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A fuga à paternidade afecta a sobrevivência e o desenvolvimento das

crianças angolanas. Um dos exemplo é o registo de nascimento. Em Angola,


apenas uma em cada quatro crianças com menos de 5 anos são registadas,
de acordo com o Recenseamento Geral da População e Habitação de
Angola (Censo 2014).

Um estudo realizado como parte do Programa Nascer com Registo mostrou


que a fuga à paternidade é uma das causas desse baixo número.

A falta de registo tem consequências graves no acesso a outros direitos como


a educação, saúde, protecção e o desenvolvimento da criança.

Um pai responsável é um pai presente na vida da criança, paciente e


carinhoso. É um pai que regista a sua criança e participa do seu
desenvolvimento, ou seja, acompanha a criança no momento da vacina,
acompanha as tarefas da escola, educação com paciência e participa dos
momentos de lazer

A perda de valores morais por parte de certos progenitores tem sido a causa
de muitos casos de fuga à paternidade registados no país, disse, ontem, à
Angop, a psicóloga Maria Inocência.

A perda de valores morais por parte de certos progenitores tem sido a causa
de muitos casos de fuga à paternidade registados no país, disse, ontem, à
Angop, a psicóloga Maria Inocência.
Maria Inocência afirmou que a fuga à paternidade e a perda de valores
morais têm influenciado negativamente o desenvolvimento da criança.
A falta de um elemento da família, particularmente o pai, frisou, causa à
criança um desvio de conduta, criando nela um sentimento de rejeição por
todos que a rodeiam. Além disso, referiu, provoca-lhe traumas e reduz-lhe a
auto estima, deixando-a vulnerável a várias situações.
A infância, lembrou, determina toda a vida do ser humano e por isso deve ser
bem instruída e encaminhada pelos pais.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Direito do Ambiente
2019
O jurista Porfírio Mambo declarou que uma criança que convive com a falta
de responsabilidade dos pais é propensa a tornar-se num indivíduo em
conflito com lei.
Uma das sanções da fuga à paternidade é a inibição da prática de poderes
que integram a autoridade paternal, salientou.

A directora do Gabinete Provincial do Huambo da Acção Social, Família e


Igualdade do Género, Frutuosa de Jesus Cassinda, disse ontem, ao Jornal de
Angola, que a instituição registou, desde Janeiro, 870 casos de fuga à
paternidade, incluindo ainda casos de abandono do lar e não prestação de
alimentos.

Ângulo do Huambo onde decorrem acções de sensibilização

Fotografia: Francisco Lopes | dições Novembro

“Há crianças a serem abandonadas no Jardim da Cultura, no centro da


cidade. A perda de valores morais e cívicos, por parte de alguns progenitores
é uma das causas para o número crescente de casos de fuga à
paternidade”, disse Frutuosa de Jesus Cassinda, para acrescentar que os
casos de fuga à paternidade “nem sempre resultam da falta de amor, de
condições económicas para suportar um lar”, mas “estão também ligados à
promiscuidade das raparigas, que mantêm várias relações amorosas,
propiciando o surgimento de desconfiança e a negação de uma eventual
gravidez”.

O aprofundamento do diálogo dos pais com os filhos, diz Frutuosa de Jesus


Cassinda, deve ser um esforço constante, no âmbito do combate à fuga à
responsabilidade paternal, por ser um fenómeno que preocupa a sociedade,
pelo que defende maior sensibilização dos parceiros a manterem uma
relação saudável.

Nos casos de abandono de menores pelos progenitores, o gabinete,


assegurou, tem um programa de protecção dos direitos da criança, em que
se desenvolve, com a colaboração da Igreja Católica e dos lares SOS e Lar
Pequeno, um trabalho de fortalecimento da reunificação familiar.
Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Direito do Ambiente
2019

Em 2018, mais de 100 crianças foram reunificadas às suas famílias, mas muitas
delas conseguiram fugir, por receio de sofrem violência doméstica, pelo que
foram inseridas em famílias substitutas.

