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ás vulgares observações que nos faz e menos ainda ás
á respeito do nosso Circulo que e o único no
apreciações suas
Brazil, autorisado e legitimo.
nossa.
Correcta ou não a nossa linguagem, tem a virtude de ser
A ninguém a pedimos e de ninguém a copiamos. Se lhe parece-
isto uni-
mos ser philosopho, estylista altisonante ou bombástico, é
Gámente de nossa competência.
aos da-
Não usamos de bullas falsas, e menos ainda pedimos -i
si
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rmittido observar quem erra ofccial-
lera feito officialmeníe. O nome profano
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tios leitores sensatos etactamente
S"au?com isso espera o diligente e amplivago re-
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A pseudo-maçònaria. :irt-í
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Dizer, a verdade era tudo que
íiiais sagrado dever da franco-maçonariii. í;an;rifl banida
da franqueza e da lealdade,
Ê honestíssimo o empenho indigno,
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Que quereis vos hoje, falsos maçons, dissidentes átrabilari
prostituidores do templo, que preterideis de nossas aspirações pá-1
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citicas e generosas? ^
Em vossas mãos.o malhete tornou-se o martelo do aiictiona^
rio publico; vende, concede, dá honras e gráos; mas não bate
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regularmente na pedra bruta para prolificar-lhe a belleza das
formas.
Kasgastes o avental cândido que havieis irregularmente cin-
gido, e trouxestes ao templo a blusa do socialista.
Recusais Deus e recusais César. Os vossos padres protestai*-
tes e pretendo saniente socialistas e os vossos cidadãos, esque-
eêrão a divisa do trabalho e da honra, tornando-se para elles a
—
lei nina inutilidade — a sociedade constituída um impedimento
e os direitos de vossos semelhantes um estorvo aos vossos
demasiados direitos.
Sois falsos raaçons, porque a nossa Sublima Ordem nos não
admitte aspirações profanas; e profanos sois quando com frenesi
diseutis contra as verdades dos que vol-as ensinao diária-
mente.
Sois falsos maçons, porque fazeis claOfficinà do trabalho probo
e philosophico, lar de contenda, de reeriminações, de injurias e
de irregularidades.
Sois falsos maçons, porque não estais constituidos regular-
mente; porque sois um partido de homens políticos, uma facção
sediciosa contra a lei e contra a sociedade, contra as sanctasji-
herdades, como ellas o são realmente, e contra tudo que a razão,
o bom senso, a prudência aconselhão e acatão.
doutrina é o constitue a falsa-maçonaria, cujos
A vossa que
inundo
delidos devem ser denunciados ao inundo, para que o
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fé pois esse conjuncto de irregularidades do
e separarão
separarão da verdadeira maçonaria
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comprehensãô humana;
E daqui muito naliiralmenle se deprehende que-essa parcella
censtírue a falsa maççnaria do Brazil, que nenhírma
potência grave admitte e que o mundo maçonico repelle.
De que se oecupa esse grupo?
De caridade? de beneficência? de instrucção? de moral social
ou da cultura dos melhores dotes da intelligencia ?
Suas sessões são estéreis; suas congregações são do domínio de
idéas subversivas; suas conversações são desprovidas de amor á Or-
ciem e denunciadamente agitadas de questões profanas ambiciosas.
Jogao uma comedia assarapantada, fazem rir a uns e a outros
satyrisão e injurião. No fundo porém desse jogo macabrio está o
oxymel de sua adorada demagogia.
Onde está pois a idéa maçonica uesse congresso tresloucado
de paixões inquietas?
Levarão do mundo para o templo um fantasma movente;
ê um manequim de experimentação democrática na apparencia;
fazem-Ti'0 tocar guizos e a trombeta que annuncia aos circumstan-
tes a presença ãaquella grande salvação publica, que nunca che-
gará a amadurar no espirito publico, porque o transmittem
verde, rançoso e murcho já. A propagação é pois impossível
— IP.
maçonaria.
