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Maçonaria lírazile» ^Suí#
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PUBLICAÇÃO MENSAL..

.Redactor em Chefe, o Gr/. Secret.\ Ger.\ da Ord.\


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N.° 1. — 2.° •ANN.O,

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Or/. do Rio de Janeiro.


TYPOGRAPHIA DO GR/. OR/. DO BRAZIL.
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AO VALLE DO LAVRADIO

Jornal ®ftóil dia Um.: MmmMm.


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1lauetto Um o 2.° IuíííS
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Axlver teu ei a.
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- Antes de encetarmos nossa sérúTe grave tarefa, convém que


o Redaetor deste Boletim advirta ao Kedaetor infatigavel e grande
argumentadov de um boletim que abi publica um novíssimo grande
oriente, que nas columuas deâe jornal não lia resposta possível
,

estultas
ás vulgares observações que nos faz e menos ainda ás
á respeito do nosso Circulo que e o único no
apreciações suas
Brazil, autorisado e legitimo.
nossa.
Correcta ou não a nossa linguagem, tem a virtude de ser
A ninguém a pedimos e de ninguém a copiamos. Se lhe parece-
isto uni-
mos ser philosopho, estylista altisonante ou bombástico, é
Gámente de nossa competência.
aos da-
Não usamos de bullas falsas, e menos ainda pedimos -i

dores de reputações de conveniência nome e competência.


O novíssimo grande oriente fica pois sabendo conjuntamente
escreveu
com seu órgão e o seu redaetor geral, que este que
tem um nome que nada tem que fazer com
estas linhas, profano
-H

si
Sr

has s<5 o Grande Secretario Geral


^n '.*. -f

Ja
rmittido observar quem erra ofccial-
lera feito officialmeníe. O nome profano
"produz
tios leitores sensatos etactamente
S"au?com isso espera o diligente e amplivago re-
*

qual se adverte por este meio.


fcilidade de riscar um nome da memória e .do bico da
!enna é faculdade d<5s .caracteres que nada os verga. E esta
¦ande facilidade tem com inalterável contumacia o autor destas
¦ ¦¦;'¦¦¦ ri JP
Sil.-^B1"
i
linhas, e sempre a'teve; '

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Secção Dogma

u.
.• A Instituição Macomca.

Nos momentos, quáès relâmpagos, em que o homem,


das transacçoes diárias mercantis, pensa um pouco naquillo qnü
f, > não é lucro material, mas interesse da alma e deleite do cora<;S^^* .^ij
irrompe-se-lhe ante o espirito certas velleidades. de fraternidadf
^i^asM que lhe * poeiisao as aspirações.
Então elle quer, elle deseja ligar-se p&l%aííjizade, amenisár-se
# pe|1q sentimento, e possuir na vida uns momentos de franca e
SI*" i

«ra convivência com os seus semelhantes.


í)e todas as instituições humanas a mais antiga nao só, como
lambem armais devotadamente leal e cheia de sentimento e a
maçonaria—que é um ideal de perfeição. » -
i%

Nella o fogo sagrado da verdade e da justiça é como o da


fogueira de Abel — o bom irmão — que as brisas honriadosas e
puras.soprao e alimentao. •
Nella o pensamento tem um espaço infinito de liberdade, onde
1 ¦¦ ¦"
as idéas brilhao como as estreites do Armamento.
Nella ha um coração que pulsa eternamente pelo bem; porque
¦ ~\:

desse coração nasceu a obediência culta, a liberdade digna, a


religião purificada, os psalmos divinos, a sabedoria dos séculos,
a alliança dos homens e aquella sagrada tolerância que congraça
todas as raças írum amplexo amigável.
Ella' baloiçou-se nas águas que sustinhão o berço de Moysés,
edificou o templo a Hiram, educou os prophetas e os sábios,
construio pyramides e labyrinthos, educou os phenicios e os escla-
receu, remio os captivos, observou o Nilo e suas inundações,
penetrou na Galiléa, ensinou os mestres do templo, postou-se
com os Magos ante o modesto berço do filho de Maria, acompa-
á synagoga—ao tribunal —á cruz —ao tiunulo, e com
panhou-o
Jesus Ghristo surgio ao sol da Redempção e guiou os Apóstolos
na divina propaganda das verdades do Evangelho.

.¦:;E1a^;ií: Ü v? j ^":" <**-*'*S ::***


ZenffSveata, o Talmud, o Evaíige-
o o • erao as
-s-ánico As suas narrativas
p culta e as taboas de
que ft mythologia
10.
onde so via a Ia* e a ra-
, e o progresso, maçomco, essa ge-
—¦¦rVê sentia efcãe impulso
do coração e ela alma tio
Bros"ene.i-of.nsaUvi,.'iit(»s
secular era o Ararat onde parava a
Jfórift magestosa e
adiantada, ™™ do q*| **-
mgl idéas da humanidade era mystenosa; p* e
para nell oi
S sua existência social,. nas P„,t„»d,dades
<

Sd£ Im do entendimento, condia-se


rMradâ^ de suas officinas. •**•- ::**• *.á||Li
SP.
«4É

«condida no seio de seu «^ ™£^


rÇ a csysaMa aos
L mel subtraindo da industria '.i

de f%*^^>\?^
galas e dornas as soçie
vdto e vida para enriquecer 9

Aeima delia só Deus. e arcbitectuva.


Em seu seio a luz da sagrada sabedoria
Junto delia a família. -y-,'
e ,wnt,oii.
etla a humanidade que ella. estudava, guiava piotegm
Ante
as invasões dos conquistadores de consciências.
contra deseja a luz. para
Abaixo delia o mundo profano, o que não
seus «olhos obsecados. w.nnúiarlp i m
- continha Deus, pátria, lei, farodia, humanidade 11
O seu escudo
p' 1\1Z
foi uma casta, uma raça ou uma colônia; foi sempre
Nunca
. um povo; um compacto e unido, composto de obreiros di-
povo
"Ti *
ligentes
1 de todo o gênero, cheios de fé e de amor.
Não era de seu seio que nasciaó os sacerdotes e os mterpre-
tes da Lei e de Deus?
Não tem ella um berço no Nilo, um templo em Sião, um pre-
sépe em Bethlem e uma cruz no GolgothaV
Do berço surgio Moysés.
Do templo veio Hiram, o mestre dos mestres.
nasceu o grande amor á humanidade, ungido e
Do presépe
sanctificado.
Da cruz formou-se a Redempção.
Eis a fonte das grandes crenças em que se educou esta hu-
w
lju-mo
W^*4 t"
Ws3
. ... f±:

manidadc que chegou até nossos dias


maçonaria, que é a antiga, a suprema nl
E esta niãi carinhosa e eterna! é cornou
ennc, o presente a abrilhanta e esclareci! EviKtfKa^r • c.

presta sempre novas esperanças de amor e uai ti******1'**

Acaso os filhos desta generosa mãi do cujo sirogna ¦/«*"


-
¦VH

como o pelicano, alimenta os numerosos filhos, a tênRr


acatado e respeitado? . >
maçonaria, como a religião, tem é teve partidários
^A ç
tão tenazmente pelo seu brilho e por sua
primitiva pureza. mm
¦ l-i

Uma e outra porém, nas épocas decadentes, seguem


princípios
de propaganda diherente.
Aquella expõe ao mundo as siias doutrinas sem ostentação
nem imposição. Indica o caminho do bem, indigita o mal, lèin-
bra os deveres sagrados para com o doador, esclarece a igno-
rancia, ergue o desanimo, açode ás desventuras, á orphandade, e á
viuvez dá arrimo e presta mão generosa, sobretudo inspira a ho-
*
nestidacle e todas as acções dignas do homem culto. O conjuneto
de todas as virtudes mosaieas e christãs são o seu Evangelho.
O seu grande livro é a Bíblia, ahi permanecendo, ante o íútd\%
para lembrar aos esquecidos todos-os seus deveres. Ahi, em seus
- . templos, é o fórum de todos os psalmos, é. o palladium da sabe-
doria de Salomão, ¦¦'¦
¦

Desta, depois de esquecidas as sub|mes e sanetas virtudes de


Frei Bartholomèü dos Martyres e outros muitos; depois Me haver /*

cio seio de suas instituições dado ao mundo o jesuitismo; depois


de haver profanado os claustros e o throho dos pontiiices com
ambições mundanas; depois de haver introduzido a controvérsia >*" #

escholastica nos pontos de doutrina; depois de, por grandes er-


ros e crimes, haver dado ao mundo uinLuthero; depois de, com
profanas vistas, haver assentado a cadeira de São Pedro na ca*-
pitai do paganismo, e transformado o mármore gentilico da my-
thologia em outras tantas estatuas de sanetos christaos; passou
á política do mundo. E a essa política levou todo o fel dos
ódios partidários e toda a corrupção da cabala. E. quando a so-
taina se aviltava na decadência e na vulgaridade, vem moderna-
mente, neste século, o ultraiuontanisiuo, representante dos ajustes
pontifícios e o substituto do jesuitismo, avigorar no inundo creu-
ças falsas, erros execrandos, imposições horrendas á consciência.
S-.

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:^*fcá^t^i ^r.íf*.Ri'**fͧ« ' ií^**
i '/** .

•Ha calma, tradi ciotial ac-


—» dos homens de bem
Ti é"o
Uente religiosos e fflustree «.nf»^
õ senfpre, é a maconana
$ »^
ruas sociedades W> prognde.o
mesmo sol d<» W*g£ .

TTOuémâía sempre pelo


Lna »Weu nelb
neiia HC,
mu inspirou, nella progrecuo^
reja delia dasceu,
« ^ a escola
e os iiuuuui educar o cérebro
^^f^lL^Xr
fetitui cão onde socialmente possao
cor (•O
. dos apóstolos — abri,
a vida dos prüphetas a vida
Folheai como se pôde affirmar
* emftm a Bíblia e o Talmud, é veteis

A ÉtirbMa é a maçonaria
¦ . ' if,"

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'> >.'
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A pseudo-maçònaria. :irt-í
:/.- /"j?j»8

¦ i *ií*-í.:'/^fe :.*

é o
%

a devemos ;á humanidade
Dizer, a verdade era tudo que
íiiais sagrado dever da franco-maçonariii. í;an;rifl banida
da franqueza e da lealdade,
Ê honestíssimo o empenho indigno,
\

a mentira, a hvpocrisia, a falsidade, como instrumentos


aquellas virtudes porque instruem e illuminao
do homem, ergão-Ve
o caminho enigmático das sociedades. e o
Deus não sendo mais um n.ytho define-o a comprehensao
como a suprema verdade e a suprema sabedoria. Nem
raciocinio a razão
casuistas, nem escholasticos podem hoje ser tolerados;
lhes consagra apenas so o seu
os banio, e a philosophia positiva
lugar tradicional. t
as diligencias humanas conseguirão mais do que o as-
Porque
sybillina cedeu
cetismo monas.tico. A velha philosophia togada e
lugar á sciencia pratica do naturalismo.
como a luz, tão clara corno o honsonte, tao ele-
V Tão simples
no seio mn-
vada como as constellaçSes, convolve-se esse saber
nito da creação.
wv
/

/ Céo ú apenaj só a denominação <t


pbysico e chimieo da inmicnsidadc. |
^ Terra é o congregado de muitos corpos
fVsao molecular, pelo magnete centrifuao e poli
nica da luz, do calor e das trocas incessantes ^^
Terra é uin planeta; privado cia luz, busca a luz, revófc-
em torno do centro grandioso delia—que éo sol. E ainda t ¦
'¦'¦¦¦ '
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aTaBaTaflIOf à ¦ i •**• ¦'¦«¦30

essa luz — segundo nos ateia Helmholtz <; uni composto*


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...... t,

- ' V| '. '•

raios de cores variadas e cambiantés, tendo açções varias éti


V *'"¦ \

si e nos corpos em que dá em cheio. A aurora boreal, o arco-u% ':'\:'\\>/'-'%'}:'\il*iii.


7

a aurora, dão da luz noções caprichosas complexicissimas o digna


de estudo. , K^ líl* f '•'.'&«
E é no período em que estas investigações se fazem, e no .
meio de um século que eleva a historia natural á altura do^É
Evangelho, que o explica, commenta e avigova, que as falsas
apreciações fazem ninho nos recantos obscuros de alguns cere-
bros desvairados. 1 * *i * ^ r\
Nunca a verdade espalhou tanta, luz como na plena cmlisaçao
nos congrega.'Nunca a luz definio tão clara e positivamente
que de
o seu Supremo Creador como nestes annos de lucubrações e
rigorosa analyse naturalistica.
absorvendo-se nos segredos que lhe decifra a
O observador
analvse sente curvarem-se-lhe os joelhos ante a sapientissima
da natureza vive e se transforma ante seus
composição que
olhos.
se çre,
E quanto mais se observa e se raciocina tanto mais
* as-
Àquellas massas do cedros conglomerados no Líbano, que
erguerão suas comas acima das
Sistirao á primeira geração, que
cânticos
águas cliluvianas, àttestando a vetustice da terra, entoao
áquelle com os cobre sempre de manto azulado
magestosos que
alli pa-
ou ennegreciclo pela tormenta, O vendaval perpassando
ás cordillieiras da terra, o grito original da creaçao.
rece enviar
ufzes dos do Hymalaia e dos Andes, ço-
Àquellas piucaros
neve, como se as nuvens cio espaço adorme-
bertos de eterna
a,hi desde séculos, aítestão que os séculos passao,
cidas jazessem
a castidade da verdade é eterna, é, como aquelle manto
mas que
de neve, cândida e puríssima.
homem & não é dado ir aquelles pincaros seismar e
E o quem
cataclysmas e os accidentes, ergue o pensamento ate
estudar os
2
JffisL
w. fM}\

10 - fü
......

appiica a sciencia; oUsecva Wi.püeno-


\ exclama:.
,ase alturas, e, satisfeito d, si,
«*» >";

e sabedoria, que deu aos


rtoa possibilidade e
Iblrlri
¦_*rebro hiünano a magestade do pewaraento
como se qúixesse inspirar-llie as pro-
ifdade ák ideas,
mundos girão em torno de outros
po incalculáveis dos que
o conjuncto admirável da míinita immen-
os e quclformão
ude como
~ E esta philosophia que se bebeu no craneo da antigüidade,
nas artérias do saber de hoje, augmen-
fonte primeira, pulsa
zelo iníatigavel dos experimentadore| dos
ada pelo jantes
jos naturalistas. ".. ,
e Á con,-
remoto, que
í lesas noções, (pie nos vierão do passado um Uno
nos apparece ao ltfnge como
atuem uma torrente que
e vem serpenteando através de séculos até lançar-se por
Fi i «gato,
mÜ emMicaduras neste oceano hmnenstf da acttialidade. Gama,
destes até Colombo, Vasco da
De Klé até aos phenicios, • Bougamville e
HRHlnírL-^v. ¦ * •
Jfcaltôes « outros, e destes «últimos. até ,pook,
nossos confemperaneos como se alterão as-galeras .ovantes qlie e o
regiões da terra a industria e o saber,
levão a todas as
arado, e o commercio e os conhecimentos humanos
,c<ÍK
colono e o
da confraternidadé! ... _ e,
chrtsta,
Não é pois a fraternidade uma palavra meramente sua
destino, uma revelação do Creador á .
uma imposição do
ítpm tura
a liberdade um acaso ou uma simples imposi-
Nem tão pouco
mas uma lata faculdade que nasce no cérebro, se
ção humana,
modifica no coração e se avassalla á pura consciência.
E menos ainda a igualdade é uma estúpida concordância de
marca di-
homem para homem, de direito para direito, mas uma
assignala ao homem, ao nascer e ao morrer, o seu
vina que
no congresso dos seres creados, fazendo-os irmãos, sem
lugar
virtudes reaes
duvida, mas dependendo cada um da somma de
e lhe dão lugar no festim dos convivas da huma-
que possue,
nidade. Qualidades moraes não se confundem com qualidades
A cada uma o seu lugar e o seu mérito.
plrysicas. fazem
Eis ainda outra fonte das apreciações contrarias que
os apóstolos da mentira e da ignorância.
" '
!,"" (V 1

.. ;:.j»*>"'*

A maçonárià é á Arclia San cta q\u> g. ^$B


0 desenvolvimento destes trans cendentes es,;*
discutirão os melhores filhos i O talento; e o* 1i
i i

sábios e propagadores da verei


Curvados ante a magestade ««1*1
ílil \ ! 1 « i. 11 H . C111i])v'
V.M'.l'.íl.* M l I ) 11\ ^Ss» T-* áw '* ¦ *?$&%*$ " " ' :éjéÊÈ
desde remotas eras o Atlas pesado e duro. A prlpt y -"^„ - ¦>¦ ¦¦•.-' ."

dernihal-os; o jesuitismo jogou-lhe pedras; mas elles,


de granito das jazidas arehitectonicas de MemphiSj senti
séculos passarem, sem que o vigor do tempo jamais envelheci
¦ "•;' '**¦¦?•'.'*'.'¦.

seus másculos e seu poder. ....','»...¦¦ •V

•.X '?'"¦
Que quereis vos hoje, falsos maçons, dissidentes átrabilari
prostituidores do templo, que preterideis de nossas aspirações pá-1
'.gKÍ>'-l*t
**-¦
- 4- h v:i -

citicas e generosas? ^
Em vossas mãos.o malhete tornou-se o martelo do aiictiona^
rio publico; vende, concede, dá honras e gráos; mas não bate
í;. /
regularmente na pedra bruta para prolificar-lhe a belleza das
formas.
Kasgastes o avental cândido que havieis irregularmente cin-
gido, e trouxestes ao templo a blusa do socialista.
Recusais Deus e recusais César. Os vossos padres protestai*-
tes e pretendo saniente socialistas e os vossos cidadãos, esque-
eêrão a divisa do trabalho e da honra, tornando-se para elles a

lei nina inutilidade — a sociedade constituída um impedimento
e os direitos de vossos semelhantes um estorvo aos vossos
demasiados direitos.
Sois falsos raaçons, porque a nossa Sublima Ordem nos não
admitte aspirações profanas; e profanos sois quando com frenesi
diseutis contra as verdades dos que vol-as ensinao diária-
mente.
Sois falsos maçons, porque fazeis claOfficinà do trabalho probo
e philosophico, lar de contenda, de reeriminações, de injurias e
de irregularidades.
Sois falsos maçons, porque não estais constituidos regular-
mente; porque sois um partido de homens políticos, uma facção
sediciosa contra a lei e contra a sociedade, contra as sanctasji-
herdades, como ellas o são realmente, e contra tudo que a razão,
o bom senso, a prudência aconselhão e acatão.
doutrina é o constitue a falsa-maçonaria, cujos
A vossa que
inundo
delidos devem ser denunciados ao inundo, para que o

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to desvàifib o

que
fé pois esse conjuncto de irregularidades do
e separarão
separarão da verdadeira maçonaria
íárão 3

e certos, altos poderes maçoutcos


—^«tò, informados ps
ou condescendência a gmn
jflSgailo. E se por acaso por
'irregular vos aceita e tolera, sabei que esse é tao írregu-
como vós o sois nesse circulo
1T de tão absurda existência - unido.
. por um epigramma iiíçomprehensivel denominais
Unido; talvez, ao aspecto de vossas ambições. .defeitos
Unido, provavelmente, .a todos os erros e a todos os
ue a maçonaria repelle.
*3^;aô
de uma entidade futura política? soaaU
plrautasma
'.'.:'''}'
|§fêtti*sabe?
í7m'iio? mas unido a que e á quem?
"¦;
¦ ¦ ¦ ¦-.

I Eis.a questão cabálisticâ, eis o segredo obscurissimo que^leal-


mente não .tem resposta, porque não entra na possibilidade ria
¦Kp*tt, -----
BMf,effa tni.*-'Vv'At t" *-

• ¦

comprehensãô humana;
E daqui muito naliiralmenle se deprehende que-essa parcella
censtírue a falsa maççnaria do Brazil, que nenhírma
potência grave admitte e que o mundo maçonico repelle.
De que se oecupa esse grupo?
De caridade? de beneficência? de instrucção? de moral social
ou da cultura dos melhores dotes da intelligencia ?
Suas sessões são estéreis; suas congregações são do domínio de
idéas subversivas; suas conversações são desprovidas de amor á Or-
ciem e denunciadamente agitadas de questões profanas ambiciosas.
Jogao uma comedia assarapantada, fazem rir a uns e a outros
satyrisão e injurião. No fundo porém desse jogo macabrio está o
oxymel de sua adorada demagogia.
Onde está pois a idéa maçonica uesse congresso tresloucado
de paixões inquietas?
Levarão do mundo para o templo um fantasma movente;
ê um manequim de experimentação democrática na apparencia;
fazem-Ti'0 tocar guizos e a trombeta que annuncia aos circumstan-
tes a presença ãaquella grande salvação publica, que nunca che-
gará a amadurar no espirito publico, porque o transmittem
verde, rançoso e murcho já. A propagação é pois impossível
— IP.

* NíTo se convencem dessa impossibilidade


o preciso bom senso para bem aquilatar si
de opposicionistas emperrados e absurdos.
/ Estas lições, que mensalmente Ibos daremos;
vencel-os da necessidade da reflexão; e chegaií
seus erros, virão a nós para instruir-se nos ritos 11 ^ÉB • ¦
('.s ;
"*^M

maçonaria.
Formem Valle á parte; assim é melhor, porque se nao p
confundir mouros com christaos: mas ao menos façãò parte
maçonaria real, antiga, aceita e reconhecida.
Como se achao, de tudo que expendemos se conclue, fazem
apenas parte da cohorte que admitte a falsa maçonaria em
substituição á tradição de nossos pais e a tudo que a intelli-
geneia humana aceitou e sanccionou para o progresso da nossl
Subi.-. Ord.'.
A denominação pois absurdíssima de Gr/. Or.*. Unido, é um
falso rotulo dado ás falsissimas doutrinas abrigadas naquelle cen-
tro profano e irregular, que apenas só se occupa de questões de
li socialismo, de commimismo e de tudo com que a fantasia dos
f í modernos innovadores da política pretende inocular as sociedades
do trabalho. «te.
De tão falsa origem, uma tal doutrina, fora melhor assentar-se
cá fora em núcleos do mundo profano, onde acharia correctivo e
emenda na calorosa discussão com aquelles que de boa fé ainda
->«..¦¦ - ^
pensão em cousas da liberdade social, e que detestao profunda-
mente a licença sociaL
O Or,\ Unido, entre nós, é pois a pseudo-maçonaria,

¦e/£a-
. . ., - . % .'t:^JjwM3ni x — • »v
*¦¦¦'' ' W tyÍf^t«,iJrí*«^^ ^WSBHBm: ¦ ¦ • --jIB&ff&ir
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wBBHBHBIB'-' ¦ -;í'
',.
IfflawHKtó-a^ÃWA-v •£¦•*.•:--! ü*.*J

A Frauco-maçonaria.
.¦¦¦'.'¦'¦'

ouvir-se dizer:-«^o /«O* «foto, **> ^™s


m t muito vulgar naquilo, sao segredos
Winèèrtwehmávm para o homem; não [«lieis
ealarmo-nos. „ É juste destruirmos taes
> diante dos ames convém fallado
W e é por isso que, sem escutar uns e outros, temos
maçonica e de todas as LLoj.'. do paiz
Fda admirável Instituição
incorrido na menor critica de Maç/. algum, peio
sem termos
muitos dos respeitamos #m-nos enviado jomaes,
",v" ontrafio que
MBffp^Hfr' "•'V de sessões delkitas LLoj.-. de França e ate
evistas,-extractos
B- Ias do
"B *f
Gr.'. Or.-. donde temos extranido material bastante paia
A' vista do nos cremos au- i -
f"
o fim que nos propomos. que
em nossa missão humanatana e
torisados a proseguir patriótica,
social. nos
Concordaremos, com toda a sinceridade e franqueza que
no dizemos, como no que fazemos, que ai-
caracterisa, tanto que
Maçons elogiando nosso artigo, inquietão-se sobre, o des-
Mm* guns a Loj.-.
9' envolvimento que promettemos dar em referencia
La Paix.
Tranquillisem-se: não examinaremos a vossa Instituição quanto
ao que tem de mysterioso e mystico, não é esse o nosso as--
s umpto.
ISÍossa missão é demonstrar a moralidade da Instituição, a ca-
ridáclé inherente a seus passos e a alta tarefa social que lhe
cumpre realizar, sobretudo nas colônias e no immenso Império
americano.
Ha homens, cuja cegueira moral é tão grande, que nada com-
nem mesmo a lettra que exprime uma verdade
prehendem,
usual.
Como pois exigir delles a comprehensão do espirito cerca do
tudo se move e anima, não é isto impossível? Também, não
qual
é para elles o qne escrevemos.
'V. '
; '¦
ir |™
'.:-¦.. >
ri
CV/:
- V --;>

. I

A sdfófoa é a alma do mundo civilisado!


