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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

AULA 1
(17/10/13)

Prezado(a) aluno(a),

Nessa primeira aula será abordado o seguinte tema:

• Poderes administrativos: poder hierárquico; poder


disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso
do poder.

• Processo administrativo (Lei nº 9.784/99): das disposições


gerais; dos direitos e deveres dos administrados.

Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos


Concursos.

Grande abraço e ótima aula,

Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br

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PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

PONTO 2
RES ADMINIS
PODER STRA
ATIV
VOS

Poderes administrativos são os instrumentos que a ordem jurídica


disponibiliza para a Administração Pública alcançar suas
finalidades.

De acordo com a doutrina os poderes são:

• regulamentar (normativo);
• hierárquico;
• disciplinar;
• vinculado;
• discricionário;
• de polícia.

2.1. PODER VINCULADO

No exercício do poder vinculado o agente público não tem


liberdade para agir, pois a lei não lhe confere escolhas. Não há
análise de conveniência e de oportunidade quando da prática do ato.

Um Auditor da Receita Federal do Brasil, por exemplo, ao aplicar uma


multa por descumprimento de obrigação acessória, não faz uma
análise subjetiva para agir (será que é conveniente e/ou oportuno
para o Poder Público multar o infrator?). A lei determina que ele
aplique a punição e não há outro caminho a seguir, sob pena de
cometer infração disciplinar.

Observe que no exercício do poder vinculado a lei já determina


previamente como deve agir o agente público, não cabendo a este
realizar escolhas.

Exemplos: licença para construir; aposentadorias (quaisquer delas:


compulsória, voluntária ou por invalidez); exoneração de servidor
reprovado no estágio probatório. Em todas essas situações, presentes
os requisitos para conceder a licença, a aposentadoria ou exonerar o
servidor, outras não poderão ser as condutas da autoridade
administrativa.

2.2.. PODER
R DISCR
RIC
CIONÁR
RIO
O

Em que pese também existir subordinação do agente público à lei,


esta lhe confere certa margem de liberdade. Calcado num juízo de

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mérito (oportunidade e conveniência), o agente público


poderá fazer escolhas, dentre as opções indicadas pela
legislação, elegendo aquela que na sua visão melhor atende ao
interesse público.

Exemplos: autorização para fechamento de rua; nomeação para


cargo em comissão (também a exoneração); gradação da pena de
suspensão (de 1 a 90 dias, de acordo com a Lei 8.112/90).

Por fim, é interessante ressaltar que os atos praticados no


exercício do poder discricionário, apesar de estarem sujeitos à
análise subjetiva do administrador público (oportunidade +
conveniência), podem ser apreciados quanto à legalidade pelo
Poder Judiciário.

Muita atenção nesse ponto, pois é tema muito cobrado pelas bancas.
A discricionariedade não impede que o Judiciário aprecie o ato
praticado, pois a análise não incidirá sobre a oportunidade e
conveniência (critérios exclusivos de quem praticou o ato), mas sim
sobre a sua legalidade.

2.3.. PODER
R REGULA
AME
ENTAR

O poder regulamentar também é denominado de poder


normativo.

O nome desse poder serve de auxílio para identificação de sua


função: regulamentar as leis. Daí eu pergunto: para que
regulamentar as leis? Resposta: para viabilizar a sua execução!

Portanto, por meio do poder regulamentar a Administração Pública


edita normas complementares às leis viabilizando a sua
execução.

Como exemplos de normas complementares (atos normativos


secundários): decretos, regulamentos, portarias e resoluções.
Atentar para a necessidade de analisar o contexto para confirmar se
tais normas foram utilizadas como instrumentos do poder
regulamentar. Lembre-se da questão acima indicada.

É muito importante que você saiba que o papel do poder


regulamentar é complementar, significando que o ato normativo
editado só poderá abordar matérias previstas na lei
regulamentada.

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Guarde o que vou lhe dizer agora: somente por lei é possível
inovar (criar direitos e obrigações), significando que por meio
do poder regulamentar não há inovação! Decretos,
regulamentos, portarias e etc. não são instrumentos hábeis para
criação de direitos ou obrigações. Essa regra é simples consequência
da aplicação do princípio da legalidade em nosso ordenamento
jurídico. Concorda?

Veja o que diz o art. 84 (“Comete privativamente ao Presidente da


República:”), em seu inciso IV: “sancionar, promulgar e fazer publicar
as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução”.

Pergunto-lhe: o exercício do poder normativo limita-se à


expedição de decretos e regulamentos? Você já viu comigo que
não, outros atos são manifestações do poder regulamentar, tais como
resoluções, portarias, instruções e etc...

Outra pergunta: todos esses atos citados são de competência


privativa do chefe do Poder Executivo? Não, apenas os decretos e
regulamentos (leia de novo o art. 84, IV e confirme essa resposta).

Portanto, o exercício do poder normativo não é privativo do


Chefe do Poder Executivo, podendo ser exercido por outras
autoridades administrativas.

Linhas acima destaquei a natureza complementar do poder


regulamentar, dando ênfase à necessidade de observância da matéria
tratada pela lei regulamentada. Ou seja, a Administração Pública não
pode por meio do poder normativo regular matéria diferente da
prevista na lei regulamentada.

Quanto a esse tema, você não precisar ter dúvidas na sua prova, pois
STF e STJ possuem posição pacífica que o papel do poder
regulamentar não é inovador, ou seja, por meio do poder
regulamentar não é possível criar direitos ou obrigações.

O STJ homenageia o princípio da legalidade mantendo a sua posição


quanto à impossibilidade de a Administração Pública regulamentar,
por meio de atos normativos secundários, situações não pré-definidas
em lei, tais atos são veículos para explicitação do modo de execução
das leis regulamentadas, conforme disposto no art. 84, IV, CF.

A posição sustentada pelo STF é idêntica, o que se pode confirmar do


julgamento da ADI 3232-TO (DJe 02/10/08), de relatoria do Min.
Cezar Peluso, por meio da qual o Pleno declarou a

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inconstitucionalidade do art. 5º, da Lei 1.124/00, do Estado do


Tocantins, que autorizava o Chefe do Poder Executivo criar cargos
públicos por meio de decreto, fixando-lhes competências,
denominações e atribuições.

Inclusive, a Constituição Federal, em seu art. 49, V, confere


competência exclusiva ao Congresso Nacional para sustar atos
normativos expedidos pelo Poder Executivo que extrapolem os
limites do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.

Atenção, pois as bancas, como pegadinha, substituem a palavra


“sustar” por “anular” ou “revogar”. Outra pegadinha consiste em
trocar “Congresso Nacional” por “Câmara dos Deputados”, “Senado
Federal” ou “Tribunal de Contas da União”. Fique ligado(a) nisso!!!

Até esse momento estudamos os decretos executivos, utilizados pela


Administração Pública para esclarecer o conteúdo das leis viabilizando
a sua execução.

Diferentemente do executivo, o decreto autônomo é inovador,


pois seu papel não é explicitar o conteúdo das leis, mas sim servir
como instrumento para criação do Direito (criação de direitos e
obrigações).

Alguns países adotam esses dois decretos, o que não ocorre no


Brasil desde a promulgação da Constituição Federal de 1988,
apesar de existir forte corrente doutrinária sustentando que a
emenda constitucional nº 32, ao alterar a redação do art. 84, VI, da
CF, restabeleceu no Brasil os decretos autônomos, uma vez que
possibilitou ao Chefe do Poder Executivo, por meio de decreto, dispor
sobre:

• organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção
de órgãos públicos;

• extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

Leia novamente as duas situações acima e me responda: em alguma


delas há criação de direito ou deveres?! Veja a primeira regra: é
possível organizar a administração federal desde que não haja
aumento de despesa ou criação/extinção de órgãos públicos.

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Quer dizer, organizo sem criar direitos ou obrigações! Da mesma


forma, cargos e função, se vagos, podem ser extintos, ou seja, a
extinção não afetará o direito de ninguém!

Em ambas as hipóteses não há inovação, característica principal do


decreto autônomo.

Na realidade, a melhor posição doutrinária é a que defende a


inexistência de decretos e regulamentos autônomos no Brasil,
mesmo após a EC 32/01, pois referidos atos normativos, para se
caracterizarem como tal, devem ser instrumentos de criação de
direitos e de obrigações.

Definitivamente, com o respeito dos que pensam de forma diferente,


a figura do decreto autônomo não encontra guarida no nosso
ordenamento jurídico pátrio, por resistência imposta pelo princípio
constitucional da reserva legal (art. 5º, II, da CF).

Destaco que a posição que prevalece nos concursos públicos é


pela inexistência de decretos autônomos criadores de direitos
e de obrigações.

O que se pode admitir é a utilização da expressão “decreto


autônomo” não como referência aos decretos autônomos existentes
anteriormente à CF/88, mas sim para diferenciar os decretos
previstos no art. 84 VI dos executivos, pois esses existem para
possibilitar a execução de uma lei preexistente, enquanto aqueles não
regulamentam nenhuma lei, tendo existência independente
(autônoma).

Basta você pensar: um decreto que extingue um cargo vago está


regulamentando qual lei? Nenhuma, daí atribuir o adjetivo
“autônomo” para enfatizar essa sua característica.

Enquanto os decretos executivos buscam sua validade na lei


regulamentada, os decretos autônomos do art. 84, VI, buscam sua
validade diretamente da CF.

2.4.. PODER
R HIE
ERÁR
RQUI
ICO

Sempre que estiver estudando ou fazendo provas lembre-se do que


vou dizer agora: aparecendo a expressão “hierarquia” pense em
Administração Pública.

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A organização administrativa tem como pressupostos a distribuição


de competências (distribuição de atribuições entre os diversos
órgãos, cargos e funções que compõem a Administração Pública) e a
hierarquia (relação de coordenação e subordinação existente entre
os órgãos/agentes administrativos).

Já estudamos que a expressão “administração pública” em sentido


amplo abrange os três Poderes do Estado quando no exercício de
função administrativa.

Por isso existe hierarquia tanto no Poder Executivo, como nos


Poderes Legislativo e Judiciário.

