Вы находитесь на странице: 1из 12

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

TRATAMENTO PRELIMINAR

Prof. Luiz Daniel


Prof. Flávio Rubens Lapolli
Prof. Paulo Belli Filho

Tratamento Preliminar de Águas Residuárias


I GRADES

Finalidade do uso de grades : Remoção de materiais flutuantes ou sólidos grosseiros com


objetivos de:
- proteger as bombas
- reduzir ou impedir que materiais grosseiros sejam conduzidos para o sistema de
tratamento.

1.1 Classificação das Grades

Tabela 3.1 – Classificação das Grades

Tipo Espaçamento entre barras (cm)


Grades grossas 4 a 10
Grades médias 2a5
Grades finas 1a2

Pela PNB 569 (ABNT) o espaçamento máximo entre as barras da grade é de 2,5cm

1.2 Velocidade através da grade

a) ABNT
- velocidade mínima : 0,6m/s
- velocidade máxima : 1,0 m/s. Tolerável até 1,4m/s.

b) METCALF & EDDY


- Grade de limpeza mecanizada
Velocidade mínima : 0,60m/s
Velocidade máxima : 1,0m/s
- Grade de limpeza manual
Velocidade mínima : 0,30m/s
Velocidade máxima : 0,60m/s

1.3 Inclinação da grade com relação a horizontal


2

- grade de limpeza mecanizada : 70 a 90o


- grade de limpeza manual : 45 a 75o

1.4 Perda de carga permissível


- grade de limpeza mecanizada : 0,10m
- grade de limpeza manual : 0,15m

1.5 Quantidades de material removido


Varia com o tipo de grade, sistema coletor de esgotos e da localização geográfica. Para
esgotos sanitários :
- 0,0035 a 0,0375 m3/1000m3 de esgoto tratado (3,5 a 37,5 L de sólidos/1000m3 de
esgoto tratado).

1.6 Velocidade no canal de acesso


- velocidade máxima : 1,0 m/s
- velocidade mínima : 0,3 m/s

1.7 Rebaixo na chegada paa evitar o afogamento da tubulação à montante


Plataforma

Rebaixo > 10cmm Grade


Chegada
Esgoto

Figura 3.1: Esquema da chegada da tubulação no canal de acesso à grade

1.8 Perda de Carga

hf = 1,43 (Vg2 – Vc2)


2g

hf = perda de carga (m)


Vg = velocidade entre as barras da grade (m/s)
Vc = Velocidade no canal de acesso (m/s
g = acelaração da gravidade (9,8 m/s2)

Obs. No cálculo da perda de carga considerar 50% da grade suja, ou:

hf =  (t/e)4/3 . Vc2 . sen 


2g

hf = perda de carga (m)


t = largura da seção projetada da barra na direção do escoamento (espessura da barra em
mm)
e = espaçamento entre as barras (mm)
3

 = inclinação da grade com relação a horizontal (graus)


Vc= velocidade no canal de aproximação (m/s)
 = fator de forma (Tabela 3.2)
Tabela 3.2 – Fatores de forma para barras

FORMA VALOR DE 
2,42 - Retangular

1,83 - Retangular com extremidade semicircular

1,79 - Circular

1,67 - Retangular com extremidades semicirculares

1,035

0,92

0,76

1.9 Planta Típica


Caixa de Areia

Des vio (By-Pas s

Comporta

Comportas
Chegada
do esgoto
Grade Plataforma de
coleta do material
Extravasor removido

Figura 3.2 : Esquema em planta da grade

1.10. Dimensionamento das Grades (dimensionadas para vazão máxima)

a) Eficência da Grade

E= _e_
e+t
E = eficiência da grade
e = espaçamento entre as barras (mm) (1 – 100mm)
4

t = espessura da barra na direção perpendicular ao escoamento (mm) (5 – 13mm)

b) Velocidade de escoamento através da grade (Ve)

Adotar velocidade de escoamento de acordo com os valores apresentados (item 3.3.1.2) ou


valores recomendados pelo fabricante.
0,6 a 1,0 m/s (ABNT)

c) Área da seção útil (livre) de escoamento

Au = Q
Ve
2
Au = área útil de escoamento (m )
Q = vazão de projeto (m3/s) [máxima, média e mínima]
Ve = velocidade de escoamento através da grade (m/s)

d) Área Total

A área total corresponde a área da seção transversal do canal no plano que contém a grade

