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RELATÓRIO
ESTUDO DIRIGIDO – MÓDULO II
TRANSPORTE RODOVIÁRIO FLORESTAL
02/05/2015
Cuiabá, MT
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SUMÁRIO
SÍNTESE ....................................................................................................................................... 3
I - PROBLEMÁTICA ................................................................................................................... 4
II - OBJETIVO .............................................................................................................................. 5
III - SÍNTESE INVESTIGATIVA ................................................................................................ 6
O transporte no Mundo e no Brasil ........................................................................................... 6
Primórdios da Legislação Brasileira de Transito ...................................................................... 9
Legislação Atual para Caminhões de transportes de Toras ..................................................... 10
Transporte De Madeira Em Tora ............................................................................................ 10
O Setor Madeireiro de Mato Grosso ....................................................................................... 11
Transporte de madeira em Mato Grosso ................................................................................. 13
Transporte de madeiras no Mato Grosso através do modal rodoviário ................................... 14
Fiscalização ............................................................................................................................. 14
MURANÇAS ATUAIS NA LEGISLAÇÃO .......................................................................... 15
Ano da Resolução e o Título ................................................................................................... 15
Definição de toras de madeira ................................................................................................. 15
Transporte no sentido longitudinal .......................................................................................... 16
Transporte no sentido transversal ............................................................................................ 17
Altura da Carga ....................................................................................................................... 19
Veículos Adaptados e Alterados ............................................................................................. 20
Direito ao sucateamento .......................................................................................................... 21
Qual a interferência dos incisos IX e X do artigo 230 do CTB? ............................................. 21
"O porquê" dos Ministérios envolvidos?................................................................................. 22
IV - HIPÓTESES ........................................................................................................................ 22
V - DISCUSSAO ........................................................................................................................ 25
VI - CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 26
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 27
2
SÍNTESE
3
I - PROBLEMÁTICA
4
II - OBJETIVO
Objetivos específicos:
5
III - SÍNTESE INVESTIGATIVA
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aconteceram nos últimos anos, como exemplo, podemos citar os primeiros caminhões
que transportavam apenas cinco toneladas, e que foram melhorados para caminhões
com maiores tecnologias chegando a transportar 74 toneladas, com motores altamente
econômicos e eficientes (QUADROS, 2004).
Segundo Morales (1982), as relações entre transporte, desenvolvimento
econômico e desenvolvimento urbano são biunívocas, ou seja, uma age em conjunto da
outra.
Em 1500, com o descobrimento do Brasil, muitos portugueses vieram em
busca das riquezas do país novo, sendo assim, segundo Quadros (2004), o Brasil ficou
fora de grande parte da história da evolução do transporte, recebeu tudo já
experimentado, o que em muitos casos foi benéfico, mas em outros não, como é o caso
do transporte ferroviário, veio para uso somente as sobras de outros países, como o
sistema de bitola larga já descartada por outros países.
Com a vinda das ferrovias, principalmente no estado de Santa Catarina,
surgiram oportunidades de negócios, entre elas o setor madeireiro, e que necessitavam
que sua produção expandisse as fronteiras municipais, estaduais e posteriormente
nacionais, pois para que essa produção se tornasse viável, era necessário o escoamento
da mesma. Porém a dificuldade em se conseguir vagões gerou problemas, o que resultou
em produção estocada nas estações ou nas indústrias. Sendo assim, gerou uma grande
necessidade de buscar novas alternativas para o escoamento dessa produção. Foi então
que se começou a importar caminhões que tanto transportavam as toras para serrarias,
como para o consumidor final ou para os portos de onde partiria para estados distantes.
Na década de 50 surgiram os caminhões da Ford F8, a gasolina, que
transportavam o dobro de carga dos caminhões anteriores. Em seguida, foram
importados da Suécia os caminhões da Scania Vabis que revolucionaram o transporte.
Houve também nessa época algo que muito impulsionou o transporte que foi a
construção de Brasília. Posteriormente surgiram os Mercedes-Benz que foram donos
dos mercados de caminhões por algum tempo (QUADROS, 2004).
No Brasil, o principal meio de transporte é o modal rodoviário, devido a grande
extensão de rodovias. No setor florestal de transporte de madeira, para Simões et. al.
(1981) afirmavam que no inicio da década de 80 o transporte era o rodoviário, com
poucas empresas utilizando-se do modo ferroviário. Machado (1984) relatou também
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que o transporte florestal principal era praticamente representado pelo caminhão. Essa
situação pouco se alterou no passado recente, mantendo - se a predominância do
transporte rodoviário, com algumas empresas transportando parte da sua madeira por
ferrovias e o transporte fluvial mais restrito à região Amazônica.
