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DIEGO ZIMMERMANN
Ijuí (RS)
2011
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DIEGO ZIMMERMANN
Ijuí (RS)
2011
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 09
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45
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INTRODUÇÃO
O tema proposto será dividido em dois capítulos, nos quais serão estudados
os seguintes assuntos: da responsabilidade civil do Estado, do dano moral e da
responsabilidade civil frente ao dano moral previdenciário.
suportadas pelo ofendido. A dor não tem preço, mas sua intensidade
pode ser diminuída por meio da retribuição patrimonial.
Nesse mesmo sentido, Carlos Alberto Pereira de Castro (2009, p. 77) entende
que:
Por essa razão, os vícios e negativas indevidas que impedem que o segurado
ou seus dependentes tenham acesso a benefícios previdenciários os quais teriam
direitos, constituem ofensa a necessidade alimentar, causando reflexos no
psicológico do requerente, além de atingir as necessidades vitais básicas,
acarretando, como conseqüência a necessidade de reparar o dano moral.
Justen Filho (2009, p. 273), define ato administrativo como “uma manifestação
de vontade funcional apta a gerar efeitos jurídicos, produzida no exercício da função
administrativa.”
[...] declaração do Estado (ou de quem lhe faça as vezes – como, por
exemplo, um concessionário de serviço público), no exercício de
prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a
controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
Segundo Egon Bockamnn Moreira (2000), citado por Savaris (2011, p. 164) o
principio do contraditório é:
requerente beneficiário, passando a ser vista como obstáculo para o requerente ter
concedido o benefício previdenciário que pretende.
Essa análise administrativa não pode ser apenas formal, sob pena de
se outorgar ao Judiciário a atribuição de apreciar esses
requerimentos. Sob esta ótica, o Judiciário deixaria sua função
precípua de trancar situações litigiosas para se lançar à atividade de
concessão de benefícios. Sutilmente o poder-dever de examinar uma
controvérsia entre as partes é substituído pela tarefa de verificação
do cumprimento dos requisitos pelo interessado. Um processo
administrativo sem conteúdo constitucional de processo implica essa
transferência de atribuições do Poder Executivo para o Poder
Judiciário. O processo de concessão de beneficio conduzido como se
mero procedimento (específico) fosse traz o que traz: uma explosão
de demandas judiciais com a necessidade crescente de aumento de
estrutura do Poder Judiciário para fazer frente a um desafio
aparentemente invencível. (SAVARIS, 2011, p. 171).
Nessa senda, embora o artigo 5°, XXXV, da Constituição Federal refere ser
desnecessário o esgotamento da via administrativa para o ingresso em juízo de
ação previdenciária, a jurisprudência tem firmado o entendimento que a falta de
provocação na esfera administrativa não se confunde com o esgotamento da via
administrativa, devendo o requerente, ao menos fazer o prévio ingresso na esfera
administrativa, para ver preenchido o requisito do interesse de agir.
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Além disso, caso constatado que o agente público agiu com culpa o dolo no
indeferimento da concessão do benefício previdenciário, o Estado poderá ajuizar
ação regressiva contra o servidor a fim de serem ressarcidos os danos causados ao
Estado.
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Nesse caso, sendo possível a cumulação de pedido, o Juízo que julgar a ação
previdenciária principal, será responsável para conhecer o pedido que se refere ao
dano moral.
Desta forma, decai o direito de buscar a reparação por danos morais oriundos
de vícios na concessão de benefícios previdenciários no prazo de 5 anos, contado
da ciência do ato causador do dano.
O valor do dano moral deve buscar uma reposição do status quo ante da
vítima. É claro que não será possível recompô-lo completamente, pois no caso do
benefício previdenciário, trata-se de verbas de caráter alimentar, sendo impossível
reparar a sensação de dor, tristeza, angústia, injustiça em razão da não concessão
do benefício previdenciário. (CAMPOS, 2010).
Theodoro Júnior (2010, p. 44) leciona que o ressarcimento pelo dano moral:
Segundo Caio Mário da Silva Pereira citado por Theodoro Júnior (2010, p.
45), doutrina que a fixação do valor do dano moral se dará da seguinte maneira:
O certo é que não há como medir a dor causada por um vício na concessão
do beneficio previdenciário no momento de maior necessidade por parte do
requerente. Entretanto, tal tarefa recairá sobre o julgador que buscará a equidade no
momento da fixação do valor.
A ementa acima trata de uma remessa de ofício que deferiu indenização por
danos morais a beneficiário, devido ao cancelamento indevido de benefício
previdenciário dificultando o tratamento da autora. No caso em comento foi deferida
a indenização com base no sofrimento passado pela requerente, que por oito anos
passou sem receber o benefício por culpa da burocracia do INSS, sendo que dessa
decisão o INSS, nem mesmo recorreu.
CONCLUSÃO
segurado ou dependente que solicita um benefício não pode ter indeferido por
praticas abusivas ou vícios da Administração Pública, visto que destina a
subsistência da pessoa humana, servindo para custear as necessidades vitais, tais
como moradia, alimentação, saúde, higiene, vestuário, educação.
Por essa razão, os vícios e negativas indevidas que impedem que o segurado
ou seus dependentes tenham acesso a benefícios previdenciários os quais teria
direitos, constituem ofensa aos direitos fundamentais, causando reflexos no
psicológico do requerente, além de atingir as necessidades vitais básicas,
acarretando, como consequência a necessidade de reparar o dano moral. Nesse
sentido, a reparação servirá como forma de coibir a reiteração das práticas abusivas
por parte do INSS.
REFERÊNCIAS
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2009.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito da seguridade social. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2009.
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MEIRELLES, Hely Lopes et al. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. atual. São
Paulo: Malheiros, 2010.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 15. ed. rev. e
atual. São Paulo: Malheiros, 2003.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual prático da previdência social. 12. ed. São Paulo:
Atlas, 2004.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Dano moral. 7. ed. atual. e ampl. Belo Horizonte:
Del Rey, 2010.
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______. Lei 10.258/01. 12. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2011.