Formem Valle á parte; assim é melhor, porque se nao p
confundir mouros com christaos: mas ao menos façãò parte
maçonaria real, antiga, aceita e reconhecida.
Como se achao, de tudo que expendemos se conclue, fazem
apenas parte da cohorte que admitte a falsa maçonaria em
substituição á tradição de nossos pais e a tudo que a intelli-
geneia humana aceitou e sanccionou para o progresso da nossl
Subi.-. Ord.'.
A denominação pois absurdíssima de Gr/. Or.*. Unido, é um
falso rotulo dado ás falsissimas doutrinas abrigadas naquelle cen-
tro profano e irregular, que apenas só se occupa de questões de
li socialismo, de commimismo e de tudo com que a fantasia dos
f í modernos innovadores da política pretende inocular as sociedades
do trabalho. «te.
De tão falsa origem, uma tal doutrina, fora melhor assentar-se
cá fora em núcleos do mundo profano, onde acharia correctivo e
emenda na calorosa discussão com aquelles que de boa fé ainda
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pensão em cousas da liberdade social, e que detestao profunda-
mente a licença sociaL
O Or,\ Unido, entre nós, é pois a pseudo-maçonaria,
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A Frauco-maçonaria.
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grande càdêa.
0 laço é a subtiDtft instituição maçonica, visto como é ella a
única associação pé reúne o pensamento religioso'á tudo.que
pôde enibeüe*;1, a vida, en|relaçando-a com a moral a Mfüs pura.
Uma Loj, bem dirigida é uma pequena republica qa| uttinge
á perfeiçr,h Trata-se de loçcòrrer desgraçados,' todos cs- talen-
tos dos membros desta 'r|||blíca poem-se em campo em prol
d 6 s ^ ec • i n f f*ü v/ p ^
Eecorrão orpltãos á caridade publica, que não pode corres-
ponder aos votos desses pequenos entes que não têm pais; tudo
se envida na pequena republica afim de satisfazer as necessicla-
des physicas e moraes dessas infelizes creaturas.
Vejamos o reverso da medalha.
A sociedade é composta de nossas esposas, filhas e irmãs.
Damos-lhes a instrucção, a educação c todos os mais dotes
que
áhjÉnantao a existência para viverem sós no abandono e iso-
lamento ?
Se a tenra planta necessita do orvalho vivificante conscr-
para
var sua belleza, nem por isso ella pode dispensar o doce raio
do sol para o desabrochar de sua flor. O orvalho vivificante não
será a instrucção, a educação e o talento? O doce raio do sol
não será o deleite do mundo, permittido e até mesmo
in-
dispensável á mocidade tal como a sociedade a tem formado'?...
Pois bem, tome a pequena republica a iniciativa de festas se-
melhantes, visto como achão-se ellas sanetificadas
pelas res-
pectabilidacles que assistem a todos esses prazeres mundanos
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- 17 —
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a recepção de um príncipe, de um
Para
assim dizer de uma demonstração*
cessita-se para .* i'
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ssjfrC&f- nf tflW*BtBMKiiBill*aWwK^l^
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0 symbolismo na Maçonaria.
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* -ta a única chave
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religiões. 8abedona
Z Ztj e no« mysterios de Pene~
suas
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19
em si nada envolve, isto é, unia, lettra, a lettra — G.— O ira-
ballio porém consistirá em assiguar-lhe um conteúdo (leternii-
nado; é pois para fazer-nos compreliendèr esse conteúdo que
cila recorre á formas particulares, que são os symbolos de que •V
*'
— 20 —
9.1 —
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27
Secção Offwiah
Legislação.
Decreto n. 18. — Proliibo o ingresso em nossos Templos, como visitantes,
aos membros do Circulo dissidente dos Benèdietiiips.
O nosso Cair. e 111.*. Ir/. Sob.-. (J17. Insp/. Oor.-. P>?,.\ Dr.
