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1. LITERATURA DE INFORMACAO ‘Trata-se de um conjunto de obras com cardter predominantemente descritivo, empenhadas em ‘racar um panorama do Brasil recém-descoberto: a terra, a flora, a fauna, a gente, os costumes. Cronologicamente, a primeira dessas obras é a Carta de Pero Vaz de Caminha, considerada 8 “certidéio de nascimento” do Brasil. A carta foi escrita para D. Manuel, rei de Portugal. Caminha nunca soube do impacto que sua carta causou 20 rei. Morreu em Calicute, na india, em dezembro de 1500, numa briga entre marinheiros da esquadra de Cabral e mercenérios mouros. A carta 86 foi publicada em 1817. Vamos ler alguns trechos desse documento. e Pero Vaz de Caminha. Linguagem stuaizada e estudo critico de Jaime Cortesao. Rio de Janeiro, Livros de [Zr Ha varios atuelizactes da Carta de Caminha. Optamos por esta fonte: CAMINHA, Pero Vaz de, 4 carta Portugal, 1943. p. 204-6, 240, A carta de Caminha 1. A terra Nela até agora no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem Iho vimos. Porém a terra em si é de muitos bons ares, assim frios © temperados. (...) Aguas s8o muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-é nela tudo; por causa das aguas que tem! 1. Em que século os colonizadores tero a resposta a divide de Caminha sobre a existéncia de metais preciosos? 2. linguagem coloquial, usada na intimidade, € diferente da formal, tanto na fala quanto na escrita. ‘Como vacé transporia para a linguagem coloquial a frase “dar-se-a nela tudo"? 'b.Na elaboracéo de um documento, @ adequado 0 uso de expressées coloquiais? Por qué? 2. A gente ‘A feicdo deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rastos e bons narizes, bemfeitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nao fazem o menor caso de encobrir ou de ‘mostrar suas vergonhas, e nisso tém tanta inocéncia como em mostrar o rosto. (...) 1. Compare: vergonha. S. f. 1. Desonra humilhante; oprdbrio, ignominia. 2. Sentimento penoso de deson- ra, humilhagao ou rebaixamento diante de outrem. (...) 4. V. pudor. 5. Ato, atitude, palavras, ste. obscenos, indecorosos e/ou vexatorios. 6. Sentimento da propria dignidade; brio, honra, vergonhas. [PI. de vergonha.] S. f. pl. Os 6rgaos sexuais do corpo humano. em. A palavra vergonhas revela a maneira diversa com que indigenes e portugueses encaravam a nudez. Explique. 2. Que palavra do texto suaviza o choque sofrido pelos portugueses diante da nudez do indio? | Unidade @ 3. Estranhamento Mostraram-thes [aos indios] um papagaio pardo que o capitdo traz consigo; tomaram-no logo na mao e acenaram para a terra, como quem diz que os havia ali. Mostraram-Ihes um carneiro: nao fizeram caso. Mostraramthes uma galinha; quase tiveram medo dela: nao Ihe queriam pér a mao; e depois a tomaram ‘como que espantados. | | } E De ponta a ponta, ¢ tudo prai palma, muito cha e muito formosa. ...) Aguas 880 muitas; infindas. E em tal maneira € graciosa que, queren- do-s aproveitar, dar-se-é nela tudo, por bem das aguas que tem. Porém ‘© melhor fruto que dela se pode tirar sera salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lancar. (...) um deles [um indio} pés olho no colar do Capitéo e comecou a acenar com a mao para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castical de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castical, como se 14 também houvesse prata, Segundo o mito do Eldorado, sungido na América espanhola, durante o século XVI haveria ‘em algum lugar da floresta Amaz6nica uma cidade coberta de ouro. Essa crenca provocou muita expedicdes & selva, mas, obviamente, a cidade de ouro nunca foi encontrada, Relacione esse mito ao texto anterior. Leia: ‘salvar. V. & d. 1. Tirar ou livrar (de ruina ou perigo}; por a salvo. (...) 3. Defender, preservar, pou- © =r, salvaguardan. 4. Conservar salvo ou intato. 5. Por como condi¢ao; acautelar. 6. Desculpar, estificar. 7. Dar a salvacao a; livrar das penas do Inferno. 