segurança com duplo canal, monitorada por relé de segurança, duplo canal, conforme os
transportadora deve possuir proteção móvel intertravada por, no mínimo, 1 (uma) chave itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.
de segurança com duplo canal, monitorada por relé de segurança, duplo canal, conforme
os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma. 1.1. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, com atuador mecânico,
no intertravamento das proteções móveis, estão instaladas 2 (duas) chaves de segurança
1.1.1. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, com atuador com ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas por relé de segurança,
mecânico, no intertravamento das proteções móveis, devem ser instaladas 2 (duas) duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo
chaves de segurança com ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas por ainda a requisitos de higiene e vibração.
relé de segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta
Norma, atendendo ainda a requisitos de higiene e vibração. 1.2. O acesso à zona perigosa dos rolos somente deve ser possível quando seus movi-
mentos tenham cessado totalmente.
1.1.2. O acesso à zona perigosa dos rolos somente deve ser possível quando seus 1.3. Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por seu monitoramento devem
movimentos tenham cessado totalmente. ser confiáveis e seguros, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.
1.1.3. Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por seu monitoramento devem 1.4. Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, deve ser atendido o disposto no
ser confiáveis e seguros, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma. item 12.44, alínea b, desta Norma.

1.1.4. Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, deve ser atendido ao disposto 2. As laminadoras devem possuir, no mínimo, um botão de parada de emergência
no item 12.44, alínea b, desta Norma. monitorado por interface de segurança, conforme o item itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma.
2. As modeladoras devem possuir, no mínimo, um botão de parada de emergência 3. As laminadoras, inclusive o movimento das correias transportadoras, devem ser
monitorado por interface de segurança, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens acionadas por meio de dispositivo manual, atendendo ao item 12.24 desta Norma, sendo
desta Norma. proibido o uso de pedais.
3. O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das modeladoras 4. O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das laminadoras
deve possuir, no mínimo, 2 (dois) contadores com contatos positivamente guiados, ligados deve possuir, no mínimo, 2 (dois) contatores com contatos positivamente guiados, ligados
em série, monitorados por interface de segurança. em série, monitorados por interface de segurança.
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6 - FATIADORA DE PÃES 7 - MOINHO PARA FARINHA DE ROSCA

ITENS DE VERIFICAÇÃO: FA ITENS DE VERIFICAÇÃO

1. O acesso ao dispositivo de moagem deve


ser impedido por todos os lados por meio de
proteções, exceto a entrada dos pães e saída da
farinha de rosca, em que se devem respeitar as
distâncias de segurança, de modo a impedir que
as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem
as zonas de perigo, conforme os itens 12.38 a
12.55 e seus subitens e quadro I item A do Anexo
I desta Norma.
1.1. O acesso ao dispositivo de moagem pela região de carga deve possuir proteções
1. O acesso ao dispositivo de corte deve ser impedido por todos os lados por meio de que garantam, por meio de distanciamento e geometria construtiva, a não inserção de
proteções, exceto a entrada e saída dos pães, em que se devem respeitar as distâncias segmento corporal dos trabalhadores.
de segurança, de modo a impedir que as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem as
zonas de perigo, conforme itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e quadro I item A do Anexo 1.2. Quando forem utilizadas proteções móveis, estas devem ser intertravadas por, no mínimo,
I desta Norma. 1 (uma) chave de segurança com duplo canal, monitorada por relé de segurança, duplo canal.
1.1. O acesso ao dispositivo de corte pela região de carga deve possuir proteção fixa 1.2.1. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas com atuador mecânico
conjugada com proteção móvel intertravada, para entrada dos pães por, no mínimo, 1 no intertravamento das proteções móveis, devem ser instaladas 2 (duas) chaves de
(uma) chave de segurança com duplo canal e monitorada por relé de segurança, duplo segurança com ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas por relé de
canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma. segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma,
atendendo ainda a requisitos de higiene e vibração.
1.1.1. Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, com atuador mecâ-
nico no intertravamento das proteções móveis, devem ser instaladas 2 (duas) chaves de 1.3. O acesso ao dispositivo de moagem pela região de descarga deve possuir proteção
segurança com ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas por relé de fixa, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma.
segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma,
atendendo ainda a requisitos de higiene e vibração. 1.4. O acesso à zona perigosa de moagem somente deve ser possível quando o movimento
das aletas tenha cessado totalmente.
1.2. Devem existir medidas de proteção na região de descarga, de modo a impedir que
as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem as zonas de perigo, conforme os itens 2. O bocal, se móvel, deve ser intertravado com a base por, no mínimo, 1 (uma) chave de
12.38 a 12.55 e seus subitens e quadro I item A do Anexo I desta Norma, garantido a sua segurança com duplo canal, monitorado por relé de segurança, duplo canal, conforme os
segurança durante a retirada dos pães fatiados. itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma, impedindo o movimento das aletas com
a máquina desmontada.
1.3. O acesso à zona de corte somente deve ser possível quando os movimentos das
serrilhas tenham cessado totalmente. 3. O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico dos moinhos para
farinha de rosca deve possuir, no mínimo, 2 (dois) contatores com contatos positivamente
2. As fatiadoras automáticas devem possuir, no mínimo, 2 (dois) botões de parada de guiados, ligados em série, monitorados por interface de segurança.
emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma.
OBS.: para os equipamentos/máquinas que não estão relacionadas no anexo 6 e 7,
3. O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das fatiadoras deve entretanto, são largamente utilizadas nos estabelecimentos, algumas são inclusive de
possuir, no mínimo, 2 (dois) contatores com contatos positivamente guiados, ligados em fabricação própria, faz-se necessário elaborar análise de risco.
série, monitorados por interface de segurança.
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CHECKLIST - NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A


