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Instalação de Sistema de

Microgeração Solar Fotovoltaica.

Planejamento do sistema solar


Para iniciar um planejamento de sistema solar fotovoltaico devemos ter algumas
informações básicas que nortearão o projeto:
• Incidência de irradiação solar na região;
• Estudos de sombreamento;
• Histórico de consumo de energia (kWh) da instalação;
• Informações técnicas de equipamentos e dispositivos de sistema
fotovoltaico;
• Norma técnica ou manual técnico da concessionária de energia local.
De posse dessas informações, é possível estabelecer uma pré-avaliação da
viabilidade do sistema, considerando como premissas:
• Produção de energia (kWp);
• Área e infraestrutura necessária;
• Estimativa de custos.
É sempre recomendável que o projeto de um sistema solar fotovoltaico tenha sua
concepção em dados confiáveis (como incidência de irradiação) e ferramentas
computacionais para simulações (por exemplo, estudo de sombreamento). Os
projetos devem atender à Resolução Normativa 687/15 – ANEEL e às normativas
e/ou manuais de referência técnica de projeto da concessionária de energia local.

Conceitos básicos de dimensionamento


Para um dimensionamento eficiente de um sistema fotovoltaico é imprescindível a
realização de pesquisas, estudos e levantamentos sobre tecnologias, equipamentos
e dispositivos a serem utilizados com as informações que subsidiarão a formatação
do projeto executivo da instalação. Indicar os principais pontos de atenção para o
dimensionamento tornará a instalação adequada aos objetivos do projeto.

Levantamento de componentes
A elaboração do projeto pode levar em conta o histórico de consumo do ponto de
ligação com a rede ou ser trabalhado em função da disponibilidade técnica local.
Em uma análise prévia, estabelecemos um projeto preliminar visando uma
orientação quantitativa sobre a necessidade de equipamentos e componentes a
serem empregados nas instalações:
• Módulos fotovoltaicos;
• Cabos e conexões;
• Inversor de frequência;
• Sistemas de proteção;
• Equipamento de manobra e controle.
Coleta de dados da área de instalação
A coleta de dados no local da instalação após a pré-análise é fundamental para
identificar a geometria da área onde se pretende executar o trabalho. Informações
como orientação geografia e inclinação do plano para acomodação dos módulos
fotovoltaicos estruturam toda a base conceitual do projeto executivo. Para ser
assertivo sobre essas informações, é recomendável fazer uso de recursos auxiliares
(equipamentos específicos) ou ainda aplicativos confiáveis que permitam a
realização de um estudo/medição adequada. Entre as informações importantes do
local, destacamos a orientação geográfica pela bússola e a inclinação do plano de
instalação dos módulos fotovoltaicos por meio de inclinômetro.

Figura 2 – Componentes de medição: (a) inclinômetro e (b) bússola.


Visando coletar as informações no local da instalação de forma organizada e
completa, uma ficha de inspeção poderá auxiliar no registro dessas informações.
Levantamento do consumo diário da instalação
Para efetuar esse levantamento, deve-se ter acesso a uma fatura de energia e
identificar o histórico de consumo de energia elétrica em kWh.

Figura 4 – Histórico de consumo de energia.


A Figura 4 contém informação de consumo da fatura de energia. Com esses valores,
calcula-se a média de consumo de um mês durante as 13 medições efetuadas no
histórico.

Onde:
EMM = Energia média mensal.
A partir do valor médio mensal de energia, é possível determinar a quantidade de
energia que os módulos deverão produzir para que tenhamos efetuado uma
compensação total de energia durante um ano. No exemplo da Figura 4 do
histórico de consumo, encontramos o valor médio de 321 KWh/mês consumido. A
partir desse consumo médio mensal, pode-se descobrir o valor de energia que os
módulos fotovoltaicos devem produzir durante um único dia.

