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Aula 12

Biologia p/ SEDUC-CE (Professor - Biologia) - Pós-Edital

Wagner Luiz Heleno Marcus Bertolini

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Wagner Luiz Heleno Marcus Bertolini BIOLOGIA
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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
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CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS: CARACTERÍSTICAS


GERAIS, LINEU E O SISTEMA BINOMIAL, NOMES POPULARES,
FILOGENIA E CLADOGRAMA

SUMÁRIO PÁGINA
1. Conversa com o concursando 01
2. Classificação dos seres vivos 01
3. Filogenética e Cladograma 20
4. Questões 43

1131594
1. Conversa com o concursando

Olá meus queridos alunos.


Hoje veremos um assunto enorme. Uma das divisões da Biologia.
Porém, aqui teremos uma aula bem compacta, com as principais
características de cada grupo biológico.
Espero que você mentalize as principais particularidades destes
grupos.
O que temos para hoje?
Conceito de Sistemática
•Ramo da Biologia que estuda a diversidade biológica (biodiversidade)
•Objetivos:
a) descrever a diversidade biológica, classificar e batizar (nome
científico);
b) desenvolver critérios de organizações;
c) compreender os processos da diversidade biológica
•Taxonomia ou classificação biológica: organiza os seres vivos em
categorias hierárquicas denominadas categorias taxonômicas ou
táxons.

Boa aula.

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2. DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS

1. INTRODUÇÃO
Você já deve ter visto que no nosso planetinha Terra habitam mais de
dois milhões de seres vivos. Estes danados estão adaptados aos mais
diversos ambientes, com suas infinitas formas.
Em função desta vasta variedade, os cientistas perceberam a
necessidade de se desenvolver um sistema formal e eficiente de
classificação, considerando suas características em comum e relações
de parentesco evolutivo.
O reconhecimento dessas espécies está intimamente relacionado à
história do Homem.
O Homem em determinado momento da história evolutiva, passou a
utilizar animais e plantas para sua alimentação, cura de doenças,
fabricação de armas, objetos agrícolas e abrigo.
A necessidade de transmitir as experiências adquiridas para os
descendentes forçou-o a conhecer detalhadamente as plantas e
animais.

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
O que seria isto professor?
Você deve ter estudado um dia na sua vida a classificação dos
elementos. Lembra que um sangue bom o russo Mendeleiev
organizou os elementos em função de certas propriedades e
semelhanças? Aqui, algo parecido, ou seja: uma ideia de agrupar em
função de semelhanças ou “propriedades” os seres vivos.
Na Química existem regras para os nomes. Na Biologia também. Cada
qual com suas regras.
Então, é o que veremos agora.

O estudo descritivo de todas as espécies de seres vivos e sua


classificação dentro de uma verdadeira hierarquia de grupamentos

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constitui a sistemática ou taxonomia. Vamos começar a interpretar o


papel da taxonomia revendo o conceito de espécie.
As espécies são os diferentes tipos de organismos. Uma definição
mais técnica de espécie é: "um grupo de organismos que se cruzam
entre si, sem normalmente cruzar-se com representantes de outros
grupos".
Os organismos pertencentes a uma espécie devem apresentar
semelhanças estruturais e funcionais, similaridades bioquímicas e
mesmo cariótipo, além da capacidade de reprodução entre si. A
definição acima, embora útil para os animais, não é, entretanto, útil na
==11444a==

taxonomia vegetal, porque cruzamentos férteis podem ocorrer entre


plantas de tipos bastante diferentes. Também não se aplica esta
distinção a organismos que não se reproduzem sexualmente.
Com base nas teorias evolucionistas, uma espécie se modifica
constantemente, no espaço e no tempo, em vez de ser uma forma
imutável, ideal, como foi concebida por Lineu.
Desta maneira, a palavra "espécie" possui diferentes significados para
diferentes tipos de organismos, o que não é surpresa se considerarmos
que a evolução nos vários grupos de organismos seguiu caminhos
diversificados.
No entanto, o termo permanece sendo útil e possibilita uma maneira
adequada de se referir a organismos e catalogá-los.
Os animais, assim como as plantas, são popularmente conhecidos por
nomes muito variáveis de um lugar para outro. Os cientistas, com
intuito de universalizar os nomes de animais e plantas, procuraram
criar uma nomenclatura internacional para a designação dos seres
vivos.
Mark Catesby, por volta de 1740, publicou um livro de zoologia onde
denominava o pássaro conhecido como tordo (sabiá americano) de
Turdus minor cinereoalbus non maculatus, que significava: “tordo
pequeno branco-acinzentado sem manchas”. Essa foi uma tentativa de
padronizar o nome do pássaro, para que ele pudesse ser conhecido em

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qualquer idioma ou região, mas havia o inconveniente de usar uma


denominação muito extensa.
Então, surge nosso grande herói Lineu. Ele também criou as categorias
taxonômicas, considerando “espécie” como sendo a mais específica.

Como este camarada classificou os seres vivos?


O danado escolheu como critério para sua classificação dos organismos
o conjunto de características anatômicas que estes apresentavam.
Digamos que usou a semelhança entre os seres. Quanto mais
semelhantes entre os seres eles eram colocados em mesmos grupos.
É, professor, mas o que ocorre quando existiam diferenças entre eles?
Fácil: os seres mais com diferenças eram colocados em colocados em
grupos diferentes. Tem uma certa lógica, concorda?
Então, a partir desta ideia surge o sistema natural de classificação
biológica.
Como Lineu era um fixista ele não acreditava que os organismos
pudessem se modificar com o passar do tempo (fixismo). Essa era a
crença dele e dos seus contemporâneos fixistas e naturalistas.
Estas se apresentam na seguinte ordem hierárquica:
Reino – Filo (ou divisão, no caso de vegetais) – Classe – Ordem
– Família – Gênero – Espécie

Macetezinhos: EsGeFaOClaFiSubRei ou REFICOFAGE.


Veja:

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Cada Reino abriga um conjunto de Filos.


Cada Filo abriga um conjunto de Classes. E assim sucessivamente.
Considera-se, entretanto, que faz parte de cada espécie, os seres com
semelhança suficiente para cruzarem e originarem descentes férteis.
Muitas vezes pode não haver muita semelhança externa, mas o
comportamento fisiológico do organismo permite que sejam
considerados de mesma espécie. E existem casos onde, apesar de
haver semelhança externa, os seres não são da mesma espécie.
Ao analisar esta classificação, quanto maior a hierarquia entre elas
mais indivíduos ela inclui. Então, fique atento às colocações tais como:
dois indivíduos que pertençam à mesma ordem, pertencem também à
mesma classe, filo e reino.
Porém, não podemos dizer que dois indivíduos pertencentes ao mesmo
gênero são da mesma espécie já que podem existir diferentes espécies
dentro de um mesmo gênero.

A figura abaixo ajuda a perceber esta situação. Parece muito com


teoria de conjuntos, na matemática, eheheh.