Mas faço questão de destacar que não existe hierarquia entre


os Poderes! Da mesma forma, não há hierarquia nos Poderes
Legislativo e Judiciário quando exercem suas funções típicas
(funções próprias, respectivamente, legislar e julgar conflitos com
definitividade). A hierarquia é inerente à Administração Pública,
podendo se fazer presente nos citados Poderes quando seus
agentes estejam no exercício de função administrativa.

De acordo com Hely Lopes Meirelles1, poder hierárquico é o “de que


dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus
órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a
relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de
pessoal”.

Apesar de o autor referir-se a “Executivo”, peço para que você leia o


conceito substituindo essa expressão por “Administração Pública”,
pois já vimos que todos os três Poderes exercem os poderes
administrativos.

Para facilitar seu estudo, abaixo listarei condutas de agentes público


que são exemplos de manifestação do poder hierárquicos:

• edição de atos normativos com efeitos apenas internos


disciplinando a atuação dos órgãos subordinados (atenção,
pois esses atos não se confundem com os regulamentos, uma vez
que não obrigam estranhos à Administração Pública, mas apenas
produzem efeitos internos);

• dar ordens aos subordinados (só pode dar ordem quem está
numa posição hierarquicamente superior);

1
Direito Administrativo Brasileiro, pag. 121.

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• poder de fiscalização das atividades desempenhadas pelos órgãos


e agentes subordinados;

• exercício da autotutela (poder de revisão), de ofício ou mediante


provocação, por meio do controle dos atos praticados pelos órgãos
inferiores, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando
inconvenientes e/ou inoportunos.

• aplicação de sanções nos casos de infrações funcionais


(disciplinares);

• avocação e delegação de competências;

• exoneração de servidores (muito cuidado aqui, pois exoneração


não é punição, mas sim ato decorrente de hierarquia).

Por fim, não posso deixar de chamar sua atenção para que você não
confunda subordinação administrativa com vinculação
administrativa.

A vinculação administrativa, que será estuda oportunamente, é


resultante da supervisão ministerial desempenhada pela
Administração Direta sobre os atos praticados pelas pessoas
administrativas integrantes da Administração Indireta. Tome-
se como exemplo a supervisão desempenhada pelo Ministério da
Educação (órgão da União) sobre as Universidades de ensino
constituídas sob a forma de autarquias ou fundações (ambas
entidades da Administração Indireta).

Já a subordinação administrativa está ligada ao poder


hierárquico, mais especificamente à desconcentração
administrativa.

Raciocine da seguinte forma: enquanto a subordinação


administrativa vincula-se à desconcentração (distribuição de
competências para os órgãos integrantes de uma pessoa jurídica) a
vinculação administrativa associa-se à descentralização
administrativa (distribuição de competências entre pessoas
diversas).

Até aqui tudo certo? Mantenha-se firme que está quase terminando...

Seja nos estudos dos atos administrativos, dos poderes


administrativos ou da Lei 9.784/99. Lá estão a avocação e a
delegação sendo objeto de perguntas das bancas.

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Para resolver a grande maioria das questões será suficiente a leitura


dos artigos 12 a 15 da Lei 9.784/99.

- Delegação:

Portanto, vamos estudar esses artigos, começando pelo art. 12, que
é uma fonte de questões de provas:

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não


houver impedimento legal, delegar parte da sua competência
a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente,
em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.

Para começar, a expressão “se não houver impedimento legal”


demonstra que a regra em nosso ordenamento jurídico é a
possibilidade de delegação, independentemente de autorização
legal expressa.

Portanto, o agente público poderá delegar sua competência,


salvo nas hipóteses em que a lei proíba.

Mas a lei é clara ao preceituar que a delegação não pode ser total,
mas somente parcial.

Além disso, a delegação é ato discricionário, pois a norma faz


referência à conveniência da delegação.

Agora o importantíssimo art. 13...

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:


I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.

Considerando-se que a regra é delegar, a lei traz as hipóteses em


que será proibida a delegação. Muito cuidado com duas pegadinhas
de concurso público: 1ª) envolvendo o inciso II: a banca pode
substituir a expressão “recursos administrativos” por “impugnação

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administrativa”. Se ela fizer isso aí muda de figura, pois as decisões


de impugnação administrativa podem ser objeto de delegação; 2ª)
envolvendo o inciso III: a banca pode substituir a palavra
“exclusiva” por “privativa”. A competência privativa pode ser objeto
de delegação.

Exemplos de delegação estão no art. 84, parágrafo único, da CF, que


prevê a possibilidade de o Presidente da República delegar a
competência para prover cargos públicos a Ministro de Estado,
Advogado Geral da União ou Procurador Geral da República.

Inclusive, quanto a esse dispositivo constitucional, o STF decidiu que


a competência para prover cargos públicos (ex: nomeação) abrange
também a para desprover (ex: demissão), matéria inclusive objeto de
questão de prova:

Quanto ao próximo artigo, em função de sua clareza, vou apenas


transcrevê-lo, sendo desnecessário fazer comentários:

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser


publicados no meio oficial.
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e
os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter
ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela
autoridade delegante.
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-
ão editadas pelo delegado.

- Avocação:

É regulada pelo art. 15 da Lei 9.784/99:

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por


motivos relevantes devidamente justificados, a
avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

Quanto a esse tema, as bancas exploram demais o fato de a


avocação ser excepcional, ou seja, enquanto a delegação é regra
a avocação é exceção.

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Outra questão importante reside no final do artigo, na expressão


“órgão hierarquicamente inferior”. Significa que é órgão
hierarquicamente superior que avoca a competência de órgão
hierarquicamente inferior. Eu digo em sala de aula que o superior
hierárquico, na avocação, traz para si a competência.

Exemplo de avocação está no art. 103-B, §4º, da CF, que prevê a


possibilidade de avocação pelo Conselho Nacional de Justiça de
processos disciplinares em curso, instaurados contra membros ou
órgãos do Poder Judiciário.

Da mesma forma que ocorre na delegação, a competência exclusiva


não pode ser objeto de avocação.

2.5.. PODER
R DISCI
IPLI
INA
AR

Caiu questão sobre poder disciplinar você de cara deve pensar em


duas coisas: apuração de infrações e aplicação de penalidades.

Portanto, por meio do poder disciplinar a Administração Pública apura


infrações administrativas. Detectada a infração, ela aplicará a
respectiva penalidade. Aqui eu lhe pergunto: quem pode sofrer essa
punição?

Guarde a seguinte informação: servidores públicos e demais


pessoas que estejam sob a disciplina administrativa.

Essas “demais pessoas que estejam sob a disciplina administrativa”,


em regra, estão vinculadas à Administração Publica por meio de
contratos.

Outro ponto importante para a prova é você saber que a punição


penal é diferente da punição administrativa, o que não impede
de ambas serem aplicadas concomitantemente, desde que o ilícito
praticado configure tanto infração disciplinar como infração penal.

Uma constatação interessante: toda infração criminal funcional


corresponde a uma infração disciplinar, não sendo o contrário
verdadeiro, pois nem toda infração disciplinar equivale a uma
infração criminal. Raciocine sobre essa frase. Toda vez que o
servidor comete um crime ou uma contravenção estará cometendo
uma infração disciplinar; mas nem toda infração disciplinar constitui
crime ou contravenção.

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De qualquer forma, para aplicação da pena são imprescindíveis


prévio processo administrativo e motivação do ato punitivo.

Para fechar os comentários sobre poder disciplinar, vamos analisar


uma questão que gera muita discussão: poder disciplinar é
vinculado ou discricionário?

A doutrina tradicional, encontrando respeitáveis vozes


contrárias, aponta o poder disciplinar como de exercício
discricionário quanto à escolha ou à graduação da penalidade,
uma vez que os estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas
como ocorre no Direito Penal.

Contudo, há que se ressaltar a existência de diversas leis que


descrevem objetivamente as infrações administrativas e as
suas respectivas penalidades. Como exemplo, adote-se a Lei
8.112/90, em que apenas há espaço para discricionariedade na
graduação do prazo de suspensão e na análise da conversão desta
punição para multa diária (art. 130, §2º: “Quando houver
conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia
de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço”).

A Terceira Seção do STJ caminha de forma diferente da


doutrina tradicional invertendo a concepção para um poder
disciplinar vinculado, desgarrado de juízos de conveniência e
oportunidade.

Portanto, a posição que prevalece na doutrina é que, em regra,


o poder disciplinar é discricionário, porém, no STJ, a posição
majoritária é pela sua natureza vinculada!

2.6.. PODER
R DE POLÍC
CIA
A

Do programa consta a seguinte referência a poder de polícia:


“conceito, finalidade e condições de validade”.

Sinceramente, considerei bastante vaga a forma apresentada pela


banca, afinal de contas o que ela pretende ao cobrar finalidade e
condições de validade?

Como seguro morreu de velho e o meu papel é oferecer para meus


alunos condições de ser aprovado no concurso pretendido, farei uma
abordagem ampla e segura do instituto. Mãos à obra...

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O poder de polícia é atividade desempenhada pelo Estado cujo


objetivo é limitar direitos individuais, restringindo-os ou
condicionando-os, em benefício do interesse público.

Exemplificando: 1) restrições: proibição de estacionar o veículo


em determinados locais; limites de velocidade; semáforos; 2)
condicionamentos: obrigatoriedade de requerer ao Município
licença para construir; porte de arma; permissão para dirigir.

É Importante destacar que essa prerrogativa do Poder Público de


limitar direitos individuais deve ser prevista em lei por conta do
princípio da legalidade.

Inclusive nesse momento dou uma dica para você: quando a questão
de prova abordar princípios aplicáveis a poder de polícia,
geralmente as respostas envolvem o princípio da legalidade,
impondo a obrigatoriedade de as limitações de polícia terem origem
na lei, e o princípio da proporcionalidade, exigindo que as
medidas de polícia sejam proporcionais aos fins visados.

A doutrina sustenta que a razão do poder de polícia é o interesse


social e seu fundamento é a supremacia do interesse público
sobre o interesse privado.

