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UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 121

§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do Sistema


Lei nº 8.080, de 19/09/1990: Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.

Capítulo I
Sistema Único de Saúde (SUS)
Dos Objetivos e Atribuições

Art.5º - São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:


Art.1º - Esta lei regula, em todo o território nacional, as
ações e serviços de saúde, executados isolada ou
I - a identificação e divulgação dos fatores condicio-
conjuntamente, em caráter permanente ou even-
nantes e determinantes da saúde;
tual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito
Público ou privado.
II - a formulação de política de saúde destinada a
promover, nos campos econômico e social, a ob-
Título I servância do disposto no § 1º do Art.2º desta lei;
Das Disposições Gerais
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações
Art.2º - A saúde é um direito fundamental do ser huma- de promoção, proteção e recuperação da saúde,
no, devendo o Estado prover as condições indis- com a realização integrada das ações assistenciais
pensáveis ao seu pleno exercício. e das atividades preventivas.

§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na III - a assistência às pessoas por intermédio de ações
formulação e execução de políticas econômicas e de promoção, proteção e recuperação da saúde,
sociais que visem à redução de riscos de doenças com a realização integrada das ações assistenciais
e de outros agravos e no estabelecimento de e das atividades preventivas.
condições que assegurem acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para a sua Art.6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do
promoção, proteção e recuperação. Sistema Único de Saúde (SUS):

§ 2º - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da I - a execução de ações:


família, das empresas e da sociedade.
a) de vigilância sanitária;
Art.3º - Os níveis de saúde expressam a organização b) de vigilância epidemiológica;
social e econômica do País, tendo a saúde como c) de saúde do trabalhador; e
determinantes e condicionantes, entre outros, a d) de assistência terapêutica integral, inclusive
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o farmacêutica;
meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação,
a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso II - a participação na formulação da política e na
aos bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº execução de ações de saneamento básico;
12.864, de 2013)

III - a ordenação da formação de recursos humanos


§ único - Dizem respeito também à saúde as ações que, por na área de saúde;
força do disposto no artigo anterior, se destinam
a garantir às pessoas e à coletividade condições IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
de bem-estar físico, mental e social.
V- a colaboração na proteção do meio ambiente,
Título II nele compreendido o do trabalho;
Do Sistema Único de Saúde (SUS)
VI - a formulação da política de medicamentos,
Disposição Preliminar
equipamentos, imunobiológicos e outros insumos
de interesse para a saúde e a participação na sua
Art.4º - O conjunto de ações e serviços de saúde, presta-
produção;
dos por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da Administração direta VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e
e indireta e das fundações mantidas pelo Poder substâncias de interesse para a saúde;
Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e
§ 1º - Estão incluídas no disposto neste artigo as insti- bebidas para consumo humano;
tuições públicas federais, estaduais e municipais
de controle de qualidade, pesquisa e produção de IX - a participação no controle e na fiscalização da
insumos, medicamentos, inclusive de sangue e produção, transporte, guarda e utilização de
hemoderivados, e de equipamentos para saúde. substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos;
122 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
X- o incremento, em sua área de atuação, do desen- trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,
volvimento científico e tecnológico; avaliações ambientais e exames de saúde, de
admissão, periódicos e de demissão, respeitados
XI - a formulação e execução da política de sangue e os preceitos da ética profissional;
seus derivados.
VI - participação na normatização, fiscalização e
§ 1º - Entende-se por vigilância sanitária um conjunto controle dos serviços de saúde do trabalhador nas
de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir instituições e empresas públicas e privadas;
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitá- VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças
rios decorrentes do meio ambiente, da produção originadas no processo de trabalho, tendo na sua
e circulação de bens e da prestação de serviços de elaboração a colaboração das entidades sindicais;
interesse da saúde, abrangendo:
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de
I - o controle de bens de consumo que, direta ou requerer ao órgão competente a interdição de
indiretamente, se relacionem com a saúde, com- máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente
preendidas todas as etapas e processos, da produ- de trabalho, quando houver exposição a risco
ção ao consumo; e iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.

II - o controle da prestação de serviços que se relacio- Capítulo II


nam direta ou indiretamente com a saúde. Dos Princípios e Diretrizes
§ 2º - Entende-se por vigilância epidemiológica um Art.7º - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços
conjunto de ações que proporcionam o conheci- privados contratados ou conveniados que inte-
mento, a detecção ou prevenção de qualquer gram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desen-
mudança nos fatores determinantes e condicio- volvidos de acordo com as diretrizes previstas no
nantes de saúde individual ou coletiva, com a Art.198 da Constituição Federal, obedecendo
finalidade de recomendar e adotar as medidas de ainda aos seguintes princípios:
prevenção e controle das doenças ou agravos.
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em
§ 3º - Entende-se por saúde do trabalhador, para fins todos os níveis de assistência;
desta lei, um conjunto de atividades que se desti-
na, através das ações de vigilância epidemiológica II - integralidade de assistência, entendida como
e vigilância sanitária, à promoção e proteção da conjunto articulado e contínuo das ações e
saúde dos trabalhadores, assim como visa à serviços preventivos e curativos, individuais e
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalha- coletivos, exigidos para cada caso em todos os
dores submetidos aos riscos e agravos advindos níveis de complexidade do sistema;
das condições de trabalho, abrangendo:
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de de sua integridade física e moral;
trabalho ou portador de doença profissional e do
trabalho; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconcei-
tos ou privilégios de qualquer espécie;
II - participação, no âmbito de competência do Siste-
ma Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, V- direito à informação, às pessoas assistidas, sobre
avaliação e controle dos riscos e agravos potencia- sua saúde;
is à saúde existentes no processo de trabalho;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial
III - participação, no âmbito de competência do Siste- dos serviços de saúde e a sua utilização pelo
ma Único de Saúde (SUS), da normatização, usuário;
fiscalização e controle das condições de produção,
extração, armazenamento, transporte, distribui- VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimen-
ção e manuseio de substâncias, de produtos, de to de prioridades, a alocação de recursos e a
máquinas e de equipamentos que apresentam orientação programática;
riscos à saúde do trabalhador;
VIII - participação da comunidade;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provo-
cam à saúde; IX - descentralização político-administrativa, com
direção única em cada esfera de governo:
V- informação ao trabalhador e à sua respectiva
entidade sindical e às empresas sobre os riscos de a) ênfase na descentralização dos serviços para
acidentes de trabalho, doença profissional e do os municípios;
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b) regionalização e hierarquização da rede de § único - As comissões intersetoriais terão a finalidade de


serviços de saúde; articular políticas e programas de interesse para
a saúde, cuja execução envolva áreas não compre-
X- integração em nível executivo das ações de saúde, endidas no âmbito do Sistema Único de Saúde
meio ambiente e saneamento básico; (SUS).

XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, Art.13 -A articulação das políticas e programas, a cargo
materiais e humanos da União, dos Estados, do das comissões intersetoriais, abrangerá, em
Distrito Federal e dos Municípios na prestação de especial, as seguintes atividades:
serviços de assistência à saúde da população;
I - alimentação e nutrição;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os II - saneamento e meio ambiente;
níveis de assistência; e III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
XIII - organização dos serviços públicos de modo a V- ciência e tecnologia; e
evitar duplicidade de meios para fins idênticos. VI - saúde do trabalhador.

Capítulo III Art.14 -Deverão ser criadas Comissões Permanentes de


Da Organização, da Direção e da Gestão integração entre os serviços de saúde e as institu-
ições de ensino profissional e superior.
Art.8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente § único - Cada uma dessas comissões terá por finalidade
ou mediante participação complementar da propor prioridades, métodos e estratégias para a
iniciativa privada, serão organizados de forma formação e educação continuada dos recursos
regionalizada e hierarquizada em níveis de com- humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na
plexidade crescente. esfera correspondente, assim como em relação à
pesquisa e à cooperação técnica entre essas ins-
Art.9º - A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é tituições.
única, de acordo com o inciso I do Art.198 da
Constituição Federal, sendo exercida em cada Art.14-A- As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite
esfera de governo pelos seguintes órgãos: são reconhecidas como foros de negociação e
pactuação entre gestores, quanto aos aspectos
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
(Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).

II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela § único - A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e
respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equiva- Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466/ 2011).
lente; e
I- decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secre- e administrativos da gestão compartilhada do
taria de Saúde ou órgão equivalente. SUS, em conformidade com a definição da políti-
ca consubstanciada em planos de saúde, aprova-
Art.10 - Os municípios poderão constituir consórcios para dos pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466/,
desenvolver em conjunto as ações e os serviços de de 2011).
saúde que lhes correspondam.
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e
§ 1º - Aplica-se aos consórcios administrativos intermu- intermunicipal, a respeito da organização das
nicipais o princípio da direção única, e os respecti- redes de ações e serviços de saúde, principalmen-
vos atos constitutivos disporão sobre sua obser- te no tocante à sua governança institucional e à
vância. integração das ações e serviços dos entes federa-
dos; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 2º - No nível municipal, o Sistema Único de Saúde
(SUS), poderá organizar-se em distritos de forma III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito
a integrar e articular recursos, técnicas e práticas sanitário, integração de territórios, referência e
voltadas para a cobertura total das ações de saú-de. contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os
Art.11 - Vetado. entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).

Art.12 -Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito Art.14-B- O Conselho Nacional de Secretários de Saúde
nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias
Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos Municipais de Saúde (Conasems) são reconheci-
competentes e por entidades representativas da dos como entidades representativas dos entes
sociedade civil.
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estaduais e municipais para tratar de matérias X- elaboração da proposta orçamentária do Sistema
referentes à saúde e declarados de utilidade Único de Saúde (SUS), de conformidade com o
pública e de relevante função social, na forma do plano de saúde;
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
XI - elaboração de normas para regular as atividades
§ 1º - O Conass e o Conasems receberão recursos do de serviços privados de saúde, tendo em vista a
orçamento geral da União por meio do Fundo sua relevância pública;
Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de
suas despesas institucionais, podendo ainda ce- XII - realização de operações externas de natureza
lebrar convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466/11). financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo
Senado Federal;
§ 2º - Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems) são reconhecidos como entidades que XIII - para atendimento de necessidades coletivas,
representam os entes municipais, no âmbito urgentes e transitórias, decorrentes de situações
estadual, para tratar de matérias referentes à de perigo iminente, de calamidade pública ou de
saúde, desde que vinculados institucionalmente irrupção de epidemias, a autoridade competente
ao Conasems, na forma que dispuserem seus es- da esfera administrativa correspondente poderá
tatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). requisitar bens e serviços, tanto de pessoas natu-
rais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada
Capítulo IV justa indenização;
Da Competência e das Atribuições
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue,
Seção I Componentes e Derivados;
Das Atribuições Comuns
XV - propor a celebração de convênios, acordos e
Art.15 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni- protocolos internacionais relativos à saúde, sanea-
cípios exercerão, em seu âmbito administrativo, mento e meio ambiente;
as seguintes atribuições:
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção,
I - definição das instâncias e mecanismos de contro- proteção e recuperação da saúde;
le, avaliação e de fiscalização das ações e serviços
de saúde; XVII - promover articulação com os órgãos de fiscaliza-
ção do exercício profissional e outras entidades
II - administração dos recursos orçamentários e representativas da sociedade civil para a definição
financeiros destinados, em cada ano, à saúde; e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações
e serviços de saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível XVIII - promover a articulação da política e dos planos de
de saúde da população e das condições ambientais; saúde;
IV - organização e coordenação do sistema de infor- XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
mação de saúde;
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e
V- elaboração de normas técnicas e estabelecimento fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitá-
de padrões de qualidade e parâmetros de custos ria;
que caracterizam a assistência à saúde;
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e pro-
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento jetos estratégicos e de atendimento emergencial.
de padrões de qualidade para promoção da saúde
do trabalhador; Seção II
Da Competência
VII - participação de formulação da política e da execu-
ção das ações de saneamento básico e colabora- Art.16 -A direção nacional do Sistema Único da Saúde
ção na proteção e recuperação do meio ambiente; (SUS) compete:
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de I- formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação
saúde; e nutrição;
IX - participação na formulação e na execução da II - participar na formulação e na implementação das
política de formação e desenvolvimento de recur- políticas:
sos humanos para a saúde;
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a) de controle das agressões ao meio ambiente; XV - promover a descentralização para as Unidades


b) de saneamento básico; e Federadas e para os Municípios, dos serviços e
c) relativas às condições e aos ambientes de ações de saúde, respectivamente, de abrangência
trabalho; estadual e municipal;