Os casos de violência doméstica, aponta, têm estado a reduzir


consideravelmente, o que leva a concluir que “as pessoas estão a ganhar
consciência deste mal”.

Frutuosa Cassinda lamenta, no entanto, que os casos de violência psicológica


têm aumentado, considerando ser necessário desenvolver um trabalho árduo
para estancar estas situações condenáveis por lei. Lamentou o índice de
prostituição que se regista no Huambo, que tem aumentado, com realce
para a presença de menores de 12 anos.

Perda de valores morais é uma das causas de fuga à paternidade


Luanda - A perda de valores morais de muitos progenitores têm sido uma das
causas de alguns casos de fuga à paternidade registados no país, afirmou
hoje (quarta-feira), em Luanda, a psicóloga Isabel Panzo.



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De acordo com a especialista, que abordava a questão relativa à fuga à


paternidade numa palestra realizada pelo Instituto Angolano da Juventude, a
perda de valores morais tem levado muitos pais a tomarem decisões
irresponsáveis, influenciando negativamente no desenvolvimento da criança.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite


Frisou que a falta de um membro da família, particularmente o pai, causa à
criança um desvio de conduta, criando um sentimento de rejeição por todos
que a rodeiam.

Acrescentou que também provoca traumas e reduz a auto-estima em tudo


que faz, deixando-a vulnerável a diversas situações.

Para si, o pai tem um papel preponderante na vida da criança, servindo


como exemplo, apelando maior responsabilidade aos mesmos.

Direito do Ambiente
2019

“São necessárias grandes campanhas, trabalhar mais com as famílias, para


que possamos devolver aqueles valores que hoje estão em crise, porque se a
nossa base de valores for bem segmentada, situações dessa natureza já não
teremos” salientou.

Segundo a psicóloga, a infância determina toda vida do ser humano, por isso,
deve ser bem instruída e encaminhada pelos cônjuges.

Por sua vez, o jurista Patrício Mambo defende que uma criança que convive
com tal situação (fuga à paternidade) está propensa a tornar-se num
indivíduo em conflito com lei.

Frisou que juridicamente uma das sanções da fuga à paternidade é a inibição


da prática de poderes que integram a autoridade paternal.

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POR: Maria Teixeira

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite


De acordo com Maria Amélia Rita, os nossos princípios morais e religiosos
sempre nos orientaram no sentido de que devemos dar protecção às
crianças, mas neste momento os valores estão a ser tão pisoteados e postos
de parte que até as mães recusam os seus filhos, com abandono em balde
de lixo. Para a responsável, a construção de um mundo melhor é uma tarefa
de todos os adultos, no sentido de proporcionar um futuro melhor para as
crianças que constituem a nossa continuidade e o futuro da nação.
“Assegurar o seu crescimento integral e harmonioso no seio familiar, num clima
de felicidade, amor e protecção social, proporcionando-lhes um
desenvolvimento físico, moral, mental e social, é a nossa obrigação como
adulto”, disse.

Há a necessidade de se ter consciência de que o que fazemos hoje pelas


nossas crianças será o reflexo da nossa sociedade amanhã, porque crianças
que crescem ao abandono, sem orientação, sem acompanhamento, são
crianças que no futuro serão rebeldes, delinquentes, pois não tiveram, na
devida altura, acompanhamento necessário e eficaz”. Por essa razão,
considera o fenómeno das fugas à paternidade e à maternidade como os
maiores crimes que se podem cometer contra uma criança, porque elas não
pedem para nascer, e os adultos devem ser responsáveis pela sua existência .
Por sua vez, a chefe do serviço provincial do INAC, Ana Silva, explicou que os
compromissos da criança são sectoriais e cada sector deve responder pelo
seu compromisso. “O que nós queremos é que as acções com as crianças
sejam tidas como prioritárias, e nesse aspecto, hoje, ainda conseguimos
testemunhar, e com muita tristeza, muitos focos de crianças de rua, coisas que
em 2014 já não presenciávamos”, lamentou.