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Ou, observando abaixo a figura:

NOMENCLATURA BIOLÓGICA
O naturalista sueco Lineu propôs, em 1735, a nomenclatura binomial
(dois nomes), na qual cada ser vivo seria nomeado. Como seria? Então,
você apenas precisa conhecer algumas poucas regras.
Basta seguir algumas regrinhas bem fáceis:
1ª regra: foi estabelecido o uso do latim como idioma para se fazer a
nomenclatura biológica. Por que o latim? O latim foi escolhido por ser
uma língua inflexível (não sofrer variações, modificações com o passar
do tempo). Por isto, o latim é considerado uma língua morta. Então,

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todos os termos utilizados na nomenclatura biológica devem estar em


latim ou latinizados.

2ª regra: Os nomes das hierarquias que vão do gênero ao reino


devem sempre ser iniciados por letra maiúscula.

3ª regra: Gêneros e espécies devem ser destacados no texto, seja


pela grafia em itálico ou sublinhados (grifados).

4ª regra: as espécies são definidas por dois nomes (nomenclatura


binomial, com duas palavras): a primeira se referindo ao nome
genérico (gênero) e a segunda, ao nome específico (espécie). O
primeiro termo define o gênero ao qual a espécie pertence (epíteto
genérico) e o segundo termo diferencia as espécies pertencentes ao
mesmo gênero (epíteto específico). O termo específico sempre é
iniciado por letra minúscula.

Exemplo:
Onça (nome popular)
Panthera onça (nome científico)

Exemplos:
Homem = Homo sapiens
Cachorro = Canis familiaris
Mosca = Musca domestica

Tal sistema, utilizado até a atualidade, facilita a comunicação entre os


cientistas (pois o nome fica UNIVERSAL) já que um mesmo ser vivo,
dependendo da região, pode ser identificado pelos mais diversos
nomes populares.
Por exemplo: a Manihot esculenta costuma ser chamada, em nosso
país, de mandioca, aipim e macaxeira, dependendo da região do país.

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Assim, com uma nomenclatura unificada, em qualquer local do Brasil


e do mundo, o nome Manihot esculenta se refere a esta espécie
específica, sem chances de ser confundida com outra qualquer.

CUIDADO: pode ocorrer uma situação em que temos uma categoria


taxonômica chamada subespécie. Esta seria decorrente de populações
isoladas de uma mesma espécie que apresentam o potencial de formar
novas espécies no futuro.
Então, para estas temos o uso do sistema de nomenclatura
trinomial.
Na subespécie devemos adicionar um terceiro nome sempre em
minúsculo, com o nome do gênero em primeiro lugar (em maiúsculo)
e o nome da espécie em segundo lugar (em minúsculo).
A abreviatura quando usada é recomendado o uso de subsp. para
algas, fungos e plantas e ssp. para bactérias, animais e protozoários.
Por exemplo: o cão é uma subespécie doméstica do lobo (Canis lupus),
recebe o nome trinomial de Canis lupus familiaris.
Outro exemplo:
Homo sapiens neanderthalensis.
Interpretamos como uma subespécie da espécie Homo sapiens. O
termo que caracteriza a subespécie vem em seguida ao termo da
espécie.
Neste exemplo é o termo neanderthalensis, também escrito em
minúscula. A subespécie é uma categoria abaixo da espécie, definida
por características ainda mais peculiares. Deste modo uma espécie
pode ter várias subespécies.
No exemplo dado a espécie H. sapiens apresenta duas subespécies: H.
sapiens neanderthalensis (o homem de Neandertal) e H. sapiens
sapiens (homem moderno).

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OS REINOS
O documento zoológico mais antigo que se tem notícia, é um trabalho
grego de medicina, do século V a.C., que continha uma classificação
simples dos animais comestíveis, principalmente peixes.
Diante disso, a classificação dos seres vivos surgiu da necessidade do
homem em reconhecê-los. O grande número de espécies viventes
levou-o a organizá-las de forma a facilitar a identificação e,
consequentemente, seu uso.

A classificação dos seres vivos


O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV
a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou
não sangue vermelho.
O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de
cultivo. Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram
a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em
características anatômicas superficiais. No entanto, como a
ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este
sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a
base da classificação atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de
categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.
Nessa época, os organismos vivos foram divididos em dois reinos
claramente distintos: o Vegetal e o Animal. Neste tipo de classificação,
as plantas eram todos os organismos fixos e sem uma forma
claramente definida, capazes de fabricar matéria orgânica a partir de
fontes inorgânicas (termo usado para isto: autotrofia. Lembrando:
auto = por si próprio), enquanto os animais eram todos os restantes
organismos, de vida livre, com forma definida e dependentes da
matéria orgânica (plantas ou outros animais) para a sua nutrição
(nome disso: heterotrofia).

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Conforme mais dados iam sendo recolhidos, principalmente de


estrutura microscópica e metabolismo, a sua maioria confirmava a total
separação dos dois grandes reinos.
Assim, as plantas apresentavam espessas paredes celulares
celulósicas, enquanto as células animais apresentavam outros
compostos no seu interior.
Esta divisão simples dos organismos parecia tão óbvia e bem definida
para os organismos macroscópicos que o problema causado pelos
fungos, que não pareciam encaixar bem nas plantas, era facilmente
esquecido.

Entretanto, com a invenção do microscópio por Van Leeuwenhoek, foi


revelado uma miríade de organismos microscópicos, não visíveis a olho
nu. Assim, ficou claro que a distinção entre animais e plantas não podia
ser facilmente aplicada a este nível. Alguns destes seres podiam ser
facilmente comparados com algas macroscópicas e incluídos nas
plantas, outros poderiam ser incluídos nos animais, mas, ainda
restavam muitos com combinações estranhas de características de
animal e de planta.
Para complicar ainda mais a situação, a teoria de Darwin da evolução
tinha sido aceita como representativa da realidade, e considerava que
todos os organismos tinham um ancestral comum.
Era óbvio que um ancestral comum às plantas e aos animais não
poderia ser nenhum deles, sendo necessário criar um novo grupo onde
se pudesse incluí-lo.

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Diante disso, o alemão Ernst Haeckel realizou estudos microscópicos


da enorme variedade de organismos unicelulares e chegou à conclusão
que as primeiras formas de vida teriam sido muito simples, sem a
complexidade estrutural que já observava nos unicelulares observados.
Assim, Haeckel, chamou esses organismos primitivos moneras, tendo-
os dividido em zoomoneres (bactérias) e phytomoneres
(cianobactérias).
O desenvolvimento de células mais complexas, contendo núcleo, era,
na sua opinião, o resultado de diferenciação do citoplasma.
Assim, Haeckel criou um terceiro reino a que chamou Protista. Neste
reino colocou todos os seres que não apresentavam tecidos
diferenciados, incluindo seres unicelulares e coloniais. Daí, passamos
para uma nova possibilidade de três reinos:

Haeckel reconheceu uma série de subdivisões no seu reino Protista. A


principal subdivisão era entre os grupos semelhantes às plantas
(Protophytes) e os semelhantes aos animais (Protozoa), reconhecidos
pelos seus pelos seus metabolismos diferentes.
Também necessitava de um terceiro grupo onde colocar todos os
protistas que não eram claramente semelhantes às plantas ou aos
animais, os protistas atípicos. A distinção entre células com e sem
núcleo estavam subordinadas a estas três categorias, com os
organismos sem núcleo a formar um pequeno grupo dentro dos
protistas atípicos.

