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Lima

Teologia Pastoral Dados: 2019.06.01 19:01:42 -04'00'

Questões sobre Teologia Pastoral

As questões abaixo visam levar ao exercício de reflexão sobre o batismo cristão.


Verificar como pensaríamos em ministrar o batismo para neófitos em situações muito
diferentes das que costumamos lidar. Verificar se pensamos o batismo conectado a regras,
ou, doutrinas da igreja, ou se ele permanece vinculado a confissão de fé em uma
experiência de conversão pessoal com Cristo.
Então, vamos às questões:

Primeira questão.

Certo homem, de nacionalidade marroquina, resolve investir no Brasil para


expandir seus negócios. Tal investimento tornou-se muito rentável e ele decide mudar
para o Brasil com sua família.
Certo dia, ao passar perto de uma igreja evangélica, atraído pela bela música lá
executada pelo coral e orquestra, resolve entrar. A mensagem pregada toca o seu coração
e ele aceita a Jesus como Salvador e Senhor de sua vida. Deixa, então, a religião islâmica
e abraça a fé cristã. No entanto, mantém segredo sobre sua conversão a sua família.
É matriculado na classe de catecúmenos e manifesta seu desejo de batismo.
O pastor da igreja ao conversar com o recém convertido sobre sua decisão, descobre
que ele tem Duas Esposas.
Pergunta
• Batizar ou não o ex muçulmano sabendo que pela lei de seu país e pela religião
islâmica, sob a qual se casou, ele pode ter mais de uma esposa?
• Qual a solução que você propõe para tal questão?
• Batizar uma pessoa que tem duas mulheres, quando na igreja só existem casais
monogâmicos e que a bíblia diz que o homem deve ser marido de uma só mulher?

Segunda questão.

Senhor Carlos Eduardo, empresário, casado há mais de 20 anos com a Sra. Adriana,
também empresária, pais de um casal de filhos, Carlos Jr de 18 anos e Valentina de 17
anos.
A convite de um amigo cristão, Carlos e família vão a um culto e decidem entregar
a vida a Cristo. Tornam-se cristãos.

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Dados: 2019.06.01 19:00:00 -04'00'
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Em seu processo de discipulado em preparo para o batismo, o pastor quer conhecer


os novos membros. Em conversa com Carlos e Adriana descobrem que são empresários.
Ao perguntar sobre que ramo trabalham obtém a seguinte informação.
Senhor Carlos atua no ramo do comércio. Dono, por herança de família, de uma
rede de 15 lojas que vendem artigos de Umbanda e Candomblé, somando mais de 100
funcionários. Está nesse ramo há muitos anos.
A esposa Adriana, também empresária, herdou de família 5 lojas que vendem
artigos religiosos da Igreja Católica. Também está nesse ramo há muitos anos.
Tanto Carlos quanto Adriana são filhos únicos, não têm irmãos e os pais já
faleceram.
Pergunta
• Você, como pastor, batizaria essa família?
• Como lidaria com membros na sua igreja que trabalham com esse ramo de
comércio?

Resposta às questões de Teologia Pastoral

Primeira questão.

Em ambas questões, estamos diante de situações que envolvem aspectos, cultural,


jurídico, econômico e religioso.
A resposta é subjetiva. Depende de como cada um vê essas situações, certamente,
pelo entendimento e visão de cada um, levando em conta sua subjetividade e vivência
pastoral nas igrejas.
Temos que considerar que em ambas as questões há o envolvimento de vidas
humanas e isso deve ser considerado como primordial.
O marroquino tem família, constituída por duas esposas e filhos. Esses filhos são
os herdeiros dos negócios da família no Brasil. Precisamos considerar:
a) Se o marroquino se divorciar de uma das esposas, por ter se convertido ao
cristianismo, não estaria infringindo a lei do país sob a qual contraiu o casamento?
b) Estaria certo um Cristão infringir a lei de seu país por causa da sua fé em Cristo?
c) E a família da esposa que foi repudiada com o divórcio, digo seus pais, sogros do
marroquino, como veriam essa situação?
d) Pela lei do Brasil ele (o marroquino) pagaria pensão alimentícia. É viável, em
nome da fé em Cristo, desfazer uma família já constituída com filhos e bens?