Luiz Corrêa de Azevedo, (ir/. Secret.*. Ger.-. da Ord/. é encar-
regado da promulgação e publicação do presente Decreto.
Dado c traçado no Gr.'. Or.-. do Brazil, ao Valle do Lavradio
no Rio de Janeiro, no l.o dia do 10/ mez do anno da V.\ L.\
5872 (21 de Dezembro de 1872, E/. V.'.)
Visconde do Rio-Branco, 33:.
Gr.*. M.\ Gr/. Com.-.
Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, 33:.
Gr.*. Secret.*. Ger.*. da Ord.-.
Dr. Pedro Isidoro de Moraes, 33:.
Gr.-. Chanc.
30
'
Grande Oriente do Brazil.
1872.
EXTRACTO OA SESSÃO ORDINÁRIA DR 21 DR DEZEMBRO DE
v5^^--
37
Sccção Histórica.
Pois bem; sem que tivesse sido designada para ordem do dia
a matéria, de que nos oceupamos, e sem que tosse previamente
aimunciada pelos jornaes desta corte, vimos com surpresa decla-
rar o decano, que presidio a sessão (o qual só para isso lá com-
parecera), que se ia proceder á eleição das dignidades provi-
sorias creadas pelo projecto, que nessa mesma sessão fora apre-
sentado, discutido e approvado!
O Ir/. Saldanha Marinho, que na véspera desse dia havia, em
um club por elle presidido e composto de quatro apaniguados,
o qual funecionou na Escola Central, designado as entidades que
lhe convinhào para os lugares supra mencionados, o Ir.'. Saldanha
Marinho, dissemos, encarregou-se de espalhar com o nosso ex-Gr.\
Secretario e outros comparsas listas adrede escriptas com o lim
de obter o desejado resultado.
Para melhor formar-se uma icléa approximacla do modo, por que
nessa memorável noite foi salva a moralidade da Ordem, basta
dizer: que sobre as mesas divisavào-se unicamente quatro ou
cinco folhas de papel e igual numero de pennas para quasi qui-
nhentos votantes; e isso quando a hora ia adiantada (10 da
noite), e desejando todos retirarem-se, mil e tantas chapas con-
tendo os nomes previamente designados pelo Ir,-. Saldanha Ma-
rinho e mandadas escrever pelo ex-Giv, Secretario, erão impôs-
tas no seio do Gr.*. Oiv. em falta de outras!
Interpellado o Ir.-. Saldanha Marinho por alguns maçons, não
iniciados ainda em seus planos de conselheiro republicano, com a
maior gravidade protestou tudo ignorar, di/.ondo-sc incommodado
com o que se passava, á ponto de manifestar desejos de se
retirar!
Quanto cynismo em um acto tão serio por sua natureza e pe-
los benéficos resultados, que delle deveriáo decorrer!
Infeliz maçonaria do Brazil!
A tua sorte, o teu bem-estar, o teu progresso, a tua prospe-
ridade, o teu engrandecimento, tudo enifim que possues demais
caro e sublime estava exclusivamente entregue c confiado á mu-
bicão inconfessável desses poucos hypocritas que, acobertados
com o manto de inimigos do iiltramontanismo, pretenclião subrep-
ticiamente reduzir teus adeptos a dóceis instrumentos para reali-
zaçáo de intentos políticos e quiçá lucrativos!
A precipitação, com que se movia o Ir.'. Saldanha Marinho de
— 40 —
, — 45 —
O pastor desta diocese, aliás pouco escrupuloso quanto á mo-
validade de muitos dos seus subordinados, suspende insólita e
insensatamente de algumas de suas funeções um sacerdote pelo
único facto de ser este maçon.
Era uma verdadeira luva lançada a uma associação innocente
é irreprehensivel em seus princípios, era a declaração de guerra
bruscamente lançada pelo clero á Maçonaria, pelas trevas á luz,
pelo regresso ao progresso, pelo jesuitismo aos verdadeiros dis-
cipulos do Philosopho do Golgotha.