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Com a descoberta do microscópio eletrônico, foi possível determinar a


morfologia celular dos organismos.
Então, Herbert Copeland, em 1936, propôs um sistema de
classificação em quatro reinos, retirando Monera de dentro dos
protistas por serem procariontes e resgatando o termo Protista para
eucariontes unicelulares ou multicelulares sem tecidos verdadeiros.
Seus reinos eram:
- Reino Monera: bactérias e cianobactérias;
- Reino Protoctista: unicelulares eucariontes, multicelulares como
“algas” e fungos;
- Reino Plantae: multicelulares fotossintetizantes com tecidos;
- Reino Animalia: multicelulares heterótrofos com tecidos.

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Essa proposta foi posteriormente substituída, a partir de 1959, pelo


sistema de cinco reinos de Robert Whittaker.

Em 1959, Robert Whittaker (ainda bem que não foi de novo o Lineu...
devia estar descansando) propôs a divisão dos seres vivos em cinco
reinos, esta que é levada em consideração até os dias atuais:
- Reino Monera, que reúne as eubactérias e as arqueobactérias: seres
procarióticos e unicelulares.
- Reino Protoctista, tendo os protozoários e algas como
representantes.
- Reino Fungi, cujos representantes são eucarióticos, uni ou
multicelulares e heterotróficos, que absorvem nutrientes do meio,
possuem parede celular de quitina.
- Reino Plantae, com representantes eucarióticos, multicelulares e
autotróficos fotossintetizantes (“algas” e plantas terrestres).
- Reino Animalia, abrigando indivíduos eucarióticos, multicelulares e
heterotróficos, que ingerem alimento do meio.

Resumindo até aqui:

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Vejamos um quadro sinóptico abaixo para os cinco reinos:

A partir de 1970, até os dias de hoje, as propostas de classificação


estão mais relacionadas com os avanços da biologia molecular, o
aprimoramento dos estudos com microscopia eletrônica e com a maior
aceitação e desenvolvimento da sistemática filogenética.

Visão atual sobre a Classificação biológica: os três grandes


Domínios
A possibilidade de sequenciar e comparar o DNA dos organismos teve
enorme influência na classificação biológica a partir dos anos 70.
O microbiologista norte-americano Carl Richard Woese utilizou o
sequenciamento de um gene presente em todos os seres vivos (codifica
para o RNA da subunidade pequena do ribossomo) para construir uma
árvore filogenética universal, dividindo os seres vivos em três grandes
grupos, denominados Domínios: dois constituídos por procariontes
(Bacteria eubactérias - “bactérias verdadeiras”) e Archaea
(arqueobactérias - “bactérias primitivas”); e um agrupando todos os
seres eucariontes, Eucária.

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A partir da classificação de Woese, diversos estudos estão sendo


desenvolvidos com o objetivo de investigar a relação entre os três
domínios. Os estudos mais recentes indicam que as arqueobactérias e
os eucariontes tiveram um ancestral comum, sendo evolutivamente
mais próximos do que ambos são das eubactérias.

APROFUNDANDO, SE QUISER
O sistema de classificação de Lynn Margulis baseia-se no
conhecimento sobre a estrutura sub-microscópica das células e suas
organelas, bem como vias metabólicas, incorporando a descoberta de
muitos tipos altamente diferenciados de bactérias.
Apesar de o seu sistema também incorporar uma elaborada teoria de
evolução da estrutura celular por endossimbiose, difere apenas em
alguns detalhes das classificações de Copeland e de Whittaker.
Na classificação de Copeland não se dava especial atenção à distinção
entre organismos com e sem núcleo. No entanto, em classificações
posteriores esta distinção tornou-se uma condição crucial.
Margulis distingue os chamados super-reinos ou domínios Prokarya e
Eukarya, sendo o último caracterizado por apresentar genoma
composto, sistemas de mobilidade intracelular e a possibilidade de

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fusão celular, que leva a um sistema de genética mendeliana e sexo.


O domínio Prokarya, por outro lado, é agrupado com base na ausência
de um sistema sexual desse tipo.
Dentro dos Eukarya ela distingue os mesmos grupos que Whittaker:
protoctistas, plantas, animais e fungos. Neste caso, os protoctistas
são novamente definidos negativamente, o que volta a tornar as
plantas, animais e fungos monofiléticos.
Nos Prokarya, a diversidade de vias metabólicas e a reconhecida
divergência evolutiva (como demonstrada pelas sequências de RNA)
não deu origem a categorias elevadas. A distinção entre Archaea e
Eubacteria é abafada sob o nome de bactérias e expressa a um nível
inferior ao da distinção entre fungos, animais e plantas.
Uma classificação ligeiramente diferente foi proposta por Mayr (1990),
que concorda com Margulis em relação à distinção entre procariontes e
eucariontes, mas vai mais além e propõe que se reconheçam os
subdomínios Archaea e Bacteria, dentro dos procariontes.
Uma subdivisão semelhante é feita nos eucariontes, com os Protista e
os Metabionta, para organismos unicelulares e multicelulares,
respectivamente. Mayr dá especial atenção, portanto, a semelhanças
e diferenças em morfologia e não às relações filogenéticas.
Os procariontes são unidos com base na semelhança de organização
celular, ignorando a diversidade de metabolismos e as relações
evolutivas deduzidas a partir de sequências de DNA.
Também os protistas são unidos com base na falta de
multicelularidade, novamente ignorando a sua enorme diversidade em
muitos outros aspectos. Em ambos os taxa estão em perigo de se
tornar parafiléticos.
No entanto, a principal divergência entre esta classificação e uma
classificação filogenética não é o surgimento destes dois grupos
parafiléticos, mas, antes o fato de o subdomínio Metabionta ser
reconhecido com base apenas numa característica, a multicelularidade.

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Esta característica surgiu independentemente nos três grupos que o


compõem, tornando este subdomínio completamente polifilético.

