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Capa
Sumário
Folha de Rosto
Folha de Créditos
Dedicatória
Agradecimentos
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
Você trocaria seu amigo pelo
amor da sua vida?
Graciela Mayrink
Copyright © 2014 Editora Novo Conceito
Todos os direitos reservados.
Esta é uma obra de ficção. Os nomes, personagens,
lugares e acontecimentos descritos são produto da
imaginação do autor. Qualquer semelhança com nomes,
datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Versão digital – 2014
Produção Editorial:
Equipe Novo Conceito
Este livro segue as regras da Nova Ortografia da Língua
Portuguesa.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
(CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Mayrink, Graciela
A namorada do meu amigo / Graciela Mayrink.
-- Ribeirão Preto, SP : Novo Conceito Editora,
2014.
ISBN 978-85-8163-564-4
1. Ficção brasileira I. Título.
14-05898 | CDD-869.93
Índices para catálogo sistemático:
1. Ficção : Literatura brasileira 869.93
Eu e o Caveira chegamos ao
Pitangueiras e fomos procurar o Beto. O
salão do clube já estava cheio, mas eu
sabia onde ficava a mesa que ele havia
comprado, então não foi difícil encontrá-
lo. Ele estava sentado ao lado da Juliana,
linda em um vestido preto de festa. Alice
tinha ido mais cedo para os preparativos
do desfile, quando ela entregaria a coroa
e a faixa para a nova Garota Pitangueiras.
— Onde está a namorada? — perguntou
Beto em tom provocativo ao Caveira.
— Não começa você também — disse
ele, tentando fingir que estava irritado.
— O que ele tem? —Beto perguntou
para mim.
— Acho que está com medo de se
apaixonar. — Dei de ombros e me sentei
ao lado dele, sem conseguir tirar os olhos
da Juliana. Ela percebeu e desviou o
olhar.
— Já vi que vão pegar no meu pé a
noite toda — esbravejou Caveira, se
sentando ao meu lado. — Onde está a
Emília?
— Por aí com o Otávio — respondeu
Beto, enquanto servia um pouco de uísque
para nós.
— E você deixou? — Caveira
arregalou os olhos.
— Eles só estão por aí. Não estão
fazendo nada demais. Eu acho.
— Como eles vão fazer algo aqui? —
disse Juliana para o namorado,
visivelmente recriminando o modo
controlador dele com as irmãs.
— Ei, estou tentando mudar! — Beto
pareceu um pouco magoado, e Juliana deu
um beijo nele.
— Eu sei — sussurrou ela, sorrindo, e,
para variar, senti inveja daquele carinho
todo.
Desviei o olhar; estava me sentindo
muito masoquista. Percebi Caveira
olhando em volta.
— Já volto. — Ele se levantou.
— Traz sua namorada aqui pra
conhecermos — brinquei antes de ele sair,
mas Caveira fingiu não me escutar.
— Você acha que isso é sério? — Beto
quis saber.
— Não sei. — Dei de ombros. — Acho
que não, você conhece o Caveira. Logo
ele vai enjoar da menina.
— Ele pode se apaixonar — comentou
Juliana.
— Difícil — eu disse e olhei os dois,
me lembrando de como Beto era um
galinha convicto. — Bom, tudo é
possível.
— Espero que sim. Ela é muito legal,
não merece sofrer. — Juliana olhava de
longe o Caveira conversando com a Rafa.
— Quem dera se uma pessoa legal não
sofresse — filosofei, mais para mim do
que para eles.
— Ei, você está sofrendo? Achei que
havia feito as pazes com a Alice —
comentou Beto, e percebi minha mancada.
Tentei consertar.
— Não estou falando disso. Estou
falando de um modo geral.
Ele pareceu satisfeito com minha
resposta, mas vi que Juliana percebeu a
indireta, porque ficou um pouco
incomodada.
— Animado pra ver sua namorada lá no
palco? — perguntou Beto.
— Sim. Mas ela falou que só vai entrar
no final e entregar faixa, coroa, essas
coisas, pra quem vencer.
— Mesmo assim. Alice ainda é a mais
bonita de todas.
— Quanto a isso, tenho que concordar
— eu disse, sentindo uma pontada de
orgulho pela namorada que eu tinha.
— Mas e aí? Animado para ir a Belo
Horizonte na sexta?
— Sim. — Balancei a cabeça.
— Vamos sair depois do almoço, viu?
— Você já falou isso, Beto. Pode
deixar que estarei pronto. Vamos no meu
carro, certo?
— Acho que não vai precisar. Parece
que o Otávio ofereceu o carro dele. —
Beto fez uma careta.
— Se precisar, não tem problema.
— Deixa ele, está querendo se mostrar
útil. — Beto novamente fez uma careta.
— Para de implicar com o Otávio. Ele
é gente boa — disse Juliana, dando um
tapa de leve no braço do Beto.
— Você e a Alice vão com a Emília e o
Otávio no carro dele, a Ju e eu vamos com
o Caveira e a Rafa no carro dele, já que
ainda não posso dirigir — explicou Beto,
mostrando o braço engessado.
— Hum, então o Caveira vai conseguir
levar a Rafa?
— Meu pai conversou com os pais
dela. Não sei se eles sabem que os dois
estão namorando e o Caveira vai.
— Entendi.
— Mas lá no apartamento nada de casal
dormindo junto! — Ele foi enfático, e
Juliana virou os olhos e olhou para mim.
— Não falei nada. — Tentei me
defender.
— Não confio no Otávio. — Beto
bebeu um pouco mais de uísque e olhou
para mim. — Por isso ele fica comigo no
quarto que tem duas camas de solteiro.
Você e o Caveira ficam no outro. As
meninas vão ficar na suíte.
— Não são quatro quartos? —
Estranhei.
— Sim, mas todas juntas fica mais fácil
vigiar.
— Você está parecendo o meu pai —
brinquei, mas me arrependi, porque Beto
não riu.
— Eu falei com ele pra parar com
essas neuroses — disse Juliana para mim,
e fiquei feliz por estarmos tendo uma
conversa normal.
— Concordo.
— Você fala isso porque não tem irmã.
— Relaxa. — Foi a única coisa que
consegui falar. Vi um movimento no palco
e mostrei para eles. — O desfile vai
começar, vê se desestressa.