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03/10
Bibliografia:
1. Direito das Sociedades Comercias do professor Paulo Olavo Cunha;
2. Direito das Sociedades Comerciais: Volume II do professor Coutinho Abreu;
3. O Direito das Sociedades do professor Menezes cordeiro.
Tipos e súbitos:
Sociedade por quotas Vs Sociedade por quotas unipessoais – A esta última aplica-se
subsidiariamente o regime das sociedades por quotas. É uma figura bastante próxima
das sociedades por quotas, mas tem a particularidade de ter um único sócio.
O artigo 20.º do CSC refere a obrigação primordial: todos os sócios são obrigados a dar
uma entrada e a participar nas perdas. Tendo uma participação estou sujeito a
variações, tenho de estar sujeito às perdas da sociedade. Concretiza-se quando existe
uma redução de capital por perdas.
Há uma derrogação do regime geral das sociedades no que diz respeito às sociedades
profissionais. A Lei n.º 53/2015, de 11 de junho, vem liberalizar as sociedades reguladas.
Estas sociedades tem um regime especial, tem regras próprias. Uma delas é de que
numa sociedade profissional os sócios, neste caso os sócios profissionais, obrigam-se a
exercer a actividade profissional pelo quadro da sociedade.
O caso de uma sociedade de advogados: os sócios, enquanto sócios exercem
directamente a actividade em questão.
Mas há aqui um problema: esta liberalização que houve nas sociedades profissionais,
com a possibilidade de adoptarem formas societárias do direito comercial trouxe
problemas. Na França há uma série de regras importantes quanto ao controlo, gestão e
etc., ou seja, é necessário haver regras específicas, porém o nosso legislador esqueceu-
se disso, não existe regras suficientes adaptadas a estas sociedades.
Por exemplo, não haver um direito de exoneração, fora dos casos que a lei diz para as
sociedades tipificadas no CSC, para os sócios que exercem directamente a actividade é
uma situação um pouco estranha.
Quem pretende exercer uma profissão liberal podem constituir uma sociedade
comercial ou sociedade civil.
No caso das sociedades de advogados a Ordem diz que pode ser de responsabilidade
limitada ou não.
Há quem diga que como os sócios são obrigados a realizar a sua actividade, ou seja, de
prestar o seu serviço que seria incompatível haver sociedades profissionais com forma
de sociedades anónimas, mas isso é um erro. O CSC regula as sociedades por quotas e
as sociedades anónimas, mas a lei que regula as sociedades profissionais diz que estas
podem ter a forma de sociedade anónima, mas exercem a actividade na mesma, não
existe aqui incompatibilidade.
Uma sociedade por quotas tem certas características e as sociedades anônimas tem
outras características, isso poupa imensa investigação. Maior agilidade no
funcionamento porque o sistema está mais bem estruturado.
Uma sociedade anónima é uma sociedade cujo regime é em grande medida imperativo,
não pode ser derrotado estatutariamente, enquanto a sociedade por quotas tem um
paradigma mais flexível porque posso fazer quase tudo. Não posso descaracterizar o
tipo transformando numa mini sociedade anónima, mas de resto há uma grande
flexibilidade porque reina as regras supletivas que podem ser afastadas. Muitas vezes
nas sociedades anónimas conseguimos alguma flexibilidade através de acordos
parassociais.
Este princípio da tipificação é uma limitação à liberdade profissional e a liberdade de
empresa, se houvesse uma plena liberdade profissional e de empresa podíamos
estabelecer uma organização conforme queríamos. Mas esta restrição justifica-se como
acima explicamos e também por questões de terceiros.
Sociedade por quotas, sociedade anónimas, sociedades em comandita e por acções são
as sociedades de capitais.
Enquanto nas sociedades de pessoas: a pessoa tem um papel fundamental: sociedades
colectivas e em comandita simples.
No caso das sociedades decapitais de cunho capitalista existe uma maior indiferença da
pessoa.
As sociedades anónimas têm um cunho capitalista, mas já sabemos que na prática
existem sociedades anónimas pequenas em que a pessoa do sócio é importante e isso
não transparece nem do regime legal, nem do regime estatutário e só vai transparecer
nos acordos parassociais.
Nas sociedades por quotas existe uma ampla autonomia privada, autonomia da
conformação do tipo. Os estatutos podem moldar a sociedade daquela que está prevista
na lei. Podem ser uma sociedade por quotas mais fechada do que ela se encontra na lei,
por exemplo.
Tipos estatutário sociais não se distinguem muito dos tipos legais, mesmo nas
sociedades anónimas não se vai muito além daquilo que a lei diz.
Os tipos reais que funcionam e existem na prática muitas vezes são distintos dos tipos
legais e estatutários: através de várias vias, como é o caso dos acordos parassociais.
Estes acordos acontecem frequentemente em pequenas sociedades anónimas, mas
acontecem em sociedades por quotas e sociedades anónimas constituídas por outras
sociedades.
Em que medida é que estas sociedades que tem regulamentação desenvolvida em
acordos parassociais podem aplicar, analogicamente, disposições de outro tipo social?
Exemplo: estamos perante uma sociedade anónima, esta sociedade anónima tem uma
regulação muito estrita, é uma sociedade ultra fechada, entra poucos accionistas. Em
que medida é que se justifica aplicar a uma sociedade destas as regras da sociedade por
quotas? Os alemães fazem o confronto entre o tipo legal com o tipo real.
Ainda há um outro fenómeno importante que acontece não existe nenhuma
regulamentação parassocial, mas a sociedade é constituída na base de entendimentos
ou pressupostos.
Exemplo: pensemos numa sociedade por quotas com dois ou três sócios, é implícito que
todos vão contribuir activamente para o desenvolvimento da sociedade e não vão fazer
concorrência à sociedade. Não lhes passa pela cabeça que criem uma empresa
concorrente. Mas o tipo legal da sociedade por quotas não tem nenhuma obrigação de
não concorrência a cargo do sócio, ela está prevista para as sociedades civis, mas não
está prevista para as sociedades por quotas. Então em que medidas se justifica aplica o
regime das sociedades em nome colectivo? Ou por exemplo os estatutos não atribuem
a um sócio um direito especial à gerência, mas a lei está feita para que os sócios
exerceram a gerência, não serão sócios passivos, os sócios desentendem-se. Retiraram
a gerência a um deles. Como fica?
Se um sócio sai de gerente e a sociedade não distribui lucros ele não está lá a fazer nada.
Se ele quiser ser sócio a sério tem de pelo menos participar nas assembleias gerais,
integrar-se dos assuntos sociais para participar nas assembleias gerais. Mas se não tem
nenhum benéfico por parte sociedade porque é que há de ter esses encargos?
Na jurisprudência inglesa considera se que um sócio nestas condições é destituído da
gerência ele tem direito a que os demais sócios lhe comprem a respectiva quota,
correspondente à nossa exoneração. Os sócios ou a própria sociedade devem adquirir a
sua quota.
Em Portugal temos os mesmos problemas, mas não temos estas soluções que há
noutros países. É um campo do direito que precisa de ser desenvolvido. Existe muitas
sociedades por quotas cuja configuração é muito diferente da legal, portanto as regras
legais não chegam. Nós temos a ideia de que a sociedade é uma estrutura de
colaboração entre sócios: na valorização do património social para beneficiarem todos
disso, mas isso é até haver divergência entre sócios, porque quando houver a sociedade
passa a ser uma estrutura de poder. O sócio maioritário é simplesmente um sujeito de
poder lucrativo.
Um sócio só tem as obrigações que resultam da lei ou dos estatutos. Nas sociedades por
quotas e nas sociedades anónimas o sócio só tem de realizar a sua entrada e só tem
outras obrigações na medida em seu os estatutos o prevejam. A lei prevê que nas
sociedades por quotas possam ser exigidas prestações acessórias e prestações
suplementares. Nas sociedades anónimas só prestações acessórias.
Nas sociedades por quotas além das prestações acessórias podem ser exigidas as
prestações suplementares, pode haver uma cláusula no estatuto a dizer que tem de
realizar prestações suplementares. Isto é feito através de deliberações, por maioria
simples. Um sócio pode contra a sua vontade, contra o seu voto, ver nascer uma
obrigação na sua esfera jurídica e se não cumprir esta obrigação está sujeito a ser
excluído. Este instituto e transponível para as sociedades anónimas? Admitiríamos um
instituto correspondente? Existe aqui uma lacuna? A orientação que tem prevalecido é
a seguinte: há quem admita, mas dizendo que não se podem aplicar as consequências
previstas nas sociedades por quotas, nomeadamente no que diz respeito à exclusão do
sócio. Se existir incumprimento isso não mete em causa a qualidade de sócio, porque
entende-se que isto é incompatível com o tipo de sociedade anónima. De todo o modo,
a latitude com que se admitem prestações acessórias, nomeadamente prestações
acessórias pecuniárias toma em grande medida o instituto das prestações
suplementares.
Suprimentos:
Os suprimentos não são mais do que contribuições do sócio, através de empréstimos no
geral. A lei trata desfavoravelmente o crédito de suprimento nas sociedades por quotas.
Então é nas sociedades anónimas? É também uma questão muito discutida. Este
instituto dos suprimentos foi criado pela jurisprudência alemã e foi importado por
Portugal para as sociedades por quotas. Não se diz nada a respeito das sociedades
anónimas. A doutrina e a jurisprudência que admitiam isto às sociedades anónimas
sempre consideraram que o accionista tinha de ter pelo menos 25% do capital. Isto é a
primeira nota. A segunda nota é de que na década de 80/90 a lei alemã foi alterada para
exigir que o crédito de um sócio para ser qualificado como crédito de suprimentos tinha
de ter uma participação de 10% nas sociedades por quotas não nas anónimas. Nós não
adoptamos isto, os alemães hoje em dia acabaram com os suprimentos e nós ainda
continuamos.
O professor Raul Ventura entendia que bastava um accionista ter uma participação de
10% para aplicar-se este instituto.
O art. 397.º do CSC trata dos negócios realizados entre um ou mais administradores e a
sociedade. Isto é aplicável as sociedades anónimas? A opinião maioritária é a da não
aplicação.
Quando confrontamos as sociedades pessoas com as sociedades capitais uma das notas
salientes é esta: exoneração. Nas sociedades pessoais um sócio para sair faz-se através
da exoneração, esta é a via normal, ele perde a qualidade de sócio e a sociedade tem de
o reembolsar do valor da participação social. Na sociedade anónima isto não está
previsto.
Nas sociedades por quotas e sociedades anónimas pode haver perda da qualidade de
sócio através da alienação das quotas ou das acções.