O esquema de seis reinos recentemente proposto por Cavalier-Smith


é, em muitos aspectos, semelhante aos de Whittaker e Mayr, mas a
semelhança é frequentemente superficial. Cavalier-Smith tenta um
sistema mais estritamente filogenética, em que os grupos polifiléticos
estão totalmente ausentes e os parafiléticos são evitados o máximo
possível.
Para alcançar este fim, ele tem que transferir um número de grupos
que pertenciam aos Protoctista na maioria dos sistemas de classificação
anteriores, para um dos outros reinos. Assim, neste sistema, cada um
dos reinos que contêm organismos multicelulares passa a conter um
certo número de organismos unicelulares relacionados.
Estas revisões são baseadas num conjunto ainda crescente de dados
acerca das relações deduzidas da comparação de sequências de DNA e
proteínas, bem como acerca da ultraestrutura celular.
Nos procariontes, Cavalier-Smith salienta o número características
ultra-estruturais em vez das sequências de RNA ribossômico usadas por
Woese. Assim, as Archaea são incluídas como um subgrupo
relativamente menor dentro do reino Bacteria. Dentro dos eucariontes,
Cavalier-Smith reconhece cinco reinos.
O reino Animalia é relativamente inalterado, quando comparado com
outros sistemas de classificação. Para além dos animais, também
contém um grupo de parasitas unicelulares, com base em que a
unicelularidade é devida a uma regressão e não a um caráter original.
De forma semelhante, o reino Fungi também contém um grupo de
parasitas, antes parte dos prototistas.
Alguns grupos, antes considerados fungos, foram transferidos para um
novo reino designado Chromista. O reino Plantae expandiu-se para
incluir as algas vermelhas, para além das tradicionalmente incluídas
algas verdes. Este fato reflete um cenário evolucionista em que a

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fotossíntese foi adquirida apenas uma vez, pela incorporação do


cloroplasto numa célula eucariótica, derivado de uma cianobactéria.
Outras classificações, que colocam as plantas e as algas vermelhas mais
afastadas, têm que assumir um cenário evolutivo onde os cloroplastos
foram adquiridos independentemente várias vezes, ou totalmente
perdidos ainda mais vezes.
O reino novo Chromista contém a maioria dos restantes grupos
fotossintéticos, informalmente designado de algas, bem como um
grupo de outros grupos anteriormente colocados nos fungos e que se
acredita terem perdido a capacidade fotossintética secundariamente.
No cenário evolutivo, o cloroplasto foi adquirido pela fusão de uma
célula autotrófica com uma célula não fotossintética, um
acontecimento que levou ao surgimento de uma membrana extra em
volta do organito.
O quadro abaixo mostra as relações entre estes sistemas de
classificação:

Visão atual sobre a Classificação biológica: relações entre


eucariontes
Um trabalho muito importante, que causou grande impacto na
comunidade científica, foi publicado por Baldauf na revista Science em
2003. O autor apresenta uma hipótese, em forma de árvore
filogenética, para a relação existente entre os principais grupos de
eucariontes. Tal hipótese é apresentada na figura a seguir. Notem que

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alguns grupos não estão detalhados. Optamos por essa apresentação


para facilitar sua interpretação, focada em alguns grupos mais
conhecidos.

A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como


paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia
sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos
primeiros estágios de vida.
No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na
classificação, como o uso recente da genética molecular na
comparação de códigos genéticos. Programas de computador
específicos são usados na análise matemática dos dados.
Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado
da Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e
participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto
genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de
dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a
finalização do projeto Árvore da vida.
Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e
molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para
preservar a biodiversidade.
Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan
Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na

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biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade


das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é
desconhecida.

Vamos definir ou organizar as informações?


3. FILOGENÉTICA E CLADOGRAMAS

A Taxonomia (do latim taxon - grupo e nomos - normas) é a ciência


responsável por nomear, descrever e classificar os seres vivos, e serve
de base para disciplinas como a genética, ecologia, ou qualquer outra
na área biológica.
A Sistemática é a área da Biologia que se preocupa, principalmente,
em compreender a Filogenia (história evolutiva das espécies de seres
vivos).
A filogenia só pode ser reconstruída com base em caracteres derivados
compartilhados (características comuns).
Uma filogenia mostra com qual outra espécie (ou grupo de espécies)
uma determinada espécie (ou grupo de espécies) compartilha o
ancestral comum mais recente.

Sistemática Clássica (Lineana)


Proposta por Lineu no século XVIII em seu trabalho Systema Naturae
este sistema de classificação se baseava, principalmente, em
caracteres morfológicos. Além disto propunha sete categorias
taxonômicas básicas: Reino, Filo (Divisão), Classe, Ordem, Família,
Gênero e Espécie.
Exemplo:
Reino Plantae ou Metaphyta
Filo Magnioliophyta
Classe Liliopsida

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Ordem Poales
Família Poaceae
Gênero Avena
Espécie Avena sativa

Aí, pinta a primeira decorebinha importante para estabelecer a


sequência correta para a classificação dos seres vivos:
ReFiCOFaGE.

Veja como funciona esta classificação:

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A Sistemática Clássica exigia muita experiência do cientista para


avaliar quais as características dos organismos que deveriam ser
utilizadas para sua identificação.

Por volta de 1959, um entomólogo alemão chamado Willi Hennig criou


a Sistemática Filogenética ou Cladística, que começou a ser
utilizada depois da publicação dos seus princípios, em inglês, em 1966.
Vejamos mais sobre este cara:
Hennig (1950) Theorie der phylogenetischen systematik. “Seu
objetivo principal é desenvolver a classificação dos organismos
baseada na INFERÊNCIA correta DA CLADOGÊNESE.”
Sua teoria propõe ser capaz de lidar com todos os caracteres gerados
pelos morfologistas de uma vez só, e ainda determinar através de um
meio analítico quais seriam homólogos.
Sua abordagem, hoje conhecida como cladística ou sistemática
filogenética, revolucionou o campo da sistemática.
Atualmente, a técnica é utilizada não somente para reconstruções
históricas de parentesco entre os organismos, mas também como
ferramenta preditiva em estudos epidemiológicos.

Na sistemática filogenética procuramos compreender a evolução dos


seres vivos e criar classificações que reflitam essa evolução.

Professor, o que é filogenética?

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Basta analisar a formação da palavra para entende-la:


Filo (phylon) = tribo, raça, afinidade;
Gene (genetikos) = nascimento, origem;

Poderia conceituar esta sistemática, Wagner?


Claro, meu querido concursando Estratégico:
É o estudo da representação (classificação) dos grupos de organismos
de acordo com suas relações evolutivas (de parentesco). Para o
estabelecimento de tais relações são analisados os caracteres
ancestrais (“primitivos”) e caracteres derivados (“evolutivos”).
Entende-se que a diversidade de seres vivos é resultante de processos
evolutivos e que esses processos ocorrem por anagênese e por
cladogênese.

Virgem, santa mãe!!!! Que seriam estes palavrões?


É meu caro, estes palavrões irão aparecer com muita frequência em
nossa aula. Portanto, é importante que você saiba o que cada um
significa. Vamos ver.

Anagênese: processo pelo qual um caráter surge ou se modifica numa


população ao longo do tempo, sendo responsável pelas novidades
evolutivas nos grupos (fixação de mutações e recombinações gênicas).

