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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

AULA DEMO
(07/10/13)

Prezado(a) aluno(a),

Meu nome é Armando Mercadante. Sou Procurador do Estado de


Minas Gerais e professor de Direito Administrativo em cursos
preparatórios para concursos públicos, além de ser autor dos livros
“Direito Administrativo – vol. 3 – coleção informativos comentados” e
“Coleção CESPE Questões Comentadas – Direito Administrativo”,
ambos publicados pela editora JusPODIVM.

Para aqueles que não me conhecem, adoto um estilo de aula bem


objetivo, buscando redigir textos sem excessos, elaborados apenas
com o que de fato interessa para você que precisa conciliar tempo
com muita matéria.

As aulas terão em média 50 páginas, nas quais abordarei o conteúdo


programático de Direito Administrativo para o cargo de Analista
Judiciário, área administrativa, constante do edital elaborado pela
banca Fundação Carlos Chagas – FCC para o concurso do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região, focando teoria, jurisprudência e
questões de provas comentadas.

O presente curso será desenvolvido de acordo com o seguinte


cronograma:

AULA DEMO

1 Administração pública: princípios básicos.

AULA 1

2 Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder


regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder.

3 Processo administrativo (Lei nº 9.784/99): das disposições gerais; dos


direitos e deveres dos administrados.

AULA 2

4 Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação


e convalidação; discricionariedade e vinculação.

5 Lei nº 8.429, de 2/6/92: das disposições gerais; dos atos de improbidade


administrativa.

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AULA 3

6. Serviços Públicos: conceito e princípios;

7. Contratos administrativos: Características. Formalização e fiscalização


do contrato. Aspectos orçamentários e financeiros da execução do contrato.
Sanção administrativa. Equilíbrio econômico-financeiro. Garantia
contratual. Alteração do objeto. Prorrogação do prazo de vigência e de
execução.

AULA 4

8. Licitações: Lei nº 8.666/93: Conceito, finalidade, princípios, objeto,


obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedações, modalidades,
procedimentos, anulação e revogação, sanções, pregão presencial e
eletrônico, sistema de registro de preços. Lei nº 10.520/2002.

AULA 5

9. Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos.

10. Lei nº 8.112/90 (parte 1)

AULA 6

10. Lei 8.112/90 (parte 2)

AULA 7

10. Lei 8.112/90 (parte 3)

Desejo-lhe muita sorte e espero que faça um ótimo proveito do


curso.

Grande abraço!

Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br

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PONTO 1
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ÃO

Trata-se de tema de grande abrangência, pois seu estudo implica na


análise de legislação, doutrina e jurisprudência.

Portanto, arregace as suas mangas e entre de cabeça na análise dos


princípios administrativos para garantir esse precioso ponto no dia de
sua prova.

Vamos lá...

A primeira lição que eu passo para meus alunos, quando do estudo


dos princípios, diz respeito à existência de princípios expressos e
de princípios implícitos (estes também são denominados de
princípios reconhecidos).

Para compreender esse tema, responda à seguinte pergunta: o


princípio da proporcionalidade é um princípio expresso?

Se você respondeu que sim, errou! Se respondeu que não, também


errou! rs.... Você não tem como responder a indagação acima!

Não faz sentido perguntar se determinado princípio é expresso ou


implícito sem indicação de uma referência. Melhor explicando, a
banca tem que demonstrar na pergunta se quer saber se o princípio é
expresso ou implícito relativamente à Constituição Federal, a uma
lei “X” ou ao ordenamento jurídico (expressão que engloba todas
as leis do país).

Então vou reformular a pergunta: o princípio da proporcionalidade é


expresso na Constituição Federal?

Agora sim.... resposta ... não, pois ele não consta explicitamente do
texto da CF, tratando-se de princípio implícito relativamente a ela.

Agora, se eu lhe pergunto se o princípio da proporcionalidade é


expresso na Lei 9.784/99 (Lei de Processo Administrativo), a resposta
é sim, pois consta expressamente em seu art. 2º.

A propósito, veja a redação desse art. 2º: “a Administração Pública


obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência”.

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Todos esses princípios listados no dispositivo reproduzido são


expressos relativamente à Lei 9.784/99, mas alguns deles não são
expressos no que se refere à CF, como, por exemplo, o da
razoabilidade e o da proporcionalidade.

Dessa forma, muito cuidado no dia da prova com questões


envolvendo princípios implícitos e expressos.

Pois bem, destacada a importância de se diferenciar princípios


expressos dos implícitos, vamos conhecer os princípios expressos da
Administração Pública que constam do art. 37 da CF.

São eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade


e Eficiência.

Se você gosta de usar macetes para as provas, decore tais princípios


utilizando-se da expressão “LIMPE”, formada pelas iniciais de cada
um dos princípios indicados.

Quanto aos princípios implícitos relativamente à Constituição Federal,


a lista varia de autor para autor, mas vou indicar os principais:
supremacia do interesse público sobre o privado;
indisponibilidade do interesse público; proporcionalidade;
razoabilidade; segurança jurídica; tutela; autotutela;
presunção de legitimidade ou de veracidade; especialidade;
hierarquia; continuidade do serviço publico e motivação.

Então, num primeiro momento, vamos estudar aos princípios


expressos no art. 37 da Constituição Federal.

1. PRINCÍPIOS EXPRESSOS

1.1. LEGALIDADE

- Ampliação da noção de legalidade

Conforme lição de Maria Sylvia Di Pietro1, “este princípio, juntamente


com o de controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu
com o Estado de Direito e constitui uma das principais garantias de
respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo
em que os define, estabelece também os limites da atuação
administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais
direitos em benefício da coletividade”.
1
Direito Administrativo. 22ª edição. Editora Atlas. p. 63.

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Além disso, é importante que você não mais se contente com o


conceito de legalidade restrito simplesmente à observância às leis.

Essa noção está ultrapassada, pois o respeito à legalidade implica


na obediência a leis, a princípios e a valores.

Grave: LEGALIDADE = LEIS + PRINCÍPIOS + VALORES2.

O princípio da legalidade assume uma abrangência maior exigindo


submissão ao Direito.

Vou dar um exemplo: determinado fiscal entra num supermercado no


exercício de sua função e identifica uma lata de milho verde com a
validade vencida. Suponhamos que a lei determine o seguinte: no
caso de mercadoria com validade vencida o fiscal poderá: a) advertir
por escrito o estabelecimento; b) aplicar multa; c) interditar o
estabelecimento. No meu exemplo o fiscal interditou o supermercado
por causa de uma lata de milho verde vencida. Pergunto: ele agiu de
acordo com a lei? Numa interpretação isolada, restrita, sim, pois a lei
prevê a hipótese de interdição. Faço nova pergunta: sua conduta está
de acordo com o princípio da legalidade? Não, pois foi uma atividade
desproporcional. Ele feriu o princípio da proporcionalidade. Apesar de
o ato seguir a lei, ele será ilegal por ofensa a princípio.

Com isto, promove-se uma modificação na compreensão da


expressão ordenamento jurídico, antes associada apenas às leis e
agora também aos princípios e aos valores. Essa noção corresponde
ao que alguns autores e o STF denominam de bloco de legalidade.

- Atuação do administrador público x atuação do particular

É importante também ficar atento na prova com aquela comparação


que os doutrinadores fazem entre a conduta do administrador público
e a do particular: enquanto os indivíduos no campo privado
podem fazer tudo o que a lei não proíbe (autonomia de

2
No preâmbulo da Constituição Federal de 1988, como também em outros dispositivos (art. 1º ao 4º), há
menção a valores a que estão submetidos o Estado: “...para instituir um Estado Democrático, destinado a
assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e
sem preconceitos...”.

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vontade - princípio da vinculação negativa), o administrador


público só pode fazer o que ela permite, agindo de acordo com
seus comandos (agir secundum legem3 – princípio da
vinculação positiva).

Isso significa que não existe autonomia de vontade nas relações


firmadas pela Administração Pública, uma vez que aos agentes
públicos só é permitido fazer o que a lei determina.

Na Administração Pública não há liberdade nem vontade


pessoal, pois as condutas dos agentes públicos não são norteadas
pelas suas vontades pessoais, mas sim pelas normas que regem o
ordenamento jurídico.

Utilizando-se de exemplo para melhor esclarecer: o agente fiscal da


vigilância sanitária não pune determinado estabelecimento comercial
por vontade própria, mas sim por constar em lei regra que lhe
imponha essa conduta.

- Proibição de imposição de deveres e de criação de direitos


por meio de atos administrativos

É preciso também destacar que o princípio da legalidade veda que a


Administração Pública, por meio de atos administrativos (exs:
portarias, resoluções, instruções normativas...), crie direitos e
obrigações de qualquer espécie, bem como imponha vedações aos
administrados, sem que haja uma lei prévia autorizativa.

Essa ideia é extraída do art. 5º, II, da CF, cujo conteúdo preceitua
que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei”.

Como exemplos: o exame psicotécnico em concursos públicos só


pode ser exigido se houver previsão em lei da sua obrigatoriedade,
não bastando a simples exigência no edital. O mesmo raciocínio vale
para imposição de altura ou de idade mínima para os candidatos. Da
mesma forma, um tributo só poderá ser cobrado se estiver previsto
em lei.

Na lição de Celso Antônio Bandeira de Mello4: “nos termos do art. 5º,


II, ‘ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
3
Com base no princípio da legalidade, o agente público só pode atuar secundum legem, ou seja, de
acordo com a lei, sendo-lhe vedado agir contra legem (contrário à lei) ou praeter legem (além da lei).
4
Curso de Direito Administrativo. 26ª edição. Malheiros Editores. p 103.

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senão em virtude de lei’. Aí não se diz ‘em virtude de’ decreto,


regulamento, resolução, portaria ou quejandos. Diz-se ‘em virtude de
lei’. Logo, a Administração não poderá proibir ou impor
comportamentos algum a terceiro, salvo se estiver previamente
embasada em determinada lei que lhe faculte proibir ou impor algo a
quem quer que seja. Vale dizer, não lhe é possível expedir
regulamento, instrução, resolução, portaria ou seja lá que ato for
para coartar a liberdade dos administrados, saldo se em lei já existir
delineada a contenção ou imposição que o ato administrativo venha a
minudenciar”.

1.2. IMPESSOALIDADE

Você deve analisar esse princípio associando-o aos seguintes


aspectos:

• à finalidade pública;
• ao princípio da isonomia;
• à vedação de promoção pessoal pelos agentes públicos;
• ao princípio da imputação volitiva.

Analisaremos cada uma dessas facetas:

- Associado à finalidade pública:

Quando o agente público exerce sua função administrativa, ele utiliza


de seus poderes como instrumentos destinados ao atendimento
do interesse público.

Dessa forma, o agente público deve perseguir a finalidade


expressa ou implícita na lei, não promovendo perseguições ou
favorecimentos aos administrados e aos próprios integrantes
do quadro de pessoal do Estado.

Maria Sylvia Di Pietro cita como exemplo desse aspecto do princípio


da impessoalidade o art. 100 da Constituição Federal, que trata dos
precatórios judiciais: “os pagamentos devidos pelas Fazendas
Públicas Federais, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este
fim”.

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Justamente por conta desse raciocínio é que autores e bancas fazem


a associação entre o princípio da impessoalidade ao princípio da
finalidade.

Inclusive, já foi objeto de concurso público questão indagando dos


candidatos se o princípio da impessoalidade é previsto expressamente
na Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo federal.
Perguntou-se isso porque no art. 2º5 dessa lei há menção expressa ao
princípio da finalidade.