EQUIPAMENTOS BATEDEIRA
O acesso à zona do batedor tem proteção móvel intertravada por, no
ANEXO VI – MÁQUINAS PARA PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA mínimo, 1 (uma) chave de segurança com duplo canal, monitorada por
relé de segurança - duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus
       
subitens e quadro I, do item A, do Anexo I desta Norma?
Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas com atuador
ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A mecânico, no intertravamento das proteções móveis, estão instaladas 2
(duas) chaves de segurança com ruptura positiva por proteção – porta,
       
AMASSADEIRA ambas monitoradas por relé de segurança – duplo canal, conforme os
itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo ainda a
O acesso à zona do batedor está impedido por meio de proteção requisitos de higiene e vibração?
móvel intertravada por, no mínimo, 1 (uma) chave de segurança O acesso à zona perigosa do batedor está impedido quando há movimento
com duplo canal, monitorada por relé de segurança - duplo canal,                
do batedor e da bacia?
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e quadro I, do item
A, do Anexo I desta Norma? Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por seu
monitoramento são confiáveis e seguros, conforme os itens 12.38 a 12.55        
e seus subitens desta Norma?
O acesso às zonas perigosas da bacia está impedido por meio de Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, ela atende o
proteções fixas ou proteções móveis intertravadas por, no mínimo,        
disposto no item 12.44, alínea b, desta Norma?
1 (uma) chave de segurança com duplo canal, monitorada por relé        
de segurança - duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus Há garantia de que o batedor movimente-se apenas com a bacia na sua
       
posição de trabalho?
subitens e quadro I do item A do Anexo I desta Norma?
As batedeiras de classes 2 e 3 definidas no subitem 3.1, alíneas b e c, deste
anexo, têm o dispositivo para manuseio do tipo carrinho manual ou similar para        
Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, ou deslocamento da bacia a fim de reduzir o esforço físico do operador?
seja, com autador mecânico, no intertravamento das proteções
móveis, estão instaladas 2 (duas) chaves de segurança com As bacias das batedeiras de classe 1 definidas no subitem 3.1, alínea a, deste
ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas por relé         anexo, que não possuam dispositivo para manuseio do tipo carrinho manual
       
de segurança – duplo canal conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus ou similar para seu deslocamento, têm pega ou alças ergonomicamente
adequadas?
subitens desta Norma, atendendo ainda a requisitos de higiene e
vibração? As batedeiras de classes 1, 2 e 3 definidas no subitem 3.1, alíneas a, b e c
deste anexo, possuem, no mínimo, 1 (um) botão de parada de emergência
       
É possível o acesso à zona do batedor e zonas perigosas da bacia monitorado por interface de segurança, conforme itens 12.56 e 12.63 e seus
        subitens desta Norma?
quando ainda em movimento (2.5)?
As batedeiras dotadas de sistema de aquecimento por meio de queima
Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por seu de cobustível atendem ao disposto no item 12.108 desta Norma e aos        
monitoramento são confiáveis e seguros, conforme os itens 12.38         requisitos das normas técnicas oficiais vigentes?
a 12.55 e seus subitens desta Norma? A temperatura máxima das superfícies acessíveis aos trabalhadores
atende ao disposto no item 12.109 desta Norma e aos requisitos das        
Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, ela atende o normas técnicas oficiais vigentes?
       
