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Lima
Primeira questão.
Segunda questão.
Senhor Carlos Eduardo, empresário, casado há mais de 20 anos com a Sra. Adriana,
também empresária, pais de um casal de filhos, Carlos Jr de 18 anos e Valentina de 17
anos.
A convite de um amigo cristão, Carlos e família vão a um culto e decidem entregar
a vida a Cristo. Tornam-se cristãos.
Primeira questão.
e) Que impacto cultural e social, (em relação a família da repudiada) isso traria?
f) Que impacto econômico, pela lei brasileira de partilha de bens, isso traria ao
marroquino que terá que dividir os bens com a esposa repudiada por causa da fé
em Cristo?
g) Ainda tem o sentimental dos filhos, como esses ficariam ao saber que os meio
irmãos voltariam para o país de origem com sua mãe repudiada por seu pai ter
abraçado uma outra fé? Considera-se que aconteceria a quebra de laços afetivos
entre o pai e os filhos que iriam embora do Brasil.
O marroquino teve uma experiência de real conversão, mas a sua família não. Isso
deve ser considerado. Ganhar a família do marroquino para Cristo deve ser considerado.
Segunda questão.
Na segunda questão, bem diferente da primeira, pesam mais as situações, religiosa,
jurídica e econômica. Aqui temos uma família que está em consonância ou dissonância
na questão religiosa. Ora, se Carlos é empresário vendendo artigos religiosos de Umbanda
e Candomblé, herdado de família, provavelmente ele já é praticante ou da Umbanda ou
do Candomblé. Isso é fato.
Sua esposa, Adriana, está no ramo da prática cristã ao vender artigos religiosos da
Igreja Católica – também herdado de família – ou seja, livros, bíblias, imagens de santos
etc. Deduz-se que ela seja católica, batizada, crismada e praticante do catolicismo
frequentando missas e comungando e participando ativamente dos sacramentos da Igreja.
Ou seja, deduz-se que Adriana seja cristã católica.
E os filhos, Carlos Jr e Valentina? Provavelmente, divididos nessa questão. Para
estes a conversão dos pais ao protestantismo foi bem vista, pois coloca um ponto final na
questão religiosa da divisão que há dentro de casa. Considera-se, portanto, que toda a
família passa por uma experiência de fé que redundará em sua conversão a Cristo,
abraçando o protestantismo em uma igreja evangélica.
Para os filhos do casal, Carlos Jr e Valentina, a situação religiosa encontra um ponto
final, pois agora toda a família está confessando uma única fé. Todos da família passaram
pela mesma experiência de fé em Cristo. Chegamos a um ponto pacífico na questão.
Agora todos poderão professar sua fé em Cristo através do batismo.
Mas, o que fazer com os negócios da família? Vão renunciar a tudo por causa da fé
em Cristo? Seria esse o argumento mais razoável? E o que fazer com as mercadorias das
lojas? Seria simplesmente quebrar, exorcizar e jogar tudo fora? Sem contar com os
imóveis que são as lojas.
Lembre-se que Carlos tem 15 lojas de artigos religiosos de Umbanda e Candomblé,
que herdou de seus pais, que não estão vivos e não têm irmãos para passar o negócio e se
arriscar em outro. Os herdeiros de Carlos são os filhos, cujo um deles é maior de idade.
Deve-se levar em consideração que os bens que a família possui, como carro, casa,
roupas, educação dos filhos etc., tudo foi e é pago com o dinheiro dos negócios da família
que Carlos herdou de seus pais. Leve-se em conta também que há fornecedores e
empregados que já trabalham há anos com Carlos.
E o que falar de Adriana? Vai renunciar a sua herança de família, suas lojas das
quais ajuda a sustentar sua família e paga suas contas?
Então, seria razoável ao pastor propor a Carlos para mudar de ramo e ficar socio de
sua esposa vendendo imagens de santos da igreja católica, bem como outros artigos
religiosos?
Como os demais membros da igreja veriam essa situação? Irmãos da igreja que
vendem imagens de santos, ou artigos religiosos.
O fato é que tal mudança levaria tempo. Levaria tempo para Carlos e Adriana
mudarem seus negócios, se adaptarem a um novo ramo, mudarem de fornecedores,
verificarem a situação dos imóveis, ajustarem os possíveis problemas com funcionários,
pois, muitos destes provavelmente seriam da Umbanda, Candomblé e Católicos.
Teriam que ter o cuidado para não serem denunciados por praticar intolerância
religiosa, caso fossem mudar o quadro de funcionários por agora serem evangélicos e
estarem atuando num outro ramo e contratarem, ou não, pessoas da igreja, “abençoando-
as” com uma porta de emprego que “Deus abriu”.
Conclusão
São situações complexas e não são fáceis de se lidar e muito menos de responder.
Cabem muita subjetividade de quem vai lidar com elas. No entanto, em nossa opinião, o
batismo não deve NUNCA ser negado, pois ele é uma confissão de fé pública na pessoa
de Jesus Cristo e o mesmo só deve ocorrer após a experiência de fé pessoal com Cristo.
O Batismo não pode e não deve estar atrelado a questões doutrinárias da Igreja, ou
seja, será batizado que estiver cumprindo tal e tal regra, que podemos chamar de doutrina
específica de uma denominação ou uso e costume.
Na sua opinião, como os pastores deveriam lidar com essas situações? Considere,
pois, que agora toda a igreja está sendo envolvida em sua visão em relação aos novos
irmãos em Cristo.