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INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos abordar a questão ligada aos territórios sob colonização alemã.
Estes territórios que mais tarde, quando na primeira guerra mundial, Alemanha perde
todas as suas possessões e que mais tarde estariam sob tutelas dos outros países como
Inglaterra, França, Bélgica e bem como sob tutela da África do sul.

Também, muito antes da perca dos territórios neste trabalhamos também iremos abordar
das políticas de ocupação ou de controlo total destes territórios que os alemães haviam
ocupado tendo em conta um pequeno grupo de companhias alemães que se dedicava ao
comércio e controlo dos territórios muito antes do governo alemão ter implementado
políticas de ocupação e desenvolvimento bem como das várias revoltas provocando um
grande número de vítimas.

A liberdade é a capacidade ou oportunidade que um indivíduo tem para fazer


determinadas mudanças políticas económicas e etc. Neste trabalho também abordará
aqueles que deram tudo a fim de garantir liberdade dos territórios que eram governadas
pelas potências europeias, os grandes desafios que tiveram que enfrentarem para a
proclamação da independência destas terras que hoje formam grandes países africanos.
Esmiuçaremos dos grandes partidos políticos que foram surgindo tendo em vista a
independência que já renascia no seio dos africanos batalhador e vencedores

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Capítulo 1 Constituição dos conjuntos
Em comparação com as demais colónias europeias, a corrida colonial alemã deu-se de
forma tardia, só em 1883 os alemães entraram na corrida para África, embora pelo
“risco” de particulares que (aparentemente) tomaram a iniciativa de conquistar

posições que, mais tarde, o Governo Imperial apoiou, reconheceu e protegeu.

Assim sendo, a seguir à Conferência de Berlim, o império colonial alemão em África


chegou a ser
constituído por:

-África Oriental Alemã [Deutsch-Ostafrika, que incluía os territórios do Tanganica


(hoje, parte continental da Tanzânia) foi agente colonial Carl Peters que havia
comprado grandes faixas de terra do sultão de Zanzibar(Tanganica) e só depois o Reich
o tornou seu protectorado.
-O Ruanda-Urundi (hoje, Ruanda e Burundi), o Wituland (integrado no Quénia, desde
1890) e o Triângulo de Quionga (em Moçambique)

-Sudoeste Africano Alemão [Deutsch-Südwestafrika (actual Namíbia) e o sul da Faixa


de Caprivi, no Botswana] o Reich assumiu em 1883 a proteção da zona do Sudoeste
Africano, onde o negociante de Bremen, Ludertiz, comprara terrenos no ano anterior.

-África Ocidental Alemã [Deutsch-Westafrika, que integrava os Camarões e a


Togolândia (hoje Togo) o viajante e explorador Gustav Nachtigal conseguiu para o
Reich, em 1884, os direitos de soberania sobre o Togo (Togolândia) e os Camarões.

ESTRUTURA ÉTNICA DOS TERRITÓRIOS AFRICANOS SOB COLONIZAÇÃO


ALEMÃ

ÁFRICA OCIDENDAL ALEMÃ (CAMARÕES E O TOGO)

CAMARÕES

Bamileke: Bamileke ocupam o noroeste e o planalto ocidental dos Camarões. O grupo


étnico é composto de outras tribos relacionadas com as quais eles compartilham um
ancestral comum, formando o maior grupo de 38% da população total. As tribos
incluem Bamum, Tikar e outras pessoas das terras altas do oeste. As línguas faladas
pelo Bamileke incluem variantes de Ghmala, Fe'fe, Yemba, Medumba e Kwa

Beti-Pahuin
Os Beti-Pahuin são uma comunidade étnica Bantu que ocupa as regiões de florestas
tropicais do sul dos Camarões. O Beti-Pahuin compartilha uma origem comum com os
Fang, Njem, Bulu e Baka entre outros. O Beti-Pahuin serviu como intermediários
durante o comércio europeu. Os alemães os exploraram para o trabalho escravo, a
construção de estradas e como prisioneiros sexuais levando a uma série de conflitos.

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Duala
Os Duala são um grupo étnico de Bantu costeira dos Camarões que é altamente educado
devido ao contacto de longo prazo com os europeus. A Doula compartilha uma origem
comum com pessoas como Ewodi, Isubu, Batanga, Bakoko e Bassa, formando 12% da
população total. O principal idioma falado é Douala.