Portanto nas sociedades anónimas não existe nenhuma norma a atribuir o direito de
exoneração que há no artigo 240.º do CSC relativamente às sociedades por quotas, que
acrescenta aos casos da parte geral mais alguns casos.
Nota que numa sociedade fechada seja sociedades por quotas ou sociedade anónima
elas não têm mercado. A alienação é uma pura fantasia, quem é que quer aquela quota?
Não há mercado.
Quanto à estrutura organizativa: sociedades por quotas tem de ter pelo menos dois
órgãos: (i) colectividade de sócios e (ii) gerência.
O número mínimo de sócios também varia, regra geral as sociedades são constituídas
por dois sócios, mas já vimos que podemos ter sociedades unipessoais. Vejamos o art.
273.º, n.º 1 CSC.
Capital social:
A sociedade em nome colectivo pode constituir-se sem capital. Na sociedade por quotas
a lei também não tem nenhuma exigência de capital, mas indirectamente existe, uma
vez que todos os sócios têm de realizar a entrada com um mínimo 1 euro, logo temos
sempre de entrar com dinheiro. Na sociedade anónima o capital social é no mínimo de
50 mil euros.
17/10
O conceito de sociedade não de deve medir tanto pelos participantes, mas sim pelo fim
e pelo objecto. O professor diz que o fim lucrativo é importante, nem que seja em
abstracto, por muito que ela nunca venha a ter lucro, mas não faz sentido constituir uma
sociedade comercial sem ter um fim lucrativo.
Artigo 464.º do código comercial: não é permitida compra de bens para consumo
próprio.
Quando compro no supermercado estou a ilidir a segunda parte do art. 2.º do Código
Comercial: “e o contrário do próprio acto não resultar”. Por exemplo eu compro um livro
e se não disser nada ele pode ser para a minha empresa, mas se eu comprar e disser que
é para a minha filha: esse acto não é para a minha empresa.
Aspecto relativo ao objecto: o objecto tem de ser uma actividade comercial. Pode haver
casos/actos que não tenham natureza negocial e que, no entanto, sejam necessários
para reconduzir a actividade do sujeito que está no mundo comercial. Ainda há uma
franja de actos muito pequena que apesar de tudo vão reconduzir-se.
Como é que a tipicidade se articula com a autonomia da vontade? Articula-se pelo seu
conteúdo. A autonomia privada tem três dimensões: (i) a liberdade de celebrar ou não
negócios jurídicos, (ii) a liberdade de selecção do tipo social, (iii) a liberdade de
estipulação (aqui eu tenho de fazer com respeito pelos princípios estruturantes e com
as normas imperativas). À margem das normas imperativas existe uma autonomia
privada.
Não podemos transportar para a sociedade no que diz respeito ao conteúdo normativo
do contrato regras que descaraterizem o tipo, porque se o fizermos estamos a subverter
o tipo contratual em causa. Eu posso colocar a gerência a funcionar como se fosse um
verdadeiro conselho de administração, posso coloca-la em termos estatutários, mas eu
não devo fazê-lo, não posso meter em causa regras que afastariam os princípios legais.
Ver estes dois diplomas: Lei n.º 83/2017, 18 de agosto e a Lei n.º 89/2017 de 21 de
agosto.
Estas leis vão ter um impacto porque isto é construído numa lógica que é preciso indicar
em cada momento quem é o titular de cada participação.
O diploma é interessante porque o professor diz que é um diploma ingénuo, a questão
do beneficiado efectivo é uma questão de declaração: eu tenho de declarar quem é o
beneficiário daquelas acções. O professor diz que não vai haver meios humanos para
fazer face a afluência de comunicações que terão de ocorrer no primeiro mês. A
entidade responsável por isto é uma direcção de serviços do instrutor de registos e
notariados, mas nem sequer é um registo.
No plano das sociedades comerciais há um aspecto que o professor deixa à nossa
consideração: não basta dizer que o beneficiário efectivo é quem vem à celebração do
contrato, porque se for uma sociedade é preciso dizer quem são os benefícios efectivos
dessa sociedade, mas se essa sociedade for filha de outra sociedade é preciso saber
quem é o beneficiário efectivo dessa sociedade e por aí fora.
Isto tudo entra em vigor em novembro. Isto tem certas características interessantes:
não era preciso acabar as acções ao portador para transpor a directiva. Mas é mais fácil
acabar com as acções ao portador. Se acabar com elas eu consigo detectar os
fenómenos de transparência fiscal. Há várias realidades que ainda vão acontecer.
Relativamente a uma das consequências legais por não converter as acções (não
distribuição de lucros): o professor diz que qualquer terrorista que constitua uma
sociedade anónima a última finalidade dele é os direitos aos lucros, ele quer é um
veículo que ande no mercado. Nem se vai dar ao trabalho de converter as acções.
A lei que veio regular as acções ao portador foi o DL 123/2017, de 25 de setembro: esta
lei veio regulamentar a extinção das acções ao portador. O Estado diz que eu sou isento
de tudo o que se fizer até ao dia 4 de novembro e que os órgãos de administração das
sociedades anónimas têm poderes para adaptar os contratos de sociedade nesta
matéria, atenção que é só nesta matéria, mas é preciso uma acta do conselho de
administração.
Se for administrador único ele faz a própria acta, com efeito declaratório, depois pública
um anúncio e depois pede o registo. O anúncio tem um custo de 27,00€.
A lógica do legislador é que devemos corrigir o art. 272.º, al. d) CSC onde estava que são
nominativas ou ao portador, o legislador disse que tem de ser apenas nominativas. Se
no contrato estiver a dar a entender acções ao portador não tem mal porque não
devemos ler assim, porque são cláusulas contra legem, mas o professor diz que isso
também deve ser actualizado/modificado no contrato. O professor não acredita que as
acções ao portador voltem a ser permitidas.
Há regras que nunca foram respeitadas, basta vermos o art. 448.º: ninguém comunicava
isto antigamente. Quando recebem lucros também tem de evidenciar a sua posição,
portanto antigamente era mais ou menos possível detetar quem era o portador
daquelas acções, mas agora passa a detectar-se sempre. Os efeitos secundários a meio
prazo são muito mais relevantes para o Estado do que os efeitos primários.
As sociedades vão voltar a ser utilizadas de acordo com a tendência para a qual elas
existiam e não de acordo com as potencialidades que elas encerram.
O anúncio é obrigatório? O professor acha que não. Continua a não haver um registo
público da composição accionista, como há dos sócios de uma sociedade por quotas.
Nas sociedades anónimas existe um livro.
A lei impõe que exista um anúncio, mas se todos comparecem não houver dúvidas
nenhumas que são eles então o professor acha que não é obrigatório, se bem que por
27,00€ não compensa não anunciar.
O código das sociedades comerciais é composto por uma parte geral e uma parte
especial sobre os contratos.
Menções obrigatórias:
No art. 9.º CSC temos as menções obrigatórias gerais que temos sempre de respeitar,
depois em cada um dos títulos temos também uma regra sobre as menções especiais.
Nas sociedades anónimas temos mais menções obrigatórias que estão constantes no
art. 272.º CSC. Para além das menções obrigatórias temos menções facultativas que são
as que podem ser introduzidas.
A primeira é o tipo social e a identificação das partes. A identificação das partes aplica-
se inclusivamente nas sociedades anónimas. Se estivermos perante um contrato de uma
sociedade anónima que corresponda à constituição particular ou simultânea o professor
diz que todos os accionistas iniciais têm de ser identificados em sentido amplo.
A identificação do tipo social resulta da própria firma.
Temos no art. 10.º do CSC a especificação da menção obrigatória da firma e depois por
ali fora temos todas as menções que são obrigatórias especificadas.
Quanto ao tipo social: desta obrigatoriedade resulta que o tipo social em causa é
referido por extenso.
A firma para o professor deve indicar a actividade da sociedade, sobretudo para que no
desenvolvimento da actividade no mercado exista aparência, de modo a tutela a
confiança de terceiros.
Se não tiver essa autorização do n.º 5 do artigo 11.º não posso adquirir essas
participações.
Temos de ir ver o art. 294.º do CC: se eu praticar um acto contra uma regra imperativa
e outra sanção não lhe estiver associada então o acto é nulo, fica inutilizado e é vazio.
Temos de ter cuidado com o objecto sujeito a lei especial, é preciso ter cuidado porque
na maior parte dos casos estão sujeitas a alterações de natureza ou carácter alternativo.
Data do encerramento do exercício anual: quando o exercício social não coincide com o
ano civil tem de haver menção expressa. Quando coincide com o ano civil não é preciso
dizer nada.
Existe uma regra específica constante do art. 9.º, n.º 1 al. i) e 65.º-A CSC, segundo a qual
o primeiro exercício anual destas sociedades nunca pode ser inferior a 6 meses nem
superior a 18 meses.
Nenhum mandato pode superar 4 exercícios sociais – art. 391.º, n.º 3 CSC isso concebe-
se facilmente para uma situação de coincidência para o ano civil, se não tiver a
coincidência eventualmente posso ter um mandato que fica em 6 anos civis, o que é
verdadeiramente uma extensão. O art. 391.º CSC tem de ser objecto de uma
interpretação actualista.
Depois temos uma penúltima menção obrigatória que é a do ponto 4.9 das folhas: ------
-.
Na sociedade por quotas posso ter um gerente e não ter mais qualquer outra alusão a
órgãos sociais.
Nas sociedades anónimas temos o artigo 278.º CSC que refere a estrutura da sociedade.
Podemos ter três modelos:
1- O modelo clássico (por alguns chamado latino, o professor não gosta deste
nome);
2- O germânico (também chamado de dualista)
3- O modelo Anglo saxónico: no fundo o que se faz neste modelo é mergulhar o
órgão de administração dentro do órgão de fiscalização para que estes convivam.
É preciso ter em conta que quando nasce na forma pura, que não é a portuguesa
só há dois tipos de administradores os executivos e os não executivos. Quando
um modelo é impuro ele introduz uma distorção que é uma distorção
complicada. O professor diz que é o mesmo que dormir com o inimigo: porque o
pessoal da comissão da autoria são as pessoas que salvam a pele dos
administradores, porque os administradores justificam que não efectuam os
pedidos dos accionistas ou de outras pessoas com influência na sociedade
porque a comissão de auditoria não permite. A comissão de auditoria tem
diversas vantagens.
19/10
Sociedade por quotas – prática estatutária
As sociedades por quotas surgiram com a lei de abril de 1991. Este modelo foi criado
pelo legislador alemão em 1982. Ao contrário de outros tipos legais que foram criados
pela prática, no caso das sociedades por quotas foi uma criação do legislador alemão
que depois foi exportado para diversos países, sendo Portugal o segundo país a importar
este modelo de sociedade.