disposto no item 12.44, alínea b, desta Norma?
O dispositivo para movimentação vertical da bacia é resistente o bastante
para suportar os esforços solicitados e não gera quaisquer riscos de
A amassadeira possui, no mínimo, 2 (dois) botões de parada de aprisionamento ou compressão dos segmentos corporais dos trabalhadores
       
emergência, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta         durante seu acionamento e movimentação da bacia?
Norma?
As batedeiras de classe 2 definidas no subitem 3.1, alínea B, deste anexo,
possuem dispositivo de movimentação vertical mecanizado, que reduza ao        
O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor máximo o esforço e que garanta condições ergonômicas adequadas?
elétrico da amassadeira possui, no mínimo, 2 (dois) contadores com
       
contatos positivamente guiados, ligados em série, monitorados por As batedeiras de classe 3 definidas no subitem 3.1, alínea c, deste
interface de segurança? anexo, possuem dispositivo de movimentação vertical motorizado com        
acionamento por meio de dispositivo de comando de ação continuada?
O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico das
Legenda: batedeiras possui, no mínimo, 2 (dois) contadores com contatos positivamente        
Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento guiados ligados em série, monitorados por interface de segurança?
NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável Legenda:
Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento
NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável
Obs. Geral:
Obs. Geral:

62 63
Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A


CILINDROS DE PANIFICAÇÃO MODELADORA

Os cilindros de panificação mantêm uma distância mínima Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas,
de segurança conforme figura 2, respeitando os aspectos         com atuador mecânico no intertravamento das proteções
ergonômicos previstos nesta Norma? móveis, foram instaladas 2 (duas) chaves de segurança com
ruptura positiva por proteção – porta e ambas monitoradas        
por relé de segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38
Entre o rolete obstrutivo e o cilindro tracionado superior há a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo ainda a
proteção móvel intertravada – chapa de fechamento do vão requisitos de higiene e vibração?
entre cilindros – por, no mínimo, 1 (uma) chave de segurança
       
com duplo canal, monitorada por relé de segurança, duplo
canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e O acesso à zona perigosa dos rolos somente é possível quando
       
quadro I do item A do Anexo I desta Norma? seus movimentos tenham cessado totalmente?

Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por


Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas, seu monitoramento são confiáveis e seguros, conforme os itens
com atuador mecânico no intertravamento das proteções 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma 5.2.1.4? Quando        
móveis, foram instaladas 2 (duas) chaves de segurança com a máquina não possuir sistema de frenagem, é atendido ao
ruptura positiva por proteção – porta e ambas monitoradas         disposto no item 12.44, alínea b, desta Norma?
por relé de segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38
a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo ainda aos
requisitos de higiene e vibração? AS modeladoras possuem, no mínimo, um botão de parada de
emergência monitorado por interface de segurança, conforme        
itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma?
O acesso à zona de trabalho entre o rolete obstrutivo e o
cilindro tracionado superior – chapa de fechamento do vão
entre cilindros – somente é possível quando o movimento O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor
do cilindro tracionado superior tenha cessado totalmente por         elétrico das batedeiras possui, no mínimo, 2 (dois) contadores
       
meio de sistema mecânico de frenagem, que garanta a parada com contatos positivamente guiados ligados em série,
imediata quando aberta a proteção móvel intertravada ou monitorados por interface de segurança?
acionado o dispositivo de parada de emergência?

Legenda:
A inversão do sentido de giro dos cilindros tracionados é Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento
impedida por sistema de segurança mecânico, elétrico ou NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável
       
eletromecânico à prova de burla, instalado na transmissão de
força desses cilindros?
Obs. Geral:
A máquina possui, no mínimo, 2 (dois) botões de parada de
emergência monitorado por interface de segurança instalados
       
1 (um) de cada lado, conforme itens 12.56 a 12.63 e seus
subitens desta Norma?

O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor


elétrico das batedeiras possui, no mínimo, dois contadores
       
com contatos positivamente guiados ligados em série, monito-
rados por interface de segurança?

Legenda:
Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento
NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável
Obs. Geral:

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Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A


LAMINADORA FATIADORA DE PÃES
O acesso à zona perigosa dos rolos, bem como aos elementos O acesso ao dispositivo de corte é impedido por todos os
de transmissão da correia transportadora, é impedido por todos lados por meio de proteções, exceto a entrada e saída
os lados por meio de proteções, exceto a entrada e saída da dos pães, em que se devem respeitar as distâncias de
massa, em que se devem respeitar as distâncias de segurança,         segurança, de modo a impedir que as mãos e dedos dos        
de modo a impedir que as mãos e dedos dos trabalhadores trabalhadores alcancem as zonas de perigo, conforme
alcancem as zonas de perigo, conforme os itens 12.38 a 12.55 itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e quadro I item A do
e seus subitens e quadro I do item A do Anexo I desta Norma? Anexo I desta Norma?