III - definir e coordenar os sistemas: XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema


Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
a) de redes integradas de assistência de alta
complexidade; XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os
serviços de saúde, respeitadas as competências
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
estaduais e municipais;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no
âmbito do SUS, em cooperação técnica com os
IV - participar da definição de normas e mecanismos Estados, Municípios e Distrito Federal;
de controle, com órgão afins, de agravo sobre o
meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e
repercussão na saúde humana; coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS
em todo o Território Nacional em cooperação
V- participar da definição de normas, critérios e técnica com os Estados, Municípios e Distrito
padrões para o controle das condições e dos Federal.
ambientes de trabalho e coordenar a política de
saúde do trabalhador; § único - A União poderá executar ações de vigilância epi-
demiológica e sanitária em circunstâncias especia-
VI - coordenar e participar na execução das ações de is, como na ocorrência de agravos inusitados à
vigilância epidemiológica; saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitá- representem risco de disseminação nacional.
ria de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
Art.17 -À direção estadual do Sistema Único de Saúde
execução ser complementada pelos Estados,
(SUS) compete:
Distrito Federal e Municípios;
I - promover a descentralização para os Municípios
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para dos serviços e das ações de saúde;
o controle da qualidade sanitária de produtos,
substâncias e serviços de consumo e uso humano; II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierar-
quizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
IX - promover articulação com os órgãos educacionais
e de fiscalização do exercício profissional, bem III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios
como com entidades representativas de formação e executar supletivamente ações e serviços de
de recursos humanos na área de saúde; saúde;

X- formular, avaliar, elaborar normas e participar na IV - coordenar e, em caráter complementar, executar


execução da política nacional e produção de ações e serviços:
insumos e equipamentos para a saúde, em articu-
lação com os demais órgãos governamentais; a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de c) de alimentação e nutrição; e
referência nacional para o estabelecimento de d) de saúde do trabalhador;
padrões técnicos de assistência à saúde;
V- participar, junto com os órgãos afins, do controle
dos agravos do meio ambiente que tenham reper-
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
cussão na saúde humana;
substâncias de interesse para a saúde;
VI - participar da formulação da política e da execu-
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Esta- ção de ações de saneamento básico;
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
aperfeiçoamento da sua atuação institucional; VII - participar das ações de controle e avaliação das
condições e dos ambientes de trabalho;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o
Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços VIII - em caráter suplementar, formular, executar,
privados contratados de assistência à saúde; acompanhar e avaliar a política de insumos e
equipamentos para a saúde;
126 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de refe- VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocen-
rência e gerir sistemas públicos de alta complexi- tros;
dade, de referência estadual e regional;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução
X- coordenar a rede estadual de laboratórios de da vigilância sanitária de portos, aeroportos e
saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades fronteiras;
que permaneçam em sua organização administra-
tiva; X- observado o disposto no Art.26 desta Lei, celebrar
contratos e convênios com entidades prestadoras
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para de serviços privados de saúde, bem como contro-
o controle e avaliação das ações e serviços de lar e avaliar sua execução;
saúde;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos
serviços privados de saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em cará-
ter suplementar, de procedimentos de controle de
XII - normatizar complementarmente as ações e
qualidade para produtos e substâncias de consu-
serviços públicos de saúde no seu âmbito de
mo humano; atuação.
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância Art.19 -Ao Distrito Federal competem as atribuições
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; reservadas aos Estados e aos Municípios.

XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos .........................................................


indicadores de morbidade e mortalidade no
âmbito da unidade federada.

Art.18 -À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) Decreto nº 7.508, de 28/06/2011


compete:

I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da
os serviços de saúde e gerir e executar os serviços saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
públicos de saúde; providências.
Capítulo I
II - participar do planejamento, programação e orga- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
nização da rede regionalizada e hierarquizada do
Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação Art.1º - Este Decreto regulamenta a Lei no 8.080, de 19
com sua direção estadual; de setembro de 1990, para dispor sobre a organi-
zação do Sistema Único de Saúde - SUS, o plane-
III - participar da execução, controle e avaliação das jamento da saúde, a assistência à saúde e a articu-
ações referentes às condições e aos ambientes de lação interfederativa.
trabalho;
Art.2º - Para efeito deste Decreto, considera-se:
IV - executar serviços:
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo
constituído por agrupamentos de Municípios
a) de vigilância epidemiológica;
limítrofes, delimitado a partir de identidades
b) vigilância sanitária;
culturais, econômicas e sociais e de redes de
c) de alimentação e nutrição;
comunicação e infraestrutura de transportes
d) de saneamento básico; e
compartilhados, com a finalidade de integrar a
e) de saúde do trabalhador; organização, o planejamento e a execução de
ações e serviços de saúde;
V- dar execução, no âmbito municipal, à política de
insumos e equipamentos para a saúde; II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde -
acordo de colaboração firmado entre entes fede-
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio rativos com a finalidade de organizar e integrar as
ambiente que tenham repercussão sobre a saúde ações e serviços de saúde na rede regionalizada e
humana e atuar, junto aos órgãos municipais, hierarquizada, com definição de responsabilida-
estaduais e federais competentes, para contro- des, indicadores e metas de saúde, critérios de
lá-las; avaliação de desempenho, recursos financeiros
que serão disponibilizados, forma de controle e
VII - formar consórcios administrativos intermunici- fiscalização de sua execução e demais elementos
pais; necessários à implementação integrada das ações
e serviços de saúde;
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 127

III - Portas de Entrada - serviços de atendimento Art.5º - Para ser instituída, a Região de Saúde deve con-
inicial à saúde do usuário no SUS; ter, no mínimo, ações e serviços de:

IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação I - atenção primária;


consensual entre os entes federativos para defini- II - urgência e emergência;
ção das regras da gestão compartilhada do SUS; III - atenção psicossocial;
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar;
V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribu- V - vigilância em saúde.
ição de recursos humanos e de ações e serviços de
saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa priva- § único - A instituição das Regiões de Saúde observará
da, considerando-se a capacidade instalada exis- cronograma pactuado nas Comissões Intergesto-
tente, os investimentos e o desempenho aferido a res.
partir dos indicadores de saúde do sistema;
Art.6º - As Regiões de Saúde serão referência para as
VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e transferências de recursos entre os entes federati-
serviços de saúde articulados em níveis de com- vos.
plexidade crescente, com a finalidade de garantir
a integralidade da assistência à saúde;
Art.7º - As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendi-
das no âmbito de uma Região de Saúde, ou de
VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de
várias delas, em consonância com diretrizes
saúde específicos para o atendimento da pessoa
pactuadas nas Comissões Intergestores.
que, em razão de agravo ou de situação laboral,
necessita de atendimento especial; e
§ único - Os entes federativos definirão os seguintes ele-
VIII -Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - docu- mentos em relação às Regiões de Saúde:
mento que estabelece: critérios para o diagnóstico
da doença ou do agravo à saúde; o tratamento I - seus limites geográficos;
preconizado, com os medicamentos e demais
produtos apropriados, quando couber; as posolo- II - população usuária das ações e serviços;
gias recomendadas; os mecanismos de controle
clínico; e o acompanhamento e a verificação dos III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos
gestores do SUS. IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessi-
bilidade e escala para conformação dos serviços.
Capítulo II
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS Seção II
Da Hierarquização
Art.3º - O SUS é constituído pela conjugação das ações e
serviços de promoção, proteção e recuperação da Art.8º - O acesso universal, igualitário e ordenado às
saúde executados pelos entes federativos, de ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de
forma direta ou indireta, mediante a participação Entrada do SUS e se completa na rede regionali-
complementar da iniciativa privada, sendo organi- zada e hierarquizada, de acordo com a complexi-
zado de forma regionalizada e hierarquizada. dade do serviço.

Seção I Art.9º - São Portas de Entrada às ações e aos serviços de


Das Regiões de Saúde saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:

Art.4º - As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, I - de atenção primária;


em articulação com os Municípios, respeitadas as II - de atenção de urgência e emergência;
diretrizes gerais pactuadas na Comissão Interges- III - de atenção psicossocial; e
tores Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do IV - especiais de acesso aberto.
Art.30.
§ único - Mediante justificativa técnica e de acordo com o
§ 1º - Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interes- pactuado nas Comissões Intergestores, os entes
taduais, compostas por Municípios limítrofes, por federativos poderão criar novas Portas de Entrada
ato conjunto dos respectivos Estados em articula- às ações e serviços de saúde, considerando as
ção com os Municípios. características da Região de Saúde.

§ 2º - A instituição de Regiões de Saúde situadas em Art.10 - Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatori-


áreas de fronteira com outros países deverá ais especializados, entre outros de maior comple-
respeitar as normas que regem as relações inter- xidade e densidade tecnológica, serão referencia-
nacionais. dos pelas Portas de Entrada de que trata o Art.9o.
128 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
Art.11 -O acesso universal e igualitário às ações e aos § 2º - A compatibilização de que trata o caput será
serviços de saúde será ordenado pela atenção efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais
primária e deve ser fundado na avaliação da serão resultado do planejamento integrado dos
gravidade do risco individual e coletivo e no entes federativos, e deverão conter metas de
critério cronológico, observadas as especificidades saúde.
previstas para pessoas com proteção especial,
conforme legislação vigente. § 3º - O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
diretrizes a serem observadas na elaboração dos
§ único - A população indígena contará com regramentos planos de saúde, de acordo com as características
diferenciados de acesso, compatíveis com suas epidemiológicas e da organização de serviços nos
especificidades e com a necessidade de assistência entes federativos e nas Regiões de Saúde.
integral à sua saúde, de acordo com disposições
do Ministério da Saúde. Art.16 -No planejamento devem ser considerados os
serviços e as ações prestados pela iniciativa
Art.12 -Ao usuário será assegurada a continuidade do privada, de forma complementar ou não ao SUS,
cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, os quais deverão compor os Mapas da Saúde
nos serviços, hospitais e em outras unidades regional, estadual e nacional.
integrantes da rede de atenção da respectiva
Art.17 -O Mapa da Saúde será utilizado na identificação
região.
das necessidades de saúde e orientará o planeja-
mento integrado dos entes federativos, contribu-
§ único - As Comissões Intergestores pactuarão as regras de
indo para o estabelecimento de metas de saúde.
continuidade do acesso às ações e aos serviços de
saúde na respectiva área de atuação.
Art.18 -O planejamento da saúde em âmbito estadual
deve ser realizado de maneira regionalizada, a
Art.13 -Para assegurar ao usuário o acesso universal, partir das necessidades dos Municípios, conside-
igualitário e ordenado às ações e serviços de rando o estabelecimento de metas de saúde.
saúde do SUS, caberá aos entes federativos, além
de outras atribuições que venham a ser pactuadas Art.19 - Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB
pelas Comissões Intergestores: de que trata o inciso II do Art.30 pactuar as
etapas do processo e os prazos do planejamento
I - garantir a transparência, a integralidade e a municipal em consonância com os planejamentos
equidade no acesso às ações e aos serviços de estadual e nacional.
saúde;
Capítulo IV
II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
serviços de saúde;
Art.20 -A integralidade da assistência à saúde se inicia e
III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de se completa na Rede de Atenção à Saúde, median-
saúde; e te referenciamento do usuário na rede regional e
interestadual, conforme pactuado nas Comissões
IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de Intergestores.
saúde. Seção I
Da Relação Nacional de Ações
Art.14 -O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, e Serviços de Saúde - RENASES
diretrizes, procedimentos e demais medidas que
auxiliem os entes federativos no cumprimento das Art.21 - A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
atribuições previstas no Art.13. - RENASES compreende todas as ações e serviços
que o SUS oferece ao usuário para atendimento
Capítulo III da integralidade da assistência à saúde.
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Art.22 -O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES
Art.15 - O processo de planejamento da saúde será ascen- em âmbito nacional, observadas as diretrizes
dente e integrado, do nível local até o federal, pactuadas pela CIT.
ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde,
compatibilizando-se as necessidades das políticas § único - A cada dois anos, o Ministério da Saúde consoli-
de saúde com a disponibilidade de recursos dará e publicará as atualizações da RENASES.
financeiros.
Art.23 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cípios pactuarão nas respectivas Comissões Inter-
§ 1º - O planejamento da saúde é obrigatório para os
gestores as suas responsabilidades em relação ao
entes públicos e será indutor de políticas para a
rol de ações e serviços constantes da RENASES.
iniciativa privada.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 129