Um dos dados salientes é de que uma boa parte das sociedades por quotas que se
constituíram nestes primeiros dez anos resultaram da transformação de sociedades em
nome colectivo ou sociedades em comandita simples, foram sociedades por quotas
criadas depois de se dissolverem como sociedades em nome colectivo ou comandita
simples.
A sociedade por quota é em grande medida a herdeira das sociedades de
mercadores/comerciantes, que existiam desde idade média até ao século XX.
Uma nota também saliente: o modelo legal da sociedade por quotas era um modelo
liberal, era uma espécie de pequena sociedade anónima. Na altura era constituída com
um capital significativo de 5,000€.
As quotas à semelhança das acções eram transmissíveis, a única excepção era nas
transmissões executivas, que ocorrem num processo de execução ou num processo de
insolvência, que aí o legislador considerou que a entrada de um estranho através de um
processo anónimo como a venda judicial da quota era perigoso e podia prejudicar o
regular funcionamento da sociedade por quotas, uma vez que esta teria supostamente
o elemento pessoal mais presente do que aquilo que tipicamente acontece ou acontecia
nas sociedades anónimas.
Significante foi também a ideia de que os sócios nas sociedades por quotas para além
da transmissão das quotas como via de saída deviam ter outros mecanismos para
entrarem e saírem mais facilmente da sociedade. Sobretudo para saírem e por isso
criou-se a figura do capital suplementar: para além do capital inicial feito através da
entrada dos sócios, havia prestações suplementares para servir de capital flutuante,
flexível sem alterar o pacto social. Não se previa a exoneração do sócio a não ser em
casos muito limitados, como por exemplo a fusão de uma sociedade com outra(s). Mas
para facilitar a saída do sócio surgiu a figura da amortização da quota, embora a
evolução do direito nesta matéria tivesse sido na protecção do sócio contra os actos de
amortização compulsiva por parte da sociedade.
Isto é uma ideia geral do que era a sociedade por quotas.
A prática estatutária: os pactos sociais eram em geral actos bastante desenvolvidos. Era
vulgar haver pactos sociais com 20, 25 artigos todos bem elaborados, compreendendo
matérias importantes. Esta qualidade foi se deteriorando ao longo das décadas e piorou
substancialmente e deu origem a um fenómeno estranho: pactos sem nenhuma
regulamentação significa no caso de grandes sociedade grandes e aparecia às vezes
pactos muito elaborados para sociedades com o capital mínimo, a par de sociedades
com o capital elevado. Os pactos eram copiados uns dos outros sem critério e foi assim
que se gerou a prática estatutária. Os pactos eram copiados uns dos outros sem se
ajustarem ao tipo concreto pretendido pelos sócios.
Os pactos sociais em geral continuaram a ter pouco conteúdo normativo, agora já com
alguma justificação porque o CSC veio consagrar em lei muito da prática estatutária que
existia no domínio das leis das sociedades por quotas.
Embora a lei das sociedades por quotas considerasse que existia liberdade de
transmissão por quotas, os pactos que o professor analisou algumas cláusulas eram
duvidosas, a cessão de quotas era restringida, de acordo com três tipos de cláusulas:
1 – O consentimento da sociedade, em geral prestado pela colectividade dos sócios;
2 - Sujeitava a cessão de quotas à questão de preferência;
3 - Cláusulas mistas: sujeitava ao consentimento e à questão de preferência.
Outro ponto que discutimos era relativamente à sociedade poder amortizar a quota sem
o consentimento do titular da quota, para a verificação destas situações era necessário
haver uma previsão estatutária específica a autorizar a sociedade a amortizar a quota.
Foram concepções proteccionistas do sócio que levaram a que se torna-se
relativamente consistente a orientação de que para o sócio amortizar a quota
necessitava de uma concepção estatutária, não estava escrito mas eram o
entendimento dominante.
Era ou não possível excluir um sócio de uma sociedade por quotas? Havia alguns pactos
que previam a amortização compulsiva de quotas em situações que equivaliam à
exclusão de sócio. Havia pactos que previam mesmo a exclusão de sócio. Independente
da cláusula estatutária a sociedade podia excluir o sócio mediante justa causa.
O CSC veio adoptar uma solução intermédia no seu art. 242.º. Na prática estatutária
sente-se menos necessidade de hoje regular o assunto, uma vez que está no código.
Estas são as notas mais salientes da evolução que se deu no domínio do código das
sociedades comerciais.
Houve a criação em 2005/2006 do método simples nas sociedades por quotas e nas
sociedades anónimas. Porque é que se facilitou estas sociedade e não se facilitou nas
sociedades em nome colectivo? Noutros países as sociedades em nome colectivo não
estão sujeitas a grandes formas.
Com os processos simplificados, os estatutos das sociedades viram o seu conteúdo mais
reduzido. Não tenho nenhuma regulação significativa ou em grande parte não tenho, a
não ser aquelas sociedades por quotas que seguem um dos modelos do Instituto dos
Registo e Notariado (IRN) (não é o simples e o outro que tem algumas normas). Este
marco é importante porque ainda veio operar mais o conteúdo dos pactos sociais das
sociedades por quotas portuguesas.
Obrigações acessórias:
1 (do PowerPoint) era uma sociedade profissional de médicos e intermédios ou era uma
sociedade não profissional que também tinha médicos e enfermeiros mas não só. Em
2015 através de uma lei o legislador criou um regime a das sociedades profissionais, a
que designa de sociedades de profissionais. Na lei das sociedades de profissionais
aparece uma norma que impõe aos sócios profissionais saber se numa sociedade
profissional podem ser sócios profissionais ou não. O legislador deixou ao critério no
estatuto de cada profissão se admitem se os sócios não profissionais de admitem nas
sociedades de advogados, médicos, arquitectos é assim.
Segunda nota acerca desta cláusula n 1: antigamente para haver uma prestação de
serviços era necessário dize lo nos estatutos. No fundo, contém uma regra nos estatutos
que é característica das sociedades de profissionais.
Segunda notas o art. 209 configura estas prestações como prestações acessórias:
acrescem a prestação de entrada e cujo incumprimento não afecta a qualidade de sócio.
Enquanto se um sócio não cumprir s obrigação de entrada está sujeito a perda da quota
e a exclusão de acordo com o art. 202. Já no que diz respeito às prestações acessórias
não é assim, ver o art, 209 n 4: isto é meramente supletivo e está cláusula vinha
precisamente afastar o carácter supletivo e ela afasta este carácter supletivo.
3 de cláusula do PowerPoint:
aqui o sócio obriga se a reforçar o capital social. O momento é os sócios obrigam de
eststutariamente há votarem favoravelmente ao aumento do capital social ficando com
essa obrigação de entrada. A cláusula não tem nenhum montant.e existe esta dupla
maioria. É preciso que votem favoravelmente ¾ isto é o que resulta da lei.
– pergunta pode a obrigação existir sem limite temporal, quantitativo ou outro de índole
material? Não é válida porque não fixa elementos essência nos termos do art, 209, n 1.
O sócio quando assume uma responsabilidade social tem de ter uma ideia daquilo que
pode vir s dever. Reparem, nós não estamos perante um associação. Uma associações
não desenvol,vê uma actividade produtiva por isso tem de ser frequentemente
alimentado pelos associados. Uma sociedade tem como pressuposto criar riquezas, não
é para estar sempre a ser alimentado pelos sócios.
Numa obrigação pecuniária seguramente o montante máximo, pode ser também a
duração ou saber se a obrigação é uma obrigação de realização periódica ou pontual. Se
for outro tipo de Obrigacoes já se levanta outro tipo de problemas, suponho os
imediações e enfermeiros obrigam se s prestar a sua actividade de medicina e
enfermagem em exclusivo para a sociedade: está determinada e dura o que durar o
sócio, essa não levanta problemas.
O sócio até pode estar de acordo com o aumento do capital social e votar favor mas
estar contra a subscricao desse aumento. Então aí ele vai agir por excepção quando a
sociedade vier pedir lhe o dinheiro, ele vai dizer que a cláusula é nula por isso a
sociedade não tem direito a pedir.
Numa sociedade profissional a obrigação de prestar não tem de se dizer que é onerosa,
já sabemos que o sócio vai receber os proventos da sociedade na realização desta
prestação. Se for uma obrigação de realizar suprimentos em princípio os negócios
mercantis são onerosos, tem essa ressalva geral. Quando quer um certo negócio não
seja oneroso diz que é gratuito que é o que acontece no caso das prestações
suplementares.
Prestações suplementares:
O art. 210 ver o artigo, o n 3 tem rewuisitis de validade. O montsnte gkobal das
lredtscods suplementsres tem de constsr dos eststutos, fixscso do maximo de
responsabiljdsde do socio, e isso que diz o art, 210.
Vsmos admitir que a clusula tem o sentido wue aparenta ter. Nai especifica qualquef
caoiral socisl imahinemos que pode ser quslquer um no momento em que exige a
clausula. Pode ja ter existido um aumento de cspital. Se ele vota a favor do aumento e
uma coiss, se vots no aumento e particips é outrs. Msd imaginemos que ele vota contra.
Temos um porblema de interpretacao da clausula e podemos ter um problema de
validade da clausula. Uma interpretacao da clausuls conforme a lei leva a interpretsr
wue o capital social referido é o do momento em wue a clausula foi inserids.
O socio oode votar favoravelmente no capital, ate subscrever mas nao se aperceber que
isso pode ter consewuencias oars ele. A clausula e vslidks oara o professor, mss de
acordo com o capitsl no momento em que a clausula foi introduzida no pacto. A clausula
pode ter um efeito perverso, os socios wud estejam avisados se nso wuiserem ver a sua
responsabilidsde ao abrigo desta clausula nao viabilizam o csoigal, o que pode tolher a
viabilidade da sociedsfe pq ela pode precisar mesmo do aumento de capital.
No dominio da lei das sq previa se dois tioos de clausulss, uma com fixacso de um
mongante maximo e outrs sem fixavao do montsnte maximo, nedtsd ultimad que
praticamente nunca forsm usadas, naquekas em que houvesse uma tendencial
responsabilidade ilimitada o socio podia nesses cssos colocar a quota a disponibilizacao
da sociedade.
O qe a lei dix e que tem de ser determinado o montante máximo .
Mediante deliberação unânime (...) ver PowerPoint e escrever aqui: aqui a partida pode,
porque é unanimidade, porque as minorias estão protegidas aqui. O sócio votou a favor
e depois diz que foi enganado e tem um discurso desse género a outra é que ele absteve
se ou não foi a assembleia e houve apenas unanimidade dos votos emitidos. Podemos
discutir se é necessária a unanimidade dos presentes ou de todos os que estão na
sociedade?! Se o sócio foi negligente porque deixou que a deliberação fosse tomada não
é necessária protecção.
