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REVISÃO DE LITERATURA

TEMA: TRAUMATISMOS DENTÁRIOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

RESUMO:

INTRODUÇÃO:

O traumatismo dentário, nas ultimas décadas, tornou-se um dos principais


problemas de saúde pública no Brasil principalmente após a significativa redução
dos casos de cárie. Suas causas podem variar indo desde quedas e pancadas,
normalmente associados a atividades esportivas, até acidentes automobilísticos.
Injúrias ao dente e à face podem aparecer na forma de pequenas fraturas a
casos mais graves, contribuindo, em certas ocasiões, à dificuldade de fonação e
mastigação. O traumatismo é um problema bucal frequente em crianças e
adolescentes, sendo que quando este acomete os dentes anteriores são mais
frequentemente observados em crianças. Além disso, problema ganha destaque
visto que afeta diretamente a qualidade de vida das crianças e adolescentes,
este não se restringe apenas ao dano físico, mas também abrange aspectos
psicológicos, estéticos e sociais, podendo levar em alguns casos à problemas
de relação e interação social.

METODOLOGIA:

Este trabalho é uma revisão de literatura no qual foi utilizado como base
cinco artigos provenientes da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e do banco de
dados SciELO, dando enfoque tanto para artigos que abordassem aspectos
gerais, como para os específicos com relação à traumas dentários em crianças
e adolescentes. Foram utilizadas as seguintes palavras-chaves: traumatismo
dentário, crianças, adolescentes, Brasil. Os artigos apresentam um período de
publicação que varia de 2004 a 2013.

DESENVOLVIMENTO:

-FATORES QUE AFETAM A OCORRENCIA DE TRAUMATISMOS

O traumatismo dentário pode apresentar fatores bastante diversos que


afetem sua ocorrência em crianças e adolescentes. O gênero, por exemplo, pode
ser algo bem influente nesse caso. Oliveira et al. (2013) expõe em seu artigo que
os meninos apresentam uma tendência duas vezes maior a sofrer traumas
dentários em comparação com as meninas, essa situação decorre
provavelmente devido à maior participação daqueles em atividades físicas mais
fortes como esportes de contato físico sem apropriada proteção, e brincadeiras
mais violentas. Esse ponto de vista também é compartilhado, de forma bastante
semelhante, pelo Traebert et al. (2004) e Traebert e Claudino (2012), este,
porém, em seu artigo aborda que alguns estudos não mostram as diferenças de
prevalência associada ao gênero e que, além disso, em um dos estudos o
número de casos para as meninas foi maior demonstrando o aumento da prática
de esportes de risco para esse sexo.

A cobertura labial inadequada em crianças é outro fator que pode


aumentar a possibilidade de ocorrências de traumas dentários quando
comparados àqueles com cobertura adequada, apresentando, portanto, uma
maior prevalência desse grupo, isso pode ser observado nos artigos de Pedroni,
Barcellos e Miotto (2009) e de Traebert et al. (2004). Além disso, Oliveira et al.
(2013) ressalva que como a maioria das ocorrências dos traumas ocorrem na
casa da criança, é provável que a falta de atenção ou de tempo dos pais
contribua para a ocasionar esse problema, e é possível unir isso ao fato de que
as crianças passam a maior parte do dia em casa.

Traebert e Claudino (2012) em seu artigo trazem outra perspectiva sobre


os fatores que levam aos traumatismos, ampliando-os para sua correlação com
interações sociais. Ocasiões como “acidentes” ou “eventos aleatórios” devem ser
analisados não somente um fator de risco biológico como, por exemplo, uma
simples queda ou colisão, mas a ocorrência do evento pode estar relacionada
com um caso menor de violência, brincadeiras rudes, incidentes violentos ou
bullying, apresentando, assim, a ação de outras pessoas.