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e) Que impacto cultural e social, (em relação a família da repudiada) isso traria?
f) Que impacto econômico, pela lei brasileira de partilha de bens, isso traria ao
marroquino que terá que dividir os bens com a esposa repudiada por causa da fé
em Cristo?
g) Ainda tem o sentimental dos filhos, como esses ficariam ao saber que os meio
irmãos voltariam para o país de origem com sua mãe repudiada por seu pai ter
abraçado uma outra fé? Considera-se que aconteceria a quebra de laços afetivos
entre o pai e os filhos que iriam embora do Brasil.
O marroquino teve uma experiência de real conversão, mas a sua família não. Isso
deve ser considerado. Ganhar a família do marroquino para Cristo deve ser considerado.

Segunda questão.
Na segunda questão, bem diferente da primeira, pesam mais as situações, religiosa,
jurídica e econômica. Aqui temos uma família que está em consonância ou dissonância
na questão religiosa. Ora, se Carlos é empresário vendendo artigos religiosos de Umbanda
e Candomblé, herdado de família, provavelmente ele já é praticante ou da Umbanda ou
do Candomblé. Isso é fato.
Sua esposa, Adriana, está no ramo da prática cristã ao vender artigos religiosos da
Igreja Católica – também herdado de família – ou seja, livros, bíblias, imagens de santos
etc. Deduz-se que ela seja católica, batizada, crismada e praticante do catolicismo
frequentando missas e comungando e participando ativamente dos sacramentos da Igreja.
Ou seja, deduz-se que Adriana seja cristã católica.
E os filhos, Carlos Jr e Valentina? Provavelmente, divididos nessa questão. Para
estes a conversão dos pais ao protestantismo foi bem vista, pois coloca um ponto final na
questão religiosa da divisão que há dentro de casa. Considera-se, portanto, que toda a
família passa por uma experiência de fé que redundará em sua conversão a Cristo,
abraçando o protestantismo em uma igreja evangélica.
Para os filhos do casal, Carlos Jr e Valentina, a situação religiosa encontra um ponto
final, pois agora toda a família está confessando uma única fé. Todos da família passaram
pela mesma experiência de fé em Cristo. Chegamos a um ponto pacífico na questão.
Agora todos poderão professar sua fé em Cristo através do batismo.
Mas, o que fazer com os negócios da família? Vão renunciar a tudo por causa da fé
em Cristo? Seria esse o argumento mais razoável? E o que fazer com as mercadorias das

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lojas? Seria simplesmente quebrar, exorcizar e jogar tudo fora? Sem contar com os
imóveis que são as lojas.
Lembre-se que Carlos tem 15 lojas de artigos religiosos de Umbanda e Candomblé,
que herdou de seus pais, que não estão vivos e não têm irmãos para passar o negócio e se
arriscar em outro. Os herdeiros de Carlos são os filhos, cujo um deles é maior de idade.
Deve-se levar em consideração que os bens que a família possui, como carro, casa,
roupas, educação dos filhos etc., tudo foi e é pago com o dinheiro dos negócios da família
que Carlos herdou de seus pais. Leve-se em conta também que há fornecedores e
empregados que já trabalham há anos com Carlos.
E o que falar de Adriana? Vai renunciar a sua herança de família, suas lojas das
quais ajuda a sustentar sua família e paga suas contas?
Então, seria razoável ao pastor propor a Carlos para mudar de ramo e ficar socio de
sua esposa vendendo imagens de santos da igreja católica, bem como outros artigos
religiosos?
Como os demais membros da igreja veriam essa situação? Irmãos da igreja que
vendem imagens de santos, ou artigos religiosos.
O fato é que tal mudança levaria tempo. Levaria tempo para Carlos e Adriana
mudarem seus negócios, se adaptarem a um novo ramo, mudarem de fornecedores,
verificarem a situação dos imóveis, ajustarem os possíveis problemas com funcionários,
pois, muitos destes provavelmente seriam da Umbanda, Candomblé e Católicos.
Teriam que ter o cuidado para não serem denunciados por praticar intolerância
religiosa, caso fossem mudar o quadro de funcionários por agora serem evangélicos e
estarem atuando num outro ramo e contratarem, ou não, pessoas da igreja, “abençoando-
as” com uma porta de emprego que “Deus abriu”.