Diante dessa questão, duas respostas mostram-se adequadas:

1) o princípio da impessoalidade não foi previsto expressamente na


referida norma, porém nela está representado pelo princípio da
finalidade;

2) o princípio da impessoalidade não foi previsto expressamente na


referida norma, porém nela está implicitamente contido no art. 2º,
parágrafo único, inciso III: “objetividade no atendimento do interesse
público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades”.

Outra demonstração da presença implícita desse princípio na


referida lei decorre das normas contidas nos arts. 18 a 21, que
contém regras sobre impedimento e suspeição nos processos
administrativos federais:

Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o


servidor ou autoridade que:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II - tenha participado ou venha a participar como perito,
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o
terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento


deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de
atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos
disciplinares.

5
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,
interesse público e eficiência.

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Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou


servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com
algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser


objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

- Associado ao princípio da isonomia:

O segundo aspecto que você deve considerar no seu estudo sobre


princípio da impessoalidade diz respeito à sua associação ao princípio
da isonomia (igualdade).

A Administração Pública, agindo de forma impessoal, deve


tratar com igualdade os administrados que se encontrem na
mesma situação jurídica.

Você deve se lembrar do seu professor do cursinho de Direito


Administrativo ou Direito Constitucional dizendo em sala de aula que
a essência da igualdade é tratar desigualmente os desiguais na
medida de suas desigualdades. Isso ocorre, por exemplo, com a
reserva de vagas para portadores de necessidades especiais nos
concursos públicos.

A realização de licitações e de concursos públicos são também


expressões do princípio da impessoalidade associado à isonomia, pois
oportunidades iguais são conferidas a todos aqueles que
preencherem os requisitos previstos na lei e no edital.

- Associado à vedação de promoções pessoais pelos agentes


públicos:

O princípio também deve ser analisado como uma proibição aos


agentes públicos de que se valham de seus cargos, empregos
ou funções para promoção pessoal ou de terceiros.

Essa regra está prevista no art. 37, §1º, da CF/88, cujo conteúdo
determina que:

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas


dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou
de orientação social, dela não podendo constar nomes,

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símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal


de autoridades ou servidores públicos.

Portanto, determinada obra pública não deve ser associada ao agente


público, mas sim à pessoa jurídica. Por exemplo: “obra realizada pelo
Estado de Minas Gerais” e não “obra realizada pelo Governo Fulano
de tal”.

Não se deve deduzir dessa regra que os agentes públicos não podem
se identificar na prática dos atos administrativos. Pelo contrário, pois
é direito dos administrados exigirem a identificação funcional das
autoridades administrativas, sendo dever destes se identificarem. O
que não pode ocorrer é o agente público buscar sua promoção
pessoal (“tirar proveito da situação”) por meio da vinculação de seu
nome a serviços, programas, obras públicas e etc.

Aplicando-se o princípio sob essa ótica, o STF manifestou-se pela


constitucionalidade do inciso V do artigo 20 da Constituição do Ceará
que veda ao Estado e aos Municípios atribuir nome de pessoa
viva a avenida, praça, rua, logradouro, ponte, reservatório de
água, viaduto, praça de esporte, biblioteca, hospital,
maternidade, edifício público, auditórios, cidades e salas de
aula.

Na visão do ministro relator desse julgado o preceito visa a impedir o


culto e à promoção pessoal de pessoas vivas, tenham ou não
passagem pela Administração. Destacou em seu voto que proibição
similar é estipulada, no âmbito federal, pela Lei n. 6.454/77 (ADI
307, voto do Min. Eros Grau, julgamento em 13-2-08, DJE de 20-6-
08).

- Associado ao princípio da imputação volitiva:

Por fim, o princípio da impessoalidade está atrelado à Teoria do


Órgão, que oportunamente será estudada.

Tal teoria, que se baseia no princípio da imputação volitiva,


preceitua que os atos praticados pelos agentes públicos são
imputados (atribuídos) à pessoa jurídica em nome da qual atua.

Dessa forma, os agentes públicos são instrumentos para


manifestação da vontade da Administração Pública.

Com base na referida teoria, se um servidor público causar prejuízo a


um particular agredindo-o fisicamente a ponto de causar-lhe lesões, a

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ação judicial pleiteando a reparação civil (gastos com uma cirurgia


plástica, por exemplo) será proposta contra o ente público (pessoa
jurídica) em nome da qual agiu o servidor agressor.

Se nesse exemplo o servidor for lotado na autarquia INSS, será


contra esta entidade que a vítima das lesões proporá a ação
indenizatória. Posteriormente, se o INSS suportar algum prejuízo,
ajuizará ação regressiva contra o agente causador dos danos.

Ainda aplicando o princípio da imputação volitiva, merece destaque a


validade dos atos praticados por “funcionários de fato” (“agentes
de fato”), que são aqueles irregularmente investidos na função
pública (ex: servidor que ingressou sem o obrigatório concurso
público), mas cuja situação tem aparência de legalidade.

Atribui-se validade aos seus atos sob o fundamento de que


foram praticados pela pessoa jurídica e com o propósito de
proteger a boa-fé dos administrados.

Imaginem um servidor que foi nomeado sem concurso público e ao


longo dos anos praticou diversos atos. Há uma irregularidade em sua
investidura (ausência de concurso), o que, com base na teoria do
órgão, não invalidará os seus atos se praticados de acordo com o
ordenamento jurídico, pois, conforme já dito, consideram-se
praticados pela pessoa jurídica a qual integra.

1.3 MOR
RALID
DA DE

Vamos agora estudar mais um princípio, dessa vez o da moralidade...

É fundamental que você tenha em mente que a moralidade


constitui requisito de validade de todo ato da Administração
Pública, acarretando a sua inobservância à anulação do ato
praticado!

- Moral administrativa x moral comum

O princípio da moralidade exige que o agente público atue de forma


ética, observando a moral administrativa (moral jurídica –
composta de regras de boa administração), que difere da moral
comum.

Enquanto a moral comum vincula o indivíduo em sua conduta


externa, preocupando-se em diferenciar o bem do mal, a

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moral administrativa está associada às relações da


Administração Pública com os administrados em geral, bem
como às suas relações internas com os agentes públicos.

Celso Antônio Bandeira de Mello leciona que compreendem no âmbito


do princípio da moralidade os princípios da lealdade e da boa-fé,
segundo os quais a Administração deve proceder em relação aos
administrados de forma sincera, sendo-lhe vedado qualquer
comportamento que dificulte o exercício de direitos por parte dos
cidadãos.

- Observância do princípio da moralidade pelos particulares

É importante saber que o princípio da moralidade não é de


observância obrigatória apenas para os agentes públicos, mas
também para os particulares que se relacionam com a
Administração Pública.

Aqueles devem manter uma postura ética perante a Administração,


atuando em harmonia com a moral, com os bons costumes e com a
ideia comum de honestidade.

- Instrumentos de combate à imoralidade administrativa

São diversos os instrumentos de combate à imoralidade


administrativa previstos no ordenamento jurídico pátrio, tais como a
ação popular6, ação civil pública7 e a lei de improbidade
administrativa (Lei 8.429/92).

Inclusive, a citada lei foi editada para regulamentar o art. 37, §4º, da
CF, cuja redação é a seguinte:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão


dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
penal cabível.

6
CF, art. 5º, LXXIII: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
7
CF, art. 129. “São funções institucionais do Ministério Público: (...) III – promover o inquérito civil a ação
civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos”.

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Muita atenção na prova quanto a esse dispositivo constitucional, pois


as bancas costumam inverter “suspensão dos direitos políticos” e
“perda da função pública” colocando erroneamente que os atos de
improbidade geram a perda de direitos políticos e a suspensão da
função pública. Atenção!!!

- Nepotismo

Recentemente, relacionado também8 ao princípio da moralidade,


houve grande progresso no combate ao nepotismo com a edição da
súmula vinculante nº 13 (DJ 29/08/08), editada pelo Supremo
Tribunal Federal:

Súmula Vinculante nº 13 - a nomeação de cônjuge,


companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.

Analise comigo quais são as possíveis informações constantes dessa


súmula que podem ser objeto de questão de prova...

• Quem está sujeito ao nepotismo?: cônjuge, companheiro e


parente até o 3º grau;

Pegadinha: banca substituir “3º grau” por “2º grau”.

• Com quem ocorrem os vínculos acima para caracterização


do nepotismo?: com a autoridade nomeante ou com servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento;

Pegadinha: banca substituir “cargo de direção, chefia ou


assessoramento” por “cargo efetivo”, ou acrescentar essa
expressão na assertiva, pois não haverá nepotismo se a

8
A vedação ao nepotismo está relacionada, em especial, aos princípios da impessoalidade, eficiência,
igualdade e moralidade.

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nomeação for para ocupar cargo efetivo (cujo ingresso se dá


por meio de concurso público).

• Nepotismo caracteriza-se em quais cargos/funções?: cargos


em comissão ou funções de confiança.

Pegadinha: banca substituir “cargo em comissão ou função de


confiança” por “cargo efetivo”, conforme já dito acima.

Em resumo, haverá nepotismo nas seguintes hipóteses:

• se a autoridade nomear seu cônjuge, companheiro ou parente até


o 3º grau para ocupar cargo em comissão ou para exercer função
de confiança;

• se o servidor nomeado for cônjuge, companheiro ou parente até o


3º de servidor da mesma pessoa jurídica que ocupe cargo de
direção, chefia ou assessoramento;

• se ocorrer nepotismo cruzado, em que a autoridade A nomeia,


por exemplo, o cônjuge da autoridade B, e esta nomeia o irmão da
autoridade A. São as designações recíprocas citadas na súmula.

Além dessas colocações, existem alguns pontos não constantes da


súmula vinculante nº 13, mas que foram discutidos e decididos pelos
Ministros do STF:

• Não há nepotismo nas nomeações para cargos de natureza


política, tais como os cargos de Secretários de Governo e
Ministros de Estado9, salvo se for nepotismo cruzado;

• Não há necessidade de que a vedação ao nepotismo seja


prevista em lei formal, pois de acordo com o STF a sua proibição
decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37 da CF, mais
precisamente dos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade e eficiência.

9
O STF não procedeu à enumeração de quais são os cargos considerados políticos para fins de
nepotismo, o que afastaria as dúvidas que têm surgido. De qualquer forma, por enquanto, considere
apenas os cargos de Secretário de Governo e de Ministro de Estado. As eventuais dúvidas deverão ser
dirimidas pelo próprio STF, como fez quando foi provocado a decidir se o cargo de Conselheiro do
Tribunal de Contas é político, ocasião em que decidiu que não, mas sim cargo administrativo, sujeito,
portanto, às regras do nepotismo.

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É interessante destacar, para finalizar, que a prática de nepotismo


constitui ato de improbidade administrativa por ofensa aos
princípios da Administração Pública (art. 11 da Lei 8.429/92),
cuja caracterização, conforme vem decidindo o Superior Tribunal de
Justiça, independe de dano ou de lesão material ao erário para
a sua caracterização.

1.4.. PUB
BLICI
IDAD
DE

O princípio da publicidade prevê a obrigatoriedade de divulgação


dos atos praticados pela Administração Pública produtores de
efeitos externos, sendo poucas as exceções em que se admite o
sigilo (CF, art. 5º, LX: “a lei só poderá restringir a publicidade dos
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem; art. 5º, XXXIII: “todos têm direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado).

Fique ligado na prova, pois nem todos os atos da Administração


Pública devem ser publicados, mas apenas aqueles que
produzem efeitos externos (exs: aposentadorias, demissões,
decisões em processos administrativos ...), ressalvando-se ainda os
casos de intimidade e de interesse público.