Onde:
EMD = Energia média diária.
Dessa forma, verificamos que os módulos solares fotovoltaicos devem produzir em
um dia uma quantidade de 10,7 KWh/dia, porém, esse valor é quebrado.
Então, arredonda-se o valor para cima para demonstrar que deve-se produzir
durante o dia uma energia equivalente a 11 KWh/dia. Durante um dia convencional
de verão, teríamos um total de 12 horas de sol, porém, a quantidade de energia
solar que deve incidir nos módulos para produzirem energia equivalente à potência
em laboratório teria que ser igual ou superior a 1.000 W/m2 de irradiação. Esse valor
de irradiação pode ser alcançado aqui no Brasil durante o período de sol a pino,
que varia entre as 10 horas até aproximadamente às 15 horas. Esses valores podem
ser alterados de região para região e dependem também da inclinação do módulo.
Frequentemente, o nome dessa quantidade de horas em que o módulo irá produzir
a quantidade máxima de energia é citado em manuais como Horas de Sol a Pico
(HSP). Essas informações podem ser encontradas em dois bancos de dados
disponíveis na internet: o Cresesb e o SWERA. Os dois bancos de dados
disponibilizam a quantidade de HSP de cada região. Para o nosso exemplo, vamos
usar o Cresesb.
Para determinação das HSP, verifica-se a localidade (cidade) da instalação, dado a
ser consultado na fatura de energia. A partir da localização da futura instalação, é
possível definir a orientação geográfica do local (latitude e longitude), podendo ser
utilizado para esse estudo ferramentas e/ou aplicativos confiáveis. Exemplificando a
cidade de São Paulo, os registros de orientação geográfica indicam: latitude
23.682º Norte e longitude 46.875º Oeste. Com esses valores, e consultando
o site do Cresesb, preenche-se as informações nas respectivas lacunas:

Figura 5 – Banco de dados de irradiação solar fotovoltaica.

Acionando o comando “Buscar”, o sistema é direcionado a uma página com as


regiões mais próximas das coordenadas que informamos.

Tabela 1 – Dados de HSP para a cidade de São Paulo


Com essas informações identificamos na tabela que a inclinação adequada de um
módulo fotovoltaico será de 21°, pois nessa inclinação teremos a maior média anual
de horas de sol a pico.
Usando esse novo dado, é possível calcular a potência total do sistema e determinar
a quantidade de módulos fotovoltaicos no sistema solar.

Onde:
Ppico = potência pico do sistema fotovoltaico.
Após determinar a divisão da quantidade de energia média diária produzida pela
quantidade de horas de sol a pico, encontramos o valor de 2,65 KW/pico, que
arredondamos para 3 KWp. Dessa forma, conclui-se a determinação do sistema
fotovoltaico. É bom ressaltar que, dependendo da inclinação desse módulo e da
direção do módulo, devemos alterar a quantidade de horas de sol a pico excedente
dos módulos. Essa orientação já foi discutida no capítulo anterior.

Cálculo da quantidade de módulos


Para determinar a quantidade de módulos fotovoltaicos é importante consultar os
capítulos anteriores e verificar como efetuar a correção da potência de um módulo a
partir da temperatura ambiente. Com base na correção efetuada anteriormente,
usa-se o módulo já corrigido, que para uma temperatura ambiente de 25°C
apresenta uma potência equivalente a 261 W.
Sabemos que precisamos fornecer a quantidade de 3 KW. Utilizando módulos de
261 W, basta efetuar a divisão da potência do sistema pela potência do módulo
usado.

Onde:
NM = Número de módulos.
PM = Potência de módulo corrigida pela temperatura.

Dimensionamento do inversor
Os inversores para conexão em sistemas fotovoltaicos convertem a energia
produzida em DC (corrente contínua) para energia AC (corrente alternada).
Há uma diferença fundamental entre os inversores de sistemas autônomos (off-grid)
e inversores de sistemas conectados à rede (on-grid), em função da grandeza
inserida nos sistemas:
• Inversores em sistemas off-grid: fornecem tensão elétrica em seus terminais
de saída, em regime alternado, senoidal e pura.
• Inversores em sistemas on-grid: fornecem tensão elétrica em seus terminais
de saída, em regime alternado, senoidal e pura, e somente operam nas
circunstâncias em que estão conectados à rede elétrica. Na ausência de
energia da concessionária, desconectam-se automaticamente devido à
segurança operacional do sistema.
Para a determinação do inversor, utiliza-se como base a potência pico do sistema
que, nesse caso, deve ser de 3 KWp, especificando os inversores que iniciam seu
range a partir dessa potência.
Com base nesse valor, e utilizando manuais do fabricante, é possível eleger um
inversor com potência (por exemplo, 3KW pico), aos valores que o sistema exige, e
que será entregue em seus terminais de energia.

Tabela 2 – Dados técnicos Fronius Galvo

Como exemplo, na linha de inversores Galvo, da Fronius, identifica-se que o


inversor de 3 KWp pode operar com sobrepotência acima da nominal. Isso é
possível em função do método de conversão de energia do inversor. Nesse
exemplo, é apresentada uma eficiência de 95%. Portanto, opera-se um inversor em
regime contínuo com 5% de sobrecarga, isto é, potência de 3,15.
É importante atentar-se a outras características técnicas importantes para
determinar a especificação do inversor:
• Tensão de startup: valor usado para determinar a quantidade mínima de
módulos em uma série.
• Tensão máxima em MPPT: valor usado para determinar a quantidade
máxima de módulos em uma série.
• Corrente máxima de operação: valor usado para determinar a quantidade
máxima de módulos em paralelo.
• Corrente máxima em curto-circuito: valor que determina se a ligação de
módulos em paralelo está segura.