Perante a immensa luta que ia travar-se, a suspensão do pa-
dre nao merecia importância individual, elle apenas representava
a luva um tanto machucada pela violência com que havia sido
arrojada.
Tratar pois da questão pessoal era fugir á luta geral, era per-
der as vantagens do primeiro accommettimento; quando muito
convinha reparar os estragos causados á victima que servira de
guante e de pretexto, emquanto as trombetas de Hiram toca-
vao a reunir.
E foi o que se pretendeu fazer no Lavradio.
Emquanto os filhos da luz tomavão a lança e o elmo, propu-
punha o Gr/. Mest/. Visconde do Rio-Branco ao padre M. Àl-
meida Martins que recorresse ao poder superior, tanto espiritual
como civil, afim de obter reparação de seus direitos feridos pelo
acto que elle considerava—errôneo, tendente a offender o futuro
da igreja, e provavelmente praticado para tornar-se o seu autor
bem visto da cúria romana, etc, etc.
Este conselho foi regeitado pelo padre M. Almeida Martins,
que parecia disposto a romper de uma vez para sempre os la-
ços que o prendião ao clero romano; ainda que o dialogo havido
entre elle e o bispo do Rio de Janeiro fosse alambicadamente
sacerdotal.
Se o Or/. do Lavradio existisse então só, afastada como se
achava a questão individual, visto recusar o oftendido pedir qual-
quer reparação; era provável, era certo, que esse Or/. se em-
penharia na luta com a ordem necessária, e conquistaria uma
| victoria, que se não afastasse de uma vez o fanatismo que grassa
já no Brazil, retardaria extraordinariamente a sua marcha e o
enfraqueceria completamente em suas forças.
Infelizmente porem assim não aconteceu.
— 46
- 50 , ¦
que já nos foi feita, razão tem se prescinde da ironia, que aliás
não sabe manejar; razão tem porque justiça nos foi feita desde
,, que fomos bastantemente elogiados por nossos escriptos por to-
dos, profanos e maçons, que estavão no caso de os comprehende-
rein, inclusive pelo Dr. Amaral que mesmo em causeries intimes
-lastimava que a instrucção popular não estivesse ainda ao ai-
cance de receber taes idéas.
Sim justiça nos foi feita, com orgulho o dissemos, e a prova
é que foi sobre nós que assanhados de preferencia se lançarão
os ultramontanos brazileiros e europeus; signal de que nos con-
sideravao como o adversário mais perigoso.
Mas deixemos de parte esse, que já vai longe, cavaco forçado
a que nos levou o Dr. Amaral e continuemos o que temos a
dizer, nao porém sem primeiro nos dirigirmos a elle para
bradar-lhe:
Dr. Amaral. !
Dedicamo-vos e vos dedicaremos sempre no mundo profano,
onde vos reconhecemos como um de seus mais bellos ornamentos,
a mais sincera amizade; maçonicamente porém dir-vos-hemos que
temos um grande remorso em nossa vida de operário da Arte
Real —o de termos sido quem vos propôz em Loj/. para serdes
iniciado em nossos sublimes mysterios.
(Continua.)
Dr. Joaquim Pedro da Silva, 33:.
I.
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•4
55 -
Seeção de Correspondência.
Dr. L. C. de A,evedo
Ao M.\ 111.*. 6 Pod/. Ir/. ^.'. u n/j
do Brazil
Gr.-. Sccret.-. &er.: daOrd.'. Maç.-. no Império
b. b. b.
(timbre.)
Porto, 23 de Novembro de 1872, E.\ V/
•°J&fò-
— 59 —
Oh! non, mille fois non, cette idée de parti existe seulement
au concours de tous les jem de scene
dans leur imagination prête
capables d'appeler 1'attention vulgaire sur leur comedie emprun-
- 62 —
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— 63 —
9
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Secção Noticiosa. m
Revista "iLstí^angeira,
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C>9 —
esforçado pela instrueção maçonica, c cujas sessões suo mais
freqüentadas.