;:

nossas idéas, cm todas as nossas âb;%


em todas as em todo
lls nossas palavras; c cila nos acompanha
vida. Como pois não a ver nas I»»^Mh
de nossa e das nu v.-r;

necessidades moraes dos povos,


em vista das «V

„,ais imperiosas da sociedade civil? desta


^
nstitiu r ri
¦¦¦''

:• X ¦
*

As bases timdamentaes da Franco-maçonana


moral, devem excluir de se» Cod,go.tao^
essencialmente naver «**»*
mente elaborado toda a tottn <!«c demonstre
livro inspirado por Deus diz que o *£*£»£
ü próprio cmjmo aletea
terra. Não nos pois
nnpar-se do eéo e ne» da assim o d z u
viviüca,
que mata, mas sim ao espirito que christã. t esta a verdade que
(Ue impera sobre a sociedade tia
apreciações do assumpto que
Los pòr em relevo nas ^sflr

ta nada ¦ «jto interres-


^* Primeiro que tudo, diremos que « m elhgcntes amantco
tente e mais admirável do que ver homens
sciencias e da vida tranqnüla da a-
a Iene cie trabalho, das soe— o o
t lia ntregarem-se a cnna vida activa, para
enfermo c infeliz e os irmãos desgraçada qu^
(i phão, o velho A associa,,*. **%£%
Leria acabrnnba e consome. .
melhantes actos de caridade se cumprem, ^J^*J^.
de bem sen grêmio. Mas os tof™£*£°%
mens para * benc de *
«,» limte-se-bão somente a ta» com que
exercetea gr ude ,, 1
caridade o torta, ns virtudes cbnstães s maçj*
sobre tortos os que pertencem as assocraço
e sociaes da mais p10 uu I
Ia questões abstractas, moraes desta» associações .
losophia, que também são da competência
Mimes, porém puramente humanas. no sen .»»
,.P«)ec-
¦
Se os homens, vivendo isoladamente
as vntude «aea se o >
uvas famílias, desprezassem todas
essa virtude antiga rtos Gregos »a
pátrio, do ^—;^nl
coiacao ttt b
nerada pelos Inglezes, se riscasse o
entre os Fran»-maçonaque
aotualrdade do egoísmo; seria cm toda
ir-se-hia encontiai
da pátria e da família
plenitude. ^
afaremos gn ncamente
n-o-npvirArnpute, com
Reconhecida a verdade do que nos filhos das coloni
mais forte razão reconhecer-se-ha, quando
formos ouvidos.
'%*;
. i' / ¦' ¦ *.'. .. ¦¦ammMBmsmÇffimÉmwm
¦ •• ¦ o -i .^«iaa«G^Wm«lJfeftf.2SBMjlfw^SfflÉMP'
; '¦¦.
M'j v ::.'

16 - ;. '

!«».•«*¦¦ - ' . 'Wl^lÈ^^i. -, >.vi'c iiwH@|W

SIMM*wh&ti t'^J^^^KW^f^^^^SS i u contestável, c é que em todos o países


BFfle^i..' vsll\ .'! \y \. !«Hy^^^^
^ ¦ W^^^s (*° ciue (*ous ou treSl secll*os <*e existência,
MwêiíMviliaSaç^o
1 foi nelles introduziria, a sociedade dos
tem-se fortemente consolidado. Fazendo abstrac-
pas as raças que vem tentar fortuna nas culoffias, corno
% a Cubana, a Persa, a Árabe e a Asiática, sobresahe
ip/força dos acontecimentos a raça mesüçíi muito superior a
t $es differentes povos em razão da cnerafeíí que a caracteriza' c
IIP/ • H UIí dk íntelljgencia que a distingue; mas ajjjmsa que sempre tem rei-
¦BpBÍl^t2iJPi >ÍV** •' 4Pwp >
nado entre elja, c a falta de patiitísmo, esse &mor tão nobre
que os homens de uma mesnui tíiigem tèm jjjis para com os ou-
tros, é a causa de que essa immeiisa população das colônias
Sfffitf®^''^''
*'. "'
.'•" "•'¦¦'?¦
exista sem um laço bastué forte *que reuna os anneis dessa
M3IHHÍ JJ e^MTOBjWB.' Jr¥'^S- *H ai - /> f í *3tiP«i ^J

grande càdêa.
0 laço é a subtiDtft instituição maçonica, visto como é ella a
única associação pé reúne o pensamento religioso'á tudo.que
pôde enibeüe*;1, a vida, en|relaçando-a com a moral a Mfüs pura.
Uma Loj, bem dirigida é uma pequena republica qa| uttinge
á perfeiçr,h Trata-se de loçcòrrer desgraçados,' todos cs- talen-
tos dos membros desta 'r|||blíca poem-se em campo em prol
d 6 s ^ ec • i n f f*ü v/ p ^
Eecorrão orpltãos á caridade publica, que não pode corres-
ponder aos votos desses pequenos entes que não têm pais; tudo
se envida na pequena republica afim de satisfazer as necessicla-
des physicas e moraes dessas infelizes creaturas.
Vejamos o reverso da medalha.
A sociedade é composta de nossas esposas, filhas e irmãs.
Damos-lhes a instrucção, a educação c todos os mais dotes
que
áhjÉnantao a existência para viverem sós no abandono e iso-
lamento ?
Se a tenra planta necessita do orvalho vivificante conscr-
para
var sua belleza, nem por isso ella pode dispensar o doce raio
do sol para o desabrochar de sua flor. O orvalho vivificante não
será a instrucção, a educação e o talento? O doce raio do sol
não será o deleite do mundo, permittido e até mesmo
in-
dispensável á mocidade tal como a sociedade a tem formado'?...
Pois bem, tome a pequena republica a iniciativa de festas se-
melhantes, visto como achão-se ellas sanetificadas
pelas res-
pectabilidacles que assistem a todos esses prazeres mundanos
¦ ¦*¦'¦:

- 17 —
"1
a recepção de um príncipe, de um
Para
assim dizer de uma demonstração*
cessita-se para .* i'

os membros desta pequena republica homei i . ¦

pois e dever rigi3V


mais eminentes da grande communidade,
roso tributar-lhes as devidas homenagens. nossa
situação de uma Loj.-. deste Oriente,
Eis a não e a da
falíamos e que
pequena republica de que ^
La Pau. p . d á sua Loj.-. . .V'

tot8aSco.«o de que ella 6 „n,ccc ^


„r"«.°ji «« «t se.-v.cos quo
¦¦•

I í: .
le""™ antigüidade j4 petos in—

fazê1"0, • ino , r1Pll de côr da Mauricia tem á


D0,-t0' sua sociedade civil c
:i;S 1T fortem^t Toa «a!-
. ml
n^ociacão conveniente aos membros pro—,
política,fiS
|;!d, jm0o
a associação maçonica, onde a nômada
}_
desta população seria
a liberdade dos —,s^roso., ^
dos principies, d mm ^
iilipcrioSa
raças eqmhbrao os votos
dado das templo, a obseiyaçao i
fora do
fraternidade não exclue,
*"-? hTÍer if^- i d^o
au ^-ibalhos Koe ver o
bros activos da Loj.. £>a
antigos tiabamos maçonicos
membros, cujos
regresso de seus
* até boje achão-se incompletos nã0 fvc.
e
É nossa missão fazer sabe * ^ ^
mau; a Loj. • e cum U aDanc faa0B só espe-
quentão qu qua .
á
ptó,eS quem deve... grota çao
«to. voltem a
riu, para iniciar-se, que £• ^ NSo p,cs as-
o que jajaes
esses dignos Franco-maçons nem^ «m» ^
£iste o direito de abandonar po.
que tem ene ado P
sacrosaneta e desinteressada
e não lhes seja <fT*»™™
seia immensa, por (!imil.»to

continuar vossos tiaDamot egteil.


Pau-, o
o alivio dos infelizes e o socepuw g
:Á ¥:y. IHII
wBSKsM-JffHNHtSK ¦ » *flrillí.rBBI
1 Q.7 '"*»*****
f aSMsMBSMBMW|f8MSM"iBM • i h i ^g^nsHBHDEsnBr/1''
4-f

ssjfrC&f- nf tflW*BtBMKiiBill*aWwK^l^
i prauVí? os' kíwí.s de vossa sublime asso-
JBtlJBfypiJFagUi ' ^EMvHKOTÍft" 1 ¦' t' ¦ * '• - ít '
rKi

;o WG> Pi-'«»e?í-o que mdo. deveis á vós


vos podeis- subírahir,fl visto dos benefícios mesmo, e
|P marcará que de'lle
W também uma v,, êm para a constituição
ír * e. indispensável da s<>n-é-l> civil, moral,
da população a que política e
portem eis por unia mesma
^fophica
A vÓ£o deveis, á voéeoj filhos
q„e nada acharáõ de mais
**" "".'"l"»
W ><™ associai» ,,,«„„•„,; á vos"a
gozarão de todas as virtudes moraes inherentes
a seu sexo
fe8*::c»n**^, íue-jnlg , „„sso 4,,,.
fa,e -voll S„ 1VCTC'n reS,",a,,° •'"-"•"¦ cinvar-me-hei
ui ns „t' , f por

<*f' VÍSt° co'"" '""" s« afaaó.


constância e „Tm
«i,7 paciência, que são os attributos das almas com
grandes
(be Journal le
%grès social. uc Mauríce, Port-Loms.)

0 symbolismo na Maçonaria.

U*na™ ttt°todozto , i c v, s ta d,,s co,,st,^5es c *»


consciência e exm ' e»^ de ^^«^ ã
nü il
^*8 ^0S mais
reza humana. Pr*dos da natu-

™ z:t^: ;z,sí
™ ts qi , e ns
™ """ ™ ^^
i , o vos t ó m a^°
* -ta a única chave
trar nos arcanos de J °* ° 1,CrmÍttÍdo
religiões. 8abedona
Z Ztj e no« mysterios de Pene~
suas
• '

Ci

19
em si nada envolve, isto é, unia, lettra, a lettra — G.— O ira-
ballio porém consistirá em assiguar-lhe um conteúdo (leternii-
nado; é pois para fazer-nos compreliendèr esse conteúdo que
cila recorre á formas particulares, que são os symbolos de que •V

usamos, isto é, objectos sensíveis que não devem ser tomados


taes como se nos offerecem ;i primeira vista, mas sim ü'uití sen-
tido mais extenso e genérico.
O symbòlísmo dos nunieros, (pie tão importante papel repre- .:
sentou no Egypto e nas theologias grega e romana, reapparece
na maçou/, moderna, e é um dos laços que a prende aos anti-
gos, mysterios e que liga o presente ao passado.
41 Já
que, diz Proudhon, em maçonaria tudo se deve fazer em
vista das leis de equilíbrio, e que ella repousa sobre as relações
de igualdade e sobre a justiça, que symbolisa-se pela figura de
uma balança, é justo que hella tudo se submetta á lei do numero,
peso e medida. „
Qual é a significação symbolica dos números sagrados em Ma-
çonaria? Estes números que são, 3, 5, 7 e 9 nos dão uma pro-
porção aritlimetica, symbolo da igualdade. Quanto á relação do
proporção ella é designada pelo numero 2, expressão do dua-
lismo, que se reproduz invariavelmente nos factos, tanto como a
unidade e o ternario.
Por meio do numero e da medida, a maçonaria tende á per-
feição; ella se colloca como a unidade de quantidade e de igual-
dade; a medida lhe e tanto mais necessária, quanto mais ella
se afasta da natureza inorgânica, no que ella lhe c necessária-
mente fatal.
E no Oriente, e sobretudo no Egypto, que se deve procurar o
mais perfeito exemplo do desenvolvimento da forma symbolica.
Seu povo se caracterisa pela necessidade e inclinação imperiosa
do espirito, que, para se satisfazer, busca a manifestar seu pen-
samento no exterior por fôrmas tiradas da natureza, encerrando
nellas um sentido differente do sentido immediato, mas expri-
mindo idéas que têm relação e analogia com os objectos repre-
sentados, sendo o symbolo tanto mais perfeito quanto esta re-
laçao é mais natural e profunda.
A Maçonaria recorre muitas vezes ao symbolo egypcio; mas o
que neste povo tinha uma significação particularmente natura-
lista tem entre nós um caracter da mais sunima espiritualidade.

*'
— 20 —

as metaphoras na linguagem maçonica soo muito


Além (.listo,
Oriente cm allusão ao ponto onde nasce
usuaes. Diz-se Grande seu
vem a luz; da palavra Luz, não cm
o sol e donde serve-se
mesmo com
sentido próprio, mas sim metaphórico; acontecendo o
compasso e regoa o os mais instrumentos de quo nos
as palavras
todos têm um sentido figurado, cujo uso ma-
servimos, cs quaes
e sentido e material tom na Maçon.'. um sentido
nual próprio
relativo a uma operação idêntica que se passa no
metaphórico e
espirito em vista do bem e da justiça.
Regra geral, dado um svmholo, é mister não nos entregarmos
aos caprichos da imaginação para determinar sua significação.
ou demonstração só tora valor quando ella e o
Sua explicação
fracto de um trabalho serio e histórico, contém todas as minu-
ciências e é conforme ao espirito da instituição, a seus costumes
e tradições, que são a erudição dos povos na falta do livros,
visto ser a memória o livro inedicto dos factos, e, remontando-se
á origem das tradições, é como quando remonta-se o curso de
ura rio, acabando-se por chegar á sua origem e na questão ver-
tente á uma verdade.
É por meio de um estudo serio sobre nossa bella instituição
que, apezar dos tempos o das soluções de continuidade que^xis-
tem na historia da maçonaria, é fácil reconstruir sua unidade
quebrada, referindo-se a de sua idéa. A vista do que, podemos
submetter nossa historia ás divisões naturaes que pérmittem o
estudo e o ensino systematieo.
A Maçonaria é pois uma grande instituição, geralmente incom-
preliensivel por seus adeptos: AUud esi, aliud dicitur.
Em presença das profundas trevas que oceultao á humaiii-
dade seus futuros destinos, só ella conserva e transmitte aos
iniciados as palavras inysteriosas Abre-te Sésamo do conto árabe
diante das quaes se fendem os rochedos, se dissipao as trevas
deixando surgir por todas as partes uma offuscante claridade, a
qual é a Luz que esclarece nossos trabalhos.
(CJiaínc d'Union).
i

9.1 —

Os Bispos e a Maçonaria no Brazil.


¦ ¦ ¦
*¦¦¦'."..' ¦ - ¦

Está patente o empenho, com que os bispos do Brazil procu-


rão conilictos com a Maçonaria.
O episcopaclo brazileiro nesses últimos tempos provoca-nos cons-
tantemente, pondo á prova o critério e a prudência da associação
maconiea.
Se os bispos reflectissem, conheceriao, que a lucta, que süsci-
tao, só a elles pode prejudicar, com desvantagem da religião
càtholica, á qual tao desastradamente assim pensão servir.
Com effeito, desde o sul até o norte do Império, os nossos
bispos não deixão passar pretexto, de que se não prevaleçao para
ostentarem-se iníensos á congregação maçonica, cujo instituto, todo
humanitário, consagra-se ao desenvolvimento das faculdades infcel-
lectuaes e moraes do homem; sendo por conseguinte credora do
respeito e approvaçao universal.
A Maçonaria dedica-se á causa do bem e quer o progresso da
humanidade, sol) a liberdade política e religiosa.
AM correm no domínio da. publicidade os seus estatutos orga-
nicos o as suas leis regulamentares: abi estão patentes as suas
obras humanitárias e os seus actos de beneficência para teste-
nmnbar os intentes justos o razoáveis dessa associação de lio-
mens de bem.
Mas porque incorrem os maçons no estigma do sacerdócio?
Vistas mais penetrantes aleanção o mysterio: elle revela-se ao
inundo, que o conhece e avalia,
A Maçonaria pugna pela liberdade humana: a theocracia porém
nutre intentes bem diversos.
Ao primeiro lance d'olhos não se comprehende qual o motivo,
porque o episcopaclo entre nós apresenta-se acerrimamente hostil
á Maçonaria, e sahe das suas costumadas reservas para aggre-
dil-a.
É assim que os bispos do Rio Grande do Sul o do Rio de
Janeiro suspendem dons sacerdotes sob o fundamento de perten-
cerem ao circulo maçonico.
É assim que o bispo do Pará excommunga a imprensa, que
em nome da Maçonaria sustenta, a liberdade de consciência.
— n —
í: assim que o bispo da diocese fluminense nega sepultura aos
mortos por serem da seita abominada.
É assim que o bispo de Pernambuco manda expulsar das con-
frarias religiosas os maçons, e põe interdictas as igrejas, onde
estes têm entrada.
O acto do prelado pernambucano é o mais aggressivo e ousado,
invadindo attribuiçÕes meramente civis.
O bispo de Pernambuco, procedendo por semelhante forma,
attenta contra dous dos mais sagrados e importantes direitos do
cidadão brazileiro, a quem a Constituição Política do Império
garante da maneira a mais solemne e positiva a liberdade de
consciência, e a liberdade de associação.
A ordem episcopal determina, que os juizes temporaes, quaes
são os juizes de capella, expulsem do grêmio das confrarias os
irmãos, que forem maçons.
Dirigindo-se o bispo imperativamente a uma autoridade civil,
desconhece as leis do paiz, ou afronta essas leis, excedendo as
raias das funeçoes episcopaes.
Os juizes de capella, como funecionarios temporaes, estão fora
da alçada ecclesiastica, e assim não pode o bispo intimar-lhes a
despotica e arbitraria determinação.
Ha verdadeira invasão de attribuições temporaes e inquestio-
navel excesso de poder. Mas um bispo ultramontano recorda-se
de passadas eras, e considera-se executor das doutrinas de um
Gregorio VII, e de um Innocencio II.
Se os bispos do Brazil imbuem-se de tão errôneas idéas, pre-
parão ao paiz scenas desagradáveis, e golpes bem sensíveis para
o catholicismo entre nós.
Infelizmente do desarrazoamento dos ministros da religião se-
guir-se-hão funestas conseqüências para a sanetidade da crença;
porque nem sempre o vulgo descrimina a causa justa do injusto
defensor.
D'esta confusão muitas vezes resulta lezão á causa saneta, com
vexame daquelles que a desejão prospera e triumphante.
A intolerância do sacerdócio por mais de uma vez ha trazido
'A*

gravíssimo damno ao progresso da religião de nossos pais.


A obstinação de Roma, mantendo erros manifestos, que só-
mente aproveitao á classe sacerdotál, mas não á religião, tem
gerado os scismas, c suscitou o protestãntismo, poderoso adver-
sario da fé catholica.
Não GOnfunda a cúria romana a sua causa com a causa da re-
ligião, c esta progredirá pela força da sanetidade de seus prin-
cipios, c pela eMcacia da piedade christã.
Os erros dessa cúria dividirão a Europa, que hoje estaria
unida em uma só crença religiosa, se esses mesmos erros não
levantassem o anglicanismo na Inglaterra, e o protestãntismo na
Allemanha.
A providencia parece haver destinado o Brázil para a unidade
de crença; não queirao os bispos, emissários de Roma, contra-
liar a obra providencial.
Rcflecti, padres da igreja, no porvir: vede o que será para a
fé catholica um povo numeroso espalhado pela vasta superfície
do Império, orando a um só Deus, c não tenteis, oh! bispos
christãos, plantar a semente da desunião pela imprudência, e
pela intolerância!
Sede prudentes como a serpente, fortes como o leão c sábios
como o castor; tereis assim cumprido o evangélico preceito.
Os bispos possuem tão somente jurisdicção espiritual.
Sendo assim, como pretende o bispo pernambucano impor suas
determinações a juizes temporaes?
As confrarias religiosas entre nós são sociedades mixtas, que
estão na parte civil sugeitas ás autoridades communs.
Não tem pois o bispo ingerência alguma no modo por que
estas procedem, c não lhes pócle dar ordens e impor preceitos.
Proceder de outro modo é proceder com abuso, ou ignorância
at
da legislação.
Gravíssimo é o erro, ou o abuso nesta parte. Elle vai offen-
der o cidadão brazileiro no direito de associação, e na liberdade
de consciência.
Admittido o cidadão brazileiro como membro de uma confraria,
adquire prerogativas, que só pode perder por actos seus infrin-
gentes do compromisso na parte da alçada civil.
Assim pois não pode o bispo intervir sob pretexto de excom-
munirão, e ordenar aos juizes temporaes, que cleroguem direitos
do cidadão brazileiro com preterição da lei civil.
Por esta forma dentro em pouco serão intimados para não
funecionar o presidente de provincia por ser maçou, o represeis
- 24 —

tante da nação por não sustentar a infallibilidade pontifícia, o


ministro de estado por não conceder beneplácito a uma tmlla,
exorbitante, c o próprio hnperantc por commimicar-
por julgar
se com ministros fulminados pela excomnumlião.
Eis as conseqüências, a que chegão os princípios, que os
bispos brazileiros mostrão-se dispostos a sustentar, mas que o
de um paiz livre não consentirá que vinguem.
povo
Do contrario teríamos os bárbaros tempos da media idade cm
regresso, e as novas lutas de Gregorio VII e seus sue-
pleno
cessores com os Henriques e Ottons da Àllemanha.
Attendão os bispos brazileiros para o precipício a que se lan-
cão; dêm tregoas á razão, e procederão com mais acerto.
1
A intolerância já não é dos tempos modernos. As fogueiras
da inquisição jamais se tornarão a acender; nem os papas depo-
ráõ os reis, dominando os povos, c os seus chefes.
As sociedades maçonicas no Brazil são associações legacs, rc-
conhecidas e permittidas pela nossa legislação; cilas pois não
sem absurdo servir de motivo para excluir o cidadão
podem
brazileiro de fazer parte de confrarias religiosas, onde lia tam-
bem um fim temporal, regulado pelas leis civis.
A Maçonaria no Brazil não é da classe das sociedades secre-
tas, que a lei de 20 de Outubro de 182-3 define, e que o Código
penal no artigo 282 incrimina e pune.
A Maçonaria l no nosso paiz satisfaz as condições do artigo
283 do citado Código; e não pode servir de pretexto para per-
seguição, e mingua de direitos, quando é o exercício de um
direito. *
Se a lei do paiz garante ao cidadão o associar-se por todos
os meios lícitos, e se a Maçonaria é um desses meios, não po-
dem os bispos perseguir c vexar ninguém sob o fundamento de
pertencer á Maçonaria.
Fazendo-o, como o estão praticando, commettem attentado con-
tra as nossas leis políticas, expõem-se á resistência, e animad-
versão publica, e provocão a saneção criminal contra o seu pro~
cedimento irregular.
Ao governo imperial cumpre prover de remédio, afim de que
os bispos não prosigão, e se não gerem conílictos perigosos á
paz publica, e á tranqüilidade das consciências.
Os nossos bispos, insistindo na excommunhão dos maçons no
_ or.

Brazil, cm virtude de bullas, que, além de serem inapplicavcis


ás associações maçoniças do nosso paiz, nunca tiverão o placa
do governo imperial, infringem a nossa lei política, e violando o
art. 103 § 14 da Constituição do Império, tornão-se puniveis nos
termos cio art, 150 do Código Penal e sugeitos á jurisdicçao do
Supremo Tribunal de Justiça, na fôrma da lei de 18 de Agosto
de 1851.
Como empregados públicos os bispos são obrigados ao cum-
primento das leis do Estado; e quando as desobedecem com de-
liberado propósito de zombar dellas, para ostentar superioridade
a todo o poder social, desalão a saneçao penal.
Quererão os bispos tentar a execução da lei, que os pune ei-
vilinente?
Lamentaremos, que os pastores do rebanho brazileiro a tanto
incitem a autoridade publica; mas se proseguirein, no tentmnc
de perturbarem a sociedade brazileira, c de prejudicar o senti-
mento catliolico no paiz, seja a lei cumprida. Nemo potentior lege.
A conformidade de procedimento, e a insistência dos nossos
prelados diocesanos nos levao a crer, que elles em tamanho
excesso regem-se por systema combinado e acordado mui propo-
sitalmente.
Se dominados por icléás ultramontanas assim praticao, sonhao
com o restabelecimento de uma condição social, que se não res-
taurará jamais ante a civilisaçao do mundo.
O império theocratico nao regressará.
Nascido nas obscuras origens da sociedade humana, o seu
cyclo está findo e completo.
Mas a Roma papal nao se persuade do seu erro; vê os pá-
dres do Egypto, e nao quer. ver os apóstolos da moderna ei-
vilisação.
Dahi a pertinácia, com que insiste na mantença de preconcei-
tos incompatíveis com a ordem actual da humanidade.
Dahi o syllahis e outros compêndios de doutrinas anti-sociaes
em face da civilisaçao moderna.
A theocracia, que intenta o predomínio universal pelo avassa-
lamento das consciências, não c possível ante o progresso das
luzes; porquanto consciências esclarecidas não subordinao senão
ás leis da razão, que condemna o domínio de uma classe pri-
vilegiada.
4
- 26 —

Ê frustranea a tentativa de regresso aos tempos do obscuran-


tismo; todo o esforço nesse sentido é um desserviço á igreja
catholica.
O papado, querendo manter a posso de riquezas temporãos c
da sua
procurando influir no regimen civil dos povos, desvia-se
divina instituição, e promove a dispersão do rebanho, que devora
unir para cumprimento da auspiciosa promessa das sagradas lo-
Iras: unus pastor, unam ovile.
A unidade de pastor e do rebanho não opera-se pelo poder do
ijladio, mas realiza-se pelo poder das chaves.
Exerça a igreja este poder em toda a plenitude, decline porém
daquelle que lhe não compete; assim tudo concorrerá em prol
do prospero futuro, c da universalidade da doutrina do Jesus
achou contradicção. '
Christo, que na Maçonaria jamais
A Maçonaria tem por antagonista a theocracia, porque esta
quer o obscurecimento da razão para dominar o homem, c
aquella busca esclarecer-lhe o pensamento para libcrtal-o.
Mas a igreja christã não se confunde com a theocracia: entre
o catholocismo e a Maçonaria não ha barreiras, nem levantão-se
hostilidades.
A igreja christã instituo a felicidade terrena o a salvação
eterna pela pratica das virtudes; a Maçonaria ensina os princi-
pios da fraternidade e da liberdade, que foinentao essas vir-
tudes.
Como pois os ministros do altar fazem o maçon adverso a re-
ligião catholica?
Bispos do Brazil, pregai a doutrina do Evangelho pela obser-
vancia dos seus preceitos: assim achareis nos maçons zelosos
* cooperadores, porque aonde se ensina a boa doutrina, e se pra-
ticao as boas acções alii por certo está o maçon; apóstolo da
verdade por toda a superfície da terra.