Exemplo
Um inversor tem potência nominal de 3 KWp, com tensão de operação de 185 volts
para startup. Caso o módulo tenha uma tensão de VMP igual a 31,7 volts, então,
para determinar o número mínimo de módulos em série, fazemos a razão entre a
tensão nominal e a tensão máxima de pico de cada módulo:

Portanto, podem ser colocados seis módulos em série.


Para determinar o valor máximo de módulos em série, usamos como valor base a
tensão máxima suportada na entrada do inversor, quando ele estiver trabalhando
em MPPT, que, nesse caso, seria de 440 volts. Para que o inversor opere
continuamente em potência máxima, calculamos a razão da tensão máxima em
MPPT pela tensão Vmp dos módulos, o que determina o número máximo de
módulos.

Ainda que conectando treze módulos em série, não se atingiu o valor de potência
calculado, então é indicado ligar os módulos em paralelo, usando como base o
inversor de 3 Kwp.
Para determinar o número máximo de strings em paralelo, consideramos a
capacidade máxima de corrente do inversor (20 A), comparado ao consumo do
módulo (corrente Imp = 9,15 A). Portanto, a razão entre a capacidade máxima do
inversor e o consumo de corrente dos módulos ligados em série estabelece o limite
máximo de conexão paralela entre os módulos.

Concluindo, pode-se elaborar um arranjo entre os módulos para serem conectados


ao inversor, com a seguinte configuração:
• Quantidade máxima de módulos: 26
• Arranjo em série: 13 módulos
• Arranjo em paralelo: 2 strings.

Dimensionamento das proteções


Visando estabelecer a segurança operacional do sistema e eventuais perturbações,
os sistemas de proteção são instalados com o objetivo principal de limitar a
extensão dos danos, principalmente em condições de curto-circuito.
Para o adequado dimensionamento das proteções, duas características operativas
do sistema devem ser levadas nas considerações iniciais:
• Tensão elétrica de operação do sistema;
• Corrente elétrica do sistema.
A tensão elétrica do sistema solar fotovoltaico deve ser inferior às tensões de
isolamento dos cabos, tensão de trabalho dos DPS e disjuntores de corrente
contínua.
Para limitação das correntes elétricas no sistema, são apropriados dispositivos
contra sobrecorrentes (fusíveis e disjuntores), que devem ser ajustados em função
da cadeia de componentes (inversor, cabos etc.). Esses dispositivos de proteção
contra sobrecorrentes possuem a característica de tempo inverso, ou seja, quanto
maior for a sobrecorrente passante, menor será o tempo de operação/atuação do
dispositivo de proteção.
A sobrecorrente é a alta magnitude da corrente, devido à sobrecarga ou curto-
circuito.
Figura 6 – Curva de disjuntor termomagnético.
Ao se considerar um inversor de potência nominal de 3 kWp, com corrente nominal
máxima de 20 A.
Os disjuntores são dimensionados para suportar em média até 20% de
sobrecorrente do equipamento protegido (inversor):

Os fusíveis são dimensionados para operar com 90% da corrente nominal do


equipamento protegido (inversor):

A topologia do sistema de proteção define que o fusível tem a função principal


sobre o sistema solar fotovoltaico e o disjuntor, o desligamento do circuito, atuando
como componente de retaguarda. Outras topologias definem o disjuntor como
elemento principal de proteção e fusíveis como elementos de retaguarda.

Dimensionamento da seção dos cabos


Conforme recomenda a Norma Regulamentadora Brasileira ABNT NBR 5410/2004:
Instalações Elétricas de Baixa Tensão, a equação abaixo determina a bitola mínima
(secção transversal) do condutor, visando à operação contínua do sistema para
suportar as condições termodinâmicas. Os materiais mais utilizados na confecção de
cabos de condução de energia elétrica são cobre e alumínio.
Onde:
A = Área da seção transversal do cabo em mm2 .
l = Comprimento do cabo em metros.
I = Corrente que irá circular dentro do condutor em amper.

σ = Condutância do material do cabo, sendo para cobre e

para alumínio.
P = Potência pico que irá passar pelo cabo.
Em instalações de sistemas fotovoltaicos, normalmente são utilizados condutores de
cobre, em que a 20ºC apresentam tipicamente uma resistividade ρcu =
0,01724Ω.mm /m e coeficiente de variação com a temperatura de αcu = 0,0039/ºC.
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Os parâmetros reais a serem aplicados para os cabeamentos utilizados devem ser


obtidos por consulta a datasheet (folha de dados) dos respectivos fabricantes.

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