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Adequação das Conexões em Subestações para

Redução de Pontos Quentes


Danielly Formiga Peixoto de Moura Tércius Cassius Melo de Morais
Coordenadora da Transmissão Gerente de Departamento
Departamento de Manutenção da Transmissão Departamento de Manutenção da Transmissão
Energisa Paraíba Energisa Paraíba
João Pessoa, Brasil João Pessoa, Brasil
danielly@energisa.com.br tercius@energisa.com.br

Resumo – O aumento da resistência elétrica nas conexões (“Ponto Neste sentido, o presente trabalho descreve um projeto de
Quente”), o qual gera falhas de proporções relevantes vem se melhoria elaborado e desenvolvido na concessionária de dis-
mostrando como um problema crítico no setor de manutenção. tribuição do estado da Paraíba, a Energisa, referente às anoma-
Embora o uso de técnicas preditivas, como a termovisão tenha se
intensificado, tal problema ainda necessita de ações proativas,
lias oriundas dos registros das variações térmicas de sistemas
pois a carência de meios para minimizar as falhas se sobressai ao de conexão elétrica, identificadas através da técnica termográ-
monitoramento destas. Uma solução é a adequação das conexões fica. O trabalho também visa o aprimoramento das técnicas de
no sistema elétrico, o que pode acarretar na redução de sérios termografia e inspeções utilizadas atualmente na Energisa a
problemas para os setores de operação e manutenção evitando fim de atender cada vez mais as exigências do mercado atual.
uma contingência. Neste trabalho são abordados os procedimen- Todo esse esforço tem o intuito de estudar os diferentes parâ-
tos das inspeções termográficas adotados na Energisa Paraíba, os
dados históricos resultantes destas inspeções e a necessidade para metros externos que influem na qualidade dos resultados obti-
a adequação das conexões das subestações. O objetivo deste traba- dos através da análise termográfica, bem como, identificar e
lho é reduzir o número de pontos quentes nas subestações através corrigir as principais causas que originam os pontos quentes
da efetivação de medidas baseadas nos resultados positivos obti- nas subestações. Para tal, foram analisados todos os resultados
dos em projetos pilotos já realizados nesta distribuidora de ener- das inspeções termográficas realizados a partir de 2011 e os
gia elétrica.
procedimentos adotados na utilização de conectores elétricos,
Palavras-chave – Conexões Eletromecânicas, Gerenciamento,
assim como avaliados os procedimentos e critérios adotados
Manutenção Preditiva, Ponto Quente, Termografia. da inspeção termográfica.
. Este trabalho consistiu inicialmente na adequação de todas
as conexões das 25 subestações mais críticas, no que diz res-
peito ao histórico de pontos quentes, baseado nos resultados
I. INTRODUÇÃO
das suas inspeções termográficas realizadas em 2011. Esta
As interrupções no fornecimento de energia elétrica por adequação vem minimizar de forma simples o problema de
desligamentos imprevistos, além de causar desgaste na imagem manter a condutividade elétrica e a resistência mecânica nos
das concessionárias e prejuízos para terceiros, trazem embuti- pontos de conexão reduzindo os riscos de desligamentos in-
dos custos financeiros inaceitáveis, decorrentes da energia tempestivos iminentes do sistema, as anomalias reincidentes e,
não-suprida e dos danos causados em equipamentos elétricos. consequentemente, os custos de manutenções corretivas.
Considerando-se que a grande maioria das falhas nos siste-
mas elétricos é acompanhada ou precedida de sintomas que
evidenciam a evolução de fenômenos térmicos, torna-se de II. DESENVOLVIMENTO
grande importância para o setor, o desenvolvimento de proces-
A. Manutenção Preditiva e Termografia
sos confiáveis de medição de temperatura: as inspeções termo-
gráficas [1].
Por exemplo, a evolução de processos de corrosão ou mau Atualmente a técnica de manutenção deve ser necessaria-
contato produzem calor aumentando a resistência de contato mente desenvolvida sob a estratégia da redução dos tempos de
do material. O calor decorre da dissipação de potência no co- intervenção nos equipamentos, buscando obter o menor tempo
nector, sendo esta potência uma função do quadrado da cor- de indisponibilidade para o serviço e menores custos opera-
rente conduzida [2]. cionais. Para se alcançar essa estratégia utilizamos os seguintes
Como esta resistência de contato é diretamente proporcio- conceitos:
nal à resistividade do material (a qual varia com a temperatura)
elevações na temperatura, aumentam a dissipação de calor e Manutenção Preventiva: Este tipo de manutenção é efetuado
consequentemente as perdas de energia no sistema. em intervalos predeterminados ou de acordo com critérios