Art.24 -Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios § 2º - O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras
poderão adotar relações específicas e complemen- diferenciadas de acesso a medicamentos de
tares de ações e serviços de saúde, em consonân- caráter especializado.
cia com a RENASES, respeitadas as responsabili-
dades dos entes pelo seu financiamento, de Art.29 -A RENAME e a relação específica complementar
acordo com o pactuado nas Comissões Intergesto- estadual, distrital ou municipal de medicamentos
res. somente poderão conter produtos com registro na
Seção II Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
Da Relação Nacional
de Medicamentos Essenciais - RENAME Capítulo V
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Art.25 - A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -
RENAME compreende a seleção e a padronização Seção I
de medicamentos indicados para atendimento de Das Comissões Intergestores
doenças ou de agravos no âmbito do SUS.
Art.30 - As Comissões Intergestores pactuarão a organiza-
§ único - A RENAME será acompanhada do Formulário ção e o funcionamento das ações e serviços de
Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a saúde integrados em redes de atenção à saúde,
prescrição, a dispensação e o uso dos seus medi- sendo:
camentos.
I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministé-
Art.26 - O Ministério da Saúde é o órgão competente para rio da Saúde para efeitos administrativos e opera-
dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos cionais;
e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional,
observadas as diretrizes pactuadas pela CIT. II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secreta-
ria Estadual de Saúde para efeitos administrativos
§ único - A cada dois anos, o Ministério da Saúde consoli- e operacionais; e
dará e publicará as atualizações da RENAME, do
respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretri- III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no
zes Terapêuticas. âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual
de Saúde para efeitos administrativos e operacio-
Art.27 -O Estado, o Distrito Federal e o Município pode- nais, devendo observar as diretrizes da CIB.
rão adotar relações específicas e complementares
de medicamentos, em consonância com a RENA- Art.31 - Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos
ME, respeitadas as responsabilidades dos entes de saúde poderão ser representados pelo Conse-
pelo financiamento de medicamentos, de acordo lho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS,
com o pactuado nas Comissões Intergestores. pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual
Art.28 -O acesso universal e igualitário à assistência de Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
Art.32 -As Comissões Intergestores pactuarão:
I - estar o usuário assistido por ações e serviços de
saúde do SUS; I - aspectos operacionais, financeiros e administrati-
vos da gestão compartilhada do SUS, de acordo
II - ter o medicamento sido prescrito por profissional com a definição da política de saúde dos entes
de saúde, no exercício regular de suas funções no federativos, consubstanciada nos seus planos de
SUS; saúde, aprovados pelos respectivos conselhos de
saúde;
III - estar a prescrição em conformidade com a RENA-
ME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêu- II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integra-
ticas ou com a relação específica complementar ção de limites geográficos, referência e contrarre-
estadual, distrital ou municipal de medicamentos; ferência e demais aspectos vinculados à integra-
e ção das ações e serviços de saúde entre os entes
federativos;
IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas
pela direção do SUS. III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional
e interestadual, a respeito da organização das
§ 1º - Os entes federativos poderão ampliar o acesso do redes de atenção à saúde, principalmente no
usuário à assistência farmacêutica, desde que tocante à gestão institucional e à integração das
questões de saúde pública o justifiquem. ações e serviços dos entes federativos;
130 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede § 2º - O desempenho aferido a partir dos indicadores
de Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte nacionais de garantia de acesso servirá como
demográfico e seu desenvolvimento econômi- parâmetro para avaliação do desempenho da
co-financeiro, estabelecendo as responsabilidades prestação das ações e dos serviços definidos no
individuais e as solidárias; e Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde
em todas as Regiões de Saúde, considerando-se as
V - referências das regiões intraestaduais e interesta- especificidades municipais, regionais e estaduais.
duais de atenção à saúde para o atendimento da
integralidade da assistência.
Art.36 -O Contrato Organizativo da Ação Pública de
Saúde conterá as seguintes disposições essenciais:
§ único - Serão de competência exclusiva da CIT a pactua-
ção:
I - identificação das necessidades de saúde locais e
I - das diretrizes gerais para a composição da RENA- regionais;
SES;
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde,
II - dos critérios para o planejamento integrado das promoção, proteção e recuperação da saúde em
ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em âmbito regional e inter-regional;
razão do compartilhamento da gestão; e
III - responsabilidades assumidas pelos entes federati-
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das vos perante a população no processo de regionali-
questões operacionais das Regiões de Saúde zação, as quais serão estabelecidas de forma
situadas em fronteiras com outros países, respei- individualizada, de acordo com o perfil, a organi-
tadas, em todos os casos, as normas que regem as zação e a capacidade de prestação das ações e dos
relações internacionais. serviços de cada ente federativo da Região de
Saúde;
Seção II
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
IV - indicadores e metas de saúde;
Art.33 -O acordo de colaboração entre os entes federati-
vos para a organização da rede interfederativa de V - estratégias para a melhoria das ações e serviços
atenção à saúde será firmado por meio de Contra- de saúde;
to Organizativo da Ação Pública da Saúde.
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de
Art.34 -O objeto do Contrato Organizativo de Ação monitoramento permanente;
Pública da Saúde é a organização e a integração
das ações e dos serviços de saúde, sob a responsa- VII - adequação das ações e dos serviços dos entes
bilidade dos entes federativos em uma Região de federativos em relação às atualizações realizadas
Saúde, com a finalidade de garantir a integralida- na RENASES;
de da assistência aos usuários.
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas
§ único - O Contrato Organizativo de Ação Pública da responsabilidades; e
Saúde resultará da integração dos planos de
saúde dos entes federativos na Rede de Atenção
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados
à Saúde, tendo como fundamento as pactuações
estabelecidas pela CIT. por cada um dos partícipes para sua execução.

Art.35 -O Contrato Organizativo de Ação Pública da § único - O Ministério da Saúde poderá instituir formas de
Saúde definirá as responsabilidades individuais e incentivo ao cumprimento das metas de saúde e
solidárias dos entes federativos com relação às à melhoria das ações e serviços de saúde.
ações e serviços de saúde, os indicadores e as
metas de saúde, os critérios de avaliação de Art.37 -O Contrato Organizativo de Ação Pública de
desempenho, os recursos financeiros que serão Saúde observará as seguintes diretrizes básicas
disponibilizados, a forma de controle e fiscaliza- para fins de garantia da gestão participativa:
ção da sua execução e demais elementos necessá-
rios à implementação integrada das ações e I - estabelecimento de estratégias que incorporem a
serviços de saúde. avaliação do usuário das ações e dos serviços,
como ferramenta de sua melhoria;
§ 1º - O Ministério da Saúde definirá indicadores nacio-
nais de garantia de acesso às ações e aos serviços
II - apuração permanente das necessidades e interes-
de saúde no âmbito do SUS, a partir de diretrizes
ses do usuário; e
estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 131

III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na I - a Conferência de Saúde; e


saúde em todas as unidades de saúde do SUS, II - o Conselho de Saúde.
inclusive nas unidades privadas que dele partici-
pem de forma complementar. § 1º - A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro
anos com a representação dos vários segmentos
Art.38 -A humanização do atendimento do usuário será sociais, para avaliar a situação de saúde e propor
fator determinante para o estabelecimento das as diretrizes para a formulação da política de
metas de saúde previstas no Contrato Organizati- saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo
vo de Ação Pública de Saúde. Poder Executivo ou, extraordinariamente, por
esta ou pelo Conselho de Saúde.
Art.39 -As normas de elaboração e fluxos do Contrato
Organizativo de Ação Pública de Saúde serão
§ 2º - O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de
deliberativo, órgão colegiado composto por
Saúde Estadual coordenar a sua implementação.
representantes do governo, prestadores de servi-
Art.40 -O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do ço, profissionais de saúde e usuários, atua na
SUS, por meio de serviço especializado, fará o formulação de estratégias e no controle da execu-
controle e a fiscalização do Contrato Organizativo ção da política de saúde na instância correspon-
de Ação Pública da Saúde. dente, inclusive nos aspectos econômicos e finan-
ceiros, cujas decisões serão homologadas pelo
§ 1º - O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV chefe do poder legalmente constituído em cada
do Art.4o da Lei no 8.142, de 28 de dezembro de esfera do governo.
1990, conterá seção específica relativa aos com-
promissos assumidos no âmbito do Contrato § 3º - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Organizativo de Ação Pública de Saúde. (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (Conasems) terão represen-
§ 2º - O disposto neste artigo será implementado em tação no Conselho Nacional de Saúde.
conformidade com as demais formas de controle
e fiscalização previstas em Lei. § 4º - A representação dos usuários nos Conselhos de
Saúde e Conferências será paritária em relação ao
Art.41 - Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execu- conjunto dos demais segmentos.
ção do Contrato Organizativo de Ação Pública de
Saúde, em relação ao cumprimento das metas § 5º - As Conferências de Saúde e os Conselhos de
estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação
Saúde terão sua organização e normas de funcio-
dos recursos disponibilizados.
namento definidas em regimento próprio, aprova-
das pelo respectivo conselho.
§ único - Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato
Organizativo de Ação Pública de Saúde no siste-
ma de informações em saúde organizado pelo Art.2º - Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS)
Ministério da Saúde e os encaminhará ao respecti- serão alocados como:
vo Conselho de Saúde para monitoramento.
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da
............................................ Saúde, seus órgãos e entidades, da administração
direta e indireta;

II - investimentos previstos em lei orçamentária, de


iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo
Lei nº 8.142, de 28/12/1990 Congresso Nacional;

III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do


Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Ministério da Saúde;
Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem
saúde e dá outras providências. implementados pelos Municípios, Estados e
Distrito Federal.
Art.1º - O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a
Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, § único - Os recursos referidos no inciso IV deste artigo
em cada esfera de governo, sem prejuízo das destinar-se-ão a investimentos na rede de servi-
funções do Poder Legislativo, com as seguintes ços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospi-
instâncias colegiadas: talar e às demais ações de saúde.
132 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
Art.3º - Os recursos referidos no inciso IV do Art.2º desta
lei serão repassados de forma regular e automáti- Lei Complementar nº 141, de 13/01/2012
ca para os Municípios, Estados e Distrito Federal,
de acordo com os critérios previstos no Art.35 da
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Regulamenta o § 3o do Art.198 da Constituição Federal para
dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços
§ 1º - Enquanto não for regulamentada a aplicação dos públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de
critérios previstos no Art.35 da Lei nº 8.080, de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e
19 de setembro de 1990, será utilizado, para o controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo;
revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990,
repasse de recursos, exclusivamente o critério e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências.
estabelecido no § 1º do mesmo artigo.
Capítulo I
§ 2º - Os recursos referidos neste artigo serão destina- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
dos, pelo menos setenta por cento, aos Municípi-
os, afetando-se o restante aos Estados. Art.1º - Esta Lei Complementar institui, nos termos do §
3o do Art.198 da Constituição Federal:
§ 3º - Os Municípios poderão estabelecer consórcio para
execução de ações e serviços de saúde, remane- I - o valor mínimo e normas de cálculo do montante
jando, entre si, parcelas de recursos previstos no mínimo a ser aplicado, anualmente, pela União
inciso IV do Art.2º desta lei. em ações e serviços públicos de saúde;

Art.4º - Para receberem os recursos, de que trata o Art.3º II - percentuais mínimos do produto da arrecadação
desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito de impostos a serem aplicados anualmente pelos
Federal deverão contar com: Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios
em ações e serviços públicos de saúde;
I - Fundo de Saúde;
III - critérios de rateio dos recursos da União vincula-
dos à saúde destinados aos Estados, ao Distrito
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de
Federal e aos Municípios, e dos Estados destina-
acordo com o Decreto nº 99.438, de 7 de agosto dos aos seus respectivos Municípios, visando à
de 1990; progressiva redução das disparidades regionais;