No direito brasileiro, o conceito de poder de polícia foi positivado no


art. 78 do Código Tributário Nacional:

“Considera-se poder de polícia atividade da administração


pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse
ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concernente à segurança,
à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e
do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos”.

O mesmo Código Tributário Nacional, em seu art. 77, prevê que o


exercício do poder de polícia constitui fato gerador do tributo taxa.

Quanto à competência para exercício do poder de polícia, lembre-se


na prova que pertencerá, em princípio, à pessoa federativa à qual
a Constituição Federal conferiu o poder de regular o assunto.
Essa distribuição de competência baseia-se no que a doutrina chama
de princípio da predominância do interesse.

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Com base nesse critério, de acordo com Hely Lopes Meirelles2, “os
assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a
regulamentação e policiamento da União; os de interesse
regional sujeitam-se às normas e à polícia estadual, e os de
interesse local sujeitam-se aos regulamentos edilícios e ao
policiamento administrativo municipal”.

A seguir, destacarei alguns temas que são questões presentes com


frequência em concursos públicos:

- Polícia administrativa x polícia judiciária:

Para simplificar seu estudo elaborei o seguinte quadro:

Polícia administrativa Polícia judiciária


Ilícitos administrativos Ilícitos penais
Atua sobre bens, direitos e Atua sobre pessoais
atividades
Preventiva e repressiva Preventiva e repressiva
Regida pelo Direito Administrativo Regida pelo Direito Processual Penal

- Formas de atuação do poder de polícia:

Abrangendo as atividades dos Poderes Legislativo e Judiciário, o


Estado vale-se dos seguintes meios para exercer seu poder de
polícia:

a) atos normativos: o Estado impõe limitações administrativas aos


direitos individuais por meio das leis e regula a aplicação destas por
meio dos decretos, regulamentos, portarias, instruções, resoluções e
etc. Significa que tantos os atos normativos primários (leis) como os
secundários (decretos, portarias...) constituem formas de atuação do
poder de polícia.

b) atos administrativos e fatos administrativos (operações


materiais): ambos têm como propósito aplicar os comandos das leis
aos casos concretos, seja por meio de medidas preventivas, como
fiscalizações, autorizações e licenças, ou de medidas repressivas,
como apreensão de mercadorias e interdições de estabelecimentos
comerciais.

2
Direito Administrativo Brasileiro, pag. 130.

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

- Sanções de polícia:

O exercício do poder de polícia seria ineficaz se não fosse aparelhado


de sanções para os casos de desobediência.

O ordenamento jurídico pátrio exige que referidas sanções sejam


aplicadas em consonância com os princípios da legalidade e da
proporcionalidade, exigindo-se que a sanção seja previamente
prevista em lei e que seja proporcional à infração cometida ou ao
dano causado à coletividade.

São exemplos de sanções de polícia: interdição de atividade,


fechamento de estabelecimento, demolição de construção, embargo
administrativo de obra, destruição de objetos, inutilização de gêneros
alimentícios, proibição de fabricação ou comércio de certos produtos
e vedação de localização de indústrias ou de comércio em
determinadas zonas.

As ações punitivas decorrentes do exercício do poder de polícia


prescrevem em 5 (cinco) anos, conforme dispõe o art. 1º da Lei
9.873/99.

- Atributos do poder de polícia:

Falando agora sobre atributos do poder de polícia, eis os indicados


pela doutrina: discricionariedade, coercibilidade e
autoexecutoriedade.

Ao estudo de cada um deles...

a) Discricionariedade:

Significa que no exercício do poder de polícia, o agente público,


dentro dos limites impostos pela lei, têm liberdade para agir
pautado em critérios de conveniência e oportunidade.

É importante advertir que nem todo ato de polícia é


discricionário, pois em determinadas situações a lei prevê qual
solução deve ser adotada pelo agente público, não lhe sendo
atribuída qualquer opção. Nesses casos, o ato de polícia será
vinculado.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

Como exemplos, os alvarás de licença e de autorização. Enquanto a


licença é ato de polícia vinculado (licença para construir), a
autorização é ato de polícia discricionário (autorização para
porte de arma).

b) Coercibilidade:

É a características do ato de polícia de poder ser imposto pelo


agente público independente da concordância do particular
destinatário do ato.

Equivale à imperatividade dos atos administrativos, sendo certo


afirmar que todo ato de polícia é coercitivo (imperativo), ou
seja, obrigatório para seu destinatário.

c) Autoexecutoriedade:

A Administração Pública executa os seus atos de polícia


independentemente de prévia manifestação do Poder
Judiciário. Significa que a Administração Pública pode executar seus
atos de polícia sem que seja necessário ingressar com uma ação
junto ao Poder Judiciário para obter a decisão do magistrado.

Por meio desse atributo, a Administração Pública compele


materialmente o administrado (executoriedade), valendo-se de
meios diretos de coerção (exs: apreensão de mercadorias, interdição
de estabelecimentos e dispersão de manifestação de grevistas).

Mas também há poder de polícia quando a Administração Pública


compele formalmente o administrado (exigibilidade),
utilizando-se de meios indiretos de coerção (exs: multas – o Poder
Público impõe ao particular determinada obrigação sob pena de, em
caso de descumprimento, pagamento de multa)

No caso de ilegalidade da atuação do Poder Público, o particular


lesado poderá buscar reparação por meio de ação competente no
Poder Judiciário:

Nem todo ato de polícia possui o atributo da


autoexecutoriedade, como ocorre na cobrança de valores (por ex.:
multas), em que a Administração Pública deve ajuizar a ação
competente para efetuar a cobrança coercitiva do devedor.

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- Delegação do poder de polícia:

Quando o ente federativo (administração direta) exerce o seu poder


de polícia, editando leis e atos administrativos, diz-se que há
exercício de poder de polícia originário.

Quando pessoas administrativas integrantes da administração


indireta exercem poder de polícia que lhes foi delegado pela
administração direta resta caracterizado exercício de poder de
polícia delegado.

É posição majoritária na doutrina e na jurisprudência que o poder de


polícia não pode ser delegado a particulares.

Tem-se admitido nos casos de exercício do poder de polícia


fiscalizatório a atribuição a pessoas privadas, por meio de contratos,
da exclusiva tarefa de operacionalizar equipamentos para constatação
de fatos, como ocorre com os radares nas rodovias e nos
equipamentos de triagens colocados em aeroportos para identificação
de objetos ilícitos. Nessas situações não há delegação de poder de
polícia, mas apenas atribuição ao particular da tarefa de constatar os
fatos através de maquinas e equipamentos.

E se a pessoa jurídica de direito privado for integrante da


administração indireta, será possível a delegação do poder de polícia?

Questão muito controvertida, que vem dividindo a doutrina.

Atualmente, por conta de recente decisão da Segunda Turma do STJ


proferida no julgamento do REsp 817.534, ganha maiores relevos a
posição que rejeita a delegação do poder de polícia sancionador para
os particulares integrantes da administração indireta.

No julgamento do referido recurso, a Segunda Turma decidiu pela


possibilidade de a BHTrans, sociedade de economia mista do
município de Belo Horizonte, exercer atos relativos à fiscalização no
trânsito da capital mineira, sem, contudo, poder aplicar multas.

De acom com a referida decisão, o poder de polícia é o dever estatal


de limitar o exercício da propriedade e da liberdade em favor do
interesse público. Suas atividades dividem-se em quatro grupos:
legislação, consentimento, fiscalização e sanção.

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Segundo o relator do julgamento – Min. Mauro Campbell Marques -,


as atividades de consentimento e fiscalização podem ser
delegadas, pois compatíveis com a personalidade das sociedades de
economia mista. Entretanto, para o ministro, deve permanecer a
vedação à imposição de sanções por parte da BHTrans.
- Súmulas

Para fechar, seguem algumas súmulas relacionadas ao tema:

- Súmula do STF n° 645

• É competente o município para fixar o horário de


funcionamento de estabelecimento comercial.

- Súmula do STF nº 646

• Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que


impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo
ramo em determinada área.

- Súmula do STJ nº 19

• A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é


da competência da União.

- Súmula do STJ nº 127

• É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao


pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado.

2.7. USO E ABUSO DO PODER

- Uso do poder:

Está presente quando o agente público, no exercício de suas funções,


utiliza-se das prerrogativas (poderes administrativos) que lhe foram
conferidas observando os limites traçados pelo ordenamento jurídico.

Daí ser importante destacar que os poderes administrativos são


conferidos aos agentes públicos para utilização obrigatória, não tendo
os mesmos liberdade para renunciá-los ou simplesmente não exercê-
los.

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Ao mesmo tempo que tais prerrogativas constituem-se em poderes, o


seu exercício é obrigatório (desde que benéfico à coletividade),
traduzindo-se no que a doutrina denomina de poder-dever.

Hely Lopes Meirelles3 leciona que “se para o particular o poder de agir
é uma faculdade, para o administrador público é uma obrigação de
atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício
da comunidade”.

- Ab
bus
so do
o pod
der:

Quanto a esse tema, basta pensar da seguinte forma: o agente


público – que é qualquer pessoa física que exerça função pública, tal
como um auditor tributário do DF ou um jurado do Tribunal do Júri -
para exercer suas funções utilizará de alguns poderes conferidos pela
lei. É importante ter em mente que o exercício da função pública está
relacionado ao atendimento do interesse da coletividade.

Portanto, um policial federal exerce função pública, da mesma forma


que um jurado do Tribunal do Júri, com o propósito de satisfazer os
interesses da coletividade.

No exercício das funções públicas pode ocorrer, infelizmente, dos


agentes públicos utilizarem de seus poderes desrespeitando as leis, a
própria Constituição Federal ou os princípios administrativos.

Quando isso ocorrer, estaremos diante do “abuso de poder”.


Portanto, você deve marcar na prova que um ato praticado com
abuso de poder é ilegal, passível de ser anulado.

Só que o abuso de poder divide-se em duas espécies: excesso de


poder e desvio de finalidade (também chamado de desvio de
poder).