O índice elevado de casos de fuga à paternidade e de violência doméstica


que se regista um pouco por toda província de Luanda tem a ver com a falta
de entendimento dos casais nos lares e não só, afirmou ontem (quinta-
feira),em Luanda, a directora provincial do Ministério da Família e Promoção
da Mulher, Genoveva Lino.

Em declarações à Angop sobre o assunto, a responsável atribuiu a falta de


entendimento e diálogo, bem como questões de carácter social e
económicas como algumas das principais causas que estão na base da
situação.
Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Como disse, estes problemas resumem-se particularmente na falta de


incumprimento de pensão, abandono dos lares por parte dos pais,
questionamento da paternidade dos filhos após nascença, interferência
familiar, entre outros factores.

Adiantou que a nível de Luanda todos os casos notificados pela sua direcção
e que de um certo modo carecem de resolução imediata e em fóruns
judiciais competentes encontram-se já sob alçada dos órgãos policiais e
judiciais para averiguação e posterior resolução.

Segundo Genoveva Lino, a maioria dos casos envolvem recém-nascidos,


crianças do zero aos 16 anos de idade, bem como aquelas com má-
formação congénita e outros males.

A directora fez questão de sublinhar que todos estes casos têm merecido a
atenção e seguimento da instituição que dirige e não só, mas também
reconheceu que outros tantos casos registam-se um pouco por toda província
sem o devido conhecimento das instâncias afim, por incapacidade ou
conhecimento das vítimas na sua tramitação devida.

Direito do Ambiente
2019
Instado a pronunciar-se sobre o caso recente do suicídio ocorrido no Prédio
Sujo do Marçal, a directora do Minfamu de Luanda disse não ter dados que a
permitam fazer um juízo sobre o assunto, remetendo o caso às instâncias
policiais que já trabalham no assunto.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

A responsável fez apenas questão de referir que a questão em causa é mais


uma das que acontecem na capital do país, que lamentavelmente envolvem
mulheres socialmente carenciadas e que vêm no suicídio a melhor forma de
por fim a um sofrimento que as vezes não é imputado apenas a ela, mas a
outras pessoas ou quiçá mesmo à sociedade.

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“Fuga à Paternidade e à Maternidade em África do Berço Negro” é o título


da mais recente obra literária apresentada na quarta-feira, 4, no Lubango
pela psicóloga Maria da Encarnação Pimenta.

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Fuga à paternidade tema de novo livro angolano - 1:56

by VOA

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2019

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Janela de Pop-up

O livro com 249 páginas é a forma que a autora encontrou para chamar a
atenção de quem de direito do perigo que representa a fuga à paternidade
e à maternidade, um problema sério, que segundo Maria da Encarnação
Pimenta, é transversal ao continente africano e pede que os governos façam
alguma coisa.

“Se há esta fuga à paternidade e agora com grande monta para as mulheres
onde é que estão os governos? O que é que os governos africanos estão a
fazer? Têm de fazer alguma coisa porque isto até deve ser vista e analisada
como uma situação de Estado, porquanto a fuga à paternidade tem
consequências gravíssimas no desenvolvimento da estrutura da personalidade
no desenvolvimento do próprio país no aumento da delinquência no
aumento de todas as coisas negativas e nefastas”, defendeu Pimenta.
Maria Encarnação Pimenta, psióloga e escritora

A também docente na Universidade Católica de Angola entende por isso que


o combate ao fenómeno da fuga à paternidade e à maternidade deve
envolver a todos sobretudo os governos através de parcerias com alertas em
particular aos mais jovens.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

“Parcerias são no sentido de o Estado criar mecanismos, criar activistas sociais


que andem de porta em porta a chamar a atenção para a necessidade de
cuidar da criança, falar-se com os jovens por causa da gravidez precoce
para não abandonarem as crianças, as consequências da

Direito do Ambiente
2019

própria gravidez. Também os tribunais tê de aplicar na prática aquilo que a lei


prevê em relação a fuga à paternidade”, apontou Maria da Encarnação
Pimenta,autora de obras como “A delinquência em Angola” e “Amantes
concubinas ou esposa