Kirdi
Ocupam o noroeste dos Camarões. O nome Kirdi significa pagão e foi usado para se
referir a um grupo de pessoas que se recusaram a aderir à fé islâmica. O grupo compõe
18% da população total. Entre os membros de Kirdi estão Bata, Fata, Mada, Mara e
Toupori. Os Kirdi falam línguas chadicas e adamawa.

Fulani

Os Fulani são muçulmanos que falam a língua Popular. Os Fulani tinham um domínio
religioso e cultural sobre a população local, forçando a maioria deles a se converter ao
islamismo, enquanto outros fugiam de suas casas. Sua cultura é altamente influenciada
pelas práticas islâmicas

TOGO

1-Euês 2- Iorubás 3-Ajas 4-Anas 5-Avatime 6-Kabye 7- Kopso

ÁFRICA ORIENTAL ALEMÃ(TANZANIA)

Sukuma
Os Sukuma são grupos étnicos bantu. Sukuma significa norte, e o Sukuma significa
povo do norte. Eles habitam a parte noroeste da Tanzânia e concentram-se perto ou na
margem sul do Lago Vitória. Historicamente, o povo Sukuma foi organizado em chefes
autónomos. Foi durante a colonização que esses chefes se uniram para formar uma
unidade. Eles falam predominantemente a língua sukuma, que é uma língua bantu da
família nigero-congolesa.

Nyamwezi
O povo Nyamwezi migrou para a Tanzânia durante a migração bantu da região dos
Grandes Lagos na África Central. Eles ocupam as províncias de Tabora e Shinyanga,
coletivamente referidas como a região de Unyamwezi e falam a língua Kinyamwezi.

Chagga
O povo Chagga habita as encostas do sul do Monte Kilimanjaro. O povo Chagga
migrou para as encostas do Monte Kilimanjaro durante a migração Bantu e foi
organizado em chefias. Eles falam a língua bantu de Kichagga e observam as regras
patrilineares em herança e ancestralidade.

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Hadza
A etnia Hadza reside no norte da Tanzânia, ao redor do lago Eyasi. Os hadza são tribos
indígenas de caçadores e coletores, uma das últimas tribos caçadoras-coletoras na
África. Eles são culturalmente distintos de outras tribos na Tanzânia e compartilham
apenas algumas semelhanças com o povo khoisan da África Austral. Eles traçam sua
ancestralidade até os bosquímanos caçadores-coletores originais da Tanzânia medieval.
Houve inúmeras tentativas de civilizar os hadza desde a era colonial, tentativas que se
provaram fúteis. O povo hadza vive como seus ancestrais, e não observa dias, horas e
meses.

Maasai
Os Maasai são um grupo étnico nilótico nativo da Tanzânia e do vizinho Quênia. Os
Maasai são principalmente pastores, embora a agricultura também seja praticada. A
cultura dos Maasai permaneceu praticamente inalterada e envolve uma rica variedade de
literatura oral e canções

Outras tribos nativas


A Tanzânia tem um grande grupo de outras etnias indígenas. Estes grupos incluem
Makondé, Hadzabe, Hehe, Ikoma, Gweno, Ha, Mande, Kamba, Akiek, Alagwa,
Gorowa, Digo, Bembe, Bouché, Kwaya, Kutu, Kisi, Luo, Kwavi, Luguru, Magoa,Haya

SUDOESTE AFRICANO ALEMÃO (NAMÍBIA)

Herero
O grupo herero que historicamente habita a parte central do país conhecida por sua vasta
pastagem.
OBS: Os imigrantes brancos tomaram terras dos Herero e Nama e controlaram a
maioria no início do 1900 Isto, no entanto, não apaziguou os alemães, e eles tinham
planos de deslocar as tribos para terras de reserva para obter mais terras e gado. Os dois
grupos tribais trabalharam juntos para formar uma rebelião que durou três anos e quase
destruiu as populações de Herero e Nama. Estimativas acreditam que aproximadamente
80% de cada tribo pereceu durante o genocídio. Aqueles que permaneceram foram
empurrados para terras desertas e forçados a viver em campos de concentração ao longo
da costa e trabalhar como escravos construindo ferrovias e minerando diamantes.

