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Fernando Kozu

Escritura das ALMAS: germinações, espectros e simulacros


(para guitarra preparada de mesa e pedais de efeitos em tempo real)

(for tabletop prepared electric guitar and live electronics pedals)

Instrumentação e equipamentos necessários para a performance:


01 - Guitarra Elétrica (6 cordas)

02 - Seis Pedais de Efeitos (Looper, Freeze, Pitch Shifter, Delay/Reverb, Granular Delay/Pitch Shifter,
Distortion/Boost)

03 - Amplificador de guitarra

04 - Objetos variados de preparação

05 - Mesa para alocar a guitarra, os pedais e objetos (com cadeira)

06 - Microfone para captação do amplificador

07 – Mesa de som, potência e duas caixas com pedestal (os watts dependem do espaço)

08 - Cabos e outros dispositivos (extensões, T’s, etc)

 Os itens de 01 a 04 ficam por conta do intérprete

Londrina/PR – 2017-2019
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Notas de Performance

Trata-se de uma obra em que a guitarra funciona como um instrumento híbrido e ampliado, como uma
interface conectada a diversas outras, ora podendo executar notas e ritmos convencionais (tocando-
se normalmente com os dedos sobre as cordas), ora outros sons e ruídos para serem manipulados,
gravados e transformados (em tempo real) a partir de objetos de preparação que se acoplam ao
instrumento e dos pedais de efeitos (suscitando uma multiplicidade de modos de tocar e interações
entre objetos-gestos-sons: “tactilidade da escuta”).
Como se trata de uma obra de Live-Electronics e de caráter experimental, as especificidades
determinadas nesta partitura-roteiro só podem ser concretizadas com um estudo prévio dos modos de
tocar a guitarra sobre a mesa e seus respectivos objetos, dos aparatos indicados e “testados” com a
intenção de escuta de sons e processos característicos. Buscou-se integrar nesta peça uma notação ao
mesmo tempo convencional (para o controle do ritmo, do tempo, da ordenação das partes e execução dos
procedimentos) e gráfica (especialmente para os sons e efeitos sonoros de caráter mais livre e
complexos, muitas vezes imprevisíveis), de modo que cabe ao intérprete buscar um equilíbrio entre os
elementos fixos e pré-determinados e as possíveis aberturas suscitadas pelos pedais, objetos e dos
componentes que indicam variados graus de improvisações.
Segue abaixo uma descrição pormenorizada dos dispositivos, pedais e uma “bula” explicativa dos
sinais/processos utilizados. Outros detalhes de execução encontram-se na própria partitura.
a) Objetos de preparação e modos de tocar:
a.1] Scordatura, cordas, objetos e notação: a guitarra deve estar preparada com uma afinação em
“Si”, em todas as seis cordas (com variantes de oitavas e microtons) conforme o seguinte
diagrama:
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(com exceção das notas “normais”, em “Si” uníssonas – segunda corda solta e terceira corda na
quarta casa -, as outras cordas – x, triângulos e círculo - devem estar ajustadas em microtons
acima ou abaixo dessa nota Si, ao gosto de cada ouvido “desafinado”)

Para ajustar essa afinação prévia, podem ser utilizados os seguintes objetos: 1) um clipe médio
de metal na décima nona casa da primeira corda (resultando num Si duas oitavas acima do Si
natural da segunda corda solta, que a depender do modo a ser tocada, deve resultar numa nota
rebattuta); uma haste comprida em metal com uma curvatura na ponta para enganchar na terceira
corda/quarta casa (gerando um Si uníssono com a segunda corda solta) e que ao ser manipulada
com a mão esquerda pode operar vibratos ou bends (portamento); outra haste média em metal na
quarta corda entre a nona e décima casa; duas presilhas “jacarés” em metal médias para as cordas
cinco e seis, aproximadamente nas casas quinze e dezenove (respectivamente), gerando uma
sonoridade que lembra algum instrumento de percussão (gongo balinês?).