Segundo SILVA (2011), há décadas o transporte no Brasil apresenta-se em
plena deficiência dificultando o escoamento da produção e consequentemente a
elevação dos custos para mobilidade, refletindo a falta de planejamento regional e da
falta de integração entre os meios de transporte (ferroviário, hidroviário, aeroviário e
rodoviário).
O Brasil é o maior exportador de produtos de base florestal do mundo, e as
atividades de colheita e transporte dos mesmos representam a maior parte do custo final
de madeira posta na indústria. Sendo assim, faz-se necessário o uso de novas
tecnologias que venham auxiliar neste processo, diminuindo custos e otimizando a
logística. Alguns campos no modal rodoviário onde essas tecnologias podem ser
aplicadas são: tipos de combinação de veículos de carga (CVC), seleção de veículos
adequados, investimento e reinvestimento em frota, aspectos de desempenho,
rendimentos e eficiência de veículos, distribuição e tipo de carga, manutenção,
consertos e pneus,rendimento energético, poluição, legislação acerca deste transporte,
gestão elogística, terceirização, ergonomia e segurança, condições de pavimentação
equalidade de malhas viárias, entre outros.
Para o setor florestal brasileiro, atualmente são disponibilizados veículos
conhecidos como off-roads, que possuem diferenciações de chassi, componentes do
motor e do sistema de alimentação de ar, com a presença de pré-filtros de ar, por
exemplo.
De acordo com Seixas (2001),existem várias tecnologias novas existentes
como a utilização de carretas de múltiplos usos, que podem transportar mais de umtipo
de produto (ex.: cavacos e toras), máquinas com eficiência nas operações de carga e
descarga, reboques e semirreboques com maior capacidade de carga, mapas e softwares
fornecidos gratuitamente aos transportadores.
Ainda para Seixas (2001), o sistema Central Tire Inflation (CTI), permite ao
motorista do caminhão variar a pressão de inflagem dos pneus da própriacabine
enquanto dirige, isso traz uma série de benefícios como redução dos requisitos do
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pavimento; redução da manutenção da estrada; redução da fadiga domotorista; menor
custo operacional do veículo, menos reparosnos pneus; aumento da mobilidade do
veículo entre outros. Também como novas tecnologias, vieram os eixos “tandem” e
“tridem” que aumentam a variação da força de tração, dependendo dos pesos por eixo e
do número de diferenciais bloqueados, sistemas de transferência de peso, uso de
balanças durante a operação de carregamento, etc. Essas novas tecnologias podem
diminuir os custos de colheita e transporte além de tornarem esta atividade mais
eficiente.
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Em 1997 houve uma grande mudança no Código de Transito Brasileiro. Foi
sancionada a lei nº 9.503, onde houve grandes alterações na legislação, sendo que a
mais impactante foi à criação de um capitulo de crimes de transito, que não existia no
código de 1966 (VILELA, 20??).
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e Julieta” (caminhão 6x4); caminhão e semirreboque com cambão telescópico
(caminhão 6x4); cavalo mecânico, semirreboque e reboque Rodotrem (cavalo mecânico
6x2 ou 6x4). Malinovski e Perdoncini (1990) afirmam que a linha mais encontrada no
transporte florestal eram a dos traçados (4x4 e 6x4), porém ocorria a utilização dos
convencionais 4x2 e 6x2, principalmente em regiões planas ou caminhões de terceiros
que transportam madeira sazonalmente. Pode-se observar, no quadro 3, as diferentes
conceituações de caminhões e as suas classificações de acordo com a composição
veicular.
TIPO CONSTITUIÇÃO
Simples (caminhão) Constituído de uma unidade tratora e transportadora.
Articulado (carreta) Constituído de uma unidade tratora e um semirreboque.
Conjugado Constituído de um caminhão simples e um reboque.
Bitrem Combinação de um cavalo-mecânico e dois semirreboques.
Tritem Combinação de um cavalo-mecânico e três semirreboques.
Rodotrem Constituído de um veículo articulado e um semirreboque.
Treminhão Constituído de um caminhão simples e dois semirreboques.
CAPACIDADE
CLASSE VEÍCULO (TON)
Leve Simples até 10
Médio Simples 10 - 20
Semipesado Simples, articulado ou conjugado 20 - 30
Pesado Articulado ou conjugado 30 - 40
Extrapesado Rodotrem, treminhão, bitrem, tritem > 40
De acordo com Pereira et al. (2010), para variação ascendente dos preços da
madeira em tora na Amazônia, o custo de transporte influiu diretamente. Em janeiro de
2010, houve alta acentuada nos preços das toras.