Ovambo
Cerca de metade da população é composta pelo povo Ovambo (também conhecido
como Ambo) que habita principalmente a parte norte do país.Tradicionalmente, esse
grupo étnico vive sob a orientação de um chefe que atribuiu lotes de terra a cada
família. Quando o inquilino morre, o chefe designa a terra para uma nova pessoa. Hoje,
as pessoas sobrevivem colhendo milheto (um tipo de grão) e criando gado. A religião
mais comum é a fé luterana, embora seja misturada com crenças tradicionais em bons e
maus espíritos.

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Kavango
vivem ao longo da região nordeste da Namíbia. Eles praticam pesca, pecuária e colheita
agrícola para subsistência. Seus costumes dão muito respeito aos mais velhos.

Damara
vivem na parte noroeste do país. Sua língua nativa é Khoekhoe, embora pouco se saiba
sobre o grupo. Eles não têm relação com outras tribos e acredita-se que descendem de
uma tribo de caçadores-coletores.
Grupos minoritários
Outras tribos e etnias vivem na Namíbia, embora constituam uma pequena porcentagem
da população. Estes incluem: Capriviano (4%), Busmen (3%), Tswana (1%) e outros
grupos que compõem menos de 1% cada.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E GESTÃO COLONIAL ALEMÃ NOS


TERRITORIOS AFRICANOS

Inicialmente Otto Von Bismarck não tinha como prioridade a política de conquista de
territórios na África, O chanceler não queria utilizar dinheiros públicos na fundação de
colónias, tanto mais que o Parlamento (Reichstag) também tinha relutância em autorizar
despesas para expedições longínquas. Sem o apoio popular e receando a conflitualidade
internacional, dada a fraqueza naval da Alemanha, Bismarck pretendia desenvolver uma
política colonial alemã discreta, nos planos externo(welpolitik) e interno. Mas outras
forças políticas e económicas (diversas reivindicações de forças políticas conservadoras
representadas no parlamento alemão e a burguesia mercantil germânica) defendiam a
política colonial em nome do alargamento do espaço vital. Por isso, os empresários
com êxitos comerciais no ultramar deveriam participar no desenvolvimento
colonial, apesar das reconhecidas dificuldades individuais, o que suscitava a
necessidade de se agremiarem em companhias.

Inicialmente as colónias alemãs em África, excepcto a Togolândia e os Camarões,


foram administradas por “companhias” soberanas ou privilegiadas, a par de muitas
“sociedades” que, não tendo um fim tão amplo, também investiam os seus capitais em
determinadas empresas coloniais. Assim, foram constituídas a Companhia Alemã da
África Oriental (DeutschOstafrikanische Gesolschaft) e A Sociedade Colonial Alemã
da África do Sudoeste (Deutsche Kolonialgesolschaft für Südwestafrika).

Para a África Ocidental, em 1885, foi fundada a Sociedade Alemã da África Ocidental
(Deutsch Westafrikanische Gesechschaft), com responsabilidades de exploração nos
protetorados alemães do Togo e dos Camarões, mas que não chegou a governá-los,
tendo, após alguns anos de pouco lucro, sido absorvida pelo Império Alemão, em 1903.

As companhias concessionárias, como empresas internacionais privadas, pagavam


impostos ao governo, com direito a cobrar taxas em dinheiro ou em trabalho dos
africanos, importar e exportar, realizar comércio, criar e gerir grandes plantações,
construir infraestruturas e garantir a ordem e os serviços de comunicações.

No que tange ao trabalho, as colónias alemãs apresentavam ambiguidades e


contradições equivalentes àquelas das colónias britânicas, portuguesas ou francesas.

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Em todas elas, os colonizadores tentaram impor o modelo de sociedade do trabalho.
Para isso, instituíram um sistema tributário e coercitivo para impelir os africanos a
trabalhar sob e para o colonialismo

CAMARÕES: Os Camarões tinham primeiramente, segundo o método bismarckiano,


sido confiscados a comerciantes. Mas as suas limitações fizeram que a direcção
passasse para as mãos dos militares e da administração alemã.