A publicidade dos atos oficiais tem basicamente dois objetivos:

• fazer com que o conteúdo do ato chegue ao conhecimento dos


administrados (divulgação), iniciando-se a partir daí a produção
de seus efeitos externos (um edital de concurso público apenas
produz efeitos externos após sua regular divulgação por meio de
sua publicação, por exemplo, na Imprensa Oficial);

• propiciar que os administrados exerçam controle sobre a


validade do ato divulgado (aproveitando o exemplo anterior, caso
um candidato considere que o edital do concurso público divulgado
contém alguma ilegalidade, poderá exercer o controle de sua
validade impetrando um mandado de segurança).

Já vi bancas perguntando em prova se a publicidade é elemento


formativo dos atos administrativos. Cuidado, pois não é! A
publicidade é requisito para validade, eficácia (produção de
efeitos jurídicos) e moralidade do ato administrativo.

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Vale chamar a sua atenção para o fato de a publicidade não se limitar


à divulgação dos atos oficiais, mas também alcançar a sua
disponibilização para exame dos administrados (art. 5º, XXXIII,
CF), ressalvando-se, contudo, os atos protegidos legitimamente pelo
sigilo.

Quanto à publicação dos atos em meio oficial, destaca-se que os


mesmos, em regra, devem ser publicados no Diário Oficial (no âmbito
federal, por exemplo, no Diário Oficial da União).

Contudo, nem todos os municípios possuem Imprensa Oficial. Nesses


casos, a divulgação será feita por meio de jornal particular de
circulação local, que funcionará a partir de sua contratação como um
meio oficial de publicações dos atos da Administração Pública.

Entretanto, não se pode esquecer que em diversos municípios sequer


existem jornais de circulação local, sendo a solução para esses casos
a afixação dos atos nas sedes dos órgãos públicos municipais (como
exemplo, no prédio da Prefeitura).

Cuidado na prova, pois divulgações em imprensa particular não


contratada, rádio ou televisão não produzem efeitos jurídicos.
É o que ocorre, por exemplo, com a veiculação de notícias pela Voz
do Brasil, que não será suficiente para atender ao princípio da
publicidade.

Por fim, o art. 5º, XXXIV, CF, assegura a todos, independentemente


do pagamento de taxas:

“a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de


direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção
de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal”,

O mesmo dispositivo constitucional, porém em seu inciso LXXII,


prevê o habeas data como instrumento de defesa à informação
depositada em entidade pública ou privada que forneçam dados a
terceiros: “conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados,
quando não se prefira fazê-lo por processo sigilo, judicial ou
administrativo”.

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CIÊNCIA
1.5.. EFIC A

O princípio da eficiência tornou-se expresso na Constituição


Federal de 1988 com a edição da Emenda Constitucional nº
19/98, que o inseriu na redação do caput do art. 37, pois até tal
momento era princípio implícito (relativamente à Constituição).

Fique muito atento(a) na prova, pois é comum as bancas


perguntarem se a EC 19/98 inseriu o princípio da eficiência no nosso
ordenamento jurídico.

De forma nenhuma, pois referido princípio já era de observância


obrigatória, porém não constava expressamente na CF, sendo,
por isso, princípio implícito relativamente a ela. O que fez a EC
19/98 foi torná-lo um princípio expresso ao modificar a
redação do art. 37, caput, CF, incluindo explicitamente referido
princípio.

Também foi previsto expressamente na Lei 9.784/99 (lei que regula o


processo administrativo no âmbito federal).

Referido princípio veicula a obrigatoriedade de que os agentes


públicos busquem em seus desempenhos os melhores
resultados possíveis, valendo também esse raciocínio para a
Administração Pública, que deve se aparelhar e se estruturar
de sorte a viabilizar a eficiente atuação de seus agentes.

Por isso o gerenciamento irresponsável de recursos públicos, o que


ofende o princípio da economicidade, também constitui lesão ao
princípio da eficiência.

Parte da doutrina associa o princípio da eficiência ao princípio da


boa administração.

Outro reflexo desse princípio foi o acréscimo do inciso LXXVIII ao art.


5º da CF, cujo conteúdo busca uma maior celeridade nos processos
judiciais e administrativos.

Eis sua redação: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são


assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação”.

Outro exemplo de manifestação desse princípio é o pedido de


reconsideração, previsto, por exemplo, na Lei 9.784/99 e na Lei
8.112/90, que possibilita à autoridade que proferiu determinada

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decisão reconsiderá-la, a requerimento do interessado, evitando


assim a remessa do processo para órgão superior visando à
apreciação de recurso administrativo, o que certamente aumentaria o
prazo de duração do processo.

O princípio em tela também está associado à noção de


administração gerencial, que é um modelo de administração que
privilegia a desburocratização administrativa e a descentralização
administrativa, cuja introdução no Brasil se deu com a reforma
administrativa de 1967, operada pelo Decreto-Lei 200.

Também está relacionado à avaliação de desempenho dos


servidores públicos, que pode ocasionar, inclusive, a perda do
cargo pelo servidor estável, conforme art. 41, §1º, III, CF.

Por fim, ao inserir o princípio da eficiência na CF, o legislador


constituinte previu outros mecanismos destinados a facilitar sua
concretização, tais como os §3º e 8º do art. 37:

“§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário


na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observado o disposto no art.
5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração
pública.”

“§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos


órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.”

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2. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

2.1. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

Juntamente com o princípio da indisponibilidade do interesse


público10 pela Administração, que a seguir será abordado, é
considerado um dos pilares do regime jurídico administrativo
(regime jurídico de direito público).

Trata-se de princípio geral de Direito inerente a qualquer sociedade.

Está presente tanto na elaboração das leis (função legislativa)


como no momento de sua execução (função administrativa).

A atuação da Administração Pública não tem em mira o indivíduo em


si, mas sim a coletividade.

Dessa forma, quando em conflito os interesses privados com os


interesses públicos, estes devem prevalecer.

Bastar imaginar, como exemplos, os institutos da desapropriação


(art. 5º, XXIV11) e da requisição (art. 5º, XXV12), em que o interesse
individual é superado pelo interesse público.

Por fim, interessante destacar que alguns autores denominam esse


princípio de princípio da finalidade pública.

2.2. PRINCÍPIO DA INDIS


SPONIB
BIL
LID
DADE DO INT
TERES
SSE
E
PÚBLICO

Trata-se de outro pilar do regime jurídico administrativo, cujo


conteúdo coloca os agentes públicos como meros gestores do
interesse público, não lhes conferindo o poder de disposição
(de dispor, no sentido de abdicar) sem prévia autorização
legislativa.

10
Diferentemente, Maria Sylvia Di Pietro sustenta que os pilares do regime jurídico administrativo são os
princípios da supremacia do interesse público e da legalidade.
11
“A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição”.
12
“No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”.

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Conforme lição de José dos Santos Carvalho Filho13, “os bens e


interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus
agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em
prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e
interesses públicos”.

Exemplo de aplicação desse princípio é a exigência de prévia


autorização legislativa para a alienação de bens imóveis
públicos (art. 17, I, Lei 8.666/93).

2.3.. PRINCÍ
ÍPIO
O DA PRO
OPORCI
IONALI
I DA DE

Com base nesse princípio a atuação do agente público deve limitar-


se às medidas necessárias para o atendimento do interesse
coletivo, sendo fundamental que haja uma proporção entre os
meios utilizados e o fim visado, sob pena de ilegalidade do ato.

Trata-se de princípio previsto expressamente na Lei 9.784/99 (lei que


regula o processo administrativo no âmbito federal).

Maria Sylvia Di Pietro14 considera que “embora a Lei 9.784/99 faça


referência aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,
separadamente, na realidade, o segundo constitui um dos aspectos
contidos no primeiro. Isto porque o princípio da razoabilidade, entre
outras coisas, exige proporcionalidade entre os meios de que se
utiliza a Administração e os fins que ela tem que alcançar”.

Com base nesse princípio, as sanções aplicadas pelo Poder


Público devem ser proporcionais à falta cometida.

Juntamente com o princípio da razoabilidade, a seguir comentado, é


instrumento para controle da discricionariedade
administrativa.

A propósito, a discricionariedade administrativa ocorre quando a


lei confere ao agente público liberdade, dentro de limites por ela
traçados, para a prática de determinado ato administrativo. Por
exemplo, diante de um pedido de porte de arma o agente público tem
a liberdade de deferir ou não, independentemente do preenchimento
das condições pelo cidadão interessado. Se fosse um pedido de

13
Manual de Direito Administrativo. 22ª ed. Lumen Juris Editora. p. 32.
14
Obra citada. p. 79.

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licença para construir, preenchidos os requisitos legais, o agente


público estaria obrigado a deferir o pedido, pois nesse caso o ato é
vinculado.

José dos Santos Carvalho Filho15, citando a doutrina alemã, ensina


que a observância ao princípio da proporcionalidade exige três
fundamentos: “1) adequação, significando que o meio empregado
na atuação deve ser compatível com o fim colimado; 2)
exigibilidade, porque a conduta deve ter-se por necessária, não
havendo outro meio menos gravoso ou oneroso para alcançar o fim
público, ou seja, o meio escolhido é o que causa o menor prejuízo
possível para os indivíduos; 3) proporcionalidade em sentido
estrito, quando as vantagens a serem conquistadas superarem as
desvantagens”.

2.4.. PRINCÍ
ÍPIO
O DA RAZO
OABIL
LIDADE

De acordo com esse princípio, o agente público deve atuar dentro


dos padrões normais de aceitabilidade, valendo-se do bom
senso no exercício de suas funções.

Quando a lei confere-lhe certa margem de discrição (na prática de


atos discricionários), deve o administrador buscar o resultado mais
adequado para a situação enfrentada. Isso demonstra a vinculação do
princípio da razoabilidade à discricionariedade administrativa.

Da mesma forma que proporcionalidade, é princípio expresso na Lei


9.784/99.

Imagine se você for prestar um concurso para analista judiciário do


TRT/SP, cuja escolaridade exigida é qualquer curso superior, e do
edital conste a seguinte exigência: mestrado em finanças públicas.
Pergunto: há bom senso nessa exigência? Lógico que não, por isso é
desarrazoada, ou seja, contrária ao princípio da razoabilidade.

2.5.. PRINCÍ
ÍPIO
O DA SEGUR
RANÇ
ÇA JURÍ
ÍDIC
CA

Esse princípio está previsto expressamente na Lei 9.784/99 (art. 2º,


parágrafo único, XIII, parte final): “interpretação da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim

15
Ora citada. p. 38.

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público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova


interpretação”.

Para preservar a boa fé do administrado, esse princípio veda


(proíbe) que a Administração Pública aplique retroativamente
uma nova interpretação sobre situações praticadas com base
em interpretação anterior.

Além de estar ligado ao princípio da moralidade, o princípio da


segurança jurídica tem como essência a estabilidade das relações
jurídicas.

É considerado pela doutrina, ao lado do princípio da legalidade, uma


das vigas mestras do Estado de Direito.

Porém, o princípio tem outras aplicações...

Com base nesse princípio, admite-se que situações praticadas em


desconformidade com a lei, portanto ilegais, sejam conservadas ao
invés de anuladas. É o que a doutrina denomina de convalidação,
que será estudada em momento oportuno. Nessas hipóteses, a
manutenção do ato harmoniza-se com o interesse público, pois a sua
anulação causará mal maior do que mantê-lo. Nesse choque entre os
princípios da legalidade e o da segurança jurídica, feita a ponderação
de valores sobre o caso concreto, haverá prevalência daquele último.