Como o abuso de poder é ilegal, por motivos óbvios, suas espécies


“excesso de poder” e “desvio de finalidade” também serão ilegais,
passíveis de anulação, conforme já dito linhas acima.

Resta saber qual a diferença entre estas duas espécies. Vamos lá...

Vou dar um exemplo bem absurdo para facilitar a sua compreensão:


imagine uma operação da Polícia Federal no combate à sonegação
fiscal. Em determinada diligência, um policial federal, ao constatar

3
Direito Administrativo Brasileiro, pag. 105.

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que os empregados da empresa sonegadora não possuem carteira de


trabalho, lavra um auto de infração multando a empresa por essa
prática. Pergunto para você: policial federal tem competência para
multar empresa por manter empregados sem assinatura de carteira
de trabalho? Daqui ouvi sua resposta. Obviamente que não! Portanto,
ao praticar um ato sem competência o agente agiu além dos seus
poderes, ou seja, agiu com excesso de poder.

Age com excesso de poder o agente público que extrapola


seus poderes na prática de determinado ato. Quer dizer, age
sem ter competência para aquele determinado ato.

Já no desvio de finalidade (desvio de poder), o agente público


tem competência para a prática do ato, mas ao executá-lo não
atende à finalidade prevista na lei. Outro exemplo, este não tão
absurdo, pelo contrário, muito comum. Determinado município, por
força de lei, recebe verba do Governo Federal que deve ser aplicada
em ações voltadas para a educação. Porém, o Prefeito, por considerar
que a educação do município “vai muito bem obrigado” aplica o
dinheiro em postos de saúde e em hospitais. Perceba que a intenção
do prefeito foi muito boa. Mas pergunto: a lei determinava que o
dinheiro fosse aplicado em qual área? Educação, não é? Como ele
aplicou na saúde não atendeu à finalidade da lei, agindo, portanto,
com desvio de finalidade.

O mesmo ocorre quando uma remove um servidor como forma de


punição. Ora, em regra a lei tem como finalidade da remoção suprir a
carência de servidores em determinado órgão público e não utilizá-la
como meio de punição. Se nesse exemplo a autoridade administrativa
tiver competência para remover o servidor, não poderemos falar em
excesso de poder. Agora, pelo fato de o ato não ter atendido à
finalidade prevista na lei – suprir carência de servidores -, poderemos
enquadrar a situação como desvio de finalidade.

Então, para seu estudo, use o seguinte jogo de palavras:

EXCESSO DE PODER – EXTRAPOLAR COMPETÊNCIA

DESVIO DE PODER – NÃO OBSERVAR A FINALIDADE DA LEI

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PONTO 3
PR
ROCE ESS
SO ADMIN
NISSTRAATIV
VO
LEI 9.784/99 (ART. 1º AO 5º)

3.1. OBJETIVOS DA LEI (ART. 1º, CAPUT)

Estabelecer normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em
especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração.

3.2. ABRANGÊNCIA (ART. 1º, §1º)

A lei é aplicável aos órgãos do Poder Executivo e também aos dos


Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho
de função administrativa4.

- Órgão/entidade/autoridade (art. 1º, §2º)

Conceitos apresentados pela lei:

• Órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da


Administração direta e da estrutura da Administração indireta;

• Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

• Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de


decisão.

3.3.. PRINCÍ
ÍPIO
OS (AR
RT. 2º)

A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da


legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.

4
Você se lembra da teoria do Montesquieu, que sustentou que os Poderes do Estado não exercem as
suas funções constitucionais com exclusividade. Há as funções típicas: legislativa, jurisdicional e
administrativa. Contudo, nas hipóteses admitidas pelo ordenamento jurídico pátrio, um Poder pode
exercer, de forma atípica, função atribuída a outro Poder. Como exemplo: o Tribunal de Justiça do DF,
que é um órgão do Poder Judiciário, realizando licitação, que é função administrativa típica do Poder
Executivo.

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3.4.. CR
RIT
TÉRI
IOS
S (A
ART.. 2º
º, PA
ARÁ FO ÚNI
ÁGRAF ICO
O)

Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os


critérios de:

• atuação conforme a lei e o Direito (princípio da legalidade);

• atendimento a fins de interesse geral (princípio da


impessoalidade/finalidade), vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei (princípio da
indisponibilidade do interesse público);

• objetividade no atendimento do interesse público, vedada a


promoção pessoal de agentes ou autoridades (princípio da
impessoalidade);

• atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé


(princípio da moralidade);

• divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as


hipóteses de sigilo previstas na Constituição (princípio da
publicidade);

• adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,


restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público (princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade);

• indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem


a decisão (princípio da motivação);

• observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos


administrados (princípio da segurança jurídica);

• adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado


grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
administrados (princípio da segurança jurídica);

• garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações


finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos
processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio
(princípio da ampla defesa e contraditório);

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• proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as


previstas em lei (princípio da gratuidade dos processos
administrativos);

• impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da


atuação dos interessados (princípio da oficialidade);

• interpretação da norma administrativa da forma que melhor


garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação (princípio da segurança
jurídica).

3.5.. DIR
REITOS DOS ADMI
INIS
STR
RADOS (AR
RT. 3º)

O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração,


sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

• ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que


deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de
suas obrigações;

• ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que


tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias
de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

• formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os


quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

• fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando


obrigatória a representação, por força de lei.

- Súmula vinculante nº 5: A falta de defesa técnica por


advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.

3.6.. DEVE
ERES DOS ADMI
INIS
STR
RADOS (AR
RT. 4º)

São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo


de outros previstos em ato normativo:

• expor os fatos conforme a verdade;

• proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

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• não agir de modo temerário;

• prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o


esclarecimento dos fatos.

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QUESTÕES DE CONCURSOS DA FCC

Caso você prefira resolver as questões abaixo antes de ler os


comentários, as mesmas estão reproduzidas no final da aula.

01. (FCC - 2011 - TCE-SP – Procurador) Em relação aos


poderes da Administração Pública, é correto afirmar que o
poder
a) normativo é decorrência do poder vinculado da Administração, na
medida em que só admite a prática de atos expressamente previstos
em lei.
b) normativo é reflexo do poder discricionário nos casos em que é
dado à Administração Pública o poder de substituir a lei em
determinada matéria.
c) disciplinar é decorrente do poder de polícia administrativo, na
medida em que admite a aplicação de sanções a todos os
particulares.
d) disciplinar, no que diz respeito aos servidores públicos, é
decorrente do poder hierárquico, na medida em que se traduz no
poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades aos
servidores públicos sujeitos à sua disciplina.
e) regulamentar, quando decorrente do poder hierárquico, é
discricionário, porque não encontra estabelecidos em lei as hipóteses
taxativas de sua incidência.

COMENTÁRIOS

A) não se deve associar o poder normativo ao poder vinculado,


considerando-se que no exercício daquele poder a Administração
Pública não atua sem liberdade. O exercício do poder normativo
constitui a formulação de normas regulamentadoras de matérias
tratadas em lei. Pode-se, inclusive, dizer que há liberdade para o
administrador explicar o conteúdo da lei, desde que se limite a
abordar tão somente as matérias nela veiculadas. Caso aborde
matéria não prevista na lei, estaremos diante de ilegalidade por vício
de objeto. Portanto, assertiva incorreta.

B) normativo é reflexo do poder discricionário nos casos em que é


dado à Administração Pública o poder de substituir a lei em
determinada matéria.

Conforme dito acima, a substituição da vontade do legislador é


proibida para o administrador. No exercício do poder regulamentar
seu objeto consiste em abordar as matérias abordadas pela lei, nada
além, sob pena de praticar ilegalidade. Assertiva incorreta.

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C) a assertiva está incorreta, pois o poder disciplinar da


Administração não guarda relação com o poder de polícia. O poder
disciplinar permite à Administração punir os seus servidores (técnico
do INSS), bem como os particulares que estejam sujeitas à sua
disciplina (permissionário de serviço público - taxista). Justamente
nessa parte final é que reside a resposta da questão: o poder
disciplinar não abrange todos os particulares, mas tão somente
aqueles sujeitos à sua disciplina.

D) conforme dito acima, o poder disciplinar abrange servidores e


particulares sujeitos à disciplina da Administração.

Entre essa e os seus servidores, há relação de hierarquia, porém o


mesmo não pode ser dito relativamente à entre Administração e
particulares, ainda que sujeitos à sua disciplina.

Dessa forma, está correta a assertiva na medida em que limita a


presença da hierarquia na relação Administração x servidores. Além
do mais, indica com acerto que o poder disciplinar permite a
apuração de infrações e a aplicação das respectivas sanções
disciplinares.

E) mais uma assertiva incorreta, pois o poder regulamentar será


exercido justamente para explicar o conteúdo das leis.

A afirmação de que o poder regulamentar, em regra, é discricionário,


está correta, pois há liberdade na formulação desses atos normativos,
em que pese o administrador ficar adstrito ao conteúdo abordado na
lei regulamentada.

Contudo, constitui erro dizer que será discricionário por não encontrar
estabelecidos em lei as hipóteses taxativas de sua incidência.

De fato, a lei não diz taxativamente em quais hipóteses deverá


incidir, mas tal fato não lhe atribui a característica da
discricionariedade.

GABARITO: letra D

02. (FCC - 2011 - TCE-SP – Procurador) O poder de polícia


expressa-se, em sentido amplo, por meio de

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a) medidas repressivas, não compreendendo medidas preventivas.


b) medidas gerais preventivas de limitação de direitos, podendo ser
discricionárias quando não previstas em lei.
c) atos administrativos concretos limitadores do exercício de direitos
e atividades individuais em caráter geral e abstrato.
d) atos administrativos normativos gerais e atos administrativos de
aplicação da lei ao caso concreto.
e) medidas preventivas abstratas, tais como vistorias e licenças.