8. V. p. Pér-se a salvo dalgum perigo, Sror-so de um risco iminente, 8, Abrigar-se, acolher-se, refugiar-se. 10. Livrar-so, escapar Doconsro A = @-Guais os sentidos que 0 verbo salvar admite no trecho 4 da Carta? @ -Escreva uma frase com esse verbo, utlizando-o como verbo pronominal. 0 sujeito da sua frase deve ter 0 substantiva escrivéo como nicleo igestéo de Caminha, de “salvar” aquela gente, seria mais tarde acatada pelo rei. Explique. 4. Na visao do europeu, de que o indio precisava ser salvo? Na sua opiniao, quais intencbes haveria por tras dessa necessidade de salvar os indios? Se. por um lado, a Carta faz parte da literatura portuguesa © o Brasil é apenas o objeto da descri¢éo @ da narrative, por outro, ela pertence também @ nossa cultura, por criar uma determinada imagem do Brasil - a de um paraiso terrestre. O texto da Carta exerceu grande influgncia na nossa culture, coma demonstram as sucessivas retomadas por nossos escritares do mito por ela inaugurado. No século XIX, por exempla, Goncalves Dias escreverd: Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabia; As aves, que aqui gorjeiam, Nao gorjeiam como la. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas varzeas tém mais flores, tam mais vida, DIAS, Goncahs. Cando do ello. In: CANDIOO, Antonio & CASTELLD, José Adereldo. ‘Prasenca de iteraturs brasileira. Sao Paulo, Dfuabo Europtia co Livro. 1871 No século XX, a literatura e a musica popular v8o retomar o mito do Brasil como paraiso ter. estre. Veja um exemplo nesta letra de masica de Jorge Benjor: Moro num pais tropical Abencoado por Deus E bonito por natureza Mas que beleza, Em feverei Tem carnaval "Pais tropical Leia e responda A terra é mui graciosa, Tao fértil eu nunca vi. ‘A gente vai passear, No chao espeta um canico, No dia seguinte nasce Bengala de castao de oiro. esti: remote superior des bengelas aire: ouro, (Mure Mendes) Coma voce sabe, o intertexto pode validar, complementar ou negar o texto no qual se baseia. © trecho do poema de Murilo Mendes reproduzido acima mantém com o mito Brasil = paraiso terrestre uma relacéo de a. complementacao bb validacao c. negacao, Explique sua resposta, =O De aspecto, esta gente séo homens pardos, e andam nus sem vergonha e os seus cabelos sao compridos. E tém a barba pelada. E as pélpebras dos olhos e por cima delas cram pintadas com figuras de cores brancas e pretas e azuis e vermelhas. Tém 0 labio dda boca, isto ¢, o de baixo, furado, e nos buracos metem um osso grande como um prego. E outros trazem uma pedra azul e verde e comprida dependurada dos ditos buracos. As mulheres andam do mesmo modo sem vergonha e s&o belas de corpo, os cabelos compridos. E as suas casas sao de madeira coberta de folhas e de ramos de érvores com muitas colunas de madeira. No meio das ditas casas e das ditas colunas para a parede poem uma rede de algadao dependurada em que fica um homem e entre uma rede € outra fazem uma fogueira, de modo que numa s6 casa estéo 40 ou 50 camas armadas a maneira de tear. Carta de pit anorima de frota de Pedro Avares Cabrsl. Apud PERERA, Paulo Roberto. Qs ts unicas denaimentas do ‘Sescobrimento de Bras. 2. ed. Pio de Janeiro, Lacerda, 1096, stumes Quanto ao parto, eis o que presenciei. Pernoitando com outro francés em uma aldeia, Certa ocasiao, owvimos, quase a meia-noite, gritos de mulher, e pensamos que estivesse Sendo atacada pelo jaguar, essa fera carniceira que ja descrevi. Acudimos imediatamente € verificamos que se tratava apenas de uma mulher em horas de parto. O pai recebeu a crianga nos bracos, depois de cortar com os dentes 0 cordao umbilical e amarré-lo, Em Seguida, continuanda no seu oficio de parteira, esmagou com o polegar o nariz do flho, como 6 de praxe entre os selvagens do pais. Note-se que as nossas parteires, a0 contrério, apertam o nariz aos recémnascidos para dar maior beleza afilando-o. Apenas sai do ventre materno, é @ menino bem lavado e pintado de preta e vermelho pelo pai, o qual, ‘sem enfaixélo, deitaco em uma rede de algodéo. Se @ macho