" S.e todas as officinas, á
poríia umas das outras, enyidãõ seus
esforços, o mesmo não acontece com os MMaç.'., os quaes divido
em duas classes, maçons propriamente ditos e iniciados.
" Chamo maçou propriamente dito, o iniciado
que, coadjuvando-
nos em nossa árdua missão e esforçando-se por assemelhar-se
á nos, busca os meios práticos de fazer calar nossas idéas no
mundo profano, esclarece-nos com suas luzes; finalmente, fiel ao
seu juramento, dedica-se corpo e alma á maconaria.
ü Chamo iniciado ao irmão,
que tendo recebido um ou mais gráos
n'uma Loj/. syinbolica, contenta-se com o que tem visto e ou-
vido, pouco freqüenta as sessões; finalmente, nada mais faz do
que concorrer com sua presença em nossos templos.
u Desde
já vos advirto, meu caro Ir/., que nossa Loj/. re-
solveu não conceder augmento de salário senão aos que justifi-
carem por um serio e constante trabalho maçonico terem com-
prehendido a Maconaria, tornando-se assim dignos de obtêl-o.
"Tereis de certo ouvido dizer
que a qualidade de Maç/. e de
soldado é incompatível.
"Pretendem uns,
que o militar não é livre; a estes provai
vossa liberdade sendo assíduo a nossas sessões, as quaes muitos
maçons que se dizem livres frequentão raras vezes, desculpai!-
do-se umas vezes com seus negócios e outras com considerações
de familia.
f Pretendem outros que o militar, instrumento de guerra, não
pode ser Maç/.\ isto é, apóstolo da paz. A estes perguntai-lhes
se a vista do sangue humano lhes parece tão terrível a ponto
de os ter conservado inertes na recente invasão alleinã.
" Perguntai-lhes ainda
quem será mais culpado, o eleitor que
autorisa o soberano ambicioso a declarar uma guerra impia para
gloria de sua clynastia, ou o soldado que voa á fronteira a fazer
retrogradar o invasor para seus Estados.
" Meu caro Ir.-., não ha incompatibilidade alguma entre o maçou
&
/ 1
— 71 —
(Chaíne d1 Union).
¥
Inglaterra. —A Gr/. Loj/. de Inglaterra celebrou em Lon-
dres, no dia 4 de Setembro, a sua reunião trimestral. Foi pre-
sidida pelo 111/. Ir/. Coronel Burclett Gr/. M.\ Prov/. de MM-
dlesex, assistindo a essa reunião perto de 200 MMaç/. Entre
as communicações presentes á Gr/. Loj/., foi lida a carta do
Rep/. junto á Gr/. Loj/. Royal York a VAmitiê, ao Or/. de
Berlim, communicando ter esta Gr/. Loj/. resolvido (Vora avante
admittir á iniciação, não só os judeus, mas também os que pro-
fessarem qualquer religião que seja.
75
Libertação do território.
A seguinte carta dirigida pela Loj/. Avenir de Nontron ao
Maire da cidade de Nontron é digna de ser transcripta:
" Sr. Presidente, tenho a distineta honra de vos dirigir, em
nome da Loja Maçonica de Nontron, a quantia de 240 francos,
produeto da primeira subscripção a que se procedeu em seu seio
para a libertação do nosso território, subscripção que só foi as-
signada pelos membros presentes á ultima reunião, muitos dos
quaes já tinhão subscripto na câmara municipal. Logo que os
que não estiverão presentes enviarem seus donativos, apressar-
me-hei em remettêl-os, reputando-me feliz por poder demonstrar-
vos o quanto nos esforçamos em associarmo-nos aos patrióticos
sentimentos para que appellava vossa proclamação.
- 70 -
" ümitto os nomes dos subscriptores, porque é regra nossa, que
a uuío que pratica o bem seja sempre desconhecida.