III - plano de saúde; IV - normas de fiscalização, avaliação e controle das


despesas com saúde nas esferas federal, estadual,
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de distrital e municipal.
que trata o § 4º do Art.33 da Lei nº 8.080, de 19
de setembro de 1990; Capítulo II
DAS AÇÕES E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
V - contrapartida de recursos para a saúde no respec-
tivo orçamento; Art.2º - Para fins de apuração da aplicação dos recursos
mínimos estabelecidos nesta Lei Complementar,
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, considerar-se-ão como despesas com ações e
Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois serviços públicos de saúde aquelas voltadas para
anos para sua implantação. a promoção, proteção e recuperação da saúde que
atendam, simultaneamente, aos princípios estatuí-
§ único - O não atendimento pelos Municípios, ou pelos dos no Art.7o da Lei no 8.080, de 19 de setembro
de 1990, e às seguintes diretrizes:
Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos
estabelecidos neste artigo, implicará em que os
I - sejam destinadas às ações e serviços públicos de
recursos concernentes sejam administrados,
saúde de acesso universal, igualitário e gratuito;
respectivamente, pelos Estados ou pela União.
II - estejam em conformidade com objetivos e metas
Art.5º - É o Ministério da Saúde, mediante portaria do explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da
Ministro de Estado, autorizado a estabelecer Federação; e
condições para aplicação desta lei.
III - sejam de responsabilidade específica do setor da
Art.6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
saúde, não se aplicando a despesas relacionadas
Art.7º - Revogam-se as disposições em contrário. a outras políticas públicas que atuam sobre deter-
minantes sociais e econômicos, ainda que inciden-
tes sobre as condições de saúde da população.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 133

§ único - Além de atender aos critérios estabelecidos no XII - gestão do sistema público de saúde e operação de
caput, as despesas com ações e serviços públicos unidades prestadoras de serviços públicos de
de saúde realizadas pela União, pelos Estados, saúde.
pelo Distrito Federal e pelos Municípios deverão
ser financiadas com recursos movimentados por Art.4º - Não constituirão despesas com ações e serviços
meio dos respectivos fundos de saúde. públicos de saúde, para fins de apuração dos
percentuais mínimos de que trata esta Lei Com-
Art.3º - Observadas as disposições do Art.200 da Constitu- plementar, aquelas decorrentes de:
ição Federal, do Art.6º da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, e do Art.2o desta Lei Comple- I - pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive
mentar, para efeito da apuração da aplicação dos dos servidores da saúde;
recursos mínimos aqui estabelecidos, serão consi-
deradas despesas com ações e serviços públicos de
II - pessoal ativo da área de saúde quando em ativida-
saúde as referentes a:
de alheia à referida área;
I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e
III - assistência à saúde que não atenda ao princípio
a sanitária;
de acesso universal;
II - atenção integral e universal à saúde em todos os
níveis de complexidade, incluindo assistência IV - merenda escolar e outros programas de alimenta-
terapêutica e recuperação de deficiências nutricio- ção, ainda que executados em unidades do SUS,
nais; ressalvando-se o disposto no inciso II do Art.3o;

III - capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único V - saneamento básico, inclusive quanto às ações
de Saúde (SUS); financiadas e mantidas com recursos provenientes
de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos
IV - desenvolvimento científico e tecnológico e contro- para essa finalidade;
le de qualidade promovidos por instituições do
SUS; VI - limpeza urbana e remoção de resíduos;

V - produção, aquisição e distribuição de insumos VII - preservação e correção do meio ambiente, realiza-
específicos dos serviços de saúde do SUS, tais das pelos órgãos de meio ambiente dos entes da
como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, Federação ou por entidades não governamentais;
medicamentos e equipamentos médi-
co-odontológicos; VIII -ações de assistência social;

VI - saneamento básico de domicílios ou de pequenas IX - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para
comunidades, desde que seja aprovado pelo beneficiar direta ou indiretamente a rede de
Conselho de Saúde do ente da Federação financi- saúde; e
ador da ação e esteja de acordo com as diretrizes
das demais determinações previstas nesta Lei X- ações e serviços públicos de saúde custeados com
Complementar;
recursos distintos dos especificados na base de
cálculo definida nesta Lei Complementar ou
VII - saneamento básico dos distritos sanitários especi-
vinculados a fundos específicos distintos daqueles
ais indígenas e de comunidades remanescentes de
da saúde.
quilombos;

VIII -manejo ambiental vinculado diretamente ao


controle de vetores de doenças; Capítulo III
DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES
IX - investimento na rede física do SUS, incluindo a E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
execução de obras de recuperação, reforma,
ampliação e construção de estabelecimentos Seção I
públicos de saúde; Dos Recursos Mínimos

X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde Art.5º - A União aplicará, anualmente, em ações e serviços
em atividade nas ações de que trata este artigo, públicos de saúde, o montante correspondente ao
incluindo os encargos sociais; valor empenhado no exercício financeiro anterior,
apurado nos termos desta Lei Complementar,
XI - ações de apoio administrativo realizadas pelas acrescido de, no mínimo, o percentual correspon-
instituições públicas do SUS e imprescindíveis à dente à variação nominal do Produto Interno
execução das ações e serviços públicos de saúde; Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei
e orçamentária anual.
134 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
§ 1º - (VETADO). Seção II
Do Repasse e Aplicação dos Recursos Mínimos
§ 2º - Em caso de variação negativa do PIB, o valor de
que trata o caput não poderá ser reduzido, em Art.12 -Os recursos da União serão repassados ao Fundo
termos nominais, de um exercício financeiro para Nacional de Saúde e às demais unidades orça-
o outro. mentárias que compõem o órgão Ministério da
§ 3º - (VETADO). Saúde, para ser aplicados em ações e serviços
§ 4º - (VETADO). públicos de saúde.
§ 5º - (VETADO).
Art.13 - (VETADO).
Art.6º - Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anual-
§ 1º - (VETADO).
mente, em ações e serviços públicos de saúde, no
mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação § 2º - Os recursos da União previstos nesta Lei Comple-
dos impostos a que se refere o Art.155 e dos mentar serão transferidos aos demais entes da
recursos de que tratam o Art.157, a alínea “a” do Federação e movimentados, até a sua destinação
inciso I e o inciso II do caput do Art.159, todos da final, em contas específicas mantidas em institui-
Constituição Federal, deduzidas as parcelas que ção financeira oficial federal, observados os
forem transferidas aos respectivos Municípios. critérios e procedimentos definidos em ato pró-
prio do Chefe do Poder Executivo da União.
§ único - (VETADO).
§ 3º - (VETADO).
Art.7º - Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão
anualmente em ações e serviços públicos de § 4º - A movimentação dos recursos repassados aos
saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal
arrecadação dos impostos a que se refere o Art.1- e dos Municípios deve realizar-se, exclusivamente,
56 e dos recursos de que tratam o Art.158 e a mediante cheque nominativo, ordem bancária,
alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do Art.159, transferência eletrônica disponível ou outra
todos da Constituição Federal. modalidade de saque autorizada pelo Banco
Central do Brasil, em que fique identificada a sua
§ único - (VETADO).
destinação e, no caso de pagamento, o credor.
Art.8º - O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações
e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% Art.14 -O Fundo de Saúde, instituído por lei e mantido
(doze por cento) do produto da arrecadação em funcionamento pela administração direta da
direta dos impostos que não possam ser segrega- União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
dos em base estadual e em base municipal. Municípios, constituir-se-á em unidade orçamen-
tária e gestora dos recursos destinados a ações e
Art.9º - Está compreendida na base de cálculo dos percen- serviços públicos de saúde, ressalvados os recur-
tuais dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- sos repassados diretamente às unidades vincula-
cípios qualquer compensação financeira proveni- das ao Ministério da Saúde.
ente de impostos e transferências constitucionais
Art.15 - (VETADO).
previstos no § 2º do Art.198 da Constituição
Federal, já instituída ou que vier a ser criada, bem Art.16 - O repasse dos recursos previstos nos arts. 6o a 8o
como a dívida ativa, a multa e os juros de mora será feito diretamente ao Fundo de Saúde do
decorrentes dos impostos cobrados diretamente respectivo ente da Federação e, no caso da União,
ou por meio de processo administrativo ou judici- também às demais unidades orçamentárias do
al. Ministério da Saúde.

Art.10 -Para efeito do cálculo do montante de recursos § 1º - (VETADO).


§ 2º - (VETADO).
previsto no § 3o do Art.5o e nos arts. 6o e 7o,
devem ser considerados os recursos decorrentes § 3º - As instituições financeiras referidas no § 3o do
da dívida ativa, da multa e dos juros de mora Art.164 da Constituição Federal são obrigadas a
provenientes dos impostos e da sua respectiva evidenciar, nos demonstrativos financeiros das
dívida ativa. contas correntes do ente da Federação, divulga-
dos inclusive em meio eletrônico, os valores
Art.11 -Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios globais das transferências e as parcelas correspon-
deverão observar o disposto nas respectivas dentes destinadas ao Fundo de Saúde, quando
Constituições ou Leis Orgânicas sempre que os adotada a sistemática prevista no § 2o deste
percentuais nelas estabelecidos forem superiores artigo, observadas as normas editadas pelo Banco
aos fixados nesta Lei Complementar para aplica- Central do Brasil.
ção em ações e serviços públicos de saúde.
§ 4º - (VETADO).
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 135

Seção III Seção IV


Da Movimentação dos Recursos da União Da Movimentação dos Recursos dos Estados

Art.17 - O rateio dos recursos da União vinculados a ações Art.19 - O rateio dos recursos dos Estados transferidos aos
e serviços públicos de saúde e repassados na Municípios para ações e serviços públicos de
forma do caput dos arts. 18 e 22 aos Estados, ao saúde será realizado segundo o critério de neces-
Distrito Federal e aos Municípios observará as sidades de saúde da população e levará em consi-
necessidades de saúde da população, as dimen- deração as dimensões epidemiológica, demográfi-
sões epidemiológica, demográfica, socioeconômi- ca, socioeconômica e espacial e a capacidade de
ca, espacial e de capacidade de oferta de ações e oferta de ações e de serviços de saúde, observada
a necessidade de reduzir as desigualdades regio-
de serviços de saúde e, ainda, o disposto no
nais, nos termos do inciso II do § 3º do Art.198 da
Art.35 da Lei no 8.080, de 19 de setembro de
Constituição Federal.
1990, de forma a atender os objetivos do inciso II
do § 3o do Art.198 da Constituição Federal.
§ 1º - Os Planos Estaduais de Saúde deverão explicitar
a metodologia de alocação dos recursos estaduais
§ 1º - O Ministério da Saúde definirá e publicará, anual- e a previsão anual de recursos aos Municípios,
mente, utilizando metodologia pactuada na pactuadas pelos gestores estaduais e municipais,
comissão intergestores tripartite e aprovada pelo em comissão intergestores bipartite, e aprovadas
Conselho Nacional de Saúde, os montantes a pelo Conselho Estadual de Saúde.
serem transferidos a cada Estado, ao Distrito
Federal e a cada Município para custeio das ações § 2º - O Poder Executivo, na forma estabelecida no
e serviços públicos de saúde. inciso II do caput do Art.9º da Lei nº 8.080, de 19
de setembro de 1990, manterá o respectivo
§ 2º - Os recursos destinados a investimentos terão sua Conselho de Saúde e Tribunal de Contas informa-
programação realizada anualmente e, em sua dos sobre o montante de recursos previsto para
alocação, serão considerados prioritariamente transferência do Estado para os Municípios com
critérios que visem a reduzir as desigualdades na base no Plano Estadual de Saúde.
oferta de ações e serviços públicos de saúde e
garantir a integralidade da atenção à saúde. Art.20 -As transferências dos Estados para os Municípios
destinadas a financiar ações e serviços públicos de
§ 3º - O Poder Executivo, na forma estabelecida no saúde serão realizadas diretamente aos Fundos
inciso I do caput do Art.9o da Lei no 8.080, de 19 Municipais de Saúde, de forma regular e automá-
tica, em conformidade com os critérios de transfe-
de setembro de 1990, manterá os Conselhos de
rência aprovados pelo respectivo Conselho de
Saúde e os Tribunais de Contas de cada ente da
Saúde.
Federação informados sobre o montante de
recursos previsto para transferência da União para
§ único - Em situações específicas, os recursos estaduais
Estados, Distrito Federal e Municípios com base poderão ser repassados aos Fundos de Saúde por
no Plano Nacional de Saúde, no termo de com- meio de transferência voluntária realizada entre
promisso de gestão firmado entre a União, Esta- o Estado e seus Municípios, adotados quaisquer
dos e Municípios. dos meios formais previstos no inciso VI do Art.71
da Constituição Federal, observadas as normas de
Art.18 - Os recursos do Fundo Nacional de Saúde, destina- financiamento.
dos a despesas com as ações e serviços públicos
de saúde, de custeio e capital, a serem executados Art.21 -Os Estados e os Municípios que estabelecerem
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos consórcios ou outras formas legais de cooperati-
Municípios serão transferidos diretamente aos vismo, para a execução conjunta de ações e
respectivos fundos de saúde, de forma regular e serviços de saúde e cumprimento da diretriz
automática, dispensada a celebração de convênio constitucional de regionalização e hierarquização
ou outros instrumentos jurídicos. da rede de serviços, poderão remanejar entre si
parcelas dos recursos dos Fundos de Saúde deri-
§ único - Em situações específicas, os recursos federais vadas tanto de receitas próprias como de transfe-
poderão ser transferidos aos Fundos de Saúde por rências obrigatórias, que serão administradas
meio de transferência voluntária realizada entre segundo modalidade gerencial pactuada pelos
a União e os demais entes da Federação, adotados entes envolvidos.
quaisquer dos meios formais previstos no inciso VI
§ único - A modalidade gerencial referida no caput deverá
do Art.71 da Constituição Federal, observadas as
estar em consonância com os preceitos do Direito
normas de financiamento.
Administrativo Público, com os princípios inscritos
na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, na
136 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e na § 2º - Na hipótese prevista no § 1o, a disponibilidade
Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, e com as deverá ser efetivamente aplicada em ações e
normas do SUS pactuadas na comissão intergesto- serviços públicos de saúde até o término do
res tripartite e aprovadas pelo Conselho Nacional exercício seguinte ao do cancelamento ou da
de Saúde. prescrição dos respectivos Restos a Pagar, medi-
ante dotação específica para essa finalidade, sem
Seção V prejuízo do percentual mínimo a ser aplicado no
Disposições Gerais exercício correspondente.