W&h
27

Secção Offwiah

Actos tio Sap.1. Gr.-. 11/. Gr:. Conv. da Ordem.


1B de Dezembro. —Escolhe para membros eífectivos do .Aí.-.
Po<l.\ Supr.-. Cons.-. os 1111.-. e PPód.\ Ilr.-. ?>?,:. Dr. Luiz Cor-
rêa de Azevedo, Dr.-. Manoel Alves da Costa Brancante, Pedro
Antônio Gomes, Joaquim José liarboza, José Augusto da Silva
Freitas e Conselheiro Joaquim An tão Fernandes Leão.
11 de Dezembro. — Sancciona a elevação ao çráo 33/. dos
1111/. Ilr.-. Desembargador Iristãó de Alencar Araripe, João Ma-
ria Pires Camargo e Francisco Guedes de Araújo .Guimarães.
16 de Dezembro. — Concede a beneficência de 30§000 ao Ir/.
N.... membro da Augy. Loj/. Ca])/. Seis de Março, ao Or/. do
Recife, em Pernambuco.
18 de Dezembro. — Sancciona a elevação ao gráò 33/. dos
1111/. Ilr/. 32/. I. C. de Almeida, J. Hartwig, J. M. de Carvalho,
F. X. A. Andrade e Souza, A. C. de Almeida, J. D. Passos, J.
P. Xavier, A. T. J. Escova, Carlos Eesin, IM. A. Q, S. Penna,
J. G, Y. Guimarães, J. A. S. Braga e A. IT. Wilner.

Legislação.
Decreto n. 18. — Proliibo o ingresso em nossos Templos, como visitantes,
aos membros do Circulo dissidente dos Benèdietiiips.

Nós, Visconde do Rio-Branco, G.\ M/. Gr/. Com/, da Ord/.


Maç/. no Império do Brazil:
Fazemos saber a todas as Oflicinas da nossa jurisdicção que
o Sap/. Gr/. Or/. do Brazil, em sessão de 21 de Dezembro de
1872, E.\ V/., adoptou a seguinte resolução:
Ari/, único. Fica expressamente prolübido o ingresso nos
nossos Templos, como visitantes, aos maçons que pertencem ao
. - 28 -

Circulo dissidente dos Bencdictinos, revogando-se a resolução 4/


do Decreto de 21 de Junho cie 1870.
O nosso Caiv. e 111/. Ir/. Sob/. Gr/. Insp/. Ger/. 33/. Dr.
Luiz Corrêa de Azevedo, Gr/. Secret/. Ger/. da Ord.'. é cn-
carregado da promulgação e publicação do presente Decreto.
Dado c traçado no Gr.'. Or/. do Brazil, ao Valle do Lavradio
no Rio de Janeiro, no 1.° dia do 10.° mez do anuo da V.\ L.\
5872 (21 de Dezembro de 1872, E/. V.-.)
Visconde.do .Rio-Branco, 33.'.
Gr.*. M.\ Gr.*. Com/. •
])r. Luiz Corrêa de Azevedo, 33:.
Gr.*. Secret.*. Ger.'. da Ord.*.
Dr. Pedro Isidoro de Moraes, 33:.
Gr.-. Chanc*.

Decreto n. 19. — Expulsa da Ordem Maçonica a Antônio Manoel


de Almeida.

Nós, Visconde do Rio-Branco, Gr/. M.\ Gr/. Com/, da Ord/.


Maç/. no Império do Brazil:
Fazemos saber a todas as Officinas da nossa jurisdicçao, que
o Sap.*. Gr/. Or/. do Brazil, em sessão de 21 de Dezembro de
1872, E/a V.\, attendendo ao parecer da sua 111/'. Com/, de Fi-
nanças e as valiosas razoes allegadas e provadas, adoptou as
seguintes resoluções:
1/ Não é approvada a despeza que o Ir.-. Antônio Manoel
de Almeida diz ter feito e da qual juntou ao seu balancete os
documentos sem valor e illegaes sob ns. 1, 12, 13 e 17; visto
como despendeu dos metaes que lhe estavao confiados para um
fim determinado, a quantia de 580$000 que empregara em dadi-
vas, a escriptores de folhetos e em pagamento a advogados de
causas particulares.
'ordenada.
2.a Fica approvada a despeza que legalmente fora
3.* Seja lançado o nome do Ir/. Antônio Manoel de Almeida
no livro negro da nossa Ordem, sendo-lhe prohibido o ingresso
em nossos Templos, em qualquer tempo e sob que pretexto for.
— 29 —

O nosso Cair. e 111.*. Ir/. Sob.-. (J17. Insp/. Oor.-. P>?,.\ Dr.
Luiz Corrêa de Azevedo, (ir/. Secret.*. Ger.-. da Ord/. é encar-
regado da promulgação e publicação do presente Decreto.
Dado c traçado no Gr.'. Or.-. do Brazil, ao Valle do Lavradio
no Rio de Janeiro, no l.o dia do 10/ mez do anno da V.\ L.\
5872 (21 de Dezembro de 1872, E/. V.'.)
Visconde do Rio-Branco, 33:.
Gr.*. M.\ Gr/. Com.-.
Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, 33:.
Gr.*. Secret.*. Ger.*. da Ord.-.
Dr. Pedro Isidoro de Moraes, 33:.
Gr.-. Chanc.
30

'
Grande Oriente do Brazil.
1872.
EXTRACTO OA SESSÃO ORDINÁRIA DR 21 DR DEZEMBRO DE

Presidência do Sap.: Ir.: Visconde do Rio-Branco Gr.: M.:


Gr.', Comr. da Ordem.

Achando-so presentes membros, foi aberta a sessão, lida o


approvada a acta da antecedente.
O Gr.'. Or.'. íicou inteirado das seguintes comraunicações:
1> Do Sob.-. Gr.'. Com.-, do Süpiv. Cons.-. do Clüli decla-
rando reconhecer unicamente no Brazil como verdadeiro centro
maçonico, o Grande Oriente do Brazil, ao Valle do Lavradio.
í'1 Do Sob.'. Gr.-. Com.-, do Supiv. Cons.-. do Paraguay so- *
licitando a nossa sancção á sua mstallação o, reconbecimento,
sendo esta conimunicação remettida á 111*. Com.-, de Corr.\ os-
trangeira.
?>.a Do 111/. Ir/. Hubcrt, redactor da Chame d'Union accu-
ousando diversas pranchas nossas e prometteiiclo-iios a sua
adhesílo.
4.a Adhesões dos 1111.-. IIiv. Delegados do Maranbão e Per-
nambuco e das AAug.-. LLoj.-. Seis de Março de 1817 (Peruam-
buco), Progresso (Campos), União Democrata (Ouro-Prelo), Frater-
a
nidade (Santos), Confratemidade Penedense (Penedo), Virtude e
Bondade (Maceió), Concórdia do Uruguay (Uruguayana), Fraterni-
dade Alagoana (Maceió), Perfeita Amizade Alagoana (Maceió) e
Luz Transatlântica (Jaguarao).
5.a üa Aug/. Loj/. Cap/. Industria-e Caridade, ao Or/. de
Nova Friburgo, installada sob os auspícios do Circulo dissidente
dos Benedictinos, sollicitando a sua filiação no nosso grêmio e
promettendo a sua adhesão franca e leal ao Gr/. Or/. do Bra-
zil, ao Lavradio, cominunicaçao esta que foi remettida á-Gr/.
Off/. chefe do Rito.
G.a Da Aug/. Loj/. Cap/. Caridade e União participando ter
tomado na maior consideração o pedido do Gr/. Or/. em refe-
rencia do 111/. Ir/. F. J. Rodrigues, o qual foi immedialamontí-
elevado ao gráo 7.° ultimo do seu rito, sem contribuição alguma,
attento a recommendaçao do Sap/. Gr/. Or/.
7.n Da Gr/. Loj/. Central participando ter sanccionado a pena
de eliminação do Circulo imposta aos Maçons Aristides Felix
Fãrrouch, Obiv. da Loj.;. Commercio; José Maria Pereira (2.°),
da Loj/. Reunião Beneficente, João da Silva Sardinha, da mesma
O//4/, e Antônio Soares Abrantes, da Saída Fé, por terem per-
jurados.
8.° Da Aug.'. Loj/. Cap/. Firmeza Portuense, ao Or/. do
Torto, eiiviando-nos os diplomas de seu Ven/. e Arth/. do honra
pára os PPòd/. e 1111/. Ilr/. Visconde do Rio-Branco, Dr. Ma-
nó ei Alves da Costa Braneante, Dr. Luiz Corroa de Azevedo, e
a carta de seu membro honorário para o 111/. Ir/. Manoel Alves
Corrêa de Azevedo, communicação esta que foi recebida com
com muito especial agradou
9.0 Do 111/. Ir/. (ír/. Thez/. Ger/. Adj.\, apresentando o
balancete do 3.° trimestre do corrente anno do cofre geral a seu
cargo, sendo remetüdo o mesmo balancete á 111/. Com/, de Ei-
nanças.
O Gr/. Or/. resolveu approvar os seguintes pareceres da 111/.
Com/. Central:
1.° Julgando dever ser approvada a proposta do 111/. Ir/. Dr.
J. P. da Silva, revogando o § 4." do Decreto de 21 de Junho
de 1870, que permitte a visitados Maçons do Circulo Benedictino
nos nossos templos;
2.° Julgando dever ser pérmittida á Aug.-. Loj.*. Cap.-. PM-
lautropia e Ordem, o celebrar o funeral maçou conforme impetra:
3." Julgando dever ser dispensada do pagamento dos alugueis
do edihcio, em que se acha em debito a Aug/. Loj/. Cap.1. Les
Francs IJt/raniites;
0. Julgando dever ser approvada a eliminação imposta pela
Aug:. Loj.-. Cap.'. Fraternidade Cearense ao seu Obr.\ Miguel
Severo de Souza Pereira.
Forão também approvados os seguintes pareceres da 111/.
Com/, de Finanças:
1.° Julgando dever ser satisfeita a importância de 1:100#0Q0
aos miesp.-. Ilr.-. J. M. Lameira e J. A. de 0. Moraes, pelos
mesmos adiantada para a libertação de uma família de escravos,
visto como não forão sufticientes os donativos agenciados para
tal tini, devendo agradecer-se aos mesmos 1111/. Ilr/. o seu iin-
portante serviço;
ril

2." Julgando dever ser elevado a 100$000 mensaes o orde-


nado que percebe actualmente o Ir.'. A. do A. Pinto, l.p Cobr/.
Adj.'.; sendo igualmente elevado a 150.S000 mensaes o ordenado
que percebem os GÉciaes da Gr.'. Secret/. Gcr/., conforme rè-
quererá em emenda o 111/. Ir/. II. G. Possollo;
3.° Julgando dever ser autorisado o 111/. Ir/. Gr/. Thez/.
Gcr.*. Adj.'. a fazer acquisição de um cofre forte para guarda
dos metaes c títulos do Gr/. Or/., conforme fora requerido pelo
mesmo 111/. Ir/.;
4.° Julgando dever ser approvado o balancete apresentado
pelo Ir/. Antônio Manoel de Almeida, ex-Thcz/. da Com/, de
propaganda maçou/, no que diz respeito ás contas legalisadas,
nap sendo levado em conta o dispendio de 580fj000 de que tra-
tão os documentos sem valor c illegaes sob ns. 1, 12, 13 e 17,
visto como forao dispendidos com favores a particulares, devendo
o mesmo Ir/. Antônio Manoel de Almeida ser expulso da Ordem
e lançado no livro negro afim de que nunca mais possa transpor
o vestibulo dos nossos Templos.
Foi igualmente approvado o parecer da 111/. Com/, de Benef/.
estipulando a pensão mensal cie 30$000 aos filhos menores do
fallecido Ir/. D. G. Bouças.
Foi presente ao Sap/. Gr/. Or/. do Brazil um rico quadro,
brilhantemente ornado, allegorico á lei n. 2040 de 28 de Setem-
bro de 1871, oílereeido pelo 111/. Ir/. Luiz Ferreira da Silva
Cabral.
3o

Muito Pod/. Supr.\ Conselho.


ASSEMBLÉA DE 4 DE DEZEMBRO DE 1872.

Presidência do Pod.'. lr.\ 33.\ Barão de Angra, Lug.-. Tcn.\ Com.-.

Aeluindo-se presentes 9 membros eífectivos c 6 honorários, foi


aberta a sessão, sendo lida c approvada a. acta da antecedente.
Forão juramentados como membros honorários os 1111/. Ilr.-.
Dr. M. A. da C. Bráncante, Dr. L. ('. de Azevedo, M. ,1. de Gli-
veira, M. T. J. dos Santos. Francisco J. Barboza Velho, Frcde-
rico C. T. Lõlirs, A. P. C. de Seixas, J. A. de Sampaio, Dr. J.
P. da Silva, Dr. J. T. de Lima. Dr. P. I. de Moraes e J. A. da
Silva Pinheiro.
Forão organisadas as listas triplices necessárias para o preeii-
ciumento das vagas de membros eífectivos do Supiv. Cons.\ afim
de serem submettidas ao Sap.*. Giv. M.*. Gr/. Com.*.
O Supr/. Gons/; sanecionou a approvacão da Gr.*. Loj/. Cen-
trai cm referencia á installaeão, règülarisação e filiação das Loias
União Fraternal, ao Or.*. de Barbacena, na .província de Minas
Geraes, e Gap.*. Fraternidade, ao Valle de Bâgé, na provincia do
Rio Grande do Sul, autorisàndo aos VVen/. das mesmas Lojas
a procederem á sua règülarisação.
Forão elevados ao gráo 33.*. os RResp/. Ilr/. Desembargador
Tristãó de Alencar Araripe, João Maria Pires Camargo e Fran-
cisco Guedes de Araújo Guimarães.
Forão também elevados ao gráo 30,*. diversos Obreiros das
Officinas do Circulo.

ASSEMBLÉA EM 16 DE DEZEMBRO DE 1872,


Presidência do Pod.'. Ir.'. 33.'. Barão de Angra, Lug.'. Ten.\ Com,'.

Achando-se presentes 11 membros eífectivos e 7 honorários,


foi aberta a sessão, sendo lida e approvada a acta da antéce-
dente.
O Supr/. Gons/. ficou inteirado da communicação do Sob.'.
GiV\ M.\ Gr/. Com.'. Conselheiro Visconde do Rio-Branco, de-
D
— 34 -

clarando ter escolhido para membros eflectivos os IIU.\ Ilr.*.


Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, Dr. Manoel Alves da Costa Bran-
cante, Pedro Antônio Gomes, Joaquim José Barboza, José Au-
gasto da Silva Freitas c Conselheiro Joaquim Autuo Fernandes
Leão.
O Supr.*. Cons.-. sanecionou a approvação da Gr.*. Loj.-. Ceu-
trai em referencia á installação, regularisação e filiação das Lojas
União e Progresso do Espirito-Santo, ao Or.\ da Yictoria, na pro-
vincia do Espirito-Santo, e Philantropia Guarapuavana, ao Or.\
de Guarapuava, na província do Paraná, autorisando aos seus
VVeu.-. a procederem á respectiva regularisação.
Forão elevados ao gráo 33.-. os KLlesp.'. Ilr.-. Júlio Iíartwig,
I. C. de Almeida, J. M. de Carvalho, Francisco Xavier de Aguiar
Andrade e Souza, A. C. de Almeida. J. D. Passos, J. Pedro Xa-
vier, Antônio Pereira Júnior Escova, Carlos Resin, M. A. Q. da
Silva Penna, Joaquim G. Vieira Guimarães. J. A. S. Braga e
André Henrique Wilner.
Ao gráo 31 forão elevados os 1111.'. IIr.\ A. C. de Éello e
Oliveira, Antônio João de Almeida, J. A. Pacheco, li. J. de
'
Mattos e Thoniaz J. de Siqueira.
Forão elevados ao gráo 30 diversos Obreiros das Lojas do
Circulo.
— 35 —

Grande Loja Central.


SESSÃO N. 214 DE 14 DE DEZEMBRO ÜH 1872.

Presidência do Pod.\ e ///.*. Ir/. 33.\ Antônio Alvares Pereira Coruja,


Vén.', de Honra,

Àcliaiiclo-se presentes 89 membros, foi aberta a sessão, lida e


appfovada a aeta da sessão anterior.
ápprovárao-se as eleições geraes para o presente anno maçou/,
da Augv. Loj/. Lealdade e para o futuro anno maçon/. 5873 das
AAug/. LLoj/. Progresso, Lu/ Transatlântica, Acácia Rio Grau-
dense, Concórdia cVUruguay, e dos SSubl/. CCap/, Luz Trans-
atlântica e Virtude e Bondade.
Approvárao-se as installaçoes, filiações e regularisações das
LLoj/. Prov.\ União e Progresso ao Or/. da Victoria, província
do Espirito-Santo e Philantropia Guarapuavana ao Or/. de Güa-
rapuava, na província do Paraná.
Sanccionárao-se as elevações ao gráo 18, conferidas a diversos
de seus Obreiros pelos SSub/. CCap/. Grêmio Philantropico,
Concórdia II, Reunião Beneficente e União Escosseza.
Sanccionárao-se as filiações livres conferidas pela Augv. Loj.\
Amparo da Virtude aos RResp/. Ilr/. Antônio Torquato Martins
Ribeiro, José Joaquim Pestana, Miguel Calmou de Menezes Ma-
cedo, João de Lemos e José dos Santos Costa Braga.
Sanccionou-se a pena de eliminação imposta pela Augv. Loj/.
Santa Fé ao seu Obr/. A. S. A.
Forao juramentados e tomarão assento na Gr/. Loj/. o Resp/.
e 111/. Ir/, üezeinbargador T. de A. Araripe na qualidade de seu
Gr/. Orad/., e vários outros RResp/. Ilr/. encartados no gráo
de Gr/. El/. Kad/. Subi/.
36

Gr/. Cap/. Ger/. dos Ritos Azues.


SESSÃO N. 208 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1872.

Presidência do III.'. Ir.'. Antônio Alvares Pereira Coruja, Repres.'.


Pari.', do Gr.'. M.'. e Ven.\ de Honra do Gr.'. Cap.'. Ger.'. dos
Ritos Azues.

Estando presentes 44 membros, foi aberta a sessão, lida e


approvada a acta da sessão antecedente.
Forao approvadas as eleições geraes para o presente anno
maçoiv. da Augy. Loj/. União e Tranquillidade, a parcial do
cargo de Dep/. da Aug/. Loj/. Redempçao, e as eleições geraes
para o futuro anno maçon/. 5873 da Aug/. Loj/. Confraterni-
dade Penedense.
Approvou-se o timbre adoptado pela Aug/. Loj/. Redempçao.
Sanccionárao-se as elevações ao gráo 7.° conferidas pelo Subi/.
Cap/. Caridade e União aos seus Obreiros os RResp/. llr/.
Francisco José Rodrigues e José Pedro das Neves.
Sanccionárao-se as filiações livres conferidas pelas AAtig/.
LLoj/. Imparcialidade ao Resp/. Ir/. Joaquim José Barbosa e
Asylo da Prudência aos RResp/. Ilr/. José Rabello, Rodrigo
Joaquim Mendes, José da Silveira Júnior e Manoel Corrêa da
Costa.
Saiiccionou-se a pena de eliminação imposta pela Aug/. Loj/.
Asylo da Prudência ao seu Obreiro J. F. da C. G.
Resoluções: — Solicitar ao M.\ Pod/. Supr/. Cons/. o gráo 1?>
para vários OObr/. do gráo 12 da Aug/. Loj/. Redempçao.
Indeferir o requerimento do Ir/. F. L. A. de Lima.
Forão juramentados o Resp/. Ir/. Gr/. Orad/. e vários RResp/.
Ilr/. DDep/. e AArth/.

v5^^--
37

Sccção Histórica.

A maconaria tinida tio Brazil.

