Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
desde um pequeno grupo social, um bairro, uma vila, uma escola, um hospital, um sindicato, uma associação
de moradores, uma organização não - governamental, até abarcar os indivíduos que interagem numa cidade
inteira e/ou cobrir toda uma gama de habitats sociais.
1
Sentido de Comunidade
- Grau de vinculação do morador com a sua comunidade. Pode funcionar com uma rede de suporte mutuo a
moradores, promovendo o fortalecimento da identidade pessoal e social.
- Constitui uma memoria histórica que perpassa a vida dos moradores tendo uma vinculação afetiva entre
eles que habitam a comunidade.
Psicologia Comunitária
- Franco (1988, p. 70): “A Psicologia Comunitária se caracteriza por trabalhar com sujeitos sociais em
condições ambientais específicas, atento às suas respectivas psiques. Seus objetivos se referem a melhoria
das relações entre os sujeitos e entre estes e a natureza. Nesta perspectiva está todo o esforço para a
mobilização das comunidades na busca de melhores condições de vida”
trabalhos comunitários com grupos populares e marca da produção teórica e prática da psicologia
comunitária.
- levantamento das necessidades e carências vividas pelo grupo-cliente (condições de saúde, educação e
saneamento básico);
- utilizando-se de métodos e processos de conscientização (progressivo aumento do papel de sujeitos de sua
própria história, conscientes dos determinantes sócio-políticos e ativos na busca de soluções para os
problemas enfrentados);
- busca do desenvolvimento da consciência crítica, da ética da solidariedade e de práticas cooperativas ou de
autogestão, a partir da análise dos problemas cotidianos da comunidade.
- Este termo pode ser compreendido como uma visão pragmática da psicologia, que busca o
desenvolvimento e a aplicação de técnicas psicológicas que sejam relevantes para a melhoria da qualidade de
vida de comunidades.
- Na prática do psicólogo, as comunidades nas quais ele se insere são, muitas vezes, aquelas áreas urbanas
periféricas, que historicamente se constituíram à margem dos circuitos econômicos e das possibilidades de
efetivação dos direitos sociais.
2
- traz a noção de multidão como novo coletivo social, dotada de um poder constituinte que não está submisso
ao domínio do instituído.
- construir uma vida mais humana e igualitária, com estrutura sociais mais justas e solidárias, aliviando o
sofrimento das maiorias marginalizadas e fortalecendo seu potencial, resultando na promoção da saúde, na
melhoria das condições de vida e a tentativa de alcançar um bem estar de vida que alcance o crescimento
pessoal e a autonomia.
- Busca por possíveis determinantes dos problemas psicossociais e sociais e as formas de intervenção no
campo social e da saúde, visando a sua superação.
- Formação de redes sociais e comunitárias, além da construção das redes de apoio, realizando, a partir da
relação estabelecida entre seus membros, a comunidade e o indivíduo.
Intervenção em Comunidades
→ Adequada planificação - para existir a qualidade de vida a todos e produzir laços sociais.
Envolve:
1. Contextualização da comunidade (história, evolução, cultura);
2. Entender interdependência entre sistemas (micro, meso e macro) + ideologias, políticas públicas,
organizações, etc.
3. Assumir compromisso profissional para fortalecimento e construção de redes de apoio.
Adequada planificação:
• Investigadores/técnicos:
- Externos;
- Internos (membros da comunidade)
• Processo de investigação ação participante (IAP) - quando falta ou é insuficiente
3
Análise de Necessidades
• Resumindo:
1. Necessidades: sentidas, percebidas e inferidas;
2. Problemas: existentes e formas de resoluções dos mesmos que a comunidade propõe;
3. Levantamento de recursos que a comunidade possui (institucionais, pessoais, de rede) ou pode
ter acesso.
Procedimentos Psicológicos
• Procedimentos metodológicos para o levantamento de necessidades:
1. Entrevistas: individuais (com líderes ou associação de bairro e participação de atividades);
Grupais (membros da comunidade, grupo de decisão e focais e de temas relevantes); Comunitário
(associação, instituições religiosas, postos de saúde ou de temas de interesse em comum);
Entrevistas com questionários.
2. Analise histórica e documental: Registros históricos da comunidade (pessoas significativas ou
materiais); registros estatísticos com base em estudos (educacionais, jurídicos, epidemiológicos,
fatores de risco); registros físicos, geográficos, e materiais da comunidade;
3. Diário de campo: anotações sobre observação durante o processo de inserção e familiarização na
comunidade (momentos significativos e avaliação de estratégias de enfrentamento de problemas e
suas resoluções).
4. Análise do discurso, os grupos operativos e a dinâmica de grupo.
Análise de Dados
• De acordo com a técnica usada e o(s) objetivo(s) levantado(s) pela análise de necessidades,
considerando aspectos qualitativos e quantitativos da comunidade;
• Pode ser utilizado várias técnicas para o estudo do tema (triangulação);
4
• Pautar as informações coletadas pela análise dos próprias interesses da comunidade, com os
líderes da comunidade, investigadores externos, levantando as prioridades, analisando e decidindo
sobre alternativas e estratégias a seguir.
