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O ESPETÁCULO DA POBREZA:
máscara dos antagonismos das sociedades capitalistas
Alejandra Pastorini*
RESUMO
ABSTRACT
In this work we will study the themes of poverty and inequality in the capitalist
society, emphasizing the way as they’re used by international organizations
and the Brazilian government. In actual context of crisis, commanded by neo-
liberal political and economical project, the poverty idea and the
implementation of programs and actions for poverty and hunger warfare are
part of a strategy suggested by multilateral institutions. Applied by our
authorities, these actions increase the inequalities of capitalist society,
showing that, in fact, they’re not social protection politics.
1 INTRODUÇÃO
*
Doutora no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social – UFRJ. Professora Adjunta da Escola de Serviço
Social da UFRJ
III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS São Luís – MA, 28 a 30 de agosto 2007.
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afirmando que os principais problemas hoje seriam a pobreza1 e a “exclusão social”, tornar-
se-ia necessário pensar em novas formas de proteção social que substituam as políticas
sociais que até hoje predominaram baseadas na idéia do risco coletivo e da solidariedade
entre diferentes grupos sociais.
Por isso, entendemos que a estratégia de focalizar os programas e as políticas
sociais, utilizada como um dos instrumentos prioritários que orienta a intervenção no social
na contemporaneidade nos nossos países, fortalece-se com a clássica dissociação entre
política econômica e política social, que subordina os programas sociais às políticas
macroeconômicas e às regras do mercado, contribuindo, por um lado, com o processo de
mercadorização dos programas e serviços sociais e, por outro, com o processo de
“assistencialização da proteção social”.
4 CONCLUSÕES
1
Vale mencionar que no discurso dos organismos multilaterais a pobreza é entendida em termos absolutos, ou
seja, como um valor definido arbitrariamente; portanto não é pensada como expressão da distribuição desigual
da riqueza socialmente produzida. Também é importante lembrar que, nos discursos oficiais, as principais
causas geradoras da pobreza concentram-se nos atributos pessoais (em especial a falta de educação e de
qualificação) dos indivíduos que vivenciam essa situação de necessidade.
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Assim os antagonismos próprios da sociedade capitalista são apresentados como um desigual tratamento, por
parte do Estado, dos trabalhadores incluídos nos programas e políticas sociais e dos trabalhadores excluídos
dos mesmos.
III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS São Luís – MA, 28 a 30 de agosto 2007.
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REFERÊNCIAS
MOTA, A.E. Cultura da crise e seguridade social. São Paulo: Cortez Ed., 1995.
VIANNA, M.L.W. “As armas secretas que abateram a seguridade social”. In: O desmonte da
nação. Balanço do governo FHC. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.
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A superioridade do processo de “assistencialização” é apresentada, no discurso oficial, através de um conjunto
de imagens (dados, índices, indicadores etc.) que estariam comprovando tecnicamente a necessidade das
mudanças em curso. Mas a sobrevalorização dos elementos técnicos oculta os aspectos políticos da reforma da
proteção social no Brasil. A “assistencialização” é uma interessante estratégia despolitizadora.
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Entretanto, para que essas reformas sejam aprovadas é necessário, segundo os organismos multilaterais,
estimular o apoio político e social, por duas vias: por um lado, como forma de superar o risco da falta de
consenso sobre as reformas, coloca-se como necessário expandir a base de apoio do governo no Congresso;
por outro lado, entende-se que uma rápida melhoria no bem-estar social ajudará a reunir maior apoio às
reformas por parte da população.
III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS São Luís – MA, 28 a 30 de agosto 2007.