Cladogênese: processo responsável pela ruptura de uma população,


gerando duas ou mais populações que não mais se comunicam, não
ocorrendo fluxo gênico entre elas (exemplo: barreiras geográficas).
Vejamos uma ilustração para tentar facilitar seu entendimento:

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As relações evolutivas entre os seres vivos são representadas por


diagramas para facilitar (ou complicar, eheheh) a análise destes
processos. Podem ser “representados” em um tipo de árvore,
denominada de cladograma. (Pode pensar em clado, como um
degrau, ramo).

Nestes cladogramas costuma-se destacar os pontos onde ocorreram os


eventos cladogenéticos e se considera a anagênese como processo que
origina as novidades evolutivas.

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Vamos a mais termos técnicos que você deverá dominar:


Clado = Ramo: são as linhas do cladograma que se destacam os
pontos onde ocorreram os eventos cladogenéticos
Raiz = indica o ancestral comum;
Nós= Ponto de onde partem as ramificações;
Pontos terminais = Final de cada ramo = pode representar táxons
como: espécies, gênero, família.

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O termo técnico utilizado para denominar todo tipo de árvore


filogenética é dendrograma.
Um elemento, nem sempre representado, porém sempre implícito, é a
direção do tempo. Em todo tipo de representação em forma de árvore
filogenética, a ordem de ramificação representa o momento de
isolamento das linhagens, umas em relação às outras.
Na raiz está representado o evento evolutivo mais antigo, e os ter
minais representam eventos recentes.
Em dendogramas do tipo cladograma, os comprimentos relativos dos
ramos não representam unidades de tempo (veja as representações
A, B e C na Figura).

As representações A, B e C nos dizem a mesma coisa em questão de


relação entre os terminais. No caso da representação B, no entanto, os
ramos estão mais quadrados (uma modificação puramente estética do
que está em A), e na C, a única diferença é que os ramos foram
alongados para alinhar os terminais no topo (novamente, uma
modificação estética de A e B), o que pode ser feito já que os
comprimentos relativos não possuem significado temporal.

Interpretando uma árvore filogenética


As árvores filogenéticas são representadas seguindo-se uma série de
convenções. Observe na abaixo uma árvore generalizada.

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Os terminais (A, B, C, D) representam as entidades de estudo. A


entidade de estudo pode ser um indivíduo, populações ou até mesmo
espécies inteiras em um único terminal.
As linhas que saem dos terminais representam os ramos. Os ramos
podem conectar um terminal a outro por um nó (como D a C pelo nó
x), ou um nó a outro mais abaixo (como x a y para os terminais B, C e
D).

Os nós representam ancestrais hipotéticos. No exemplo, o nó x


representa o ancestral hipotético de C e D. O nó y representa o ancestral
hipotético da linhagem representada por C + D e da linhagem
representada por B.
É muito importante frisar que os nós são sempre hipotéticos, e não
representam fósseis. Um fóssil, quando encontrado, é um elemento
conhecido na análise.
Será representado por um terminal na convenção de estudos
filogenéticos (note que C possui uma adaga, representando que é um
indivíduo ou linhagem fóssil).
O nó (z) designa a inserção da raiz, que é uma representação
hipotética da mais antiga linhagem do grupo.

Na filogenética a utilização apenas dos caracteres derivados


privilegia a novidade evolutiva (apomorfia) que cada grupo apresenta
e elimina muitos aspectos compartilhados com outros grupos.
Por exemplo, dizer que: um artrópode se caracteriza por possuir um
cordão nervoso ventral, não o distingue de todos os outros organismos

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protostômios, pois os anelídeos também apresentam esta


característica.
Assim, o cordão nervoso ventral é uma simplesiomorfia em artrópodes,
ou seja, um caráter primitivo compartilhado.
Já a presença de apêndices articulados revestidos por um exoesqueleto
é uma característica exclusiva dos artrópodes e, portanto, uma
sinapomorfia ou caráter derivado compartilhado.

Meu Deus do céu!!!!!! Agora apareceram nomes piores


ainda!!!!!!
Calma, meu camarada. Vou conceituar estes novos nomes para você
e, assim, tirar este pavor de sua mente.
Você viu que apareceram termos como caráter, característica,
apomorfia, etc. Fique tranquilinho e veja o que significam ou como são
conceituados.

Na sistemática filogenética, entende-se que um caráter,


eventualmente, poderá ser modificado na descendência, passando a se
apresentar com variações, que serão subsequentemente, herdadas nas
próximas gerações.

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Desta maneira, o caráter está presente no ancestral exclusivo de todos


os herdeiros, e também em todos os herdeiros, mas nestes com uma
modificação ou variação.
Essa nova variação ou novo estado do caráter é considerado uma
condição derivada, ou seja, surgiu a partir da modificação no estado
do caráter previamente presente na linhagem ancestral.
A condição derivada tem o potencial de servir como determinante para
definir um novo grupo e é chamada apomorfia (do grego apó = longe
de; morph = forma).
Uma apomorfia pode ser exclusiva de apenas um grupo, sendo
chamada nesse caso de autapomorfia (do grego autos = (eu) mesmo;
morph = forma), ou compartilhada por dois ou mais grupos,
chamada sinapomorfia (do grego sýnapsis = ação de juntar; morph
= forma).
Há, no entanto, casos em que o caráter é herdado sem modificação,
falando-se em estado plesiomórfico (do grego plesios = vizinho,
significando próximo; morphé = forma) e não serve para definir um
novo grupo. Quando esse estado plesiomórfico é compartilhado por
mais de um agrupamento é chamado simplesiomórfico.

Resumo da ópera:
Caracteres ancestrais = plesiomorfias.
Caracteres derivados = apomorfias.
Caracteres compartilhados = (sin-).
Simplesiomorfias = caracteres ancestrais compartilhados.
Quando um estado de caráter plesiomórfico é compartilhado por dois
ou mais táxons, o chamamos de SIMPLESIOMORFIA.
Sinapomorfias = caracteres derivados compartilhados
Quando um estado de caráter apomórfico é compartilhado por dois ou
mais táxons, chamamos de SINAPOMORFIA.
Quando somente um dos táxons na árvore possui a condição
apomórfica, chamamos de AUTAPOMORFIA.

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Vamos ver uma representação para tentar clarear:

Na figura os círculos brancos representam a condição primitiva e os


pretos a derivada.

Quer mais nomes? É só pedir....


A Sistemática Filogenética se baseia em sinapomorfias para construir
os cladogramas. Seu objetivo final é uma árvore com base somente
em táxons monofiléticos.

Classificação dos grupos


As sinapomorfias agrupam todos os descendentes de um ancestral
comum.
O grupo formado por todos os descendentes de um ancestral
comum em uma filogenia é chamado de MONOFILÉTICO (uma
origem). Esse grupo é caracterizado por sinapomorfias.

Grupo Parafilético = grupo que contém alguns, mas nem todos os


descendentes de um ancestral comum. Ou seja: o grupo não inclui

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todos os descendentes de um ancestral. Esse grupo é


caracterizado por simplesiomorfias.