Pense numa desapropriação de determinado imóvel em que a


indenização foi devidamente paga para o proprietário. O Poder
Público loteia o imóvel e constrói casas vendidas a preços populares
para dezenas de famílias. Três anos depois, o Poder Público identifica
um vício no processo desapropriatório. Pergunto para você: o que
melhor atenderá ao interesse público: cancelar a desapropriação e
desalojar todas as famílias ou convalidar o ato? Nesse confronto
entre legalidade e segurança jurídica prevalecerá, no caso
apresentado, esse último princípio, obviamente se presentes
os requisitos legais para a convalidação.

Outra hipótese já analisada por STF e STJ acerca desse conflito entre
princípio da legalidade e o da segurança jurídica envolve as
ascensões funcionais concedidas sob a égide da legislação
permissiva, ou seja, concedidas em período que a legislação permitia.
As ascensões foram declaradas inconstitucionais pelo STF por permitir
mudança de cargo sem concurso público. E o que fazer com os
servidores beneficiados pelas ascensões em período que não havia
manifestação do STF quanto ao tema?

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No meu livro “Direito Administrativo - coleção informativos


comentados” (olha a propaganda...rs...), manifestei-me da seguinte
forma ao comentar decisão do STJ que manteve ascensão
questionada:

A decisão retrata as posições de STJ e STF pela prevalência do


princípio da segurança jurídica quando em ponderação com o princípio
da legalidade nos casos de ascensões funcionais ocorridas sob a égide
da legislação permissiva, ainda que considerada a posterior declaração
pelo STF da inconstitucionalidade desta forma de provimento derivado.

O princípio também está associado aos institutos da prescrição e da


decadência administrativas, que impedem que situações jurídicas
perdurem indefinidamente causando instabilidade

No art. 54 da Lei 9.784/99, o legislador ordinário foi inspirado pelo


princípio da segurança jurídica ao tratar do prazo de decadência para
anulação de atos administrativos: “o direito da Administração de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé”.

A doutrina também tem associado ao princípio da segurança jurídica


as súmulas vinculantes do STF, que são estudadas no Direito
Constitucional, cujo objetivo é afastar controvérsias que gerem grave
insegurança jurídica (art. 103-A, §1º, CF).

A doutrina associa ao princípio da segurança jurídica dois outros


princípios: princípio da proteção à confiança e princípio da boa-
fé.

2.5.1. Princípio da proteção à confiança

A doutrina majoritária sustenta que o princípio da segurança jurídica


pode ser dividido em dois aspectos: a) objetivo: garantia da
estabilidade das relações jurídicas; b) subjetivo: proteção à
confiança do administrado, que deposita sua confiança nos atos
praticados pelo Poder Público, que são dotados de presunção de
legitimidade e de veracidade.

Portanto, o princípio da proteção à confiança constitui o


aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica.

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2.5.2. Princípio da boa-fé

Está relacionado às condutas da Administração Pública e dos


administrados que devem ser pautadas na boa-fé.

Tem previsão no art. 2º, parágrafo único, IV, da Lei 9.784/99, que
indica com o critério nos processos administrativos a “atuação
segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”.

Nessa mesma lei, mais adiante, em seu art. 4º, II, outra
manifestação do princípio. Consta do referido dispositivo como dever
do administrado “proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé”.

Maria Sylvia Di Pietro16 sustenta que

“O princípio da boa-fé abrange um aspecto objetivo, que diz


respeito à conduta leal, honesta, e um aspecto subjetivo, que diz
respeito à crença do sujeito de que está agindo corretamente. Se
a pessoa sabe que a atuação é ilegal, ela está agindo de má-fé”.

2.6. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE

Trata-se de princípio relacionado à criação das entidades


administrativas integrantes da administração indireta:
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

Portanto, relaciona-se à ideia de descentralização administrativa.

Parte da doutrina sustenta que o princípio da especialidade é


decorrência dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do
interesse público.

Quando o Estado, visando à especialização de função, cria ou autoriza


a criação de pessoa jurídica integrante da administração indireta, a lei
que instituiu ou autorizou a instituição indica as finalidades que
devem ser perseguidas pela entidade criada, não podendo os seus
respectivos administradores se afastarem desses objetivos.

16
Obra citada. p. 86.

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2.7.. PRINCÍ O DA TUTELA OU CONTRO


ÍPIO OL E

Esse princípio está ligado à idéia de descentralização


administrativa, que será objeto de estudo em momento oportuno.

O instituto da descentralização administrativa justifica a criação das


pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia
mista), bem como a prestação de serviços públicos por
concessionárias e por permissionárias.

O princípio da tutela representa o controle que a Administração


Direta (órgãos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios)
exerce sobre os atos praticados pelas entidades da Administração
Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
sociedades de economia mista).

2.8. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA

Baseado no princípio da autotutela a Administração Pública tem o


dever-poder de rever seus próprios atos, anulando-os quando
ilegais (aspecto de legalidade) ou revogando os atos válidos
por motivos de conveniência e/ou oportunidade (aspectos de
mérito).

A Administração exerce seu deve-poder de autotutela de ofício (sem


que seja provocada) ou mediante provocação do interessado.

Trata-se de princípio que prevê um controle interno, pois cada


pessoa jurídica da Administração Pública, seja Direta ou
Indireta, exercerá o controle de seus próprios atos.

Nesse sentido, o INSS - que é uma autarquia -, caso constate que


houve vazamento dos gabaritos das provas durante a realização de
concurso público para preenchimento de cargos de técnicos
administrativos, poderá, exercendo seu poder de autotutela, anular o
concurso público.

Existem duas súmulas editadas pelo Supremo Tribunal Federal que


consagram referido princípio, que são as de números 346 e 473.

Súmula 346 – A Administração Pública pode declarar a


nulidade dos seus próprios atos.

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Súmula 473 - A Administração pode anular seus próprios


atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação Judicial.

No que se refere à anulação dos atos administrativos, a Lei 9.784/99


criou um limitador temporal para o exercício desse dever-poder pela
Administração: o prazo de 5 (cinco) anos.

Se durante esse período, a Administração não adotar as providências


necessárias para anulação do ato administrativo, não mais poderá
fazê-lo, permanecendo referido ato no ordenamento jurídico por
conta do instituto da convalidação, que ainda será devidamente
estudado nesse curso.

2.9.. PRIN
NCÍPI
IO DA PRES
SUN
NÇÃ
ÃO DE LEG
GIT
TIM
MID
DAD
DE E DE
VERACIDADE

De acordo com esse princípio há presunção relativa de que os


atos da Administração Pública foram praticados de acordo com
o ordenamento jurídico e de que os fatos nele indicados são
verdadeiros.

Essa presunção é relativa (juris tantum), pois admite prova em


contrário. Ou seja, o administrado pode demonstrar por meio de
processo administrativo ou judicial que o ato praticado pela
Administração é ilegal.

Como consequências desse princípio a doutrina indica: a) as decisões


administrativas são de execução imediata (autoexecutoriedade),
não dependendo de autorização do Poder Judiciário para serem
executadas; b) as decisões administrativas podem criar obrigações
para os particulares independentemente de concordância
(imperatividade).

Quando um agente de trânsito aplica uma multa ao condutor infrator,


ele não depende de autorização judicial para praticar o ato
(autoexecutoriedade) e sua conduta constitui unilateralmente o
infrator em obrigação, ou seja, independentemente da concordância
(imperatividade).

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2.10
0. PRINCÍPI
IO DA HIE
ERAR
RQUIA
A

Com base nesse princípio, a Administração Pública estrutura


seus órgãos criando entre eles uma relação de subordinação e
de coordenação.

Basta pensar, por exemplo, na estrutura do Departamento da Polícia


Federal, formada por Gabinete, Coordenadorias, Diretorias,
Corregedorias e etc.

2.11. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO

A ideia base desse princípio é que a prestação do serviço público


não pode parar (salvo nas hipóteses de interrupções previstas
na lei), pois é a forma como o Estado desempenha as funções que
levarão benefícios para a coletividade.

Interessante destacar que a continuidade do serviço público está


intimamente ligada ao princípio da eficiência, pois a paralisação
dos serviços afeta os usuários, causando-lhes prejuízos de diversas
ordens.

Maria Sylvia Di Pietro17 lista algumas decorrências desse princípio:

• institutos como suplência, delegação e substituição para


preencher as funções públicas temporariamente vagas;

• impossibilidade, para quem contrata com a Administração, de


invocar a exceptio non adimpleti contractus18 nos contratos que
tenham por objeto a execução de serviço público;

• a faculdade que se reconhece à Administração de utilizar os


equipamentos e instalações da empresa que com ela contrata, para
assegurar a continuidade do serviço;

• com o mesmo objetivo, a possibilidade de encampação da


concessão de serviço público, assumindo a Administração a
prestação dos serviços.

17
Obra citada. p. 70/71.
18
Diante da inadimplência da Administração Pública, não pode o particular contratado alegar em seu
favor a exceção do contrato não cumprido e interromper a execução dos serviços até que receba o que
lhe é devido.

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2.12
2. PRINCÍPI
IO DA MO
OTIVAÇÃ
ÃO

Esse princípio exige que a Administração Pública indique os


fundamentos de fato e de direito de suas decisões,
independentemente de serem vinculadas ou discricionárias.

Nos termos do art. 50 da Lei 9.784/99, os atos administrativos


deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos, quando:

• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

• decidam recursos administrativos;

• decorram de reexame de ofício;

• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou


discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato


administrativo.

Por fim, Maria Sylvia Di Pietro19 sustenta que “a motivação, em regra,


não exige formas específicas, podendo ser ou não concomitante com
o ato, além de ser feita, muitas vezes, por órgão diverso daquele que
proferiu a decisão. Frequentemente, a motivação consta de
pareceres, informações, laudos, relatórios, feitos por outros órgãos,
sendo apenas indicados como fundamento da decisão. Nesse caso,
eles constituem a motivação do ato, dele sendo parte integrante”.

Nesse momento chego ao fim da parte teórica da aula...

Sei que é cansativo, pois também já passei por isso, mas pense em
férias, terço constitucional, 13º, abonos, gratificações... tudo isso
está esperando você, basta ter disciplina e dedicação!

19
Obra citada. p. 82.

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Creio que nesse momento você pode levantar para tomar uma
aguinha, recuperar as energias e retornar para fazer as questões que
selecionei para você.

Apenas destacando que no final desse ponto as questões serão


reproduzidas sem os meus comentários.

Isso porque tem aluno que prefere primeiro fazer as questões,


conferir o gabarito e depois ler os respectivos comentários.

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QUESTÕES DA FCC COMENTADAS

01) (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) No que concerne à Administração Pública, o
princípio da especialidade tem por característica
a) a descentralização administrativa através da criação de entidades
que integram a Administração Indireta.
b) a fiscalização das atividades dos entes da Administração Indireta.
c) o controle de seus próprios atos, com possibilidade de utilizar-se
dos institutos da anulação e revogação dos atos administrativos.
d) a relação de coordenação e subordinação entre uns órgãos da
Administração Pública e outros, cada qual com atribuições definidas
em lei.
e) a identificação com o princípio da supremacia do interesse privado,
inerente à atuação estatal.

COMENTÁRIOS

Estudamos que o princípio da especialidade está relacionado com a


criação das entidades integrantes da administração indireta visando à
especialização de funções, tal como ocorre com as autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia
mista.

Analisando-se cada uma das assertivas:

A) resposta correta.