 Cadeia é a solução para acabar com a fuga á paternidade, defende

psicóloga

A fuga á paternidade hoje é tão comum que já não constitui um desafio, mas
sim, uma problemática que perdura na nossa sociedade. De acordo com a
psicóloga clínica, Katssekya Samuel, é favor da pena de cadeia da fuga a
paternidade.
Em exclusivo à Angola-Online, a especialista aponta a perda de valores
morais por parte de certos progenitores, como uma das principais causas de
fuga a paternidade registados no país. Neste sentido, a psicóloga defende
uma maior punição aos crimes de fuga a paternidade uma vez que a pessoa
desta natureza tem que ser acompanhada.

Acrescentou que algumas medidas de prevenção e combate a fuga a


paternidade poderia ser o curso de competências parentais. As
competências parentais podem ser entendidas como um conjunto de
estratégias e acções que permitem aos pais, isto é, às figuras que assumem
uma função parental, lidar com os desafios inerentes ao ser mãe e ser pai.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Em conversa ao nosso portal, Maria Eugenia, conta-nos o drama que viveu há


19 anos depois de ficar gravida do seu primeiro filho, com apenas 17 anos de
idade. E depois de dois anos, voltou a engravidar-se pela segunda vez,
passado 4 anos, o marido a abandonou com os filhos e nunca mais voltou.
Hoje com 36 anos, Maria revela que “é um risco criar os filhos sozinha e
quando assim acontece normalmente as crianças crescem revoltadas”.

Para a socióloga Fátima Viegas, a família é a primeira esfera de socialização


e é ela que transmite os valores morais. É importante que os pais assumam o
seu verdadeiro papel e sejam o principal catalizador da instrução dos filhos.

Causas e consequências da fuga à paternidade

20 de Outubro, 2009

A perda de valores morais por parte de certos progenitores tem sido a causa
de muitos casos de fuga à paternidade registados no país, disse, ontem, à
Angop, a psicóloga Maria Inocência.
A perda de valores morais por parte de certos progenitores tem sido a causa
de muitos casos de fuga à paternidade registados no país, disse, ontem, à
Angop, a psicóloga Maria Inocência.
Maria Inocência afirmou que a fuga à paternidade e a perda de valores
morais têm influenciado negativamente o desenvolvimento da criança.
A falta de um elemento da família, particularmente o pai, frisou, causa à
criança um desvio de conduta, criando nela um sentimento de rejeição por
todos que a rodeiam. Além disso, referiu, provoca-lhe traumas e reduz-lhe a
auto estima, deixando-a vulnerável a várias situações.
A infância, lembrou, determina toda a vida do ser humano e por isso deve ser
bem instruída e encaminhada pelos pais.
O jurista Porfírio Mambo declarou que uma criança que convive com a falta
de responsabilidade dos pais é propensa a tornar-se num indivíduo em
conflito com lei.
Uma das sanções da fuga à paternidade é a inibição da prática de poderes
que integram a autoridade paternal, salientou.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Fugas à paternidade e maternidade vistas como maiores crimes contra a


criança
Os fenómenos de fuga à paternidade e à maternidade são considerados
pela vice-presidente para a Área Económica do Distrito do Rangel, Maria
Amélia Rita, como maiores crimes que podem ser cometidos contra uma
criança, porque elas não pedem para nascer. A responsável fez tal
declaração ontem, durante a abertura do seminário de reflexão sobre os 11
compromissos da criança, realizado no município de Luanda, na biblioteca
do Rangel, na Vila Alice.

POR: Maria Teixeira


De acordo com Maria Amélia Rita, os nossos princípios morais e religiosos
sempre nos orientaram no sentido de que devemos dar protecção às
crianças, mas neste momento os valores estão a ser tão pisoteados e postos
de parte que até as mães recusam os seus filhos, com abandono em balde
de lixo. Para a responsável, a construção de um mundo melhor é uma tarefa
de todos os adultos, no sentido de proporcionar um futuro melhor para as
crianças que constituem a nossa continuidade e o futuro da nação.
“Assegurar o seu crescimento integral e harmonioso no seio familiar, num clima
de felicidade, amor e protecção social, proporcionando-lhes um
desenvolvimento físico, moral, mental e social, é a nossa obrigação como
adulto”, disse.