COMENTÁRIOS

Durante essa aula demonstrei para você que a expressão poder de


polícia em sentido amplo abrange todas as atuações da Administração
Pública visando às limitações de direitos individuais em prol da
coletividade, seja por meio de atos normativos gerais e abstratos,
como as leis, decretos, resoluções, portarias etc, bem como por meio
de atos administrativos, utilizados como veículos para aplicação da lei
ao caso concreto, como autos de interdições de estabelecimentos
sem alvará e de apreensão de mercadorias com validade vencida.

GABARITO: letra D

03. (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área


Administrativa) No que se refere ao Poder de Polícia,
considere as afirmações abaixo.
I. Tem como meios de atuação os atos normativos e os atos
administrativos e operações materiais de aplicação da lei ao caso
concreto.
II. Na área de atuação administrativa, tem por escopo punir os
infratores da lei penal.
III. Possui como atributos a legalidade, a necessidade e a
proporcionalidade.
IV. A licença constitui modalidade de ato de polícia vinculado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.

COMENTÁRIOS

I) Essa assertiva foi explicada na questão anterior. A Administração


Pública exerce seu poder de polícia por meio da normatização
(regulamentação) de condutas dos indivíduos em prol da coletividade,

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impondo-lhes restrições e condicionamentos, bem como da aplicação


da lei ao caso concreto, valendo-se para tanto dos fatos (demolição
de obra irregular) e dos atos administrativos (auto de apreensão de
mercadorias falsificadas). Item correto.

II) Já tratamos nessa aula da diferença entre polícia administrativa e


polícia judiciária, compreendendo nas atribuições dessa a punição dos
infratores da lei penal. Item incorreto.

III) Item errado. Os atributos do poder de polícia são


discricionariedade, coercibilidade e autoexecutoriedade.

IV) Item correto, pois a licença constitui modalidade de ato de polícia


vinculado, ao passo que a autorização constitui exemplo de ato de
polícia discricionário (vimos que em regra o ato de polícia é
discricionário).

GABARITO: letra C (I e IV corretos)

04. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário


- Execução de Mandados) A Administração Pública, no
exercício de seu poder de polícia, aplicou multa a munícipe
por infração ao ordenamento jurídico. Não ocorrendo o
pagamento espontaneamente pelo administrado, a
Administração decide praticar imediatamente e, de forma
direta, atos de execução, objetivando o recebimento do valor.
A conduta da Administração Pública
a) está correta, tendo em vista o atributo da coercibilidade presente
nos atos de polícia administrativa.
b) não está correta, tendo em vista que nem todas as medidas de
polícia administrativa têm a característica da autoexecutoriedade.
c) está correta, tendo em vista o atributo da imperatividade
existente nos atos de polícia administrativa.
d) não está correta, tendo em vista que os atos de polícia
administrativa são vinculados e, portanto, inexiste discricionariedade
na atuação da Administração Pública
e) está correta, tendo em vista a prerrogativa da Administração de
praticar os atos de polícia administrativa e colocá-los em imediata
execução, sem dependência à manifestação judicial.

COMENTÁRIOS

Quando do estudo dos atributos do poder de polícia, especificamente


o da autoexecutoriedade, demonstrei que tal característica permite à

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Administração Pública executar os atos de polícia independentemente


de manifestação do Poder Judiciário.

Contudo, o atributo não é absoluto, comportando exceção, o que


ocorre na cobrança de valores (ex: cobrança de multa de trânsito).
Para tanto, é preciso ingressar em juízo com a ação competente.

Importante ressaltar que a Administração Pública poderá cobrar


multas de trânsito dos infratores, mas não poderá praticar atos de
execução contra esses, como penhora de bens, o que somente pode
ocorrer por meio do Poder Judiciário.

Daí dizer-se que a cobrança de valores não é autoexecutória, pois


não permite a execução direta.

GABARITO: letra B

05. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) Dispõe o Poder Executivo de poder para
distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Trata-se do poder
a) disciplinar.
b) discricionário.
c) regulamentar.
d) de polícia.
e) hierárquico.

COMENTÁRIOS

Durante a aula reproduzi a seguinte lição do saudoso mestre Hely


Lopes Meirelles: poder hierárquico é o “de que dispõe o Executivo
para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever
a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação
entre os servidores do seu quadro de pessoal”.

Qualquer semelhança não é mera coincidência....rs....

Lembrando que apesar de o referido autor utilizar-se da expressão


“Executivo”, devemos considerar que todos os Poderes do Estado
(Legislativo, Judiciário e Executivo), quando do exercício de funções
administrativas, possuem competência para o exercício do poder
hierárquico, bem como dos demais poderes que estão sendo
estudados nessa aula.

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

GABARITO: letra E

06. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) É correta a afirmação de que o exercício do
poder regulamentar está consubstanciado na competência
a) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações
direta e indireta, para a prática de atos administrativos vinculados,
objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis.
b) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos administrativos
expedidos sob a forma de homologação.
c) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos
administrativos destinados a esclarecer a aplicabilidade das leis
ordinárias.
d) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos
normativos destinados a dar fiel execução às leis.
e) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar
atos administrativos de gestão, para esclarecer textos controversos
de normas federais.

COMENTÁRIOS

A) poder regulamentar limitando âmbito de incidência das leis?


Referido poder esclarece o conteúdo das leis, mas não tem força
normativa para reduzir a sua incidência.

B) por meio da homologação não se regulamenta nada, mas sim se


confirma a legalidade de determinado ato, como ocorre no ato de
homologação de determinado concurso público ou de licitação. A
referência à homologação tornou a assertiva incorreta.

C) a elaboração dessa assertiva não foi muito feliz, pois gerou


controvérsias desnecessárias na resolução dessa questão. A assertiva
está incorreta.

Discutiu-se se o erro estaria na atribuição de competência originária


aos Ministros e Secretários estaduais para o exercício do poder
regulamentar.

Da mesma forma, foi objeto de discussão se o erro estaria na parte


“esclarecer a aplicabilidade das leis ordinárias”.

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

Quanto à essa segunda parte, eu afasto a alegação de erro, pois


considero que não é o único objetivo do poder regulamentar, mas sim
um dos seus objetivos, esclarecer como deve ser aplicada
determinada lei.

Fico com a primeira parte da questão para justificar o seu erro. Penso
que a FCC não utilizou da expressão “originária” no sentido de que os
Ministros e os Secretários de Estado recebem diretamente da
Constituição a competência regulamentar, mas sim usou dessa
expressão associada à competência para originar direitos e
obrigações, inerente à competência legislativa.

Portanto, a competência regulamentar não é originária, pois dela não


se originam direitos ou deveres, mas sim secundária.

D) eis a resposta correta! Importante esclarecer que o poder


regulamentar não é exercido apenas pelos Chefes do Poder
Executivo, mas também pelas demais autoridades administrativas,
visando viabilizar a execução às leis.

E) o poder regulamentar incide sobre leis, e não sobre atos


administrativos de gestão, que são aqueles regidos pelo Direito
Privado, tais como compra e venda, locações, doações, enfim, atos
praticados pela Administração Pública sem sua posição de supremacia
diante do administrado. Assertiva errada.

GABARITO: letra D

07. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados) O poder de polícia
a) possui, como meio de atuação, apenas medidas de caráter
repressivo.
b) delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por
atos de execução.
c) é sempre discricionário.
d) não é inerente a toda Administração, não estando presente, por
exemplo, na esfera administrativa dos Municípios.
e) não tem como um de seus limites a necessidade de observância
aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

COMENTÁRIOS

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

A) pensar num poder de polícia apenas repressivo, significar fechar


os olhos para as sanções aplicadas com base nesse poder, tais como
apreensões de mercadorias, interdições de estabelecimentos, multas
de trânsito e etc. O poder de polícia é preventivo e repressivo.

B) assertiva correta. O poder de polícia delegado é exercido pelas


entidades integrantes da Administração Indireta.

C) estudamos que o poder de polícia, em regra, é discricionário.


Contudo, vimos também que há atos de polícia vinculados, como
ocorre com as licenças (ex: licença para construir).

D) o poder de polícia é inerente a toda Administração Pública, Direta


ou Indireta, federal, estadual, distrital ou municipal.

E) pelo contrário, as medidas de polícia devem ser aplicadas


adotando-se como parâmetros, dentre outros, os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade.

GABARITO: letra B

08. (FCC – 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) No que concerne ao poder de polícia, é
correto afirmar:
a) É vedada a utilização de meios diretos de coação.
b) Constitui-se somente por atividades preventivas.
c) É puramente discricionário.
d) Incide sobre pessoas.
e) É possível a utilização de meios indiretos de coação.

COMENTÁRIOS

A) a utilização de meios diretos de coerção é identificada na


executoriedade (lembrar que a autoexecutoriedade divide-se em
executoriedade e exigibilidade). Na apreensão de mercadorias, por
exemplo, há atuação direta da administração pública, o que configura
executoriedade.

B) Já vimos que preventivas e repressivas.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

C) Em regra discricionário, mas também vinculado. Como exemplo,


as licenças (licença para exercício de atividade profissional).

D) A polícia judiciária incide sobre pessoas, enquanto a polícia


administrativa incide sobre bens, atividades e interesses.

E) Os meios indiretos de coação refletem na exigibilidade. Como


exemplo: ameaça de aplicação de multas de trânsito em casos de
desrespeito à determinações legais. Essa é a resposta correta.

GABARITO: letra E

09. (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área


Judiciária) Considere os conceitos abaixo, sobre os poderes
administrativos.
I. Poder que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou
implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na
escolha de sua conveniência e oportunidade.
II. Poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as
funções de seus órgãos e ordenar a atuação dos seus agentes,
estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
III. Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e
serviços da Administração.
Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes
a) regulamentar, vinculado e disciplinar.
b) arbitrário, disciplinar e de polícia.
c) vinculado, subordinado e hierárquico.
d) de polícia, disciplinar e hierárquico.
e) discricionário, hierárquico e disciplinar.

COMENTÁRIOS

I) Se a questão trata de liberdade na conduta do agente público, ou


de oportunidade e/ou conveniência, o candidato na prova deve
pensar em poder discricionário.

II) Escalonamento e distribuição de funções, ordens para a atuação


dos agentes públicos, revisão de atos administrativos, delegação e
avocação de competências, atos normativos internos..... todos
exemplos de manifestação do poder hierárquico.