Promettemos demonstrar no presente artigo a preponderância


e supremacia, que procurou exercer o chefe Benedictino no novo
Gr/. Or/., mesmo antes de estar elle definitivamente organisaclo.
Na carta dirigida ao Sap.'. ir.-. Conselheiro Joaquim Marcelmo
de Brito, escreveu o chefe Benedictino: il l)igne-se V. Ex. pio-
pôr-me as bases, sob as quaes se pode verificar este grande
desideratum (a fusão), e eu as discutirei com V. Ex. e chegare-
mos a. accôrdo; ficando, porém, desde já assentado, pára não
perdermos tempo, que nenhum dos GGr/. OOr/. poderá pre-
tender superioridade ou supremacia de qualquer natureza que
seja. „
E por que modo eumprio o chefe Benedictino esse solemne
compromisso, que sponte contrahira com o Circulo do La-
v radio?
Vejamos.
No sétimo numero do nosso Boletim, correspondente ao mez
de Junho, temos na pagina 230 a proposta, que servio de base á
união dos dousOCirc/., assignada pelo Conselheiro Joaquim Sal-
danha Marinho e por mais quatro membros doOr/. do Lavradio,
entre os quaes se conta o symbolico nome do nosso ex-ür/.
Secretario.
Era um documento official esse projecto que, depois de ter
sido approvado pelos membros de cada um dos OOr/. separa-
damente, devia sê-lo de novo por todos elles reunidos especial-
mente para esse fim no edifício do Lavradio.
Se quando foi elle apresentado e lido perante os membros do
Or/. do Lavradio não estava assignado pelo " Conselheiro Joa-
quiin Saldanha Marinho,,, para que o foi depois? Se a assigna-
tura do chefe Benedictino era indispensável e essencial á valida-
de desse documento, base do imvo projectado Circulo, não 6 claro,
9Q

lambem não se podia prescindir da do (Ir.-. Mest.\ do La-


qúe
vradio, o nobre Visconde do Rio-Branco?
E por que não figurou nesse prójecto o nome do Sap.*. [iV.
Visconde do Rio-Branco?
protogonistas desse
A razão é ohvia: na trama forjada pelos "Rio-Branco
ominoso drama, o nome do Ir.-. Visconde do ou por
outra, o Gr.-. Mest.\ do Lavradio em nada devia apparecer,' afim
de reverter toda a gloria, que proviesse da fusão, em favor do
su-
chefe Benedictino, o qual contava antecipadamente com o
premo malhete da Ordem.
A fusão dos dous CCirc.-. do Brazil não podia realisar-se tão
cedo, a não ser pela fraude e deslealdade de alguém, que soube
sagazmente approveitar-se do enthusiasmo, que provocou a qnes-
tão Almeida Martins, para realisar seus ambiociosos intentes.
É o próprio ex-Gr.\ Secretario quem se encarregou de conlir-
mar o que acima dissemos.
Na prancha, que dirigio a um Oriente estrangeiro esse maçon,
e á que nos referimos já ein o nosso primeiro artigo, escreveu
elle, tratando do reconhecimento do Circ. do Lavradio por parte
desse Or.-.: "O que ha mais a esperar? Aguardar porventura
pela decisão desta ultima questão (a fusão)? È esperar por
tempo indefinido, e bem que vote por ella, duvido pelo estado
actual dos espiritos, que ella se eifectue tão cedo.,, Logo, tendo
ella se effectuado tão depressa e de cbofre, sem que os espiritos
w
estivessem para isso preparados e quando menos se esperava,
é fora de toda a duvida, que fora esse milagre exclusivamente
devido aos manejos dos que pretendião á todo o transe a supre-
macia e preponderância na nova ordem de cousas, que se teria
de estabelecer.
Depois de approvadas as bases, de que acima falíamos, pelos
membros dos dous Orientes reunidos, em 29 de Maio, no ediíicio
do Lavradio, em acto continuo apresentou-se um prójecto de lei
para a organisação do novo corpo, o qual foi açodadamente a])-
provado sem que tivesse sido convenientemente discutido. .
À manifesta preponderância por essa oceasião exercida pelo
Ir.-. Saldanha Marinho, além de inconveniente, toca ao rediculo.
Era matéria completamente nova para os membros do projéc-
tado Circulo essa, de que tratava o documento, que acabava cie
ser apresentado.
- 39 -

Pois bem; sem que tivesse sido designada para ordem do dia
a matéria, de que nos oceupamos, e sem que tosse previamente
aimunciada pelos jornaes desta corte, vimos com surpresa decla-
rar o decano, que presidio a sessão (o qual só para isso lá com-
parecera), que se ia proceder á eleição das dignidades provi-
sorias creadas pelo projecto, que nessa mesma sessão fora apre-
sentado, discutido e approvado!
O Ir/. Saldanha Marinho, que na véspera desse dia havia, em
um club por elle presidido e composto de quatro apaniguados,
o qual funecionou na Escola Central, designado as entidades que
lhe convinhào para os lugares supra mencionados, o Ir.'. Saldanha
Marinho, dissemos, encarregou-se de espalhar com o nosso ex-Gr.\
Secretario e outros comparsas listas adrede escriptas com o lim
de obter o desejado resultado.
Para melhor formar-se uma icléa approximacla do modo, por que
nessa memorável noite foi salva a moralidade da Ordem, basta
dizer: que sobre as mesas divisavào-se unicamente quatro ou
cinco folhas de papel e igual numero de pennas para quasi qui-
nhentos votantes; e isso quando a hora ia adiantada (10 da
noite), e desejando todos retirarem-se, mil e tantas chapas con-
tendo os nomes previamente designados pelo Ir,-. Saldanha Ma-
rinho e mandadas escrever pelo ex-Giv, Secretario, erão impôs-
tas no seio do Gr.*. Oiv. em falta de outras!
Interpellado o Ir.-. Saldanha Marinho por alguns maçons, não
iniciados ainda em seus planos de conselheiro republicano, com a
maior gravidade protestou tudo ignorar, di/.ondo-sc incommodado
com o que se passava, á ponto de manifestar desejos de se
retirar!
Quanto cynismo em um acto tão serio por sua natureza e pe-
los benéficos resultados, que delle deveriáo decorrer!
Infeliz maçonaria do Brazil!
A tua sorte, o teu bem-estar, o teu progresso, a tua prospe-
ridade, o teu engrandecimento, tudo enifim que possues demais
caro e sublime estava exclusivamente entregue c confiado á mu-
bicão inconfessável desses poucos hypocritas que, acobertados
com o manto de inimigos do iiltramontanismo, pretenclião subrep-
ticiamente reduzir teus adeptos a dóceis instrumentos para reali-
zaçáo de intentos políticos e quiçá lucrativos!
A precipitação, com que se movia o Ir.'. Saldanha Marinho de
— 40 —

um para o outro lado da sala, plenamente demonstrava o grande


interesse, que tinha em que fossem bem desempenhadas as di-
versas partes do drama, que se representava, é de cuja mise en
scèm clle se encarregava como autor c principal actor.
O que a astucia e a estudada corte/ia de mãos dadas nao
pudessem realizar, fez o enthusiasmo, que de momento o Ir.\
Saldanha Marinho conseguio acender no coração de maçons. quo
sinceramente se dedicao á causa da humanidade.
Forao esses maçons do Lavradio, mais tarde denominados u ca-
milha, , que, levados de boa fé para a juneção, deixarão de entre-
ver nos risos e nas phrases melífluas do Chefe Benedictino men-
tira e falsidade, para visarem unicamente na união dos dous
Círculos segura garantia de maior engrandecimento da nossa su-
blime instituição!
Ainda nessa memorável noite elegeu-se a commissão, que devia
encarregar-se da feitura da nova constituição, a qual foi, bem
como as autoridades provisórias, designada no mesmo club pelo
Chefe Benedictino.
Mas o que ha para admirar ern tudo que havemos narrado?
A obra da fraude e da violência devia proseguir em sua mar-
cha destruidora.
Era preciso para a moralidade da Ordem, que o nobre Vis-
conde do Kio-Branco não fosse eleito Gr.-. Mest.\ do novo Gr.
Or.-. e para conseguir a sua derrota o Chefe Benedictino é os
seus apaniguados não trepidavão diante de quaesquer alicaii-

Nao parou ainda ahi a supremacia, que procurou exercer no


Or.-. soi disant unido o Ir.-. Saldanha Marinho.
É elle quem faz ou escreve uma constituição
para. clle próprio
governar.
Considerando-se já o — El Supremo— da maçonaria do Brazil
estabeleceu desde logo as condições indispensáveis á realização
de seus extravagantes intentos.
Foi assim que, depois de obter a approvação de
um celebre
paragrapho, que lhe dava o direito de cortar as cabeças de to-
dos os maçons, que lhe fossem desaífeiçoados, e isso
nha o Gr.-. Or.-. presentes apenas 25 ou 30 quando ti-
membros, sahió
muito ancho, c, batendo no l.ombro de mn dos
' lilia e dura, mas seus, dissera:
hao de roêl-a. ..
— 44 —

As idéas socialistas, que mansamente procurava alguém innocu-


lar nos espíritos clesprevenidos de alguns maçons sinceros, terião
* de receber em época nao remota o baptismo oflicial.
Era sob a influencia directa de um outro Rossel, que a ma-
çonaria tinida do Brazil promettia abrir uma nova era, toda de
regeneração, de igualdade, liberdade e fraternidade.
Somente com a propagação de semelhantes idéas poderia esse
povo do Brazil, que vive degradado c reduzido a completo ma-
rasmo por um agente do poder pessoal e portanto do ultramon-
tanismo, rehabilitar-se e tornar-se um dia um povo.... heróe!
Em face do que acabamos de relatar, a liberdade, igualdade e
fraternidade, divisa do pseudo Or.*. Un.\ e base do prometüdo
engrandecimento da maçonaria do Brazil. constituião uma reali-
dade, ou seriao unicamente palavras adornadas de lentcjoulas
adrede escriptas para entreter o enthusiasnío, que ia já arre-
tecendo?
É o que explicaremos no próximo boletim.
C. B.

Üs homens dos Beneditinos.


• " Iimnensa consternação cansou de certo á Fam.\ Maç.'. Inivv.
a noticia de uma rehellião promovida por um grupo de maçons,
tendente a estabelecer outra dissidência no seio da Maç/. do
Brazil, quando tudo parecia annimciar que o facto realizado a
20 de Maio do corrente anno havia consolidado os laços de união
de modo a firmar um accôrdo tal entre os dons Círculos, que
nenhuma divergência de idéas os pudesse separar, no intuito de
realizarem um dos meios de salvar a Orcl.\ e a sociedade da
sanha dos seus rancorosos inimigos. „
Tal começa o Dr. Freire do Amaral o seu artigo inserto á
Bra-
pag. 371 do Boletim n. 9 — 10 do intitulado Or.-. Un.\ do
zil, tal começaremos nós também; porquanto se ha período que
se possa applicar perfeitamente ao procedimento inqualificável
dos denominados maçons daquelle circulo é sem duvida este.
6
— 42 —

Aprouvc ao Sup.\ Arch.'. do Un.'. que os réos de lesa traição


maçonica, no intuito de lançarem uma aleivosia contra os verda-
deiros Obreiros da Arte Real que povoão as colmnnas do La-
vradio, deixassem cahir dos bicos da penna de um de seus cho-
fes uma verdadeira confissão do crime, fazendo por tal modo
amende honorable do mal causado á tranquillidadc c á fraternidade
da Fam.\ Maç/.!
Antes de encetarmos a refutação da narração e da confirma-
ção, se assim se pôde chamar a serie de períodos falsos naquillo
que dizem, e sophisticos naquillo que concluem, de que se com-
poe o artigo a que nos referimos, vamos traçar a historia geral
do denominado Or/. dos Benedictinos, hoje diplomaticamente
chrismado em Or/. Un/. do Brazil.
Corria o anno de 1863 quando um grupo de máos Ilr/. exis-
tentes no seio do Gr/. Or.'. do Lavradio vendo-se derrotado em N

suas ambições pouco legitimas, e sobretudo por demais conhecido


em seus cálculos e tramas para poderem airosamente continuar
a fazer parte desse Circ/., arrancou raivoso a mascara, e cal-
cando aos pés todos os deveres e olvidando todos os juramen-
tos, hasteou a bandeira da rebelliâo, e constituio um schisma,
cujo corollario necessário veio a ter lugar no anno actual.
Não contentes com levarem para as columnas das gazetas
profanas as mais Ímpias e fratricidas correspondências; nâo sa-
tisfeitos com celebrarem sessões sacrilegas, em salas profanas,
onde planos os mais incendiarios e odiosos erão apresentados c
abandonados por falta de quem se atrevesse a inicial-os; consc-
guirão illudir a boa fé de alguns maçons incautos que vivião de
ha muito afastados dos trabalhos, attrahirão todos aquelles que
se dizião descontentes, porque não haviâo sido satisfeitos em
aspirações inconfessáveis, juntamente com os que se achavao
cobertos por suas faltas ou crimes, e fundarão um antro a que
sacrilegamente denominarão templo.
O primeiro cuidado desses schismaticos foi envolver em sua
rede uma certa quantidade de negociantes profanos, os quaes
iniciando-se irregularmente em seu templo e seduzidos pela forma,
fazião, e ainda hoje fazem, os grandes donativos, de que elles
carecião para fazer as obras necessárias, para a compra de ai-
faias e para outras despezas que era então mister fazer; tal é
o perigo da fé incutida pelo erro que ainda hoje muitos desses
- 43 —

últimos, verdadeiras victimas de planos que nunca çompreliende-


rao, sustentão, e sustentão de boa fé, que desde a fundação dos
Benedictinos era deste lado que estava o direito o a justiça: a
esses — Senhor, perdoai-lhes, elles não sabem o que fazem! —
Constituira-se pois o Or:. dos Benedictinos, e desde que nos
cofres de suas O/f:, começarão a existir nictaes, emittio a admi-
nistração um certo numero de apólices de divida interna; a pro-
posito do pagamento de cujos juros, bem como a propósito da
amortização das quaes, suscitou-se por vezes no seio daquelle
Or:. sccnas bem desagradáveis e dignas de que surgisse no correr
dellas um novo Messias a expulsar do templo aquelle bando de
mercadores que se disputavão o óbolo dos filhos da viuva.
Digão embora que forão reconhecidos por potências maçoniças
estrangeiras, apresentem embora LLoj.\ provinciaes de sua obe-
diencia, o que prova isto? Porventura á luz do século XIX, em
face da civilisaçao, no seio da velha Europa e na capital da il-
lustrada França não puderão communistas e petroleiros encontrar
adeptos, formar uma massa compacta e imménsa, e fazer-se re-
conhecer de improviso por diversas nações? não tratou a prin-
cipio com elles o próprio rei Guilherme?
O que é facto é que os corpos maçonicos mais respeitáveis e
sensatos nunca retirarão sua confiança ao Gr.\ Or.\ do Lavra-
dio; ao contrario, recusarão sempre prestar a menor importância
ao schismatico oriente.
Os próprios membros que compunhão este ultimo reconhecendo
quão precária e ephemera era sua existência no meio daquella
apparente prosperidade, e julgando apavorados ler todas as noi-
tes no bronze de suas heréticas còlumnas o — mane, thecél, jiharés
—tratarão de conjurar o perigo, c desde logo a idéa de uma
juneção germinou-lhes nos cérebros.
Directa e indirectamente começarão a entabolar negociações
ate que o Or.*. do Lavradio suppondo que as más ovelhas, con-
trictas e arrependidas, querião voltar ao aprisco, resolveu-se
desde logo a perdôar-lhes, no intuito de recebêl-os em seu seio,
c commissões forão de parte a parte nomeadas.
Alcançada a primeira parte de seu desideratum, tratarão os
membros dos Benedictinos de, pela morosidade, dificultarem as
negociações, até que elles se julgassem convenientemente pre-
parados.
- -
\\

Claro estava que, feita a juneção dos OOr/., torião estes de


á eleição de nova administração, e pois o dos Benedic-
proceder
tinos tratou desde então de assegurar-se uma maioria que lhe
concedesse facilmente o triumpho.
Ficou desde logo prohibido aos seus membros a accumulação de
representações, e em lugar de cada officina fazer-se representar
unicamente por seu Ven.\ e Dep.\ passou a. sêl-o por tantos
destes quantos grupos de trinta membros podia cada uma formar.
Deste modo fácil era tomar de surpresa o campo eleitoral,
uma vez dada a fusão, e levar traiçoeiramente de vencida a elei-
cão a que se procedesse; com effeito admittindo que no Lavra-
(lio e nos Benedictinos existisse numero igual de OOff/. seria o
Or.'. illuclido pela apparencia de igualdade, quando na
primeiro
verdade, por tal modo, haveria do lado do ultimo uma maioria
sensivel; isto sem fallar da incompatibilidade das accumulações,
o que ainda dava lugar a ser ella mais considerável.
Preparadas assim as «ousas, é claro que o Lavradio teria sido
illudido, e respeitando uma eleição que julgaria feita em igual-
dade de circumstancias, só mais tarde poderia conhecer o trama.
E note-se que olvidamos dizer que o Or:. dos Benedictinos
continha ainda uma outra classe de membros denominados —De-
legados—os quaes, além dos DDep.\ e RRepres.-. representavão
igualmente as OOff/.
Uma difficuldade suscitada, porém, salvou o Lavradio de ser
victhna desde logo desse trama macliiavelico.
Queremos fallar da questão dos metaes.
O Or.\ do Lavradio não podia receber como em igualdade de
circumstancias os cofres exhaustos dos Benedictinos, nem tão pouco
constituir-se responsável pelas dividas interna e externa delles;
por outro lado não queria a administração benedictina revelar a
kiraa^ajfflyfe

suas OOff/. que as havia illudido com uma prosperidade fictícia


e pedir-lhes perdão da divida interna, como mais tarde fez de
afogadilho, nem tão pouco podia solver o debito externo; e pois
convinha protelar as negociações indefinidamente, ou até que oc-
casião asada lhe permittisse conseguir seu almejado fim.
Muitas vezes ouvimos o próprio Dr. Amaral declarar que a
fusão nunca se faria, em virtude da má vontade com que a Com/,
dos Benedictinos protestava e addiava indefinidamente a questão.
Soou emfim a hora propicia.
//

, — 45 —
O pastor desta diocese, aliás pouco escrupuloso quanto á mo-
validade de muitos dos seus subordinados, suspende insólita e
insensatamente de algumas de suas funeções um sacerdote pelo
único facto de ser este maçon.
Era uma verdadeira luva lançada a uma associação innocente
é irreprehensivel em seus princípios, era a declaração de guerra
bruscamente lançada pelo clero á Maçonaria, pelas trevas á luz,
pelo regresso ao progresso, pelo jesuitismo aos verdadeiros dis-
cipulos do Philosopho do Golgotha.
Perante a immensa luta que ia travar-se, a suspensão do pa-
dre nao merecia importância individual, elle apenas representava
a luva um tanto machucada pela violência com que havia sido
arrojada.
Tratar pois da questão pessoal era fugir á luta geral, era per-
der as vantagens do primeiro accommettimento; quando muito
convinha reparar os estragos causados á victima que servira de
guante e de pretexto, emquanto as trombetas de Hiram toca-
vao a reunir.
E foi o que se pretendeu fazer no Lavradio.
Emquanto os filhos da luz tomavão a lança e o elmo, propu-
punha o Gr/. Mest/. Visconde do Rio-Branco ao padre M. Àl-
meida Martins que recorresse ao poder superior, tanto espiritual
como civil, afim de obter reparação de seus direitos feridos pelo
acto que elle considerava—errôneo, tendente a offender o futuro
da igreja, e provavelmente praticado para tornar-se o seu autor
bem visto da cúria romana, etc, etc.
Este conselho foi regeitado pelo padre M. Almeida Martins,
que parecia disposto a romper de uma vez para sempre os la-
ços que o prendião ao clero romano; ainda que o dialogo havido
entre elle e o bispo do Rio de Janeiro fosse alambicadamente
sacerdotal.
Se o Or/. do Lavradio existisse então só, afastada como se
achava a questão individual, visto recusar o oftendido pedir qual-
quer reparação; era provável, era certo, que esse Or/. se em-
penharia na luta com a ordem necessária, e conquistaria uma
| victoria, que se não afastasse de uma vez o fanatismo que grassa
já no Brazil, retardaria extraordinariamente a sua marcha e o
enfraqueceria completamente em suas forças.
Infelizmente porem assim não aconteceu.
— 46

Benedictínos, na pessoa do seu GiV. Mest.., to-


O Or.'. dos Martms, collo-
habilmente o padre M. Almeida
mou delicada e de Medusa, e
M(y em seu escudo, como uma espécie de cabeça
sem elle o sentisse em instrumento de seus
transformando-o que
a escada com que assaltasse o Lavradio.
«Unos fez delle primeira os
responderão os membros de ambos
Ao appello para imprensa
• mas, infelizmente, sem plano traçado, fez-se uma guerra
CCirc
ou nenhum proveito trouxe.
de guenilhas, que pouco
batião-se os partidos no campo de Guttenberg,
Emquanto tratava
o Or: dos Benedictinos, julgando a occasião propicia,
e ambiciosos planos que ha tanto tempo
de realizar os negros

seduzir alguns membros do Lavradio, inclusive o


^níegumdo
Secr.-. Geral!!!.... começarão estes em seus próprios
seu Gr- da mais
fomentar a conspiração que devia por meio
Templos a e entre-
abrir as portas do Or.-. aos rebeldes
horrível traição
gar-lhes a sua administração. o da
Christo 30 dinheiros, qual seria preço
Judas vendeu por
traição desses seus descendentes ?!
o Visconde do Rio-Branco, e endeosando o Un-
Calumniando o
Marinho; deixando de propósito de ouvir
selheiro Saldanha a
afim de por sua própria dignidade obrigarem-no
primeiro,
inacção e ao silencio e com isto argumentando entretanto para
elle desprezava,o Or.-. e o abandonava; forão de dia
dizer que
dia conseguindo ganhar adeptos pouco reflectidos e estabe-
para apagar-se
lecer um enthusiasmo pueril e apaixonado que devia
sopro da razão e da calma: tão longe forão que fi-
ao primeiro
o Gr.: Mest: dos Benedictinos presidir sessões magnas de
zerão
LLoj/. do Lavradio, esquecendo e calcando aos pés não só to-
dos os direitos deste Or.'., como até os mais comesinhos deveres
da cortezia que a seu Gr.-. Mest,-. devião.
Forão mais longe os homens dos Benedictinos! Depois de tra-
marem o golpe que querião dar, com os traidores do Lavradio,
formularão juntos uma proposta de juncção, e de surpresa apre-
sentárâo-na e approvcárão-na a mesma hora em ambos os OOr.\
sem que para isto fosse convocada uma sessão especial, sem que
a maior parte dos membros do Lavradio fosse disso sahedora
e pudesse apresentar-se, sem que finalmente fosse nem de leve
consultado o Gr.-. Mest.-. Visconde do Rio-Branco.
47

É ainda quêriao que este se mostrasse interessado após isto


pelo que se passava, e ainda fingiao íiaô comprehcnder que sd
por cavalheirismo respondia ellc, c do modo porque o fazia, a
uma ou outra communicação que, como por muito favor, lhe era
feita!!
Entretanto grande numero de ITiv. do Circ*. do Lavradio se
havia conservado fiel a fé maçomea, ao Or/. Reg.\ c ao seu
prestimoso Gr/. Mest/.; mas comprehendendo que a vista da cons-
piíaçãò, da calumnia habilmente espalhada e do enthusiasmo in-
sensato que se havia apoderado de Ilr/. aliás de boa fé, era-
lhes impossível fazer parar a torrente: misturarão-se com ella,
envolvêrao-se no torvelhinho e não podendo represar a revolu-
ção tratarão de ver se a podião dirigir de modo a que o mal
resultante fosse o menor possível. Assim puderão apontar os
defeitos do denominado projecto de constituição; e provocar dis-
cussões que obrigassem rebeldes e traidores a deixarem pouco
a pouco desprenderem-se os cordões das mascaras: posto que
nao pudessem obter desde logo a victoria na votação desses
pontos, conseguirão comtudo desilludir muitos Ilr/. e abalar os
ânimos mesmo dos mais fanatisados pelas apparencias anteriores.
Felizmente os factos que desgraçadamente tiverão lugar nas
\
differentes phases do acto eleitoral restituirão a razão c a calma
aos membros do Lavradio, e então depois de maduramente re-
flectirem virão que a juneção com tal gente era impossível, e
K
TB
apresentarão ao seu verd.'. Gr.-. M.\ o manifesto em que os
I MMaç.'. do Lavradio lhe pedião que reassumisse o malhetc que
por nenhum acto legal lhe havia em verdade jamais sido to-
mado, mas que elle apenas se vira forçado a olvidar pela ma-
neira ingrata e pouco delicada com que insensata ou traiçoeira-
mente o havião tratado; tanto este manifesto como aquelle em
que revelamos as Potências MMaç.-. os lamentáveis factos que
derão lugar a não união, já forão dados em números transactos
do nosso Boletim, e pois não voltaremos á narração do que ali
se expende tão fiel e claramente.
Como pois ousa o Or:. dos Benedictinos dizer-se Or:. Un:.
quando tal união não chegou a effectuar-se? como ousa guardar
esse nome quando nenhuma Loj.-. do Lavradio se acha em seu
i
seio? como pretende illudir o mundo inaçonico estabelecendo
LLoj.-. com Ilr.-. de outras e dando-lhes nomes de algumas exis-
— 48 —

Lavradio, das quaes, na maior parte, nenhum Ir/, se


tentes no
o lavor
separou, ou onde apenas alguns IIiv. fizerão ao Lavradio
dc o abandonar? .'.--'¦ r
Cons.'. do Lavradio
Como pretende lazer desconhecer o Supiv.
é elle ainda o mesmo que foi reconhecido, tendo perdido
quando
unicamente o Gr.'. Traidor Gr.'. Secr.-. Ger.% da Ordem, que
oecupa hoje igual cargo nos Benedictinos?!
E se isto não é verdade desafiamos o Or:. dos Bmedictmos a
dar a relação nominal:
].°, dos MM/, do Muito Poderoso Supremo Conselho do La-
vradio que se achem agora nos Benedictinos;
2.°, dos MM.', do Gr.-. Or.-. nas mesmas circumstancias;
3.°', das Officinas do Lavradio passarão inteiras ou em
que
maioria para os Benedictinos.
E agora antes de passarmos a analysar ponto por ponto os
tópicos dos boletins ns. 9—10, 11-12 dos Benedictinos, o que
faremos no numero seguinte, responderemos a inn tópico do ul-
timo, inserto ás paginas 481 c 482, que nos diz particularmente
respeito, e esta resposta vai especialmente dirigida ao Dr. Freire
do Amaral.
Escrevendo a Pedra Bruta, fizemol-o livremente sem a querer
sugeitar a tutella da chamada Com.-, de Redacç/ão, e isto não só
porque não admittiamos tal direito áquelles a quem podíamos
tratar de igual para igual, isto quanto á redacção dos nossos
escriptos; como porque, quanto ao fundo delles, tendo de ha
muito opinião formada em matéria religiosa, a cujo estudo nos
entregamos desde longos annos, menos admittiriamos que analy-
sassem nossa opinião; visto como alguns membros da Com.-,
apenas conhecem o que seja religião pelas collegiaes cartilhas.
O Dr. Amaral, que nos conhece ha bastante tempo, sabe bem
se podemos ter esse orgulho e se é verdade o que avançamos.
Fomos, é facto, procurados por vezes e por vezes apoquen-
tados por pedidos tendentes a fazer-nos abandonar a estrada que
trilhávamos, e a isso não accedemos pelas razões que passamos a
expor.
Convictos, profundamente convictos, daquillo que escrevíamos;
ardentemente desejosos de despedaçar o milagreiro manto de
superstições c de embustes com que havião os romanistas enco-
berto as theorias e a sã moral do Philosopho do Golgptha; não
— 49

não devíamos, não queríamos a pedido de hypocritas


podíamos,
ou dc néscios que ora fingião guerrear taes cousas, ora ajoc-
lhavão aos pés do primeiro ròiipeta para supplicar-lhe a benção,
desviarnio-nos de nossa mira ou empregarmos linguagem diffe-
rente; demais, quando a nossa OIT/., a Aug/. e Resp/. Loj/.
Cap/. Amparo da Virtude, desejou que a continuação dos nossos
artigos fossem feitos cm seu nome, puzemos condição dc não
aceitarmos tutella c de ir ate onde nos levasse nossa convicção,
rcservando-lhe nós o direito dc retirar-nos seu nome desde que
ultrapassássemos o campo de suas crenças; convindo notar que
nunca usou cila de tal recurso, antes aceitou plenamente os nos-
sos escriptos tanto no fundo como na fôrma; facto este que nos
excessivamente nos fez conceber a mais brilhante
penliorando
opinião a respeito da philosophia de cada mu dos seus dignos
membros. "Dr.
O que pretende dizer o Amaral em seu período come-
cando: cí Nessa occasião negava a Pedra Bruta etc, etc. , V
fazer acreditar qne mudamos de opinião V
pretende porventura
mas isto seria uma calumnia tão baixa, uma insinuação tão infa-
me, que não podemos admittir que tal fosse o pensamento da-
a que ainda boje concedemos-o nome de amigo; acredita-
quelle o
mos antes que elle levianamente arrastado pela paixão que •

tem cegado, ou que impellido por máos conselheiros deixou


_
eahir dos bicos dc sua penna um período cujo alcance vil e in-
digno dc si não médio bem: tanto mais que o Dr. Amaral bem
sabe, e está convencidíssimo, de que pensamos hoje como temos
liontem e como pensaremos amanhã; abra-se nova cam-
pensado
o da Pedra Bruta está prompto a derrubar as
panha que gladio
hydras ignorantes e perigosas que invertem e adulterão o ver-
dadeiro christianismo. • ;
Após a pérfida insinuação segue-se o desejo de ndiculansar,
e do-
e o Dr. Amaral, moço profanamente honesto e intelligente
rara instrucção, naufragou no segundo intento como no
tado de
naufragara: conseqüência de querer sustentar causa
primeiro
tão má.
Dr. Amaral, chainando-iios ultra-raaonalista, lançar
Pretende o
sobre nós o ridículo ? ignora então que tal qualificação só pôde
ser hoje merecida por quem tem foros immensos de mtelligencia
a que ainda ironicamente diz
e de sciencia? e quanto justiça
.. /

- 50 , ¦

que já nos foi feita, razão tem se prescinde da ironia, que aliás
não sabe manejar; razão tem porque justiça nos foi feita desde
,, que fomos bastantemente elogiados por nossos escriptos por to-
dos, profanos e maçons, que estavão no caso de os comprehende-
rein, inclusive pelo Dr. Amaral que mesmo em causeries intimes
-lastimava que a instrucção popular não estivesse ainda ao ai-
cance de receber taes idéas.
Sim justiça nos foi feita, com orgulho o dissemos, e a prova
é que foi sobre nós que assanhados de preferencia se lançarão
os ultramontanos brazileiros e europeus; signal de que nos con-
sideravao como o adversário mais perigoso.
Mas deixemos de parte esse, que já vai longe, cavaco forçado
a que nos levou o Dr. Amaral e continuemos o que temos a
dizer, nao porém sem primeiro nos dirigirmos a elle para
bradar-lhe:
Dr. Amaral. !
Dedicamo-vos e vos dedicaremos sempre no mundo profano,
onde vos reconhecemos como um de seus mais bellos ornamentos,
a mais sincera amizade; maçonicamente porém dir-vos-hemos que
temos um grande remorso em nossa vida de operário da Arte
Real —o de termos sido quem vos propôz em Loj/. para serdes
iniciado em nossos sublimes mysterios.
(Continua.)
Dr. Joaquim Pedro da Silva, 33:.