B) refere-se ao princípio da tutela ou controle.

C) diz respeito ao princípio da autotutela.

D) faz menção ao princípio da hierarquia.

E) a atuação estatal relaciona-se com o princípio da supremacia do


interesse público.

GABARITO: Letra A

02) (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) O serviço público não é passível de
interrupção ou suspensão afetando o direito de seus usuários,
pela própria importância que ele se apresenta, devendo ser
colocado à disposição do usuário com qualidade e
regularidade, assim como com eficiência e oportunidade.

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Trata-se do princípio fundamental dos serviços públicos


denominado
a) impessoalidade.
b) mutabilidade.
c) continuidade.
d) igualdade.
e) universalidade.

COMENTÁRIOS

Questão tranquila de ser resolvida, pois o enunciado destaca a


impossibilidade de interrupção ou de suspensão da prestação do
serviço público, possibilitando à conclusão de que a resposta está na
letra C, que prevê o princípio da continuidade do serviço público.

GABARITO: Letra C

03) (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área


Judiciária) A conduta do agente público que se vale da
publicidade oficial para realizar promoção pessoal atenta
contra os seguintes princípios da Administração Pública:
a) razoabilidade e legalidade.
b) eficiência e publicidade.
c) publicidade e proporcionalidade.
d) motivação e eficiência.
e) impessoalidade e moralidade.

COMENTÁRIOS

Chamei a sua atenção durante a aula para o art. 37, §1º, CF, cujo
conteúdo preceitua que “a publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

Destaque que referido dispositivo constitucional diz respeito ao


princípio da impessoalidade.

Só com base nessa informação já seria possível resolver a questão,


pois referido princípio apenas está previsto na alternativa E.

De qualquer forma, a conduta do agente que se vale da sua função


para promoção pessoal indiscutivelmente é também imoral, motivo
pelo qual constitui ofensa ao princípio da moralidade.

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GABARITO: Letra E

04) (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário –


Segurança) Analise as seguintes proposições, extraídas dos
ensinamentos dos respectivos Juristas José dos Santos
Carvalho Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello:
I. O núcleo desse princípio é a procura de produtividade e
economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos
serviços públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional.
II. No texto constitucional há algumas referências a aplicações
concretas deste princípio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir
que o ingresso no cargo, função ou emprego público depende de
concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso
em plena igualdade.
As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes princípios
da Administração Pública:
a) moralidade e legalidade.
b) eficiência e impessoalidade.
c) legalidade e publicidade.
d) eficiência e legalidade.
e) legalidade e moralidade.

COMENTÁRIOS

A FCC nessa questão traz os ensinamentos de dois administrativas


por mim citados na aula de hoje.

A primeira assertiva constitui lição de José dos Santos Carvalho Filho


ao tratar do princípio da eficiência. As expressões produtividade,
economicidade, presteza, perfeição e rendimento funcional estão
diretamente ligadas ao princípio da eficiência que busca resultados
efetivos no exercício da função administrativa.

Já a segunda assertiva ficou a cargo do mestre Celso Antônio


Bandeira de Mello, citando a obrigatoriedade de concurso público,
como também a de licitação pública para concessões e permissões,
como manifestações do princípio da impessoalidade, associado por
esse autor, nessas hipóteses, ao princípio da isonomia.

GABARITO: Letra B

05) (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário -

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Área Administrativa) O Jurista Celso Antônio Bandeira de


Mello apresenta o seguinte conceito para um dos princípios
básicos da Administração Pública: De acordo com ele, a
Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade
de princípios éticos. (...) Compreendem-se em seu âmbito,
como é evidente, os chamados princípios da lealdade e boa-fé.
Trata-se do princípio da
a) motivação.
b) eficiência.
c) legalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade.

COMENTÁRIOS

Novamente Celso Antônio Bandeira de Mello é citado pela FCC em


uma de suas provas.

Quanto a esse ponto você pode ficar despreocupado, pois eu tive a


preocupação de elaborar essa aula também com base nos
ensinamentos do referido autor.

Questão tranquila demais! Atuação em conformidade com princípios


éticos....resposta....princípio da moralidade (letra E).

Nessa passagem do livro, leciona o autor que “segundo os cânones


da lealdade e da boa-fé, a Administração haverá de proceder em
relação aos administrados com sinceridade e lhaneza, sendo-lhe
interdito qualquer comportamento astucioso, eivado de malícia,
produzido de maneira a confundir, dificultar ou minimizar o exercício
de direitos por parte dos cidadãos”.

GABARITO: Letra E

06) (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área


Administrativa) A respeito dos princípios básicos da
Administração, é correto afirmar:
a) Em razão do princípio da moralidade o administrador público deve
exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeição e
rendimento funcional.
b) Os princípios da segurança jurídica e da supremacia do interesse
público não estão expressamente previstos na Constituição Federal.
c) A publicidade é elemento formativo do ato e serve para convalidar
ato praticado com irregularidade quanto à origem.
d) Por força do princípio da publicidade todo e qualquer ato

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administrativo, sem exceção, deve ser publicado em jornal oficial.


e) O princípio da segurança jurídica permite a aplicação retroativa de
nova interpretação de norma administrativa.

COMENTÁRIOS

Analisando-se cada uma das assertivas:

A) conforme já disse nos comentários de outra questão, se o


enunciado se referiu à presteza, perfeição e rendimento funcional,
esteja certo que a resposta será princípio da eficiência. Portanto,
resposta errada.

B) Perfeita a informação constante da assertiva, sendo considerados


princípios implícitos relativamente à CF.

C) Destaquei esse ponto durante a aula: publicidade não é elemento


formativo do ato, mas sim requisito para validade, eficácia (produção
de efeitos jurídicos) e moralidade do ato administrativo. Além disso,
se o vício do ato reside em sua origem, ou seja, na competência do
agente que praticou o ato, não basta a simples publicação para
convalidá-lo. Publicar ato praticado por agente incompetente não
retirar o vício de incompetência.

D) Também chamei a sua atenção durante a aula para esse ponto.


Somente os atos produtores de efeitos externos, tais como
nomeações, demissões e promoções, devem ser publicados,
ressalvadas as questões protegidas pelo sigilo constitucional
(interesse social, intimidade, segurança do Estado e da sociedade).

Para clarear, veja um exemplo de ato produtor de efeito apenas


interno, cuja publicação é dispensada. Eu exerço o cargo de
procurador do Estado de Minas Gerais e todas as vezes que um
procurador sai de férias é feita uma ordem de serviço para indicar o
seu substituto. Essa ordem produz efeitos apenas internos,
dispensando publicação em meio oficial.

E) Pelo contrário, pois o princípio da segurança jurídica veda


justamente a aplicação retroativa de nova interpretação de norma
administrativa pela Administração Pública.

GABARITO: Letra B

07) (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área


Administrativa) O princípio segundo o qual a Administração

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Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da


Administração Indireta denomina-se
a) finalidade.
b) controle.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) legalidade.

COMENTÁRIOS

Referido princípio também é chamado de tutela....lembra-se dele? A


resposta está na letra B, princípio do controle, por meio do qual os
órgãos da administração direta exercem a fiscalização sobre os atos
praticados pelas entidades integrantes da administração indireta.
Referido controle tem como objetivo verificar se as finalidades
previstas na lei que criou a entidade administrativa ou autorizou a
sua criação estão sendo perseguidas.

GABARITO: Letra B

08) (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário –


Contabilidade) A propósito da atividade administrativa,
considere:
I. A administração pública tem natureza de múnus público para quem
a exerce, isto é, de encargo de defesa, conservação e aprimoramento
dos bens, serviços e interesses da coletividade.
II. No desempenho dos encargos administrativos o agente do Poder
Público tem liberdade de procurar qualquer objetivo, ou de dar fim
diverso do previsto em lei, desde que atenda aos interesses do
Governo.
III. Dentre os princípios básicos da Administração não se incluem o
da publicidade e o da eficiência.
IV. O princípio da legalidade significa que o administrador público
está, em toda a sua atividade funcional, sujeito a mandamentos da
lei e às exigências do bem comum.
V. Enquanto no Direito Privado o poder de agir é uma faculdade, no
Direito Público é uma imposição, um dever para o agente que o
detém, traduzindo-se, portanto, num poder-dever.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, IV e V.
c) II, IV e V.
d) III e IV.
e) III e V.

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COMENTÁRIOS

Vamos proceder à análise de cada uma das assertivas para identificar


a resposta correta:

I) O exercício da função administrativa é direcionada para a


consecução dos interesses da coletividade, atuando os
administradores na condição de gestores dos bens e dos interesses
públicos. Estudamos esse ponto quando da análise do princípio da
indisponibilidade do interesse público, ocasião em que a noção de
função administrativa foi associada ao dever-poder de gestão dos
interesses da coletividade. A assertiva está perfeita.

II) A assertiva ignora a existência dos princípios da legalidade,


impessoalidade (associado à finalidade), moralidade, supremacia do
interesse público e indisponibilidade do interesse público. Absurda!
Errada.

III) Brincadeira da FCC! E o art. 37, caput, da CF? Publicidade e


eficiência compõem juntamente com legalidade, impessoalidade e
moralidade os princípios básicos da Administração Pública expressos
do referido dispositivo constitucional. Outra assertiva errada.

IV) É a vinculação positiva do princípio da legalidade para os agentes


públicos, conforme estudamos no tópico destinado a essa matéria.
Enquanto aqueles só podem fazer o que lei determina (vinculação
positiva), os particulares podem fazer o que a lei não proíbe
(vinculação negativa). Além disso, todas as condutas administrativas
devem ser direcionadas para o atendimento dos interesses da
coletividade (bem comum). Item correto.

V) A explicação desse item constou do enunciado anterior. Trata-se


da conhecida diferença, quanto ao aspecto liberdade, entre a atuação
da administração privada e atuação da administração pública.
Assertiva correta.

GABARITO: Letra B

09) (FCC - 2010 - MPE-SE - Analista – Direito) Sobre o


princípio da publicidade, é correto afirmar:
a) A veiculação de notícias de atos da Administração pela imprensa
falada, escrita e televisivada atende ao princípio da publicidade.
b) Se a lei não exigir a publicação em órgão oficial, a publicidade terá
sido alcançada com a simples afixação do ato em quadro de editais,
colocado em local de fácil acesso do órgão expedidor.

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c) As edições eletrônicas do Diário Oficial da União são meramente


informativas, não produzindo, em nenhuma hipótese, os mesmos
efeitos que as edições impressas.
d) A publicação de atos, contratos e outros instrumentos jurídicos,
inclusive os normativos, pode ser resumida.
e) A publicidade é elemento formativo do administrativo.

COMENTÁRIOS

Mais uma questão para a sua análise.... vamos às suas assertivas:

A) Veja o que escrevi para você no tópico sobre princípio da


publicidade: “Cuidado na prova, pois divulgações em imprensa
particular não contratada, rádio ou televisão não produzem
efeitos jurídicos. É o que ocorre, por exemplo, com a veiculação de
notícias pela Voz do Brasil, que não será suficiente para atender ao
princípio da publicidade”. Assertiva errada.

B) Se não há exigência quanto à publicação em órgão oficial, a


divulgação deverá ser feita de forma a possibilitar o acesso dos
interessados, sendo razoável a afixação do ato em locais de fácil
acesso do órgão expedidor. Assertiva correta.

C) O Direito deve acompanhar as evoluções tecnológicas. Em alguns


entes públicos, não há veiculação do Diário Oficial impresso, existindo
apenas a versão eletrônica, conduta que se mostra harmônica não
apenas ao princípio da economicidade, por implicar em economias
aos cofres públicos, mas também à noção de sustentabilidade
ecológica.