At = Au_
E
At = área total (m2)

Largura do canal (b)

b= _ At___
Hmax - Z

b = largura do canal
Hmax = profundidade da lâmina líquida imediatamente à jusante da grade, para a vazão
máxima (m). A profundidade da lâmina líquida é definida pelo controle hidráulico de
jusante, normalmente uma calha Parshall, instalada a jusante da caixa de areia.
Z = rebaixamento na Calha Parshall.

e) Cálculo da perda de carga na grade

Vide item 3.3.1.8 ou a partir de dados do fabricante. Calcular a perda de carga


considerando 2 condições : grade limpa e grade com 50 % da área livre obstruída.

f) Verificar as velocidades no canal de acesso e na grade para as vazões :

Máxima, média e mínima

g) Estimar a quantidade de material removido diariamente.


5

II. PENEIRAS

São usadas para as mesmas finalidades da grade ou remoção de materiais mais finos.
Podem ser estáticas ou mecânicas (tela móvel). Exemplos de aplicação.
- esgotos sanitários
- indústrias alimentíceas (processamento de frutas para separação ou retenção de sementes
e polpas).
- abatedouros avícolas (separação de penas e vísceras do efluente líquido)
- curtumes [separação de pelos dos efluentes da caleação (linha de sulfetos) e de fiapos de
couro dos efluentes da curtição (linha de cromo)].

Podem ser usadas separadamente ou em conjunto com grades, sendo instaladas à jusante
destas. Para o dimensionamento, consultar catálogos de fabricantes.

Remoção de Areia (Caixas de Areia)

As caixas de areia são usadas para remoção de areia, pedregulhos e outro materiais sólidos
com velocidade de sedimentação maior que a velocidade de sedimentação da matéria
orgânica. São dimensionadas para remover partículas de areia ( = 2,65 kg/L) - quartzo)
com diâmetro igual ou superior a 0,20m. Tem por objetivos:
- proteger os equipamentos mecânicos móveis de desgaste por abrasão (por exemplo, rotor
de bombas).
- reduzir o transporte de material inerte para o interior das unidades de tratamento
biológico.
As caixas de areia são dimensionadas para a vazão máxima.

2.1 Parâmetros de projeto

As caixas de areia devem ter limpeza mecanizada quando a vazão de dimensionamento é


igual ou superior a 250L/s (ABNT). Na tabela 3.3 são apresentados parâmetros básicos de
projeto.

Tabela 3.3 - Parâmetros básicos de projeto para caixas de areia

Ítem Valor
Faixa Típico
Tempo de detenção (s) 45 - 90 60
Velocidade horizontal (m/s) 0,25 -0,40 0,30
Velocidade de sedimentação para remoção
de sólidos 9m/min)
ø = 0,20mm 1,0 - 1,3 1,15
ø = 0,15mm 0,6 - 0,9 0,75
Acréscimo devido a turbulência na entrada
e na saída 2 Dm - 0,5 L (*) 70% de L
(*) Dm = profundidade máxima dfa caixa de areia (m)
L = comprimento teórico da caixa de areia (m)
Geralmente acrescenta-se 70% ao comprimento teórico da caixa de areia
6

A velocidade crítica horizontal para a qual se inicia o arraste das partículas


acumuladas no fundo da caixa de areia e calculada pela equação:

Vhc = 8 g.(S - 1 ).D


f
Vhc = velocidade horizontal crítica: velocidade mínima de arraste (m/s)
 = constante (0,04 a 0,06)
f = fator de fricção de DARCY (atrito): (0,02 a 0,03)
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s2)
D = diâmetro da partícula (m)
S = s

s = peso específico dos sólidos (N/m3)
 = peso específico do líquido (N/m3)

Para partículas de areia com D  0,20 mm


S = 2,65
f = 0,03 Vhc = 0,23 m/s
 = 0,063

2.2 Dimensionamento

A planta e seção longitudinal típicas de uma caixa de areia é mostrada na figura 3.3