O acesso à zona perigosa dos rolos pela correia transportadora O acesso ao dispositivo de corte pela região de carga
nas mesas dianteira e traseira possui proteção móvel deve possuir proteção fixa conjugada com proteção móvel
intertravada por, no mínimo, 1 (uma) chave de segurança com         intertravada, para entrada dos pães por, no mínimo, 1
duplo canal, monitorada por relé de segurança, duplo canal,        
(uma) chave de segurança com duplo canal e monitorada
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma? por relé de segurança, duplo canal, conforme os itens
12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma?
Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas,
com atuador mecânico, no intertravamento das proteções Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas,
móveis, foram instaladas 2 (duas) chaves de segurança com com atuador mecânico, no intertravamento das proteções
ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas         móveis, foram instaladas 2 (duas) chaves de segurança com
por relé de segurança, cuplo canal, conforme os itens 12.38 ruptura positiva por proteção – porta, ambas monitoradas        
a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo ainda a por relé de segurança, duplo canal, conforme os itens 12.38
requisitos de higiene e vibração? a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo ainda a
requisitos de higiene e vibração?
O acesso à zona perigosa dos rolos somente é possível quando
        Há medidas de proteção na região de descarga, de
seus movimentos tenham cessado totalmente?
modo a impedir que as mãos e dedos dos trabalhadores
Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e por alcancem as zonas de perigo, conforme os itens 12.38 a
       
seu monitoramento são confiáveis e seguros, conforme os itens         12.55 e seus subitens e quadro I item A do Anexo I desta
12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma? Norma, garantindo a sua segurança durante a retirada dos
pães fatiados? 
Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, é
        Os dispositivos responsáveis pela parada do movimento e
atendido o disposto no item 12.44, alínea b, desta Norma?
por seu monitoramento são confiáveis e seguros, conforme        
os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma?
As laminadoras possuem, no mínimo, um botão de parada de
emergência monitorado por interface de segurança, conforme        
os itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta Norma? Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, é
       
atendido o disposto no item 12.44, alínea b, desta Norma?
As laminadoras, inclusive o movimento das correias transpor-
tadoras, são acionadas por meio de dispositivo manual, aten- As laminadoras possuem, no mínimo, um botão de parada
        de emergência monitorado por interface de segurança,
dendo ao item 12.24 desta Norma, sendo proibido o uso de        
pedais? conforme os itens 12.56 a 12.63 e seus subitens desta
Norma?

O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor As laminadoras, inclusive o movimento das correias
elétrico das laminadoras possui, no mínimo, dois contadores transportadoras, são acionadas por meio de dispositivo
               
com contatos positivamente guiados, ligados em série, manual, atendendo ao item 12.24 desta Norma, sendo
monitorados por interface de segurança. proibido o uso de pedais?
O circuito elétrico do comando da partida e parada do
motor elétrico das laminadoras possui, no mínimo, dois
Legenda: contadores com contatos positivamente guiados, ligados
       
Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento em série, monitorados por interface de segurança.
NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável
Legenda:
Obs. Geral: Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento
NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável
Obs. Geral:

66 67
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ITENS DE VERIFICAÇÃO A EA NI N/A


MOINHO PARA FARINHA DE ROSCA

O acesso ao dispositivo de moagem é impedido por todos os lados por


meio de proteções, exceto a entrada dos pães e saída da farinha de rosca,
em que se devem respeitar as distâncias de segurança, de modo a impedir
       
que as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem as zonas de perigo,
conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens e quadro I item A do
Anexo I desta Norma?

O acesso ao dispositivo de moagem pela região de carga possui proteções


que garantam, por meio de distanciamento e geometria construtiva, a não        
inserção de segmento corporal dos trabalhadores?

Quando forem utilizadas proteções móveis, estas são intertravadas por,


no mínimo, 1 (uma) chave de segurança com duplo canal, monitorada        
por relé de segurança, duplo canal 8.2.2.1?

Caso sejam utilizadas chaves de segurança eletromecânicas com atuador


mecânico no intertravamento das proteções móveis, foram instaladas 2
(duas) chaves de segurança com ruptura positiva por proteção - porta,
       
ambas monitoradas por relé de segurança, duplo canal, conforme os itens
12.38 a 12.55 e seus subitens desta Norma, atendendo ainda a requisitos
de higiene e vibração?

O acesso ao dispositivo de moagem pela região de descarga possui


proteção fixa, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta        
Norma?

O acesso à zona perigosa de moagem somente é possível quando o


       
movimento das aletas tenha cessado totalmente?

O bocal, se móvel, é intertravado com a base por, no mínimo, 1 (uma)


chave de segurança com duplo canal, monitorado por relé de segurança,
       
duplo canal, conforme os itens 12.38 a 12.55 e seus subitens desta
Norma, impedindo o movimento das aletas com a máquina desmontada?

O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico dos


moinhos para farinha de rosca possui, no mínimo, 2 (dois) contatores
       
com contatos positivamente guiados, ligados em série, monitorados por
interface de segurança?