déJhe logo um lusnino tacape e um arco middo com flechas curtas de penas de papagaio; depois de tudo isso junto a0 menino, beije-o risonho e diz: “Meu filho, quando cresceres tro nas armas, forte, valente e belicoso para te vingares dos teus inimigos” I ean de Ley Alguns vocabulos ha nela de que nao usam senao as fémeas, e outros que ndo servem fo Pare os machos: carece de trés letras, convém saber, néo se acha nela F, nem L. R, coisa digna de espanto porque assim nao tem Fé, nem Lei, nem Rei'e desta ira vivem desordenadamente sem terem além disto conta nem peso, nem medida, Pera de Magalnaes Gandavo @ “De aspecto, esta gente sao homens pardos...” A frase extraida da carta do pilot anonimo, texto 1. apresenta a concordancia verbal de acordo com a regra que estabelece: quando o sujeito 6 uma expresso de sentido coletivo 0 verbo ser concord com o predicativo. Se a frase dessa carta 6 considerada correta, por que falar “a gente somos...” considerado errado? 2. Quando o cronista Pero Gandavo se refere aos indios como machos e fémeas, que idéia Parece ter a respeito deles? 3. lingua tupi no possui determinados sons, como /fe/, /le/, /re/. 0 fato de nao ter esses sons levaria necessariamente ao julgamento feito por Gandavo? Qual é sua opiniao a respeito desse julgamento? Assim como a Carta de Caminha esses textos permitem conhecer a visdo do europeu sobre o Brasil, uma visto muitas vezes deslumbrada diante da exuberéncia tropical e geralmente precon- Ceituosa em relagao ao indigena, sempre visto como um pagéo selvagem e preguicoso, como se ve no fragmento seguinte: ‘Sao muito desonestos e dados @ sensualidade, e assim se entregam aos vicios como se eles no houvera razdo de homens: ainda que todavia em seu ajuntamento os machos & fémeas tém o devido resguardo e nisto mostram ter alguma vergonha. Pero de Magathaes Gandavo, 1576, Obviamente essa andlise nada tem de cientifico. Era fantasiosa a visdo dos viajantes a respeita) da nova terra, que os indios chamavam de Pindorama (terra das palmeiras) e que se transformout em Brasil por vontade portuguesa Os livros escritas pelos viajantes foram publicados na Europa e dirigiam-se a um publica sedenta de informacéo sobre o nove mundo descoberto na fase das Grandes Navegagbes. Pelo fato de nfo apresentarem grande valor literério e terem side produzidas por estrangeiros g & meis adequado chamar esse conjunto de obras de literatura sobre o Brasil, Embora se relacioner mais 8 orGnica histérica que @ literatura propriamente dita, néo se pode desprezéas na historia dd literatura brasileira. Vejamos por qué. © europeu, nos séculos XV e XVI, pensava acupar o centro do mundo. As Grandes Navegacs © os descobrimentos alteraram profundamente essa mentalidade, pois ampliaram o mundo cor Novas paisagens, novas terras, povos diversos e costumes nunca vistos. Da necessidade de cont © que havia sido encontrado, surgiu a figura do escrivao, ou seja, 0 “repérter” da época: pessoa qt ‘Scompanhava as expedicdes, incumbida de registrar, por meio do relato escrito, 0 que via. O No Mundo tornava-se assim objeto de descricéo e anélise para esses escrivées, quase sempra Surpresos diante de povos e lugares tao diversos. Em resumo, tratavase do confronto entre @ homem “selvagem” e 0 europeu “civiizado". Da juncdo desses dois fatores moldou-se uma visao da terras descobertas como Paraise Terrestre, mito relacionado ao do Eldorado, que circulava aquelé tempo na Europa. 