0 século XYI1I perante o chrisüanismo.


(por strauss.)
>

I.
"s

Durante muitos séculos considerou-se a religião christã apenas


pelo seu lado bello, isto é, pelo verso delia; para poder ser apre-
ciada e sentida devidamente era mister considerada também pelo
seu reverso. A religião do antigo e novo Testamento havia pas-
sado até então por uma obra divina, no sentido mais rigoroso
da expressão; por uma reacção, aliás natural, c hoje tida por
— 5,1 —
t

obra humana no sentido mais desfavorável. Confessamos que é


penoso vermos pessoas e cousas consideradas como santas e so-
brehúmanas, repentinamente decahidas não só no solo' da rèali-
dade, mas no pó e na nihilidade das cousas humanas; entretanto
não podemos deixar de conhecer nesta inconstância da sorte a
mão da inevitável Nemesis. Tanto a pêndula subira em um sen-
tido quanto, entregue á lei natural, descera em sentido opposto,
ate que, depois de certo numero de oscillaçoes, torna, com leve
diferença, ao nivel natural.
O século XVIII queria justiça, nunca privilegio; o que se fez
a um era justo que se fizesse também ao outro, o mesmo peso
e a me$ma medida, o mesmo julgamento e o mesmo direito para
todos. Por muito tempo as religiões judaica e christã havião
passado por verdadeiras e divinas, todas as outras, as religiões
paga e musulmana, forão tidas por falsas. Falsas e diabólicas,
teríamos dito se, nos tempos mais próximos, não estivéssemos
habituados a considerar todas as religiões extra-biblicas como
produetos da impostura humana. O século XVIII, cujo horisonte
havia sido ditado pelo estudo da historia e pelas descobertas
geographicas, não podia tolerar esta desigualdade. A sua firme
convicção era que as cousas não poclião ser essencialmente diffe-
rentes intra-muros que são extra-mitros, que dentro como fora, o
que vemos são sempre homens com a mesma natureza, com os
mesmos dons, as mesmas forças, as mesmas fraquezas e as mês-
mas paixões. Daqui este dilémma: ou as religiões pagas, assim
como a de Mahomet, são também revelações divinas.— o que
não é possível attentos os erros e absurdos que o século XVIII
julgava enchergar nellas, e como é que uma revelação sobrena-
tural podia conciliar-se com a noção cie Deus e do mundo pro-
pria a este século ? — ou as religiões judaica e christã são tam-
bem produeto da impostura de uns, da superstição e da tolice
de outros.
Todas as religiões positivas, sem excepção, são produetos da
impostura: tal era a idéa intima do século XVIII, quando mes-
mo não se exprimisse tão abertamente como acontece nas obras
de Raimamis.
Com effeito; esta these podia comprehender interpretações di-
versas. O fim primitivo dos legisladores de religião podia ter
sido bom, concebido em vista do bem da humanidade, mas ao

*
* r

mesmo tempo com o pensamento de que o único meio de dirigir


os homens ao verdadeiro bem, e de attrahü-os pela perspectiva
de uma revelação ou de uma intervenção divina;"queeste fim podia
ter-se perdido de vista depois pelos padres, não tinhão
outra intenção e outro fim senão explorar a credulidade publica
em proveito das suas ambições e avarezas. Mas, a tomarmos a
cousa no seu .verdadeiro sentido que garantia temos nós para
julgar que o fundador fosse melhor que os seus antecessores, e
que para elle mesmo já se não tratasse de poder c de honras,
quem sabe mesmo se não de gozo? O mesmo se dá a respeito
das falsas apparencias do sobrenatural e do maravilhoso: talvez
fossem os mesmos fundadores que ambicionassem o prestigio
para si ou para seus ,actos, ou talvez mesmo os seus discípulos
depois delles: neste ultimo caso, a cousa podia ter-se dado eom
premeditação, e com intenção fraudulenta, ou então sem que tivos-
sem consciência c estivessem de boa fé. O século XVIII pendia
visivelmente para a primeira destas duas hypotheses, para a
peior, para a mais desfavorável ás religiões positivas e para os
seus fundadores. Chegou-se, por excepção, c como por acaso, ás
avenidas da segunda hypothese de que o século XIX devera fa-
zer caminho para a sua critica.
O que o século XVIII não podia confirmar nesta hypothese
desfavorável ao clíristianismo, era a crença que dava ao caracter
histórico das narrações da Biblia, crença que havia herdado dos
séculos de fé, e que ainda não tinha sujeitado a um exame cri-
tico. Porque a humanidade não rejeita senão lentamente, como
por pedaços, os prejuizos que a dominarão por muitos séculos.
Para o século XVIII tratava-se antes de tudo de despir as nair-
rações bíblicas do seu pretendido caracter sobrenatural; comtanto
que tudo tivesse tido lugar natural e còmprehensivelmènte, não
tinha elle difficuldade em considerar como historia os factos que
nos transmittem os cinco livros de Moysés ou os quatro Evan-
gelhos. Mas quando da historia milagrosa de uma revelação
subtrahimos o sobrenatural e divino, mantendo ainda a historie-
dade restricta da narração, o que fica da operação, o pacut-
mortum, é pura impostura.
Se Deus não descera ao Monte Sinai para proclamar a lei, e
se admittimos entretanto que a montanha se achava envolvida
em fumo, em raios e coriscos, devemos admittir ao mesmo tempo
53

que Moysés representara uma farça grandiosa, ou pelo menos


soubp tirar partido de uma tormenta natural para execução dos
seus planos.
Se não foi o fogo do Senhor que acendeu os sacrifícios de
Aaron e Elias, e se conservarmos entretanto a circumstancia da
narração que as victimàs não forão, consumidas pelos meios ordi-
narios, é impossível não admittir que Aaron e Elias tinhão certos
conhecimentos chimicos - secretos de que se aproveitarão para
fazer crer no milagre. Se Jesus não resuscitou milagrosamente, e
entretanto a sepultura foi encontrada vazia na manhã do terceiro
dia, é mister concluir que os seus discípulos havião escondido
linguagem
por qualquer motivo o seu cadáver. Se não era uma
natural que fallavão os apóstolos na primeira dominga de Paschoa,
c entretanto fallárão realmente por tal modo que entre os ouvin-
tès alguns tivessem podido pensar que erão línguas estrangeiras
e outros, effeito de embriaguez, devemos concluir que nesse dia

os apóstolos representarão uma comedia ridícula.
Mas quem autoriza a critica a proceder com tanto arbítrio e
inconsequenciaV Se não foi Deus mesmo que lançara os raios
sobre o Sinai, quem nos diz que na realidade não tivesse havi-
do uma tormenta V O mesmo escriptor que nos affirma que fora
Deus que os -expedirá. Porque lhe concederíamos fé em um
lh'a negamos em outro'? Se Jesus não resuscitou
ponto quando
milagrosamente ao terceiro dia, quem nos diz que seu corpo ti-
vesse sido procurado na sepultura e não fosse achado ? Se na
dominga de Paschoa não fallárão os discípulos uma lin-
primeira
estranha cm virtude de uma inspiração sobrenatural, por
guagem ¦
onde sabemos que fallárão diversamente como era costume ?
Desde que se chega assim a comprehender que a critica,
se acha em face de uma narração miraculosa, não tem
quando
direito de lhe tirar o caracter milagroso, e de lhe deixar ao
mesmo tempo o caracter histórico - que o milagre não é um
envoltório superficial que se possa rasgar inpunemente sem levar
elle também um da historia; quando se afrouxa mn-
com pedaço
da mais os laços que ligavão o acontecimento á narração, pode-
se considerar os personagens de uma narração milagrosa de modo
e muito mais favorável. E culpa do le-
inteiramente clifferente
israelita se, depois delle, a legenda e a poesia ornassem
gislador a ambição
a sua historia com milagres de todo o gênero. Se
- 54 -

sacerdotal chegasse até ao ponto de imputar-lhe milagres desti-


nados a vingar-se daquelles que quizessem tentar contra os seus
privilégios e os de Aaron? É culpa dos apóstolos terem acre-
ditado na resurreiçao de seu mestre sem que esta crença re-
vestida pouco e pouco na imaginação da primeira communidade \

christa de uma forma que, tirando-Jhe o milagre, dá lugar ás


mais tristes suspeitas?
Resulta daqui, confessamos, que o nosso saber diminuio quan-
to ao que diz respeito a Moysés, a Christo e a seus apóstolos,
sobre elles sabemos menos cousas milagrosas, segundo uns,
menos compromettedoras, conforme outros; mas sabemos sufficien-
temente para chegarmos, ao menos pelos traços principaes, á
uma concepção verdadeiramente histórica, do que forao e do que
fizerao.
(Continua)

. (Traduzido de Strauss, por F. R.)

•4
55 -

Seeção de Correspondência.

Do Pod.'. c 111.\ Ir/. II,; J. de D. Merino Benavente,


So0,\ Gr,\ Com,\ do Sup,-, Cons.', do Chile.

Valparaiso, 12 de Novembro de 1872.

Ilustre 11/. Dr/. L. Corrêa de Azevedo, Gr/. Sec/. Gen/. dei


Gr/. Or/. i Sup/. Consejo dei Brazil, Vai/, dei Lavradio n.53K,
Rio de Janeiro. — Meu 11/. Herinano. He tenido ei placer de
recibir vuestra atenta coniunicacion 30 de Setiembrc ultimo, po-
niendo en mi conocimiento vuestra separacion de los disidentes
dei Vai/, de los Benedictinos, de haber quedado dirijiendoos
vuéstro Gr/. M.\ ei Visconde de Rio Branco, i di haber vos
niiesiho reemplajado en ei cargo de Gr/. Sec/. dei Gr/. Or/. i
Sup/. Consejo dei Brazil, Vai/, dei Lavradio ai Dr. Alexandrino
Freire do Amaral.
Me pedis seguir reconociendo como único Poder mas/, legal á
este alto cuerpo. i no perder de vista que ei cuerpo titulado
Grande Oriente Unido dei Brazil, bajo ei acuai os habiais unido
ai de los Benedictinos, no existe sino en Ia fantasia de estos
últimos.
Sentiendo cou toda sinceridad que Ia union masonica
haja suiriclo esta nueva prueba, no dejaré por eso de
reconocer ei Supremo Consejo i Gr/. Oiv. dei Brazil,
Vai.-, dei Lavradio, como único Poder regulador de Ia
i
masoneria brazilena.
Servios asi mauifcstalo á ese grau poder. Oreyendo ai Dr.
Freire do Amaral, Gr.'. Sec.-., le cliriji ei 6 de Octubre ultimo
Ia siguiente carta, que os suplico tenerla como vuestra, pédien-
doos con antecipacion mis escusas por Ias incoraodidades qui
con ella os doi: " Mui II.'. H.\ Las antiguas Constituciones de
Frederico II, base fimdameutal dei Rito Escocês, que no lia po-
dido menos de aceptar este Supremo Consejo, contiene prescrip-
— 56 —
*
ciones diíiciles de armonizar con ei espirita liberal que predo-
mina en nuestro siglo.
" Las funciones atPvitam dcl Gr/.
,M/. Gr/. Com/, .de un
Supremo Consejo grado 33, i Ia trasmition de su autoridad sin
participacion alguna con Ia eleccion de los miembros (pie com-
ponen dicho Consejo, es otra de Ias difficultades que se preseu-
tan para que los masones de este Or/., dependientes hasta ahora
de Gran Lojia Escocesa que ahi existe reconoscan en toda su
plenitud Ia autoridad de nuestro cuerpo. Hasta ahora nos hon
reconocido solo como Poder directivo de los altos grados, mas
no cie los simbólicos que gobierna dicha Gr/. Lojia.
" Ellos desean
que cl Gr/. M.\ Gr/. Com/, dei Supremo
Consejo de Chile sea nombraro cada tres ó cinco anos por Ia
Gr/. Lojia Central (Ia actual Gr.;. L.\ con otro titulo una vez
que pase á Ia obediência dei Supremo Consejo) en Ia cual estan
representados todos los talleres dei Rito Escocês, i que su cie-
vacion ai mando sea obra de Ia eleccion de los talleres, i no de
uua prescripeion constitucional de nos Código tan antiguo como
Ias Constituciones de Frederico IL
" Para desear esto, se fundan en
que liai países en que ei
nombramiento dei Gr/. M/. Gr/. Com/, dcl Supremo Consejo 33
se hace de ese modo, i que no liai razon alguna para obrar de
otro modo. En corrobacion de Io éxpuesto, se han íijado en Ia
s
Constitucion de un Gr/. Or/., que se dice existe en Rio de Ja-
neiro, en ei cual Ia eleccion es Ia base de su autoridad. Como
no he visto esa Constitucion, como no sé si pertenosca ella ai
cuerpo masonico espúrio que ahi funciona bajo ei tiulo Gr/. Or/.
e Sup/. Cons/. Brasileiro, Vai/, do General" Câmara, o bien ai
de los Benedictinos, ó en ultimo caso ai Gr/. Or/. dei Brasil,
Vai', dei Lavradio, de que es Gr/. Sec/.\ me tomo Ia libertad
de pedirle, á nombre dei Supremo Consejo de Chile, me haa ei
gran servido de remitirme ia Constitucion de este ultimo cuerpo
que no vino entre los demas documentos impresos que recebi
con Ia notificacion de nuestro reconocimiento, e se sirva, ademas,
*•
proporcionarme Ia Constitucion de los otros dos, con Ia intima
persuacion de que obligará mui sinceramente mi gratitud i Ia dei
Supremo Consejo que presido.
" Cuanto üd. se digne remitierme
con ei objeto de conocer ia
maresa, ó mejor dicho, Ia relacion que existe entre ei Supremo
- 57 -

Consejo de 33 i Ias Lqjias Escocesas de una parte, i cl G.\ Or.\


i ei Supremo Consejo de Ia otra, será recibido con reconocimiento.
ft La revista da Correspondência do Gr.'. Or.\ e Sup/. Cons.-.
do Brazil que publica este cuerpo, es mui interesante, i hei lido
con sumo interes todas Ias dei ano 1871, que he recebido, i
ojalá que Ia benevolência de Ud. me hiciese conocer Ias dei pre-
sente ano.
" A fim de evitar retardo i lograr obtener con ia debida pontua-
lidade mi fastidioso encargo, me permito dirigir a Ud. directa-
mente, prometiendolc reciprocidad en casos análogos.
" Rogando a Ud. se sirva aceptar con anticipacion mis agrade-
cimientos i hacer presente los votos que hajo por Ia felicidad de
ese Supremo Consejo, quedo de Ud. afectisimo servidor i lierma-
u0 _ firmado J. de D. Merino Benavente, Gr.". M.\ Gr/. Com.-.
33.-. — Al mui II.'. H.\ Dr. Alexandrino Freire do Amaral. 33.\
Gr/. Sec/. Gcn/. da Ord.\, Vai.-, cio Lavradio, Rio de Janeiro.,,
Tal fué, heiv. Giv. Sec., Ia comunicacion que diriji en espa-
Sol ai H/. Amaral, i que siipongo liava Regado á sus manos.
Si hoi os Ia reitero en ei mismo idioma, es porque me es mas
fácil espresarine en ei i porque supongo que vos mismo Io com-
con Ia niisma faciliclad que yo. Si asi fuese, servios
prendereis
en oportiinidad, porque hasienclo ambos
participannelo primera
uso de nuestros próprios idiomas, nodiemos corresponder en Io
sucesivo con nmclia mayor frecuencia.
Os salucla mui fraternalmente viiestro li/. (Assignado) J. de
D. Merino Benavente Gr/. M/. G.\ Com.'. 33.-..

Dr. L. C. de A,evedo
Ao M.\ 111.*. 6 Pod/. Ir/. ^.'. u n/j

do Brazil
Gr.-. Sccret.-. &er.: daOrd.'. Maç.-. no Império

b. b. b.
(timbre.)
Porto, 23 de Novembro de 1872, E.\ V/

a recepção da vossa prancha de 10


M.-. 111.-. Ir.-.-Accuso
e
de Outubro, do manifesto e do Boletim do vosso Gr/. Or/.
agradecenclo-vos as vossas benevolas expressões, cumpre-me com-
8
- 58 —

municar-vos que tudo apresentei cm sessão magna de 1G de


Novembro (E.\ V.\) da L.\ Cap.\, a que tcnlio a immerita hon-
ra de presidir, a Firmeza Portuense, que applaudindo a vossa
referida prancha, muito estimou ter noticias do vosso Gr.-. Or.-.
e ter oceasião de encetar relações e de estreitar os laços, quo
fraternalmente nos elevem unir.
Naquella mesma sessão de 1G de Novembro a minha Loja,
querendo dar uma prova da sua muito subida consideração pelo
Gr.*. Or/. do Brazil e de verdadeira, fraternal e cordial estima
pelos muitos distinetos IIiv. que o compõem, por proposta minha
unanimemente approvada, nomeou Ven.\ Honorário e Athirs.-. do
Cap.-. ao vosso Sap.-. Gr.-. M.\, VVen.\ Honorários a vós c ao
vosso Gr.*. Orad.-. e membro honorário do nosso [7-7] ao C.\ Ir.-.
Manoel Alves Corrêa de Azevedo, do que se mandou traçar os
respectivos diplomas, que tenho o prazer de junto vos enviar
para delles fazerdes entrega aos MM.-. RR.-, e Pod.-. IIr.\ a
quem são conferidos.
O pouco tempo que aqui se demorou o nosso Ir.-. Manoel
Alves Corrêa de Azevedo não me permittio apresental-o aos
nossos IIiv. nem prestar-lhe os fraternaes cuidados de que é
digno e longe de merecerem agradecimentos as pequenas atten-
ções que com elle tive, sou eu que me felicito por ter conhecido
tão bom Ir.-.
O meu [TjT], sentindo profundamente as desintelligencias que
ahi se tem dado, faz votos ao Supiv. Arch.\ do U.\ 4
pela re-
conciliação e verdadeira fraternidade de todos os MMaç.\
Acreditai-me, meu R.\ Ir.-., com toda a consideração e res-
peito vosso amigo sincero e dedicado. — O Ven.\ da Loj.-. Fir-
meza Portuense. (Assignado) Dr. Ricardo Gomes da Costa' 33.:

•°J&fò-
— 59 —

Bulletin pour TÉtranger,

On éclate de rirc quand on considere le ton dogmatique du


rédàcteur d'un faux Orient soulevant de notre manifeste les quel-
quês phiases que, ne comprenant pas, ne les commentant pas,
toutefois les consigne dans ses colonnes, prohableinent pour
avoir une matière quelconque à offrir à ses lecteurs.
Voilà un philologiste comme il y en a tant!
Ceei nous prouve encore une fois Ia facilite de ces petits talents
qui, dans notre pays fourmillent, autorisés par une réputation
absurde et de convention.
Notre manifeste, adressé à toutes les puissances de Ia terre,
fut difficilement tolere par quelques esprits vaniteux, qui n'ad-
mettent Ia possibilite de savoir faire que dans le cercle limite
de leurs camarades. '
Si on nous demandait comment détruire ces excès et ces ab-
surdités, nous ne saurions pas répondre: ce spnt des champi-
gnos inétibles qu'on laisse pousser à plaisir.
Heureusement ce document injuste et vaniteux contient dans
ses propres lignes Ia réponse eloqüente à toutes les fausses
propositions de Tauteur.
Le rédàcteur de ce petit journal y envoie des échantillons de sa
délicatesse et de son intelligence à tous les pays étrangers.
S'il y trouve des admirateurs tant mieux. II y a des gens de
tous goúts littéraires; et partout les imbéciles peuvent aussi
faire leur chemin.
II ne fut jamais republique aussi étrange et aussi pleine de
présomption et cVaplomb. Leurs membres se sont accordés —
intus et extra—d'annoncer au monde curieux le rataplan de
leurs désirs, et les idées de leur ligue.
Ils annoncent urbi et orbi leurs merveilleuses inventions, leurs
magnifiques découvertes, et leur définition de liberte singulière,
ou tout le monde fait ce qui lui passe par Ia tête.
C'est une association de bienheureux qui s'amusent à faire Ia
petite guerre au bon sens.
- GO —