D) Eu fico pensando como seria a publicação resumida de um ato


normativo como um decreto ou uma resolução....rs... Esses devem
ser publicados integralmente, da mesma forma que as leis. Agora,
quanto à publicação de atos, contratos e outros instrumentos
jurídicos, a Lei 8.666/93 permite essa prática em seu art. 61.
Portanto, o erro da questão incidiu sobre os atos normativos.

E) Durante a aula destaquei esse ponto, que inclusive foi objeto de


outra questão de prova já comentada. Publicidade não é elemento
formativo do ato, mas sim requisito para validade, eficácia (produção
de efeitos jurídicos) e moralidade do ato administrativo

GABARITO: Letra B

10) (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário – Contabilidade)

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Sobre os princípios básicos da Administração Pública,


considere:
I. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional,
sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum.
II. Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com
presteza, perfeição e rendimento funcional.
III. Dever de expor expressamente os motivos que determinam o ato
administrativo.
As afirmações acima dizem respeito, respectivamente, aos princípios
da
a) motivação, razoabilidade e legalidade.
b) eficiência, impessoalidade e finalidade.
c) legalidade, eficiência e motivação.
d) proporcionalidade, finalidade e eficiência.
e) legalidade, proporcionalidade e fundamentação.

COMENTÁRIOS

A expressão “sujeição aos mandamentos da lei” constante do item I


dá a maior dica para a resposta: princípio da legalidade.

Já o item II, frase repetida em várias provas pela FCC, traz a ideia de
presteza, perfeição e rendimento funcional que estão associadas ao
princípio da eficiência.

Por fim, o item III, traz a obrigatoriedade de que as decisões sejam


motivadas pela Administração Pública, constando dela os
fundamentos de fato e de direito que a embasaram. Trata-se do
princípio da motivação.

GABARITO: Letra C

11) (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) O reconhecimento da validade de ato
praticado por funcionário irregularmente investido no cargo
ou função, sob o fundamento de que o ato pertence ao órgão e
não ao agente público, decorre do princípio
a) da especialidade.
b) da moralidade.
c) do controle ou tutela.
d) da impessoalidade.
e) da hierarquia.

COMENTÁRIOS

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No tópico relacionado ao princípio da impessoalidade, demonstrei


para você que referido princípio deve ser analisado sob concepções
diversas, dentre elas associado ao princípio da imputação volitiva.

Referido princípio preceitua que os atos praticados pelos agentes


públicos são imputados (atribuídos) à pessoa jurídica em nome da
qual atua.

Dessa forma, os agentes públicos são instrumentos para


manifestação da vontade da Administração Pública.

Destaquei a validade dos atos praticados por “funcionários de fato”


(“agentes de fato”), que são aqueles irregularmente investidos
na função pública (ex: servidor que ingressou sem o obrigatório
concurso público), mas cuja situação tem aparência de legalidade.

Atribui-se validade aos seus atos sob o fundamento de que


foram praticados pela pessoa jurídica e com o propósito de
proteger a boa-fé dos administrados, o que constitui
expressão do princípio da impessoalidade.

GABARITO: Letra D

12) (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) A


nomeação de suplentes em comissões é feita em observância
ao princípio da
a) moralidade.
b) proporcionalidade.
c) hierarquia.
d) continuidade.
e) publicidade.

COMENTÁRIOS

A nomeação de suplentes é realizada para que os trabalhos das


comissões não sejam interrompidos diante da ausência de alguns dos
seus membros. Ou seja, a suplência está relacionada ao princípio da
continuidade do serviço público, conforme demonstrado durante essa
aula por meio das lições da autora Maria Sylvia Di Pietro.

GABARITO: Letra D

13) (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal -


Prova tipo 3) Princípios da Administração Pública.

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I. Dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse


público decorre, dentre outros, o da especialidade, concernente à
ideia de desconcentração administrativa.
II. O princípio da presunção de legitimidade ou de veracidade dos
atos administrativos trata de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção o de inverter o ônus da prova.
III. Como decorrência do princípio da autotutela, a Administração
Pública direta fiscaliza as atividades exercidas pelos entes da
Administração indireta.
IV. A motivação, em regra, não exige formas específicas, podendo ser
ou não concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes, por
órgão diverso daquele que proferiu a decisão.
SOMENTE estão corretas as assertivas
a) II e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e III.

COMENTÁRIOS

Analisando-se cada uma das assertivas teremos...

I) Essa questão foi retirada do livro de Maria Sylvia Di Pietro, cuja


frase correta é “dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do
interesse público decorre, dentro outros, o da especialidade,
concernente à ideia de descentralização administrativa”. Portanto, o
erro está na referência à desconcentração administrativa, que se
relaciona à criação e distribuição interna de competências para
órgãos públicos, instituto diverso da descentralização administrativa,
que está associada à criação das pessoas jurídicas da administração
indireta (descentralização legal), bem como à contratação de
concessionárias e permissionárias de serviços públicos
(descentralização negocial). Portanto, a assertiva está errada.

II) Durante a aula, ao tratar do princípio da presunção de


legitimidade, destaquei que referida presunção é relativa, ou seja,
juris tantum, admitindo prova em contrario. Contudo, quem deve
produzir referida prova é o administrado interessado, motivo pelo
qual se diz que por conta da presunção relativa há inversão do ônus
da prova. A assertiva analisada está correta.

III) Na autotutela cada pessoa jurídica integrante da Administração


Publica fiscaliza os próprios atos, anulando os ilegais e revogando os
inoportunos e/ou inconvenientes. O controle que a Administração

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Direta exerce sobre a Administração Indireta diz respeito ao princípio


da tutela. Dessa forma, assertiva errada.

IV) Mais uma questão retirada do livro de Maria Sylvia Di Pietro e


reproduzida durante a aula. Assertiva correta.

GABARITO: Letra A

14) (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo


Especializado) A respeito dos princípios da administração
pública é correto afirmar que
a) se aplicam também às entidades integrantes da Administração
indireta, exceto àquelas submetidas ao regime jurídico de direito
privado.
b) possuem uma ordem de prevalência, situando-se em primeiro
lugar os princípios da legalidade e da supremacia do interesse público
sobre o privado.
c) o princípio da eficiência com o advento da Emenda Constitucional
nº 19/98 ganhou acento constitucional, passando a sobrepor-se aos
demais princípios gerais aplicáveis à Administração.
d) se aplicam, em igual medida e de acordo com as ponderações
determinadas pela situação concreta, a todas as entidades
integrantes da Administração direta e indireta.
e) o princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e
a ele se subordinam o princípio da legalidade e o da eficiência.

COMENTÁRIOS

Procedendo a análise de cada alternativa, teremos...

A) Os princípios são aplicáveis a toda a Administração Pública, Direta


ou Indireta, alcançando as entidades regidas pelo regime jurídico de
direito público (autarquias e fundações públicas de direito público),
bem como aquelas que também obedecem ao regime jurídico de
direito privado, como ocorre com as fundações públicas de direito
privado, empresas públicas e sociedades de economia mista, matéria
que será oportunamente estudada no capítulo sobre administração
indireta. Alternativa errada.

B) Essa alternativa merece uma resposta direta: não existe


hierarquia entre os princípios! Portanto, alternativa errada.

C) O princípio da eficiência já era considerado princípio


constitucional, porém implícito. Além disso, conforme dito na

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

alternativa anterior, não há hierarquia entre os princípios. Mais uma


alternativa errada.

D) Resposta correta! Trata-se de princípio aplicável a toda a


Administração Pública, não estando em nível superior ou inferior
relativamente aos demais princípios. Diante do caso concreto, o
agente público procederá à ponderação de valores para identificar
qual princípio melhor atenderá ao interesse da coletividade naquela
situação específica.

E) Novamente a resposta da assertiva abrange a afirmação de que


não há hierarquia entre os princípios.

GABARITO: Letra D

15) (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Segundo a literalidade do caput do art. 37 da
Constituição de 1988, a Administração pública obedecerá, entre
outros, ao princípio da
a) proporcionalidade.
b) razoabilidade.
c) igualdade.
d) moralidade.
e) boa-fé.

COMENTÁRIOS

A resolução dessa questão exige apenas o conhecimento do caput do


art. 37 da CF: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.

GABARITO: Letra D

16) (FCC - 2012 - MPE-AP - Técnico Ministerial - Auxiliar


Administrativo) O Prefeito de determinado Município, a fim de
realizar promoção pessoal, utilizou-se de símbolo e de slogan que
mencionam o seu sobrenome na publicidade institucional do
Município. A utilização de publicidade governamental para promoção
pessoal de agente público viola o disposto no artigo 37, § 1º, da
Constituição Federal, ora transcrito: “a publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
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O fato narrado constitui violação ao seguinte princípio da


Administração Pública, dentre outros:
a) Eficiência.
b) Publicidade.
c) Razoabilidade.
d) Impessoalidade.
e) Supremacia do Interesse Particular sobre o Público.

COMENTÁRIOS

Durante a aula vimos que o princípio da impessoalidade pode ser


analisado sob várias óticas. Dentre elas, a de vedação ao agente
público de se valer do cargo, emprego ou função pública para
promoção pessoal ou de terceiros.

GABARITO: Letra D

17) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Sobre os


princípios orientadores da administração pública é INCORRETO
afirmar:
a) A administração pública não pode criar obrigações ou reconhecer
direitos que não estejam determinados ou autorizados em lei.
b) A conduta administrativa com motivação estranha ao interesse
público caracteriza desvio de finalidade ou desvio de poder.
c) A oportunidade e a conveniência são delimitadas por razoabilidade
e proporcionalidade tanto na discricionariedade quanto na atividade
vinculada da administração pública.
d) Além de requisito de eficácia dos atos administrativos, a
publicidade propicia o controle da administração pública pelos
administrados.
e) O princípio da eficiência tem sede constitucional e se reporta ao
desempenho da administração pública.

COMENTÁRIOS

Letra A) o enunciado está de acordo com o princípio da legalidade;

Letra B) tanto o desvio de finalidade como o desvio de poder


configuram ilegalidades, sendo espécies de abuso de poder;

Letra C) não há que se falar em oportunidade e conveniência na


prática de atos vinculados, motivo pelo qual a assertiva está errada;

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
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Letra D) a publicidade tem como objetivos principais a divulgação


dos atos da Administração Pública e possibilitar o seu controle pelos
administrados;

Letra E) referido princípio está previsto expressamente no caput do


art. 37 da CF e se relaciona aos resultados que deve perseguir o
agente público na consecução do interesse público.

GABARITO: Letra C

18) (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Com relação aos


princípios constitucionais da Administração Pública, está em
conformidade com a
a) moralidade o ato administrativo praticado por agente público em
favorecimento próprio, desde que revestido de legalidade.
b) eficiência a prestação de serviço público que satisfaça em parte às
necessidades dos administrados, desde que realizados com rapidez e
prontidão.
c) publicidade o sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado ou o indispensável à defesa da intimidade.
d) impessoalidade a violação da ordem cronológica dos precatórios
para o pagamento dos créditos de natureza comum.
e) legalidade a inobservância a quaisquer atos normativos que não
sejam lei em sentido estrito e provindos de autoridades
administrativas.

COMENTÁRIOS

Letra A) referido ato mostra-se imoral, ofensivo aos princípios da


moralidade e da impessoalidade.

Letra B) a eficiência não é medida apenas pela rapidez e prontidão,


mas pela conjugação desses características com outras que culminem
com a prática de atos que tragam resultados efetivos para a
Administração Pública e administrados.