Art.22 -É vedada a exigência de restrição à entrega dos § 3º - Nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios,
recursos referidos no inciso II do § 3º do Art.198 serão consideradas para fins de apuração dos
da Constituição Federal na modalidade regular e percentuais mínimos fixados nesta Lei Comple-
mentar as despesas incorridas no período referen-
automática prevista nesta Lei Complementar, os
tes à amortização e aos respectivos encargos
quais são considerados transferência obrigatória
financeiros decorrentes de operações de crédito
destinada ao custeio de ações e serviços públicos
contratadas a partir de 1o de janeiro de 2000,
de saúde no âmbito do SUS, sobre a qual não se
visando ao financiamento de ações e serviços
aplicam as vedações do inciso X do Art.167 da públicos de saúde.
Constituição Federal e do Art.25 da Lei Comple-
mentar no 101, de 4 de maio de 2000 - § 4º - Não serão consideradas para fins de apuração dos
mínimos constitucionais definidos nesta Lei
§ único - A vedação prevista no caput não impede a União
Complementar as ações e serviços públicos de
e os Estados de condicionarem a entrega dos
saúde referidos no Art.3o:
recursos:
I - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos
I - à instituição e ao funcionamento do Fundo e do Municípios, referentes a despesas custeadas com
Conselho de Saúde no âmbito do ente da Federa- receitas provenientes de operações de crédito
ção; e contratadas para essa finalidade ou quaisquer
outros recursos não considerados na base de
II - à elaboração do Plano de Saúde. cálculo da receita, nos casos previstos nos arts. 6o
e 7o;
Art.23 - Para a fixação inicial dos valores correspondentes
aos recursos mínimos estabelecidos nesta Lei II - (VETADO).
Complementar, será considerada a receita estima-
da na lei do orçamento anual, ajustada, quando Art.25 -Eventual diferença que implique o não atendi-
for o caso, por lei que autorizar a abertura de mento, em determinado exercício, dos recursos
mínimos previstos nesta Lei Complementar deve-
créditos adicionais.
rá, observado o disposto no inciso II do parágrafo
único do Art.160 da Constituição Federal, ser
§ único - As diferenças entre a receita e a despesa previstas
acrescida ao montante mínimo do exercício
e as efetivamente realizadas que resultem no não
subsequente ao da apuração da diferença, sem
atendimento dos percentuais mínimos obrigatóri- prejuízo do montante mínimo do exercício de
os serão apuradas e corrigidas a cada quadrimes- referência e das sanções cabíveis.
tre do exercício financeiro.
§ único - Compete ao Tribunal de Contas, no âmbito de
Art.24 - Para efeito de cálculo dos recursos mínimos a que suas atribuições, verificar a aplicação dos recursos
se refere esta Lei Complementar, serão considera- mínimos em ações e serviços públicos de saúde de
das: cada ente da Federação sob sua jurisdição, sem
prejuízo do disposto no Art.39 e observadas as
I - as despesas liquidadas e pagas no exercício; e normas estatuídas nesta Lei Complementar.

II - as despesas empenhadas e não liquidadas, inscri- Art.26 - Para fins de efetivação do disposto no inciso II do
tas em Restos a Pagar até o limite das disponibili- parágrafo único do Art.160 da Constituição
dades de caixa ao final do exercício, consolidadas Federal, o condicionamento da entrega de recur-
no Fundo de Saúde. sos poderá ser feito mediante exigência da com-
provação de aplicação adicional do percentual
§ 1º - A disponibilidade de caixa vinculada aos Restos a mínimo que deixou de ser aplicado em ações e
Pagar, considerados para fins do mínimo na serviços públicos de saúde no exercício imediata-
forma do inciso II do caput e posteriormente mente anterior, apurado e divulgado segundo as
cancelados ou prescritos, deverá ser, necessaria- normas estatuídas nesta Lei Complementar,
mente, aplicada em ações e serviços públicos de depois de expirado o prazo para publicação dos
saúde. demonstrativos do encerramento do exercício
previstos no Art.52 da Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 137

§ 1º - No caso de descumprimento dos percentuais Art.27 -Quando os órgãos de controle interno do ente
mínimos pelos Estados, pelo Distrito Federal e beneficiário, do ente transferidor ou o Ministério
pelos Municípios, verificado a partir da fiscaliza- da Saúde detectarem que os recursos previstos no
ção dos Tribunais de Contas ou das informações inciso II do § 3º do Art.198 da Constituição
declaradas e homologadas na forma do sistema Federal estão sendo utilizados em ações e serviços
eletrônico instituído nesta Lei Complementar, a diversos dos previstos no Art.3o desta Lei Comple-
União e os Estados poderão restringir, a título de mentar, ou em objeto de saúde diverso do origi-
medida preliminar, o repasse dos recursos referi- nalmente pactuado, darão ciência ao Tribunal de
Contas e ao Ministério Público competentes, de
dos nos incisos II e III do § 2º do Art.198 da
acordo com a origem do recurso, com vistas:
Constituição Federal ao emprego em ações e
serviços públicos de saúde, até o montante corres-
I - à adoção das providências legais, no sentido de
pondente à parcela do mínimo que deixou de ser determinar a imediata devolução dos referidos
aplicada em exercícios anteriores, mediante recursos ao Fundo de Saúde do ente da Federação
depósito direto na conta corrente vinculada ao beneficiário, devidamente atualizados por índice
Fundo de Saúde, sem prejuízo do condicionamen- oficial adotado pelo ente transferidor, visando ao
to da entrega dos recursos à comprovação previs- cumprimento do objetivo do repasse;
ta no inciso II do parágrafo único do Art.160 da
Constituição Federal. II - à responsabilização nas esferas competentes.

§ 2º - Os Poderes Executivos da União e de cada Estado Art.28 -São vedadas a limitação de empenho e a movi-
editarão, no prazo de 90 (noventa) dias a partir mentação financeira que comprometam a aplica-
da vigência desta Lei Complementar, atos própri- ção dos recursos mínimos de que tratam os arts.
os estabelecendo os procedimentos de suspensão 5o a 7o.
e restabelecimento das transferências constitucio-
nais de que trata o § 1o, a serem adotados caso os Art.29 -É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos
recursos repassados diretamente à conta do Municípios excluir da base de cálculo das receitas
de que trata esta Lei Complementar quaisquer
Fundo de Saúde não sejam efetivamente aplica-
parcelas de impostos ou transferências constituci-
dos no prazo fixado por cada ente, o qual não
onais vinculadas a fundos ou despesas, por oca-
poderá exceder a 12 (doze) meses contados a
sião da apuração do percentual ou montante
partir da data em que ocorrer o referido repasse. mínimo a ser aplicado em ações e serviços públi-
cos de saúde.
§ 3º - Os efeitos das medidas restritivas previstas neste
artigo serão suspensos imediatamente após a Art.30 -Os planos plurianuais, as leis de diretrizes orça-
comprovação por parte do ente da Federação mentárias, as leis orçamentárias e os planos de
beneficiário da aplicação adicional do montante aplicação dos recursos dos fundos de saúde da
referente ao percentual que deixou de ser aplica- União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
do, observadas as normas estatuídas nesta Lei Municípios serão elaborados de modo a dar
Complementar, sem prejuízo do percentual cumprimento ao disposto nesta Lei Complemen-
mínimo a ser aplicado no exercício corrente. tar.

§ 4º - A medida prevista no caput será restabelecida se § 1º - O processo de planejamento e orçamento será


houver interrupção do cumprimento do disposto ascendente e deverá partir das necessidades de
neste artigo ou se for constatado erro ou fraude, saúde da população em cada região, com base no
sem prejuízo das sanções cabíveis ao agente que perfil epidemiológico, demográfico e socioeconô-
mico, para definir as metas anuais de atenção
agir, induzir ou concorrer, direta ou indiretamen-
integral à saúde e estimar os respectivos custos.
te, para a prática do ato fraudulento.
§ 2º - Os planos e metas regionais resultantes das
§ 5º - Na hipótese de descumprimento dos percentuais
pactuações intermunicipais constituirão a base
mínimos de saúde por parte dos Estados, do para os planos e metas estaduais, que promoverão
Distrito Federal ou dos Municípios, as transferên- a equidade interregional.
cias voluntárias da União e dos Estados poderão
ser restabelecidas desde que o ente beneficiário § 3º - Os planos e metas estaduais constituirão a base
comprove o cumprimento das disposições estatuí- para o plano e metas nacionais, que promoverão
das neste artigo, sem prejuízo das exigências, a equidade interestadual.
restrições e sanções previstas na legislação vigen-
te. § 4º - Caberá aos Conselhos de Saúde deliberar sobre as
diretrizes para o estabelecimento de prioridades.
138 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
Capítulo IV Art.35 -As receitas correntes e as despesas com ações e
DA TRANSPARÊNCIA, VISIBILIDADE, FISCALIZAÇÃO, serviços públicos de saúde serão apuradas e
AVALIAÇÃO E CONTROLE publicadas nos balanços do Poder Executivo,
assim como em demonstrativo próprio que acom-
Seção I panhará o relatório de que trata o § 3o do Art.165
Da Transparência e Visibilidade da Gestão da Saúde da Constituição Federal.

Art.31 -Os órgãos gestores de saúde da União, dos Esta- Art.36 -O gestor do SUS em cada ente da Federação
dos, do Distrito Federal e dos Municípios darão elaborará Relatório detalhado referente ao qua-
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos drimestre anterior, o qual conterá, no mínimo, as
de acesso público, das prestações de contas seguintes informações:
periódicas da área da saúde, para consulta e
apreciação dos cidadãos e de instituições da I - montante e fonte dos recursos aplicados no
sociedade, com ênfase no que se refere a: período;

I - comprovação do cumprimento do disposto nesta II - auditorias realizadas ou em fase de execução no


Lei Complementar; período e suas recomendações e determinações;

III - oferta e produção de serviços públicos na rede


II - Relatório de Gestão do SUS;
assistencial própria, contratada e conveniada,
cotejando esses dados com os indicadores de
III - avaliação do Conselho de Saúde sobre a gestão do
saúde da população em seu âmbito de atuação.
SUS no âmbito do respectivo ente da Federação.

