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em Manufatura e os
Processo em Manufatura,
Brasileiras (2010)
Manufacturing Processes
and Links between each Type of Layout and each Type of Manufacturing Process in
Caroline Krepschi
RESUMO
Atualmente, as empresas têm aplicado cada vez mais técnicas para solucionar os problemas
tecnológicas. Uma destas técnicas é a análise da escolha do melhor tipo arranjo físico para
layout são: o arranjo físico posicional, funcional, celular, em linha ou misto. Segundo Davis,
processos por projeto, do tipo jobbing, em lotes, em massa e contínuo. A posição do que cada
organização irá produzir determina o tipo de processo a ser adotado por ela. Diante, dessa
perspectiva, o objeto de estudo está focado em provar que, para cada tipo de arranjo físico,
ideal dos recursos de transformação de uma operação produtiva pode gerar padrões de fluxo
Nesse sentido, a presente pesquisa concluiu que para cada tipo de processo em manufatura,
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adotado pela organização, realmente existe um tipo de arranjo físico mais indicado e que isso
Palavras-chave: tipos de layout; tipos de processos; relação entre layout e processo; efeito
volume-variedade.
ABSTRACT
Nowadays, companies have increasingly used techniques to solve problems existing within
their production units due to economic, social and technological changes. One of these
techniques is the analysis of choosing the best layout type for each type of organization
(process type), aiming the optimization of their materials and people flow, inventory
reductions and increase productivity. The main types of layout are: positional, functional,
group technology and linear. According to Davis, Aquilano and Chase (2008), the types of
manufacturing processes are classified as: processes for design, type jobbing, batch, mass and
continuous. The position of each organization will produce determines the type of process to
be adopted by it. Before, from this perspective, the object of study is focused on proving that
for each type of layout, there are processes in manufacturing more appropriate and that the
lack of ideal physical placement of processing resources can generate long or confusing flow
processing times, inflexible operations, unpredictable flows and high costs. Accordingly, this
proposed research concluded that every type of manufacturing process adopted, by the
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organization, actually there is a kind of layout more indicated and appropriated and this
Keywords: types of layout; types of processes; links between layout and manufacturing
INTRODUÇÃO
O escopo fundamental desse presente trabalho procurou provar que para cada tipo de
posicionamento físico ideal dos recursos de transformação pode gerar um fluxo inadequado
Nesse sentido, tem-se como ênfase as análises dos arranjos físicos e suas
organização.
análise descritiva, uma vez que se (busca) buscará descrever os tipos de layout e os tipos de
nas organizações brasileiras, há um tipo de layout mais adequado para cada tipo de processo.
operação produtiva diz respeito ao posicionamento físico dos seus recursos transformadores”.
arranjo físico funcional ou por processos, arranjo físico celular ou de tecnologia de grupo e
e por isso ele permanece em um (só) local só (ou só é sozinho?). Os recursos que
transformarão o produto é que são movimentados até ele (Davis, Aquilano & Chase, 2008).
similares se agrupam, assim eles ficam disponíveis para vários produtos. Esse tipo de layout
permite obter altos volumes, com relativa variedade (Slack, Chambers & Johnston, 2009).
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trabalho (ou células) para trabalhar em produtos que têm formas e necessidades de
isso é geralmente chamado de linha de produção (Davis, Aquilano & Chase, 2008).
classificados em cinco tipos: processo por projeto, processo do tipo jobbing ou job shop,
O processo por projeto lida com produto customizado, na maioria dos casos de grande
porte e complexo. Os projetos realizados são exclusivos, por serem, dificilmente, repetidos
O processo do tipo jobbing, assim como o processo por projeto, lida com variedade
muito alta e baixo volume. Segundo Slack, Chambers e Johnston (2008, p. 93), “em processos
de jobbing cada produto deve compartilhar os recursos de operação com diversos outros”.
tamanhos de lote são especificados. O processo em lotes lida com variedade média e alto
volume, podendo variar relativamente os níveis de variedade e volume (Slack, Chambers &
Johnston, 2009.