Grupo Polifilético (várias origens) = grupo formado por organismos


com vários ancestrais.
Agrupa táxons filogeneticamente distantes com base em homoplasias
é chamado de POLIFILÉTICO ou ARTIFICIAL.
Objetivo dos sistemas com esse grupo é investigá-lo e reclassificá-lo
como grupo monofilético.

O que é grupo-irmão?
É o grupo monofilético mais próximo de outro grupo monofilético.
Os dois grupos-irmãos compartilham um ancestral comum exclusivo.

Vejamos

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Quer mais termos?

Em resumo:

Vamos analisar alguns aspectos sobre a árvore filogenética.

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Nesse caso o decorrer do tempo deve ser analisado da esquerda para


a direita.

As árvores filogenéticas foram criadas visando a organização das


espécies em grupos monofiléticos, ou seja, aqueles que incluem um
ancestral e todos os seus descendentes, sem exceção.
A sistemática filogenética não trabalha, por exemplo, com grupos
parafiléticos, onde nem todos os descendentes de um ancestral
comum são incluídos.

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Grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos. (Extraído de Sadava


et al., 2002)

Exemplo de árvore filogenética. (Extraído de Campbell et al., 2010)

Vamos dar um exemplo para tentar elucidar como se constrói um


cladograma.
Supondo que o quadro abaixo nos informa os caracteres apresentados
por diferentes grupos. Vamos tentar montar o cladograma em função
desta tabela. As cores se referem a caracteres em cada grupo a partir
do grupo externo, no sentido temporal A, B, C e D.

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Ressaltando que o grupo externo – é o grupo de seres vivos


aparentados, que surgiram antes da história evolutiva de um
determinado grupo analisado. É a raiz do cladograma.

Tente montar o cladograma. Se não tentar fica mais difícil de entender.


Mesmo que você erre, vale a pena tentar.
Vou tentar explicar só o começo da brincadeira.
O grupo externo é o a raiz do nosso cladograma (é o indivíduo sem
modificações em caráter, digamos assim (todos os quadrinhos de
caráter apresentam a cor branca).
Perceba que o grupo A é o mais próximo do grupo externo (primitivo).
Pois tem várias vezes a presença do caráter de cor branca, mas, já
apresenta um novo caráter (cor vermelha). Logo, tivemos uma
“mudança” e devemos abri um nó.
Na sequência, o grupo B é mais “parecido” com o grupo A (pois
apresenta o caráter vermelho. Mas já apresenta outra mudança, devido
à presença do caráter em cor verde). Logo, ele sucede o grupo B na
escala evolutiva ou adaptativa.
Após montar o cladograma veja se chegou a esta situação:

PRINCÍPIO DA PARCIMÔNIA

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A Sistemática Filogenética identifica e reúne os caracteres derivados


em uma matriz de dados.
Nesta matriz, as características precisam ser polarizadas, ou seja:
- aquelas que mais se parecem com o ancestral recebem o número 0
e
- as mais derivadas recebem números subsequentes (1, 2, 3).
Esse processo é feito comparando os grupos da análise com um ou
mais grupos externos.
A escolha do grupo externo também segue alguns princípios previstos
na metodologia, embora, em síntese, possa ser qualquer outro
organismo vivo.

Representação de três táxons (A, B, C) de um grupo hipotético de


animais comparados ao táxon que representa o grupo-externo.

Característica "dedos nas patas": 0 = ausentes; 1 = presentes.


Característica "antenas": 0 = ausentes; 1 = presentes.

A matriz de dados ilustra a transformação dos estados desses dois


caracteres nos três táxons (A, B e C).
Os caracteres listados correspondem a ausência ou presença de dedos
nas patas e de antenas nesses animais.
Matriz de Dados e polarização dos caracteres:

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Através de procedimentos matemáticos (algoritmo), com o uso de


programas para computador (Hennig 86, PAUP, TNT), produz-se
árvores filogenéticas ou cladogramas, que representam as relações de
parentesco dos organismos analisados, ou seja, as relações
filogenéticas.

Exemplo de árvore filogenética (cladograma) gerada a partir da análise


da matriz de dados.
O cladograma acima apresenta dois passos (L), ou seja, cada caráter
mudou de estado apenas uma vez.
O caráter 1 mudou do estado zero para o estado 1, o que significa um
passo,
O caráter 2 mudou de zero para um, mais um passo no cladograma
Caráter 1: 0 1 e Caráter 2: 0 1 / L= 2.

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Se o número de características e de grupos analisados for pequeno,


esse procedimento pode ser feito manualmente, sem a ajuda de um
programa de computador.
No entanto, quando o número de táxons (grupos) e caracteres é
grande, os programas auxiliam o pesquisador a encontrar as árvores
com o menor número de passos evolutivos, seguindo o Princípio da
Parcimônia. Isto significa escolher a árvore que apresenta melhor
resolução.
A Sistemática Filogenética nunca parte do princípio de que o exemplar
em mãos é o ancestral e sim apenas um táxon relacionado (com certo
grau de parentesco) aos demais estudados.

Vamos detalhar mais


Princípio da parcimônia
Marcar o menor número possível de passos no cladograma:
características que ocorrem em um número maior de organismos são
as primeiras a serem colocadas no cladograma a partir da raiz e assim
sucessivamente.
O princípio da parcimônia sugere que uma determinada característica
derivada deve ter surgido uma única vez na evolução. Por isso deve
ser apontada no cladograma uma única vez.

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Usos da filogenia
Utilizações diversas e crescentes:
- Estudo comparativo.
- Testar hipóteses biogeográficas.
- Inferir informações “extintas”.
- Rastrear evolução de doenças.
- Casos criminais.

APROFUNDANDO (muito importante ler)


Tipos de dados utilizados em inferência filogenética

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Tradicionalmente, dados provenientes de estudos morfológicos e


anatômicos são utilizados para a reconstrução filogenética. Tipicamente,
cientistas observam uma grande quantidade de espécimes
representando diferentes linhagens (linhagens podem ser espécies ou
populações).
Em cada espécime, são observados vários caracteres morfológicos e
anatômicos, e estes são registrados em uma grande tabela chamada
matriz de caracteres.
A matriz de caracteres é então analisada de modo a tentar definir os
estados derivados de cada caráter (apomorfias) e transpor isso com
parcimônia para um cladograma.
Esta análise é feita por um algoritmo que tenta reconciliar as mudanças
de estado observadas na matriz com uma árvore filogenética que
explique tais mudanças da maneira mais simples possível.

Um algoritmo é uma série de instruções dadas à um computador ou a


um ser humano de maneira que permita resolver problemas de um
certo tipo. Pode-se fazer uma analogia com uma receita de bolo: o
problema é fazer o bolo, o meio de resolvê-lo é seguindo a receita.
Algoritmos são, então, protocolos seguidos passo-a-passo, em geral
por um computador, para completar o problema em questão, no caso,
encontrar a árvore filogenética mais simples

Atualmente, os cientistas analisam também caracteres moleculares, ou seja,


sequências de genes. Os dados moleculares possuem um poder
comparativo muito abrangente, pois todos os organismos vivos
compartilham da mesma organização do material genético. Neste caso,
cada sítio observado em uma dada sequência é considerado um caráter.
Sequências genéticas (nucleotídeos e aminoácidos) de diferentes
organismos devem primeiramente ser alinhadas utilizando programas
(software) específicos.