I/explication de notre conduite depois longtemps envers li;s


franc-maçons dissidents, on Ia trouvera dans les quelques ligues
que nous publions sous le titre de Section Historique.
Après Ia lecture et 1'apprêGÍatipn de seniblables transactions
des deux commissions cbargées de s'entcndre sur l'union des
deux Orients, il ne restem plus de douto à 1'égard de Ia mau-
vaise foi de nos contraircs, et on rendra raison du fait de Ia
séparâtipn par nous seulement exigée et faite.
Les loges régulières de 1'Enipire envoyent leurs adhésions à
notre Corps Souverain et autorisé.
Et si quelques petites loges, sans signification franc-maçonni-
que, se lièrent aux benedictinos, ceei explique inieux Ia cábalé
sócialiste que notre logique maçonnique.
Le Jornal do Commercio contient encore, le 17 Decembre, une
petite mediante correspondance, sous le titre Lavradio, oíi le
duo de Ia rêdaction bénédictine, dissidents enragés, annoncent au
public que le rédacteur de ces quelques ligues est aussi un
artiste en peinture!
Merci, FFr.\, pour tant de bonté, vous chargeant de reliaus-
ser un mérite que, certes, je laissais s'endormir dans Pactivité
professionnelle qui m'écarte des beaux-arts. Merci!
Mais au moins, pour rhonneur du courage de votre opinion,
soussignez votre nom, sous peine d'être consideres des lâclies
qui se caclient tout en criant.
Ces boutades de nos contraires nous les consignerons dans
cette colonne pour 1'étranger.
Nous insistons, et nous insisterons toujours, pour les rendre
connus et appréciés par le monde civilisé et franc-maçonnique.
Ajoutons toujours à leur mérite le surplus qui ne nous sur-
prend pas, mais qui est de justice soulever et souligner.
Or, comme dans les journaux profanes nous les rencontrons
toujours, engageons-les à nous rendre une petite visite dans leur
bulletin.
On sent que dans ce moment-ci Ia franc-maçonnerie brésilienne
-passe par une grande activité.
Ce fut un bien pour notre nature inclinée à 1'indolence Ia
dissidence entre nous et les benedictinos. Notre cause excita un
grand parti. De toutes les provinces on nous envoie des féli-
61

citatipns, et partout on installe des loges pour que FArt Royal


ait ici son empire complet et sou exécütiòn régulière.
Cétait bien nécessaire que notre cri de désunion juste soule-
vât les ouvriers actifs pour Ia cause de notre institution menacée
de mort par le phalanstòre benedictino.
Le temps fut arrivé ou Ia vérité devrait franchir sa voie lu-
mineuse et éclairer les mystères du bien qui conduisent au bon-
heur de rhumanité.
L'amour-propre exagere, Ia vanité, 1'orgueil, Ia satisfactiòn des
sens Fenvie, 1'avarice et tous les mauvais senthnents qui abais-
sent aujoimVhui notre race latino sont combattus par nos doe-
trines.
Nous instruisons le peuple, nous lui donnons l'exemple d'abné-
o-ation et d'amour chrétien, tout en cherchant combattre les
ennemis du pays et de rhumanité.
II faut des discours à propôs de tout!
Ne comprenant pas le sens de Yégalité, liberte et /rnternité, ils
en font un galimatias incroyable.
Ils ne sont égaux qu'à eux-mêmes.
Ils ne sont libres qu'à Ia condition de 1'être par eux-mêmes,
pour mieux gouverner.
ne sont pas fraternels: de trop nous le savons après
Qu'ils
dix ans d'expérience.
Qu'est-ce qu'ils prétendent être donc?
l Des benedictinos.
Cest simple, mais c'est toute une phrase expressive.
Benedictino nous est devenu donc un terme maçon-poUtique, qui
nous explique une faction assemblée uniquement avec l'intention
de soulever Ia société civile, d'éteindre le bon sens et de rem-
les fonetions inquisitoriales, voir le bnãage d'une planche
plir
entre colonnes. Un auto da fé à coup súr bien original.
Et on conçoit que quand on commence par brúler des plan-
ches on arrive à mettre le feu à tout ce qui empêche les con-
quêtes de Ia satisfactiòn personnelle.
Voilà les honnnes qui se vantent d'avoir un parti immense au
racil 1

Oh! non, mille fois non, cette idée de parti existe seulement
au concours de tous les jem de scene
dans leur imagination prête
capables d'appeler 1'attention vulgaire sur leur comedie emprun-
- 62 —
a

tec aux pays de Ia Plata et aux ftlats du reste de 1'Ámérique


du sud ou les soi-disants libres deviennent des liberticides.
Nous les connaissons, et nous savons à quoi nojis en tènir
quand nous lisons leur titre de grand orient uni.
Lisez, vous tous, grands penseurs et grands franc-maçons, ils
se disent unis. Mais, unis à qui et à quoi?
Hoc opus Mc labor est.
En se séparant de nous, renvoyés à leur vaílée obscure, leur
nombre était raccourci.
Ils nous emportèrent sk franc-maçons, francs ou non; mais
avec nous, attirés par notre raison et notre régularité, restèrent
au-delà de cent FFr.\ qui prennent part aujourd'hui à nos
travaux.
Les minnesãnger de leur socialisme chantent partout leur hymne
de victoire emportée sur les loges des provinces.
Eh bien! jamais les provinces nous en donnèrent tant comme
aujourd'hui; et nous comptons parmi ces Log.\ quelques-unes qui
étaient à eux, avant notre essai de fusion.
On comprend par ce que nous venons d'exposer que les menson-
ges de Ia Vérité, de Pernambuco, ne produisent que du bien
pour notre cause.
Les raisons de ceux qui n'ont pas raison arrivent toujours
à dévoiler le fond d'égoisme et de haine envieuse des benedic-
tinos.
Ils ne reculent devant aucun moyen. Bon ou mauvais, injuste *
ou reprochable, petit ou ignoble, tous leur conviennent,
Comme on a des agents de change, ils ont des agents de
fausses nouvelles, chargés de les mettre à 1'ordre du jour et de
les afficher à tous les coins comme Ia Salsepareille de Bristol ou
Ayer.
Es vont à Ia presse vulgaire et profane avec un aplomb in-
croyable.
Par moments on les croit des zouaves de Ia franc-maçonnerie,
dont ils ne sont pas même des adeptes.
Cest une plaisanterie de tous les jours les voir se mettre én
quatre pour faire arriver leurs petites piqüres de guêpes maçon-
niques à tous les coins de Ia ville et des provinces.
Ils ont fait de Ia franc-maçonnerie une nouvelle institution ou
les rites et Ia morale ne sont ni rituels, ni moralisés. Cest

)
— 63 —

tout siinplcment itn amas incohérent et impossible de fausses


théories et de fausses idées,
Dans leurs ateliers, ou on íait des discours à Finstar du goút
moderne, les dégrés s.ô.iít dévenus geíiants; on n'y pense plus,
et on les aceorde au premier venant.
Chacune de leurs lettres pour les provinces contient une faé-
tare de degrès et de dignités grátis.
Et malgré cette êtrange générosité benedictine ils ne se fpnt
que male acceptare par tous les vrais iVanc-maçons des provinces
de 1'Empire. .
On les connait. Oh! oui, on les connait bien!
— Toute TAmérique du Sud nous envoit ses rcconnaissances.
Le Pérou, surtout, ou notre Institution trouva des maítres par-
íaits, vient de nous reudre le plaisir d'apprécier díiment notre
conduite à Pégárd des benedictinos.
Et ceei parceque nous ne nous oecupons pas de questions de
grammaire et traduetions des premiers ages. Nous consignons no-
tre pensée et notre doctrine en toutes les langues, et peu nous
soucie quim lapsus língua soit dans les expositions fáites par nous.
Nous allons au-delà du maitre d'école de village, nous travail-
lons et nous employons notre intelligence à Ia partie sérieuse et
utile de notre propagation de Ia verité.
Le monde civilisé éclatera de rire en lisant dans le soi-disant
bulletin du pelit ovient très-récemment établi rue dos Benedictinos
les analyses superbes que le rédacteur íait de nos manifestes eu
plusieurs langues. On croira que Phomme y est compétent. Du
tout.
11 n'en sait rien; mais il dit tout ce qirun diseur sans raison
doit clire, pour jouir entre les lats de Ia réputation de savant
en polyglotisme.
Du reste cette glottomanie est devenue vulgaire parmi les pré-
cheurs socialistes.
La Reforme, qui est un petit journal, manié par un gros et gras
écrivain, s^mpara aiíssi de cette manie ridicule.
Ce sont les privilèges de 1'ignorance ou du petit savoir.
Égarés dans Ia voie du vrai rnérite, sans impórtance et sans
..nom, ils ont des convulsions enfantines pour secouer Ia renom-
mée qui ne leur arrive pas. Ils insultent à grande cris et frap-
pant des mains, s'applaudissent de leurs boutades d'insolence.
- 64 —

Nous leur accordons cc plaisir, à condition d'en doiiner Ia


nouvelle bruyante à tous lcs corps respcctables de notrc institu-
tion semcs sur Ia surface de Ia tem. Nous soulignons cet indi-
catií cette fois pour leur donner une petitc leçon.
Le français que nous inettons ã Ia disposition de notre plumc
ne nous vient pas de chez les tailleurs, moins cncore de chez
les vendeurs de bric-à-bracs, ou des boudoirs des Menheureuses
d'esprit qui assemblent dans leurs foyers capricieux lcs journa-
listes qui font des essais de soçialisme et de coquetterie mas-
culine.
Non: c'est le français de Ia Franco sérieuse, de lá Franco qui#
pense et étudie, oii Ia symphonie d'Offenbach est au-dessous des
harmonies du bon sens et du savoir counne il doit ôtre, et trop
au-dessous de 1'art qui est honoré par des talents vigoureux.
Cette France, probablement inconnue à Rio de Janeiro, est
1'école de tous les honnôtes gens qui pensent sérieusement à. Ia
vie et à Ia société bouleversée d'aujourd'hui: et c'est à cette
France-là que nous empruntons Ia langue de ce bulletin. Bien
ou mal écrite, elle vient de nous; et on nous eomprcndra bien.
Pour 1'allemand et 1'anglais subsiste Ia même cause. Et certos
nous ne demanderons jamais à 1'auteur du fameux' bulletin du
petit orient uni, récemment établi, ni des avis et encore moins des
leçons, vue son incompétence dans Ia matière.
La vieille habitude de jalousie outrée à Pão de Janeiro, nous
Ia combattrons toujours fermement, surtout au nom de Ia franc-
maçonnerie.
— La séance du Grand Orient, le 21 du móis de Décembre,
fut longue et pleine de rapports intéressants. On y présenta
plus de vingt pi/, de Log/. des Provinces, pretant entièrc et
pleine obéissance à notre Cercle.
Le Gr/. Secret/. du Gr/. Or/. prétend documenter continuei-
lement toutes les adhésions et les lire devant Ia nombreuse as-
semblée cies FFr/. respectables engagés à Ia dignité de notre
Ord/., pour que les petites calomnies et faussetés soient détrui-
tes sur le coup.
II faut avertir que nous sommes en face d'ennemis peu gé-
néreux, capables de tous les moyens pour donner au mensonge
une fausse lumière. Mais on les lit et on nous lit. Nous som-
mes tranquilles de ce côté-là.
65 —
— Yous aurez, três resp/. FFiv., mille occasions de sentir
toutes les clifficultés qui nous entourent pour eombattrc Ia íaus-
sete et Phypocrisie franc-maçoniiiques, deririèrement mises cn
usage, cn fâmille, dont les discours publiés occupent 1'attention
des fats et des comédiens sdciaux.
Un portrait officiellement presente et officiellement remercié est
sojiyent Ia page ou on écrit quelques ligues sans francbisc, pour
que le monde admire, et Ia libéralité de l5offertaht et Ia clémo-
cratiê du seigneur qui reçut le cadeau cVime manière éclatante,
les journaux en parlent tons les jours.
Voilà 1'espèce crAmérique que nos grands honinies libres ad-
niirent ici! ,
Dans notre langue nous ir avons pas le corresponclant de pu/f
ou de blague, mais les talents fédêratifs les adniirent et s'eu ser-
vent. Cest une saucc piquante du discours du palrador de
chez nous, oii les perroquets abondent.
Ce qui est bon de voir c'est eomme ils prennent au sérieux
cette sorte de eéremonies, ou on parle, mais seulenient oíi on
ne fait que parler; les iclées rcstent au fond de Ia sinccrité
qirils ne professent pas.
Dans leurs réunions on trouve de grands et petits orateurs,
des secrétaires et de grands et vieux petits niaítres.
Cest le goút de 1'époque. Le socialisme emprunte ses doe-
trines aux tailleurs, aux petiles maitresses, aux gens de Ia halle,
aux prètres à niouslaclies li llenri IV et aux négociants de
cigarrettes.
On comprend que du pantalon ã Ia fumée du tabac Urdseye ou
Daniel on trouve tout un monde (Fidées socialistes à Tinstar du
petit goút des gucux de 1'esprit et de 1'intelligencc.

9
6G

•"¦'.:¦

Secção Noticiosa. m

Revista "iLstí^angeira,

Fnmça. — Muitas LLoj.\ ao Or.-. de Paris resolverão fazer


das
girar em' suas sessões um tronco de beneficência cm favor
escolas seculares fundadas pela sociedade de que e Presidente
o Ir/. Trébois. A escola secular da rua Jean Lánlier fundada
pela. Loj.\ IJAvenir adquirio por este meio. a quarta parte do
capital que servio para sua creação.
Na festa de iidopcão effectuada cm Lyon pelas LLoj.-. Le
Parfait Silence, Simplicité Constance, Union et Confiance o Ir.\
Frédéric Perin Orad.\ da ultima destas LLoj.-. pronunciou uma
brilhante allocüção da qual extrahimos o seguinte tópico:
" Quando as mais ainda trazem as negras vestes de dó, quando
as irmãs ainda estão curvadas sobre as recentes sepulturas, deve
parecer-vos estranho que as portas de nossos Templos abrão-se
para festas.
"Na verdade hesitamos em tal fazer, mas a Franco-maçonaria,
digão o que disserem seus inimigos, é a associação que prega
o amor da Pátria, e por isso é que pensando nessa pátria mu-
tilacla e em seu futuro, quizeinos reunir-vos para que testemu-
nhasseis o acto grandioso que vamos cumprir, isto é:
Adoptar crianças e dellas fazer homens!
" Se pois vos convidamos para esta festa, é porque sabemos
que menor será nossa tarefa, se formos por vós coadjuvados já
como mais, já como esposas e já finalmente como irmãs.
" Se
pois vos reunimos, é que vossa presença aqui symbolisa
o complemento da família, esse grande palladium da sociedade,
que tanto se tem despresado ha annos, não pensando-se que sem
elle destroem-se os laços de igualdade entre os homens,
" Sem o sacrosaneto amor da família que nos liga aos nossos,
rimo-nos do amor da pátria, nossa primeira mãi, zombamos do
- 07 —

puro c casto amor da innocentè donzella que um dia será


nossa esposa e finalmente somos mãos pais. Para qualquer
parte que volvamos os olhos, só vemos: Indilferença para com a
pátria, completo abandono para com a esposa, c inércia para
(•om os iilhos. „
A Loj.*. " lAYmcnité. ,. em sessão de 2 de Outubro, iniciou um
novo Maç.'., o Ir/. Faure. Nessa oecasiao o Ir/. Loncelles, te-
nente do 5.° batalhão de linha, pronunciou uma eloqüente peça
de architectura, da qual extrahimos o seguinte: " A maçpnaria,
meu caro Ir/., é uma grande escola de costumes. É em seus
templos que o homem aprende a bem pensar, a bem fallar e a
bem obrar.
44 Ella é essencialmente humanitária, philosophica, philantropiea
e progressiva.
* Humanitária, porque, itaò só habitua seus membros a consi-
derarem-se como TTr/., em toda a nobre accepção desta palavra,
mas também estende sua solicitude ao mundo profano. Ella
ensina a seus adeptos que o Maç/., que deseja ser digno de
tal nome, deve sempre se compadecer da desgraça, onde quer
que a encontre.
" Philosophica, porque, impassível e calma diante de seus de-
tractores, prosegue serenamente sua marcha para o nobre fim que
tem em vista.
" Philantropiea, porque, assignando a todos os homens, sem dis«
f tineção de raça ou de cor uma mesma origem, ella os dirige para
um fim commum que é a Fraternidade Universal.
"Progressiva, finalmente, porque despida das superstições que
assolão a sociedade, caminha para um futuro melhor. Ella diz
' a
seus adeptos: Sede honrados, justos caritatwos, e sobretudo
amai-vos\ a recompensa a encontrareis na calma de vossa cons-
ciência.
" Vede,
pois, meu caro Ir.-., quão nobre é o nosso fim, e por
ahi -vereis o importante papel que nos cumpre representar, tanto
no mundo maconico, como no profano. Permitti, no entanto, que
ainda vos dirija algumas palavras: Como MMaç.-., reunimo-nos
todas as vezes que podemos, não só em nossos templos, mas
também fora delles. Temos sempre em vista a saneia causa que
defendemos, fortificamo-nos pela palavra e pela acção. No inundo
profano pregamos com todo o entbusiasmo as doutrinas de paz.
— 08 —

de amor á humanidade e de devoção, doutrinas estas que apren-


demos nos templos maç.onicos.
" Sabemos arrostar os loucos sarcasmos daquelles que a jiratiea
do bem atemorisa e dos que temem a luz do dia.
" Pregamos até mesmo a instrucção. Fazemos guerra de morte
á ignorância e á superstição sua fatal conseqüência. Finalmente,
combatemos o egoísmo, esse tíagello o mais temivel de todos
que pesa sobre a sociedade.
11 Quatrocentas officinas symbolicas, parte da jurisdicção do Gr.'.
Or.-. de França e parte da do Sup.\ Cons.-. do Rif.Esc.-. AmV.
e Acc.-., representão a maçonaria em França.
" Destas quatrocentas officinas, umas muito têm feito, outras,
pouco; porém o fervor que as anima em todas é o mesmo.
" Um certo numero deltas, lembrando-se de seu glorioso passado,
buscão avivar o fogo sagrado que as anima e conservar illesa
sua velha reputação. Ufano-me em poder dizer que a Loj.-., a
que hoje pertenceis, é uma das que, meu caro Ir.-., faz parte
desse numero. A Loj.-. VAméniti, filha da Loj.'. La Fidélüé,
installada ao Or.'. do Havre em 1744, é a sua digna successora.
" Uma das mais antigas LLoj.*. de França, sempre foi também
uma das mais activas, e goza com justa razão do subido apreço
e consideração que llie dedica o Gr.'. Or/.
" A Loj.-. LAméniU, como todas as suas co-irmãs, passou por
duras provas durante os annos de 1870 e 1871; crise financeira, V
ausência de alguns de seus membros e tibieza de outros, tudo
experimentou. No emtanto, vós hoje a vedes florescente e prós-
pera; porque, lembrando-se de suas gloriosas tradições maçoni-
m
I

cas e habilmente dirigida pelo seu Ven.\, o nosso muito caro


Ir.-. Rispal, corajosa e energicamente de novo encetou seus tra-
balhos. Aclquerio novos elementos, suas columnas guarnecêrão-se
e seu cofre encheu-se.
" Perdoai, meu caro Ir.-., esta digressão; era porém dever meu
vos fazer conhecer a Loj.*. á qual tão lealmente viestes prestar
vosso valioso concurso; insisto pois em dizer que o facto de tao
prompta regeneração é um precioso ensino para o futuro.
" Disse que ha officinas para quem o passado é um poderoso
estimulante. A par porém destas, officinas ha que, não tendo
por si senão* o presente, comtudo esforção-se por grangear titu-
los para seus trabalhos. São estas porém as que mais se têm
¦»

¦ri
'—
C>9 —
esforçado pela instrueção maçonica, c cujas sessões suo mais
freqüentadas.
" S.e todas as officinas, á
poríia umas das outras, enyidãõ seus
esforços, o mesmo não acontece com os MMaç.'., os quaes divido
em duas classes, maçons propriamente ditos e iniciados.
" Chamo maçou propriamente dito, o iniciado
que, coadjuvando-
nos em nossa árdua missão e esforçando-se por assemelhar-se
á nos, busca os meios práticos de fazer calar nossas idéas no
mundo profano, esclarece-nos com suas luzes; finalmente, fiel ao
seu juramento, dedica-se corpo e alma á maconaria.
ü Chamo iniciado ao irmão,
que tendo recebido um ou mais gráos
n'uma Loj/. syinbolica, contenta-se com o que tem visto e ou-
vido, pouco freqüenta as sessões; finalmente, nada mais faz do
que concorrer com sua presença em nossos templos.
u Desde
já vos advirto, meu caro Ir/., que nossa Loj/. re-
solveu não conceder augmento de salário senão aos que justifi-
carem por um serio e constante trabalho maçonico terem com-
prehendido a Maconaria, tornando-se assim dignos de obtêl-o.
"Tereis de certo ouvido dizer
que a qualidade de Maç/. e de
soldado é incompatível.
"Pretendem uns,
que o militar não é livre; a estes provai
vossa liberdade sendo assíduo a nossas sessões, as quaes muitos
maçons que se dizem livres frequentão raras vezes, desculpai!-
do-se umas vezes com seus negócios e outras com considerações
de familia.
f Pretendem outros que o militar, instrumento de guerra, não
pode ser Maç/.\ isto é, apóstolo da paz. A estes perguntai-lhes
se a vista do sangue humano lhes parece tão terrível a ponto
de os ter conservado inertes na recente invasão alleinã.
" Perguntai-lhes ainda
quem será mais culpado, o eleitor que
autorisa o soberano ambicioso a declarar uma guerra impia para
gloria de sua clynastia, ou o soldado que voa á fronteira a fazer
retrogradar o invasor para seus Estados.
" Meu caro Ir.-., não ha incompatibilidade alguma entre o maçou
&

e o soldado; o soldado, protector da sociedade inteira, defensor


da mãi pátria, não podia de forma alguma ser excluído de uma
associação philantropica, pelo simples facto de vêr-se obrigado
a derramar o sangue de seu semelhante, porque se elle o der-
70

é em defeza de sua família, de seu lar doméstico e de sua


rama
E tão sacrosancta causa, clle generosamente expõe
pátria. por
sua vida, só tendo como recompensa em tempo de paz alguns dias
de castigo e em tempo de guerra a perda de algum membro.
" Além disso, será possível negar-se as vantagens da Maçou.-.
no exercito? É ahi, sobretudo, onde a jerarchia se torna mais
saliente, onde a desigualdade é maior, que convém fazer pene-
trar os sentimentos maçonicos, os únicos que têm o poder sufli-
ciente de elevar os gráos inferiores á altura dos superiores, sem
militar. „
que disso resulte o menor damno á disciplina
. ' .

(Le Monde Maçonnique.—Odohw, 1872)

'Paris. — As LLoj/. LUnion des Peuples, Union et Bioifai-


sance e Les Vrais Amis Fidèles, reunidas, celebrarão no dia 20
de Setembro em seu templo respectivo, sito á rua de Jean Jac-
Bousseau, ao meio-dia em ponto, uma brilhante festa de
quês
adopção, que foi muito concorrida. Assistirão a essa festa mui-
tos MMaç.'., irmãs, profanos, senhoras e crianças. O Ir.-.
Scelles, Ven/. da Loj.-. Les Vrais Amis Fidèles, occupou a presi- • >
dencia, na qual summamente se distinguio; o Ir/. Schmitt, dele-
gado da Loj/. LUnion et Bienfaisance, servio de 1.° Vig/., e o
Ir.'. Besnard, Ven/. da Loj/. L'Union des Peuples, de 2.° Vig/.
A cereinonia do protectorado foi magnífica, procedendo o Ir/.
Scelles á adopção das crianças (meninos e meninas) com extrema
amabilidade.
A entrada no templo, ao som do piano tocado pelo Ir/. Bau-
grand, foi imponente.
Os Ilr/. Reneau, Moonen e Thonnelier pronunciarão brilhantes
peças de architectura análogas ao acto, que muito impressionarão
o auditório.
(Chaine tfUnioní)

/ 1
— 71 —

Chalom-siir-Saonc. — A Loj/. Progrk et lujaliií sübsere-


veu a quantia de 300 francos para a libertação do território,
200 para os infelizes e sympathicos Alsacianos e Lorenos, dando
ainda, sob proposta do Ir/. J. 1). Adam, quatro cadernetas da
Caixa Econômica de 25 francos cada uma.
E' assim que se é Maçou!

Tours. — A Loj/. Les Démophiles celebrou, á rua de Jeru-


salem, a ceremonia da collocação da pedra fundamental do seu
novo templo. Eliectuou-se esta ceremonia com toda a modéstia
e sem apparato algum, prcsklindo-a o Ir/. Constani Meneu, Veu/.
da Loj/., e sendo concorrida por grande parte dos MMaç/. rc-
sidentes em Tours.
{Chaíne d1 Union.)

'Uelyica. — Supremo Conselho da Behjica. Falleceu no dia


24 de Agosto ultimo o Pod.-. Ir.-. 33.-. Edouard Fischcr, Regente
da Ürd/.
Resolveu o Sup.\ Cons.-. communicar o fallecimento de tão
111.-. Ir.-, a todos os Corpos MMaç,'. e ordenar ás Oficinas de
sua dependência, que. durante três sessões consecutivas, fossem
abertos seus trabalhos pela tríplice bat.\ de dó.

