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Há algum tempo atrás comecei a escrever um diário, mas não

o acabei… por falta de tempo ou apenas preguiça, mas hoje,


decidi voltar a fazê-lo e escrever uma biografia sobre a minha
vida.

Vou escrever aqui, num pobre, pequeno e antigo diário na


esperança de que um dia mais tarde ou mais cedo, quando já
só restar meus ossos, alguém se lembre de mim e tal como eu,
alguém decida procurar algo a meu respeito e a partir dai,
partilhar com o mundo inteiro, um desabafo sincero, sobre a
minha vida, para que as pessoas aprendam a crescer, a viver
com a lição de vida de uma adolescente que embora não
queira dizer ou sequer admitir, deseja morrer.

O meu nome foi-me concebido pelo meu irmão e hoje, chamo-


me Joana com o apelido de Martins originário da família
paterna.

Tenho tantos anos quanto os verões que já vivi desde 1997, e


vivo num sítio que todo o mundo desconhece, mas posso
afirmar que fica algures no Universo, entre Marte e Vénus,
cujo nome me é ausente.

Não sei definir ao certo a vida, pois até duvido que existam
palavras suficientes para tal, mas por aquilo que conheço até
ao momento da minha, posso dizer que ela nunca ma
agradou. Quer dizer, estou a mentir, já agradou, mas esse
agrado era de tal modo pequeno que rapidamente o vento o
levou.

Na minha cabeça, já nada faz sentido e no meu coração, só já


encontro a minha alma, mas toda ela está desamparada e
vazia.

Como qualquer ser humano, tive uma infância, no entanto


digo, e afirmo que a minha foi infeliz pelo menos do que me
lembro.

Deves te perguntar, curioso à espera para obter uma


resposta, mas certamente que mais cedo ou mais tarde te irei
dá-la.
Toda esta infelicidade, deve-se a apenas a um triste facto, a
repentina perda do meu querido avô paterno cujo nome era
Manuel e cujo corpo já não aguentava com tanto sofrimento
devido a um infeliz cancro.

Digamos que ele era tudo para mim, aquela pessoa que
estava sempre presente na minha vida, que todos os dias me
abraçava, me dava um beijo carinhoso de bom dia, aquela
pessoa que fazia tudo por mim, me protegia de todas as
tempestades, enfim, a pessoa que com um simples gesto me
mostrava o que realmente era amar, pois o ♥ dele só me
mostrava tal sentimento.

Como só tive a oportunidade de o conhecer até aos seis anos,


pouco sei sobre ele, apenas sei aquilo que ele era comigo...
(falar mais sobre ele)

E foi durante os meus 6 anos que tudo aconteceu, mais


precisamente no dia 11 de dezembro de 2003. Infelizmente,
vi-o a morrer em meus braços, o seu coração parou, já não
batia, os olhos não se abriam e o seu corpo não mexia…E de
repente, o seu corpo estava gélido, pelo menos é o que eu
acredito que vi... Mas, afinal o que significa tudo isto para
uma criança?

Absolutamente nada. Todas as crianças são inocentes, como é


que numa idade tão tenra ia perceber tamanha
monstruosidade?
Como criança que era, não sabia conhecer o tamanho deste
acontecimento. A única coisa que eu sabia é que o levaram da
nossa casa e desde aí, nunca mais o vi, o senti, o cheirei, o
toquei... E o pior é que tudo parece um sonho inacabado…
tudo aquilo em que eu acreditava agora era desmentido. Via
coisas onde elas não existiam segundo diziam.

O meu coração diz-me que eu o vi a partir, que fui das


últimas pessoas a ter contacto com ele, mas toda a gente diz o
contrário.

Assim sendo, porque será que tenho este momento gravado


em mim?

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