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Após o alinhamento, e tratando cada sítio como um caráter homólogo,


utilizam-se algoritmos de reconstrução filogenética de maneira bastante
semelhante aos utilizados em reconstruções filogenéticas baseadas em dados
morfológicos.
Com o advento de métodos de sequenciamento cada vez mais baratos,
hoje em dia existe enorme quantidade de organismos com seus genomas
completamente sequenciados.
Os filogeneticistas atualmente conseguem alinhar genomas inteiros em
busca de sítios homólogos, em um novo tipo de estudo chamado
filogenômico, ou seja, combinando técnicas da filogenética com a área
da genômica.
Estudos filogenômicos analisam milhões de sítios, para centenas de espécies
e levam meses para serem completados, mesmo utilizando os mais
avançados computadores.
Outro tipo muito comum de árvore filogenética, que se desenvolve
na atualidade, são as baseadas em evidência total, ou seja, combinando
dados moleculares e morfológicos em uma mesma reconstrução. Este
tipo de reconstrução é o mais interessante do ponto de vista teórico. No
entanto, apresenta grande desafio computacional.

Utilização da metodologia e principais limitações


Os métodos desenvolvidos pela sistemática filogenética são muito
poderosos, e hoje são utilizados em diversas áreas do conhecimento,
tanto nas áreas de ciência básica como de ciência aplicada.
As disciplinas da biologia molecular, genética, evolução, desenvolvimento,
comportamento, epidemiologia, ecologia, biologia da conservação e
ciências forense são todas conceitualmente unificadas pela aplicação da
metodologia da sistemática filogenética. Por exemplo, alguns cientistas
utilizam métodos baseados em sistemática filogenética para entender
melhor como a biodiversidade se desenvolve, aprimorando estimativas
de números de espécies em certas localidades e permitindo melhor

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conhecimento de causa ao criar legislação visando conservação de


espécies. Outro uso muito comum é na área de epidemiologia, para
criação de vacinas mais eficientes.
Anualmente, a Organização Mundial da Saúde reformula a vacina
contra a gripe, pois o vírus tem alta taxa de mutação. Para determinar
quais linhagens devem ser utilizadas na fabricação de novas vacinas, são
feitas análises filogenéticas que auxiliam no processo de determinação de
quais linhagens são mais comuns no ano em particular e, portanto, devem
ser mais representadas na mistura viral utilizada na vacina.
Ainda assim a sistemática filogenética possui algumas limitações.
Como já discutimos, a metodologia cladística assume que a herança dos
caracteres (e genes) ocorre de maneira vertical. Hoje em dia sabemos
que isto não é necessariamente verdade para uma série de genes,
especialmente em bactérias, que realizam muita transferência lateral de
genes.
Eventos de hibridização (como por exemplo, a endossimbiose que deu
origens às mitocôndrias) também não podem ser computados
utilizando-se métodos cladísticos. Estas limitações tendem a ser
incorporadas eventualmente. Porém por enquanto, devem ser levadas
em conta ao realizar estudos filogenéticos.

Resumindo o assunto
A sistemática filogenética é uma disciplina que se desenvolveu da
curiosidade humana e, com o tempo, se tornou uma metodologia
unificadora em toda a biologia. Atualmente, alguns dos programas de
computador mais potentes são desenvolvidos para resolver problemas
filogenéticos, e a metodologia já começa a ser usada em outras
disciplinas.
A interpretação de árvores filogenéticas é um conceito básico para
compreensão de teorias biológicas contemporâneas, assim como um
entendimento qualitativo sobre os métodos utilizados para a
reconstrução histórica.

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Apesar dos grandes avanços, a sistemática filogenética (assim como toda


metodologia científica) possui limitações, em especial em relação à
transferência lateral de genes, e deverá ser modificada nos próximos
anos para incorporar novas descobertas biológicas. A síntese evolutiva
moderna, que divide a vida em três grandes domínios, não seria
possível sem o desenvolvimento da sistemática filogenética em
conjunto com a biologia molecular.

4. QUESTÕES

01. (2015 – FUNRIO – UFRB - Técnico de Laboratório). O


entomólogo alemão Willi Hennig pode ser considerado o “pai” da
Sistemática Filogenética, a qual é uma escola de classificação que
desenvolveu um método objetivo para testar as hipóteses de
relacionamento evolutivo entre os diferentes grupos de seres vivos.
Com relação à Sistemática Filogenética são feitas as afirmativas
abaixo:
I) Os caracteres a serem considerados nesta escola de classificação
tem de ser obrigatoriamente homólogos.
II) Um clado ou grupo é definido por condições derivadas dos
caracteres (“novidades evolutivas”) denominados sinapomorfias.
III) Esta escola de classificação não incorpora, nem se baseia na
teoria da Seleção Natural.
IV) Grupos naturais ou monofiléticos são aqueles constituídos por
organismos que descendem de diferentes ancestrais, ou seja,
organismos que não apresentam ancestral comum exclusivo.
V) Para se determinar se a condição de um dado caracter é primitiva
ou derivada, é comum utilizarmos a comparação com um ou mais
grupos externos.
Considerando as proposições acima, conclui-se que estão corretas:

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a) I, II, III, IV e V.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e V, apenas.
d) II e III, apenas.
e) IV e V, apenas.
Resolução:
Vamos buscar o erro nas afirmativas III e IV:
III) Esta escola de classificação não incorpora, nem se baseia na
teoria da Seleção Natural. A classificação incorpora os aspectos
gerados pela Seleção Natural.
IV) Grupos naturais ou monofiléticos são aqueles constituídos por
organismos que descendem de diferentes ancestrais, ou seja,
organismos que não apresentam ancestral comum exclusivo.
Apresentam ancestral comum.
Resposta: C.

02. A respeito do esquema abaixo, assinale a alternativa correta.

a) Cavalo e zebra pertencem a gêneros diferentes.


b) As antas apresentam maior parentesco evolutivo com os cavalos do
que com os rinocerontes.
c) O parentesco evolutivo entre cavalo e zebra é maior do que entre
rinocerontes de um chifre e rinocerontes de dois chifres.
d) As antas pertencem à mesma família dos rinocerontes.
e) Todos os animais citados pertencem à mesma família.
Resposta: C.