TANGANICA: as possessões alemães da África oriental foram geridas com métodos


sensivelmente análogos. Enquanto o Rwanda e Urundi tinham um regime de
administração indirectas por meio dos Mwamis, o Tanganica encontrava-se sobretudo
submetido a uma administração directa muito assimiladora, com quadros
administrativos compostos de Árabes, de suaílis de nível bastante medíocre e que, ainda
por cima, não eram autóctones. Os alemães iam se apoderando de terras ricas,
recebendo concessões e iam se benefiando do trabalho de escravo ao qual se juntavam
severos impostos. Os alemães lançaram o sisal, o café, o algodão, o amendoim. E em
1914 abriram os caminhos de ferro no norte (linha de Bujumbura) e no sul.

A DERROTA ALEMÃ NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E PERCA DOS


SEUS TERRITORIOS EM ÁFRICA

Com a guerra de 1914-18, a Alemanha perdeu os seus territórios em África


conquistados por: INGLATERRA, FRANÇA, BÉLGICA E A UNIÃO DA ÁFRICA
DO SUL. Estes, dividiram os espólios entre si.

-França: obtiveram a maior parte do Togo e dos Camarões

-Inglaterra: ocupou as zonas orientais mais pequenas que foram administradas em


conjunto com as colónias vizinhas da costa do ouro (actual Gana) e da Nigéria. A maior
parte da África oriental alemã passou para posse da Inglaterra.

-Bélgica: recebeu pequenos reinos da África oriental alemã que depois foram chamados
de Ruanda-Urundi

-União da África do sul: obtiveram a Namíbia

Relativamente a esta partilha, aos vencedores não lhes foi permitido tornararem-se
senhores absolutos destes territórios, durante os acordos pós-guerra primeira guerra
mundial, aos conquistadores dos territórios alemães em África, só eram autorizados a
administrar as suas conquistas sob Mandato da Sociedade das Nações.

Era expressamente proibido o confisco de terras aos africanos e recrutamento forçado de


mão de obra, devendo novos governos enviar anualmente relatórios sobre a sua
administração a uma comissão de mandatos criada pela SDN.

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CAMINHOS DE EMANCIPAÇÃO

Se é certo que a resistência À conquista colonial foi importante, a que se seguiu e se


opôs ao sistema colonial não foi menos notável, por seu caráter perpétuo, ininterrupto, a
cessar aqui para ressurgir acolá, sempre a renascer, deixando zonas inteiras quase
indomáveis e o colonizador numa perpétua incerteza. É igualmente notável o engenho
de que os africanos deram mostras para contestar o sistema colonial, desde recusa
individual até aos motins regionais. A resistência era passiva ou activa, local ou
alargada, eclodia em meio rural ou urbano, assumia formas antigas ou modernas e
colocava-se no terreno económico, social, político sem excluir o religioso.

RESISTÊNCIAS POPULARES TRADICIONAIS

Apresentam um caráter esporádico e rural, fraca amplitude dos movimentos, acções mas
frequentemente isoladas do que concertadas, grau limitado de consciência e objectivos a
curto prazo.

 1.2- RESISTÊNCIAS PASSIVAS: a recusa do sistema pela passividade ou fuga,


que foi a primeira forma de resistência, permitiu a muitos africanos não se
submeterem À lei dos brancos e afrontá-los sem ser nos campos de batalha.
 1.3-RESISTÊNCIA IMEDIATA: estas caracterizavam-se por revoltas
espontâneas, coléricas, de reduzida envergadura. Tratavam-se de movimentos
epidérmicos, eram resistências desorganizadas em que o grupo age mais por
contágio, oportunidade, solidariedade do que por estratégia, sem ideologia nem
conteúdo político explicito, sem um real alcance da ação empreendida.

Esses movimentos eram recorrentes nas zonas protegidas, como as florestas de (África
Central e nas florestas da África Ocidental e etc.), onde a administração se mostrava
mais exigente em territórios franceses, belgas e portugueses. É o caso dos Awandjis que
são caracterizados por se instalarem-se em plena floresta equatorial, no curso superior
do Ogoouí (Gabão). Os Awandjis escaparam aos efeitos da colonização em geral, e ao
imposto em particular até a guerra de 1914-1918. Recorrendo a toda as astúcias da
resistência passiva quando o perigo se aproximava. Acabaram de serem vencidos em
1929, dizimados por sangrenta repressão mas nem a região se submeteu totalmente e à
autoridade colonial.