Legenda:
Elaborador por: A - Atendido / EA - Em Andamento
NI - Não Iniciado / N/A - Não Aplicável

Obs. Geral:

68 69
Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014 Panorama da Indústria de Panificação - Fevereiro / 2014

Glossário seja, barreiras físicas que restringem o acesso do corpo ou parte dele, devem ser observadas
as distâncias mínimas constantes do item A do Anexo I da Norma 12.

Amassadeira: máquina concebida para uso industrial ou comercial, destinada a obter Fase de utilização: fase que compreende todas as etapas de construção, transporte,
uma mistura homogênea para massas alimentícias. Composição básica: estrutura, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e
acionamento, batedor, bacia e proteções. Para seu funcionamento, o sistema de desmonte.
acionamento transmite potência para o batedor, que realiza movimento de rotação sem
movimento de translação, fazendo-o girar e misturar os ingredientes para produção da Fatiador de frios: máquina com lâmina tracionada em formato de disco, utilizada para
massa. O sistema de acionamento pode transmitir potência para o batedor e para a bacia fatiar frios. O tipo mais frequente possui lâmina girante em forma de disco com proteção
simultaneamente, mantendo ambos em movimento de rotação. Em certos casos a bacia regulável para cobri-la, como borda do disco e carro porta-frios. A operação de fatiar
gira pela ação mecânica do batedor sobre a massa. Tanto o batedor quanto a bacia podem é feita pelo movimento de vai e vem do carro porta-frios, que conduz o material a ser
ter velocidade de rotação contínua ou variável. processado sobre a lâmina girante. Esse tipo de máquina oferece risco de acidente aos
trabalhadores durante a operação, regulagem manual da proteção para expor a lâmina
Batedeira: máquina concebida para uso industrial ou comercial, destinada a obter uma para operação de corte, limpeza e afiação. Máquinas mais modernas possuem lâmina
mistura homogênea para massas ou cremes, de consistência leve ou média. É composta girante em forma de disco com movimento de vai e vem sob uma mesa horizontal sem
basicamente por estrutura, acionamento, batedores intercambiáveis, que podem ter acesso aos trabalhadores a zona de movimento da lâmina. A zona de corte é acessada por
diversas geometrias, bacia e proteções. Para seu funcionamento, o motor transmite meio de uma calha vertical porta-frio, que funciona como alimentador, e proteção móvel
potência para o batedor, fazendo-o girar e misturar os ingredientes para a produção da intertravada, que veda o acesso à lâmina. A descarga do material processado se dá por
massa, mantendo a bacia fixa. Durante o processo de operação, o batedor apresenta esteira ou bandeja.
movimento de rotação sobre seu eixo, podendo ainda ter movimento de translação
circular, denominado planetário, enquanto a bacia permanece fixa. O batedor pode ter Fatiadora de pães: máquina concebida para uso profissional destinada a cortar pães
velocidade de rotação e translação contínua ou variável. Em alguns casos a bacia pode em fatias uniformes e paralelas. É basicamente composta por estrutura, acionamento,
ser movimentada manual ou eletricamente na direção vertical para ajuste operacional. proteções e dispositivo de corte. O dispositivo de corte pode seccionar o produto tanto na
vertical quanto na horizontal e pode ser constituído por um conjunto de facas serrilhadas
Burla: ato de anular de maneira simples o funcionamento normal e seguro de dispositivos que cortam por movimento oscilatório ou por uma serra contínua que corta pelo movi-
ou sistemas da máquina, utilizando para acionamento quaisquer objetos disponíveis, tais mento em um único sentido. Para seu funcionamento, o motor transmite potência para o
como parafusos, agulhas, peças de chapa de metal e objetos de uso diário, como chaves dispositivo de corte, movimentando-o enquanto o pão é introduzido para o corte na região
e moedas ou ferramentas necessárias à utilização normal da maquina. de carga, conduzido pelo dispositivo de alimentação.

