Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Fui o que fiz / Sou o que faço / Do verbo, do traço / Não sou um juiz / Mas
cumpro com giz / Com o corpo e a mente / A sina docente / De ser mais feliz.
Dedicatória
Dedico este livro à memória do engenheiro e arquiteto José Antonio Cardoso,
de cujo trabalho e obra eu pude constituir, ainda na mais tenra idade, a
inspiração de minha carreira de arquiteto e professor; e ao meu mestre,
arquiteto Erico Paulo Siegmar Weidle, que em sua sabedoria e generosidade
ensinou-me e incentivou-me no estudo das estruturas arquitetônicas ao mesmo
tempo em que me encorajou a levar a outros o que tenho aprendido.
Agradecimento.
Agradeço a Consuelo, Carolina, Henrique e Humberto e a meus pais, Maria
Eloy e Waltencyr, pela coragem que me emprestaram para que eu pudesse, já
passando de maduro, ter a paciência necessária para ver concluído este
trabalho.
Aos amigos Maria Alice e Salviano, que acertadamente me aconselharam a
escrever este livro em tomos, publicando-o por etapas.
Índice
Introdução
“Firmitas”. Este foi o termo escolhido por Marcus Vitruvius Pollio, arquiteto e
engenheiro romano do Século I a.C. para qualificar o trato da estabilidade das
construções como um dos três estabelecimentos necessários para a existência
de um ente arquitetônico, ao lado de “Venustas”, traduzível como beleza ou
estética e “Utilitas”, definível como a própria funcionalidade.
Conforme preconizaram os mestres em suas criações ou comentários sobre a
Arquitetura, desde a antiguidade clássica, esta deve ser composta de modo a
que se perceba a harmonia proporcional dos espaços vazios e dos que são
preenchidos pelas massas, as formas, as luzes e sombras, as cores e matizes,
as texturas visuais e tácteis realçadas pelo ar em movimento, pelo calor e pelo
frescor do ambiente e pelos perfumes mais agradáveis que incitam ou excitam.
Os sons, o silêncio ou seus contrastes devem fazer parte da composição
arquitetônica. Estas coisas devem trazer à mente do Homem as relembranças
instintivas das sensações, as percepções estéticas impressas nos genes ou
gravadas na Cultura. Com a mesma intensidade, os espaços arquiteturais
devem atender às funções para as quais foram designados, na medida
econômica e ecológica, ensejando a produção pelo trabalho e o ócio justos.
Isto se completa com a estabilidade construtiva, o que dá aos espaços a
perenidade necessária a sua observação e uso. Esta terceira parcela,
permanente em toda representação do produto arquitetônico, por motivos que
merecem estudo acurado por parte de especialistas sociais, parece hoje
depreciada por grande parte dos estudantes e profissionais que vão saindo das
escolas numa série inacabada. Isto contradiz tanto a necessidade humana
quanto o esplendor daqueles que, minoritários, ainda atendem à disciplina e ao
estudo dos fenômenos que envolvem e comprometem o tema das estruturas
no contexto da Arquitetura.
Seja qualquer a hipótese para a existência desse defeito na formação dos
arquitetos e engenheiros, pelo menos uma questão pode ser recorrente: a de
que os cursos de formação não têm sido atrativos ao ponto de despertar o
prazer de se estudar as estruturas no contexto geral da Arquitetura. Em sendo
assim, quem sabe se possa insistir em reformular a abordagem desse tema,
enfatizando ou complementando algumas tentativas.
Capítulo I – Forças
Capítulo II – Vetores
A terceira lei de Newton preconiza que matéria atrai matéria na razão direta de
suas massas e na razão inversa (do quadrado) da distância que as separa,
. Distância é um conceito mais simples, que se tem com mais
facilidade. O conceito de massa, porém, requer um momento de reflexão a fim
de que facilite o estudo da resistência dos materiais dentro do contexto da
estruturas arquitetônicas.