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prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a • Alta resistência de contatos
degradação do funcionamento de um item, normalmente em • Curto-circuitos iminentes
função da estatística da vida útil média dos componentes dos • Circuitos abertos
equipamentos. • Aquecimento indutivo
• Desbalanceamento de carga
Manutenção Corretiva: Ocorre sempre de forma não prevista • Sobrecarga de corrente
ou planejada, gerando grandes perdas de produção e esforços • Componentes instalados incorretamente
da equipe de manutenção destinados a recolocar um item em • Níveis de óleo incorretos
condições de executar uma função requerida.
Conforme já introduzido, o objetivo da inspeção termográ-
Manutenção Preditiva: Trata-se da manutenção que permite fica em sistemas elétricos é detectar componentes defeituosos
garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na apli- baseados na elevação da temperatura como consequência de
cação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de mei- um aumento anormal de sua resistência ôhmica, oriundos, por
os de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir exemplo, de conexões frouxas ou afetadas pela corrosão, de-
ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção gradação dos materiais, etc.
corretiva. Tal conceito vem sendo bastante adotado nas empre- Uma inspeção termográfica em instalações elétricas identi-
sas podendo significar uma economia igual a 30 vezes o valor fica todos estes problemas, além de: erros de projeto, falhas
investido. Apesar desse número variar conforme a utilização em montagens e até o excesso e/ou falta de manutenções pre-
do sistema e tipo de empresa, esse ganho financeiro ocorre ventivas que podem provocar sobreaquecimento nos sistemas
devido ao menor tempo perdido com máquinas/equipamentos elétricos [7].
parados [3].
B. Aplicação na Manutenção de Subestações
A manutenção preditiva é executada a partir da aplicação
sistemática de uma ou mais técnicas de monitoração, tais co- A Energisa possui uma estratégia de manutenção preditiva
mo: análises cromatográficas e físicoquímicas do óleo presente baseada na utilização do termovisor aplicada aos seus equipa-
nos equipamentos elétricos, tratamento de óleo, limpeza e ins- mentos elétricos das subestações, respeitando uma rotina de
peção geral, ensaios de resistência e rigidez dielétrica e inspe- critérios de avaliação e periodicidade. Foram caracterizados os
ções termográficas [4]. equipamentos elétricos nas subestações 69\13,8 kV, estabele-
Essas técnicas são capazes de detectar eventuais falhas de cendo acompanhamento de temperatura para os seguintes ele-
funcionamento sem a necessidade de interrupção do processo mentos:
produtivo, proporcionando o aumento da segurança e da dis- a) Barramentos;
ponibilidade dos equipamentos com redução dos riscos de b) Transformadores de potência;
acidentes e interrupções inesperadas com o aumento da vida c) Disjuntores;
útil dos equipamentos e redução dos prazos e custos das inter- d) Seccionadoras;
venções. e) TC e TP;
Uma das técnicas de manutenção preditiva que ao longo f) Para-raios;
dos últimos anos passou a ser uma das mais utilizadas por par- g) Fusíveis;
te das empresas é a Termografia Infravermelha [5]. i) Terminais de cabos de potência;
Em geral uma falha eletromecânica é antecedida pela gera- j) Bancos de capacitores;
ção de troca de calor. Este calor se traduz habitualmente em k) Conjuntos blindados (caixas de medição).
uma elevação de temperatura que, apesar de poder ser repenti-
na, geralmente a temperatura começa a manifestar-se em pe-
C. Critérios de Avaliação dos Resultados das Inspeções
quenas variações, dependendo do objeto em questão [6].
Se for possível detectar, para comparar e determinar esta A avaliação dos resultados das inspeções compreende uma
variação, as falhas poderão ser detectadas no início do seu interpretação dos valores de temperatura medidos para cada
desenvolvimento e podem produzir no futuro próximo ou em ponto e a definição da ação necessária para sua correção por
médio prazo uma parada programada do equipamento. Isto parte da manutenção conforme critérios pré-estabelecidos.
permite a redução dos tempos de interrupção e a diminuição A ação a ser tomada pela manutenção é baseada em crité-
da probabilidade de saída de ativos elétricos não previstas, não rios tomando como base a diferença de temperatura entre o
programadas e, geralmente, por maiores intervalos de tempo. objeto adjacente e a temperatura do equipamento sob inspe-
Os benefícios incluem a redução de custos com economia de ção. Tais faixas são apenas indicativas e são baseadas em le-
energia, proteção dos equipamentos, velocidade da inspeção e vantamentos de alguns equipamentos elétricos de potência. As
reparação. Entre os problemas possíveis de serem detectados mesmas podem ser corrigidas de acordo com a experiência dos
nas inspeções termográficas temos: inspetores ou informações do fabricante.