Chave de segurança: componente associado a uma proteção, utilizado para interromper Informação ou símbolo indelével: aquele aplicado diretamente sobre a máquina, que
o movimento de perigo e manter a máquina parada enquanto a proteção ou porta estiver deve ser conservado de forma íntegra e legível durante todo o tempo de utilização da
aberta, com contato mecânico – físico, como as eletromecânicas, ou sem contato, como as máquina.
ópticas e magnéticas. Deve ter ruptura positiva, duplo canal, contatos normalmente fechados
e ser monitorada por interface de segurança. A chave de segurança não deve permitir sua Intertravamento com bloqueio: proteção associada a um dispositivo de intertravamento
manipulação – burla por meios simples, como chaves de fenda, pregos, fitas, etc. com dispositivo de bloqueio, de tal forma que:
a) as funções perigosas cobertas pela proteção não possam operar enquanto a máquina
Dispositivo de intertravamento: chave de segurança mecânica, eletromecânica, não estiver fechada e bloqueada;
magnética ou óptica, projetada para este fim, e sensor indutivo de segurança, que atuam b) a proteção permanece bloqueada na posição fechada até que tenha desaparecido o
enviando um sinal para a fonte de alimentação do perigo e interrompendo o movimento risco de acidente, devido às funções perigosas da máquina;
de perigo toda a vez que a proteção for retirada ou aberta. c) quando a proteção estiver bloqueada na posição fechada, as funções perigosas da
máquina possam operar, mas o fechamento e o bloqueio da proteção não iniciem por si
Distância de segurança: distância que protege as pessoas do alcance das zonas de perigo, próprios a operação dessas funções. Geralmente apresenta-se sob a forma de chave de
sob condições específicas para diferentes situações de acesso. Quando utilizadas proteções, ou segurança eletromecânica de duas partes: corpo e atuador – lingueta.

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Máquina e equipamento: para fins de aplicação desta Norma, o conceito inclui somente que impede ou reduz o acesso em razão de suas dimensões e sua distância em relação à
máquina e equipamento de uso não doméstico e movido por força não humana. zona de perigo, como, por exemplo, grade de perímetro ou proteção em túnel.

Máquina ou equipamento manual: máquina ou equipamento portátil, guiado a mão. Relé de segurança: componente com redundância e circuito eletrônico dedicado a
acionar e supervisionar funções específicas de segurança, tais como chaves de segurança,
Modeladora: máquina concebida para uso na indústria alimentícia, para modelar massa sensores, circuitos de parada de emergência, garantindo que, em caso de falha ou
para pães por passagem entre rolos rotativos, que achatam a porção de massa a ser defeito desses ou em sua fiação, a máquina interrompa o funcionamento e não permita a
modelada. A porção de massa achatada e enrolada pela passagem entre duas superfícies, inicialização de um novo ciclo até o defeito ser sanado. Deve ter 3 (três) princípios básicos
que podem ser duas correias transportadoras ou uma correia transportadora e uma placa de funcionamento: redundância, diversidade e autoteste.
fixa e, por fim, e alongada pela passagem entre correias transportadoras. É composta
basicamente por estrutura, correia transportadora de alimentação, correias transportadoras Símbolo - pictograma: desenho esquemático normatizado, destinado a significar certas
de descarga e moldagem ou alongamento, proteções, conjunto de guias, conjunto de rolos indicações simples.
e acionamento. Para seu funcionamento, o motor de acionamento transmite potência às
correias transportadoras e ao conjunto de rolos, e cada rolo adquire movimento de rotação Sistema de proteção contra quedas: estrutura fixada à máquina ou equipamento,
sobre seu eixo, causando a passagem da massa entre eles. Pode operar com alimentação projetada para impedir a queda de pessoas, materiais ou objetos.
e descarga manuais. Em determinadas situações o mesmo tipo de máquina também é
denominada alongadora. Zona perigosa: qualquer zona dentro ou ao redor de uma máquina ou equipamento, onde
uma pessoa possa ficar exposta a risco de lesão ou dano à saúde.
Moinho para farinha de rosca: máquina concebida para uso profissional, destinada a
reduzir mecanicamente partes de pão torrado em farinha. É composta por base e bocal,
acionamento, proteções e dispositivo de moagem.

Posto de operação: local da máquina ou equipamento de onde o trabalhador opera a


máquina.

Posto de trabalho: qualquer local de máquinas e equipamentos em que seja requerida a


intervenção do trabalhador.

Profissional habilitado para a supervisão da capacitação: profissional que comprove


conclusão de curso específico na área de atuação, compatível com o curso a ser ministrado,
com registro no competente conselho de classe, se necessário.

Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro


no competente conselho de classe, se necessário.

Profissional ou trabalhador capacitado: aquele que recebeu capacitação sob orientação


e responsabilidade de profissional habilitado.

Profissional ou trabalhador qualificado: aquele que comprove conclusão de curso


específico na sua área de atuação e reconhecido pelo sistema oficial de ensino.