• A comunidade escolher a melhor forma de organização para alcançar os objetivos propostos, criará
comissões e grupos de trabalho, buscará recursos para ações e delimitará formas de avaliação
periódica para novas metas ou continuidade do trabalho.
• Gerando consciência mais critica, emergindo novos sentimentos, representações e necessidades,
até feitos desconhecidos e orientando pessoas do real ao possível.
Investigação Participante
Define-se pelo elo entre o saber e o fazer. Ela parte de uma perspectiva epistemológica
interdisciplinar e que inclui assim diferentes saberes acadêmicos, além da relação entre saber
científico e saber popular. Considera as relações entre Homem x meio ambiente.
• A noção de implicação, se opondo à postura de isenção e neutralidade, supõe o envolvimento do
pesquisador com seu objeto de pesquisa nesses diferentes níveis (afetivamente, ele ”gosta” ou não
da realidade social que apreende, projeta nela e na interpretação que dela faz conteúdos de seu
inconsciente, utiliza-a em seus mecanismos de defesa, investe-a de suas vontades conscientes).
• Dessa forma, o saber acadêmico se enriquece e a reflexão conjunta e ação dinamizam o social,
rompendo formas cristalizadas de funcionamento e instituindo-se mobilidade e transformações na
realidade social, num contexto do fazer-produzir-saber que norteará um outro fazer, que gerará um
outro saber.
• 1946 – Kurt Lewin→ livro: “Investigação-ação o e o problema das minorias”, com a ideia de que
a pesquisa se integre a ação social para promover mudanças nas estruturas sociais e a nas relações
intergrupais, orientação a ação tanto no planejamento quanto na ação estratégica de investigação e
na avaliação dos resultados.
• Década de 60 – encontros na Europa, EUA e América Latina
• Anos 70 – época de governos militares altamente repressores e militantes revolucionários e o uso
do termo participante no sentido de sujeitos e pesquisadores implicados na realidade e mudança,
num processo coletivo de mudança da realidade.
* Brasil: Paulo participante Freire com a pesquisa
• Anos 80 - pesquisais na área da Sociologia
• O estudar ocorre ao mesmo tempo em que se tenta solucionar os problemas e entender os
fenômenos.
5
Investigação + Produção de conhecimento (coletivo: saber popular + científico) + Intervenção
social
• Investigadores externos (pesquisadores que detectam o problema na realidade) e internos (os que
vivem os fenômenos que estudam);
• Produção de conhecimento coletivo: saber popular que existe uma razão especifica;
• Intervenção problema social – qual a situação
Passos:
- Conhecer a comunidade, mobilizando a participar do processo de investigação;
- Participação comunitária para definição do problema e delimitar alcances, dimensões a serem
explorados e metodologia utilizada (quais técnicas a serem usadas: dramaturgia, meios
tecnológicos, teatro popular);
- Forma para analisar dos dados: como apresentar as informações coletadas;
- Uso dos dados: elaboração de ações e de uma política para resolver os problemas levantados.
Resumidamente: Segue continuamente como uma espiral e por isso é visto como uma forma de
vida.
Críticas à IAP
- Deveria viver com eles;
- Ciência proletária – de caráter revolucionário;
- Devido ao caráter revolucionário não teria a possibilidade de reflexão crítica e respeito com outras
ideias;
- Povo pode substituir a discussão cientifica sem a necessidade de um intelectual;
- Intelectuais com articulações simplistas ou que simplificam a realidade, por subestimar a
capacidade de compreensão dos participantes e mantê-los em posições predeterminadas;
- Forma de avaliar a intervenção e uso da metodologia, preferindo a técnicas dialógicas apenas.
Trabalho
• Imaginar uma comunidade que pretende trabalhar: localização, público, história, ...
• Descrever a realidade;
• Planejar as ações possíveis para a entrada nessa realidade;
• Metodologias possíveis;
• Com a análise seria feita e devolvida para a comunidade;
• Quais meios possíveis para trabalhar.
Ética
6
- Responsabilidade de quem pesquisa nos ambientes sociais humanos;
- Reflexão sobre as várias morais, referenciais, atitudes, ideias, valores dos seres humanos;
- Construídos a partir de valores socialmente relevantes e em consequências reais das ações.
Considerar:
- Responsabilidades do pesquisador (benefícios e riscos, intenções, clareza e sigilo na elaboração do
conhecimento, remoção de objetos, discrição do grupo, acesso a informação de propriedade do
grupo);
- Perspectiva dos participantes e seus benefícios, com interface de princípios e procedimentos
ligados a alguma abordagem;
- Direito respeitado dentro da produção do conhecimento;
- Consentimento para participação e abandono no momento desejado.
7
Questionamentos sobre a intervenção
- O patrimônio da comunidade será protegido?
- A comunidade poderá dispor de relatório preliminar para sua avaliação?
- Os pesquisadores estão preparados para promover o desenvolvimento dos membros da
comunidade de uma forma apropriada e não preconceituosa?
- Os pesquisadores cooperarão com as instituições comunitárias?
Em conflitos ou discrepâncias
Possibilidades recorrer ao grupo ou assessoramento, retomar o contrato, desde que tenha sido
elaborado de forma clara e correta e por último recorrer a um árbitro.