Conclusão

São situações complexas e não são fáceis de se lidar e muito menos de responder.
Cabem muita subjetividade de quem vai lidar com elas. No entanto, em nossa opinião, o
batismo não deve NUNCA ser negado, pois ele é uma confissão de fé pública na pessoa
de Jesus Cristo e o mesmo só deve ocorrer após a experiência de fé pessoal com Cristo.
O Batismo não pode e não deve estar atrelado a questões doutrinárias da Igreja, ou
seja, será batizado que estiver cumprindo tal e tal regra, que podemos chamar de doutrina
específica de uma denominação ou uso e costume.

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É importante que o Pastor exerça o discipulado, a luz da Sagrada Escritura, para


que o neófito esteja esclarecido do real significado do batismo, entendendo este ato e o
que ele implicará na sua vida. Por isso é importante o acompanhamento pastoral dos
neófitos da fé, antes e depois do batismo.
Sobre os dois casos especificados, é importante que a igreja e o pastor entendam
que a igreja passa por mudanças de tempo e tempos de mudança. O protestantismo de
hoje, em sentido geral, abarca igrejas históricas e neopentecostais. Esse assunto é muito
amplo e requer um estudo específico, mas quero salientar que a igreja dos anos 70, 80 e
90 do século XX não são como as de hoje. Houve mudanças de tempo e por isso a igreja
precisa enxergar a necessidade de tempos de mudança em seu seio.
Ora, com certeza, as duas questões aqui elencadas se acontecessem de fato a 40, 30
e até 20 anos atrás, seriam respondidas, por alguns pastores com a resposta que o
marroquino e a família de Carlos e Adriana teriam que "ajeitar" ou "consertar" suas vidas
para que pudessem receber o batismo e tornarem-se membros da Igreja de Cristo.
Ao nosso entender, seria uma forma de condicionar o batismo que está, a luz da
Sagrada Escritura, conectado a experiência pessoal de salvação em Cristo. Para os dois
casos em questão, como dissemos, há situações específicas envolvidas e que requerem
atenção especial do pastor.
Não se deve NUNCA esquecer, que uma alma para Deus e seu reino é muito
preciosa. A mesma não pode ser perdida por questões dogmáticas e por costumes ou
regras doutrinárias denominacionais.

Uma nova questão


Vamos pensar que os dois casos ocorrem em igrejas diferentes, para complicar
menos, e que o Pastor de cada igreja resolva batizar o marroquino e a família de Carlos.
O marroquino é batizado, Depois de algum tempo ele traz a família para a igreja,
digo no sentido de todos aceitarem a Jesus como Salvador e Senhor. Imaginemos, duas
esposas e quatro filhos, dois de cada uma. Como seria, agora, essa questão em relação ao
convívio dos irmãos da igreja com essa família?
No segundo caso, toda a família de Carlos está na igreja e recebeu o batismo, no
entanto, Carlos e Adriana resolveram continuar no mesmo ramo de negócios por questões
contratuais com fornecedores. Como os irmãos da igreja lidariam com essa situação?

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Na sua opinião, como os pastores deveriam lidar com essas situações? Considere,
pois, que agora toda a igreja está sendo envolvida em sua visão em relação aos novos
irmãos em Cristo.

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