-Resistências por meio da religião: Não possuindo quadro político ou ideológico em que
se exprimir, conceitualizar e enriquecer a recusa da colonização, os africanos usaram
uma das antigas vias do pensamento, a religião. Dentre os quais temos: o islão, o
cristianismo e as próprias religiões africanas.

Os motivos das revoltas eram múltiplos como por exemplo: a cobrança avultada
de impostos, trabalho forçado, as culturas obrigatórias, etc.

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Nos camarões

Nos territórios bulu,maka e ndjem, a resistência prolongar-se-á até 1907, e só em 1911


certos chefes como Somo e certas regiões como Bafia deporão as armas. Quanto aos
habitantes do norte dos camarões, tiveram os alemães de fazer frente aos lamibés, muito
mais bem organizados e armados do que no sul. Empregaram também meios mais
importantes. O lamidoMahama defendeu-se com fúria no Tibati até ser capturado, em
1909, e foi depois torturado e afastado para ser substituído por Chiroma, homem
submisso aos alemães foi tomada e o seu chefe Abo morto. O lamidorey é vencido.
Subeiru, emir de yola, e Amadu, lamido de Morua, são batidos em Garua e Marua,
apesar das suas proezas, e mortos também pouco depois, sendo os seus irmãos
investidos no seu lugar.

A REVOLTA MAJI MAJI DO TANGANICA (1905 -1907)

O levante maji maji foi o primeiro movimento de grande escala da África Oriental. foi a
derradeira tentativa das antigas sociedades do Tanganica de destruir a ordem colonial
pela força . Tratava-se efetivamente de um movimento camponês de massa contra a
exploração colonial.

O regime alemão no Tanganica ficou abalado, e sua reação não se limitou a Esmagar o
movimento, a política comunitária de cultura do algodão foi abandonada.

A EMERGÊNCIA DAS ELITES: estes são alguns africanos que souberam distinguir-se
das massas e construíram uma nova elite começando no séc. XIX, mas no séc. XX.
ERAM EDUCADOS À moda ocidental e constituíram o grupo de intelectuais negros e
tiveram um grande papel na luta contra o colonialismo.

O DESPERTAR POLÍTICO

Estas, representavam uma melhor organização ao combate aos europeus. Aqui os


africanos apoderaram-se de armas tradicionalmente utilizadas na Europa, armas como
as ideologias políticas modernas, as associações, os clubes, os sindicatos, os partidos
políticos, a imprensa, a greve, o boicote, etc.

A ESCRITA E A IMPRENSA: Instrumento de pressão bem moldado, proveniente de


um longo confronto de ideias e de luta contra os abusos de poder na Europa, e
sagazmente recuperado pelos africanos, a escrita serviu à a causa anticolonial.
Numerosos foram os livros, os libelos, as peças de teatro ou simplesmente os panfletos
que tiveram impacto não só nos negros, mas como também em certos meios europeus.
Associações reformadoras e sindicatos (África oriental)
As inúmeras associações comerciais formadas pelos agricultores e empresários
africanos durante esse período tiveram um papel secundário no plano político.
Normalmente eram formadas com determinado objetivo, mas em vista dos problemas
quotidianos inerentes à situação colonial, logo se viam obrigadas a denunciar todos os
abusos do sistema em sua região. Por essa razão, os dirigentes se tornavam alvo da
hostilidade dos representantes locais da administração colonial.

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Um bom exemplo a respeito é a Kilimandjaro Native Planters [Coffee]Association
(KNPA), fundada em 1925 “para defender e promover os
Interesses dos plantadores de café indígenas do Kilimandjaro

OS PARTIDOS POLITICOS: organismos variados vão, portanto, dar o tom ao


movimento nacionalista na África negra. Mas o factor especifico da luta neste campo, o
verdadeiro empreendedor, é o partido político. Vão proliferar na África diversos
partidos políticos depois da segunda guerra mundial.

PROCLAMAÇÃO DAS INDEPENDENCIAS E OS PRIMEIROS PASSOS RUMO A


CONSOLIDAÇÃO

A marcha para a independência dos estados africanos negros foi um dos fenômenos
políticos mais espetaculares da segunda metade do séc XX. O movimento, iniciado na
África ocidental Britanica vai-se estender muito rapidamente aos estados francófonos e
depois à África belga e aos territórios britânicos da África oriental e central pra depois
então espalhar-se aos outros territórios.