Direito do Ambiente
2019

Há a necessidade de se ter consciência de que o que fazemos hoje pelas


nossas crianças será o reflexo da nossa sociedade amanhã, porque “crianças
que crescem ao abandono, sem orientação, sem acompanhamento, são
crianças que no futuro serão rebeldes, delinquentes, pois não tiveram, na
devida altura, acompanhamento necessário e eficaz”. Por essa razão,
considera o fenómeno das fugas à paternidade e à maternidade como os
maiores crimes que se podem cometer contra uma criança, porque elas não
pedem para nascer, e os adultos devem ser responsáveis pela sua existência .
Por sua vez, a chefe do serviço provincial do INAC, Ana Silva, explicou que os
compromissos da criança são sectoriais e cada sector deve responder pelo
seu compromisso. “O que nós queremos é que as acções com as crianças
sejam tidas como prioritárias, e nesse aspecto, hoje, ainda conseguimos
testemunhar, e com muita tristeza, muitos focos de crianças de rua, coisas que
em 2014 já não presenciávamos”, lamentou.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Governo lança campanha contra fuga à paternidade

Dados avançados indicam que em 2017 apenas 128 mil crianças foram
registadas em 70 hospitais que têm postos de registo, quando, de acordo com
o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a cifra deveria ser três vezes mais
alta, mas a fuga à paternidade não o permitiu

O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos lançou ontem, Quarta-feira, 12,


em Luanda, a campanha de registo “Paternidade Responsável eu apoio”. De
acordo com o ministro Francisco Queiroz, a campanha terá, inicialmente, a
duração de um ano, estando o seu arranque previsto para 2019. Entretanto,
deixou em aberto a possibilidade de ser prorrogada. O governante explicou
que o objectivo é sensibilizar os pais que não assumem a paternidade a fazê-
lo. “Isto tem consequências muito sérias para as crianças, porque o registo é o
documento que dá a cidadania a um cidadão e é a partir daí que ele
adquire todos os seus direitos”, disse. O ministro explicou que a campanha foi
concebida para fazer face ao elevado número de crianças em Angola sem
registo de nascimento.
Estudo
Francisco Queiroz explicou que um estudo feito por uma equipa integrada
pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e o UNICEF verificou que
poucos pais compareceram nos postos de registo de nascimento das
maternidades para fazer o registo de nascimento dos seus filhos. “Em
consequência, muitas mães optam por não fazer o registo sem a presença
dos pais, porque é uma questão cultural, também”, justificou. Referiu ainda
que desde a abertura dos postos de registo nas maternidades, a 7 de Julho
de 2017, foram registadas apenas 128 mil crianças. “É muito pouco, para o
universo de crianças que nascem todos os anos”, disse. O ministro da Justiça e
dos Direitos Humanos afirmou que os estudos feitos abrangeram cerca de 70
maternidades que têm postos de registo, onde os dados mostraram que o
número de crianças registadas poderia ser três vezes mais alto se os pais
estivessem presentes, com as

Direito do Ambiente
2019

mães, no momento do registo. “Estamos a falar de uma realidade que


começa a ser preocupante. A intervenção desta forma é absolutamente
necessária”, justificou.

Registo gratuito
Francisco Queiroz garantiu que o registo continuará a ser gratuito. Disse
esperar, com a acção, influenciar positivamente no sentido de uma mudança
de atitude susceptível de levar os pais a respeitarem os direitos dos seus filhos.
“Todos nós devemos ser partícipes nesta campanha”, disse. Durante a
apresentação da campanha, a secretária de Estado dos Direitos Humanos e
Cidadania explicou que a iniciativa permitirá a divulgação de mensagens
através de spots, vídeos, áudios e outras acções tendo como público-alvo os
pais e a família, sobretudo os homens com idades compreendidas entre os 18
e os 60 anos.