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O estado de Mato Grosso é responsável por 33% da produção de madeira
tropical Amazônica do Brasil, ficando atrás somente do estado do Pará 45%
(REMADE, 2006), além de ser o principal fornecedor do estado de São Paulo que é um
dos maiores consumidores de madeira tropical do mundo.
Outro fator de grande relevância se refere ao volume de madeira comercializada
pelo estado de Mato Grosso. Para o CIPEM (2011) somente nos anos de 2010 e 2011
foram transportados cerca de 12.020.069,38 m³ distribuídos nas guias florestais (GFs).
Foram comercializadas madeira in natura (toras), madeira serrada (bloco de
filé, pranchas, taboas, caibros, vigas, lascas, moirões), réguas, quadrados e retângulos,
pontaletes, palanque, poste, aproveitamento pré-cortado, balancins para cerca, madeira
beneficiada, madeira compensada, etc. (SEFAZ, 2012). A madeira é o conjunto dos
elementos linhificados de uma planta que estão dispostos por baixo do córtex. Dão
sustentabilidade à planta e são condutores da seiva bruta, sendo utilizada para fabricar
diversos tipos de objetos. Já as toras são as madeiras brutas com comprimento superior
a 2,50 mentros, enquanto as madeiras brutas apresentam comprimento inferior a esse.
Cupiúba
Para Lacoste & Alexandre (1991), a Cupiúba como espécie de grande valor
madeireiro, reúne várias particularidades interessantes, como: importante plasticidade
ecológica; excelente adaptação ao solo dos trópicos; facilidade para povoar clareiras
(relacionada aecofisiologia das sementes); predisposição a uma silvicultura semi-
intensiva; rápido crescimento, e madeira com boas qualidades tecnológicas.
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Cedrinho
Madeira: Moderadamente pesada(dnsidade 0.83 g/cm3 ), dura, fácil de trabalhar, de longa durabilidade,
podendo entretanto ser atacada por cupins.
Maçaranduba
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distância que o homem pudesse alcançar com suas próprias pernas ou transportar como
uso de sua força. O transporte sempre foi e será uma fundamental alavanca do
desenvolvimento (Quadros, 2004).
No Mato Grosso é possível encontrar, principalmente, três dos cinco modais de
transporte de cargas: rodoviário, ferroviário e aquaviário, sendo o primeiro o de maior
interesse para o setor florestal do Brasil como um todo.
Esse maior interesse do setor florestal pelo modal rodoviário se justifica pelo
fato da adaptabilidade dos caminhões de acordo o tipo, volume ou peso do produto
florestal que está sendo transportado (Quadros, 2004). Assim, as minimizações dos
custos são atendidas, pois para cada carga há um tipo de caminhão que condiz com suas
características.
Fiscalização
O estado do Mato Grosso antecipou-se ao restante do país e começou a
identificar as madeiras exploradas em seu território e que são transportadas pelas suas
rodovias. O órgão responsável pela fiscalização é o INDEA/MT, que tem como objetivo
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nessa identificação a proteção às espécies florestais com restrições legais e a
identificação científica dos recursos florestais explorados no Estado.
A realização da análise da carga pelo INDEA/MT é realizada por profissionais
devidamente capacitados que coletam amostras de cada espécie transportada para ser
analisada e identificada anatomicamente. Se tudo estiver de acordo com a legalidade, é
emitido o Certificado de Identificação de Madeira – CIM (INDEA/MT – 2014).
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Quanto à definição de toras e madeiras, há uma consideração em cada uma das
resoluções. O tamanho da madeira que justifica a denominação de cada uma, a qual será
apresentada na tabela 2.
Tabela 2: Definição de toras nas Resoluções
RESOLUÇÃO ALTERAÇÕES
Resolução n° 188 de 25/01/2006: Define madeira e tora sendo a mesma coisa, não há
distinção entre as duas palavras.
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o veiculo deve ter o painel dianteiro com largura igual à da carroceria, fueiros laterais,
cabos adequados para a fixação da carga, cada uma das toras das camadas superiores
deve estar encaixada entre duas toras da camada imediatamente inferior (ilustração anexa
às resoluções).
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madeiras e também para aumentar o centro de gravidade oferecendo maior estabilidade
ao motorista do veículo (MELO, 2004).