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A intervenção da manutenção é especifica considerando-se tores associados aos religadores destas subestações, realizadas
pontos quentes em conexões, isto é, conectores e regiões de com equipes próprias de quatro pessoas, especializadas em
contatos externos e quando os pontos quentes estiverem locali- subestações e treinadas para atuar em 69 kV e 13,8 kV. Neste
zados na parte interna do equipamento, através de indicação caso, como geralmente os pinos das buchas dos equipamentos
indireta, a intervenção pode ser imediata ou apontar apenas a são de bronze estanhado, todas as descidas foram substituídas
necessidade de um monitoramento, observando-se sempre as por cabos de cobre, eliminando os inúmeros pontos quentes
restrições operativas do sistema. Após cada reparo deve-se reincidentes associados a estes equipamentos através da ade-
proceder a uma inspeção para verificar se o defeito foi real- quação e utilização de materiais compatíveis.
mente eliminado [8]. Nesta etapa, o número de pontos quentes nestas subestações
Entre as vantagens desta técnica, nós podemos mencionar: reduziram significativamente no mínimo 35% conforme mos-
• A inspeção é realizada a distância, sem contato físico com o trado nas tabelas I e II. Esta redução ocasionou também, de
elemento em condições normais de funcionamento. Não neces- forma proporcional, uma redução nos custos de manutenções
sitando dessa forma a retirada do equipamento de operação; corretivas, liberando recursos parar outras atividades. Nos
•Trata-se de uma técnica que permite a identificação precisa anos seguintes, as conexões e cabos adequados não apresenta-
do elemento defeituoso, ao contrario do pirômetro que é a me- ram mais variações de temperatura significativas com necessi-
dida da temperatura de um ponto; dade de intervenções.
• Ele é aplicável a diferentes equipamentos elétricos: bornes Um fato importante a ser ressaltado é que tais benefícios fo-
de transformadores, transformadores de potência, seccionado- ram obtidos com custos relativamente baixos.
ras, cabos e partes de conexões, etc;
• É utilizável para o acompanhamento de defeitos em tempo TABELA I
“quase real”, o que permite quantificar a gravidade do defeito Resultados obtidos na SE Bananeiras
e a extensão das variações de carga sobre o mesmo, possibili- (antes e após a adequação das conexões e cabos).
tando assim programação da manutenção necessária e o mo- SUBESTAÇÃO BANANEIRAS – ADEQUAÇÃO EM 2008
mento mais oportuno para executá-la (que pode representar ANO MÉDIA DE PONTOS
uma simples limitação de carga ou uma intervenção imediata QUENTES
antes que o defeito possa produzir um colapso da instalação). 2008 51 (antes)
• Em relação à manutenção tradicional, o uso da inspeção ter- 2009 31
mográfica propicia uma redução dos riscos para as pessoas, a 2010 32
redução de indisponibilidades para manutenção e um menor 2011 35
custo. 2012 23
• Realiza a inspeção de muitos itens em pouco tempo.
Entre as desvantagens ou inconvenientes, temos: TABELA II
• Capacidade limitada para a identificação de defeitos internos Resultados obtidos na SE Guarabira
na medida que o mesmo não pode ser exteriorizado pelo au- (antes e após a adequação das conexões e cabos).
mento de temperatura. SUBESTAÇÃO GUARABIRA – ADEQUAÇÃO EM 2010
• A contaminação da atmosfera através de poluentes e/ou ou- ANO MÉDIA DE PONTOS
tras fontes de irradiação pode confundir a análise do defeito. QUENTES
• O estado de carga do elemento sob análise pode influir na 2010 55 (antes)
determinação de anomalias [9]. 2011 21
2012 18
D. Projeto Piloto