§ único - A transparência e a visibilidade serão asseguradas § 1º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
mediante incentivo à participação popular e cípios deverão comprovar a observância do dis-
posto neste artigo mediante o envio de Relatório
realização de audiências públicas, durante o
de Gestão ao respectivo Conselho de Saúde, até o
processo de elaboração e discussão do plano de
dia 30 de março do ano seguinte ao da execução
saúde.
financeira, cabendo ao Conselho emitir parecer
conclusivo sobre o cumprimento ou não das
Seção II
normas estatuídas nesta Lei Complementar, ao
Da Escrituração e Consolidação das Contas da Saúde
qual será dada ampla divulgação, inclusive em
meios eletrônicos de acesso público, sem prejuízo
Art.32 -Os órgãos de saúde da União, dos Estados, do do disposto nos arts. 56 e 57 da Lei Complemen-
Distrito Federal e dos Municípios manterão tar nº 101, de 4 de maio de 2000 -
registro contábil relativo às despesas efetuadas
com ações e serviços públicos de saúde. § 2º - Os entes da Federação deverão encaminhar a
programação anual do Plano de Saúde ao respec-
§ único - As normas gerais para fins do registro de que tivo Conselho de Saúde, para aprovação antes da
trata o caput serão editadas pelo órgão central de data de encaminhamento da lei de diretrizes
contabilidade da União, observada a necessidade orçamentárias do exercício correspondente, à qual
de segregação das informações, com vistas a dar será dada ampla divulgação, inclusive em meios
cumprimento às disposições desta Lei Comple- eletrônicos de acesso público.
mentar.
§ 3º - Anualmente, os entes da Federação atualizarão o
Art.33 -O gestor de saúde promoverá a consolidação das cadastro no Sistema de que trata o Art.39 desta
contas referentes às despesas com ações e serviços Lei Complementar, com menção às exigências
públicos de saúde executadas por órgãos e entida- deste artigo, além de indicar a data de aprovação
des da administração direta e indireta do respecti- do Relatório de Gestão pelo respectivo Conselho
vo ente da Federação. de Saúde.

§ 4º - O Relatório de que trata o caput será elaborado


Seção III de acordo com modelo padronizado aprovado
Da Prestação de Contas pelo Conselho Nacional de Saúde, devendo-se
adotar modelo simplificado para Municípios com
Art.34 -A prestação de contas prevista no Art.37 conterá população inferior a 50.000 (cinquenta mil habi-
demonstrativo das despesas com saúde integrante tantes).
do Relatório Resumido da Execução Orçamentá-
ria, a fim de subsidiar a emissão do parecer prévio § 5º - O gestor do SUS apresentará, até o final dos
de que trata o Art.56 da Lei Complementar no meses de maio, setembro e fevereiro, em audiên-
101, de 4 de maio de 2000 - cia pública na Casa Legislativa do respectivo ente
da Federação, o Relatório de que trata o caput.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 139

Seção IV IV - realização de cálculo automático dos recursos


Da Fiscalização da Gestão da Saúde mínimos aplicados em ações e serviços públicos
de saúde previstos nesta Lei Complementar, que
Art.37 -Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritaria- deve constituir fonte de informação para elabora-
mente, na prestação de contas de recursos públi- ção dos demonstrativos contábeis e extracontábeis;
cos prevista no Art.56 da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000, o cumprimento do V - previsão de módulo específico de controle exter-
disposto no Art.198 da Constituição Federal e no, para registro, por parte do Tribunal de Contas
nesta Lei Complementar. com jurisdição no território de cada ente da
Federação, das informações sobre a aplicação dos
Art.38 - O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio recursos em ações e serviços públicos de saúde
dos Tribunais de Contas, do sistema de auditoria consideradas para fins de emissão do parecer
do SUS, do órgão de controle interno e do Conse- prévio divulgado nos termos dos arts. 48 e 56 da
lho de Saúde de cada ente da Federação, sem Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000,
prejuízo do que dispõe esta Lei Complementar, sem prejuízo das informações declaradas e homo-
fiscalizará o cumprimento das normas desta Lei logadas pelos gestores do SUS;
Complementar, com ênfase no que diz respeito:
VI - integração, mediante processamento automático,
I - à elaboração e execução do Plano de Saúde das informações do Siops ao sistema eletrônico
Plurianual; centralizado de controle das transferências da
União aos demais entes da Federação mantido
II - ao cumprimento das metas para a saúde estabele- pelo Ministério da Fazenda, para fins de controle
cidas na lei de diretrizes orçamentárias; das disposições do inciso II do parágrafo único do
Art.160 da Constituição Federal e do Art.25 da Lei
III - à aplicação dos recursos mínimos em ações e Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 -
serviços públicos de saúde, observadas as regras § 2º - Atribui-se ao gestor de saúde declarante dos
previstas nesta Lei Complementar; dados contidos no sistema especificado no caput
a responsabilidade pelo registro dos dados no
IV - às transferências dos recursos aos Fundos de Siops nos prazos definidos, assim como pela
Saúde; fidedignidade dos dados homologados, aos quais
se conferirá fé pública para todos os fins previstos
V - à aplicação dos recursos vinculados ao SUS; nesta Lei Complementar e na legislação concer-
nente.
VI - à destinação dos recursos obtidos com a alienação
de ativos adquiridos com recursos vinculados à § 3º - O Ministério da Saúde estabelecerá as diretrizes
saúde. para o funcionamento do sistema informatizado,
bem como os prazos para o registro e homologa-
Art.39 -Sem prejuízo das atribuições próprias do Poder ção das informações no Siops, conforme pactuado
Legislativo e do Tribunal de Contas de cada ente entre os gestores do SUS, observado o disposto no
da Federação, o Ministério da Saúde manterá Art.52 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
sistema de registro eletrônico centralizado das de 2000.
informações de saúde referentes aos orçamentos
públicos da União, dos Estados, do Distrito Fede- § 4º - Os resultados do monitoramento e avaliação
ral e dos Municípios, incluída sua execução, previstos neste artigo serão apresentados de
garantido o acesso público às informações. forma objetiva, inclusive por meio de indicadores,
e integrarão o Relatório de Gestão de cada ente
§ 1º - O Sistema de Informação sobre Orçamento Públi- federado, conforme previsto no Art.4o da Lei no
co em Saúde (Siops), ou outro sistema que venha 8.142, de 28 de dezembro de 1990 -
a substituí-lo, será desenvolvido com observância
dos seguintes requisitos mínimos, além de outros § 5º - O Ministério da Saúde, sempre que verificar o
estabelecidos pelo Ministério da Saúde mediante descumprimento das disposições previstas nesta
regulamento: Lei Complementar, dará ciência à direção local do
SUS e ao respectivo Conselho de Saúde, bem
I - obrigatoriedade de registro e atualização perma- como aos órgãos de auditoria do SUS, ao Ministé-
nente dos dados pela União, pelos Estados, pelo rio Público e aos órgãos de controle interno e
Distrito Federal e pelos Municípios; externo do respectivo ente da Federação, observa-
da a origem do recurso para a adoção das medi-
II - processos informatizados de declaração, armaze- das cabíveis.
namento e exportação dos dados;
§ 6º - O descumprimento do disposto neste artigo
III - disponibilização do programa de declaração aos implicará a suspensão das transferências voluntá-
gestores do SUS no âmbito de cada ente da rias entre os entes da Federação, observadas as
Federação, preferencialmente em meio eletrônico normas estatuídas no Art.25 da Lei Complementar
de acesso público; nº 101, de 4 de maio de 2000.
140 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
Art.40 -Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do § 2º - A cooperação financeira consiste na entrega de
Distrito Federal e dos Municípios disponibilizarão, bens ou valores e no financiamento por intermé-
aos respectivos Tribunais de Contas, informações dio de instituições financeiras federais.
sobre o cumprimento desta Lei Complementar,
com a finalidade de subsidiar as ações de controle Art.44 - No âmbito de cada ente da Federação, o gestor do
e fiscalização. SUS disponibilizará ao Conselho de Saúde, com
prioridade para os representantes dos usuários e
§ único - Constatadas divergências entre os dados disponi- dos trabalhadores da saúde, programa permanen-
bilizados pelo Poder Executivo e os obtidos pelos te de educação na saúde para qualificar sua
Tribunais de Contas em seus procedimentos de atuação na formulação de estratégias e assegurar
fiscalização, será dado ciência ao Poder Executivo efetivo controle social da execução da política de
e à direção local do SUS, para que sejam adotadas saúde, em conformidade com o § 2º do Art.1º da
as medidas cabíveis, sem prejuízo das sanções Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
previstas em lei.
Art.45 - (VETADO).

Art.41 - Os Conselhos de Saúde, no âmbito de suas atribu- Art.46 -As infrações dos dispositivos desta Lei Comple-
ições, avaliarão a cada quadrimestre o relatório mentar serão punidas segundo o Decreto-Lei no
consolidado do resultado da execução orçamentá- 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
ria e financeira no âmbito da saúde e o relatório a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, o Decre-
do gestor da saúde sobre a repercussão da execu- to-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967, a Lei
ção desta Lei Complementar nas condições de no 8.429, de 2 de junho de 1992, e demais nor-
saúde e na qualidade dos serviços de saúde das mas da legislação pertinente.
populações respectivas e encaminhará ao Chefe
do Poder Executivo do respectivo ente da Federa- Art.47 - Revogam-se o § 1o do Art.35 da Lei no 8.080, de 19 de
ção as indicações para que sejam adotadas as setembro de 1990, e o Art.12 da Lei no 8.689, de 27 de julho
medidas corretivas necessárias. de 1993.

Art.48 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publica-


Art.42 -Os órgãos do sistema de auditoria, controle e ção.
avaliação do SUS, no âmbito da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, deverão
verificar, pelo sistema de amostragem, o cumpri-
mento do disposto nesta Lei Complementar, além
Lei nº 9.394, de 20/12/1996
de verificar a veracidade das informações cons-
tantes do Relatório de Gestão, com ênfase na
verificação presencial dos resultados alcançados
Título I
no relatório de saúde, sem prejuízo do acompa-
nhamento pelos órgãos de controle externo e pelo Da Educação
Ministério Público com jurisdição no território do
ente da Federação. Art.1º - A educação abrange os processos formativos que
se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
Capítulo V pesquisa, nos movimentos sociais e organizações
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Art.43 -A União prestará cooperação técnica e financeira § 1º - Esta Lei disciplina a educação escolar, que se
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios desenvolve, predominantemente, por meio do
para a implementação do disposto no Art.20 e ensino, em instituições próprias.
para a modernização dos respectivos Fundos de
Saúde, com vistas ao cumprimento das normas § 2º - A educação escolar deverá vincular-se ao mundo
desta Lei Complementar. do trabalho e à prática social.