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03. (2010 – FGV – FIOCRUZ - Tecnologista em Saúde - Zoologia


Médica). No livro, a Origem das Espécies, Darwin discorre por todos
capítulos sobre evidências para a evolução das espécies, mas sem
sequer mencionar a palavra evolução. Apenas no final do livro, no
último capítulo, a última frase do texto, ele diz: “Existe uma
grandeza nesta forma de enxergar a vida... enquanto o planeta foi
se movendo de acordo com a lei da gravidade, de um início tão
simples, infinitas formas, tão belas e tão maravilhosas evoluíram e
continuam a evoluir”. Leia as seguintes afirmativas sobre Darwin e
evolução.
I. O contexto evolutivo que Darwin propunha era uma nova maneira
de enxergar a diversidade e organizá-la sistematicamente com base
na ancestralidade comum entre os seres vivos.
II. Darwin sabia que a palavra evolução estaria sendo ligada a
progresso e a outros conceitos que considerava errôneos sobre o
tema, tal como a teoria do uso e desuso de Lamarck e queria
desvencilhar seu livro de tais conceitos.
III. A geração da variabilidade é aleatória, mas sua sobrevivência e
sua distribuição na diversidade biológica não são, o que dá à Biologia
o poder de previsibilidade.
a) se apenas a afirmativa I estiver certa.
b) se apenas a afirmativa II estiver certa.
c) se apenas as afirmativas I e II estiverem certas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem certas.
e) se todas as afirmativas estiverem certas.
Resolução:
Todas as afirmativas estão de acordo com as teorias de Darwin.
Resposta: E.

04. Ordene as categorias de classificação biológica de modo


descendente e assinale a alternativa correta:
a) Reino, Classe, Filo, Ordem, Família, Gênero, Espécie.

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b) Reino, Classe, Filo, Ordem, Gênero, Família, Espécie.


c) Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie.
d) Reino, Filo, Ordem, Classe, Família, Gênero, Espécie.
e) Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Espécie, Gênero.
Resposta: C.

05. Em um trabalho de pesquisa, foram classificados dois mosquitos


como sendo: 'Aedes (Stegomyia) aegypti' e 'Anopheles (Myzomya)
gambiae'.
O grau de semelhança entre esses mosquitos permite que sejam
colocados no(a) mesmo(a)
a) espécie
b) subespécie
c) gênero
d) subgênero
e) família
Resposta: E.

06. O cão doméstico ('Canis familiaris'), o lobo ('Canis lupus') e o


coiote ('Canis latrans') pertencem a uma mesma categoria taxonômica.
Esses animais fazem parte de um(a) mesmo(a):
a) gênero
b) espécie
c) subespécie
d) raça
e) variedade
Resposta: A.

07. Ordene as categorias de classificação biológica de modo


ascendente e assinale a alternativa correta:
a) Espécie, Gênero, Ordem, Família, Classe, Filo, Reino.
b) Espécie, Gênero, Família, Ordem, Classe, Filo, Reino.

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c) Espécie, Gênero, Ordem, Classe, Família, Filo, Reino.


d) Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie.
e) Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Espécie, Gênero.
Resposta: B.

08. Examine a árvore filogenética adiante:

Esperamos encontrar maior semelhança entre genes de


a) bactéria e protozoário.
b) peixe e baleia.
c) baleia e pássaro.
d) estrela-do-mar e ostra.
e) ostra e coral.
Resposta: C.

09. (2013 – CESPE - SEE-AL - Professor - Biologia). Do ponto de


vista metabólico, o cérebro humano é um órgão dispendioso, pois
ele é o responsável por 20% do gasto total de energia, embora
represente apenas 2% do peso total do corpo. A evolução para
cérebros cada vez maiores é uma tendência marcante em toda a
ordem dos primatas, o que culminou na espécie humana, cujo
cérebro tem um volume desproporcional em relação ao tamanho do
corpo. F.M. Salz. DNA: e eu com isso?
Oficina de textos, 2005 (com adaptações).

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Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os


múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens que se seguem.
De acordo com o mecanismo evolutivo proposto por Darwin, é
correto afirmar que o cérebro tornou-se cada vez maior para
possibilitar a aquisição do raciocínio complexo e, assim, atender às
pressões seletivas do ambiente que determinaram as mudanças
necessárias à sobrevivência das espécies.
Resolução:
Dizer que "o cérebro tornou-se cada vez maior para possibilitar a
aquisição do raciocínio complexo" é o mesmo que dizer que a evolução
ocorre para uma finalidade, o que é equivocado, uma vez que a
evolução não tem um caminho certo a percorrer.
Resposta: Errado.

10. (2008 – CESPE - SEPLAG-DF - Professor - Biologia).


Considerando a estrutura hierárquica da classificação biológica, julgue
o item que se segue.
Organismos de uma mesma ordem compartilham uma proximidade
filogenética muito maior do que a compartilhada por organismos
pertencentes à mesma família.
Resolução:
Quanto mais nos “afastamos” na sequência de classificação dos
organismos (ReFiCOFaGE) maiores são as diferenças observadas. As
maiores semelhanças são observadas dentro da mesma família, ente
os casos mencionados.
Resposta: ERRADO.

11. (2014 – VUNESP - SAAE-SP - Biólogo). Observe a classificação


dos seres vivos proposta por Carl Woese.

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A partir da análise do cladograma, é possível afirmar:


a) os integrantes do grupo Monera são monofiléticos.
b) o táxon Bactéria é parafilético.
c) o táxon Bacteria é o mais próximo do táxon Eukarya.
d) os integrantes do táxon Eukarya são parafiléticos.
e) o táxon Archaea é um grupo irmão do táxon Eukarya.
Resolução:
Grupo irmão (sister group): é o grupo externo que compartilha o mais
recente ancestral com o grupo interno. Observe que apresentam um
nó em comum. Ou seja: partem de mesmo nó.

Resposta: E.

12. (2015 - IF-SP - IF-SP - Professor - Biologia). O Reino Vegetal


pode ser classificado nos seguintes grupos: Briófitas, Pteridófitas,
Gimnospermas e Angiospermas. Como todos os seres vivos, as
plantas também são sujeitas aos mais diversos processos evolutivos
e, por isso, existem inovações morfofisiológicas ou fatores
evolutivos entre os grupos, que colaboram com a adaptação vegetal
aos mais variados ambientes, especialmente os terrestres. O
cladograma a seguir revela as principais inovações morfofisiológicas
ou fatores evolutivos entre os grupos vegetais, representadas pelas

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letras A, B e C. Analise-o e assinale a alternativa que indica um fator


evolutivo que contribuiu para a independência da água na
fecundação dos vegetais.

a) É o representado pela letra B, correspondente as sementes.


b) É o representado pela letra C, correspondente ao fruto.
c) É o representado pela letra B, correspondente ao tubo polínico.
d) É o representado pela letra A, correspondente aos vasos condutores
de seiva.
e) É o representado pela letra C, correspondente às flores.
Resolução:
O advento do tubo polínico foi acompanhado da perda dos flagelos dos
gametófitos, que são fundamentais para a locomoção dos gametas de
Briófitas e Pteridófitas em meio líquido em direção aos arquegônios dos
megagametófitos.
Resposta: C.

Bons estudos.
Prof. Wagner Bertolini

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