Letra C) assertiva correta, que nos faz recorda que o princípio da


publicidade não é absoluto, admitindo exceções, como as indicadas
na alternativa.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
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Letra D) se há violação à ordem do pagamento de precatórios é sinal


que houve ofensa ao princípio da impessoalidade;

Letra E) vimos durante a aula que a expressão legalidade alcança


atos normativos primários (ex. lei ordinária) e também secundários
(ex. regulamento).

GABARITO: Letra C

19) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo -


Controle Externo - Orçamento e Finanças) De acordo com a
Constituição Federal, os princípios da Administração Pública
aplicam-se
a) às entidades integrantes da Administração direta e indireta de
qualquer dos Poderes.
b) à Administração direta, autárquica e fundacional, exclusivamente.
c) às entidades da Administração direta e indireta, exceto às
sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica.
d) à Administração direta, integralmente, e à indireta de todos os
poderes e às entidades privadas que recebem recursos públicos,
parcialmente.
e) à Administração direta, exclusivamente, sujeitando- se as
entidades da Administração indireta ao controle externo exercido
pelo Tribunal de Contas.

COMENTÁRIOS

Conforme art. 37, caput, CF: “a administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte”.

GABARITO: Letra A

20) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) A propósito dos princípios que
informam a atuação da Administração pública tem-se que o
princípio da
a) eficiência e o princípio da legalidade podem ser excludentes, razão
pela qual cabe ao administrador a opção de escolha dentre eles, de
acordo com o caso concreto.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
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b) tutela permite que a administração pública exerça, em algum grau


e medida, controle sobre as autarquias que instituir, para garantia da
observância de suas finalidades institucionais.
c) autotutela permite o controle dos atos praticados pelos entes que
integram a administração indireta, inclusive consórcios públicos.
d) supremacia do interesse público e o princípio da legalidade podem
ser excludentes, devendo, em eventual conflito, prevalecer o
primeiro, por sobrepor-se a todos os demais.
e) publicidade está implícito na atuação da administração, uma vez
que não consta da constituição federal, mas deve ser respeitado nas
mesmas condições que os demais.

COMENTÁRIOS

A) Errada: havendo conflito entre os princípios da eficiência e o da


legalidade não há que se falar em exclusão de um deles, mas sim
preponderância de um deles diante de determinado caso concreto.

B) Correta: a assertiva traz o denominado controle finalístico


também chamado de supervisão ministerial.

C) Falsa: o controle previsto no enunciado diz respeito ao princípio


da tutela.

D) Falsa: constitui equívoco afirmar que o princípio da supremacia do


interesse público sobre o interesse privado sobrepõem-se a todos os
demais princípios.

E) Falsa: o princípio da publicidade consta expressamente do art. 37,


caput, da Constituição Federal.

GABARITO: letra B

EXERC
CÍC
CIO DE FIXAÇÃO

Encerrado o estudo das questões comentadas, julgue as assertivas


abaixo.

Não se esqueça que o meu objetivo é que você feche a prova de


Direto Administrativo.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

Algumas das frases foram retiradas de provas, outras de livros e


também elaboradas por mim.

01) Os princípios básicos da administração pública, expressos no art.


37, caput, da CF, estão consubstanciados em quatro regras de
observância permanente e obrigatória para o bom administrador:
legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade.

02) O princípio da eficiência foi introduzido no ordenamento jurídico


pátrio por meio da emenda constitucional nº 19/98.

03) A legalidade, como principio de administração (CF, art. 37,


caput), significa que o administrador público está, em toda a sua
atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências
do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de
praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e
criminal, conforme o caso.

04) O princípio da proteção à confiança constitui o aspecto subjetivo


do princípio da segurança jurídica.

05) A moralidade administrativa constitui pressuposto de validade de


todo ato da Administração Pública.

06) No Direito Administrativo, não há diferença entre moral comum e


moral jurídica.

07) A moral comum é imposta ao homem para sua conduta externa;


a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta
interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a
finalidade de sua ação: o bem comum.

08) Com base no princípio da continuidade do serviço público, nos


contratos que tenham por objeto a execução de serviço público, o
particular contratado poderá invocar a exceptio non adimpleti
contractus.

09) Fim legal é aquele que, dentre outros, a norma de Direito indica
expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal.

10) O principio da eficiência também deve ser entendido para excluir


a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos sobre suas
realizações administrativas.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

11) Publicidade é a divulgação oficial do ato para conhecimento


público e início de seus efeitos externos.

12) A publicidade, além de ser é elemento formativo do ato, é


requisito de eficácia e moralidade.

13) Os atos irregulares se convalidam com a publicação.

14) Baseado no princípio da tutela a Administração Pública tem o


dever-poder de rever seus próprios atos, anulando-os quando ilegais
ou revogando os atos válidos por motivos de conveniência e/ou
oportunidade.

15) Todo ato administrativo deve ser publicado.

16) O princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos,


além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu
conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em
geral.

17) A publicação que produz efeitos jurídicos é tanto a do órgão


oficial da Administração como a divulgação pela imprensa particular,
pela televisão ou pelo rádio, desde que em horário oficial.

18) Por meio oficial entendem-se exclusivamente o Diário Oficial das


entidades públicas.

19) Vale também como publicação oficial a afixação dos atos e leis
municipais na sede da Prefeitura ou da Câmara, onde não houver
órgão oficial, em conformidade com o disposto na Lei Orgânica do
Município.

20) A motivação dos atos administrativos é obrigatória apenas para


os atos discricionários, cuja prática pelo agente público confere
margem de liberdade.

21) O princípio da publicidade, basilar do estado de direito e


fundamento da administração pública brasileira, determina que toda
e qualquer ingerência estatal deverá ser publicada em órgão oficial,
sob pena de malferimento ao referido preceito.

22) Uma vez que a licitação permite a disputa de várias pessoas que
satisfaçam a critérios da lei e do edital, é correto afirmar que, com
isso, estão sendo observados os princípios constitucionais da
isonomia, da legalidade e da impessoalidade da administração
pública.

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23) A qualidade do serviço público prestado à população, a que


corresponde o direito do usuário de exigi-la, é consectário do
princípio constitucional da eficiência.

24) O art. 39, § 3º, da CF/88 autoriza a lei a estabelecer requisitos


diferenciados de admissão a cargo público, quando a natureza do
cargo o exigir. A pertinência desses requisitos, em relação a
determinado cargo a ser provido, é aferida mediante a aplicação do
princípio da razoabilidade.

25) Só é legítima a atividade do administrador público se estiver


condizente com preexistente norma geral, impessoal e abstrata que a
autorize. O enunciado traduz o princípio da moralidade.

26) A exigência constitucional de provimento por concurso público


dos cargos efetivos tem seu fundamento doutrinário básico no
princípio da isonomia.

27) A rejeição à figura do nepotismo no serviço público tem seu


amparo original no princípio constitucional da moralidade.

28) A Administração Pública ao realizar suas atividades deve


obediência, exclusivamente, ao princípio da legalidade estrita.

29) Contraria o princípio constitucional de publicidade da


administração pública o fato de um fiscal de contribuições
previdenciárias autuar empresa exclusivamente porque o proprietário
é seu desafeto.

30) O princípio da proporcionalidade tem como fundamentos:


adequação, exigibilidade e proporcionalidade em sentido estrito.

GABARITO: 01) E, 02) F, 03) V, 04) V, 05) V, 06) E, 07) V, 08) E, 09) V, 10) E,
11) V, 12) E, 13) E, 14) E, 15) E, 16) V, 17) E, 18) E, 19) V, 20) E, 21) F, 22) V,
23) V, 24) V, 25) F, 26) V, 27) V, 28) F, 29) F, 30) V.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


30 30
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
30 30
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
30 30

Seguem os breves comentários das assertivas incorretas...

01) Os princípios básicos da administração pública, expressos no art. 37, caput, da


CF, estão consubstanciados em quatro regras de observância permanente e

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obrigatória para o bom administrador: legalidade, moralidade, impessoalidade e


publicidade. (faltou eficiência)

02) O princípio da eficiência tornou-se expresso na Constituição Federal por meio


da EC 19/98, mas antes já era de observância obrigatória sendo considerado
princípio implícito relativamente à CF.

06) No Direito Administrativo, não há diferença entre moral comum e moral


jurídica. (a moral comum é a externa, ao passo que a moral jurídica relaciona-se às
condutas dos agentes da administração pública)

08) Com base no princípio da continuidade do serviço público, nos contratos que
tenham por objeto a execução de serviço público, o particular contratado não
poderá invocar a exceptio non adimpleti contractus.

10) O principio da eficiência também deve ser entendido para excluir a promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos sobre suas realizações
administrativas. (princípio da impessoalidade)

12) A publicidade, além de ser é elemento formativo do ato, é requisito de


eficácia e moralidade. (publicidade não é elemento formativo do ato, mas sim se
associa ao elemento forma)

13) Os atos irregulares se convalidam com a publicação. (não necessariamente,


pois a assertiva não diz sobre qual elemento incidiu o vício. De repente, se o vício
fosse falta de publicação, a ocorrência dessa poderia convalidar (confirmar) o ato.
De qq forma, a questão não traz elementos para essa conclusão)

14) O enunciado trata do princípio da tutela ou controle, e não da autotutela. Este


consiste no controle interno que cada pessoa jurídica da Administração Pública
exerce sobre os seus atos.

15) Todo ato administrativo deve ser publicado. (somente os que devam produzir
efeitos externos)

17) A publicação que produz efeitos jurídicos é tanto a do órgão oficial da


Administração como a divulgação pela imprensa particular, pela televisão ou
pelo rádio, desde que em horário oficial. (imprensa particular, somente se
contratada pelo Poder Público. Televisão e rádio não produzem efeitos)

18) Por meio oficial entendem-se exclusivamente o Diário Oficial das entidades
pública (a imprensa particular, quando contratada pelo Poder Público, atua como
meio oficial)

20) Prevalece o entendimento que a motivação, em regra, é obrigatória na prática


de todos atos administrativos, sejam vinculados ou discricionários.

21) O princípio da publicidade, basilar do estado de direito e fundamento da


administração pública brasileira, determina que toda e qualquer ingerência estatal
deverá ser publicada em órgão oficial, sob pena de malferimento ao referido
preceito. (já vimos que a regra possui exceções)

25) Só é legítima a atividade do administrador público se estiver condizente com


preexistente norma geral, impessoal e abstrata que a autorize. O enunciado traduz
o princípio da moralidade. (princípio da legalidade)

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26) A exigência constitucional de provimento por concurso público dos cargos


efetivos tem seu fundamento doutrinário básico no princípio da isonomia.

27) A rejeição à figura do nepotismo no serviço público tem seu amparo original no
princípio constitucional da moralidade.

28) A Administração Pública ao realizar suas atividades deve obediência,


exclusivamente, ao princípio da legalidade estrita. (tb a outros princípios, bem
como ao princípio da legalidade em sentido amplo)

29) Contraria o princípio constitucional de publicidade da administração pública o


fato de um fiscal de contribuições previdenciárias autuar empresa exclusivamente
porque o proprietário é seu desafeto. (princípio da impessoalidade)

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QU STÕES
UES S DA FCC COMENT
TADAS NESS
SA AUL
LA

01) (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) No que concerne à Administração Pública, o
princípio da especialidade tem por característica
a) a descentralização administrativa através da criação de entidades
que integram a Administração Indireta.
b) a fiscalização das atividades dos entes da Administração Indireta.
c) o controle de seus próprios atos, com possibilidade de utilizar-se
dos institutos da anulação e revogação dos atos administrativos.
d) a relação de coordenação e subordinação entre uns órgãos da
Administração Pública e outros, cada qual com atribuições definidas
em lei.
e) a identificação com o princípio da supremacia do interesse privado,
inerente à atuação estatal.