“Os processos de produção em massa são os que produzem bens em alto volume e
“Processos contínuos são exatamente aquilo que seus nomes implicam – contínuos,
produzindo itens que não são discretos” (Davis, Aquilano & Chase, 2008, p. 74). Os
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processos contínuos lidam com volumes ainda maiores que os processos de produção em
características, evidenciando as diferenças entre eles. Para tanto, foram expostas as idéias
descrição de cada um deles, detalhando a individualidade de cada um. Na terceira parte faz-se
Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 181) afirmam que o “arranjo físico de uma
operação produtiva diz respeito ao posicionamento físico dos seus recursos transformadores”.
Ainda para se tomar uma decisão sobre o layout existem algumas entradas que
“1. A especificação dos objetivos e dos critérios correspondentes que serão usados
para avaliar o projeto. A quantia de espaço necessário e a distância que deve ser
objetivos dos arranjos físicos dependem dos objetivos estratégicos da empresa, e que existem
alguns relevantes a todas as empresas, como: segurança inerente (os processos representam
perigo, para tal as saídas e circulações devem estar claramente definidas e com passagens
marcadas e livres), extensão de fluxo (o fluxo dos materiais, das informações e dos clientes
devem estar de acordo com o arranjo físico, a fim de minimizar as distâncias percorridas pelos
existente, seja de materiais ou clientes, deve ser claro e evidente), conforto para os
(boa utilização do espaço da empresa) e flexibilidade de longo prazo (os arranjos físicos
Corrêa e Corrêa (2009) explicam que a decisão de arranjo físico é uma parte
importante da estratégia de operação de cada projeto, só assim um arranjo físico será capaz de
favorecem ora a flexibilidade das operações, ora a customização, ora a eficiência dos
recursos.
cada um (Slack, Chambers & Johnston, 2009). Ainda sob a visão de Slack, Chambers e
Johnston (2009), a característica mais significativa para a escolha do arranjo físico seja a
implicação para os custos unitários. Isso é mais bem entendido quando há distinção clara entre
os elementos de custo fixo e variável ao se adotar certo tipo básico de arranjo físico.
Os autores ainda ressaltam, nessa mesma linha de pensamento, asseguram que “os
custos fixos tendem a aumentar à medida que se migra do arranjo posicional, passando pelos
arranjos funcional e celular, para o arranjo por produto. Os custos variáveis por produto ou
serviço, por sua vez, tendem a decrescer” (Slack, Chambers & Johnston, 2009, p. 193).
Afirmam, também, que há basicamente quatro tipos principais de layout que têm
características bastante específicas. São eles: o arranjo físico posicional ou de posição fixa,
arranjo físico funcional ou por processos, arranjo físico celular e arranjo físico por produto ou
em linha. Além do layout combinado, que é uma combinação de dois ou mais tipos básicos de
layout.
Para Martins e Laugeni (2005, p. 140), “no layout de posição fixa, o material
Para Slack, Chambers e Johnston (2009) é nesse arranjo que quem sofre o
1 revela.
“Ao elaborar um leiaute de posição fixa, deve-se visualizar o produto como o ponto
produto, produto ou cliente não movido e alta variedade de tarefas para mão de obra. Como
11
Para Martins e Laugeni (2005, p. 138), “no layout por processo ou funcional, todos
recursos transformadores que constituem o processo (Slack, Chambers & Johnston, 2009).
produto a ser produzido se desloca durante todo o processo, na ordem que melhor se adequar
conveniências podem ser citadas, tais como: alta flexibilidade de mix e produto, fácil
inconveniências que se destacam são: baixa utilização de recursos, alto estoque em processo
célula combina vários estágios de produção, portanto menos peças percorrem a área
industrial; 4. Setup mais rápido para produção. Menos serviços significam uma
ferramental”.
Como pontos fortes desse arranjo físico destacam-se: trabalho em grupo como fator de
motivação, atravessamento rápido e equilíbrio entre custo e flexibilidade com variedade alta.