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segurança, envolvendo o uso de fueiros e cintas de poliéster e cabos de aço para cada
situação, desde fechamento parcial lateral, como fechamento por inteiro das cargas, isto
descreve a forma que deve ser feita para cada situação o transporte em rodovias por
madeira, a mesma ainda apresenta a como uma opção de sistema as questões abordada na
primeira resolução. Na ultima resolução n°246 não ocorreram mudanças da resolução
n°196, mostrando que não foi preciso alterar.
Altura da Carga
O limite da altura máxima da carga deve ser atendido por motivos de segurança
no tráfego do veículo, um modo que a legislação visa diminuir os acidentes. Importante
perceber que quanto maior a altura é menor o centro de gravidade do veículo, o
deixando mais instável na pista, principalmente em velocidades maiores (MELO, 2004).
Houve adequações durante as resoluções para esse tipo de transporte que será
apresentado na tabela a seguir.
Tabela 06: Representação em cada resolução da altura máxima das cargas nos veículos
florestais em rodovias.
RESOLUÇÃO ALTERAÇÕES
§3º A altura da carga não poderá exceder, em hipótese
Resolução n° 188 de 25/01/2006: alguma, a altura dos painéis (dianteiro e traseiro), dos fueiros
e das guardas laterais da carroçaria do veículo.
Resolução nº 196 de 25/07/2006: Art. 6º A altura da carga deve ser limitada pela menor altura
dos painéis ou fueiros do veículo.
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estipulou apenas a altura máxima da carga a altura dos menores painéis e fueiros do
veículo. Já a resolução nº 246 foi considerada altura máxima não exceder os painéis
dianteiro do veículo, sendo a menos segura no transporte rodoviário florestal, pois pode
ultrapassar a altura dos painéis traseiros.
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local possuir certificação e o DETRAN estiver de acordo, não há problemas com esta
empresa.
Direito ao sucateamento
Os veículos quando excedem seu tempo de vida útil precisam ser sucateados.
Portanto a legislação do transporte de cargas florestais teve certa demora, mas abrangeu
esses veículos.
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perfeitas condições de uso, não pode estar com a data de validade vencida, pois se não
seu uso seria ineficiente.
Equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN:
para a configuração desta infração, são necessários dois quesitos: 1º) que a
obrigatoriedade do equipamento veicular conste da legislação de trânsito; 2º) que o
proprietário do veículo esteja com o equipamento de forma diferente ao previsto (por
exemplo, o porte de extintor de incêndio em capacidades diversas das previstas na
Resolução do CONTRAN nº 157/04).
IV - HIPÓTESES
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isso as exigências em relação às resoluções foram sendo muitas vezesminimizado, ao
invés de buscarem o rigor necessário para atividade, fato este que causa uma
preocupação, pois retrata a ineficiência das resoluções nº 188 e nº 196pela dificuldade
de adequação dos veículos.
A Resolução em vigor nº 246, tentando solucionar problema com a idade das
frotas, definiu que os veículos fabricados e licenciados até a publicação da resolução nº
196 e cumprido a regularização, têm o direito de circulação até o seu sucateamento.
Fato que não constava nas resoluções anteriores, impõe um relaxamento nos requisitos
de segurança.
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efetividade dasnormas é necessário estabelecer condições que viabilizem o seu
cumprimento,tornando-as aplicáveis à realidade e fortalecendo a estrutura técnica
incumbida emsua aplicação.
Na primeira resolução vários pontos não ficaram muito claros, por exemplo,
toras e madeira bruta, isso provavelmente causou discussões, pois não havia um padrão
estabelecido, essa questão também causava duvidas sobre a disposição no sentido
longitudinal, que apresenta duas maneiras, sendo uma para toras e outra para madeira
bruta. Sendo assim esta questão foi alterado na Resolução nº 196 que distinguiu toras de
madeira bruta, criando então um tamanho padrão, que facilitaria o carregamento da
carga e também a fiscalização dos veículos quanto a carga.
No caso de madeiras brutas com comprimento igual ou inferior a 2,50 metros
foram muito bem definidas na Resolução n° 196 e não precisou ser alterada, pois ficou
claro e fácil de cumpri-la, sendo detalhadas as condições adequadas de segurança para o
transporte no sentido transversal sobre a carroçaria do veículo.
O transporte no sentido longitudinal "ganhou" novas formas na Resolução nº
246, que incluiu a disposição vertical e piramidal de toras, que relaram de madeira mais
detalhada as atitudes necessárias para a regularização da carga sobre a carroçaria do
veículo. O que por sua vez reforçou a segurança e otimização do espaço disponível.