Aalceasses não é necessariamente invalidado considerando que a unaninkmidade é
necessariamente dos votos emitidos e não dos votos totais.
A perda grave do capital social é igual ou superior a metade nos termos do art. 35 Csc.
Aqui apenas se diz que se existir uma perda grave do capital os sócios são obrigados a...
Nestas cláusula as perdas podem ser muito maiores. Aqui o montante das perdas e
aleatório. O pressuposto é que seja uma perda grave, mas num capital social de 100 mil
euros pode o capital estar perdido em 50%, o capital está perdido a metade, ou seja 50
mil euros.
Tem que ser um montante determinado das perdas, não pode ser assim.
Direito ao lucro:
Direitos especiais:
Pano de fundo: actualmente s lei exige para a cessão de quotas a terceiros, isto é quando
a cessão não seja feita entre sócios ou a favor do cônjuge, ascendente ou descrente a
lei exige o consentimento da sociedade. O pacto social dizia que s cessão de quotas é
apenas livre entre sócios. Agora existe um direito especial sobre essa cláusula dizendo
que o sócio A pode alienar livremente essa quota, ele fugiu s vinculação dessa cláusula.
Agora coloca se um problema quando é esta cláusula: vamos admitir que o A esta
dezenas de anos na sociedade mias a certa altura farta se é acha que é altura de se
retirar e aliena a quota e este direito passa para o adquirente ou é pessoal? A primeira
vista o que os demais sócios quiseram fazer foi beneficiar o sócio pessoalmente, mas
nós termos do art, 24 não é bem assim. Ver o n 3.
Amortização de quotas: p
É permitida a amortização de quotas? Esta cláusula só permite a amortização de quotas
com o consentimento do sócio. Portanto uma deliberação de uma quota sem o
constituir,entendo sócio ao brigo de uma cláusulas destas significa que a sociedade está
a exercer um direito potestativo de tirar uma quota ao sócio que a sociedade não tem
este direito potestativo. Esta cláusula não tem grande interesse. Vamos ver as outras.
A lei exige o consentimento do titular mas pode ser antes, no momento ou posterior.
Quando diz que tem de ser um consentimento prévio então é uma derrogação da lei.
Dir to s. Gerência:
24/10
Acordos parassociais:
No que respeita às SQ que a prática estatutária actual da realidade portuguesa era muito
pobre, que os estatutos de uma maneira geral tinham um conteúdo quase idêntico em
todas as começares e limitava se ao mínimo indispensável imposto por lei. Os estatutos
eram pouco trabalhados, pouco estudados. Porque é que isto é relevante nesta aula?
Quando falamos de sociedades comerciais falamos de mercado, actividade economia,
empresas do mercado. Se olharmos para a actividade empresarial percebemos que as
empresas não soa todas iguais, as actividade não são todas iguais e temos empresários
que pensam de maneira diferente uns dos outros. Esta pobreza que falava o professor
Evaristo tem a ver com isto. Há grandes diferenças mas essas diferenças não se
reflectem depois nos textos jurídicos porque fazem quase tudo com uma “minuta”. A
grande maioria das disposições do código das sociedades comerciais são supletiva, a lei
admite que os sócios conformem o projecto societário. As sociedades não são todas
iguais.
Os estatutos tem de ser pensados, com pés e capineis e não pode usar soluções
simplistas que são usadas para todas as empresas.
Muitas vezes parte da modelação ou diferenciação acaba por ir parar aos acordos
parassociais. Muitas vezes os estatutos são iguais e depois quando temos de adaptar
usamos os acordos parassociais.
Os acordos parassociais são contratos celebrados entre todos ou alguns sócios de uma
sociedade comercial nessa qualidade de sócios e por causa de serem sócios dessa
sociedade através dos quais regulam as relações societárias e o exercício de
determinados direitos sociais. Temos um contrato e temos aqui pelo menos uma das
partes têm de ser sócio da sociedade e tem de haver um nexo relacional com a
sociedade. Inicialmente em muitos casos eram acordos de cavalheiros noutros casos
simples acordos de factos. Hoje em dia muitas vezes são documentos de uma grande
complexidade técnica não quer dizer que não haja acordos de cavalheiros (aperto de
mão, uma conversa). Até as vezes acordos de facto sobre estas matéria pode haver, mas
não são estas as generalidades. A generalidade é haver uma grande complexidade
técnica.
O que é que leva a recorrer-se a acordos ou quais são as soluções mais típicas em AP?
Aquela que é mais típica é que h me e a grande base de alimentação de AP e a tal base
de apoio à base que leva a constituição de um projecto social conjunto. O AP é a
expressão de um determinado projecto empresarial conjunto: Join Venture, é o mais
comum, mas pode não ser atenção.
Segundo caso muito habitual é mais tradicional são os AP por excelência, são os originais
e que levou ao desenvolvimento da figura e a obtenção de uma maioria que permita o
controlo de uma sociedade. Tanto é assim que por exemplo a regra especial que temos
para as sociedade abertas do art. 19 código dos valores mobiliários está relacionada com
esta questão do controlo, a preocupação do CVM está relacionada com uma questão de
transoarencia precisamente para permitir ao mercado aferir se há ou não controlo de
uma determinada sociedade. Há uma obrigação de informação à CMVM e depois a
CMVM pode decidir se publica todo o acordo ou só partes em que ela ache relevante
para a questão do domínio da sociedade. Hoje é talvez a segunda razão principal para
haver AP é para que o grupo de accionistas controlo a sociedade.
Não há obrigação de registo dos AP. A norma do art. 19 do CVM é para as sociedades
abertas que tem de comunicar a CMVM o AP. Por exemplo: se o AP não passar por
questões de exercício de direito de voto e que é completamente irrelevante de questões
de domínio então a CMVM pode não publica o AP ou publicar apenas parte.
Nota importante: o facto de estarmos aqui a dizer vários tipos de AP não significa que
não possa haver um AP que regule estas materiais todas.
Se o maioritaria vender só pode vender se incluir nas acções dos ministérios ao preço
que ele vai vender. Eu tenho 55% e o nosso colega tem 15% e o colega diz se o professor
vender eu fico aqui agarrado. Se o professor resolver vender os 55% obrigatoriamente
tem de vender os meus 15% neste caso então vou vender os 70%. Se o comprador não
quiser comprar os 70% então vendemos 55% mas o professor não vende os seus 55%
dele todos, vende uma parte é o professor vende outra. O minoritário vende ao preço
que o maioritaria arranjou. Mas é uma opção que o mini-tornados tem. Isto é um tag
along.
Drag long: o maioritario obriga o minoritário a vender. Exemplo a SONAE quer me
comprar 100% então eu tenho 60% então eu obrigo com um drag long os minoritários a
vender, eu com a minha venda consigo arrastar os outros. O tag long é mais habitual
que o drag long.
Quando um fundo de capital de risco entra numa sociedade qual é aprimeira coisa que
fazem? Eles preocupam se mais com a cláusula de saúde, quando é que desinveste. A
estes já lhes preocupa o projecto. Podem estimular a seguinte cláusula: daqui a três anos
tenho de ter 15%, eu invisto, mas tens de me dar lucros, se não quiser saiu e tens de me
pagar X ou daqui a três anos se não tiver lucro eu pago te algo e sais da empresa e eu
fico com ela, por exemplo.
Gestão da própria empresa: o que vamos fazer, como vai ser o investimento, vamos
fazer aumentos de capital, vamos por suprimentos, qual o brussiness plan, tudo isto
muitas vezes está regulado no AP, política de dividendos, política de emprego, política
comercial. Isto é acordado entre os sócios.
É muito frequente as obrigações de compra e obrigações de venda e isto pode haver nos
AP.
Pq certas regras estão nos estatutos e outras nos AP? Esta matéria é uma matéria muito
sensível.
Primeira questão: há um princípio geral que o princípio da eficácia relativa dos AP:
significa que o AP só produz efeitos entre as partes no acordo. Significa que nenhum
estranho ao acordo pode invocar a existência ao acordo e nenhum estranho ao acordo
pode ser afectado por ele. À bocado o professor deu o exemplo dos dividendos serem
distribuídos por 2/3, se aprovar uma deliberação social com 55% a distribuição dos
dividendos ela d válida ou não? É, porque cumpre os estatutos e a lei. A deliberação está
tomada e é válida, depois os accionistas do AP fazem cntas entre si por violação do AP.
O AP é completamente ineficaz persnte a sociedade. Se for nos estatutos que esteja a
regra já não é assim, porque se não for respeitada gera uma invalidade. A opção entre
ir para um lado ou para outro está relacionada com a questão da eficácia: no caso de
estar nos estatutos ela é oponivel, estando no AP não é oponivel, sendo só um
incumprimento contratual das partes no AP, vai no domínio da responsabilidade civil
contrstusl pura e dura.o professor diz que o AP tem interesse devido à questão da
confidencialidade.
Uma regra de direito de preferência de transmissão de acções, não vai para as acções.
No AP posso ter uma cluausula penal por ter incumprimento. Há cláusulas penais muito
elevadas porque são altamente dissuadorsd da violação da regra. No br o acordo tem
de ser registado na companhia e eu posso tornar invalida uma deliberação com base no
AP.
Se eu tenho uma norma no estatuto ela afecta os actuais e todos os que vierem. Se eu
tenho uma norma no AP só afecta aqueles sócios. Se eu quero uma regra actual e futura
eu meto no estatuto, se eu quero uma regra apenas para a actualidade então meto no
AP se calhar.
Nos estatutos básicos que são iguais em todos o lado nada destas questões aparecem,
porque esses estatutos básicos de 7,8 artigos limitam se a reproduzir o que a lei
estabelece.
É muito importante para a interpretação dos estatutos: há alguns casos em que por
vezes os estatutos tem normas que formalmente são estatutária (significa que são
normas de aplicação geral a todos os sócios actuais e futuros e tem uma tendência a
generalidade e abstração e é aplicada a todos os sócios) mas substancialmente seriam
normas parassociais. Caso concreto: antigamente tinha regras sobre preferência na
transmissão de quotas que estavam nos estatuto mas não eram uma obrigação, era um
pacto de preferência estabelecido entre dois sócios. Eu e i prof fazíamos uma sociedade
e estabelecíamos que no momento em que o professor quer vender a sua quota o prof
tem de dar preferência a mim, isto é uma obrigação de preferência estatutária aplicável
a todos os sócios ou é um pacto de preferência entre mim e o prof que está nos
estatutos? Provavelmente seria um Pacto de preferência e devia estar no AP. Temos
uma norma formalmente estatutária mas na substância era uma norma
parassocialidade. Não há mais sócios nenhum, hoje só existem estes dois sócios. Ao
fazerem esta cláusula quiseram estender a necessidade de consentimento as
transmissões entre sócios? Sim ou não? É que isto está nos estatutos. Isto é um
problema de interpretação dos estatutos.
