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A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL COMO UM

ACERVO IMPORTANTE PARA A PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA COLETIVA

RESUMO
Preservar o patrimônio histórico e cultural de uma cidade, faz parte de um legado que
vai sendo deixado às novas gerações, quando através de monumentos, edifícios, é
possível compreender um tempo passado e, ao mesmo tempo, mostrar sua
importância no tempo atual. Neste estudo, o objetivo é compreender a importância do
patrimônio histórico e cultural como um acervo importante para a preservação da
história coletiva.

Palavras-chave: Patrimônio histórico; Legado; Preservação.

INTRODUÇÃO
Não é raro encontrar entre as pessoas, um pensamento oriundo do senso comum, em
relação ao tombamento de prédios, preservação do patrimônio cultural e histórico que
não se compreende a importância desses registros para a história. Vê-se ainda que,
muitas vezes, ao fato que existem prédios cujo valor histórico e cultural é imensurável,
mas, que vai sendo entregue as intempéries, sem um cuidado com a sua preservação
ou até mesmo um reconhecimento de sua importância.
Diante disso, neste estudo, o objetivo é compreender a importância do patrimônio
histórico e cultural como um acervo importante para a preservação da história coletiva.

O patrimônio como resgate histórico e cultural coletivo


Inicialmente será importante compreender o que é patrimônio cultural e como
preserva-lo, pois, o mesmo reflete a história do lugar onde está inserido.
A palavra patrimônio vem do latim, patrimonium, referente à herança familiar ou do
páter (pai), sejam bens móveis, que podem ser transportados sem perdas de
características, ou imóveis que são os de raízes que não podem ser removidos. Para
os romanos, a palavra patrimônio era a transmissão de bens de valor aristocrático e
privado. Somente com o cristianismo e com o poder da igreja foi que passou a se ver
símbolos e valorização de relíquias como patrimônio (CAMARGO, 2002).
Após a Revolução Francesa, o termo patrimônio ganhou força na Europa. O escritor
John Ruskin (1819- 1900) acreditava que conservar a arquitetura antiga como uma
expressão de arte e cultura mostraria uma relação entre estilos arquitetônicos e
técnicas construtivas, fazendo assim com que a história desses edifícios mostrasse a
expressão e o processo para o desenvolvimento cultural (PINHEIRO, 2013).
Foi no século XIX que o patrimônio passou a ser divulgado, onde recebeu uma maior
atenção para os seus monumentos que expressavam grandiosidade e assim buscar
resgatar esses monumentos históricos e preserva-los.
Em um conceito sobre patrimônio, Martins (2006, p 16) apresenta que:

[…] é necessário considerar a importância que a memória, enquanto


criadora do sentido de pertencimento, influencia nesse processo. É
apenas através da memória comum que se amalgama o processo de
reconhecimento, e são forjados sentimentos de pertencimento a partir
de identificação de semelhança de certo grupo ou comunidade.

A partir da força adquirida após a Revolução Francesa, começa-se então, a falar sobre
patrimônio cultural e patrimônio histórico.
Segundo Geertz (1989, p. 23) “O patrimônio cultural pode ser compreendido como
uma forma de representação da memória e das identidades, adquirindo sentido como
a teia de significados que envolvem as ações coletivas que caracterizam a dinâmica
sociocultural”.
Para se entender a importância de um patrimônio cultural é preciso conhecer a sua
história e a sua importância para a sociedade, O patrimônio cultural pode ser
material (imóveis que tem valor histórico para o lugar, como igrejas, praças, casas e
lugares que expresse valor para história) e imaterial (culturas populares, festas
folclóricas, celebrações, expressões artísticas, que passam de geração em geração).
Através do patrimônio cultural é possível conscientizar e propor conhecimento, para
que assim possa se compreender a história do lugar. Uma das suas principais
características é que a sua preservação e conservação seja de interesse de todos.
Sobre patrimônio histórico, Diniz (2004, p. 30) mostra que se refere a um bem móvel,
imóvel ou natural, que possua valor significativo para uma sociedade, podendo ser
estético, artístico, documental, científico, social, espiritual ou ecológico”.
O patrimônio histórico e cultual reflete a sociedade a que pertence, faz parte da história
e da composição do lugar, recupera as tradições e memorias e, porém, torna-se
grande importância para a composição do um patrimônio cultural, segundo Adalto
Novais, “esquecer o passado é negar toda efetiva experiência de vida; negar o futuro
é abolir a possibilidade do novo a cada instante”.
O mesmo mostra que a cidade é marcada pela sua história e construção. Mesmo com
as mudanças nas construções dos edifícios e nos seus costumes, os vestígios do que
já existiu marcam e contam a história cultural da cidade.
As cidades exercem papeis fundamentais quando se refere ao conceito de bens
materiais imóveis e estão em constante mobilidade, sabendo que a cada dia novos
edifícios são construídos e novas áreas são propostas e sofrem intervenções
constantes. Essas novas intervenções não deveriam substituir o valor histórico das
áreas existentes, é preciso resgatar e mostrar o valor do patrimônio.
Por esta razão que Jorge (2007, p. 19) analisa que:

O conceito de patrimônio só ganha destaque quando a sociedade começa a


ter meios para radicalmente varrer do território tudo quanto o caracterizava
secularmente, pois patrimônio sempre teve a ver com identidade.

Dessa forma se faz necessário buscar resgatar e valorizar o patrimônio


histórico cultural, entendendo a sua importância para a cidade e para a arquitetura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acredita-se que a desmitificação de pensamentos equivocados relacionados a não


compreensão da preservação do patrimônio histórico-cultural, dá-se a partir da
execução de projetos de revitalização e requalificação, que ofereça à população, a
oportunidade não só de está diante de uma bela obra arquitetônica, mas, de,
sobretudo, fazer daquela obra uma fonte de conhecimento, instigando à memória
coletiva a refazer sua história e vislumbrar os significados presentes naquele
patrimônio.

REFERÊNCIAS

CAMARGO, Haroldo Leitão. Patrimônio cultural. 3. ed. São Paulo: Aleph, 2002.

DINIZ, Tânia Marcondes. Considerações sobre o Patrimônio Cultural e os


Instrumentos legais para sua preservação. In: Anacleta/Centro de Ciências
Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Guarapuava:
UNICENTRO, v. 5, jan./jun. 2004.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1989.

JORGE, Vítor Oliveira. Arqueologia, Patrimônio e Cultura. Instituto Piaget. 2ªEd,


Lisboa. 2007.

MARTINS, C. Patrimônio cultural e identidade: significado e sentido do lugar turístico.


In: MARTINS, C. Patrimônio cultural: da memória ao sentido de lugar. Roca: São
Paulo, 2006.

PINHEIRO, Maria Lucia Bressan. John Ruskin e as sete lâmpadas da arquitetura –


algumas repercussões no Brasil. In: RUSKIN, John. A Lâmpada da memória. Cotia:
Ateliê Editorial, 2013.

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