02) (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) O serviço público não é passível de
interrupção ou suspensão afetando o direito de seus usuários,
pela própria importância que ele se apresenta, devendo ser
colocado à disposição do usuário com qualidade e
regularidade, assim como com eficiência e oportunidade.
Trata-se do princípio fundamental dos serviços públicos
denominado
a) impessoalidade.
b) mutabilidade.
c) continuidade.
d) igualdade.
e) universalidade.

03) (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área


Judiciária) A conduta do agente público que se vale da
publicidade oficial para realizar promoção pessoal atenta
contra os seguintes princípios da Administração Pública:
a) razoabilidade e legalidade.
b) eficiência e publicidade.
c) publicidade e proporcionalidade.
d) motivação e eficiência.
e) impessoalidade e moralidade.

04) (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário –


Segurança) Analise as seguintes proposições, extraídas dos
ensinamentos dos respectivos Juristas José dos Santos
Carvalho Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello:

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
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I. O núcleo desse princípio é a procura de produtividade e


economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos
serviços públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional.
II. No texto constitucional há algumas referências a aplicações
concretas deste princípio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir
que o ingresso no cargo, função ou emprego público depende de
concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso
em plena igualdade.
As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes princípios
da Administração Pública:
a) moralidade e legalidade.
b) eficiência e impessoalidade.
c) legalidade e publicidade.
d) eficiência e legalidade.
e) legalidade e moralidade.

05) (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) O Jurista Celso Antônio Bandeira de
Mello apresenta o seguinte conceito para um dos princípios
básicos da Administração Pública: De acordo com ele, a
Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade
de princípios éticos. (...) Compreendem-se em seu âmbito,
como é evidente, os chamados princípios da lealdade e boa-fé.
Trata-se do princípio da
a) motivação.
b) eficiência.
c) legalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade.

06) (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área


Administrativa) A respeito dos princípios básicos da
Administração, é correto afirmar:
a) Em razão do princípio da moralidade o administrador público deve
exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeição e
rendimento funcional.
b) Os princípios da segurança jurídica e da supremacia do interesse
público não estão expressamente previstos na Constituição Federal.
c) A publicidade é elemento formativo do ato e serve para convalidar
ato praticado com irregularidade quanto à origem.
d) Por força do princípio da publicidade todo e qualquer ato
administrativo, sem exceção, deve ser publicado em jornal oficial.
e) O princípio da segurança jurídica permite a aplicação retroativa de
nova interpretação de norma administrativa.

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07) (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área


Administrativa) O princípio segundo o qual a Administração
Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração Indireta denomina-se
a) finalidade.
b) controle.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) legalidade.

08) (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário –


Contabilidade) A propósito da atividade administrativa,
considere:
I. A administração pública tem natureza de múnus público para quem
a exerce, isto é, de encargo de defesa, conservação e aprimoramento
dos bens, serviços e interesses da coletividade.
II. No desempenho dos encargos administrativos o agente do Poder
Público tem liberdade de procurar qualquer objetivo, ou de dar fim
diverso do previsto em lei, desde que atenda aos interesses do
Governo.
III. Dentre os princípios básicos da Administração não se incluem o
da publicidade e o da eficiência.
IV. O princípio da legalidade significa que o administrador público
está, em toda a sua atividade funcional, sujeito a mandamentos da
lei e às exigências do bem comum.
V. Enquanto no Direito Privado o poder de agir é uma faculdade, no
Direito Público é uma imposição, um dever para o agente que o
detém, traduzindo-se, portanto, num poder-dever.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, IV e V.
c) II, IV e V.
d) III e IV.
e) III e V.

09) (FCC - 2010 - MPE-SE - Analista – Direito) Sobre o


princípio da publicidade, é correto afirmar:
a) A veiculação de notícias de atos da Administração pela imprensa
falada, escrita e televisivada atende ao princípio da publicidade.
b) Se a lei não exigir a publicação em órgão oficial, a publicidade terá
sido alcançada com a simples afixação do ato em quadro de editais,
colocado em local de fácil acesso do órgão expedidor.
c) As edições eletrônicas do Diário Oficial da União são meramente
informativas, não produzindo, em nenhuma hipótese, os mesmos
efeitos que as edições impressas.

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d) A publicação de atos, contratos e outros instrumentos jurídicos,


inclusive os normativos, pode ser resumida.
e) A publicidade é elemento formativo do administrativo.

10) (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário – Contabilidade)


Sobre os princípios básicos da Administração Pública,
considere:
I. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional,
sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum.
II. Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com
presteza, perfeição e rendimento funcional.
III. Dever de expor expressamente os motivos que determinam o ato
administrativo.
As afirmações acima dizem respeito, respectivamente, aos princípios
da
a) motivação, razoabilidade e legalidade.
b) eficiência, impessoalidade e finalidade.
c) legalidade, eficiência e motivação.
d) proporcionalidade, finalidade e eficiência.
e) legalidade, proporcionalidade e fundamentação.

11) (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) O reconhecimento da validade de ato
praticado por funcionário irregularmente investido no cargo
ou função, sob o fundamento de que o ato pertence ao órgão e
não ao agente público, decorre do princípio
a) da especialidade.
b) da moralidade.
c) do controle ou tutela.
d) da impessoalidade.
e) da hierarquia.

12) (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) A


nomeação de suplentes em comissões é feita em observância
ao princípio da
a) moralidade.
b) proporcionalidade.
c) hierarquia.
d) continuidade.
e) publicidade.

13) (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal -


Prova tipo 3) Princípios da Administração Pública.
I. Dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse
público decorre, dentre outros, o da especialidade, concernente à
ideia de desconcentração administrativa.

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II. O princípio da presunção de legitimidade ou de veracidade dos


atos administrativos trata de presunção relativa, sendo o efeito de tal
presunção o de inverter o ônus da prova.
III. Como decorrência do princípio da autotutela, a Administração
Pública direta fiscaliza as atividades exercidas pelos entes da
Administração indireta.
IV. A motivação, em regra, não exige formas específicas, podendo ser
ou não concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes, por
órgão diverso daquele que proferiu a decisão.
SOMENTE estão corretas as assertivas
a) II e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e III.

14) (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo


Especializado) A respeito dos princípios da administração
pública é correto afirmar que
a) se aplicam também às entidades integrantes da Administração
indireta, exceto àquelas submetidas ao regime jurídico de direito
privado.
b) possuem uma ordem de prevalência, situando-se em primeiro
lugar os princípios da legalidade e da supremacia do interesse público
sobre o privado.
c) o princípio da eficiência com o advento da Emenda Constitucional
nº 19/98 ganhou acento constitucional, passando a sobrepor-se aos
demais princípios gerais aplicáveis à Administração.
d) se aplicam, em igual medida e de acordo com as ponderações
determinadas pela situação concreta, a todas as entidades
integrantes da Administração direta e indireta.
e) o princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e
a ele se subordinam o princípio da legalidade e o da eficiência.

15) (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Segundo a literalidade do caput do art. 37 da
Constituição de 1988, a Administração pública obedecerá, entre
outros, ao princípio da
a) proporcionalidade.
b) razoabilidade.
c) igualdade.
d) moralidade.
e) boa-fé.

16) (FCC - 2012 - MPE-AP - Técnico Ministerial - Auxiliar


Administrativo) O Prefeito de determinado Município, a fim de

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realizar promoção pessoal, utilizou-se de símbolo e de slogan que


mencionam o seu sobrenome na publicidade institucional do
Município. A utilização de publicidade governamental para promoção
pessoal de agente público viola o disposto no artigo 37, § 1º, da
Constituição Federal, ora transcrito: “a publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
O fato narrado constitui violação ao seguinte princípio da
Administração Pública, dentre outros:
a) Eficiência.
b) Publicidade.
c) Razoabilidade.
d) Impessoalidade.
e) Supremacia do Interesse Particular sobre o Público.

17) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Sobre os


princípios orientadores da administração pública é INCORRETO
afirmar:
a) A administração pública não pode criar obrigações ou reconhecer
direitos que não estejam determinados ou autorizados em lei.
b) A conduta administrativa com motivação estranha ao interesse
público caracteriza desvio de finalidade ou desvio de poder.
c) A oportunidade e a conveniência são delimitadas por razoabilidade
e proporcionalidade tanto na discricionariedade quanto na atividade
vinculada da administração pública.
d) Além de requisito de eficácia dos atos administrativos, a
publicidade propicia o controle da administração pública pelos
administrados.
e) O princípio da eficiência tem sede constitucional e se reporta ao
desempenho da administração pública.

18) (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Com relação aos


princípios constitucionais da Administração Pública, está em
conformidade com a
a) moralidade o ato administrativo praticado por agente público em
favorecimento próprio, desde que revestido de legalidade.
b) eficiência a prestação de serviço público que satisfaça em parte às
necessidades dos administrados, desde que realizados com rapidez e
prontidão.
c) publicidade o sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado ou o indispensável à defesa da intimidade.
d) impessoalidade a violação da ordem cronológica dos precatórios
para o pagamento dos créditos de natureza comum.

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e) legalidade a inobservância a quaisquer atos normativos que não


sejam lei em sentido estrito e provindos de autoridades
administrativas.

19) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo -


Controle Externo - Orçamento e Finanças) De acordo com a
Constituição Federal, os princípios da Administração Pública aplicam-
se
a) às entidades integrantes da Administração direta e indireta de
qualquer dos Poderes.
b) à Administração direta, autárquica e fundacional, exclusivamente.
c) às entidades da Administração direta e indireta, exceto às
sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica.
d) à Administração direta, integralmente, e à indireta de todos os
poderes e às entidades privadas que recebem recursos públicos,
parcialmente.
e) à Administração direta, exclusivamente, sujeitando- se as
entidades da Administração indireta ao controle externo exercido pelo
Tribunal de Contas.

20) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) A propósito dos princípios que
informam a atuação da Administração pública tem-se que o
princípio da
a) eficiência e o princípio da legalidade podem ser excludentes, razão
pela qual cabe ao administrador a opção de escolha dentre eles, de
acordo com o caso concreto.
b) tutela permite que a administração pública exerça, em algum grau
e medida, controle sobre as autarquias que instituir, para garantia da
observância de suas finalidades institucionais.
c) autotutela permite o controle dos atos praticados pelos entes que
integram a administração indireta, inclusive consórcios públicos.
d) supremacia do interesse público e o princípio da legalidade podem
ser excludentes, devendo, em eventual conflito, prevalecer o
primeiro, por sobrepor-se a todos os demais.
e) publicidade está implícito na atuação da administração, uma vez
que não consta da constituição federal, mas deve ser respeitado nas
mesmas condições que os demais.

GABARITO: 01) A, 02) C, 03) E, 04) B, 05) E, 06) B, 07) B, 08) B, 09) B, 10) C, 11) D, 12)
D, 13) A, 14) D, 15) D, 16) D, 17) C, 18) C, 19) A, 20) B.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


20 20
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
20 20
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
20 20

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Neste momento, chego ao final desta aula demonstrativa na


expectativa de que por meio dela você tenha aprimorado seus
conhecimentos acerca dos princípios da Administração Pública.

Espero ter despertado o seu interesse em participar do curso.

Qualquer dúvida é só fazer contato.

Grande abraço

Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br

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