Essa Resolução assegurou também o direito dos veículos devidamente regularizados
circularem até o sucateamento, o que retirou os veículos em condições muito precárias
de trafegarem pelas rodovias, evitando um parcela dos acidentes ocorridos, porem esses
veículos que ganharam esse direito podem vir a apresentar problemas em pouco tempo e
passariam a ser um risco, até que fossem retirados de circulação.
As criticas ajudaram a melhorar as resoluções em parte, porem em outras partes
fizeram com que as resoluções fossem se tornando mais flexíveis em certos aspectos,
como, os órgãos que inspecionam os veículos adaptados, que deixaram de ser
especificados e credenciados pelo INMETRO.
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V - DISCUSSAO
Na primeira resolução vários pontos não ficaram muito claros, tais como toras e
madeira bruta, pois não havia um padrão estabelecido, e desse modo ocasionou,
provavelmente, diversos problemas. Essa questão também causava duvidas sobre a
disposição no sentido longitudinal, pois se apresentava duas maneiras, sendo uma para
toras e outra para madeira bruta, porem sem saber ao certo qual a diferença entre as
mesmas. Assim, os veículos poderiam ser carregados de maneiras diferentes, o que por
sua vez aumenta o risco de acidentes e dificulta a fiscalização, já que os fiscais não
poderiam alegar que as cargas estavam sendo transportadas no sentido indevido.
Sendo assim esta questão foi alterada na Resolução nº 196 que distinguiu toras
de madeira bruta, criando então um tamanho padrão, que facilitaria o carregamento da
carga e também a fiscalização dos veículos quanto a carga. Porem essas alterações ainda
não foi suficiente para melhorar as condições de segurança e consequentemente foram
incluídos na Resolução n° 246 as disposições piramidal e vertical.
No Mato Grosso são transportadas, na grande maioria, toras de madeira nativa,
sendo então portadores de diâmetros que inviabilizam o transporte vertical, o que
favorece a disposição piramidal, que por sua vez proporciona maior segurança da carga
sobre a carroçaria, pois as toras da segunda "camada" são encaixadas a cada duas toras e
isso ajuda a evitar o deslocamento das mesmas durante o transporte e também estabiliza
o centro de gravidade do veiculo. Dessa forma a carga não fica com a largura superior a
da carroçaria, o que não deve ocorrer em nenhuma situação em veículos devidamente
regularizados para esse tipo de transporte, pelo fato da presença das proteções laterais.
Porém, na pior das hipóteses, no caso de veículos que não foram adaptados e que é
usado para esse fim, isso é evitado.
No caso de madeiras brutas com comprimento igual ou inferior a 2,50 metros
foram muito bem definidas na Resolução n° 196 e não precisou ser alterada, pois ficou
claro e fácil de cumpri-la, sendo detalhadas as condições adequadas de segurança.
Na Resolução n° 246 foi incluído um artigo que assegura o direito dos veículos
devidamente regularizados circularem até o sucateamento, tornando possível que
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fossem retirados os veículos em condições muito precárias de trafegarem pelas
rodovias, evitando a ocorrência de uma grande parcela dos acidentes causados pelos
mesmos. Porem esses veículos que ganharam esse direito podem vir a apresentar
problemas em pouco tempo, passando a ser um risco, até que fossem retirados de
circulação. Por isso é de suma importância que os órgãos fiscalizadores sejam rígidos e
haja fiscalização suficiente para que esse Art. seja devidamente cumprido.
As criticas das pessoas envolvidas nesse tipo de transporte ajudaram nas
alterações, pois é através dessas pessoas que vivem essa rotina que é possível saber o
que foi eficiente e o que deixou de ser atendido. Porém nem sempre as mudanças que
visam regularização da carga, melhorias na segurança e na qualidade de vida do
motorista são aceitas, pois "prejudicam" em certos aspectos os lucros do empregador,
que na maioria das vezes não está muito interessado em nada além da carga e então
deixa de cumprir certas obrigações. Isso se intensifica devido a falta de fiscalização
suficiente e também a falta de incentivos do governo para que os trabalhadores
autônomos pudessem melhorar sua frota, investir em treinamentos e até mesmo
terminar o ensino médio, o que a grande maioria nem possui.
VI - CONCLUSÃO
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VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
27
GUIMARÃES, A. L. P.; Madeira de São Paulo. Árvores brasileiras. Disponível em:
http://www.madsaopaulo.com.br/. Acesso em 03 maio 2015.
28
MACHADO, C. C. Planejamento e controle de custos na exploração florestal.
Viçosa, MG: UFV, 1984. 138 p.
29
SEIXAS, F. Novas Tecnologias no Transporte Rodoviário de Madeira. 2001.
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