Togo

A história do Togo após a segunda guerra mundial está estreitamente ligada à


personalidade de Sylvanus Olympio. Nascido em 1902, em Lomé, fez os seus
primeiros estudos em alemão. Em 1919, Togo tornava-se território sob mandato e,
embora vivesse na zona francesa, Sylvanus prosseguiu a sua formação na London
School United África Company (USA). Em breve era seu director no Togo, uma
promoção sem precedentes nessa época para um africano. Em 1948 era presidente da
câmara de Comércio Do Togo. Defensor da unificação do povo Evhé, disperso nas duas
partes do Togo sob mandato, militou no comté de UnitéTogolaise (C.U.T), organização
sociocultural que se transformou em partido político para as eleições territoriais de
1946. O êxito do C.U.T. fez de Olympio presidente da Assembleia Territorial. Em 1947
advogou na tribuna da ONU a causa da unidade do Togo, com um vigor e uma precisão
que impressionaram. Decepcionado pelo plebiscito de 1956 que ligava a Gana a
Tagolândia Britânica, era combatido pela administração francesa. Em 1955 são
ampliados os poderes da assembleia territorial, ao mesmo tempo que é criado um
conselho de Governo. Esta experiência inspirará a lei-quadro Defferre. Em 1956,
quando é proclamada a república autónoma do Togo, Nicolas Grunitsky, então chefe do
Parti Togolais du Progrès (P.T.P.) é nomeado primeiro-ministro. OC.U.T., indignado,
exigiu eleições devidamente controladas antes da independência, que era reclamada aos
gritos de «ABLODÉ» (liberdade).
Estas eleições, fiscalizadas pela O.N.U. em Abril de 1958, deram 33 lugares ao C.U.T.
apenas ao P.T.P e Io à Union des Chefs et des population dunord. Olympio assumiu
portanto o cargo de primeiro-ministro e acelerou a marcha para a independência, que foi
proclamada em Abril de 1960.

Governou o país com rigor de contabilista e pulso muito firme. Surgiram com Gana
problemas de fronteiras. A juventude do C.U.T. (Juvento) censurava Olympio por
manter laços demasiado estreitos com a França. Olympio acentuou a sua influência e

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decidiu apresentar uma lista homogénea às eleições legislativas de 1961. O C.U.T.
conquistou, portanto, todos os lugares e Olympio tornou-se presidente da república com
poderes muitos latos. Dois anos depois foi assassinado, quando de um golpe de Estado
militar (Janeiro de 1963). Foi substituído como chefe de Estado por Nicolas Grunitsky,
secundado por Meatchi, mas que, em princípios de de 1967, foi obrigado, por sua vez,
pedir a demissão, sob pressão do exército. O chefe de Estado é o general E. Eyadema.
Em agosto de 1967 era criado o Rassemblement du peupple Togolais (R.P.T), partido
único. Sempre que o general Eyadema anunciava a entrega do poder civil,
desencadeava-se um movimento de opinião para lhe pedir que continuasse a sua missão.
O primeiro congresso do R.P.T., em 1971, pediu um referendo, que foi levado a cabo
em janeiro de 1972, com 99% favorável ao presidente.
O.R.P.T. está implantado em todas as aldeias.
Uma conspiração em 8 de Agosto de 1970, em que Kutuklui estava implicado, foi
severamente reprimida. Em seguida, o presidente Eyadema devotou-se a uma tarefa de
reconciliação e de unidade, assim como a reduzir o atraso acusado pelo Norte durante o
período colonial.
Em 1974, na altura em que o Togo negociava para controlar a comercialização e a
exploração das minas de fosfatos, um acidente no seu avião pessoal em Sarakwa ia
custando a vida ao presidente, que acusou dele a sociedade em causa, a C.T.M.B.
Este acontecimento contribuiu ainda para reforçar a política de nacionalismo económico
e cultural do R.P.T. pela autenticidade. As relações do Togo são execelentes com Zaire
e a Nigéria, mas não tão boas com os seus dois vizinhos, Gana e Benin, por razões de
fronteiras ou divergências políticas.
Em 1972, o presidente Eyedema fez vigorosamente o processo da zona do franco.
Tomou a dianteira para uma abertura em direcção à C.E.E. e foi assinada em Lomé, em
1975, a convenção entre C.E.E. e os A.C.P., enquanto o Togo e a Nigéria foram os
promotores da C.E.D.E.A.O., cuja carta foi assinada em Lomé, por dezasseis países, em
1976.