E também temos i inverso: normas que estão no AP e deviam estar nos estatutos.
O professor Filipe concebe que é possível haver partes que não sejam sócios no AP mas
que te, interesse em participar nos AP, como por exemplo futuros sócios ou pessoas que
serão membros de órgãos de administração da sociedade.
O art, 17 diz que os AP não pode regular o exercício de funções de administração e o
professor diz que o artigo vai ter de mudar porque os AP maioritariamente regulam
sobre isto. O art. 17 dix que são inválidas, mas o professor diz que muitas vezes são essas
cláusulas que interessam no AP.
Depois há questões mais tradicionais que tem haver com o art. 17, n 3.
Já discutimos a questão da eficácia relativa dos acordados. Faltam dois pontos ao
professor: um que é a questão do prazo de duração dos acordos, tendencialmente o que
é habitual é que as partes celebrem um AP o celebrem por prazo indeterminado. O que
acontece é que existe um princípio geral de DireitoD e de que não existe obrigações
perpétuas e no limite os princípios gerais de direito com ore aviso razoável uma pessoa
possa sair desse acordo, mediante o tal pre aviso. Na prática dos acordados e melhor ter
um prazo porque pelo menos eu tenho um prazo do que não ter prazo nenhum e ter
uma denúncia dessas e essa parte sair fora ao fim de 1,2 anos dependendo do que o
tribunal considerar razoável para a denúncia. O caso concreto que contaram ao
professor Filipe dizia respeito a SiC: o Dr. Balsemão não tinha capital para tudo e
constitui a SiC e tinha um sócio que era a Globo e depois tinha mais dois bancos. Tinha
um AP dos tais que não tinha prazo, as tantas a SiC começou a andar e o bpi disse não
estou aqui a fazer nada vou me embora. Mas havia o tal AP sem prazo, o bpi denunciou
e disse daqui a um ano eu salto fora. O Dr. Balsemão ficou em pânico e de facto boi foi
mesmo embora. Ele teve um prazo para se precaver e preparou a saída do bpi.
Último ponto: sobretudo quando está em causa join Venture em muitos casos há
bloqueios impasses nos acordos de acionistas. As próprias partes do AP não chegam a
acordam. Suponham que as partes se obrigam a apresentar uma lista para compor o
órgão da administração mas não se entendem qual a lista, temos aqui um bloqueio.
Temos mecanismos para ultrapassar estes bloqueios: há diversos mecanismos, como
leilões e etc. O mais justo de todos funciona nestes termos: quem pede o funcionamento
do mecanismo de bloqueio a entidade que dá o passo diz que quer comprar a
participação do outro e fixa um preço é outro tem a hipótese de aproveitar aquela oferta
aceitar a proposta de compra, vender a sua participação ou então comprar ele a
participação do outro. Para o professor este é o mecanismos mais justo, porque vamos
sempre jogar pelo preço justo, porque se puser caro quem compra caso sou eu, se meter
barato ele compra barato a mim.
Há vários mecanismos de uma complexidade extrema. Mas temos de ter mecanismos
para ultrapassar o bloqueio.
26/10
Menções obrigatórias: art. 9 CSC e há muitas menções facultativas, estas últimas podem
resultar de várias fontes, de um aproveitamento de regras permissivas com carácter
permissivo, de regras supletivas ou da simples autonomia das partes quando as partes
celebram os contratos. Muitas das menções são comuns.
Art, 272 do Csc: prevê que o contrato deve acolher essa autorização se a sociedade
quiser fazer uso dela. Isto aplica se as sociedade por quotas por via do dl 260/87 de 3 de
abril. Houve um esquecimento de facto é por isso foi necessário nessa legislação avulsa
prever isso, pq havia muitos empréstimos obrigacionistas a decorrer.
Como e que eu leio os art. 217 e 294? O POC entende que as sociedades comerciais são
constituídas para distribuir resultados, exercendo uma actividade económica com uma
natureza comércios no sentido jurídico, no sentido amplo, comercial no sentido que é
acolhida no sentido do código das sociedades comerciais e com vista à obtenção de
lucros é normal que invista nisto faça com a finalidade de ver repartido os lucros da
sociedade. Então a lógica da sociedade e a distribuição dos lucros conforme os vá
angariando. Isto pressupõe a lógica de um conceito que é existir lucros. Só há lucros
quando a situação líquida for positiva. Dentro desta lógica existindo o que é normal e as
sociedades procederem à distribuição de resultados. Por isso o professor diz que são
artigos que tem regras supletivas com conteúdo mínimo imperativo e qual é o conteúdo
o mínimo imperativo? O que assegura aos sócios e accionistas metade do lucro do
exercício que seja distribuição. A lei admite que por uma maioria de ¾ correspond te ao
capital social, a lei admite que por unanimidade nunca se distribua, mas ele garante e
assegura aos sócios r accionistas que pelo menos metade dos lucros de exercícios
destribuiveis sejam distribuídos. Para além da natureza, da finalidade da sua actividade
e do investimento que está subjacente a sua criação e desenvolvimento o professor diz
que há outras razões: no passado as regras legais apontavam para a totalidade do lucro
do exercício, pq o capital que tinha reunido se mantinha inalterado e portanto a
sociedade encontrava se bem e por isso devia distribuir. Esta interpretação e a única
que dá salvaguarda no art. 217 e 284, n 1 destes artigos: se fosse possível distribuir
discricionariamente os lucros de exercício então a lei não se preocupava a fazer aquela
ressalva na lei.
Para o professor diz que é uma aberrogacao uma interpretação contrária: os ¾
correspondente ao capital social resolver não distribuir os lucros, sem nenhum
fundamento, qualquer sócio minirotiario pode impugnar está deliberação por violadora
do art. 58, n 1, al b) dizendo que é uma deliberação abusiva.
A lei prevê que possa haver uma lei em contrário que possa aumentar a garantia dos
sócios mas não que a possa diminuir. que possa estabelecer quer todos os anos os lucros
são distribuídos salvo se por maioria de ¾ correspondente ao capital não o decidirem
fazer.
Há um acórdão muito importante que é o chamado acórdão das farmácias: um tinha
90% e outra com 10% e a maioritaria queria excluir s minitoriatia, como vivia bem com
45% dos lucros do exercício – acórdão da relação de evoca de 2006. Uma cluausula que
podia distribuir todos os lucros, mas só se distribuíam metade dos lucros, aplicando a
regra supletiva. Então a minoritária vem interpor uma acção dizendo que as
deliberações são abusivas, pq a sociedade estava carregada de dinheiro e não havia
motivo para só distribuir metade dos lucros.
Outras cláusulas: são cláusulas facultativas são as cláusulas que estabelecem obrigações
acessórias, a lei diz que há duas obrigações principais: obrigação de contribuir com
capital (obrigação de entrada) e São obrigação de sortar as perdas. Depois disto temos
obrigações acessórias. O que caracteriza a SA e que o tipo societário em causa é um tipo
societário em que se assiste ou verifica a objectivação da participação social: as sj são
antes de mais são atribuídas à participação social e só depois são atribuídas aqueles que
detém essas participações sociais. Diferentemente dos outros tipos sociais as sj são
atribuídas aos próprios sócios em razão da sua própria individualidade e aí há
umaobjectivacso da própria sociedade. Nas SA as obrigações acessórias podem ser
estabelecidas eststutariamente, são obrigações que são constituídas eststutariamente
que podem consistir em dinheiro ou bens fungíveis ou ainda bens infundireis ou até
prestações de serviços e anatáreis da obrigação que acaba por traduzir uma rutura com
a objectivação da participação social, pq posso ter de identificar o sujeito que fica sujeito
a esta obrigação acessória. Aliás tenho mesmo de o identificar, se não identificar não
sabia quem estaria em falta e era por isso que nesses tempos de acordo com o art, 299/2
as acções tinham de ser nominativas.
Estas cláusulas que impõe prestações acessórias são menções facultativas que devem
ser muito bem pensadas no momento da constituição da sociedade. Tem haver com a
chamada inoponibilidade de obrigações em vida da sociedade. Artigo 86/2 em vida da
sociedade não é possível impor novas obrigações aos sócios durante a vida da sociedade,
isto pode ser. Interessante pq pode haver alteração do contrato e ser completamente
válida mas não se poder impor a quem não subscreveu estas novas obrigações.
Ver o art. 16 e 279/6, al. B) se há sócios que queiram reservar para si vantagems
especiais a lei tem muito cuidado nesta matéria e procura limitar.
Pode haver amortização de acções sem que ela corresponda a uma redução de capital:
a sociedade da se ao luxo de reembolsar alguns accionistas de parte ou totalidade das
acções e subsistir com os outros.
É verdade que a priori os art. 210 e 213 é aí que são reguladas as prestações
suplementares de capital ( são necessariamente em dinheiro e não vencem juros) e tem
uma relação grande com aquele que se encontra vinculado à sua obrigação. São two
impeotantes que devem estar previstas no contrato de sociedade. As prestações
acessórias podem ser voluntárias e o POC defende isto. Elas podem ser o
reconhecimento implícito de diferenças entre accionistas e sócios. São ou não
admissíveis nas SA? É dos poucos pontos que o POC mudou de opinião. O professor
tendencialmente atendia as prestações suplementares nas sa, o que me importa R a
essência da prestação o que é difícil e procurar defender que a consequência do
incumprimento das prestações acessorias conduza ao mesmo das SQ. Na SA não parece
compatível, por isso crê que a consequência não pode ser a mesma, embora um
contrato de sociedade possa prever a eventualidade de tais prestações em caso de
incumprimento poderem dar lugar a uma amortização das acções, a uma extinção das
acções, isso é possível.
Ver o art. 297: há SQ que contém está regra mas o POC diz que contém mal, pq diz que
é uma regra de natureza excepcional substancial ( se fosse excepção formal podia fazer
aplicação analógica) está e substancial pq dispõe da própria natureza dos lucros. Mas
mesmo que eu quisesse fazer faltam me as garantias: isto é uma decisão que cabe ao
órgão de gestão e este órgão nas SA tem mais poder do que na SQ. O órgão de gestão
só pode tomar esta decisão com autorização do órgão de fiscalização d aqui a porca
torce o rabo pq a SQ não tem às vezes órgão fiscal. Há quem diga aí mas isto pode ser
contornado se for com a autorização da assembleia, mas o professor diz que os sócios
não tem a percepção suficiente para estabelecer esta excepção, são órgãos diferentes à
assembleia e o órgão fiscal.