"A Loja Maconica de Nontron, ha pouco installada, dispõe de
exiguos recursos, no em tanto cumpre seus devores, o busca sem-
pre cooperar para o bem, e nada a impedirá de tomar parte em
todos os sacrifícios relativos á situação da pátria. Ella tem dado
provas dos sentimentos patrióticos que a animão, tanto que foi
de todas a primeira, que, depois do odioso tratado que nos ar-
rebatou a Alsacia e a Lorcna, resolveu tomar luto em seu tem-
pio cmquanto estas infelizes províncias permanecerem arranca-
das á mfii pátria.
46 Isto nao é política, e sim patriotismo.
" É uni erro grosseiro julgar-se que a Maçonaria se oecupa
de questões políticas e religiosas. A esphera de nossa instituição
é muito mais elevada; ella 6, segundo os termos da própria
Constituição que a rege, essencialmente philantropica, philosophica
e progressiva, sendo seu fim a indagação da verdade, o estudo da
moral universal, das sciencias e das artes, e a pratica da beneficência.
"Aos
que vem a nós nao lhe perguntamos: Qual é a vossa
bandeira politica? Qual é a vossa religião? Perguntamos-lhes
somente: Sois homem honrado e quereis comnosco trabalhai
em bem da humanidade ? Se o sois e quereis, entrai e trabalhai,
sois dos nossos.
" Nossas armas são a affeição, a peísiiação, a dedicação, o sa-
crificio e a solidariedade; instruir e moralisar o homem, destruir
os prejuízos que obscurecem sua razão, as paixões que pertur-
bão e alterão tão profundamente seu coração, ensinar-lhe o res-
peito devido ao direito e o culto ao dever, eis nossa missão;
fazer da humanidade uma só família de irmãos, eis nosso fim.
" O sigillo
que ha entre nós e que tanto preoecupa o publico
consiste em sermos todos unidos—omnes in Mwm—para alcançar-
mos o fim glorioso a que nos propomos, c trabalharmos com
tanta abnegação, como modéstia e perseverança.
u Dignai-vos, Sr. Presidente, acceitar os protestos de minha
estima e consideração. Nontron, 23 de Fevereiro de 1872 (As-
signado)—A. Debidor, Presidente da Loja Maconica L'Avenir de
Nontron. .rr ,
(Chame d Union.)
t
— 80
Noticiário Interno.
*
Administrações de LLoj/. e CCap/. para o futuro
anno maçon/. 5873.
' ÍI K
LOJ/. CONFRATERNIDADE PENEDENSE, ao Or.-. do Pe-
nedo.— Ven.-., Manoel Pereira de Carvalho Sobrinho, 12.-.
1.° Vig/., Israel de Faria Lemos, 12/.
3.° Vig/., Luiz José de Faria Lobo. 3.-.
Orad/., Paulo Leite Ribeiro, 12/.
Secret.'., Clarinmndo Barreto dos Santos, 12/.
Thes/., Manoel Joaquim de Moura, 3/.
tituição.
O discurso que persuade ou convence é seguido logo da rea-
lização de uma icléa, e a generosidade maç/. agrupa-se para dar-
lhe relevo e vigor. '
A cidade da Victoria tem nesta Off/., sem duvida, o mais es-
forçado e dedicado campeão da civilisação brasileira, e a lnuna-
nidade um molde de esforços que deve ser imitado por muitos,
e a,
para desta forma aniquilar-se o mal que a mentira propaga,
dissidência que os ódios pessoaes alimentão.
Como nós, esses activos obreiros da Victoria marchem sempre
o falso
para diante, instruindo c utilisando, sem se occupar com <>
>
31 íUi-nctao.
94 -
EXPEDIENTE.
Secretaria Geral da Ordem, ao Valle do Lavradio
A Grande
horas.
n. 53 K, acha-se aberta diariamente, das 9 ás 2
SU&5^&lfZ2*JL>~