Вы находитесь на странице: 1из 5

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão – CAWSL


Departamento de História – DHI
Disciplina: História Moderna

A CRISE DA EUROPA: A TRANSIÇÃO DO MEDIEVAL PARA O MODERNO


(XI-XIV).

Assú/2018
A CRISE DA EUROPA: A TRANSIÇÃO DO MEDIEVAL PARA O MODERNO
(XI-XIV).

Micael Fabrício Higino de Siqueira


Graduando em Licenciatura de História – UERN - Assú

OBJETIVO
O principal objetivo desse presente trabalho é entender o processo que
envolve a transição da Idade Média para a Modernidade, percebendo quais os
principais fatores e personagens que participaram da queda de uma e do
surgimento da outra. Com isso, destacando a crise ocorrida na Europa durante
todo o século XI e XIV a partir de eventos que propiciam evidenciar os
rompimentos e continuidades que marcam esses dois distintos períodos
históricos, a partir da leitura do texto ‘O Renascimento’, de Nicolau Sevcenko
(1994).

O ROMPIMENTO – MUDANÇA NA ESTRUTURA E NAS IDEIAS

A crise do feudalismo, assim denominado o rompimento com as


estruturas feudais que marcavam o século XIV, segundo SEVCENKO (1994),
representa “transformações drásticas” em estruturas políticas, econômicas e
sociais que antes serviam como fundamentação para a concepção daquilo se
que entende por ser Medieval. Agravada por diversos motivos, a crise do
século XIV representa, também, o desenvolvimento do comércio, bem como o
nascimento de uma nova ordem social, responsável por estruturar a sociedade
europeia.

Assim, o primeiro motivo para que essa crise fosse agravada foi a Peste
Negra, pandemia que se proliferou durante toda a metade do século XIV. Ainda
segundo SEVCENKO (1994), a peste foi a responsável por uma crescente
mortalidade, tendo como consequência principal uma desorganização
sistemática da produção agrícola, gerando fome entre os campos e cidades.
Aliado a isso, a Guerra dos Cem Anos, que compreende um período de 1346 a
1450, também foi responsável para o crescimento desenfreado dos índices de
mortos na Europa, tendo em vista as diversas disputas territoriais e comerciais
entre os soberanos da França e Inglaterra.
Esses dois principais eventos servem, especificamente, para que se
possa entender as diversas revoltas populares que se sucederam
historicamente. Para SEVCENKO (1994), diante de toda a crise gerada por
esses dois específicos momentos no processo histórico da Idade Média, as
revoltas populares surgem como uma resposta contra as medidas autoritárias
dos senhores feudais, que visavam aumentar o trabalho e os tributos para
recuperarem o que fora perdido durante a guerra e a Peste Negra.

Diferentes áreas saem fortalecidas desta crise no feudalismo.


Inicialmente, o trabalho no feudo é substituído pelo trabalho assalariado.
Segundo o autor, a produção de excedentes passa a ser vendida pelos
próprios servos nos mercados das cidades, produzindo a intensificação do
comércio e o incentivo a circulação monetária. Aliando-se a isso, a navegação
desenvolve novas rotas de comércio, se responsabilizando pela ampliação de
um maior volume de moedas e produtos no mercado europeu.

Igualmente, a monarquia se sobrepõe perante a nobreza após a crise do


século XIV. Segundo SEVCENKO (1994), com o enfraquecimento dos
personagens nobres, foi-se atribuindo aos monarcas poderes e influências,
tendo em vista transformar sua figura em o ponto alto da hierarquia social,
possuindo um papel unificador e protetor diante das questões que surgiriam
pós-guerra e peste negra. De acordo com SEVCENKO (1994, p. 11), “o Estado
acaba por submetê-los, todos, paulatinamente, a seu controle.”

Mais do que mudanças políticas e/ou comerciais, o rompimento da Idade


Média para a Modernidade traz mudanças nas principais ideias. Responsáveis
por isso, os humanistas representam o rompimento com as antigas formas de
ensino presente nas universidades. Para SEVCENKO (1994, p.14), o “principal
objetivo era atualizar, dinamizar e revitalizar os estudos tradicionais”,
substituindo os principais manuais medievais. Ao lado disso, as ideias
humanistas buscavam “reinterpretar o Evangelho à luz da experiência e dos
valores da Antiguidade. Valores esses que exaltavam o indivíduo, os feitos
históricos, a vontade e a capacidade de ação do homem” (SEVCENKO, 1994,
p. 15).
Assim, a transição entre o medieval e o moderno representa diversos
rompimentos, sejam eles no campo da política, do comercio, da
intelectualidade. Porém, o que não se pode confirmar é a ideia de progresso. A
passagem entre esses dois períodos históricos não se constitui a partir da
elevação de um e do rebaixamento do outro. Se entende, portanto, a
passagem em questão partindo do pressuposto de que ela signifique
sucessivos renascimentos, mesmo que esses produzam pequenas mudanças
nas estruturas, sendo identificados desde a Idade Média.
REFERÊNCIA
SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento, 16ª ed. Ver. Atual – São Paulo: Atual, 1994.

Вам также может понравиться