A priori uma regra legal supletiva aplica se se os sócios não a afastarem ou suscitem uma
relação contratual diferente. A aplicação da regra supletiva pode surgir em dois casos:
os sócios esquecersm se de regular o objecto dessa mesma regra ou pq os sócios
conhecendo o conteúdo da regra estavam de acordo com o mesmo é não fizeram
menção dela acolheram na implicitamente. Mas o POC diz que ha razões para fazer
aplicação mesmo no contrato da regra supletiva: quem antes de 86tinha uma sociedade
por quotas e havia uma regra geral que dizia que em princípio os lucros eram todos
destribuiveis e vivia bem com essa regra confronta se em 1986 com uma regra supletiva
que tem um conteúdo mínimo imperativo e que outros autores admitem que não esteja
sequer sujeita a essa circunstância. Dai quem quisesse distribuir a totalidade dos lucros
deveria reproduzir a regra legal supletiva existente. O mesmo se diga com a
transmissibilidade de quotas: até um de Nov de 1986 a transmissibilidade era livre, a
partir daí ficou condicionada. Isso é uma alteração de 180 graus o que não deixa de ser
desagradável. Por isso mais vale sempre transcrevermos a regra supletiva.
Convencimento para transmissão de acções: ele cabe aos accionistas, mas o contrato
pode empregar essa faculdade a administração o professor diz que pode equacionar se
que a administração o consinta com um quorum agravado, pq foram os accionistas que
quiseram controlar essas situações.
Em suma temos de distinguir as situações mas o art. 410/7 existe para isso mesmo. Pq
é que numa situação de gestão corrente não é possível? Pq podíamo nos deparar com
um impasse que comprometia para sempre a vida da sociedade.
Todas as regras que tem haver com o exercício da actividade decorrente em princípio
são regras que tem de estar necessariamente sujeitas a um quorum de maioria simples
no órgão de administração, sob pena de parar o funcionamento da actividade. Raul
Ventura embora aceite maiorias qualificadas nota de que fica meio hesitante. Isto pode
ser o fim da sociedade, a inclusão da sociedade.
A distribuição de lucros antecipados, art, 297 a deliberação tem de ter tomada por
unanimidade: isto tem algum mal? Não não tem mal, pq se não se previsse no contrato
nem por unanimidade podia ser. Há prejuízo para a sociedade? Não, quanto muito há
para os sócios, para a sociedade não há nenhum.
Os actos de gestão corrente não carecem de ata, ex: vender um veículo da sociedade.,
o que carecem de acta são os que não são de gestão corrente.
Aumento de capitsl para entradas em dinheiro: se tenho uma autorização para o fazer,
a delegação de poder nunca exclui os poderes do órgão delegante ela é paralela e
cumulativa com o órgão delegante. Portanto eu assembleia geral eu posso deliberar
fazê-lo, apesar de estar delegado no conselho. Se for o conselho a deliberar tem de
constar da acta.
Acordos
Cláusula que impõe o recurso necessário à assembleia geral: cláusula que visa conduzir
em certos casos o conselho a submeter as matérias s assembleia geral. Esta cláusula não
é inteiramente nula mas não pode constituir o conselho nessa administração. Esta
obrigação resulta no funcionamento disposto no artigo 373/3: de acordo com este artigo
à assembleia gersl só se pode imiscuir do assunto de gestão quando o assunto for trazido
pelo conselho de administradores. Mas o conselho pode submeter à assembleia geral
para colher o conforto, para exonerarem se da responsabilidade
31/10
O art. 877 do CC à venda a filhos ou netos e uma das coisas que se tentou sempre fazer
e eu quero muito vender um certo prédio de família, uma quinta a um filho e não quero
que esse bem integre a herança de outro filho pq ele casou com uma mulher que não
gosto, mas eu sou informada pelo advogado que não posso vender aquele filho sem o
consentimento do outro e o outro não vai dar. Então constituir uma sociedade
comercial, com os filhos, outras pessoas e eu vendo aquele imóvel a sociedade comercial
não ao meu filho. Simplesmente o outro irmão vai tentar impugnar o negocio pedindo
que se desconsidere a personalidade jurídica da sociedade para imputar aos sócios
aquela aquisição.
Imaginem que eu estou muito aflita pq tenho os meus credores todos atrás de mim e eu
tenho o meu bem que é uma casa que quero preservar não sei o que ei de fazer e
entretanto eu vendo o meu bem a uma sociedade comercial e depois gasto o ganho,
desapareço lol. Simplesmente como foi um negócio oneroso para se impugnar este
negócio seria preciso que o impugnaste demonstrasse a má fé, ora eu vendi a uma
sociedade e depois sabemos que um dos sócios, por exemplo o sócio maioritario da
sociedade preenchia o conceito de má fé para impugnarão pauliana. Então aqui vai se
imputar a sociedade a má fé sócio para efeito de considerar o negocio impugnavel.
Temos uma sociedade comercial, temos os sócios que constituem o seu substracto
pessoal e nós vamos apagar a linha da pessoa colectiva e vamos ver directamente o
substracto pessoal . Vamosl fazer de conta que a pessoa colectiva não está lá e desvelar
o que está lá que é os sócios.
Nós sabemos que por trás da pessoa colectiva também existem gerentes,
administradores, conselho fiscal mas a desconsideração da personalidade jurídica não
tem nada haver com isto pq são órgaos, estes sao a estrutura da sociedade, mas não
constituem o seu substracto pessoal pq este é constituído pelos sócios.
Nos vivemos numa enorme crise e o maior problema é cobrar. Na verdade quando
pretende,os executar o nosso devedor, no mundo dos negócios demora se muito tempo
pq quando partimos para um acto de agressão sabemos que perdemos um cliente.
Quando uma empresa entra em crise quanto mais tempo se passa mais se agrava a crise,
por isso é que existe no código de insolvência e recuperação de empresa: prazo de
30/60? dias para se porém a insolvência, sob pena de serem responsabilizados (ver este
artigo). Esse prazo existe exclusivamente para fazer com que rapidamente a sociedade
veja entre aspas congelada a sua evolução que se presume sempre a descrecer. Ela ainda
é uma norma de protecção de credores pq imaginemos que a empresa está toda mal
tão mal que não há processo de insolvência pq não há massa insolvente, então como os
credores podem responsabilizar? Podem ir pelo 79/1 do Csc.
Como a prof estava a dizer quando se vai executar já não há bens. Criou se a ideia de
que se encontrarmos alguma coisa na actuação dos sócios desmerecendo-as ou que
possamos considerar abusiva então diz que estão preenchidos os requisitos para DPJ da
sociedade e o que aparece à frente dos credores e o património dos sócios e então os
credores dizem vamos executar os sócios. Nós não podemos executar o património dos
sócios por via normal pq as sociedade tem responsabilidade limitada, só com a DPJ e
que podemos ir aras do património dos sócios.
A prof é exatamente crítica quanto a este assunto. A DPJ não é um instituto legalmente
consagrado e de exclusivamente aplicação jurisprudêncial é evidente que não estando
legalmente consagrada só se deve recorrer a DPJ se o nosso ordenamento jurídico não
oferecer uma solução para o problema. Se o OJ oferece uma solução para o problema
vamos aplica la, pq se não não podemos dizer que existe uma lacuna e aplica esta
espécie de princípio. Por isto tudo a DPJ é um instituto de aplicado casuística, o juiz
consonante a sua sensibilidade ou o modo como acredita nestas coisas desconsidera ou
não isso faz com que exista uma enorme insegurança relativamente a aplicação desta
figura da DPJ. A professora está a falar de efeitos muito complexos que se fazem sentir
nos EUA onde a figura teve um sucesso invejável e onde a doutrina começou a alertar
para os perigos enormes de recorrer a esta figura. Isto traz uma segurança imensa e pq?
A economia portuguesa assenta no princípio da limitação da responsabilidade dos
sócios, pq se o legislador eliminasse este princípio quantas sociedades iríamos
encontrar. Todos sabemos que o comerciante tem uma enorme aversão ao risco e que
quer fugir desse risco: risco de expor todo o seu património pessoal ao sucesso do
negócio. É absolutamente assumido que se acabarmos com o princípio da
responsabilidade limitada acabamos com a economia. É extremamente perigoso gerar
na cabeça das pessoas estas insegurança, então eu tenho um negócio, tenho uma SQ e
a qualquer momento um juiz vem dizer que o meu património e que responde pelas
dividas? Mas o que é isto?. E no Brasil a situação também é caótica. Nos projectos do
código comercial brasileiro há normas específicas a preverem que não se pode recorrer
a DPJ só pq a sociedade não tem património.
Só podemos ponderar o DPJ se a nossa OJ não tiver uma solução imediata e se,pre que
a aplicamos/defendemos é uma aplicado cáustica, depende do juízo crítico do juiz e vai
criar uma insegurança.
Na maior parte das vezes queremos aplicar a DPJ mas o que realmente queremos é a
responsabilidade ilimitada dos sócios por aquela dívida.
O recurso a DPJ é mais ou menos casuísmo e é tão casuísmo que a doutrina e a propris
jurisprudência foi sentido a necessidade de fazer uma espécie de arrumação por grupos
de casos. Uma vez que não se consegue encontrar um denominador comum criaram se
grupos de casos. Quais são os grupos de caso? Primeiro grupo de casos o controlo da
sociedade por um sócio. Este é fundo. Foi talvez um dos primeiros casos a ser falado na
doutrina e das primeiras condenações pela jurisprudência global. A ideia de uma
sociedade controlada por um só sócio era uma coisa impensável, só a partir de 1996??
e que admitimos as sociedades unipessoais, antes disso era uma aberração. A ideia da
unipessoalidade era uma ideia que fazia despertar os piores receios e s primeira decisão
que se conhece no espaço europeu é uma decisão de um caso Salomão em Inglaterra
um senhor tinha uma empresa que explorava directamente a certa altura a empresa é
explorado por uma sociedade que tem o sócio o sr. Salomon e ele era sócio de 90 e tal
por cento e cada filho um por cento. Os credores vieram pedir a DPJ pq a sociedade só
tinha praticamente um sócio. Este era o grande grupo de casos hoje em dia já não é
grupo de casos pq se o nosso legislador admite s sociedade unipessoal é normal que um
sócio faça a gestão da sociedade. Só há um caso em que ainda se discute isto: no caso
de coligações de sociedades: relações de grupo dentro das coligações são a
subordinação, o domínio total e o grupo paritatio. No domínio total e onde está o
problema. Se é domínio total e ter 100%. A subordinação tem de se fazer por contrato
uma sociedade faz um contro pelo qual subordina a sua gestão à outra, isto não vamos
encontrar na nossa vida em Portugal, está no nosso código mas isto foi uma importação
do direito alemão, foi uma importação quase na íntegra, mas como só importamos a
parte do direito comercial e não importamos o resto em termos fiscais não é muito
favorável. Não vamos encontrar.