a.2]Quanto aos modos de ataque nas cordas, foram definidas quatro tipos: com as mãos (pinçar
com os dedos) e baquetas com pontas de borracha, madeira e metal (percutir, ricochetear e
raspar). A baqueta de metal tem haste rugosa, e ao raspar nas cordas gera sons de grãos diversos.
Pode-se tocar mais próximo do captador da ponte (B=Bridge) ou do braço (N=Neck), ou no meio
(quando não indicado na partitura, pode-se explorar as regiões, até no próprio braço da guitarra
ou nos objetos).
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b) Pedais de efeitos:

b.1] TC Ditto Looper X2: grava os sons em tempo real, toca e regrava (overdubs) sobrepondo
camadas sem limitação; tem a possibilidade de tocar os sons gravados nos modos reverso (de trás
para frente) ou pela metade da velocidade. Ex.: no começo da peça, ao tocar um pulso sobre a
nota Si, ativa-se o pedal para gravar (Looper Rec.) e, em seguida, ativa-se para ele repetir o
que gravou (Looper Play) mas já se reativa para gravar sobre esse pulso uma outra ideia
sobreposta, tudo em tempo real.

b.2] EHX Superego Synth Engine: captura os primeiros fragmentos (harmônicos/parciais) de sons
tocados (a partir dos ataques) e congela (freeze) esses sons por tempo infinito ou pode-se
controlar o tempo de sustain-decay, assim como a sensibilidade de captura (knob “speed/layer”);
no modo “auto” ele captura e congela automaticamente os sons até outro ser tocado e assim por
diante; no modo “lath”, você precisa apertar o footswitch no momento exato que tocar para ele
capturar e congelar, e pode-se tocar sobre esse som contínuo; é possível controlar o grau da
passagem entre um som congelado e outro, se de forma mais abrupta ou até um longo glissando
(knob “gliss”) entre um som e outro; também pode-se controlar o nível do ataque do som original
(knob “Dry”), até reduzir a zero e ouvir somente os sons capturados pelo pedal. Tem também um
controle do volume do som congelado (knob “Effect”) e a possibilidade de utilizar outros efeitos
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somente nos sons capturados pelo pedal (Send/Return). Abaixo estão as configurações utilizadas
nesta peça:

b.3] BOSS Super Shifter PS-5: cria outras “vozes” a partir da nota original (vários intervalos
além de 2 oitavas acima ou abaixo), no modo Pitch Shifter; já o modo Harmonist, ele gera acordes
com base em campos harmônicos maiores ou menores. Esse pedal está sendo utilizado nesta peça
exclusivamente acoplado ao Superego (Send/Return) de modo a alterar somente os sons congelados,
e pode-se controlar o grau de mistura com os sons originais. Na configuração 1 está definido o
dobramento de 1 oitava abaixo no modo Pitch Shifter; na configuração 2 está definido o dobramento
de 2 oitavas acima no modo Harmonist.
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b.4] NUX Atlantic Delay & Reverb: são dois efeitos independentes num mesmo pedal. Configuração
1 do Delay: modo 80’S (digital), com o knob “Time” no maior intervalo possível (1 seg. +-) e o
knob “Repeat” no mínimo, ou seja, somente uma repetição; na configuração 2 o “Repeat” vai para
o máximo, criando repetições longas e sobreposições (fazendo uma transição no final da seção de
improvisação para a parte final). Já o Reverb é utilizado na seção final para criar uma
ambientação de amplitude sonora, no modo HALL com o knob “Decay” no máximo e o Volume pela
metade.

b.5] RED PANDA Particle: pedal de Delay e Pitch Shifter combinados com processos de síntese
granular e aleatoriedade. Abaixo estão ilustradas as 3 configurações utilizadas:

Particle 1 Particle 2 Particle 3


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b.6] VELOURIA FX – clone do JHS Sweet Tea (Distortion & Drive/Boost): no compasso 7 um Boost
(footswitch da direita) é ligado de modo a encorpar e impulsionar os ataques percutidos nas
cordas, de modo a energizar os harmônicos capturados pelo Superego; a partir do compasso 13 o
Drive (footswitch da esquerda) é acionado (60%) aumentando significativamente o ganho (volume),
a rugosidade do som raspado da haste metálica na corda e a sensibilidade dos captadores.

Esquema de conexão do set de pedais:

Amplificador
Guitarra
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Disposição dos equipamentos no palco:

Amplificador

Microfone
Mesa de som e
potência

Intérprete
Caixa 1 Caixa 2
Guitarra,
pedais,
objetos

Mesa

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