III) A dever-poder para punir invoca a aplicação dos poderes


disciplinar e de polícia. Contudo, a assertiva foca nas infrações

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PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos


órgãos e serviços da Administração, o que nos leva à conclusão de
estar tratando do poder disciplinar.

GABARITO: letra E

10. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar:
a) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das
determinações superiores pelos subalternos.
b) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da
delegação cabe à autoridade delegante.
c) As determinações superiores - com exceção das manifestamente
ilegais -, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas
ou restringidas pelo inferior hierárquico.
d) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos
os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por
razões de conveniência e oportunidade.
e) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da
responsabilidade pelo mencionado ato.

COMENTÁRIOS

A) Determinações superiores devem ser cumpridas, exceto as


manifestamente ilegais, não havendo espaço para apreciação de
conveniência e de oportunidade. Assertiva incorreta.

B) De forma nenhuma, pois a responsabilidade é de quem pratica o


ato, ou seja, quem recebeu a delegação: delegado.

C) Mais uma assertiva incorreta, pois as determinações superiores


devem ser cumpridas nos exatos termos em que foram externadas.

D) É a essência do princípio da autotutela, já estudado nesse curso,


que permite a revisão pela Administração Pública dos atos por ela
praticados, anulando os ilegais (vício de legalidade) e revogando os
inoportunos e/ou inconvenientes (análise de mérito). Assertiva
correta.

E) Da mesma forma que ocorre na delegação, responde pelas


consequências do ato que o pratica. Assertiva incorreta.

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PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

GABARITO: letra D

11. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) No que diz respeito ao poder disciplinar
da Administração Pública, é correto afirmar:
a) O poder disciplinar é discricionário; isto significa que a
Administração, tendo conhecimento de falta praticada por
determinado servidor, não está obrigada a instaurar procedimento
administrativo para sua apuração.
b) O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com
ele não se confunde; no uso do poder disciplinar, a Administração
Pública controla o desempenho das funções executivas e a conduta
interna de seus agentes, responsabilizando-os pelas faltas
cometidas.
c) Algumas penalidades administrativas podem ser aplicadas ao
infrator, sem prévia apuração por meio de procedimento legal.
d) Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar
infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, não
abrangendo particulares, ainda que sujeitos à disciplina
administrativa.
e) Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e
a punição criminal; no entanto, a aplicação de ambas as penalidades,
nas respectivas searas, caracteriza evidente bis in idem.

COMENTÁRIOS

A) assertiva incorreta. Atualmente prevalece na doutrina e na


jurisprudência do STJ que o poder disciplinar, em regra, é
discricionário. Porém, isso não significa que a Administração, tendo
conhecimento de falta praticada por determinado servidor, não está
obrigada a instaurar procedimento administrativo para sua apuração.
Pelo contrário, é dever da autoridade competente adotar as medidas
necessárias para apuração do fato e para aplicação da respectiva
sanção, se cabível.

B) daí dizer-se que o poder disciplinar, relativamente aos servidores,


decorre do poder hierárquico, pois só é possível a aplicação de
sanções funcionais se houver relação de hierarquia entre a autoridade
que aplica a sanção e o subordinado punido. Assertiva correta.

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

C) a presença do processo administrativo, assegurando-se a ampla


defesa e o contraditório, é obrigatória na apuração de qualquer
infração disciplinar. Assertiva incorreta.

D) equivocada a assertiva em sua parte final, pois o poder disciplinar


abrange os particulares sujeitos à disciplina administrativa.

E) Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e a


punição criminal; no entanto, a aplicação de ambas as penalidades,
nas respectivas searas, caracteriza evidente bis in idem.

GABARITO: letra B

12. (FCC - 2010 - MPE-RS – Secretário de Diligências) Pelo


exercício do Poder de Polícia, a Administração está autorizada
a cobrar
a) imposto sobre serviços de qualquer natureza.
b) tarifa.
c) taxa.
d) imposto.
e) contribuição de melhoria.

COMENTÁRIOS

A resposta para essa questão está no Código Tributário Nacional,


especificamente em seu art. 77: “as taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição”.

GABARITO: letra C

13. (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal -


Prova tipo 3) NÃO exemplifica uma forma de atuação da
polícia administrativa:
a) decreto sobre o regulamento de determinada profissão.
b) a interdição de atividade.
c) a apreensão de mercadorias deterioradas.
d) lei strictu sensu, isto é, emanada do Poder Legislativo, criando
limitação administrativa.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

e) a inspeção em estabelecimento, destinada à investigação de


crime.

COMENTÁRIOS
A opção constante da alternativa A enquadra-se tanto como poder
regulamentar como poder de polícia.

Já as opções indicadas nas alternativas B, C e D referem-se à


manifestação da polícia administrativa.

As primeiras quatro alternativas representam limitações (restrições


ou condicionamentos) a direitos individuais impostos pelo Estado
visando à preservação dos interesses da coletividade.

A letra E diz respeito à investigação criminal, estando associada,


conforme já estudado, à polícia judiciária.

GABARITO: letra E

14. (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal -


Prova tipo 3) Poderes da Administração Pública.
I. Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações
funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos
órgãos e serviços da Administração.
II. A hierarquia não é cabível apenas no âmbito da função
administrativa, sendo plenamente aplicável aos agentes públicos no
exercício das funções jurisdicional e legislativa.
III. O poder regulamentar pode ser definido como o que cabe ao
Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de
editar normas complementares à lei, para sua fiel execução.
IV. O poder discricionário consiste na liberdade de ação
administrativa, dentro dos limites permitidos em lei, aplicando-se
inclusive para o requisito da finalidade do ato administrativo.
SOMENTE estão corretas as assertivas
a) II e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e III.

COMENTÁRIOS

I) Em que pese a utilização pela banca da criticada expressão


“faculdade de punir”, pois se trata de dever-poder da Administração

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

Pública, a assertiva está correta, conforme já estudado nessa aula e


abordado em questões anteriores.

II) A hierarquia se faz presente em todos os Poderes do Estado,


porém quando do exercício de função administrativa. Assertiva
incorreta.

III) Não é a melhor definição de poder regulamentar, pois omite as


demais autoridades administrativas. De qualquer forma, a assertiva
está correta.

IV) O requisito do ato administrativo finalidade é vinculado, motivo


pelo qual está incorreta a assertiva.

GABARITO: letra C (I e III corretas)

15. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário – Contabilidade)


O abuso de poder
a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança.
b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas.
c) não se configura se a Administração retarda ato que deva praticar,
sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa.
d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio
de finalidade ou de poder.
e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de
nulidade do mesmo.

COMENTÁRIOS

O abuso de poder retrata ilegalidade praticada por agente público,


manifestando-se de duas formas diversas: a) excesso de poder:
modalidade em que o vício incide sobre o elemento do ato
administrativo competência, pois o agente pratica o ato sem ter
competência para tal; b) desvio de poder ou de finalidade: nesse
caso, o vício alcança o elemento finalidade, pois o agente, apesar de
ter competência para a prática do ato, agem em desacordo com a
finalidade indicada na lei.

Analisando-se cada uma das assertivas, teremos:

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

A) qualquer ilegalidade enquadrada nos termos do art. 5º, LXIX, CF,


é passível de impugnação via mandado de segurança. Assertiva
incorreta.

B) tanto na forma omissiva (omissão) como na comissiva (ação).


Assertiva incorreta.

C) se o agente retarda ato que deva praticar no exercício de sua


função, estaremos diante de abuso de poder. Assertiva incorreta.

D) assertiva correta, conforme explicado acima. Assertiva correta.

E) sendo vício do ato administrativo será causa de nulidade do


mesmo. Assertiva incorreta.

GABARITO: letra D

16. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista


Judiciário - Área Administrativa) O Poder Legislativo aprova
lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto prevê o
seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a
Lei, o Chefe do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto
detalhando a aplicação da norma, conforme previsto. Ao fazê-
lo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder
a) disciplinar.
b) regulamentar.
c) discricionário.
d) de polícia.
e) hierárquico.

COMENTÁRIOS

Apesar de ser possível sustenta que referido decreto também é


manifestação do poder de polícia, por conter normas limitadoras a
direitos individuais em prol do interesse coletivo, a melhor resposta
(não se esqueça que em concurso público existe a melhor resposta,
principalmente sendo FCC a banca!!!!) será poder regulamentar, pois
o ato normativo foi expedido com o objetivo de detalhar a aplicação
da norma.

GABARITO: letra B

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

17. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo


Especializado) O Poder disciplinar atribuído à Administração
pública
a) autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e
demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.
b) traduz-se no poder da Administração de impor limitações às
liberdades individuais nos limites pré-estabelecidos na lei.
c) caracteriza-se como o poder conferido às autoridades
administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as
atividades dos órgãos inferiores.
d) é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos
diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas
em lei.
e) é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos administrados em
geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo
legal.

COMENTÁRIOS

A) resposta correta, conforme já demonstrado por diversas vezes


nessa aula.

B) manifestação do poder de polícia.

C) poder hierárquico.

D) poder regulamentar.

E) a assertiva não traz informações suficientes para definição de um


poder específico.

GABARITO: letra A

18. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área


Judiciária - Execução de Mandados) Dentre outros, são
atributos ou qualidades do poder de polícia
a) o motivo e a tipicidade.
b) a forma e a finalidade.
c) a discricionariedade e a coercibilidade.
d) a autoexecutoriedade e a forma.
e) a presunção de legitimidade e a competência.

COMENTÁRIOS

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

Já estudamos os atributos do poder de polícia: discricionariedade,


coercibilidade e autoexecutoriedade.

GABARITO: letra C

19. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área


Judiciária) Em relação aos poderes administrativos, é
INCORRETO afirmar:
a) O poder de polícia administrativa, tendo em vista os meios de
atuação, vem dividido em dois grupos: poder de polícia originário e
poder de polícia outorgado.
b) O poder disciplinar da Administração Pública e o poder punitivo do
Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judiciário não tem
qualquer distinção no que se refere à sua natureza.
c) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são
apontados como relevantes e eficazes limitações impostas ao poder
discricionário da Administração Pública.
d) A Administração Pública, como resultado do poder hierárquico, é
dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades de seus órgãos e agentes no seu ambiente interno.
e) Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo têm suporte no
poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer
autoridade administrativa têm fundamento em um genérico poder
normativo.