2. Repare na construcao do poema: tamanho das estrofes e dos versos, sequéncia das rimas. Esses recursos facilitariam @ memorizacao do poema? Teria sido esse 0 objetivo de Anchieta ao comp6-1o? Justifique sua resposta, 3. De acordo com Anchieta quem seriam os “vencedores"? inamicas 7 linguas sao di Primeiro documento escrita no Brasil e sobre o Brasil, a Carta de Pero Vaz, lida hoje, século XXI, € um bom exemplo de que nenhume lingua viva é estética; sofre mudancas lentas, mas constantes, Leia abaixo alguns trechos do texto original da Carta, verifique se ha diferencas em relagho ao Portugués atual e responda as questées. |. "Nom leixarey tam bem de dar disso minha comta avossa alteza asy como eu milhor poder’ (Nao deixarei também de der disso minha conta a Vossa Alteza assim como eu melhar puder.) ‘topamos aves aque chama fura buchos e neeste dia (...) ouuemos vista de tera’ (topamos aves a que chamam fure-buxos e neste dia ... houvemos vista de terra) IL "[...J dous daqueles homeés da terra mangebos ede boos corpos. e ht deles trazia hi arco bj ou bij seetas e na praya amdauam mujtos cd seus arcos e sectas” (... dois daqueles homens da terre, mancebos e de bons corpos. E um deles trazia um arco © 6 ou 7 setas; e na praia andavam muitos com seus arcos e setas) E1V. “l...) suas vergonhas com tanta inocencia descubertas {.. suas vergonhas com tanta inocéncia descobertas) “...) por andarmos todos case mesturados’ ft... por andarmos todos quase misturados) HL.. pano de penas de mujtas cores maneira de tecido asaz fremoso" =. pano de penas de muitas cores, como tecido assaz formoso) J peco que plerlor me fazer simgular merce madevirdailha de san thomee jorge dosoiro denrra." - Paco que, por me fazer singular merce (favor), mande vir, da ilha de Séo Tomé, Jorge iro, meu genro.) jo 8s maaos devosa alteza. deste porto seguro davosa jlha de vera cruz oje sesta feira dia demayo de 1500.” , hoje, sexta- des citacbes da Carta ocorréncias que seriam infracdes as seguintes regras da atica normativa atual A nasalizacao de uma vogal pode ser representada pela letra m, se na sequéncia da palavra vierem as letras p e b. b.Pronomes de tratamento cerimoniaso sao escritos com maitisculas €. As palavras devem ser escritas separadas umas das outras. 4.4 cedilha s6 se utiliza nos grupos ¢a, ¢9 e eu, quando a letra e representar o som /se/ 2. A gramatica normativa atual apontaria outras infragdes nos trechos lidos. Quais? Capitulo 2 ® TONGA As gesion vest free raat eine, baw ns eee “Asi” nat e se evcreva nals rests (UFSC ~ Adaptada) Leia e responda em seu caderno: — Um morro ao final da paéscoa Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, em “muita quantidade”, balancando nas aguas translicidas de um mar que refletia as cores do entardecer. Os marujos as. reconheceram de imediato, antes que sumissem no horizonte: chamavam-se botelhos a5 grandes algas que dancavam nas ondulaces formadas pelo avanco da frota imponente. Pouca mais tarde, mas ainda antes que a escuridéo se estendesse sobre a amplitude do oceano, outra espécie de planta marinha iria lamber 0 casco das naves, alimentando 2 expectativa ¢ desafiando os conhecimentos daqueles homens temerérios o bastante para navegar por éguas desconhecidas. Desta vez eram rabos-deasno: um emaranhado de ervas felpudas “que nascem pelos penedos do mar”. Para marinheiros experimentados, sua presenca era sinal claro da proximidade de terra, Se ainda restassem davidas, elas acabariam no alvorecer do dia seguinte, quando os grasnados de aves marinhas romperam o siléncia dos mares e dos céus. As aves da anunciac&o, que voavam barulhentas por entre mastros e velas, chamavam-se fura-buxos. Apés quase um século de navegacdo atlantica, o surgimento dessa gaivota era tido como indicio de que, muito em breve, algum marinheiro de olhar agucado haveria de gritar a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar: “Terra a vista!” BUENO, Eduardo. A viagem do descobrimente: 2 verdedsira historia da expedicao de Cabra. Fio de Jano, Objetiva, 1959. p. 7 |- Baseando-se no texto, identifique a(s) proposicao(des) verdadeira(s). '.Em “Como tapetes futuantes, elas surgiram de repente", @ palavra em destaque, elas, substitui a expressao “algas marinhas”. b. As plantas marinhas que lambiam 0 casco das embarcacdes chamavar-se botelhos. ¢.Ha, no texto, pelo menos duas expressées indicando que a cena descrita se passa durante o dia. d.Para os marinheiros experimentados, quando os rabos-de-asno tocavam o casco das naves, era sinal claro da proximidade de terra. €.Na frase “... balancando nas aguas transiticidas de um mar que refletia as cores do entardecer”, a palavra destacada pode ser substituida por transparentes. 