Massa é uma grandeza escalar. É algo intrínseco à existência material porque
matéria tem massa. Já que das principais partículas atômicas, elétrons, prótons
e nêutrons, as duas últimas têm massa considerável, a massa de cada
elemento atômico é dada pela soma de seus prótons e neutros. Na tabela
periódica dos elementos se pode observar que os elementos estão dispostos
de maneira que quanto mais à direita e embaixo, maiores suas massas
atômicas; se diz que são assim mais “pesados”. O conceito de peso neste caso
se trata de uma expressão idiomática na língua portuguesa, a coincidência do
significado da palavra “peso” com a consideração de massa. Talvez fosse mais
bem empregada a expressão “mais massudos” para se descrever elementos
materiais presentes mais à direita e abaixo da tabela periódica dos elementos
ao compararmos estes com seus vizinhos anteriores.
Peso tem um conceito mais amplo quando se trata de uma carga. Trata-se de
grandeza vetorial, produto da massa pela força gravitacional . A massa
constante de um átomo ou molécula, neste caso composta pela soma de todas
as massas atômicas de todos os elementos que venha a constituí-la enquanto
matéria será constante em qualquer recanto do Universo. O peso, por sua vez,
será a medida da interação dessa massa com a força gravitacional de
referência que se tome. No planeta Terra a força de interação gravitacional
enseja uma aceleração aproximada . O peso será o produto da
massa pela força de aceleração . Desse modo, uma mulher que
entre numa farmácia em Brasília, suba à balança e verifique que o mostrados
da máquina mostra o numero 60, sob o ponto de vista físico sua massa
corporal, de fato, corresponderá aproximadamente a 54,48 Kg. 60 será a força
que sua massa exerce sobre a plataforma da balança que, por sua vez, resiste
à força gravitacional que atrai o corpo da mulher para o centro do Planeta. A
grandeza da carga e a unidade que o artefato da farmácia deveria expressar
seria 60 Kgf (kilograma força) ou, noutra notação, 601 N (newtons:
). Por ser produto de uma grandeza vetorial (força) e
outra escalar (massa) peso pode ser descrito graficamente com expressão de
orientação, sentido e grandeza.
Unidades
Unidades são produtos de convenções que estabelecem padrões de medidas
de grandezas, quantidades. Geralmente se quantificam distâncias, massas,
tempo e seus compostos. No Sistema Internacional – SI, aceito em todo
mundo, distâncias, as lineares, planares e volumétricas são expressas em
metro, metro quadrado, metro cúbico , seus múltiplos e submúltiplos;
massas têm o grama como referência unitária, com seus múltiplos e
submúltiplos. Para o tempo, a unidade básica é o segundo . Unidades
híbridas são compostas a partir dessas convenções de unidades:
Capítulo V – Resistência
Pela Terceira Lei de Newton, a toda ação corresponde uma reação de igual
intensidade, com mesma orientação, mas em sentido contrário. Isto explica e
disto depende o equilíbrio dos corpos. Consequentemente, é a essência da
estabilidade dos sistemas estruturais na Arquitetura. A resistência exata às
ações externas e internas de força que estabiliza as construções provém da
natureza dos materiais e também da forma geométrica dos elementos que as
compõem. No primeiro caso, se observa que elementos estruturais formados
por materiais cujas moléculas sejam mais estáveis, como vários metais sólidos
(nas condições normais de temperatura e pressão – CNTP), por exemplo. No
segundo, peças cujo formato garanta maior distância entre.