Vamos falar então do domínio total.
A lei diz no art. 503 quis que nestas situações a sociedade dominante pode dar
instruções vinculastes, mesmo que sejam desvantajosas, a dominada. A lei autoriza a
que seja obrigatório a administração de uma sociedade subjugar se a outra mesmo que
seja contra o interesse da outra. Isto é uma aberrogacao porque um administrador deve
servir o interesse da sociedade que ele administra. Se não existisse está norma ele nunca
podia agir assim, só que a lei como diz isto mesmo depois também diz mas então a
dominante responde pelas dívidas da dominada/subordinada. A poder corresponde
responsabilidade. Ele pode ter o destino da outra nas mãos então mas se autoriza estão
pagas as dívidas dela. Até há autores que dizem que é uma DPJ feita pela lei a professora
diz que é forçado, mas de facto é um dos casos em que o legislador afasta o princípio do
limite da responsabilidade.
Uma relação de domínio: é por exemplo ter mais de 50% do capital social ou mais de
metade dos direitos de voto, poder eleger mais de 50% dos membros dos órgãos da
administrações, são exemplos. Artigo 486.
SUBLINHAR O PODE EXERCER REFERIDO NO ARTIGO 486/1. A lei não exige que se prove
que ela de facto exerce para haver uma relação de domínio, basta que ela possa. Uma
relação de dominó e estar em situação de poder influenciar, depois a lei da exemplos.
Mas é PODER FAZER.
E seu posso e por acaso exerci influência junto dos órgãos de administração. Existe
consequências? Sim nomeadamente referido no art. 83 pq sou o sócio controlador. Se
estou numa situação de domínio e quero que a administração pratique actos de
administração maus para a sociedade. O art. 64: dever de lealdade. Ele tem de ser
lealdade. O administrador só cumpre se for parvo. Não se aplica às relações de domínio
simples o art. 503 ele é uma norma excepcional, só para a subordinação e o domínio
total.
Então isto é um falso problema que tende a depesarecer. Aguma da nossa doutrina
diziam ou dizem a prof não sabe: se toda vez lá relação de domínio, a lei não prevê
responsabilidade nada de especial então eu aplico por analogia o 501. A prof discorda
pq o 501, mas na questão da coligação de domínio simples este artigo não se aplica, pq
os administradores cumpre o art. 64.
O legislador não exige um capital social mínimo que tenha haver com a empresa, exige
um patinar mínimo de in
Nos constituímos uma sociedade à espera do crédito e depois o que erem é que
consigamos com desenrolar do negócio tenhamos mais créditos. As sociedades
ultrapassam o limite do razoável quanto a transmissão do risco para o mercado, metem
se em negócio em que o risco é excessivo e sabem que jamais vão ser capaz de pagar
aquele credor. São os sócios que fazem isso? Quem é que tem de adequar a actividade
ou dinheiro que existe? Administração e adequar os recursos ao fim. Então quem é que
tem a responsabilidade de não ultrapassar o limite razoável de risco de modo a não
prejudicar os credores? São os sócios? Não era o que mais faltava. São os
administradores.
A subcaliralizaçao não é um problema de sócios, não é um problema de
desconsideração. É um problema de administração, porque é o administrador que tem
de adequar os meios ao fim. Subcaliralizaçao a professor entende que não é fundamento
de desconsideração. Na doutrina alemã também já aí uns 15 que se entendeu que a
subcaliralizaçao não é um oriblema de responsabilidade de sócios, mas sim um
problema de administração.
Meios a que podemos recorrer quando de facto encontramos em que uma sociedade
não consegue satisfazer os credores:
Só se não encontrarmos nenhum tipo de tutela que funcionam e que devemos recorrer
a desconsideração da personalidade jurídica.
mribeiro@porto.ucp.pt
02/11
O prof rejeita s possibilidade de conduzir aos acordos parassociais possam participar não
sódio que não tenham perspectiva de vir a ser.
Depois temos cláusulas que são susceptíveis de execução especifica. As cláusulas podem
vir a ser impostas? se a declaração de vontade se encornrar em falta por inacção,
voluntária ou involuntária pode ser substituída por uma declaração heterogénea(juiz).
Drag long e tag long e shot gun. Elas pretendem acautelar diferentes interesses.
Drag long: levo-te comigo, a cláusula pelo qual o sócio tem o direito de arrastar. Esta é
uma cluausula feita para proteger o maioritario. O sócio maioritario tendo uma oferta
para a compra da sua participação tem o direito de arrastar os sócios minoritários na
venda da sua participação. É uma cluausula interessante que muitas vezes é esquecido
o seguinte facto: se permitimos a um certo acionista vender a sua participação é poder
englobar os outros existe um aspecto interessante que é: é porque preço? Deve prever
o preço pelo qual os minitoriatia devem vender. No Drag long os minoritários devem ter
de vender mas não pode causar lhes um prejuízo, tem de haver um mínimo. Vai implicar
a recusa e rejeição quem sente estar a vender a sua participação, aqui faz sentido que o
valor mínimo seja imposto numa outra cláusula. Existe aqui uma vantagem para o
mioritario mas não pode prejudicar o minoritário.
De todo o modo também se coloca uma questão acerca da lei aplicável: deve haver
alguma articulação entre as cláusulas de aforamento dos AP e nos contratos de
sociedade o que não impede a aplicação da lei estrangeira. Eu posso aplicar a lei inglesa
nos tribunais portugueses, então posso determinar o tribunal competente pelas regras
da competência. A questão que o prof queria deixar sublinhado e a seguinte: os
estatutos tem uma cláusula de foro no tribunal judicial e o AP tem uma cláusula de foro
para os tribunais arbitrais, isto não repudia o professor. O AP e o instrumento que visa
permanecer s margem e portanto os sócios podem não querer que os conflitos sejam
divulgados, não tem de haver necessariamente publicação ou divulgação das sentenças,
elas podem manter se reservadas. Mas o problema maior que se coloca aqui e no
próprio conhecimento da cláusula: questão da arbitrariedade dos litígios até que ponto
os litígios que correm na sociedade podem ser objecto de arbitragem. O prof diz que hj
já há um certo consenso, quem mnosprezar a cláusula é recorrer logo ao tribunal pode
ter um problema grave: se o que estiver em causa for a anulanilifwde, a incompetência
do tribunal afecta porventura a caducidade da acção. Quando houver um indeferimento
liminar já não há prazo de 30 para oportunidade. A arbitratrablidade é relativamente
pacífica: as próprias providências cautelares podem vir a ser objecto de tribunal arbitral.
Devemos evitar que as cláusulas de foro sejam disparares, sem nexo.
Quando a duração do acordo e dos acordos parassociais sem prazo: como e o caso das
obrigações não terem prazo? Levada ao extremo a interpretação isto leva que a
obrigação seja interna. O AP deve ter um prazo inicial, pode ser um prazo relativamente
longo, prazo de 10 anos pode até ter um prazo renovável: ser um prazo de 10, renovável
por 5. Porém o prof diz que não aconselha não meter prazo no AP pq alguém pode
recorrer ao tribunal para por um prazo e esse prazo pode ser mais curto do que 10 anos,
então ficariam as partes piores que queriam estabilidade deste tipo aberta do que uma
cluausula que estabelecesse 10 anos.
Em bom gritar não devíamos falar de AP, seriam desenvolvimentos do próprio contrato
de sociedade. AP devem vincular essencialmente os próprios sócios, são acordos que se
colocam num plano marginal, paralelo, o que não significa que para certas sociedades
tenha vindo haver uma gradual e crescente exigência que esses acordos devem ser
manifestados para que o mercado possa conhecer a existência e possa apreciar o real
valor das entidades ou das empresas para onde se investir. Sempre se pergunta a uma
entidade de supervisão se o acordo deve ser revelado a resposta é sempre sim. O
professor rejeita que haja AP acerca da regulação do dia a dia da sociedade ele diz que
isso ano e um acordo (?). Ver no livro dele.
A pessoa jurídica e o ente dotado de PJ e por isso coincide com a pessoa física mas
também pode existir para além dela, com uma limitação que tem sido imposta em
absoluto mas que para o prof não é absolutamente necessário: chamado princípio do
números cláusulas. Pelo andar da carruagem como os animais estão a meio caminho
entre entre pessoas e coisas vamos ter aqui um problema ahah.
O conceito de pj ela não é co natural as pessoas que aqui tratamento. Aqui tratamos de
entidades que tem de ser construídas. Temos de procurar saber em que momento estas
entidades tem de ser reconhecidas pelo direito. Como e que elas adquirirem a qualidade
indispensável para de movimentarem com autonomia. A pj e a susceptibilidades de
direitos e vinculados, e aptidão. Mas é uma qualidade ou se tem ou não se tem, não se
tem mais nem menos, de facto é o conceito de capacidade.
O ser humano tem capacidade de gozo, os seres humanos não tem porventura embora
tenham todos uma capacidade de gozo genérica há direitos que não pode ser
reconhecidos a certos seres humanos designadamente por insuficiências congnitivas.
Não tem haver com o exercício tem haver com o reconhecimento da titularidade.
Capacidade jurídica:
O art, 6 CSC:
Ao art. 6/1 tem a preocupação de afunilar. A personalidade singular nos coincide
necessariamente da capacidade de gozo diversamente do que se pode defender. O n 1
do art. 6 vai ligar se com o seu número 4. O n 4 do art. 6 vem esclarecer que o objecto
não limita a capacidade. O objecto noa limita a capacidade por uma razão singela: se
limitasse a capacidade a própria sociedade podia tirar benefício disso em prejuízo de
terceiros. De o objecto lmitasse necessariamente a capacidade todos os objectos
praticados à margem do objecto seriam declarados nulos. Ser. 264?
O artigo 6 não inviabiliza a licitude desses actos. Naturalmente que ele não dispensa s
obrigatoriedade dessas limitações e depois o art. 6/4 deve compatibilizar se com a
imputacao que a lei societária reconhece ao conhecimento das limitações que resultem
para os terceiros. Não apenas por haver publicidade, a nossa lei não obriga ninguém a
conhecer com a absoluta rigidez os contornos do objecto social, a lei diz que o terceiro
ano pode ser prejudicado. O terceiro tem s confiança na realidade baseada na aparência
do desempenho da actividade da sociedade, então na escolha do prejudicado se houver
alguém que tem de ser será a sociedade e não o terceiro.