2. Em relag&o ao texto, ¢ correte afirmar que ‘8. Fure-buxos, aves de anunciacéo, so gaivotas marinhas que vivem longe da terra. 'b.Com a expresso "homens que se fazem ao mar", o autor quis se referir aos marinhei- ras que se jogam no mar quando avistam indicios de terra. ®.0 autor, quando escreve que os grasnados dos fura-buxos romperam o silencio dos mares e dos céus, quer dizer que essas aves de anunciagao voavam barulhentas por | entre os mastros e velas das naves. 4.0 texto apresenta, entre os sinais da proximidade de terra, os rabos-de-asno que lambiamn’ 0s cascos das naves e os fura-buxos que voavam barulhentos por entre mastros e velas. 3. Ainda a propésito do texto é correto afirmar que: 8. As palavras entardecer e alvorecer tam a mesma formacao: derivacdo parassintética. | b.0 termo destacado em “outra espécie de planta marinha" tem a mesma justificativa | quanto a acentuacao gréfica dos termos “o siléncio dos mares e dos céus’ i vidade 2 . Na oracao "Os marujos as reconheceram de imediato...", 0 verbo reconhecer classifica: se como intransitivo. d.Em “... outra espécie de planta marinha iria lamber 0 casco das naves...", hé uma prosopopéia . As expresses “aves marinhas" e “aves dos mares” esto em relac8o de sinonimia f. Em“... romperam o silencio dos mares...”, a palavra siléncio funciona como niicleo do objeto direto. |. (UFSC - Adaptada) Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pero Vaz de Caminha descreve como foi 0 contato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de 1500. A propésito desse texto é correte afirmar que: @.0 sujeito da orac&o principal classifica-se como simples: “Pero Vaz de Caminha” b.O pronome relativo que exerce a funcao sintatica de sujeito. ¢. Em “... 0 contato entre os portugueses @ os tupiniquins”, a palavra em destaque é uma conjuncao. d. A expressao "em 24 de abril de 1500" tern a funcdo sintética de adjunto adverbial de lugar: Em 0 contato entre os portugueses e os tupiniquins foi descrito por Pero Vaz de Caminha, @ orag&o esté na voz passiva. Bhifor-CE) Atencéo: As questies de nimeros 5 a 11 referem-se @ carta que segue Uma nova carta de Caminha Senhor, Posto que outros escreveram a Vossa Exceléncia sobre a nova do achamento dessa vossa 2 nova, nao deixarei também de dar conta disso a Vossa Exceléncia, o melhor que eu puder, que ~ para o bem contar e falar - 0 saiba fazer pior que todos. Tome Vossa Excelénci a ignordncia por boa vontade e creia bem por certo que, para alindar ou afesr, néo porei i mais do que aquilo que vi e me pareceu, A terra em si é de muitos bons ares. Aguas séo 5, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, é s6 estimular o tu- 12. Hotéis no hé muitos, mas os poucos que existem so confortéveis, especialmente o que foi oferecido. E que nao houvesse mais que uma pousads, isso bastaria. ‘A terra em si é de muitos bons ares. Aguas so muitas, infindas. E em tal maneira € graciosa , querendo-a aproveitar, é s6 estimular o turismo. Hotéis ndo ha muitos, mas os poucos que em so confortéveis, especialmente o que nos foi oferecido. E que nao houvesse mais que a pousada, isso bastaria. SOLIAR, Mascyr Fate de § Paulo, 17 maio 1998, Considere as seguintes afirmagoes: |. Ha, no primeira periodo, considerando-se 0 uso atual, uma infragao & norma-padrao quanto & relagao entre o pronome possessivo e o pronome de tratamento. ll, Registra-se um propésito do narrador no sentido de se ater a um relato fiel a suas constatacdes e impressdes pessoais. INo segundo pardgrafo, ha uma referéncia nova, ausente no relato da carta original de Pero Vaz de Caminha. Esta correto, em relacéo a0 texto, o que se afirma em a, somente Il ¢. somente |e Il e.1, ell b. somente | e Il d.somente Ile Ill. © | antes de responder as quest&es de 1 a6, lela a par6dia da Carta, de Pero Vaz de Caminha (texto b, um trecho da carta original (texto 2). Carta de Pero Vaz Aterra € mui graciosa, ‘Tao fértil eu nunca vi. [A gente vai passear, HE castao - remate No chao espeta um canigo, superior de uma. No dia seguinte nasce bengala Bengala de castao de oiro, Murilo Mendes (1901 ‘eruzado ~ antiga ‘Tem goiabas, melancias. 