§ 1º - A cooperação técnica consiste na implementação Título II


de processos de educação na saúde e na transfe- Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
rência de tecnologia visando à operacionalização
do sistema eletrônico de que trata o Art.39, bem Art.2º - A educação, dever da família e do Estado, inspira-
como na formulação e disponibilização de indica- da nos princípios de liberdade e nos ideais de
dores para a avaliação da qualidade das ações e solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
serviços públicos de saúde, que deverão ser desenvolvimento do educando, seu preparo para
submetidos à apreciação dos respectivos Conse- o exercício da cidadania e sua qualificação para o
lhos de Saúde. trabalho.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 141

Art.3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes III - prestar assistência técnica e financeira aos Esta-
princípios: dos, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o
I - igualdade de condições para o acesso e perma- atendimento prioritário à escolaridade obrigató-
nência na escola; ria, exercendo sua função redistributiva e supleti-
va;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, competências e
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a
assegurar formação básica comum;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino; V- coletar, analisar e disseminar informações sobre
a educação;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimen-
tos oficiais; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com
prioridade, o ensino médio a todos que o deman-
VII - valorização do profissional da educação escolar; darem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei;
(Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)

VIII -gestão democrática do ensino público, na forma


desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e
pós-graduação;
IX - garantia de padrão de qualidade;
VIII- assegurar processo nacional de avaliação das
X- valorização da experiência extra-escolar; instituições de educação superior, com a coopera-
ção dos sistemas que tiverem responsabilidade
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e sobre este nível de ensino;
as práticas sociais.
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. avaliar, respectivamente, os cursos das institui-
(incluído pela Lei nº 12.796/2013)
ções de educação superior e os estabelecimentos
do seu sistema de ensino.
............................................
§ 1º - Na estrutura educacional, haverá um Conselho
Título IV
Nacional de Educação, com funções normativas e
Da Organização da Educação Nacional de supervisão e atividade permanente, criado por
lei.
Art.8º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cípios organizarão, em regime de colaboração, os
§ 2º - Para o cumprimento do disposto nos incisos V a
respectivos sistemas de ensino.
IX, a União terá acesso a todos os dados e infor-
§ 1º - Caberá à União a coordenação da política nacio- mações necessários de todos os estabelecimentos
nal de educação, articulando os diferentes níveis e órgãos educacionais.
e sistemas e exercendo função normativa, redistri-
butiva e supletiva em relação às demais instâncias § 3º - As atribuições constantes do inciso IX poderão ser
educacionais. delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde
que mantenham instituições de educação superior.
§ 2º - Os sistemas de ensino terão liberdade de organi-
zação nos termos desta Lei. Art.10 -Os Estados incumbir-se-ão de:

Art.9º - A União incumbir-se-á de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e


instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e II - definir, com os Municípios, formas de colaboração
os Municípios; na oferta do ensino fundamental, as quais devem
assegurar a distribuição proporcional das respon-
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e sabilidades, de acordo com a população a ser
instituições oficiais do sistema federal de ensino atendida e os recursos financeiros disponíveis em
e o dos Territórios; cada uma dessas esferas do Poder Público;
142 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
III - elaborar e executar políticas e planos educaciona- I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
is, em consonância com as diretrizes e planos
nacionais de educação, integrando e coordenando II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais
as suas ações e as dos seus Municí-pios; e financeiros;

IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e
avaliar, respectivamente, os cursos das institui- horas-aula estabelecidas;
ções de educação superior e os estabelecimentos
do seu sistema de ensino; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de
cada docente;
V- baixar normas complementares para o seu sistema
de ensino; V - prover meios para a recuperação dos alunos de
menor rendimento;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com
prioridade, o ensino médio a todos que o deman- VI - articular-se com as famílias e a comunidade,
darem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; criando processos de integração da sociedade
Obs.: Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009. com a escola;
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com
estadual.
Obs.:Este inciso foi acrescentado pela lei nº 10.709/03. seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis
legais, sobre a frequência e rendimento dos
§ único - Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências alunos, bem como sobre a execução da proposta
referentes aos Estados e aos Municípios. pedagógica da escola;
Obs.: Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009.
Art.11 -Os Municípios incumbir-se-ão de:
VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e juiz competente da Comarca e ao respectivo
instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, representante do Ministério Público a relação
integrando-os às políticas e planos educacionais dos alunos que apresentem quantidade de faltas
da União e dos Estados; acima de cinqüenta por cento do percentual
permitido em lei
II - exercer ação redistributiva em relação às suas Obs.: inciso VII incluído pela Lei nº 10.287/2001

escolas;
Art.13 - Os docentes incumbir-se-ão de:
III - baixar normas complementares para o seu sistema
I- participar da elaboração da proposta pedagógica
de ensino;
do estabelecimento de ensino;
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabele-
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
cimentos do seu sistema de ensino;
proposta pedagógica do estabelecimento de
V - oferecer a educação infantil em creches e pré- ensino;
escolas, e, com prioridade, o ensino fundamen-
tal, permitida a atuação em outros níveis de III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
ensino somente quando estiverem atendidas
plenamente as necessidades de sua área de com- IV - estabelecer estratégias de recuperação para os
petência e com recursos acima dos percentuais alunos de menor rendimento;
mínimos vinculados pela Constituição Federal à
manutenção e desenvolvimento do ensino.
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabeleci-
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede dos, além de participar integralmente dos perío-
municipal. dos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
Obs.:Este inciso foi acrescentado pela lei nº 10.709/03. desenvolvimento profissional;
§ único - Os Municípios poderão optar, ainda, por se
VI - colaborar com as atividades de articulação da
integrar ao sistema estadual de ensino ou com-
por com ele um sistema único de educação escola com as famílias e a comunidade.
básica.
Art.14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da
Art.12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as gestão democrática do ensino público na educa-
normas comuns e as do seu sistema de ensino, ção básica, de acordo com as suas peculiaridades
terão a incumbência de: e conforme os seguintes princípios:
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 143

I - participação dos profissionais da educação na II - privadas, assim entendidas as mantidas e admi-


elaboração do projeto pedagógico da escola; nistradas por pessoas físicas ou jurídicas de
direito privado.
II - participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes. Art.20 - As instituições privadas de ensino se enquadra-
rão nas seguintes categorias:
Art.15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades
escolares públicas de educação básica que os I- particulares em sentido estrito, assim entendidas
integram progressivos graus de autonomia as que são instituídas e mantidas por uma ou
pedagógica e administrativa e de gestão finance- mais pessoas físicas ou jurídicas de direito
ira, observadas as normas gerais de direito privado que não apresentem as características
financeiro público. dos incisos abaixo;

Art.16 - O sistema federal de ensino compreende: II - comunitárias, assim entendidas as que são
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por
I - as instituições de ensino mantidas pela União; uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive coope-
rativas educacionais, sem fins lucrativos, que
II - as instituições de educação superior criadas e incluam na sua entidade mantenedora represen-
mantidas pela iniciativa privada; tantes da comunidade;
Obs.: Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009.
III - os órgãos federais de educação.
III - confessionais, assim entendidas as que são
Art.17 - Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito instituídas por grupos de pessoas físicas ou por
Federal compreendem: uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a
orientação confessional e ideologia específicas e
I - as instituições de ensino mantidas, respectiva- ao disposto no inciso anterior;
mente, pelo Poder Público estadual e pelo Distri-
to Federal; IV - filantrópicas, na forma da lei.

II - as instituições de educação superior mantidas ............................................


pelo Poder Público municipal;

III - as instituições de ensino fundamental e médio Título V


criadas e mantidas pela iniciativa privada; Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Capítulo IV


Federal, respectivamente. Da Educação Superior

§ único - No Distrito Federal, as instituições de educação Art.43 - A educação superior tem por finalidade:
infantil, criadas e mantidas pela iniciativa priva-
da, integram seu sistema de ensino. I- estimular a criação cultural e o desenvolvimento
do espírito científico e do pensamento reflexivo;
Art.18 - Os sistemas municipais de ensino compreendem:
II - formar diplomados nas diferentes áreas de
I - as instituições do ensino fundamental, médio e conhecimento, aptos para a inserção em setores
de educação infantil mantidas pelo Poder Públi- profissionais e para a participação no desenvolvi-
co municipal; mento da sociedade brasileira, e colaborar na
sua formação contínua;
II - as instituições de educação infantil criadas e
mantidas pela iniciativa privada; III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
científica, visando o desenvolvimento da ciência
III - os órgãos municipais de educação. e da tecnologia e da criação e difusão da cultura,
e, desse modo, desenvolver o entendimento do
Art.19 - As instituições de ensino dos diferentes níveis homem e do meio em que vive;
classificam-se nas seguintes categorias adminis-
trativas: IV - promover a divulgação de conhecimentos cultu-
rais, científicos e técnicos que constituem patri-
I- públicas, assim entendidas as criadas ou incorpo- mônio da humanidade e comunicar o saber
radas, mantidas e administradas pelo Poder através do ensino, de publicações ou de outras
Público; formas de comunicação;
144 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamen- Art.46 - A autorização e o reconhecimento de cursos,
to cultural e profissional e possibilitar a corres- bem como o credenciamento de instituições de
pondente concretização, integrando os conheci- educação superior, terão prazos limitados, sendo
mentos que vão sendo adquiridos numa estrutu- renovados, periodicamente, após processo
ra intelectual sistematizadora do conhecimento regular de avaliação.
de cada geração;
§ 1º - Após um prazo para saneamento de deficiências
VI - estimular o conhecimento dos problemas do eventualmente identificadas pela avaliação a que
mundo presente, em particular os nacionais e se refere este artigo, haverá reavaliação, que
regionais, prestar serviços especializados à poderá resultar, conforme o caso, em desativa-
comunidade e estabelecer com esta uma relação ção de cursos e habilitações, em intervenção na
de reciprocidade; instituição, em suspensão temporária de prerro-
gativas da autonomia, ou em descredenciamen-
VII - promover a extensão, aberta à participação da to.
população, visando à difusão das conquistas e
benefícios resultantes da criação cultural e da § 2º - No caso de instituição pública, o Poder Executi-
pesquisa científica e tecnológica geradas na vo responsável por sua manutenção acompanha-
instituição. rá o processo de saneamento e fornecerá recur-
sos adicionais, se necessários, para a superação
Art.44 - A educação superior abrangerá os seguintes das deficiências.
cursos e programas:
Art.47 - Na educação superior, o ano letivo regular,
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de
independente do ano civil, tem, no mínimo,
diferentes níveis de abrangência, abertos a
duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo,
candidatos que atendam aos requisitos estabele-
excluído o tempo reservado aos exames finais,
cidos pelas instituições de ensino, desde que
quando houver.
tenham concluído o ensino médio ou equivalen-
te;
Obs.: com redação dada pela Lei nº 11.632/2007. § 1º - As instituições informarão aos interessados,
antes de cada período letivo, os programas dos
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham cursos e demais componentes curriculares, sua
concluído o ensino médio ou equivalente e duração, requisitos, qualificação dos professores,
tenham sido classificados em processo seletivo; recursos disponíveis e critérios de avaliação,
obrigando-se a cumprir as respectivas condições.
III - de pós-graduação, compreendendo programas
de mestrado e doutorado, cursos de especializa-
§ 2º - Os alunos que tenham extraordinário aproveita-
ção, aperfeiçoamento e outros, abertos a candi-
mento nos estudos, demonstrado por meio de
datos diplomados em cursos de graduação e que
provas e outros instrumentos de avaliação
atendam às exigências das instituições de ensi-
específicos, aplicados por banca examinadora
no;
especial, poderão ter abreviada a duração dos
seus cursos, de acordo com as normas dos
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam
sistemas de ensino.
aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas
instituições de ensino.
§ 3º - É obrigatória a freqüência de alunos e professo-
§ único - Os resultados do processo seletivo referido no res, salvo nos programas de educação a distân-
inciso II do caput deste artigo serão tornados cia.
públicos pelas instituições de ensino superior,
sendo obrigatória a divulgação da relação nomi- § 4º - As instituições de educação superior oferecerão,
nal dos classificados, a respectiva ordem de no período noturno, cursos de graduação nos
classificação, bem como do cronograma das cha- mesmos padrões de qualidade mantidos no
madas para matrícula, de acordo com os critéri- período diurno, sendo obrigatória a oferta
os para preenchimento das vagas constantes do noturna nas instituições públicas, garantida a
respectivo edital. necessária previsão orçamentária.
Obs.: acrescentado pela Lei nº 11.331/2006.