Como pontos fracos, diminuição da utilização de recursos, cara reconfiguração de layout (se
quentes e de sobremesas evidencia esse layout celular. Cada produto (pessoa) passa pelas
células (mesas) que naquele instante é mais adequada para a produção do mesmo, como a
estações de trabalho são colocadas de acordo com a seqüência das operações e são executadas
que o recurso a ser transformado percorre um caminho determinado no processo, por esse
A adoção do arranjo físico linear faz sentindo quando a produção requer pouca ou
máquinas (especialização de equipamento) e baixos custos unitários para altos volumes, além
de apresentar problemas com relação à qualidade dos produtos fabricados. Para os operadores,
gera certa monotonia e estresse, por ser um trabalho repetitivo (Slack, Chambers & Johnston,
um arranjo físico não impede outros arranjos físicos sejam arrumados, até mesmo dentro de
um mesmo departamento.
arranjos físicos mistos, que combinam elementos de alguns ou todos os tipos básicos de
arranjo físico ou usam tipos básicos de arranjo físico de forma “pura” em diferentes partes da
operação”.
De acordo com exemplo da figura acima, percebe-se que para uma mesma organização
existe a combinação dos quatro tipos básicos de arranjo físico. A estrutura da cozinha é
ambiente à la carte é focada num arranjo físico posicional, onde os recursos transformadores
(garçons, pratos e bebidas servidos, pedido da conta) se deslocam até o recurso a ser
transformado (cliente em sua mesa). Para um arranjo de bandejão fica claro que o layout
seguido é o linear, onde os clientes passam, em linha, pelo mesmo trajeto enquanto se servem.
Finalmente, para um restaurante do tipo buffet, o arranjo físico adotado é o celular, onde os
centros de trabalhos são separados a fim de servir seus clientes por suas necessidades de
2 . PROCESSOS EM MANUFATURA
adequado desempenho do projeto de processos é preciso que ele esteja de acordo com o
objetivo de desempenho da operação, seja de qualidade (que visa oferecer recursos adequados
e processo livre de erros), rapidez (que visa reduzir o tempo de atravessamento entre as
confiáveis), flexibilidade (que visa fornecer com uma gama de apropriada de capacitações
podendo alterar os custos de produtos e tempos) ou de custo (que possui capacidade adequada
suas atividades. Essa “abordagem geral” para designar e administrar processos é denominada
tipos de processos”, para Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 92). As empresas devem gerir
volume e variedade e de como ela quer competir. As operações de produção podem variar
desde produzir grandes volumes e pouca variedade até produzir volumes baixos com pouca
manufatura são: processo por projeto, processo do tipo jobbing ou job shop, processo em
“Os processos por projeto são os que lidam com produtos discricionários, usualmente
bastante customizados. Com muita frequência, o período de tempo para fazer o produto é
relativamente longo [...]”, como Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 93) definem esse tipo
de processo. Suas principais características são: baixo volume e alta variedade. A manufatura
dos produtos nesse processo é essencialmente exclusiva por quase nunca ser repetida da
Outra característica importante referente ao processo por projeto é que “A maior força
necessidades individuais do cliente”, assim explanam Davis, Aquilano e Chase (2001, p.74).
Ainda completam que os custos variáveis são relativamente muito altos quando comparados
com os custos fixos existentes, que muitas manufaturas, são até inexistentes.
Finalizando, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 74) esclarecem que “pessoal altamente
qualificado costuma ser necessário para este tipo de processo, uma vez que, com frequência,
Nesse processo, a natureza dos produtos é de grande porte e complexa. Exemplos que
(software).
Processos do tipo jobbing, assim como os processos por projeto, também lidam com
variedade muito alta e baixos volumes. A diferença é que nesse processo cada produto
compartilha seus recursos de operação e produção com outros diversos, enquanto que no
processo por projeto, os recursos de operação são basicamente exclusivos a cada manufatura
(Slack, Chambers & Johnston, 2009). Ainda para Slack, Chambers e Johnston (2009), os
Corrêa e Corrêa (2009, p. 335) asseguram que “em geral, os grupos de trabalho ou os
trabalhadores ficam a cargo de produzir o produto todo, necessitando para isso ser
processos por tarefa (jobbing) estão atrelados à fabricação artesanal. Exemplos são: fábricas
ou circuitos integrados) (Brown, Lamming, Bessant & Jones, 2006; Corrêa & Corrêa, 2009;
todas as fases do processo). No processo em lotes pode ocorrer economia em escala, devido
ao aumento de volume e diminuição da alta variedade, até então características dos processos
repetem, pelo menos enquanto os “lotes” são processados (Slack, Chambers & Johnston,
2009).