1975) moeda portuguesa Banana que nem chuchu. spose dh sapunda, sf vossa perna encanareis Quanto aos bichos, tem-nos muitos. | geragso modernista ~ engordareis. 0 De plumagens mui vistosas. brasileira. Os poemas es sen ma ‘Tem macaco até demais. cde Historia do Brasil eee ‘Diamantes tem a vontade, (1932) subvertem, de 6, sem dinheiro, ae ‘modo irdnico,a histéria Mquebrada’”. AS Esmeralda € para os trouxas. ft as gales riquezas do Brasil Reforcai, Senhor, a arca poemas inichals do livro poderdo tiré-lo Cruzados nao faltarao, ‘to parédias dos textos dessa situagao Vossa perna encanareis, ‘eserites por cronistas do culo XVI Salvo 0 devido respeito. ste Ficarei muito saudoso_ Se for embora d'aqui. MENDES, Murilo, Poesia completa € prosa, Rio de Janeiro: ‘Nova Aguilar, 1994. p. 145. © Maria da Saudade Cortestio Mendes. RTT Texto @ Nela, até agora, niio pudemos saber que haja ouro, nem pra~ ta, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios ¢ temperacios como ‘os de Entre-Doiro e Minho, porque neste tempo de agora os achfvamos como os de I. ‘As Aguas sio muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-d nela tudo, por bem das Aguas que tem. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que séré salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve langar. CAMINHA, Pero Vaz de. A Carta In: RONCARI, Luiz, Literatura brasileira: dos primeiros cronistas avs tItimos romanticos. S20 Paulo: Edusp, 2002. p. 40. Indigenas colhendo caju, no Brasil. Gravura de André “Thevet em Singularidades da Franga Antartica, 1558, © Quinhentismo brsleio + 103 1. 0 adjetivo graciosa possul varios sentidos: bonita, jovial; que tem araga, encanto, delicadeza; enara: ada, divertida; que tem generosidade, liberalidade; que concede gracas, favores. Com que sentido esse adjetivo é empregado por Pero Vaz de Caminha? 2. Como Murilo Mendes satiriza a famosa expressdo de Caminha “dar-se- nela tudo”? 3. Parodiando a linguagem de Caminha, Murilo utiliza formas arcaicas como 0 advérbio mui (contra 40 de muito) antes dos adjetivos, o pronome enclitico em tem-nos e o tratamento na segunda pes- soa do plural, vés. Entretanto, a essa linguagem solene e arcaica ele mistura expresses coloquiais € modernas, impréprias numa carta dirigida a um rei. Dé alguns exemplos.. 4, Que recomendagio Caminha faz ao rei em sua carta? 5. E que recomendagéo 0 personagem Pero Vaz, do poerna de Murilo Mendes, faz ao rei? 6. Resolva, agora, esta questdo do Enem sobre o texto 1. (Enem-MEC) Arcaismos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efelto de con-, traste, como ocorre em: a) A terra € mui graciosa /Tem macaco até demais, b) Salvo 0 devido respeito / Reforgai, Senhor, a arca ¢) A gente vai passear / Ficarei muito saudoso d) De plumagens mui vistosas / Bengala de castao de oiro ) No chao espeta um canigo / Diamantes tem a vontade Texto para as questées 7 e 8, ambas do Enem (Enem-MEC) Brasil Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem = Sois cristo? — Nao. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teteré teté Quiza Quiza Quecé! La longe a onga resmungava Uv! ua! uu! negro zonzo saido da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graca de Deus ‘Canhem Babi Canhem Babé Cum Cum! E fizeram 0 Carnaval (Oswald de Andrade) 7. Este texto apresenta uma verso humoristica da formagao do Brasil, mostrando-a como uma juncao. de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, € correto afirmar que a visdo apresentada pelo texto é: 1a) ambigua, pois tanto aponta o carater desconjuntado da formagao nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem. =

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