Caixa de Areia

Desvio
Afluente
Comportas

Grade Calha Parshall

Extravasor

Figura 3.3: Esquema em planta (Grade, Caixa de Areia e Medidor Parshall)

a) Adotar a velocidade de sedimentação


O valor normalmente adotado para remoção de partículas de areia com massa específica de
2,65 kg/L e diâmetro maior ou igual a 0,20 mm é de 1,0 m/min.

b) Adotar a velocidade de escoamento horizontal


7

Adota-se normalmente a velocidade de 0,30m/s (para as mesmas condições do item


a).

c) Relação entre velocidade de escoamento horizontal e velocidade de sedimentação

Vh = Qmax
B. (Hmax-Z) Hmax - Z = H

Vs = Qmax
B.L

Vh = velocidade de escoamento horizontal (m/s)


Vs = velocidade de sedimentação (m/s)
Qmax = vazão máxima (m3/s)
B = largura da caixa de areia (m)
H = profundidade da lâmina líquida na da caixa de areia (m)
L = comprimento da caixa de areia
Z = rebaixo, definido na calha Parshall

Qmax
Vh = B.H = L L = Vh . H sendo (H = Hmax – Z)
Vs Qmax H Vs
B.L

A equação acima indica que a sedimentação independe da profundidade da caixa de areia.

e) verificar a velocidade de escoamento horizontal para vazões máximas, média e


mínima. Corrigir as dimensões, se necessário.

f) Comprimento da Caixa de Areia

L = Vh . H
Vs
Considerar acréscimo para compensar a turbulência na entrada e na saída da caixa de areia
(m). Portanto:

Lt = 1,7 . L

Lt = comprimento total da caixa de areia (m).

g) Calcular a taxa de aplicação hidráulica


T = Qmax . 86400
A
T = taxa de aplicação hidráulica (m3/m2.dia) - (600 a 1200 m3/m2.dia)
Qmax = vazão máxima (m3/s)
A = área em planta da caixa de areia (m2)
8

A = B . Lt

h) Quantidade de material removido

A quantidade de material removido varia com a localização, as características do


esgoto, as características da área drenada e do tipo de sistema de coleta. A quantidade de
areia removida varia entre 0,004 a 0,200 m3/1000m3 de esgoto, com valor médio de
0,015m3/1000m3 de esgoto.

i) Volume do depósito de areia

A areia removida pela caixa será temporariamente depositada no fundo da caixa de


areia. As dimensões desse depósito serão fixadas a partir do volume diário de areia
removida e da frequência de remoção do material. A profundidade mínima é de 0,20m.

2.3 Caixa de Areia de Seção Quadrada e Mecanizada

Tem a mesma finalidade da caixa de areia de escoamento horizontal. São


recomendadas para vazões superiores a 150 l/s (65.000 hab). Apresenta vantagens:
- limpeza mecanizada contínua
- facilidade de operação
- “lavagem” da areia, ou seja, a areia removida tem menor quantidade de matéria orgânica.
O dimensionamento é feito com base na velocidade de sedimentação que é igual a taxa de
aplicação hidráulica:

Vs = Qmax . 86,4 = T
A
Qmax = vazão máxima (l/s)
A = área superficial em planta (m2)
T = taxa de aplicação hidráulica (m3/m2.dia)

Para partículas de diâmetro de 0,20mm usa-se, normalmente, Vs = 0,77m/min ou 0,77


m3/m2.dia (1108 m3/m2.dia). Normalmente as dimensões são padronizadas pelos
fabricantes do equipamento. O controle do nível de esgoto é feito por estrutura hidráulica
na saída da caixa (vertedor). Na figura 3.4, mostra-se esquema (em planta) dessa unidade.

2.4 Caixa Aerada de Remoção de Areia

Esta caixa de areia é usada para tratar vazões de esgoto consideravelmente maiores que as
das unidades anteriores. Os parâmetros de projeto estão apresentados na tabela 3.4. Na
figura 3.5 está apresenta o esquema típico de uma caixa de areia aerada.