Brown et al (2006, p.90) explicam que “a produção em lote pode ser organizada em
termos similares aos dos produtos acabados ou por grupos de processos comuns”. Os mesmos
ratificam que cada produto precisa ser focado em “células de trabalho” de modo que os níveis
fabricação de pães e a produção de moldes plásticos (Brown et al, 2006; Corrêa & Corrêa,
2009).
Para Aquilano, Chase e Jacobs (2006), o processo linear se caracteriza pelo fato da
produção de peças andarem de estação para estação de trabalho (conexas umas às outras) em
ritmo pré-determinado, onde elas seguem uma sequência para a fabricação do produto do
final. Completando a argumentação, Corrêa e Corrêa (2009, p.336) relatam que “as estações
(isso, evidentemente, só tem sentido quando os produtos são feitos em altos volumes)”.
1. Falta de flexibilidade;
aumentam;
As operações em linhas são distinguidas por terem custos fixos altos e custos variáveis
operam esse processo aprendem algumas e simples tarefas. Seu fluxo é o mais eficiente dentre
todos os processos e o mais inflexível também, conforme Davis, Aquilano e Chase (2001).
massa, pelo fato de operarem em volumes ainda maiores e em geral terem variedade
ainda mais baixa. Normalmente, operam por períodos de tempo muito mais longos.
altamente previsível”.
Findando, Brown et al (2006) ainda descreve que o processo pode ser realizado
durante 24 horas por dia todos os dias do ano. Percebe-se, então, que o nível de volume nesse
contínuo.
ligados uns aos outros (por tubulações ou correias), o que gera baixo nível de estoque. O
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Para Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 74), “as refinarias de petróleo e plantas de
3 . EFEITO VOLUME-VARIEDADE
volume e variedade. Quando o volume é baixo e a variedade alta, o “fluxo não é uma questão
central” (Slack, Chambers & Johnston, p. 191-2). Conforme, o volume aumenta e a variedade
se torna menor, o fluxo de dos recursos torna-se menos intermitente e mais repetitivo.
produtos é pequena, o fluxo dos recursos transformados pode ser regularizado, um arranjo
físico por produto pode tornar-se mais adequado (como em montadoras de veículos).
mostra figura 6.
Outro fator que determina na escolha ideal de arranjo físico é a implicação dos custos
com qualquer outra forma de layout. Os custos variáveis, no entanto, tendem a aumentar à
medida que se migra do arranjo físico de posição fixa para o arranjo físico por produto (Slack,
adotado por uma organização também depende de alguns fatores. Para Corrêa e Corrêa
(2009), é importante definir qual o volume de fluxo processado alcançado pela empresa. Há
processos produtivos que lidam com altos volumes (como no caso de instalações de
eletricidade e usinas de álcool: processo contínuo) e processos que lidam com baixos volumes
manufatura. À medida que as tarefas se tornam mais complexas e diversas e menos repetidas
e divididas, o processo mais adequado é o por projeto, assim como cada vez que o fluxo de
processo for mais intermitente e menos contínuo (Slack, Chambers & Johnston, 2009).
Fusco e Sacomano (2007, p. 71), “cada tipo de processo em manufatura implica numa
manufatura e os tipos básicos de layout, deixando evidente os vínculos existentes entre eles.
4 CONCLUSÃO
O objetivo da presente pesquisa consistiu em provar que para cada tipo de arranjo
físico, existem processos em manufatura mais apropriados e que o posicionamento físico ideal
dos recursos de transformação de uma operação produtiva minimiza tempo de produção, gera
variedade.
Dessa forma, concluiu-se que para cada tipo de processo em manufatura adotado pela
organização realmente existe um tipo de arranjo físico mais indicado e que isso se deve a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWN, S.; LAMMING, R.; BESSANT, J.; JONES, P. (2006). Administração da Produção
Elsevier.
Saraiva.