Ifespanha. — A carta que acabamos de receber de um


Maçon llespanhol com quem temos relações de amizade, dá-nos
esclarecimentos preciosos e interessantes sobre a maçonaria lies-
panhola em geral e sobre a de Barcellona em particular.
" Caro Ir.-. Hubert. — A Maçonaria neste paiz tem nume-
rosos adeptos, porém os verdadeiros principios maçonicos não
são postos em pratica de conformidade com o espirito de nossa
Instituição O numero de LLoj.-. existentes na Hespanha é con-
sideravel, mas ellas não convergem para um centro coinmum, o
que bastante mal causa á Ordem em geral.
— 73 -

" Temos na HespanhadousGGr.-.OOr.-.que se disputão a su-


inevita-
premacia e esta divisão tem engendrado uma rivalidade
vel que prejudica a prosperidade da Maçon/.
> O Gr/. Or.-. nacional de Hespanha do qual é chefe ou Gr.-.
Com.-, ad vitam o velho Ir/. Calatrava e o Gr.-. Or/. de lies-
duas poteh-
palha de que é Gr.-. M.vo Ir.-. Zorrílla formão as
cias maçonicas hespanholas. Grande parte das LLoj.-. não sa-
bendo qual das duas potências supremas é a legitima tem-se dl-
rígido aos GGr.'. OOiv. estrangeiros afim de se constituírem; de
sorte que vê-se na Hespanha Officinas umas da jurisdicção do
Gr.-. Or/. da Bélgica, outras e estas em maior numero, da ju-
risdicção do Gr/. Or.-. Portuguez (1), algumas da jurisdicção do
Gr/. Or.-. de França e até mesmo uma da jurisdicção do Gr.-.
Or/. do Uruguay.
" Comprehendereis perfeitamente que tal confusão deve acar-
reter tristes resultados aos interesses geraes da Maçou.-.
" Quando em Março de 1870 a Loj/. La Sagesse ao Or/. de
Barcelloha, quiz despertar do somno em que jazia depois da
eatastrophe de 1853, dirigiu-se ao Gr/. Or/. de França, que eu-
tão entretinha fraternaes relações de amizade com o Gr/. Or/.
nacional de Hespanha, tanto que o Ir/. Saint-Jean era seu Re-
pres/. junto ao nosso Senado maçonico; razão pela qual se lhe
respondeu que em face do art. 43 da nossa Constituição devia
ella ser constituída pelo Gr/. Or/. nacional de Hespanha; appa- %.£*
recendo mais tarde o Gr/. Or/. Zorrílla que se formou por .
causa da dissidência que surgiu entre grande parte das LLoj/.
ao Or/. de Madrid e o Gr/. Or/. de Calatrava, fez com que o
Gr/. Or/. de França a vista da scisão dos maçons hespanhóes
reconsiderasse sua primitiva resolução e nos concedesse fácul-
dade de dar força e vigor aos nossos trabalhos.
" Assim pois, as relações de amizade existentes entre o Gr.\
Or/. de Hespanha e o de França cessarão, desde que o Poder
Maçon/. em Hespanha se dividiu em dous campos e com tendeu-
* cias totalmente differentes. As idéas predominantes no Gr/. Or/.
Zorrílla erão a política, emtanto que o Gr/. Or/. Calatrava ma-

(1) Depois da união do Gr.\ Or... de Hespanha com o de Portugal


a maior parte ou quasi todas as LLoj.'. da jurisdicção deste, passarão
para a jurisdicção daquelle. (Nota da Redacção.)
(O

nifestava tendência contraria. Os Zorrillistas sustentava© c sus-


teiitão ainda que a Maçou.-, deve influir ostensivamente na mar-
eha do governo, ao passo que os sectários de Calatrava opinão
em que a Maçou.-, não deve ingerir-se em política. Estes rc-
ceiando ainda o regimen antigo, trabalhão com nomes heróicos, 'dee
aquelles mais audazes e tendo mais confiança na revolução
Setembro, não temem já declararem-se publicamente como Maç.-.
Uns querem a republica, e os outros, mais tímidas e lembrando-se
ainda das perseguições que soffrêrão, tendem para um fim op-
posto, ainda que realmente liberal. O Gr.-. Or.-. Zorrilla pôde
igualar-se ao de França; tem o seu Boletim Official, sua secre-
taria, seus empregados e suas câmaras, cm uma palavra, possuo
um pessoal numeroso.
" Acha-se
presentemente reconhecido pelo Gr.-. Or.-. de Por-
tugal e pelo da liepublica da Columbia, aguardando outros re-
conhecimentos que de certo lhe chegarão,
" Trabalha-se activaniente cm effectuar a fusão
entre os dous
GGr.-. OOr.'. de llcspanha; porém o velho Ir.-. Calatrava, domi-
nado por idéas antiquarias, não cessa de lembrar-se da inquisi-
ção, e recusa toda e qualquer concordata.
" O Ir.-. Seoane Gr.-. Chanc.-. do Gr.-. Or.-. de Calatrava, único
encarregado da gerencia de sua administração, de bom grado
accederia a tudo, porque reconhece o bem que disso resultaria
pára a Ordem em geral, porém o excessivo respeito e deferen-
cia (pie elle tem ao seu chefe o priva de entrar em negociação
alguma.
u A' vista do
que, a Maçon.\ na Hespánha pouco desenvolvi-
mento terá, não havendo para as Oflicinas um centro coniniimir-
Os dous GGr/. OOr/. de Hespánha tem ainda na sua Const/.
um artigo, a meu ver defeituosissimo, e é cada Gr/. Or.*. nomear
ad vitam os VVen/. das LLoj/., o que colloca as Officinas na
dependência de um homem ás vezes antipathico, extravagante,
altivo e intolerante, do qual não se podem desembaraçar de
sorte alguma. Facto este que se está dando em duas LLoj/. do
nosso Or/.
" A Loj/. Sagesse trabalha com toda a regularidade, e ultima-
mente celebrou a festa solsticial, a que comparecerão quasi todos
"seus
os membros. Durante o banquete reinou a mais franca
cordialidade. Reeitárão-sè muitos discursos. O Ven.\, 1.° Vig.\
10
- 74. *

e um Ir/. Visitante fizerão ouvir palavras de paz, união c con-


cordia, retirando-se todos contentes c satisfeitos, esperando-se
que esta reunião de familia produzirá grande resultado no espi-
rito dos Ilr.*. presentes.
" As LLoj/,, ao Or/. de Barcelona, occupão-se actualmente em
fazer adoptar o projecto apresentado por um membro da Loj/.
Sagesse, cuja realisaçao será de grande vantagem para a Maçon/,
hespanhola e suas Officinas.
" Consiste este
projecto na fundação nesta cidade de um centro
commum cosmopolita, onde sejão recebidos todos os MMaç/.,
tanto nacionaes como estrangeiros, com tudo o que for neces-
sario para um elegante Casino, como sejão grandes e espaçosos
salões, susceptíveis de se transformarem em uma Gr/. Loj/, com
todos os seus accessorios, suas três câmaras, Syinbolica, Capitu-
lar e câmara do Meio. Muito conveniente seria que tal projecto
se realisasse.
" Quanto a mim,
julgo-o realisavel e de uma utilidade incontes-
tavel; porém receio que o egoísmo e a indifferença de alguns
Ilr/., que por suas fortunas poderião poderosamente contribuir
para sua realisaçao, o não paralisem.
f Oxalá que me engane. Permitti que vos reitere os sentimen-
tos fraternos do vosso devotado Ir/.—/. M. R. C. „

(Chaíne d1 Union).

¥
Inglaterra. —A Gr/. Loj/. de Inglaterra celebrou em Lon-
dres, no dia 4 de Setembro, a sua reunião trimestral. Foi pre-
sidida pelo 111/. Ir/. Coronel Burclett Gr/. M.\ Prov/. de MM-
dlesex, assistindo a essa reunião perto de 200 MMaç/. Entre
as communicações presentes á Gr/. Loj/., foi lida a carta do
Rep/. junto á Gr/. Loj/. Royal York a VAmitiê, ao Or/. de
Berlim, communicando ter esta Gr/. Loj/. resolvido (Vora avante
admittir á iniciação, não só os judeus, mas também os que pro-
fessarem qualquer religião que seja.
75

Mwossia. — Foi reeleito Gr.*. M.\ da Gr.*. Loj.\ da Escossia


o Conde de Rosslyn.

Irlanda. — Em virtude das dissençoes religiosas que se têm


dado ultimamente neste paiz, a Gr.'. Loj.\ de Dublin prohibio as
procissões maçonicas.

índias Orienlaes. — Installou-se em Bombaim, no dia 1 de


Janeiro de 1872, uma associação maçon.v, cujo fim é soccorrer
os MMaç.\ pobres, educar seus filhos, e praticar todo e qual-
quer outro acto de beneficência e caridade.
Esta sociedade, collocada sob o patrocínio de toda a Maçon/.
das índias Orientaes, é administrada por um conselho composto
de seis directores eleitos annualmente em assembléa geral.

'Portugal. — Existia ha mais de vinte annos em Portugal


uma Gr/. \Loj.\ provincial do Rito Irlandez sob a jurisdicçao da
Gr/. Loj/. de Irlanda. Essa Gr/. Loj/., cuja existência fora mui
prospera, e que nunca se envolveu em política, mesma na época
em que a maçonaria portugueza a ella nao era estranha, reu-
nio-se ao Gr/. Or/. Lusit/. Unido. As LLoj/. de sua jurisdic-
çao fundirao-se n'uma só sob o titulo de Regeneração Irlandeza9
tornando-se assás notável pelo seu pessoal, prosperidade, regula-
ridade de trabalhos e legitimidade de sua origem.
O Gr/. Or/. Lusit/. Unido foi reconhecido pela Gr/. Loj/. da
Irlanda, em signal de regozijo por tal reunião.

Estados-Unidos.— A Gr.-. Loj.-. de Massaclmssetts con-


correu com a quantia de 1000 dollars -para soccorro dos Maç.\
de Chicago. As LLoj.*. de sua jurisdicçao concorrerão com perto
de igual quantia.
— 7G —

JYora Granada. — O Sup.*. Cons.*. de Nova Granada vendo


as constantes aggressCes e anathemas dirigidos cá Maçon.*., tanto
em Carthagena, como nos outros estados da Columbia, protestou
solemnemente contra as prédicas diffamatorias dos Bispos, e en-
carregou ao Ir.*. 33.'. Francisco Zubiria, residente em Pariz, a.
submetter a questão á apreciação do suinmo Pontifice Pio IX e
sollicitando-lhe a revogação do edito promulgado pelos Papas
contra a Franc-Maç.-. Constando ao Giv. Com.*., o Pod.*. Ir.*. 33.-.
D. Juan Grau, que o Ir/. Zubiria fallecêra antes de cumprir seu
mandatum, declarou ao Sup.*. Cons.'. que elle incumbiria tal
missão a outro Ir/, nos casos de preencbel-a.

Cochinchina. _ A Loj.'. Rêveil de VOrienl, que tem 35


membros, subscreveu a quantia de 24,000 francos para a cons-
^trucção de um Templo. Felicitamos aos nossos Ilr.-. da Còchin-
china por tão magnífica decisão.

China. — Jlie Maisonic Record of Western índia, do mez d O


Agosto, assevera que a Loj.'. de Hong-Kong tem
perto de 200
membros.
9

Simon Gris Benitez, Dep.\ do Gr/. M.\ do Hespanlia.


A Maçon.*. hespanhola cobre-se de crepe.
Rompeu-se a mystica cadêa. Três vezes chamamos Be-
# por
nitez, e nada ouvimos.
Percorremos nossos valles, e em parte alguma encontrámos
«que o
Maç/. procurávamos.
Perguntámos por elle aos AAp.*., e nada sabião.
Perguntámos aos MMest,*., e elles de nada nos informarão
Caminhámos noite e dia, de gráo em
gráo, de templo em
templo, do Oriente ao Occidente, do Norte ao Sul, e nossos
ela-
mores extinguirão-se nas trevas do desconhecido.
— 77 —

Só encontrámos coliunnas trancadas, amargo pranto brotou de


nossos olhos e sulcou nossas faces.
Em nossa peregrinação somente deparámos com a
palavra
sagrada.
Então alguns M'Maç,\,já cansados e bastante contristados, vic-
rão a nós e nos mostrarão a cadeira de Yen:, da Loj/. Cari-
dade vasia.
Foi então que comprehendèmos que um dos elos da mystica
cadea tinha-se rompido, porque uma Loj.*. estava sem seu
Yen/.
Voltámos nossos olhos para a eternidade donde tudo dimana,
e lá vimos um nome escripto no estandarte de R.\ •$«.•.
Fixámos nossa vista, e divisámos uma chamniejante espada de-
baixo da faxa do 33/.
O Anjo que guarda o limiar do futuro tinha inscripto um nome
no sagrado pedestal da immortalidade; este nome era o de
Situou Gris Benitez.
Sua voz não mais soará em nossos eonelaves, suas palavras
não mais se ouvirão dentro das abobadas de nossos templos, e
o amor que nos dedicava não mais fará pulsar nossos corações.
Sua vida foi um continuo lidar, sua morte um completo des-
canso. Nenhum trabalho o fatigava, nenhuma adversidade extin-
guia o enthusiasmo de sua alma.
Calmo e sereno, lutou com a adversidade. Trabalhou na Arte
Real como um enthusiasta e optimo operário. Cumprio os dieta-
mes do amor fraternal. Levantou templos á Virtude corôando-os
com os emblemas da liberdade.
Amou sua esposa, adorou seus filhos, e para elle a hmnani-
dade era o sonho de sua vida.
Partilhou seu leito com o peregrino, sua mesa com o faminto,
vestio o nú e abrigou em seu tecto o que não tinha pousada.
Amou a Deus em espirito e realidade; verdadeiro irmão para
com seu irmão, protector do desvalido; consolo do desemparado;
apoio cio fraco, para todos foi caridoso.
Perito em sua profissão; os profanos o respeitavão e seus ir-
mãos o amavão.
Velho pela prudência e joven pela idade, desappareceu d'entre
nos, e seu corpo, entregue á destruição, illumina-se pela resplan-
dencia da predestinação.
— 78 —r

Terminou sua missão, e as ferramentas do trabalho lá estão


cabidas ao lado de sua obra.
Debastou a pedra e recebeu seu salário. A cadeira que oc-
cupou eil-a coberta dos emblemas de dó.
A Loj/. Caridade cobre-se de crepe, c a Maçon/. acha de me-
nos um infatigavel Obr/.
Amados Ilr/., elevemos nossos olhos para õ estrellado firma-
mento; lá está o mystico arco, a brilhante esquadria, e o lumi-
noso compasso. A alma de nosso Ir/, paira sobre os MMaç/.
hespanhóes. Não olvidemos os exemplos que nos deu; trilhemos
o caminho que nos traçou, e contemplemos a obra architectonica
que executou. Inspiremo-nos em seus planos e desígnios, e
quando os espinhos das decepções lacerarem nossos pés, a amar-
gura das perseguições torturarem nossas almas e o martyrio op-
primir-nos, elevemos nossos pensamentos para o céo e lembre-
mo-nos de Simon Gris Benilez.
Consolemo-nos; tenhamos fé, e voltemos aos nossos trabalhos
quotidianos. „
Lembremo-nos que nossa obra é indestructivel; finalmente,
imitemos em tudo as virtudes daquelle que comnosco peregrinou.
Paz, paz e gloria aquelle que traspassou.
Paz, paz e amor ao Dep/. do nosso Gr/. M.\
(Boletin Oficial de Espana).

Libertação do território.
A seguinte carta dirigida pela Loj/. Avenir de Nontron ao
Maire da cidade de Nontron é digna de ser transcripta:
" Sr. Presidente, tenho a distineta honra de vos dirigir, em
nome da Loja Maçonica de Nontron, a quantia de 240 francos,
produeto da primeira subscripção a que se procedeu em seu seio
para a libertação do nosso território, subscripção que só foi as-
signada pelos membros presentes á ultima reunião, muitos dos
quaes já tinhão subscripto na câmara municipal. Logo que os
que não estiverão presentes enviarem seus donativos, apressar-
me-hei em remettêl-os, reputando-me feliz por poder demonstrar-
vos o quanto nos esforçamos em associarmo-nos aos patrióticos
sentimentos para que appellava vossa proclamação.
- 70 -
" ümitto os nomes dos subscriptores, porque é regra nossa, que
a uuío que pratica o bem seja sempre desconhecida.
"A Loja Maconica de Nontron, ha pouco installada, dispõe de
exiguos recursos, no em tanto cumpre seus devores, o busca sem-
pre cooperar para o bem, e nada a impedirá de tomar parte em
todos os sacrifícios relativos á situação da pátria. Ella tem dado
provas dos sentimentos patrióticos que a animão, tanto que foi
de todas a primeira, que, depois do odioso tratado que nos ar-
rebatou a Alsacia e a Lorcna, resolveu tomar luto em seu tem-
pio cmquanto estas infelizes províncias permanecerem arranca-
das á mfii pátria.
46 Isto nao é política, e sim patriotismo.
" É uni erro grosseiro julgar-se que a Maçonaria se oecupa
de questões políticas e religiosas. A esphera de nossa instituição
é muito mais elevada; ella 6, segundo os termos da própria
Constituição que a rege, essencialmente philantropica, philosophica
e progressiva, sendo seu fim a indagação da verdade, o estudo da
moral universal, das sciencias e das artes, e a pratica da beneficência.
"Aos
que vem a nós nao lhe perguntamos: Qual é a vossa
bandeira politica? Qual é a vossa religião? Perguntamos-lhes
somente: Sois homem honrado e quereis comnosco trabalhai
em bem da humanidade ? Se o sois e quereis, entrai e trabalhai,
sois dos nossos.
" Nossas armas são a affeição, a peísiiação, a dedicação, o sa-
crificio e a solidariedade; instruir e moralisar o homem, destruir
os prejuízos que obscurecem sua razão, as paixões que pertur-
bão e alterão tão profundamente seu coração, ensinar-lhe o res-
peito devido ao direito e o culto ao dever, eis nossa missão;
fazer da humanidade uma só família de irmãos, eis nosso fim.
" O sigillo
que ha entre nós e que tanto preoecupa o publico
consiste em sermos todos unidos—omnes in Mwm—para alcançar-
mos o fim glorioso a que nos propomos, c trabalharmos com
tanta abnegação, como modéstia e perseverança.
u Dignai-vos, Sr. Presidente, acceitar os protestos de minha
estima e consideração. Nontron, 23 de Fevereiro de 1872 (As-
signado)—A. Debidor, Presidente da Loja Maconica L'Avenir de
Nontron. .rr ,
(Chame d Union.)
t
— 80

Noticiário Interno.

ESTRELLA DO NORTE. — Afim de que a verdade se resta-


beleça publicamos abaixo o protesto que nos foi apresentado
pelos Obreiros da Augv. Loj/. Cap.'. Estrella do Norte, quando
o seu ex-Ven/. procurava em reuniões clandestinas arrebanhar a
mesma Aug.\ Loj.'. como se fosse sua feitoria.
Desenganem-se os Benedictinos, que nem peitas ou arranjos
poderão transviar da verdadeira luz os OObiv. da Estrella do
Norte.
Eis o protesto: ...
« Os abaixo assignados, membros ejlbctivos da Aug.\ o Resp.*.
Loj.*. Cap.*. Estrella do Norte, ao Or.\ do Rio de Janeiro, da jurisdic-
ção do Sap.\ Gr.#. Or.-. do Brazil, ao Valle do Lavradio, protestão
contra toda o qualquer deliberação, quer particular quer oilicial, que
seja tomada fora do templo commum, ao Valle do Lavradio; bem como
garantem, debaixo de suas firmas, palavra de honra e le maçonica, de
se conservarem ligados ao Gr.'. Or.*. do Brazil, ao Valle do Lavradio,
e de só reconhecerem como seu legitimo Gr.*. M.\ Gr.*. Com.*, o Sap.\
Ir.*. Conselheiro Visconde do Ríõ-Branco.
« Traç.\ em lugar seguro, aos 13 dias do mez de Setembro de
1872, E.\ V.-. (Àssignados) Manoel José Ferreira de Rezende. —Auto-
nio Manoel da Silva Stacl.—João Domingues Vieira.— Manoel Narciso de
Araújo.—Joaquim Ribeiro Franco. —Manoel Custodio de Araújo. — José
Francisco Moreira da Silva.—João Bento de Souza Lima.—João Baptista
Ricaldoni.—Antônio Lopes Pereira Guimarães.— Luiz Berruti. —José de
Almeida Pinto. —Bernardo Teixeira da Fonseca. —Marcellino José do
Bomfim.—Francisco Manoel Coelho. —Joaquim de Carvalho Alvim.—
José Augusto da Silveira.—Manoel Antônio de Menezes.—Victorino da
Rocha Ferraz.— Bcnjamin Cincinnato Utinguassú.— Manoel Joaquim
Machado Regoa.—Vicente Pereira da Costa Paranhos.—Bento José Ri-
beiro.—João de Oliveira Guimarães.—José Antônio da Rocha Júnior.—
Antônio Pinto Bandeira.—Constantino Pereira dos Santos.—Antônio
Júlio Ferreira.—João José Soares Lima.—Guilherme Gonçalves Guima-
rães.—Jesuino Sabino da Fonseca.—Vicente Servetti.—Bernardino Can-
dido Esteves. — Manoel Pereira Pinto Lima. —Felippe Theodoro dos
Anjos. —Eduardo Bartels. —Augusto Barrozo Pereira Bastos. —Manoel
Joaquim Pereira, — Joaquim Gonçalves de Andrade, — José da Motta
— 81 —

Passos.— J. M. da Silwi Lobo.—Joaquim José do Araújo Pacheco.—


Josó Honto Fernandes Guimarães.—José Antônio Ribeiro Paula.—Fran-
cisco Corroa Leitão.—Joaquim Ferreira Corrêa Pires,—Pedro de Alhu-
quorquo Rodrigues.—losé da Silva Castollo.— Manoel Pereira Guedes.
— José Peixoto do Magalhães.—José Joaquim Pereira Júnior.—Joaquim
José do Oliveira Monteiro.— Lamberto Cezar Andricni.—Thomaz José
Pereira Azurar.— José Gonçalves Ferreira.—Antônio Augusto Lopes.—
Salvino Cabral da Costa o Mello.— Francisco Rappetti.— Francisco Can-
dido Viegas Gomes. »
São GO OObiv. que livremente adherem á verdadeira causa
maçonica, faltando ainda alguns, cuja residência fora da corte
não permittdrãp assignar a declaração supra, porém que têm
continuado a cumprir religiosamente os deveres de membros da
Augv. Loj/. Cap/. Estrella do Norte.
Quantos membros comparecerão ás reuniões do ex-Ven/.?
Quantos se tinirão ao Unido?
A que Circulo se aclia ligada a verdadeira e antiga Estrella
do Norte V
Com a mão na consciência, responda. Sr, ex-Ven/.

UNIÃO DEMOCRATA. — Tenhão. paciência, Srs. Benedictinos,


bavemos de escrever com verdade a historia da união maçonica,
assim como havemos de desmascarar as adhesões forjadas adrede
para fazer effeito.
Esta Augv. Off.\, que pomposamente foi annunçiada como adhe-
rindo ao Unido, n'um folheto em continuação a outros nao exis-
tentes, enviou-nos a sua adhesao, que transcrevemos como sim-
pies contestação á noticia do boletinista benedictino.
« A' GL.\ 1)0 SUP.'. ARCH.\ DO U.\
I

« S.\ EST.'. E P.\

« A Loj.*. Cap.*. União Democrata, ao Or.*. de Ouro Preto, em Mi-


nas Geraes, compenetrada dos verdadeiros principios que legitimao o
Gr.\ Or.*. do Brazil, ao valle do Lavradio, sente vivo e justo enthu-
siasmo em vir depor no throno oxcelso do seu magnífico templo este
singelo testemunho dos mais puros sentimentos de adhesao e obedien-
cia que lhe consagra.
11
« A Loj/. União Democrata, ao Or/. do Ouro Preto, felicitando
do Lavradio, faz for-
pois cordialmente ao Gr/. Or/. do Brazil, ao Vallo
vorosas preces ao Altíssimo para que o mantonha sem fim nesse throno
fulgurante de pureza o independência, em que resplandece, verdadeiro
sol da Sapiência que illunina a Maç/. brazileira para o bem geral da
humanidade, honra e gloria do Sup/. Arch/. do U/.
« Ao sublime Gr/. M/. Gr/. Com/, do Gr/. Or/. do Brazil, ao
Valle do Lavradio, o inclito Visconde do Rio-Branco, invicto heróo do
philantropia nos annaes da Pátria, a Loj/. União Democrata, ao Or/.
de Ouro Preto, envia especialmente as suas mais sinceras felicitações
o homenagens, exultando de ineffavel regozijo por vel-o á frente da.
grande familia maçonica brazileira, o almeja ardentemente que elle
continuo ao infinito e sempre ovante e glorioso em prol da sublimo
Ordem Maçonica, genuina instituição do Sup/. Arch/. do U/."
« E em signal de respeito e acatamento ao Gr/. Or/. do Brazil,
ao Valle do Lavradio, a Loj/. União Democrata, ao O/, do Ouro Preto,
pede licença para terminar aqui os votos de felicitação e homenagem
que ora tem o prazer de endereçar-lhe.
« Traç/. em Loj/., aos 3 dias do 10.° mez do anno da V/. L.\
— Manoel
5872. (Assignados.) João Antônio da Silva, 32, Nen/.
Rodrigues Fernandes, 30, Ven/. de honra. — Raymundo Nonato da Silva
Athaide, 30, 1.° Vig/. — Frederico Luiz José, 30. — Antônio Luiz Maria
Soares dVUbergaria, 18, 2.° Vig/. — Antônio de Assis Martins, 18.—
José Innoceneio Pereira da Costa, 18.— José Januário de Cerquoira, 18.
— Francisco Teixeira do Amaral, 18. — Victorino Gomes de Sá, 18.—
Antônio Hermogenes Pereira Rosa, 18, Secret/. — Lucas Antônio
Monteiro de Castro, 18.— João José Cardozo, 18, Chanc/.— Paulo
Barboza Ferr de Carvalho, 18.— Manoel Frederico de Oliveira Jacques,
18.— Leopoldo A. R. Bhernig, 18.—José Eufrosino Pereira de Brito, >
18.— Cândido Eloy Tassara de Padua, 3.—Antônio Olinto Carvalho de
Lemos. — Joaquim José da Silva, 17. — João Affonso de Moraes Pereira
4B ^b
Torres, 3. — Jucundino Júlio Santiago, 3.— Manoel Soares da Silva, 3.
Joaquim Teixeira de Souza, 17. — Victorino Moreira Coelho, 3. —
João Paulo Ferreira de Oliveira, 1. — Francisco Luiz da Costa Sardinha,
7. — Carlos José dos Santos, 3. — A. Bernardo da R. Nunes, 7.—Eu-
gênio Ribeiro dos Santos Monteiro, 7. — Isidoro Pio Pereira. — 3. José
Maria Mello de Freitas, 18. — João Baptista Pinto. 3.—Dr. Joaquim
Ignacio Penedo, Cândido José dos Santos Brochado, José Severino de
Lima, Justino de Andrade Câmara, José Pinto Nogueira Júnior, Ansel-
mo Monoel da Apresentação, Dr. Joaquim Camillo Teixeira da Motta,
Ananias Manoel Teixeira, Dr. Gustavo Xavier da Silva Capanema, João
Ramos de Queiroz, Dr. José Mariano Gomes Baptista, Pedro Maria
Brandão, —Torquato Verissimo de Castro. — Dr. Nominato José de Assis,
Francisco Machado de Magalhães Teixeira.—Jorge Júlio Henrique
Machado, 7. — José da Costa Camacho,. 1,—Pedro Queiroga Martins
Pereira, 17.—José Philomeno de Araújo, 17, — Diogo Luiz de Almeida
— 83 —
¦
!