A estratégia aqui descrita consiste, principalmente, na ade-


quação das conexões terminais e condutores associados aos
equipamentos e barramentos das subestações da Energisa, no
estado da Paraíba. Tal iniciativa foi motivada pela alta reinci-
dência de pontos quentes constatada em cabos de alumínio
com conectores bimetálicos (bronze estanhado). Desta forma,
foi realizado um projeto piloto nos anos de 2008 e 2010, nas
subestações Bananeiras e Guarabira, respectivamente. Neste
projeto foram adequadas todas as conexões terminais e condu-

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Fig. 1: Chaves seccionadoras 31L6-5 associadas ao religador 21L6 da SE Guarabira.

pacto direto nos pontos quentes relacionados aos conectores,


E. Materiais e Métodos conexões, pinos das buchas dos equipamentos e cabos condu-
tores de descida, ou seja, pontos quentes classificados como
tipo 02.
Atualmente a Energisa Paraíba possui 61 subestações e a
periodicidade adotada nas inspeções termográficas é de 4 me-
ses, ou seja, todas as subestações são inspecionadas 03 vezes
ao ano. No caso de novas instalações deve-se proceder a ins-
peção logo após a sua entrada em operação. Ressalta-se que
numa fase posterior, este projeto também tem o objetivo de
aprimorar os critérios, periodicidade e técnicas adotadas atu-
almente nestes tipos de inspeções.
Após os bons resultados obtidos nos projetos realizados em
2008 e 2010, foi elaborado um projeto similar, iniciado em
2012, o qual previu as mesmas atuações em mais 25 subesta-
ções consideradas críticas no que diz respeito à média de pon- Fig. 2: Componentes defeituosos detectados nas inspeções termográficas na
tos quentes nas inspeções termográficas realizadas. Energisa em 2011.
Neste projeto de melhoria, inicialmente, foi levantado todo
Após o levantamento das informações com base nos resul-
o histórico de pontos quentes detectados nas subestações da
tados das inspeções realizadas em 2011, foi realizado um le-
Energisa no ano de 2011, incluindo todos os equipamentos,
vantamento minucioso em campo, nas subestações definidas, a
componentes e diagnósticos conforme demonstrado na Fig. 2.
fim de quantificar todo o material necessário nas respectivas
Todos os pontos quentes detectados foram divididos em dois
adequações.
grandes grupos:
Desta forma, as medidas foram colocadas em prática e a i-
TIPO 1: todos os pontos quentes associados aos contatos
deia inicial era atuar nas subestações seguindo sua ordem de
fixos com móveis e às articulações nas chaves seccionadoras,
criticidade determinada. No entanto, devido à logística das
incluindo todos os graus de criticidade (imediato, programado
equipes e da disposição do material, as atuações iniciaram nas
e não-programado)
subestações Pombal (PBL) e Cajazeiras (CJZ).
TIPO 2: todos os pontos quentes associados a conectores,
O cronograma foi reajustado com o intuito de se adequar ao
conexão de células capacitivas, pinos das buchas dos equipa-
planejamento de manutenção de equipamentos em subestações
mentos, corpos dos equipamentos e cabos condutores, incluin-
vigente naquele ano e conforme as execuções das manutenções
do todos os graus de criticidade (imediato, programado e não-
preditivas/preventivas pode-se aproveitar as equipes na execu-
programado)
ção das substituições das conexões nas subestações. Ressalta-
Concluído este levantamento, base de todo o trabalho, foi
se ainda que, em paralelo, também há o trabalho de adequação
elaborado um ranking das subestações e calculada a média de
das conexões durante as correções dos pontos quentes críticos
pontos quentes em cada instalação. Foi levado em considera-
identificados ao longo das inspeções conforme critérios já
ção que aqueles pontos quentes definidos como Contato Fixo
mencionados. As novas subestações mais recentes também já
com Móvel e Articulação (tipo 1) não sofreriam atuações e,
estão sendo construídas levando-se em consideração a adequa-
portanto não poderiam ser considerados como possíveis pontos
ção das conexões aqui descrita.
de redução do problema no projeto. As medidas a serem ado-
tadas na redução de pontos quentes, neste momento, terão im-