Proteção fixa distante: proteção que não cobre completamente a zona de perigo, mas

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Dicas dos principais tópicos descumpridos quanto à legislação do trabalho percebido pelo empregado no mês anterior; II) pagar o restante do 13º salário até
o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano, com base na remuneração devida nesse
1) Não pagar o FGTS em acordos judiciais, nem mesmo a indenização compensatória mês, compensando a importância que a título de adiantamento o empregado houver
(multa de 40%). Efetuar somente os depósitos na forma legalmente prevista, ou seja, recebido. De acordo com: Lei 4090/62 e Lei 4749/65.
nas devidas guias de FGTS.
4. a) Efetivar o registro dos reais horários de entrada e saída e pré-assinalar os períodos
2) O descanso semanal deve ser concedido, no máximo, após o 6º dia consecutivo de de descanso de seus empregados, cujos controles de jornada devem permanecer
trabalho. Deve ser garantido o direito dos trabalhadores de programarem suas folgas. nos locais de trabalho para a imediata apresentação à Fiscalização do Trabalho. Este
controle é obrigatório para os empregadores que possuam mais de dez empregados
a) Manter livros, fichas ou sistema informatizado de registro de empregados no e facultativo para aqueles que têm até dez empregados. De acordo com: artigo 74, §
estabelecimento; b) registrar os empregados antes do início da prestação dos 2º; artigo 630, § 4º, da CLT; artigo 3º, da Portaria MTE 3626/91.
serviços; c) efetuar as anotações na CTPS dos empregados e devolvê-la aos mesmos
no prazo de 48 horas. De acordo com a) artigo 630, parágrafo 4º, da CLT artigo 3º da 5. a) Somente se autorizado em convenção coletiva de trabalho, será permitido o
Portaria MTE 3626/91; b) 41 da CLT, combinado com a Portaria 41, de 28/03/07 e c) trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral; b) é valida, em caráter
artigos 29 e 53 da CLT, respectivamente. excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por 36 (trinta e seis) de descanso,
desde que prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de
2. a) Não pagar salário inferior ao mínimo legal; b) obedecer o valor do salário trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos
estabelecido no piso da categoria; c) efetuar o pagamento do salário até o quinto feriados trabalhados. O divisor que deve ser utilizado para o cálculo do salário-hora
dia útil do mês subsequente ao vencido, sendo que o sábado é considerado dia útil na jornada 12 x 36 é de 210 (duzentos e dez) horas. De acordo com: a) 6º - A, da Lei
para fins legais; d) não realizar descontos não permitidos pela legislação; e) o salário n.º 10.101/2000 e relação anexa ao Decreto 27.048/1949; b) Súmula 444 do TST;
deve ser pago contra recibo, datado e assinado pelo empregado, onde devem estar respectivamente.
inscritas e especificadas, isoladamente, todas as verbas de natureza salarial pagas
ao empregado, fazendo incidir, quando devido, os seus reflexos em outras parcelas; f) 6. a) Obedecer os limites legais diários 8 (oito) horas e semanais 44 (quarenta e quatro)
depositar em conta bancária vinculada do empregado no FGTS, até o dia 7 (sete) de horas da duração do trabalho e, caso exista acordo escrito para realização de horas
cada mês, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga extras, não exceder o limite legal de 2 (duas) horas extras diárias; b) a compensação
ou devida, no mês anterior, nos termos da legislação pertinente. De acordo com: a) de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo
artigo 7º, IV, da CF/88; artigos 76 e 117 da CLT; b) artigo 444, da CLT; c) artigo 459, § coletivo ou convenção coletiva (o banco de horas apenas será válido caso firmado
1º, da CLT; d) artigo 462 da CLT; e) artigo 464, da CLT; Súmula 91, TST; f) artigo 15 e mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho); c) as horas extraordinárias, não
seguintes da Lei 8036/90; respectivamente. compensadas, devem ser pagas com o adicional de no mínimo 50%, salvo percentual
mais benéfico previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho. De acordo com:
3. a) Pagar ao empregado uma gratificação salarial (13º salário), que deve corresponder a) artigo 7º, XIII, da CF/88; artigo 59 da CLT; b) artigo 7º, XIII, da CF/88; Súmula 85, I,
a 1/12 (um e doze avos) da remuneração devida, por mês de serviço (ou fração igual V TST; c) artigo 7º, XVI, CF/88, respectivamente.
ou superior a 15 (quinze) dias), do ano correspondente. Esse pagamento deve ser
realizado da seguinte forma: I) adiantar o pagamento do 13º salário, de uma só vez,
entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, no valor da metade do salário