Outra questão abordada no artigo é a possível associação do


ambiente/estrutura familiar, no qual a criança vivia, e a ocorrência de
traumatismos. As estruturas e relações internas e externas presentes na família,
de acordo com estudos brasileiros, apresentam papeis importantes na
determinação do traumatismo dentário. Viver com pais adotivos pode ser
inserido nessa situação, de mesmo modo os adolescentes que passaram por
ambientes psicossociais adversos durante a vida. Indo de contra à essa
perspectiva, o artigo mostra que estudos realizados entre 2002 e 2006 afirmam
não haver relação entre estrutura familiar e predomínio de traumatismo dentário.

A relação entre a situação socioeconômica como um fator que pode


influenciar no evento do traumatismo dentário pode ser observado nos artigos
de Traebert et al. (2004) e Traebert e Claudino (2012). Ambos os artigos
ressaltam que no Brasil e em países em desenvolvimento são as crianças de
condição socioeconômica mais alta que apresentam o maior risco de sofrerem
traumas dentários. Essa situação pode estar relacionada ao maior acesso
dessas crianças à bens e equipamentos de lazer que não podem, muitas vezes,
fazer parte do cotidiano daquelas com situação socioeconômica desfavorecida.
O segundo artigo vai mais além ressaltando que mesmo as crianças de famílias
mais afluentes podem estar sujeitas a ambientes físicos poucos seguros para as
suas atividades, como brincadeiras e esportes o que é algo bastante relevante
na ocorrência de traumatismos dentários. Todavia, o primeiro artigo mostra,
também, que os resultados dos estudos brasileiros podem se apresentar
divergentes quando se trata de condição socioeconômica e traumas dentários,
não havendo, assim, um padrão premeditado e os resultados são sujeitos a
variarem dependendo da situação.

-TRATAMENTO

Segundo Pedroni, Barcellos e Miotto (2009), fraturas no esmalte e na


dentina são os tipos de traumatismo dentário mais frequentes, sendo que as
principais complicações após uma fratura coronária relacionam-se com a
localização da fratura em relação à polpa e com o risco de penetração por
bactérias ou toxinas bacterianas na dentina até a polpa. Além disso, há uma
maior prevalência de traumatismos dentários em meninos. Os incisivos
superiores normalmente são os dentes mais afetados, isso se deve
principalmente à posição anatômica mais exposta, porém também está
correlacionado ao fato de sua erupção ocorrer em um período bastante
susceptível a lesões. Os tratamentos mais realizados utilizaram de resina
composta.

“O sucesso ou o fracasso do tratamento dos traumas dentários depende


de condutas apropriadas ainda no local do acidente, fatores que, em geral, estão
fora do controle dos profissionais. ” (OLIVEIRA et al., 2013). Ainda de acordo
com ele, o tratamento depende essencialmente do primeiro atendimento e o
decorrer disso pode contribuir para o aumento ou diminuição de sequelas
ocasionadas pelo trauma dentário, no entanto esse, em sua maioria, é feito por
pais / responsáveis os quais demonstraram ser bastante leigos nas condutas de
emergência. No estudo realizado houve ainda a presença de uma prevalência
de condutas apropriadas e maior conhecimento associadas ao grau de
escolaridade em responsáveis/ pais com maior escolaridade, todavia, isso não
foi observado nos procedimentos imediatos, logo é mais relacionado ao acesso
a uma educação específica com relação aos traumas dentários, do que grau de
escolaridade.

Traebert e Claudino (2012) ressalvam em seu trabalho que “[...] a


necessidade de tratamento normalmente é menor do que a proporção de dentes
que apresentam traumatismo dentário. ”, como a maioria das fraturas
caracteriza-se pela não necessidade de tratamento. Normalmente poucos são
os casos nos quais há a necessidade de uma intervenção mais acentuada, já
que em sua maioria os casos se restringem a uma pequena fratura no esmalte,
a qual usualmente é tratada a partir da realização de restaurações estéticas com
uso de resina composta. Porém, de acordo com Traebert et al. (2012), há a
existência de negligência, em certos casos, no tratamento de traumatismo
dentário por parte dos profissionais a qual segundo eles pode ser causada pela
falta de preparo dos cirurgiões dentistas ao trabalhar como traumatismo dentário,
o acesso ao serviço odontológico e, por fim, a não devida atenção dos pais ao
evento tendo em vista que o traumatismo dentário não é uma doença.