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F. Análises e Resultados, Custos e Benefícios TABELA III
MATERIAIS ADEQUADOS QUE DEVEM SER UTILIZADOS NAS CONEXÕES E CABOS.
TIPO DE CONECTOR DETALHAMENTO
Com a técnica tradicional de “limpar e apertar” se efetua Mais comuns nos religadores.
procedimentos para corrigir conexões frouxas e contatos po- Os pinos das buchas dos reli-
bres, e desta forma, todas as conexões, pontos e junções de gadores são de cobre, sendo
PINO-CABO
contato, recebem fisicamente manutenção, necessitando ou necessária, neste caso, a utili-
não. Geralmente esse procedimento não permite determinar se zação do cabo de cobre para a
a falha foi corrigida. O diferencial das ações aqui previstas é devida adequação
proporcionar o desaparecimento dos pontos quentes nas cone- Utilizados para evitar a substi-
xões. tuição do condutor de descida.
As variações térmicas sofridas pelos elementos elétricos Aqui seria a aplicação do cha-
também podem ter temperaturas originadas pela energia infra-
PINO-CHAPA pa-chapa entre o equipamento
pino-chapa e o chapa-cabo as-
vermelha existente na superfície do elemento. Elas podem ser
sociado ao condutor de descida
causadas por: incremento da resistência, uma vez que a energia
em questão
térmica gerada por um componente elétrico é diretamente pro-
Mais comuns em disjuntores,
porcional ao quadrado da corrente multiplicado pela resistên-
chaves e alguns religadores.
cia, flutuação da carga, harmônicos, aquecimento indutivo, Nestes casos, a adequação será
convecção, capacitância térmica e evaporação. CHAPA-CABO necessária quando da utilização
Em relação às causas relacionadas com as diferenças na do cabo de alumínio visto que
temperatura real apenas três indicam problemas em um sistema as chapas destes equipamentos
elétrico: incremento da resistência, harmônicos e aquecimento são de cobre.
por indução. As restantes farão mudanças reais de temperatura
na superfície do componente, mas não indicam falhas elétricas. Com este projeto espera-se reduzir cerca de 30% a média
As conexões entre condutores e equipamentos através de de pontos quentes das subestações, quando da conclusão das
terminais devem ser termicamente compatíveis, para se evitar medidas a serem efetivadas, prevendo atuações nas anomalias
efeito galvânico, evitando-se corrosões entre os materiais, o aqui classificadas como tipo 2. Espera-se que esta redução
que provoca resistência, dificultando a passagem da corrente acarrete também, de forma proporcional, uma redução nos
elétrica e consequentemente aquecimento indesejado. Uma custos atuais de manutenções corretivas e dos riscos de desli-
conexão parafusada com incremento de resistência provoca gamentos intempestivos do sistema de distribuição 69 kV, a-
calor e este se dirige a barra condutora. lém da otimização dos recursos, visto que as equipes ficarão
Com a termografia se focalizam os problemas que devem mais disponíveis para atuarem nas manutenções preditivas e
ser corrigidos utilizando as técnicas convencionais e podendo preventivas.
encontrar outros problemas que em circunstancias normais não A média de pontos quentes realizada em 2011 foi 19 pontos
seriam detectados. Dado que a termografia infravermelha é um (incluindo todos os pontos tipos I e II detectados) por subesta-
meio que permite identificar, sem contato algum, componentes ção e com este projeto pretende-se reduzir a média para 13
elétricos e mecânicos mais quentes do que deveriam estar, pontos quentes. Atualmente, resultante das ações que vem sen-
constituindo provavelmente uma área de falha e indicando do realizadas em paralelo quando da retirada dos pontos quen-
também perdas excessivas de calor, provavelmente uma falha tes detectados nas inspeções realizadas e após 100% de ade-
de um defeito isolado. quação das conexões em 08 subestações, o valor atual da mé-
A ideia deste projeto é providenciar a adequação das cone- dia de pontos quentes dos últimos 12 meses já caiu para 11,4.
xões das subestações mais críticas no que diz respeito a pontos
quentes, tipo 2, tendo como referências o tipo de cabo do bar-
ramento da instalação em questão e os pinos das buchas de
cada equipamento, os quais são, na maioria das vezes, de co-
bre. As medidas aqui propostas consistem na adequação das
conexões se utilizando dos tipos de conectores terminais corre-
tos, sendo estes associados às chaves e equipamentos das sub-
estações: pino-cabo, pino-chapa ou chapa-cabo, sendo este
último a grande maioria no sistema da Energisa. Na tabela IV
são apresentadas as principais ações a serem tomadas em cada
caso específico.

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novo conector de material ainda incompatível com o condutor
em uso. As novas subestações da Energisa já estão sendo cons-
truídas levando-se em consideração esta adequação de todas as
suas conexões.