Ana Celeste Januário referiu que a campanha reforça acções em favor do


registo de nascimento de Angola implementadas pelo Ministério da Justiça e
o representante do UNICEF apelou, na ocasião, que a campanha catalise
uma transformação social, derrubando alguns tabus e mitos relativamente
àquilo que o homem deve ou não fazer relativamente à sua criança.
Abubacar Sultan referiu ser importante que o lema da campanha, ora
lançada, seja extensiva a outros problemas enfrentados na sociedade
angolana que têm a ver com a protecção e desenvolvimento da criança,
para além do registo de nascimento.

UE garante aumento de financiamento caso se justifique


A campanha conta com o apoio financeiro da União Europeia e com o apoio
técnico do UNICEF. De acordo com informações a que OPAÍS teve acesso, a
campanha enquadra-se no projecto de registo de nascimento, financiado
pela UE, denominado “Identidade e Justiça para Crianças”, avaliado em 14
milhões de euros. Para Tomas Ulicny, mais do que financiar, importante é
apoiar uma boa iniciativa. O representante disse esperar que se alcancem
bons resultados com a campanha, por isso garantiu que o orçamento pode
ser aumentado. “Esta campanha pode melhorar a vida das crianças
angolanas”, disse. O projecto “Identidade e Justiça para Crianças” começou
em 2014 e deve durar até 2020. Abrange sete províncias, nomeadamente,
Luanda, Malange, Bié, Huila, Moxico, Uíge e Cuanza-Sul.

Taxistas chamados a participar


A campanha tem como principais rostos o músico Anselmo Ralph, o porta-voz
da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, e dois responsáveis de associações de
taxistas, nomeadamente Geraldo Wanga e Manuel Faustino. O ministro
realçou a importância da participação das pessoas que dão o rosto pela
campanha e destacou a participação dos taxistas, que, explicou, deverão
fixar o símbolo da campanha nas suas viaturas. A Federação Angolana de
Futebol, que vai também assumir a campanha, vai envolver todos atletas dos
clubes de futebol a nível do país, concluiu o responsável.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

Perda de valores morais é uma das causas de fuga à paternidade

Direito do Ambiente
2019
Luanda - A perda de valores morais de muitos progenitores têm sido uma das
causas de alguns casos de fuga à paternidade registados no país, afirmou
hoje (quarta-feira), em Luanda, a psicóloga Isabel Panzo.

De acordo com a especialista, que abordava a questão relativa à fuga à


paternidade numa palestra realizada pelo Instituto Angolano da Juventude, a
perda de valores morais tem levado muitos pais a tomarem decisões
irresponsáveis, influenciando negativamente no desenvolvimento da criança.

Frisou que a falta de um membro da família, particularmente o pai, causa à


criança um desvio de conduta, criando um sentimento de rejeição por todos
que a rodeiam.

Acrescentou que também provoca traumas e reduz a auto-estima em tudo


que faz, deixando-a vulnerável a diversas situações.

Para si, o pai tem um papel preponderante na vida da criança, servindo


como exemplo, apelando maior responsabilidade aos mesmos.

“São necessárias grandes campanhas, trabalhar mais com as famílias, para


que possamos devolver aqueles valores que hoje estão em crise, porque se a
nossa base de valores for bem segmentada, situações dessa natureza já não
teremos” salientou.

Segundo a psicóloga, a infância determina toda vida do ser humano, por isso,
deve ser bem instruída e encaminhada pelos cônjuges.

Por sua vez, o jurista Patrício Mambo defende que uma criança que convive
com tal situação (fuga à paternidade) está propensa a tornar-se num
indivíduo em conflito com lei.

Frisou que juridicamente uma das sanções da fuga à paternidade é a inibição


da prática de poderes que integram a autoridade paternal.

Elaborado pelo estudante do curso de Direito 4º ano.2019/noite

FONTES PESQUISA
https://www.unicef.org/angola/paternidade-responsável

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