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EU SOU O MEU MAIOR

PROBLEMA
4 de Setembro de 2018 by Pr. Hernandes in Pastorais3 2191 16

“Desventurado homem que sou!…” (Rm 7.24).

Não é uma questão de retórica não; de fato, eu sou o meu maior problema. Sou uma pessoa
mais complicada do que aquelas que estão ao meu redor podem perceber. Sou a fonte dos
meus maiores dissabores e poucas vezes de minhas mais saborosas alegrias. Elencarei aqui
algumas razões porque eu sou o meu maior problema.

Em primeiro lugar, porque embora salvo da condenação do pecado, ainda cometo terríveis
transgressões. Inobstante ter sido regenerado, ainda tenho um coração inclinado ao mal.
Meu coração cogita o que não é santo, meus olhos veem o que não é puro e minhas mãos
fazem o que não é reto. Minha língua, às vezes, murmura em vez de adorar a Deus. Meus
lábios se abrem para falar mal daqueles que foram criados à imagem e semelhança de Deus,
em vez de abençoá-los com palavras de sabedoria. Meus pés, são inclinados a se desviarem
em vez de andarem em retas veredas. Oh, desventurado homem que sou!

Em segundo lugar, porque tenho a tendência de enxergar um cisco nos olhos do meu irmão
e não ver uma tábua encravada nos meus próprios olhos. Sou complacente com os meus
erros e implacável com as falhas do meu próximo. Vejo as mínimas deficiências nos outros
e não consigo diagnosticar pecados gritantes em mim mesmo. Sou exigente com os outros e
muito tolerante comigo. Sou inflexível quando se trata de cobrar dos outros, mas
extremamente complacente comigo mesmo. Condeno nos outros o que não tenho coragem
confrontar no meu próprio coração. Muitas vezes, afivelo no rosto uma grossa máscara de
piedade, quando o que desfila garbosamente na feira das vaidades é uma deslavada
hipocrisia. Oh, desventurado homem que sou!

Em terceiro lugar, porque faço promessas a Deus e ao próximo acerca daquilo que não
tenho a disposição de cumprir. Como sou pródigo em minhas promessas a Deus! Digo a ele
que o amo, mas entristeço-o com meus pecados. Prometo a ele sincera amizade, mas não
faço o que ele manda. Estadeio a ele minha inegociável fidelidade, mas troco-o, com
frequência, por um prato raso de prazeres efêmeros. Faço estudos profundos sobre oração,
mas meus joelhos não se dobram em deleitosa adoração. Ergo minha voz e digo para todos
que sou um embaixador, mas me calo covardemente tantas vezes, deixando de anunciar as
boas novas do evangelho aos que perecem em seus pecados. Reconheço que sou apenas
mordomo e não o dono do que está em minhas mãos, mas nem sequer entrego a ele, com
fidelidade, os dízimos e as ofertas. Oh, desventurado homem que sou!

Em quarto lugar, porque minha vida nem sempre é avalista de minhas palavras. Minhas
palavras são mais bonitas do que minhas obras. Sou como a figueira cheia de folhas, mas
desprovida de frutos. Toco trombeta quando dou um esmola, mas faço-o para que as
pessoas vejam quão generoso eu sou. Gosto de ser reconhecido pelos homens e deles
receber aplausos mais do que agradar a Deus, que tudo vê em secreto. Escoa dos meus
lábios torrentes de palavras bonitas, para impressionar as pessoas que só veem minha
aparência, mas escondo no coração cogitações perversas que fariam afastar de mim os meus
mais achegados amigos. Oh, desventurado homem que sou!
Em quinto lugar, porque sou um ser contraditório que acabo fazendo o que detesto e
deixando de fazer o que aprovo. Meu coração é enganoso e desesperadamente corrupto. É
um laboratório que produz, em larga escala, o que traz desonra para Deus e ofensa para o
próximo. Sou um ser a tal ponto paradoxal, que o bem que eu quero fazer, não faço e o mal,
que não quero, esse pratico. Meus lábios na mesma medida que adoram a Deus com
cânticos espirituais no templo, ferem os irmãos como palavras grosseiras no pátio da igreja.
Alteio minha voz para dizer que sou um pacificador, mas muitas vezes, acabo semeando
contendas entre os irmãos, o pecado que Deus mais abomina. Oh, desventurado homem que
sou! Minha esperança não está em quem sou nem no que faço, mas na graça daquele que
tudo fez por mim, morrendo na cruz em meu lugar, para me dar a vida eterna!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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