Materiais constituem a existência física dos edifícios, principais representantes
do que conhecemos como Arquitetura. Esses materiais, formados que são de
elementos e compostos atômicos, têm massa (e energia). Portanto, segundo
os princípios newtonianos, estão sujeitos à Lei da Gravitação Universal. Ocorre
que a estrutura atômica dos elementos e das moléculas trazem em si a
estrutura que lhes empresta mais ou menos estabilidade diante das forças que
venham a fazer com que tendam a se deslocar ou a se deformar ou, até
mesmo, a alterar seu estado (sólido, líquido ou gasoso), desta feita com adição
de mais ou menos energia ao conjunto molecular. Observamos o fato de que o
carbono seja tão propalado por sua resistência. Este fato se torna mais
evidente quando se compreende a natureza molecular deste elemento, cuja
aparência, segundo os modelos consagrados, se assemelha a do tetraedro,
geometricamente o mais estável e resistente dos sólidos, constituído de tão-
somente quatro nós, quatro ligações e quatro planos triangulares. Triângulos,
por seu turno, são as figuras mais estáveis que há. O triângulo é a própria
definição do plano geométrico.
Os elementos estruturais prismáticos, os mais comuns na Arquitetura, são
formados por uma face superior e uma inferior, paralelas e congruentes,
ligadas por arestas. Blocos e barras têm três dimensões, base, altura e
comprimento geometricamente significativos, com o mesmo status de
consideração. Nas placas ou chapas duas das três dimensões, altura e
comprimento, são mais significativas do que a terceira, espessura, e os cabos
têm uma de suas dimensões, comprimento, muito mais significativa do que as
outras duas, espessura – ou bitola – e altura. Desse modo, as considerações
quanto à resistência às forças externas aplicadas a blocos ou a barras levará
em consideração prática as aplicações tanto na base, quanto na altura ou no
comprimento, inclusive quanto à natureza geométrica de qualquer de suas
seções; as placas ou chapas serão consideradas pela resistência que
oferecerem em face de sua altura e comprimento. Os cabos, por ter um
elemento dimensional mais importante em relação aos demais, devem
considerar a resistência molecular dos elementos que o compuserem como um
fator mais polarizado na consideração de sua resistência às forças
eventualmente atuantes nos sistemas estruturais onde comparecem.
Sistemas estruturais caracterizados pelo uso de blocos são geralmente
submetidos a forças que tendem a comprimir, mais do que tracionar ou a
flexionar. Barras submetidas especialmente à compressão são representadas
pelos denominados pilares; as que são submetidas indistintamente à
compressão ou à tração num mesmo sistema costumam ser chamadas hastes;
as que são tipicamente tracionadas têm o nome genérico de tirantes. As barras
que são predominantemente submetidas à flexão são denominadas vigas.
Cabos não oferecem resistência prática à compressão ou à flexão. Seu papel
na estabilidade das construções arquitetônicas é de resistência à tração, tanto
é em muitos aspectos a palavra cabo chega a ser confundida com o vocábulo
“tirante” embora, como se viu, esta função possa ser empreendida por uma
haste como os “cambões” empregados nos caminhões.
Alguns conjuntos estruturais recebem nomenclatura própria e remontam às
características próprias de seus elementos: colunas, paredes cujas espessuras
têm significado importante são constituídas basicamente de blocos interligados
e correlacionados; grelhas tratam geralmente da associação de barras; telas ou
teias definem o conjunto de cabos. A densidade maior de cabos ou fios (cabos
muito finos) pode definir um sistema com sendo uma membrana, por ser esta
uma lâmina delgada cuja espessura passa a ser praticamente insignificante
perante suas duas outras dimensões.
Relação de forças com os materiais
O fenômeno da tensão
Compressão, distensão, corte, flexão, torção e choque.
Capítulo VI – Deformação
Capítulo IX – Compressão
Flambagem
Raio de giração
Domínio de Euler
Domínio de Tetmeyer
Capítulo X – Flexão
Momento
Binário
Reações de apoio
Cisalhamento
Momento flexor
Momento Resistente
Prismas
Blocos
Placas
Barras e hastes
Tirantes e cabos
Diafragmas
Ondulações
Dobraduras
Cabos
Diafragmas
Pneumáticas