IV. REFERÊNCIAS
[1] dos Santos, Laerte; Bortoni, Edson C.; Barbosa, Luiz C.; Araújo, Reyler
A.; Centralized vs. decentralized thermal IR inspection policy: Experi-
ence from a major Brazilian electric power company; Conference 5782
Thermosense XXVII Proceedings of SPIE, vol. 5782, 2005.
[2] Newport, Ron; Electrical System Reliability utilizing Infrared Thermog-
raphy; Newport Solutions 2002
[3] Lucier, R.; How to Guarantee Your Failure as an Infrared Thermogra-
pher; InfraMation 2002
[4] Madding, R. P.; Leonard, K.; Orlove, G. L.; Important measurements
that support IR surveys in substations; InfraMation 2002
[5] Lyon Jr., B. R.; Orlove, G. L.; Peters, D. L.; The relationship between
current load and temperature for quasisteady state and transient condi-
tions; InfraMation 2002
Fig. 3: Ilustração dos tipos de pontos quentes tipo 1(vermelho) e tipo 2(verde) [6] J. Frate, D. G.; R. Vilandré, R. D.; Evaluation of overhead line and
numa subestação. joint performance with high-definition thermography; IEEE 2000
[7] Tavares, S. G.; Andrade, R. M.; Metodologia de Ensaio e Análise de
Incerteza na Aplicação da Termografia; Metrologia 2003
[8] Veratti, A. B.; Termografia – Princípios e Aplicações; AGA 1984
III. CONCLUSÕES [9] PRE-012-2005 – Procedimento de Execução – Inspeção Termográfica
em Subestações, Energisa, 2005.
A decisão da Energisa em desenvolver um projeto com o
objetivo de reduzir pontos quentes por subestação tem como
base uma experiência já realizada em duas de suas subestações V. BIOGRAFIA
nos anos de 2008 e 2010, onde se obteve bons resultados a
baixos custos. Foram avaliadas as reincidências de variações Danielly Formiga P. de Moura nasceu em João
de temperatura em função da corrente aplicada em conectores Pessoa-PB, Brasil. Recebeu os
títulos de B.Sc. e M.Sc. em Engenharia Elétrica
elétricos, quando não são observadas as condições de compa- pela Universidade Federal
tibilidade de metais e, constatado o problema, quando da apli- de Campina Grande (UFCG), em 2001 e 2003,
cação de conectores chapa-cabo bimetálico com condutores de respectivamente. Desde 2004 é engenheira eletri-
cista na concessionária de distribuição do Estado
alumínio. da Paraíba - Energisa Paraíba, sendo no período
Conforme resultados preliminares já obtidos, constatou-se entre 2004 e jun/2011 na área de operação do
que se deve observar os tipos de metais envolvidos e ligados sistema e então na área de manutenção do sistema
69 kV até o momento.
junto às emendas/conexões para garantir o seu bom desempe-
nho e conservação, evitando assim as corrosões galvânicas. Tercius Cassius Melo de Morais nascido o em
Estas corrosões podem ocorrer entre condutores e conexões, 09/03/1979. Natural de João Pessoa-PB. Gradu-
bem como, entre condutores e descidas, ou ainda em outros ado em Engenharia Elétrica pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG) em 2003,
trechos na ligação de partes metálicas com o sistema. Além da
MBA em Gestão Empresarial pela Fundação
questão da inadequada interligação de partes metálicas ao sis- Getúlio Vargas (FGV) em 2007 e Mestre em
tema, existe ainda o fator relacionado a condutores com suas Engenharia de Produção pela Universidade
fixações soltas ou com aplicação incorreta do torque. Todas Federal da Paraíba (UFPB) em 2011. Possui
experiência nas áreas de operação e manutenção
essas questões devem ser levadas em consideração na prática de sistemas elétricos, tendo sido Coordenador de
a fim de se evitar/atenuar os pontos quentes Operação (2004-2011) e desde então é Gerente
Através da padronização dos procedimentos, do aprendiza- de Manutenção da Transmissão, experiências na
Energisa Paraíba.
do contínuo e da aquisição e utilização de materiais adequa-
dos, busca-se com este projeto de melhoria, o alcance da má-
xima disponibilidade dos equipamentos e o consequente au-
mento da confiabilidade do sistema com a redução de pontos
quentes no sistema, redução de custos com manutenções corre-
tivas e otimização dos recursos disponíveis. Além disso, é im-
portante ressaltar que o uso de cabos e conexões adequadas
minimiza o surgimento de pontos quentes reincidentes, fato
este que não ocorre no caso da simples substituição por um

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