Pedroni, Barcellos e Miotto (2009), também abordam em seu trabalho que


há a presença de maiores índices de casos de traumatismos não-tratados nos
países em desenvolvimento, podendo isto estar relacionado de mesmo modo
com as lesões no esmalte dentário, além de provavelmente associado a
empecilhos como, por exemplo, aspectos culturais. Ademais há uma frequência
maior de tratamento realizado em meninas provavelmente por conta de uma
percepção maior dos pais/responsáveis. (REVISAR)
-IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA

A aparência do corpo, especialmente a face, desempenha um


papel fundamental nas relações humanas, sendo olhos e boca
os componentes mais comumente associados à atração física,
atuando como elementos-chave nas interações sociais e na
determinação do sucesso pessoal. (PEDRONI, BARCELLOS e
MIOTTO, 2009, p. 108)

O traumatismo dentário pode afetar a qualidade de vida de um paciente


de diversas formas. Segundo Antunes, Leão e Maia (2012), crianças com dentes
fraturados apresentam uma maior dificuldade em comer, sorrir, limpar os dentes,
não gostam de encontrar pessoas, além de ficarem mais envergonhadas. Isso
causa um impacto direto nas relações sociais por que essas crianças
demonstram ser mais insatisfeitas com a aparência do que aquelas que não
apresentam a injúria. Logo, os traumas dentários podem afetar diretamente o
bem-estar social e o bem-estar emocional das crianças, sendo que àquelas com
injúrias não tratadas apresentam maior risco de impacto social negativo,
limitação física e funcional na sua rotina diária.

Mesmo que a restauração tenha ocorrido de maneira eficiente, ainda


restarão certas consequências do trauma. Adolescentes, apesar de terem
recebido tratamento adequado, em comparação a outros sem história de trauma
dentária apresentam maior prevalência de impacto na vida social diária. Em caso
de uma lesão traumática nos incisivos permanentes, as meninas tendem a ser
afetadas na qualidade de vida em maior quantidade que os meninos.

CONCLUSÃO:

A partir deste trabalho foi possível avaliar os principais fatores que levam
ao traumatismo dentário em crianças e adolescentes, seu tratamento e de que
forma ele afeta a qualidade de vida dos pacientes. Apesar da utilização de
poucos artigos foi possível obter uma visão geral sobre o tema.
REFERÊNCIAS:

TRAEBERT, J.; CLAUDINO D. Epidemiologia do traumatismo dentário em


crianças: a produção científica brasileira. Pesq Bras Odontoped Clin Integr.
João Pessoa-PB, V.12, n.2, p.263-72, 2012.

TRAEBERT, J et al. Prevalência, necessidade de tratamento e fatores


predisponentes do traumatismo na dentição permanente de escolares de 11 a
13 anos de idade. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro-RJ, V.20, n.2, p. 403-
410, 2004.
OLIVEIRA M. J. L. de et al. Análise do Conhecimento dos Pais/Responsáveis
pelas Crianças Atendidas na Clínica Infantil da Unimontes sobre Traumatismos
Dentários. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. João Pessoa-PB, V.13, n.2,
p.189-96, 2013.
PEDRONI L. B. G.; BARCELLOS, L. A.; MIOTTO, M. H. M. de B. Tratamento
em dentes permanentes traumatizados. Pesq Bras Odontoped Clin Integr,
João Pessoa-PB, V.9, n.1, p.107-112, 2009.
ANTUNES, L. A. A.; LEÃO, A. T.; MAIA, L. P. Impacto do traumatismo dentário
na qualidade de vida de crianças e adolescentes: revisão crítica e instrumentos
de medida. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, p.3417-3424, 2012.

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