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7. a) Caso faça uso do banco de horas, o empregador deverá controlar todo o De acordo com: a) artigos 130 e 134 da CLT; b) artigo 135, da CLT; c) artigo 145 da
excedente de horas nas jornadas de trabalho e disponibilizar relatório mensal para CLT; d) artigo 7º, XVII, da CF/88, respectivamente.
que o trabalhador possa ter ciência de suas horas acumuladas; b) não deverão ser
descontadas nem computadas como jornada extraordinária e, portanto não deverão 10. O aviso prévio deve ser concedido de acordo com a proporção definida na Lei
ser consideradas no banco de horas, as variações de horário do registro de ponto 12.506/11.
não excedentes de 5 (cinco) minutos, observado o limite máximo de 10 (dez) minutos
diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do 11. Os uniformes ou vestimentas para o trabalho devem ser fornecidos gratuitamente,
tempo que exceder a jornada normal. Assim sendo, cláusula prevista em convenção sempre que o uso for obrigatório ou determinado por meio de regras estabelecidas
ou acordo coletivo não poderá elastecer o limite de 5 (cinco) minutos que antecedem pela empresa. De acordo com o Precedente Normativo SDC/TST n° 115 c/c art. 462
e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras. De acordo da CLT.
com: a) § 2º, do artigo 59, da CLT; Súmula 85, V, do TST; b) § 1º do art. 58 da CLT;
Súmula 366, ambos do TST; OJ nº 372 da SDBI-1. 12. As atividades de estoquista, disponibilização de mercadorias ao consumidor,
embalagem, pesagem e etiquetagem de mercadorias vendidas a granel e colocação
8. a) Conceder repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, de mercadorias nas prateleiras e gôndolas de um estabelecimento comercial, deverão
preferencialmente aos domingos; b) conceder o intervalo de 11 (onze) horas ser realizadas por empregados do próprio estabelecimento, em razão de se tratar de
consecutivas entre 2 (duas) jornadas de trabalho; c) conceder o intervalo para repouso atividade fim do empreendimento. De acordo com o artigo 41 da CLT e súmula 331,
ou alimentação dentro da jornada, que deve ser de no mínimo 1 (uma) hora quando do TST.
a duração total do trabalho diário for superior a 6 (seis) horas; d) nas atividades de
comércio em geral, que exigirem trabalho aos domingos, deverá ser organizada e
afixada em local visível uma escala mensal de revezamento, de forma que após 2
(dois) domingos trabalhados, o 3º (terceiro) seja, obrigatoriamente, de folga, para
fruição do repouso semanal; e) o descanso semanal remunerado deve ser concedido
no máximo no dia seguinte ao 6º (sexto) dia consecutivo de trabalho. De acordo com:
a) artigo 7º, XV, CF/88; artigo 67 da CLT; b) artigo 66 da CLT; c) artigo 71, da CLT; d)
artigo 6º, § parágrafo único, da Lei 10.101/2000; § único, do artigo 67, da CLT; e) OJ
da SBDI-1 nº 410, respectivamente.

9. a) Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho,


o empregado adquire o direito às férias, que devem ser concedidas nos 12 (doze)
meses seguintes à data da aquisição desse direito; b) a data da concessão das férias
deverá ser informada por escrito ao empregado, com antecedência mínima de 30
(trinta) dias; c) o pagamento da remuneração das férias deve ser efetuado até 2 (dois)
dias antes do início do respectivo período; d) as férias anuais devem ser remuneradas
com o acréscimo de, pelo menos, 1/3 (um terço) a mais que o salário normal.

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Referências bibliográficas
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São Paulo (USP), Ribeirão Preto, 2011.
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4. Iida, Itiro. Ergonomia - Projeto e produção. São Paulo: Asisc, 8ª reimpressão, 2002.
5. Abrahão, Julia et al. - Introdução à ergonomia: da prática à teoria. São Paulo: Blucher,
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6. Ministério do Trabalho e Emprego - Fundacentro. Pontos de Verificação Ergonômica.
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7. Ministério do Trabalho e Emprego - Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora
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8. Ministério do Trabalho e Emprego - Norma regulamentadora 17 - Ergonomia e ANEXO
I (Checkout). Brasília, 2007.
9. Ministério do Trabalho e Emprego - Normas regulamentadoras da portaria 3214/78
Brasília, 1978.
10. NR 4 - Serviços em Engenharia de Segurança e Medicina do trabalho
11. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
12. NR 6 - EPI
13. NR 7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
14. NR 8 - Edificações
15. NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
16. NR 11 - Transporte Movimentação, Armazenagem de Materiais
17. NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
18. NR 17 - Ergonomia
19. NR 23 - Proteção Contra Incêndios
20. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto no Trabalho

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Não é permitida a reprodução parcial ou total desta obra, bem como sua comercialização.
Esta publicação foi realizada pelo Serviço Social da Indústria de Minas Gerais – SESI/MG.

Superintendente: Claúdio Marcassa


Gerente Executivo de Saúde: Alfredo Santana
Gerente de Núcleo de SST: Cristiane Scarpelli de Almeida
Técnicos envolvidos: José Roberto Batista; Carla Sirqueira e Sidney Yazigi

Revisão e apoio: Tarcísio José Moreira – Presidente da Associação Mineira da Indústria de Panifi-
cação (AMIP)

Dr. Gilson Pereira Santos – Consultor Jurídico da AMIPÃO

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Realização

Apoio

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