Valor
Item Faixa Típico
Dimensões: Profundidade (m) 2-5
Comprimento (m) 7,5 - 20,0
Largura (m) 2,5 -7,0
Razão: Largura / Profundidade 1:1 - 5:1 2:1
9

Tempo de detenção para vazão máxima (min) 2 -5 3


Remoção de Areia (m³/Ton³) 0,004 -0,200 0,015
Espaçamento entre os difusores de ar (m) 0,45 - 0,60
Vazão de ar (m3 / m. compr. / min) 0,15 – 0,45 0,30

Afluente

Canal de Distribuição

Defletores
Vertedor ajustável
Bomba para retirada da areia

Efluente
3.4- Caixa Mecanizada de Remoção de Areia de Seção Quadrada
FIGURA 3.2

Difusores
ar

Afluente

B B
0,40 a 0,60 m

> 70Þ > 0,60 m

CORTE BB

PLANTA Efluente

FIGURA 3.3
3.5- Esquema Típico de Caixa de Areia Aerada

III Remoção de Óleos e Graxas (gorduras)


10

As caixas de remoção de gorduras são dimensionadas de acordo com os seguintes


critérios:
- Vazão máxima

- De acordo com DEGREMONT:


• Esgoto antes de ser lançado no sistema coletor
- Tempo de detenção: 3 - 5 minutos
- velocidade de ascensão de 15m/h
• Remoção de óleos e graxas como pré-tratamento em estações de tratamento
- Adaptação de um tanque de sedimentação primário
- Combinado com um sistema de caixa de areia aerada: Tempo de aeração 10-
15min (mínimo de 5 minutos).
- Sistema de remoção de óleos e graxas em separado: dimensionamento para
velocidades de ascensão de 15 a 20m/h, máximo de 25m/h.

- Esquema típico de caixa de gordura de acordo com a figura 3.6

> 0,05m

Afluente
Defletor > 40 cmm
Efluente

Descarga de Fundo ø > 100mm


Figura 3.6: Esquema (em corte) de caixa de gordura

Valores típicos de óleos e graxas:


- Esgoto Sanitário: 50 -150 mg/L
- Abatedouros: 500 - 2000 mg/L

Dimensionamento de grades, caixas de areia e medidor Parshall


Seqüência para a etapa de pré-tratamento:

a) Calha Parshall

Cálculo de altura e vazão


Q = K * Hn
Tabela com o expoente n e coeficiente K:
JORDÃO, E.P e PESSÔA, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos, 2005 p. 195
H = profundidade da lâmina líquida (m) (para vazões máxima, média e mínima)

ou segundo Azevedo Netto:


11

Q = 2,2 * W *H2/3

b) Rebaixo na Calha Parshall (Z)

O rebaixo tem por finalidade manter a velocidade de escoamento no canal a montante da


Calha Parlhall próxima a velocidade relativa à vazão média para qualquer vazão afluente
(Figura 3.7).

Qmin = Hmin - Z Qmin = vazão mínima (m3/s)


Qmax Hmax - Z Qmax = vazão máxima (m3/s)
Hmin = lâmina mínima (m)
Hmáx = lâmina máxima (m)
Z = rebaixo (m)

Grade
Caixa de =Z Medidor de Vazão
Areia Pars hall

Figura 3.7 Seção transversal da Calha Parshall/caixa de areia e grade

c) cálculos da caixa de areia

d) Grade

A tabela 3.5 apresenta as barras normalmente utilizadas na construçào de grades

Tabela 3.5 - Barras normalmente utilizada na construção de grades

GRADE BARRAS
Grosseiras 3/8’’ x 2’’ 3/8’’ x 2.1/2’’ 1/2’’ x 1.1/2’’ 1/2’’ x 2’’
10 x 50mm 10 x 60 mm 13 x 40 mm 13 x 50 mm
Comuns 5/16’’ x 2’’ 3/8’’ x 1.1/2’’ 3/8’’ x 2’’
8 x 50 mm 10 x 40 mm 10 x 50 mm
Finas 1/4’’ x 1.1/2’’ 5/16’’ x 1.1/2’’ 3/8’’ x 1.1/2’’
6 x 40 mm 8 x 40 mm 10 x 40 mm

- Espaçamento entre as barras: 2,5 cm


- Inclinação com a horizontal: 60˚
- Velocidade de escoamneto entre barras (grade limpa)
Ve = 0,60 m/s
- Estimativa de material retido:
12

0,015 L sólidos/m3 de esgoto tratado

Вам также может понравиться