Camarões

Os camarões, território-charneira situado na encruzilhada da África, muito promissor


do ponto de vista económico, sobretudo depois do desenvolvimento da cultura interior
no rico planalto Bamileké, estavam politicamente divididos entre Bloc Démocratique
Camerounais (B.D.C), fundado pelo Dr.Aujulat, que durante largo tempo havia
trabalhado no país, e a Union des population du Cameroun (U.P.C.), secção local do
R.D.A. A «retirada táctica» do R.D.A. em 1950 não foi aprovada pelo secretário-geral
da U.P.C., um Nyobé. Ora a França não tencionava largar tão cedo os camarões para
não criar um precedente desagradável para o caso argelino nem precipitar o curso da
emancipação no resto da África Negra. Neste entrementes, em 1955, Yaoundé, do
tempo do alto-comissário Roland Pré, uma manifestação interdita da U.P.C. provoca um
choque com a polícia, que abre fogo sobre os participantes. AU.P.C. entra na
clandestinidade e torna-se ainda mais intransigentes. O Sanagá Marítimo, na região
Bassa, é teatro de actos de sabotagem e de terrorismo, aos quais o proletariado urbano
de Duala é muito sensível. Não se tenta qualquer abertura em direcção aos chefes
U.P.C. pelo contrário, o dirigente da política vem a ser primeiro-ministro em 1957,
André-Marie Mbida, é anticomunista militante e muito susceptivél. É secundado por
um eleito do Norte,Amadu Ahidjo, membro, como ele, de início do B.D.C. e depois
dirigente da Union Camerounaise, centrada no Norte do país e que contrastava com
Mbida pela sua sensibilidade política. Muito em breve Mbida perdeu o prestígio pelas

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suas arremetidas contra as diversas tendências políticas (Paysans Independants, de
Kemaju, Action Nationale, de Soppo Priso). Ora a França, ao aproximar-se o debate
sobre os camarões previsto na O.N.U. para 1958, tinha empenho em se aproveitar com
resultados susceptiveis de neutralizar a propaganda e as e «reivindacações da U.P.C. era
necessário, portanto, retomar num outro contexto o programa desta ultima lançando as
palavras-chaves Independência e Unidade.
Para o tal figurava a nomeação Ramadier para alto-comissário e que vai acelerar este
processo, que implicava a substituição de Mbida por uma nova personalidade, mais
liberal. Logo que alto-comissário pronunciou as palavras fatídicas de independência e
de união dos dois Camarões, Mbida, deixando-se apanhar na cilada, travou com ele uma
violenta polémica e acusou-o de fazer o jogo da U.P.C. Mas em breve eram abandonado
pelas outras formações políticas e forçado a demitir-se.
Ahidjo é então investido em fevereiro de 1958 como o primeiro-ministro.
Contudo passando o tempo, alguns líderes foram mortos é o caso de Ruben Um Nyobé
e outros foram vítimas de envenenamento em Genebra e que havia sido Exilados como:
Wndié e Félix Mumié.

Mas a A.U.P.C. reclamavam ainda das eleições gerais isso é antes da independência e
forte opositor Mayi Matip. Após a independência em 1 de Janeiro de 1960, Ahidjo
tornou-se presidente da República. A parte sul dos antigos camarões Britânicos optou
pela junção a Yaundé e dai a República federal dos Camarões.
Em 1971 unem-se as três principais centrais sindicais para formarem a secção sindical
da U.N.C. e em Maio de 1972, a nova Constituição, aprovada quase por unanimidade,
consagrava o estatuto unitário da República.