Pereira de Vasconcollos, 3. —Antônio Casimi.ro da Motta Pacheco, 3.


— Joaquim Rodrigues Teixeira Valle, 3, — Francisco Antônio do Carmo,
3,--Silveriõ Ribeiro de Carvalho, 17.—Antônio Augusto Santiago Júnior,
3, — Joaquim Nãrdes Muniz, 8.

LOJA FRATERNIDADE (de Santos).— Esta Aug/. Loj/., em


sua sessão de 31 de Outubro próximo passado, reunio-se extra-
ordinariamente com o fim de verificar a sua adhesão ao nosso
Circulo.
Deu-se por essa occasião uma discussão animada e luminosa,
cujo resultado foi, por uma maioria de 3G votos contra 8, per-
manccer na sua antiga obediência ao Grande Oriente do Brazil,
o único autorisado.
Sempre que os verdadeiros princípios maçonicos e a verdade
presidirem a todas as discussões no tocante á obediência maço-
nica, certos estamos de que teremos sempre e inabalavelmente
ganho de causa: isto constituo a superioridade de nossa causa
sobre a dos erros propagados por dissidentes desautorisados,
ignorantes até dos mais comesinhos deveres da Instituição ma-
conica.

*
Administrações de LLoj/. e CCap/. para o futuro
anno maçon/. 5873.

LOJ/. PROGRESSO, ao Or/. de Campos.—Ven/., Prudencio


Joaquim de Bessa, 80/.
l.° Vig/., José Vieira de Mattos Lisboa, 18/.
2.° Vig/., Barão de Brintenbach, 18/.
Orad/., José,Pinto Ribeiro de Sampaio, 17/.
Secret/., José Adolpho Pereira Coimbra, 18/.
Tlies/., Antônio Manoel da Silva Campos, 18/.

LOJ/. LUZ TRANSATLÂNTICA, ao Or/. de Jaguarão.


Ven/., Dr. José Maria de Azevedo, 33/.
— 84 —

1.° Vig.\, General Carlos Resin, 32/.


2.° Vig/., Theotonio de Bittencourt Pereira e Mello, 18/.
Orad/., Antônio Augusto Sarmento e Mello, 17/.
Secret/., Thomaz Henrique de Carvalho, 18/.
Thes/., Manoel Soares, 32/.

LOJ/. ACÁCIA RIO-GRANDENSE, ao Or.-. do Riò-Grancle do


Sul.—Ven/.. Joaquim Nicoláo de Almeida, 18/.
l.° Vig/., Mayer Lambert, 18/.
2.° Vig.-., Miguel Tito de Sá, 3.-.
Orad/., Anacleto Ramos de Mello, 3/.
Secret/., Arnaldo José Pereira, 3.'.
Thes/., Edmundo Duhá, 18/.

LOJ/. CONCÓRDIA DO URÜGÜAY, ao Or/. do üruguayana.


—Ven/., Antônio Monjardin, 30/.
l.° Vig/., Augusto César de Araújo Bastos, 3/.
2.° Vig/., Fernando Vieira de Carvalho, 3/.
Secret/., Antônio Monjardin Júnior, 3/.
Orad/., José Carvalhiclo, 15.'.
Thes/., José Mayo, 3/.

' ÍI K
LOJ/. CONFRATERNIDADE PENEDENSE, ao Or.-. do Pe-
nedo.— Ven.-., Manoel Pereira de Carvalho Sobrinho, 12.-.
1.° Vig/., Israel de Faria Lemos, 12/.
3.° Vig/., Luiz José de Faria Lobo. 3.-.
Orad/., Paulo Leite Ribeiro, 12/.
Secret.'., Clarinmndo Barreto dos Santos, 12/.
Thes/., Manoel Joaquim de Moura, 3/.

CAP/. LUZ TRANSATLÂNTICA, ao Vai.-, do Jaguarão.


Athir.Y, Francisco Estacio Belmondy, 33.-.
8.5 —
1.° Gr.*. Vig.\, General Carlos líesin, 32.-.
2.° Gr.-. Vig.-., João Chrysostonio da Costa, 31.-.
Gr.-. Orad.-., Theotonio de Bittencourt Pereira e Mello, 18.-.
Gr.-. Secret/., Thomaz Henrique de Carvalho, 18.-.
Gr/. Thes/., Manoel Soares, 32/.

CAP.\ VIRTUDE E BONDADE, ao Vai.-, de Macei.».-Atliir.-.,


Antônio Teixeira Júnior Escova, 32/.
1.° Gr.-. Vig.-., Domingos José de Faria, 18.-.
2.° Gr.-. Vig.-., João José da Costa Santos, 30.*.
Gr.'. Orador, Manoel Claudino de Arroxella Jayme, 33.-.
Gr.-. Secret,-., Aprigio da Silva Pinto, 18.-.
Gr.*. Thes.-., José Antônio Ribeiro Braga, 18.-.

LOJA INDUSTRIA E CARIDADE, de Nova Friburgo. - Esta


Augv. Off.'., composta de Ir.-. 111.-. por seus títulos e qualidades
maç.-., acaba de prestar inteira obediência ao nosso Circ.-. e aliás
por unanimidade de votos.
A estes romeiros da verdade e do bom senso, a estes bons
maç.-. endereçamos nossas cordiaes saudações, pedindo-lhes todo
o zelo e empenho no engrandecimento de nossa Instituição, e
delia afastando os máos obreiros e os profanaclores de nossos
ritos.
A' saúde do corpo que dá aquelle delicioso clima de Nova
Friburgo, que é uma cornucopia de flores e bellezas, jimíar-se-ha
agora a saúde d,alma, que á a verdadeira crença, a fé robusta
em nossa instituição e todas as generosas idéas que emanão da
constituição legal e autórisada de um núcleo de homens congre-
gados na fraternidade e na liberdade da consciência.
A Industria e Caridade tem um risonho futuro diante de si,
c será um sustentaculo inexpugnável e vigoroso, tal é a confiança
que nos merecem os'seus dignos membros.

LOJA PROGRESSO E UNIÃO, na Victoría (Espirito Santo).


-y-Installou-se esta Loj/.,
e pedio filiação, conservando-se entlui-
siasticaniente dedicada ao nosso Circ.-.
— 80 —

Em acto continuo á sua installação, resolveu crcar um Lycêo


e uma Bibliotlicca publica, ficando organisado desde logo
gratuito
o corpo docente.
Res non verba eis a divisa da nossa pura c legitima Ins- <

tituição.
O discurso que persuade ou convence é seguido logo da rea-
lização de uma icléa, e a generosidade maç/. agrupa-se para dar-
lhe relevo e vigor. '
A cidade da Victoria tem nesta Off/., sem duvida, o mais es-
forçado e dedicado campeão da civilisação brasileira, e a lnuna-
nidade um molde de esforços que deve ser imitado por muitos,
e a,
para desta forma aniquilar-se o mal que a mentira propaga,
dissidência que os ódios pessoaes alimentão.
Como nós, esses activos obreiros da Victoria marchem sempre
o falso
para diante, instruindo c utilisando, sem se occupar com <>

que apregoa, a capricho, as mais absurdas doutrinas


jornalismo
sociaes.
Como nós, que sabemos o que queremos e para onde imos,
facão esses obreiros tenção formal em arrancar as urzes de que
o pequenino oriente dos pseudo-maçons inça o caminho da ver-
dade e da lei.

LOJAS DA PROVÍNCIA DE ALAGOAS. — Naturalmente, ra-


H

soavelmente e por unanimidade de votos, como sempre, sujei-


tao-se á obediência do nosso Gr/. Or.*. do Brazil as respeitáveis
LLoj.\:
Virtude e Bondade;
Perfeita Amizade Alagoana;
Confraternidade Penedense;
Fraternidade Alagoana.
Estes luzeiros do cruzeiro maçonico do. Império do Brazil
abrilhantão a humanidade e espalhao benéfica luz por toda a
parte onde é ella susceptivel de espancar trevas, ; e provarão
aos que nao entendem o que seja claustro possível da virtude os
erros palpáveis de seu entendimento desvairado na atmosphera
impura de ritos anti-maçonicos e leviandade em analysar alheias
possibilidades.
_ 87 —

Estas LLoj.*. comnosco concorrerão a castigar erros c a pu-


blicar a chronica diária de todos os impotentes commettimentos
da propaganda dos benedictinos, ou, por outra, dos pedidos inces-
santos de um phantasníagorico pequeno occidente, sem luz, nem
vida, que se denomina grande oriente unido.
Essas cstrellas marcarão o rumo dos romeiros da verdade, e
assistirão ao triumpho magcstoso da verdadeira maçonaria, que 6
cohcrcnte c philosopliica.
Nós as saudámos cm seu brilho, e o Sup.-. Arch.\ do Univ.-.
as conserva na mais pura c estreita eonfraternidade entre todos
os seus obreiros.

LOJAS DO RIO-GRANDE DO SUL. - As LLoj.-.:


Artista, de Pelotas.
Luz e Ordem, de Porto-Àlegre.
Luz Transatlântica, de Jaguarão.
Acácia Bio-Grandense, do Rio-Grande do Sul.
Concórdia do Uruguai/, de Uruguayana, adherem enlhusiastiea-
mente á nossa causa, como lhes cumpria, e prestão inalterável
obediência a nosso circulo.
Esperamos que outras se pronunciem, e o esperamos com toda
a confiança.
Publicamos estas occurrcncias, porque, infelizmente, em cada
leitor de nosso boletim ha um exigente destas cousas, que, ma-
çonicamente fallando, deverião ser apenas archivadas depois do
Grande Oriente dellas ter conhecimento.
Mas a publicidade é um dos característicos da nossa época
profana; é preciso que tudo se saiba e tudo se diga, sem o que
não ha jornal que preste.
Saudámos cordialmente e maçonicamente nossos Ir.\ e am.\
do Rio-Granclc do Sul.

MAÇONARIA EM PERNAMBUCO. — As mais importantes


LLoj.-. dessa localidade são a Conciliação e a Seis de Março, que
se conservão firmemente adherentes ao nosso Circulo.
— 88 —.
*

Estes núcleos da verdade c do bom senso excluirão de suas


columnas os exagerados propugnadorcs de crenças que deshon-
ravão e abastardavão a verdadeira maçonaria.
Em pouco tempo, temos disso certeza, outras LLoj/. imitarão
o exemplo destas duas suas co-irmãs, dando ao Brazil o exemplo
da obediência maçonica ao único possível e regular Pod/. Maç/.
que é o Grande Oriente do Brazil, ao Valle do Lavradio.
Nem acreditamos que possão alguns distinetos c bons maç,-.
de Pernambuco persistir no erro ligando-se a um falso oriente.
Hoje, bem informados, certos da verdade, incapazes de acin-
tosa dissidência, amigos da nossa Sub/. Ord.-., rejeitando pliau-
tasmagorias políticas em Loj.'. maçonicas, retrocedem do erro, e,
desenganados e confiantes, se entregão ao seu Gr.'. Or.1. do Br.-.,
que não significa centralisação, mas coberencia c emanação dos
princípios sãos de nossas sabias doutrinas. '*>
A Verdade, que é apenas só um jornal de novidades verda-
deiras e falsas, como são jornaes que não são doutrinários, perderá
o seu tempo exaltando os ânimos, e defendendo à causa, dos
tdtramontanos maçonicos, que são os dissidentes remidos no seu
club benedictino, que nem siquer é um pequeno oriente.

A LOJA FIDELIDADE (em Campinas, S. Paulo). Brevemente


será effectuada a regularisação desta Áug/. OIT/., nucleo de illus-
três lliv. e de maç/. fervorosamente dedicados á causa sublime
do nosso Circ/.
Educados em grandes e generosas idéas, firmes e coherentes
em seus princípios, derão de mão aos preconceitos, fixarão a po-
sição actual da Maç/. e entregárão-se de corpo e tl^ahna á
redempção da Maç/. em Campinas, que alguns sonhadores sócia-
listas havião desvirtuado e aniquilado mesmo. Nao consentirão
na profanação do templo, não quizerão que nossas doutrinas fos-
sem falseadas na secreta monita socialista, que alçou collo na-
quella venturosa pátria de tantos illustres brasileiros."
Não; não se diga um dia que os descendentes do nosso illustre
e sapientissimo antigo Grão-Mestre, de gloriosa memória, José
Bonifácio de Andrada, patriarcha de tantas liberdades, se nive-
lárãõ na ourela da absurdeza que serve o petróleo em pratos
— 80 —

dourados1 de festins profanos e sorve o socialismo á saúde dos


avoengos do commuhismo d'áqüem e d'além-mar, daquelles que
clerão aos Estàclos-Uiiidos a aristocracia da casaca e o incêndio
aos sagrados monumentos nacionáes de Pàriz.
Não. No Brazil, na Província de 8. Paulo, ainda se conserva
o toque tino de José Bonifácio, de Antônio Carlos, de Martim
Francisco, de Alvares Machado. Paula e Souza, e de outros que
honrarão a pátria, honrando a humanidade e a família. Estas
preciosidades humanas que nos clerao o tino quilate da tribuna
parlamentar em Gabriel Mendes—constituem uma sancta tradição,
que reflete como um Evangelho de luz nos que ainda hoje se
honrão em ser paulistas.
Campinas não carece de inspiradores estranhos das publicas
liberdades, porque de sobejo as recordações paulistas lfras apon-
tão; c então seus filhos, maçons e bràzileiros distinetos, erguem-se
hoje, como um só homem, e engrinaldao as columnas do templo
de Salomão com suas virtudes maçonicas.
A Loj/. Fidelidade é a esperança nesta immensidacle dos erros
que se aprègôão. A sua voz, seus preceitos e o seu exemplo
serão seguidos e acatados.
E o seu 111/. Ven/., o Dr. Balthazar da Silva Carneiro, nos é
garantia do que avançamos. A' estcillustre varão deverá o Gr/.
Or/. do Brazil na Província de S. Paulo, a revindicaçao de seus
ritos e de suas puríssimas doutrinas.
Contra o poder obscuro que ahi rasteja minando a lei e a
razão, ostente-se íirme e coherente este outro poder, que outra
cousa não é do que o esplendor da luz da verdadeira arte real

LOJA DE IGUAPE (Província de S. Paulo). — A prancha que


nos dirigio a Ang/. Off/. Feliz Lembrança aclherindo ánossa causa
e ratificando a sua obediência a nosso Circulo c uni documento
palpitante de cordialidade e dedicação.
Não estranhamos ver em obreiros tão honestos e perfeitos a
coherencia de princípios jurados e acceitos. Fora vulgar este
acto, natural e obrigativo, se o erro não andasse cm suas cor-
rerias maculando no Brazil a pureza da Instituição maçonica.
Pela tríplice bateria de nossa Ord/. applaudamos nós com en~
thusiasino a Aug/. Olí/. dé Iguape Feliz Lembrança!
2
— 90 —
á
LOJAS DA BAHIA. — Entre outras Loj.1. que adhcrirão
a mais dedicada obediência a nosso Cir-
nossa causa, prestando
saudámos
Guio figura a Loj/. União Constante, cujos obreiros
enthusiasticaincntc cm todos os seus gráos e qualidades.
cidade os dissidentes se virão a braços com te-
É nesta que
nacissinia opposição a seus intentos c suas supplicas. Jogavão
e titulos a mãos cheias, como se gratificassem lacaios ou
gráos •
consciências que se alugão.
A justiça e a verdade, porém, alçárão-se entre os chatms que
maçonaria e os verdadeiros obreiros da luz que a
mercadejavão
nossos
dignineavão. O resultado da luta não se fez esperar. Os
de comprehcndcr
inimigos recuarão c tiverão c terão o dissabor
é inútil a sua propaganda, ainda mesmo feita com imposi-
quanto
eões coinmerciaes por meio de cartas ameaçadoras.
J aquelle imaginão os
Outro caminho leva a Bahia do que que ^
dissidentes.
Sc não bastassem tradições gloriosas c patrióticas daquelle
bom povo, restava-lhe a illustração de suas virtudes e as gene-
rosas aspirações de seus homens mais cultos, para poder escolher
o bem e o mal, qual o lado em que está a moralidade e
entre
a
a ordem social, que é philosophica, e, nacionalmente faltando,
única possível liberdade de um povo adiantado e firme em seus
princípios razoáveis.
Outras adhesões esperamos dessa cidade, que brevemente ah-
nuneiaremos a todos os nossos amigos e leitores.
O Grande Or/. do Br.-, do Lavradio saúda as LLoj/. da Ba-
hia com efíusão e profundos sentimentos de fraternal amizade,
louvando-as em seu zelo c seu amor á nossa Subi/. Ord.-.
Convidamos os nossos contrários a continuar em sua propa-
na Bahia, para poderem convencer-se da irregularidade de
gancla
suas aspirações e do phantastico de seus desejos.
Experimentem.

A LOJA ACÁCIA, ao Vallc do Lavradio. — O nosso caio e


Sap.-. Gr.-. Mestre filiou-se como Memb.-. hon.\ nesta aug.-. 011/.
Se este generoso estimulo não bastar para dar um grande iiu-
pulso aos trabalhos daquella Off.\, então é que se arrefeceu em
seus obreiros o zelo maçonico. É porém de tal maneira firmada
— 91 -

a reputação de sua activiclade em nosso circulo, que não tluvi-


damos um instante que ella não entre na senda da reyindicação
das doutrinas sanctas da nossa Instituição, um instante perver-
tidas pela ambição profana e vaidade pessoal daquelles falsos
maçons, que, pela segunda vez, nestes dez annos, expellimos do
seio do nosso pacifico Valle.
Aquelle 111.'. Ir.'., membro bon.-. da Loj.-. Acácia, abrilhanta
suas columnas, e é a mais fulgurante luz que brilha em seu altar.
Sirvão suas virtudes privadas e maçoüicas no caminlio que a
prudência aconselha deve ser seguido.
*
Quando se empunha o malhetc para trabalhar perante obreiro
tão activo e preclaro, convém que o Mest/. se erga á altura ma-
çòriiça que a ventura lhe assignala.
Que o fará, e sempre com eutliiísiasmo crescente, nós o cre-
mos; e por isso o applaudimos e lhe damos o osculo fraternal.

BOLETIM DOS DISSIDENTES. — Uma publicação, que por


abi apparece sob o titulo pomposo de Boletim do Gr:. 0:. Unido,
é apenas só uma das muitas feições phantasticas dos nossos
contrários.
O seu rcdactor, com aquella mediocridade de apreciações e
com uma coragem que iguala a sua desventura como publicista,
depois de dar ao publico uma analyse (sic?) lingüística a res-
do nosso manifesto, e delle extrahir trechos em allemão
peito
e inglez, de que elle nada entende, inscreve da primeira á ul-
tima pagina o nome profano do re-1 otor deste Boletim Official.
O que naquillo e nisto ha de acceitavel e de gosto avalie-o
cada um que nos ler.
revoltoso,
Quando a narrativa e a defeza de um corpo, mesmo
estão entregues a mãos e caprichos. taes, cumpre confessar que
pela parte se avalia do todo.
E quanto aquelle todo é irregular, pequeno e extravagante po-
dem os homens sensatos avaliar pelas paginas que cria o inte-
ressante redacior de commum accôrdo com o seu mentor, que é
uma das glorias portuguezas por estas terras da America e que
o Diccionario da Imiocencia ha de consignar em suas paginas.
— 92 —
*b

A continuação desse pamphleto, no tom em que vai, deve pro-


isso que a personalisaçâo é jogada com um
duzir sensação, por
da
encanto inimitável por mão ousada. Eis o resultado do jogo
nos das escolas de medicina e nas companhias de
petéca pateos os
seguros quando não ha medecina, nem seguros que óecupem
vadiós e os indolentes.
Desejamos ao boletinista do pequeno oriente prospera viagem
nos occuparmos.
jornalística e muitas occasiões para delle

O NOSSO MANIFESTO. — Este nosso manifesto, em varias


línguas, teve no senso do desembargo béhedictino uma analyse e
commentarios variados.
Tudo é possível neste nosso mundo; até a lingüística passa
nas mãos dos incompetentes como cascas d'alhos. E agora, é ver %
o que fazem e o que dizem.
A ignorância ousada é uma potência e uma possibilidade, e
não é cousa lá muito difíicil achar erros no que está correcto,
publical-os, annotal-os.
'*¦
Se a ignorância que escreve não tivesse uma ignorância que a
lesse e applaudisse, ha muito que os semsaburões e os pedan-
tes estarião advertidos de sua nullidade.

>

ASSIGNATURA DO NOSSO BOLETIM.— Pedimos a todos os


nossos Ilr/. o seu auxilio poderoso assignando por si e por
todos os seus amigos este nosso jornal maçonico, publicação ne-
cessaria, sentinella e arauto de nossos direitos e da regulari-
dade de nossa Ordem.
Conservando-nos firmes em nosso propósito e empenhando to-
das as forças para debelarmos a anarchia que os dissidentes
imprimem á Maçou ária no Brazil, temos direito a ser protegidos
na imprensa, para que, á falta de meios, nao nos vejamos coagi-
dos a guardar só para a caridade tudo quanto a imprensa
nos leva, e que afinal também caridade é, porque consiste em
ensinar os que errão.
03

Rogamos ás Officinas c Maçons do nosso circulo a


bondade cie,nos enviarem as listas de assignantes para
o 2.° anno do Boletim OJ/icial, afim de fazermos a res-
pectiva remessa e para que saibamos com certeza qual
o numero necessário de exemplares, para que nao acon-
teca como no 1° anuo, cuja edição esgotou-se, deixando
assim de satisfazermos aos numerosos pedidos que temos
recebido.
Penliorados ficaremos por esto obséquio.

31 íUi-nctao.
94 -

EXPEDIENTE.
Secretaria Geral da Ordem, ao Valle do Lavradio
A Grande
horas.
n. 53 K, acha-se aberta diariamente, das 9 ás 2

M.\ Gr.'. Com.', da Ordem despacha todos os dias,


O Sob.'. Gr.-.
as ou requerimentos serem entregues na Gr.'.
devendo petições
Secret.'. Ger:.
• Secret.'. Ger.-. da Ordem attcnde a todos os Maçons
O Gr
na Gr.'. Secret.'.Ger.'., á 1 hora da tarde de
que o procurarem
todos os dias úteis.
A
Todas as noticias ou informações que tenhão de ser publica-
Official devem ser dirigidas ao Redactor em
das no Boletim
chefe, rua do Lavradio n. 53 li.

Recebemos e agradecemos os seguintes jornaes e revistas:


rílie
freemason, ns. 189 a 195. 1." do 9.» anuo
La Chaíne dUmon, ns. 11, \% do 8." anno e
(Dezembro.)
La Vérité, (Suissa), ns. 19 a 9JI. v
Boletim Oficial dei Oriente de Espana, ns. 3f> a ;'»8.
Revista delia Massoneria ltaliana} ns. 20 e 21.
O Santo Oficio (Pará), ns. 55 a 57.
El Espejo Massonico, n. 1 (4.° tomo.)
Pelicano (Pará), ns. 40 a 50.

Nous prions tous les rédaeteurs auxilieis nous ciivoyons íiotrc


tinUetin de vouloir liicn nous rcmcttrc en écliange regulScrenicnt Icurs
jouTiiaux.
Adressc du Secrctariat: - Rua do Lavradio u. 5$ li.
Rio de Janeiro. - Brésil.

SU&5^&lfZ2*JL>~

Typ. do Gr.-. Oiv. ao Vaíle do Lavradio 52 K.

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