COMENTÁRIOS

A) O poder de polícia originária é exercido pelas pessoas políticas


(União, Estados, DF e Municípios) e o poder de polícia outorgado ou
derivado pelas entidades integrantes da Administração Indireta
(autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista).

B) Há diferença sim quanto à natureza das punições aplicadas, sendo


administrativa a natureza das sanções disciplinares e penal a
decorrente do poder punitivo do Estado (jus puniendi), exercido pelo
Poder Judiciário. Assertiva incorreta, sendo a resposta da questão.

C) Assertiva perfeita, pois a atuação do administrador deve ser


pautada no bom senso e na adequação entre os resultados almejados
e os meios utilizados.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

D) Novamente a lição do mestre Hely Lopes Meirelles será oportuna:


poder hierárquico é o “de que dispõe o Executivo para distribuir e
escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de
seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal”.

E) Parte da doutrina sustenta essa diferença entre poder


regulamentar e poder normativo genérico. Atribuem aos Chefes do
Poder Executivo o poder regulamentar e às demais autoridades o
poder normativo. A diferença residiria tão somente nos titulares para
seu exercício.

GABARITO: letra B

20. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) No que concerne ao tema poder de
polícia, é correto afirmar:

A) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da


Administração, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar
infração (que não constitua crime), contados da data da prática do
ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em
que tiver cessado.

B) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em


algumas hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados
requisitos, a Administração terá que adotar solução previamente
estabelecida, como é o caso da autorização.

C) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não


pode determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do
particular; logo, ainda que se trate de situação de urgência, mister
se faz a garantia da plenitude da defesa.

D) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a


primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens,
direitos ou atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal,
incidindo sobre pessoas.

E) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente


duas categorias: atos administrativos preventivos, como, por
exemplo, vistoria e fiscalização, e atos administrativos repressivos,
como interdição de atividade e apreensão de mercadorias
deterioradas.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

COMENTÁRIOS

A) na esfera federal, conforme dispõe o art. 1º da Lei 9.873/99,


prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração, no
exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não
constitua crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de
infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
Assertiva incorreta.

B) foi muito bem a questão até chegar ao seu final e citar um


exemplo equivocado de ato de polícia vinculado. O correto seria citar
as licenças, pois autorizações são atos de polícia discricionários.
Assertiva errada.

C) equivocada a assertiva, pois em casos de situação de urgência, a


ordem jurídica autoriza, se necessária, a conduta estatal sem prévia
oitiva (“sem prévia manifestação”) da parte interessada.

D) Diferenciação perfeita entre polícia administrativa e polícia


judiciária.

E) a banca esqueceu-se dos atos normativos e dos atos de


consentimento (autorizações e licenças)

GABARITO: letra D

21. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) O poder regulamentar da Administração
pública consiste em
a) impor restrições à atuação de particulares, em benefício da
coletividade, nos limites da lei.
b) controlar a atividade de órgãos inferiores, dando ordem a
subordinados e verificando a legalidade dos atos praticados.
c) editar normas complementares à lei, para a sua fiel execução.
d) organizar a atividade administrativa, inclusive com a avocação de
competências e criação de órgãos.
e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e
particulares que contratam com a Administração.

COMENTÁRIOS

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A) poder de polícia.

B) poder hierárquico.

C) poder regulamentar.

D) poder hierárquico.

E) poder disciplinar.

GABARITO: letra C

22. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) Durante regular fiscalização, fiscais de
determinada municipalidade identificaram que um
estabelecimento comercial do setor de bares e restaurantes
estava utilizando indevidamente a calçada para instalação de
mesas e cadeiras. Os agentes municipais, considerando que
estavam devidamente autorizados pela lei, no correto
desempenho de suas funções,
a) apreenderam as mesas e cadeiras e multaram o estabelecimento,
no exercício de seu poder disciplinar.
b) interditaram o estabelecimento, no exercício de seu poder de
tutela administrativa.
c) apreenderam as mesas e cadeiras irregulares e multaram o
estabelecimento, no exercício do poder de polícia.
d) multaram o estabelecimento e determinaram a instauração de
processo de interdição do estabelecimento, como expressão de seu
poder hierárquico.
e) interditaram o estabelecimento e apreenderam todo o mobiliário
da calçada, como expressão de seu poder de autotutela.

COMENTÁRIOS

A limitação de direitos individuais em prol da coletividade é


exercitada por meio do poder de polícia.

GABARITO: letra C

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23. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) Entre os poderes atribuídos à
Administração pública insere-se o denominado poder
disciplinar, que corresponde ao poder de
a) impor restrições à atuação de particulares, em prol da segurança
pública.
b) coordenar e controlar a atividade de órgãos inferiores, verificando
a legalidade dos atos praticados.
c) editar normas para disciplinar a fiel execução da lei.
d) organizar a atividade administrativa, redistribuindo as unidades de
despesas.
e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos.

COMENTÁRIOS

Conforme vimos na aula, por meio do poder disciplinar a


Administração Pública apura infrações administrativas. Uma vez
detectada a infração, ela aplicará a respectiva penalidade.

Estão sujeitos ao poder disciplinar servidores públicos e demais


pessoas que estejam sob a disciplina administrativa.

GABARITO: letra E

24. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) Embora haja


controvérsia acerca da existência do poder regulamentar
autônomo em nossa ordem constitucional, é fato que a
Constituição Federal autoriza o Chefe do Poder Executivo
Federal a dispor diretamente, mediante decreto, sobre
a) anistia ou remissão de tributos.
b) regime disciplinar dos militares.
c) organização e funcionamento da administração federal, desde que
eventual aumento de despesa decorrente da criação de cargos ou
órgãos esteja contemplada na lei de diretrizes orçamentárias.
d) requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em
tempo de guerra.
e) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

COMENTÁRIOS

O art. 84, VI, “a” e “b”, após ser alterado pela emenda constitucional
nº 32, possibilitou ao Chefe do Poder Executivo, por meio de decreto,
dispor sobre:

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• organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção
de órgãos públicos;

• extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

GABARITO: letra E

25. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Exemplifica adequadamente o exercício de
poder disciplinar por agente da administração a
a) interdição de restaurante por razão de saúde pública.
b) prisão de criminoso efetuada por policial, mediante o devido
mandado judicial.
c) aplicação de penalidade administrativa a servidor público que
descumpre seus deveres funcionais.
d) aplicação de multa de trânsito.
e) emissão de ordem a ser cumprida pelos agentes subordinados.

COMENTÁRIOS

A) poder de polícia.

B) não é prática relacionada a poder administrativo.

C) poder disciplinar

D) poder de polícia.

E) poder hierárquico.

GABARITO: letra E

QUESTÕES DA FCC COMENTADAS NESSA AULA

01. (FCC - 2011 - TCE-SP – Procurador) Em relação aos


poderes da Administração Pública, é correto afirmar que o
poder

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a) normativo é decorrência do poder vinculado da Administração, na


medida em que só admite a prática de atos expressamente previstos
em lei.
b) normativo é reflexo do poder discricionário nos casos em que é
dado à Administração Pública o poder de substituir a lei em
determinada matéria.
c) disciplinar é decorrente do poder de polícia administrativo, na
medida em que admite a aplicação de sanções a todos os
particulares.
d) disciplinar, no que diz respeito aos servidores públicos, é
decorrente do poder hierárquico, na medida em que se traduz no
poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades aos
servidores públicos sujeitos à sua disciplina.
e) regulamentar, quando decorrente do poder hierárquico, é
discricionário, porque não encontra estabelecidos em lei as hipóteses
taxativas de sua incidência.

02. (FCC - 2011 - TCE-SP – Procurador) O poder de polícia


expressa-se, em sentido amplo, por meio de
a) medidas repressivas, não compreendendo medidas preventivas.
b) medidas gerais preventivas de limitação de direitos, podendo ser
discricionárias quando não previstas em lei.
c) atos administrativos concretos limitadores do exercício de direitos
e atividades individuais em caráter geral e abstrato.
d) atos administrativos normativos gerais e atos administrativos de
aplicação da lei ao caso concreto.
e) medidas preventivas abstratas, tais como vistorias e licenças.

03. (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área


Administrativa) No que se refere ao Poder de Polícia,
considere as afirmações abaixo.
I. Tem como meios de atuação os atos normativos e os atos
administrativos e operações materiais de aplicação da lei ao caso
concreto.
II. Na área de atuação administrativa, tem por escopo punir os
infratores da lei penal.
III. Possui como atributos a legalidade, a necessidade e a
proporcionalidade.
IV. A licença constitui modalidade de ato de polícia vinculado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.

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04. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) A Administração Pública, no exercício
de seu poder de polícia, aplicou multa a munícipe por infração
ao ordenamento jurídico. Não ocorrendo o pagamento
espontaneamente pelo administrado, a Administração decide
praticar imediatamente e, de forma direta, atos de execução,
objetivando o recebimento do valor. A conduta da
Administração Pública
a) está correta, tendo em vista o atributo da coercibilidade presente
nos atos de polícia administrativa.
b) não está correta, tendo em vista que nem todas as medidas de
polícia administrativa têm a característica da autoexecutoriedade.
c) está correta, tendo em vista o atributo da imperatividade existente
nos atos de polícia administrativa.
d) não está correta, tendo em vista que os atos de polícia
administrativa são vinculados e, portanto, inexiste discricionariedade
na atuação da Administração Pública
e) está correta, tendo em vista a prerrogativa da Administração de
praticar os atos de polícia administrativa e colocá-los em imediata
execução, sem dependência à manifestação judicial.

05. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) Dispõe o Poder Executivo de poder para
distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Trata-se do poder
a) disciplinar.
b) discricionário.
c) regulamentar.
d) de polícia.
e) hierárquico.

06. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) É correta a afirmação de que o exercício do
poder regulamentar está consubstanciado na competência
a) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações
direta e indireta, para a prática de atos administrativos vinculados,
objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis.
b) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos administrativos
expedidos sob a forma de homologação.
c) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos
administrativos destinados a esclarecer a aplicabilidade das leis
ordinárias.

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d) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos


normativos destinados a dar fiel execução às leis.
e) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar
atos administrativos de gestão, para esclarecer textos controversos
de normas federais.

07. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados) O poder de polícia
a) possui, como meio de atuação, apenas medidas de caráter
repressivo.
b) delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por
atos de execução.
c) é sempre discricionário.
d) não é inerente a toda Administração, não estando presente, por
exemplo, na esfera administrativa dos Municípios.
e) não tem como um de seus limites a necessidade de observância
aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

08. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) No que concerne ao poder de polícia, é correto
afirmar:
a) É vedada a utilização de meios diretos de coação.
b) Constitui-se somente por atividades preventivas.
c) É puramente discricionário.
d) Incide sobre pessoas.
e) É possível a utilização de meios indiretos de coação.

09. (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área


Judiciária) Considere os conceitos abaixo, sobre os poderes
administrativos.
I. Poder que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou
implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na
escolha de sua conveniência e oportunidade.
II. Poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as
funções de seus órgãos e ordenar a atuação dos seus agentes,
estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
III. Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e
serviços da Administração.
Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes
a) regulamentar, vinculado e disciplinar.
b) arbitrário, disciplinar e de polícia.
c) vinculado, subordinado e hierárquico.
d) de polícia, disciplinar e hierárquico.
e) discricionário, hierárquico e disciplinar.

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10. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar:
a) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das
determinações superiores pelos subalternos.
b) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da
delegação cabe à autoridade delegante.
c) As determinações superiores - com exceção das manifestamente
ilegais -, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas ou
restringidas pelo inferior hierárquico.
d) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos
os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por
razões de conveniência e oportunidade.
e) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da
responsabilidade pelo mencionado ato.

11. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) No que diz respeito ao poder disciplinar
da Administração Pública, é correto afirmar:
a) O poder disciplinar é discricionário; isto significa que a
Administração, tendo conhecimento de falta praticada por
determinado servidor, não está obrigada a instaurar procedimento
administrativo para sua apuração.
b) O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com
ele não se confunde; no uso do poder disciplinar, a Administração
Pública controla o desempenho das funções executivas e a conduta
interna de seus agentes, responsabilizando-os pelas faltas cometidas.
c) Algumas penalidades administrativas podem ser aplicadas ao
infrator, sem prévia apuração por meio de procedimento legal.
d) Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar
infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, não
abrangendo particulares, ainda que sujeitos à disciplina
administrativa.
e) Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e a
punição criminal; no entanto, a aplicação de ambas as penalidades,
nas respectivas searas, caracteriza evidente bis in idem.

12. (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) Pelo


exercício do Poder de Polícia, a Administração está autorizada
a cobrar
a) imposto sobre serviços de qualquer natureza.
b) tarifa.
c) taxa.
d) imposto.
e) contribuição de melhoria.

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13. (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal -


Prova tipo 3) NÃO exemplifica uma forma de atuação da
polícia administrativa:
a) decreto sobre o regulamento de determinada profissão.
b) a interdição de atividade.
c) a apreensão de mercadorias deterioradas.
d) lei strictu sensu, isto é, emanada do Poder Legislativo, criando
limitação administrativa.
e) a inspeção em estabelecimento, destinada à investigação de crime.

14. (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal -


Prova tipo 3) Poderes da Administração Pública.
I. Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações
funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos
órgãos e serviços da Administração.
II. A hierarquia não é cabível apenas no âmbito da função
administrativa, sendo plenamente aplicável aos agentes públicos no
exercício das funções jurisdicional e legislativa.
III. O poder regulamentar pode ser definido como o que cabe ao
Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de
editar normas complementares à lei, para sua fiel execução.
IV. O poder discricionário consiste na liberdade de ação
administrativa, dentro dos limites permitidos em lei, aplicando-se
inclusive para o requisito da finalidade do ato administrativo.
SOMENTE estão corretas as assertivas
a) II e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e III.

15. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário – Contabilidade)


O abuso de poder
a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança.
b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas.
c) não se configura se a Administração retarda ato que deva praticar,
sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa.
d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio
de finalidade ou de poder.
e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de
nulidade do mesmo.

16. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista


Judiciário - Área Administrativa) O Poder Legislativo aprova
lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto prevê o
seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a

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Lei, o Chefe do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto


detalhando a aplicação da norma, conforme previsto. Ao fazê-
lo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder
a) disciplinar.
b) regulamentar.
c) discricionário.
d) de polícia.
e) hierárquico.

17. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo


Especializado) O Poder disciplinar atribuído à Administração
pública
a) autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e
demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.
b) traduz-se no poder da Administração de impor limitações às
liberdades individuais nos limites pré-estabelecidos na lei.
c) caracteriza-se como o poder conferido às autoridades
administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as
atividades dos órgãos inferiores.
d) é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos
diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas
em lei.
e) é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos administrados em
geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo
legal.

18. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área


Judiciária - Execução de Mandados) Dentre outros, são
atributos ou qualidades do poder de polícia
a) o motivo e a tipicidade.
b) a forma e a finalidade.
c) a discricionariedade e a coercibilidade.
d) a autoexecutoriedade e a forma.
e) a presunção de legitimidade e a competência.

19. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área


Judiciária) Em relação aos poderes administrativos, é
INCORRETO afirmar:
a) O poder de polícia administrativa, tendo em vista os meios de
atuação, vem dividido em dois grupos: poder de polícia originário e
poder de polícia outorgado.
b) O poder disciplinar da Administração Pública e o poder punitivo do
Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judiciário não tem qualquer
distinção no que se refere à sua natureza.

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c) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são


apontados como relevantes e eficazes limitações impostas ao poder
discricionário da Administração Pública.
d) A Administração Pública, como resultado do poder hierárquico, é
dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades de seus órgãos e agentes no seu ambiente interno.
e) Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo têm suporte no
poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer
autoridade administrativa têm fundamento em um genérico poder
normativo.

20. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) No que concerne ao tema poder de
polícia, é correto afirmar:
a) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da
Administração, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar
infração (que não constitua crime), contados da data da prática do
ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em
que tiver cessado.
b) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em
algumas hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados
requisitos, a Administração terá que adotar solução previamente
estabelecida, como é o caso da autorização.
c) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não
pode determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular;
logo, ainda que se trate de situação de urgência, mister se faz a
garantia da plenitude da defesa.
d) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a
primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens,
direitos ou atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal,
incidindo sobre pessoas.
e) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente
duas categorias: atos administrativos preventivos, como, por
exemplo, vistoria e fiscalização, e atos administrativos repressivos,
como interdição de atividade e apreensão de mercadorias
deterioradas.

21. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) O poder regulamentar da Administração
pública consiste em
a) impor restrições à atuação de particulares, em benefício da
coletividade, nos limites da lei.
b) controlar a atividade de órgãos inferiores, dando ordem a
subordinados e verificando a legalidade dos atos praticados.
c) editar normas complementares à lei, para a sua fiel execução.

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d) organizar a atividade administrativa, inclusive com a avocação de


competências e criação de órgãos.
e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e
particulares que contratam com a Administração.

22. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) Durante regular fiscalização, fiscais de
determinada municipalidade identificaram que um
estabelecimento comercial do setor de bares e restaurantes
estava utilizando indevidamente a calçada para instalação de
mesas e cadeiras. Os agentes municipais, considerando que
estavam devidamente autorizados pela lei, no correto
desempenho de suas funções,
a) apreenderam as mesas e cadeiras e multaram o estabelecimento,
no exercício de seu poder disciplinar.
b) interditaram o estabelecimento, no exercício de seu poder de
tutela administrativa.
c) apreenderam as mesas e cadeiras irregulares e multaram o
estabelecimento, no exercício do poder de polícia.
d) multaram o estabelecimento e determinaram a instauração de
processo de interdição do estabelecimento, como expressão de seu
poder hierárquico.
e) interditaram o estabelecimento e apreenderam todo o mobiliário
da calçada, como expressão de seu poder de autotutela.

23. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) Entre os poderes atribuídos à
Administração pública insere-se o denominado poder
disciplinar, que corresponde ao poder de
a) impor restrições à atuação de particulares, em prol da segurança
pública.
b) coordenar e controlar a atividade de órgãos inferiores, verificando
a legalidade dos atos praticados.
c) editar normas para disciplinar a fiel execução da lei.
d) organizar a atividade administrativa, redistribuindo as unidades de
despesas.
e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos.

24. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) Embora haja


controvérsia acerca da existência do poder regulamentar
autônomo em nossa ordem constitucional, é fato que a
Constituição Federal autoriza o Chefe do Poder Executivo
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a) anistia ou remissão de tributos.
b) regime disciplinar dos militares.

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c) organização e funcionamento da administração federal, desde que


eventual aumento de despesa decorrente da criação de cargos ou
órgãos esteja contemplada na lei de diretrizes orçamentárias.
d) requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em
tempo de guerra.
e) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

25. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Exemplifica adequadamente o exercício de
poder disciplinar por agente da administração a
a) interdição de restaurante por razão de saúde pública.
b) prisão de criminoso efetuada por policial, mediante o devido
mandado judicial.
c) aplicação de penalidade administrativa a servidor público que
descumpre seus deveres funcionais.
d) aplicação de multa de trânsito.
e) emissão de ordem a ser cumprida pelos agentes subordinados.

Gabarito: 01) D, 02) D, 03) C, 04) B, 05) E, 06) D, 07) B, 08) E, 09) E, 10) D, 11) B, 12) C,
13) E, 14) C, 15) D, 16) B, 17) A, 18) C, 19) B, 20) D, 21) C, 22) C, 23) E, 24) E, 25) C.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


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Armando Mercadante
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