Tanganhica

Em outros territórios como é caso de Tanganhica, que mais tarde passou para a
Tanzânia, tendo em conta o Tanganhica como antigo território sob tutela Britânica, bem
como Uganda à Rodésia do sul aqui a marcha para a independência será cada vez mais
difícil tendo em conta os interesses económicos dos Britânicos que consistiam em unir o
Tanganhica, Quênia e Uganda. Uma proposta que foi retomada mais tarde em 1948 logo
após a sua paralisação.
Ora em 1956 o conselho legislativo do Tanganhica ainda não tinha nenhum membro
eleito e o conselho executivo não tinha nenhum africano. Em 1957 ocorre a primeira
eleição, e a lei eleitoral permitia uma representação de três grandes grupos raciais do
país.
As eleições de 1958 puseram grande relevo a personalidade de Julius k. Nyerere.
Formado na universidade de Makerere (Uganda) e mais tarde na universidade de
Edimburgo, em 1949 foi professor primário e mais tarde professor de História.
Fundou um movimento designado associação africana de Tanganhica que mais tarde
transformou-a numa organização de intelectuais com programa nacionalista intitulado
(T.A.N.U.) Tanganyka African National Union.
Após várias intervenções nas políticas britânicas, Julius Nyerere tornou-se pesadelo
para administração Britânica. Conseguindo obter bons resultados nas eleições de 1958-
1959. Dos 71 lugares conseguiu 70 para T.A.N.U. e mais tarde passou a ser o ministro-
chefe de um governo de maioria africana e posterior primeiro-ministro nos anos
seguintes.
Julius Nyerere foi sempre a favor da independência e unidade o que lhe foi confiado,
em 8 de Dezembro de 1961, o país alcançava a soberania nacional, no mesmo instante

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Quilimanjaro sobre os pisos cobertos era içada a bandeira verde amarela e preta do
Tanganhica e Julius Nyerere passou a ser presidente e passando deste modo a pasta do
primeiro-ministro ao Rashidi Kawawa.

NAMÍBIA

No caso da Namíbia depois de estar sob tutela dos sul-africanos por muito tempo, em
Junho de 1971 o tribunal internacional de Justiça, solicitado pelo conselho de
segurança, lembrava ao Estados membros da O.N.U a ilegalidade da presença sul-
africana na Namíbia. O reconhecimento político foi atribuído ao SWAPO (South West
Africa People´s Organization) e foi reconhecido também uma das figuras mais
importantes daquele território foi atribuído ao Sam Nujoma. A O.N.U designou para tal
o comissário Sean Mac Bride para obrigar a retirada imediata da África do sul as terras
da Namíbia.

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Conclusão

Após longos tempos de pesquisas para a realização deste trabalho, chegamos a


conclusão de que o estudo da questão do trabalho na África oriental sob domínio
alemão (1885-1914) ajuda a esclarecer alguns efeitos práticos da política colonial alemã
relativa à escravidão. Em primeiro lugar, a presença alemã deu-se primeiro por
intermédio de algumas companhias de empresários privados que mais tarde seriam
chefiadas por governo alemão, comprometendo a viabilidade económica de certos
enclaves árabe-suaílis como os latifúndios de cultivo de cravo ou cana-de-açúcar em
Zanzibar, Pangani, no vale do Rufi yi e em Mafia. Assim, a intervenção militar sob o
comando de Wißmann seria o início da ruptura de uma rede comercial pré-colonial na
África oriental. Para isso, tentou-se impedir a reprodução da escravaria da sociedade
árabe-suaíli.
Desde o início do colonialismo alemão na África Inicialmente, Otto Von Bismarck não
tinha como prioridade a política de conquista de territórios na África, O chanceler não
queria utilizar dinheiros públicos na fundação de colónias, tanto mais que o Parlamento
(Reichstag) também tinha relutância em autorizar despesas para expedições longínquas.

A Alemanha perdeu os seus territórios logo após a primeira guerra mundial e que mais
tarde estes territórios passaram sob tutela ou controlo desses territórios como é caso da
Inglaterra, França Bélgica e a África do sul que ficou sob tutela do Sudoeste Africano
(actual Namíbia). Mais tarde ficou expressamente proibido o confisco de terras aos
africanos e recrutamento forçado de mão de obra, devendo novos governos enviar
anualmente relatórios sobre a sua administração a uma comissão de mandatos criada
pela SDN.

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Bibliografia

 História geral da África, VI: África do século XIX à década de 1880 /UNESCO,
2010.
 Ajayi, J. F. Ade II. UNESCO III.
 Joseph Ki-Zerbo História da África Negra volume II
 ÁFRICA NEGRA Elikia Mbokoló volume II

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