Art.45 - A educação superior será ministrada em institui- Art.48 - Os diplomas de cursos superiores reconhecidos,
ções de ensino superior, públicas ou privadas, quando registrados, terão validade nacional
com variados graus de abrangência ou especiali- como prova da formação recebida por seu
zação. titular.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 145

§ 1º - Os diplomas expedidos pelas universidades serão Art.53 - No exercício de sua autonomia, são asseguradas
por elas próprias registrados, e aqueles conferi- às universidades, sem prejuízo de outras, as
dos por instituições não-universitárias serão seguintes atribuições:
registrados em universidades indicadas pelo
Conselho Nacional de Educação. I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos
e programas de educação superior previstos
§ 2º - Os diplomas de graduação expedidos por univer- nesta Lei, obedecendo às normas gerais da
sidades estrangeiras serão revalidados por União e, quando for o caso, do respectivo siste-
universidades públicas que tenham curso do ma de ensino;
mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-
se os acordos internacionais de reciprocidade ou II - fixar os currículos dos seus cursos e programas,
equiparação. observadas as diretrizes gerais pertinentes;

§ 3º - Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expe- III - estabelecer planos, programas e projetos de


didos por universidades estrangeiras só poderão pesquisa científica, produção artística e ativida-
ser reconhecidos por universidades que possuam des de extensão;
cursos de pós-graduação reconhecidos e avalia-
dos, na mesma área de conhecimento e em nível IV - fixar o número de vagas de acordo com a capaci-
equivalente ou superior. dade institucional e as exigências do seu meio;

Art.49 - As instituições de educação superior aceitarão a V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimen-
transferência de alunos regulares, para cursos tos em consonância com as normas gerais ati-
afins, na hipótese de existência de vagas, e nentes;
mediante processo seletivo.
VI - conferir graus, diplomas e outros Título s;
§ único - As transferências ex officio dar-se-ão na forma da
lei. VII - firmar contratos, acordos e convênios;

Art.50 - As instituições de educação superior, quando da VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos
ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas de investimentos referentes a obras, serviços e
disciplinas de seus cursos a alunos não regulares aquisições em geral, bem como administrar ren-
que demonstrarem capacidade de cursá-las com dimentos conforme dispositivos institucionais;
proveito, mediante processo seletivo prévio.
IX - administrar os rendimentos e deles dispor na
Art.51 - As instituições de educação superior credencia- forma prevista no ato de constituição, nas leis e
das como universidades, ao deliberar sobre nos respectivos estatutos;
critérios e normas de seleção e admissão de
estudantes, levarão em conta os efeitos desses X - receber subvenções, doações, heranças, legados
critérios sobre a orientação do ensino médio, e cooperação financeira resultante de convênios
articulando-se com os órgãos normativos dos com entidades públicas e privadas.
sistemas de ensino.
§ único - Para garantir a autonomia didático-científica das
Art.52 - As universidades são instituições pluridisciplina- universidades, caberá aos seus colegiados de
res de formação dos quadros profissionais de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos
nível superior, de pesquisa, de extensão e de orçamentários disponíveis, sobre:
domínio e cultivo do saber humano, que se
caracterizam por: I - criação, expansão, modificação e extinção de
cursos;
I - produção intelectual institucionalizada mediante
o estudo sistemático dos temas e problemas mais II - ampliação e diminuição de vagas;
relevantes, tanto do ponto de vista científico e
cultural, quanto regional e nacional; III - elaboração da programação dos cursos;

II - um terço do corpo docente, pelo menos, com IV - programação das pesquisas e das atividades de
titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; extensão;

III - um terço do corpo docente em regime de tempo V - contratação e dispensa de professores;


integral.
VI - planos de carreira docente.
§ único - É facultada a criação de universidades especiali-
zadas por campo do saber.
146 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
Art.54 - As universidades mantidas pelo Poder Público § único - Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta
gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico por cento dos assentos em cada órgão colegiado
especial para atender às peculiaridades de sua e comissão, inclusive nos que tratarem da elabo-
estrutura, organização e financiamento pelo ração e modificações estatutárias e regimentais,
Poder Público, assim como dos seus planos de bem como da escolha de dirigentes.
carreira e do regime jurídico do seu pessoal.
Art.57 - Nas instituições públicas de educação superior,
§ 1º - No exercício da sua autonomia, além das atribui- o professor ficará obrigado ao mínimo de oito
ções asseguradas pelo artigo anterior, as univer- horas semanais de aulas.
sidades públicas poderão:
............................................
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico
e administrativo, assim como um plano de
Título VII
cargos e salários, atendidas as normas gerais
pertinentes e os recursos disponíveis;
Dos Recursos Financeiros

Art.68 - Serão recursos públicos destinados à educação


II - elaborar o regulamento de seu pessoal em
os originários de:
conformidade com as normas gerais concernen-
tes; I - receita de impostos próprios da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III - aprovar e executar planos, programas e projetos
de investimentos referentes a obras, serviços e II - receita de transferências constitucionais e outras
aquisições em geral, de acordo com os recursos transferências;
alocados pelo respectivo Poder mantenedor;
III - receita do salário-educação e de outras contribu-
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; ições sociais;

V - adotar regime financeiro e contábil que atenda IV - receita de incentivos fiscais;


às suas peculiaridades de organização e funcio-
namento; V - outros recursos previstos em lei.

VI - realizar operações de crédito ou de financiamen- Art.69 - A União aplicará, anualmente, nunca menos de
to, com aprovação do Poder competente, para dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
aquisição de bens imóveis, instalações e equipa- Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que
mentos; consta nas respectivas Constituições ou Leis
Orgânicas, da receita resultante de impostos,
compreendidas as transferências constitucionais,
VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras
na manutenção e desenvolvimento do ensino
providências de ordem orçamentária, financeira
público.
e patrimonial necessárias ao seu bom desempe-
nho.
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferi-
da pela União aos Estados, ao Distrito Federal e
§ 2º - Atribuições de autonomia universitária poderão aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos
ser estendidas a instituições que comprovem alta Municípios, não será considerada, para efeito do
qualificação para o ensino ou para a pesquisa, cálculo previsto neste artigo, receita do governo
com base em avaliação realizada pelo Poder que a transferir.
Público.
§ 2º - Serão consideradas excluídas das receitas de
Art.55 - Caberá à União assegurar, anualmente, em seu impostos mencionadas neste artigo as operações
Orçamento Geral, recursos suficientes para de crédito por antecipação de receita orçamentá-
manutenção e desenvolvimento das instituições ria de impostos.
de educação superior por ela mantidas.
§ 3º - Para fixação inicial dos valores correspondentes
Art.56 - As instituições públicas de educação superior aos mínimos estatuídos neste artigo, será consi-
obedecerão ao princípio da gestão democrática, derada a receita estimada na lei do orçamento
assegurada a existência de órgãos colegiados anual, ajustada, quando for o caso, por lei que
deliberativos, de que participarão os segmentos autorizar a abertura de créditos adicionais, com
da comunidade institucional, local e regional. base no eventual excesso de arrecadação.
UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas Legislação UNCISAL = 147

§ 4º - As diferenças entre a receita e a despesa previs- Art.71 - Não constituirão despesas de manutenção e
tas e as efetivamente realizadas, que resultem no desenvolvimento do ensino aquelas realizadas
não atendimento dos percentuais mínimos obri- com:
gatórios, serão apuradas e corrigidas a cada
trimestre do exercício financeiro. I - pesquisa, quando não vinculada às instituições
de ensino, ou, quando efetivada fora dos siste-
§ 5º - O repasse dos valores referidos neste artigo do mas de ensino, que não vise, precipuamente, ao
caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal aprimoramento de sua qualidade ou à sua
e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao expansão;
órgão responsável pela educação, observados os
seguintes prazos: II - subvenção a instituições públicas ou privadas de
caráter assistencial, desportivo ou cultural;
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia
de cada mês, até o vigésimo dia; III - formação de quadros especiais para a adminis-
tração pública, sejam militares ou civis, inclusive
II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao diplomáticos;
vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia;
IV - programas suplementares de alimentação,
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia assistência médico-odontológica, farmacêutica e
ao final de cada mês, até o décimo dia do mês psicológica, e outras formas de assistência social;
subseqüente.
V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas
§ 6º - O atraso da liberação sujeitará os recursos a para beneficiar direta ou indiretamente a rede
correção monetária e à responsabilização civil e escolar;
criminal das autoridades competentes.
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da
Art.70 - Considerar-se-ão como de manutenção e desen- educação, quando em desvio de função ou em
volvimento do ensino as despesas realizadas com atividade alheia à manutenção e desenvolvimen-
to do ensino.
vistas à consecução dos objetivos básicos das
instituições educacionais de todos os níveis,
Art.72 - As receitas e despesas com manutenção e desen-
compreendendo as que se destinam a:
volvimento do ensino serão apuradas e publica-
das nos balanços do Poder Público, assim como
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal
nos relatórios a que se refere o § 3º do Art.165
docente e demais profissionais da educação;
da Constituição Federal.
II - aquisição, manutenção, construção e conserva-
Art.73 - Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritaria-
ção de instalações e equipamentos necessários
mente, na prestação de contas de recursos
ao ensino;
públicos, o cumprimento do disposto no Art.212
da Constituição Federal, no Art.60 do Ato das
III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados
Disposições Constitucionais Transitórias e na
ao ensino; legislação concernente.
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas Art.74 - A União, em colaboração com os Estados, o
visando precipuamente ao aprimoramento da Distrito Federal e os Municípios, estabelecerá
qualidade e à expansão do ensino; padrão mínimo de oportunidades educacionais
para o ensino fundamental, baseado no cálculo
V - realização de atividades-meio necessárias ao do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar
funcionamento dos sistemas de ensino; ensino de qualidade.

VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de § único - O custo mínimo de que trata este artigo será
escolas públicas e privadas; calculado pela União ao final de cada ano, com
validade para o ano subseqüente, considerando
VII - amortização e custeio de operações de crédito variações regionais no custo dos insumos e as
destinadas a atender ao disposto nos incisos diversas modalidades de ensino.
deste artigo;
Art.75 - A ação supletiva e redistributiva da União e dos
VIII - aquisição de material didático-escolar e manu- Estados será exercida de modo a corrigir, pro-
tenção de programas de transporte escolar. gressivamente, as disparidades de acesso e ga-
rantir o padrão mínimo de qualidade de ensino.
148 = Legislação UNCISAL UNiversidade Estadual de CIências da Saúde ALagoas
§ 1º - A ação a que se refere este artigo obedecerá a Art.77 - Os recursos públicos serão destinados às escolas
fórmula de domínio público que inclua a capaci- públicas, podendo ser dirigidos a escolas comu-
dade de atendimento e a medida do esforço nitárias, confessionais ou filantrópicas que:
fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal
ou do Município em favor da manutenção e do I - comprovem finalidade não-lucrativa e não
desenvolvimento do ensino. distribuam resultados, dividendos, bonificações,
participações ou parcela de seu patrimônio sob
§ 2º - A capacidade de atendimento de cada governo nenhuma forma ou pretexto;
será definida pela razão entre os recursos de uso
constitucionalmente obrigatório na manutenção II - apliquem seus excedentes financeiros em educa-
e desenvolvimento do ensino e o custo anual do ção;
aluno, relativo ao padrão mínimo de qualidade.
III - assegurem a destinação de seu patrimônio a
§ 3º - Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e outra escola comunitária, filantrópica ou confes-
2º, a União poderá fazer a transferência direta sional, ou ao Poder Público, no caso de encerra-
de recursos a cada estabelecimento de ensino, mento de suas atividades;
considerado o número de alunos que efetiva-
mente freqüentam a escola. IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos
recebidos.
§ 4º - A ação supletiva e redistributiva não poderá ser
exercida em favor do Distrito Federal, dos § 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser
Estados e dos Municípios se estes oferecerem destinados a bolsas de estudo para a educação
vagas, na área de ensino de sua responsabilida- básica, na forma da lei, para os que demonstra-
de, conforme o inciso VI do Art.10 e o inciso V rem insuficiência de recursos, quando houver
do Art.11 desta Lei, em número inferior à sua falta de vagas e cursos regulares da rede pública
capacidade de atendimento. de domicílio do educando, ficando o Poder
Público obrigado a investir prioritariamente na
Art.76 - A ação supletiva e redistributiva prevista no expansão da sua rede local.
artigo anterior ficará condicionada ao efetivo
cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e § 2º - As atividades universitárias de pesquisa e exten-
Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo são poderão receber apoio financeiro do Poder
de outras prescrições legais. Público, inclusive mediante bolsas de estudo.

............................................

Caro Candidato,

Lembre-se: não basta "passar" !


Concurso é disputa, classificação !
Por isso, todo estudo é sempre pouco !

Mas.... nós confiamos em VOCÊ !

Apostilas

Boa Sorte ! ®

seu passo inteligente rumo à aprovação

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