Vinculação das sociedades comerciais – escrito do professor no colóquio. Se eu
demonstrar que o terceiro reconhece as limitações aí já não há razão para elas serem
oponíveis, eu evidencio que o terceiro sabia então pq é que ele há de prevalecer se de
uma falta de capacidade que ele conhecia? Então o terceira já não merece tutela.
Por definição todos os actos que uma sociedade comércios prática estão sujeitos ao
regime comercial pelo lado da sociedade como é evidente. Se em relação a
determinadas situações ou ajuste todas em que a sociedade intervém os actos acabam
por ser imputámos e estar sujeitos ao regime que a caracteriza o legislador sente s
necessidade de esclarecer quais os actos que não estão enquadrado no direito
comercial: os actos que se traduzam na prática de uma libera,idade ou não tenham fim
lucrativo. Ver o art. 6/2: a sociedade não tem capacidade para praticar actos gratuitos
que se traduzam em liberalidades puras, mas há de distinguir: as liberalidades usuais
( actos que em si intrinsecamente são actos gratuitos mas que acabam por ter efeitos
comerciais srelevantes pela sua divulgação, pelo efeito que tem na aceitação das
entidades no mercado que elas integram, ex: quando umas sociedade patrocina um
concerto de rock in rio naturalmente que ela naquele acto de patrocínio não tem um
réus,tudo imediato mas tem o resultado decorrente do acto de patrocínio, resulta na
publicidade que vai extrair, como ter um número de entradas e etc... Isto tudo é
favorável quando pensamos na projecção do evento.
Mecenato puro hoje tem regulamentação autónoma e especifica. Esta regra acautela
aquele tipo de liberalidades que não são aceitáveis no século XIX: convites para assistir
ao euro looool. O professor estava a brincar, ele está a pensar nos brindes de natal.
As liberalidades usuais não podem ser um valor superior a X, um valor superior ao que
é usual. Temos de fazer jus a expressão” se a esmola é grande o pobre deve desconfiar”.
Pequenas liberalidades são perfeitamente aceitáveis .
A constituição de garantias e tida por tão relevante que a administração não pode
delegar, vejamos o art. 407/4 Csc. Isso é limitativo dos próprios financiamentos, pq
muitas vezes o financiamento arrasta a garantia. Al dei quer que o conselho tenha essa
percepção, a lei quer que todos os administradores de,obterem no âmbito do concelho
a prestação de uma garantia, pq pode haver um risco maior para a sociedade.
04/11
1. Enquadramento contabilistico:
Nós vamos falar em contabilidade construída com base nas normas contabilistas.
Actualmente em PT existe dois tipos de normas contabilistas: normas internacionais e o
sistema de normalização contabilistica.
Em 2005 e por imposição da UE as empresas cotadas em bolsa passaram a ser obrigadas
a apresentar as suas contas segundo as normas internacionais p, o objectivo foi a
uniformização não só interna como ao nível internacional, estamos num mundo cada
vez mais global, até aí era o POC em PT. Mas isto era para as empresas cotadas, para as
restantes empresas cada estado membro podia fazer o que se quisesse, só que a certa
altura as nomenclatura era muito diferente, as regras eram muito diferentes, pq
tínhamos no mesmo país dois sistemas muito diferentes. Então surgiu o sistema de
normanjlizacao contabilista (copiou as normas internacionais mas copiou as um
bocadinho) este sistema apareceu em 2005 para aplicar em 2006. O SNC é um chapéu
onde depois caem vários subsistemas que depois tem a ver com o tipo de empresas, um
sistema mais complexo para as grandes empresas e mais simples para as empresas mais
pequenas.
Porque é que existem três documentos? O tipo de informação que vamos retirar de casa
um dos documentos e totalmente diferente. Que tipo de informação vamos retirar de
cada um dos documentos? Isto é que precisamos de saber.
No balanço vamos buscar info sobre a óptica financeira e patrimonial da empresa. O que
nós vamos a procura no balanço e o que é que a empresa tem? Será que a empresa m
máquinas, a empresa tem dinheiro no banco? Essa é a lógica do balanço. Como e que a
empresa se está a financiar? Através dos accionistas? Através dos bancos? É esse tipo
de info que vamos retirar do balanço. É uma óptica patrimonial e finsnceira: diz o que a
empresa tem e como se está a financiar. O balanço d composto pelo activo, passivo e
capital próprio.
Às vezes temos as notas anexas: tem info adicional sobre as várias rubricas do balanço
e da demonstração de resultados.
Para além disso é paralelo a tudo isto nós também vamos ter os balancetes. Os
balancetes são documentos de trabalho dos contabilistas que no fundo me vão dar a
milésima informação do balanço e da demonstração de resultados só que numa
arrumação bastante diferente. O balancete é um conjunto de linhas e colunas, é mais
difícil de analisar. O balancete é um outro documento, mais usado pelos contabilistas,
aparece arrumados de uma forma aparentemente mais complexa.
No balancete temos primeiro a informação do balanço e depois a demonstração de
resultados. O balancete analítico da info mais detalhada do que o balanço, por e: no
balancete analítico além de conseguirmos ver quanto nos devem, vemos quem deve.
Não confundir o balancete com o balancete analítico, são coisas diferentes.
Onde é que nós vamos buscar esta informação? A prof refere no slide 11 onde podemos
ir buscar estas informações sobre contas.
As empresas devem ter no site ou na sede social info sobre o relatório e contas. As
grandes empresas têm normalmente está info, as pequenas empresas não têm. Para
empresas que estejam cotadas em bolsas podemos ir buscar a CMVM. Se não temos
uma hipótese que é arranjar a IES: isto é a informação empresarial simplificada e isto é
info que as empresas têm de enviar para o Estado. Eu posso encontrar a IES on-line, mas
também podemos ter no registo comercial e arranjamos fisicamente. On-line eu pago 5
euros.
Para além disso temos a informação também descrita nos balancetes. Os balancetes são
totalmente privados, a única forma de os obtermos e pedindo as empresas.
2. Balanço
O balanco d composto por activo, passivo e capitsl proprio, O activo são os bens que a
empresa tem. O capital próprio e passivo temos as fontes de financiamento da empresa
ou se quisermos as obrigações que a empresa tem. Ela pode ter fontes de financiamento
relacionada com os accionistas ou sócio ou pode ter fontes de financiamento
relacionada com credores.
A equação fundamental do balanço: activo e sempre igual ao capital próprio mais o
passivo. A contabilidade está organizado de tal forma que quando lançamos num sítio
também lançamos noutro. Na realidade a lógica é: eu tenho bens eu tenho de financiar
os bens de acordo com qualquer coisa. Às vezes dizem que o balanço está
desequilibrado é isso o que quer dizer é que a empresa está muito endividada.
Ver o slide 14: do lado esquerdo temos o activo, do lado direito temos o passivo. Na
realidade tudo o que acontece na empresa acaba por se espelhar no balanço. O que a
professora está a ver aqui e se é um activo ou não é. Vamos pensar numa pastelaria
gourmet. Primeiro precisamos de dinheiro, queremos de arranjar uma empresa temos
de arranjar dinheiro. Arranjamos dinheiro: uma parte dos sócios, accionistas outra
vamos buscar ao banco. Vamos começar pela constituição do capital, depois já vamos
ao banco.
No balanço tem de ficar registado a constituição do capital. Na constituição do capital
os accionistas depositam o dinheiro, como e que isso vem espelhado no meu balanço?
Do lado esquerdo eu reconheço que a empresa passou a ficar com dinheiro, pq o
dinheiro foi depositado na conta da empresa e ao lado dos meus bens fiquei com
dinheiro. , Do lado direito eu reconheço que s empresa ficou com dinheiro. Do lado
esquerdo chamo caixa do lado direito escrevo capital. A caixa eu vejo do lado do activo
e efectivamente e o dinheiro que a empresa tem. O capital eu vejo do lado passivo. No
momento em que eu constituir a empresa eu depositei o dinheiro e restituído o capitsl,
mas depois vou pegar neste dinheiro e vou investir no negócio. O dinheiro vai
desaparecer e o capital vai desaparecer? Não a responsabilidade perante os accionistas
vai lá continuar.
Já arranjei o capital, também pedi a,gume dinheiro emprestado. O dinheiro que eu
recebi fica no activo e o dinheiro que devo fica no passivo.
Vamos agora andar uns séculos para trás, na altura da escravatura as pessoas apareciam
nos balanços pq nessa altura fazia sentido.
Agora outra pergunta é os jogadores de futebol? Os passes são activo. Nos clubes de
futebol vai aparecer os passes dos jogadores de futebol, o clube não tem a pessoa, mas
sim os direitos desportivos daquela pessoa.
Nós temos os empregados então agora vamos precisar de matéria prima. Então o que
vamos ter ali e o stock. Nos no inventário temos o stock de inventário.
Agora vamos começar a vender: ao balcão e vamos vender para hotéis e restaurantes e
eles só nos pagam no fim do mês, então eu vou começar a ter dívidas de clientes. As
dívidas de clientes devem aparecer registadas como um activo? Sim, pq eu já entreguei
os bolos, eles comprometeram se comigo a pagar os bolos, portanto aquele dinheiro
pertence à empresa. À partida aquele dinheiro que já pertence a empresa. Então vai
aparecer no balanço (daí aparecer o bonequinho no slide 11 a cobrar que significa
dívidas de clientes: não tem de ser dívidas em atraso).
Esquerdo: bens duradouros, inventários em stock, dívidas que tem a receber e na caixa
(dinheiro que tenho). Lado direito: crédito dos accionistas e crédito dos bancos.
No fundo a empresa tem um certo património, também tem certas dívidas. Então os
accionistas tem direito aquilo que sobra.
Dentro do activo temos o activo corrente e o activo não corrente. Tem sobretudo a ver
com o prazo a diferença entre os dois. Os activos correntes: ficam na empresa durante
um prazo mais curto. Os activos não correntes são os duradouros, aqueles que ficam na
empresa num prazo longo. O que a prof quer dizer com curto e com longo tem haver
com menos ou mais de 12 meses .
Activo corrente:
Total do capital próprio: passivo não corrente e passivo corrente: conforme seja inferior
ou maior que 12 meses.
Provisão é um passivo de tempestividade e quantia incerta, ou seja, Não sei quando vai
ocorrer e não sei quanto vá ter de pagar. Alguém colocou um processo em tribunal
contra a minha empresa, o processo está a decorrer, não sei se vou ganhar ou não, nem
sei quanto vou pagar. Mas se for provável que vou pagar tenho de registar
imediatamente a obrigação na provisão e na demonstração de resultados. Alguém mete
um processo em tribunal contra a mina empresa não sei se ganho ou perco, entrego ao
advogado e pergunto ao advogado acha que vou ganhar ou perder e o advogado vai me
dizer NIM, mas para fazer s minha contabilidade tenho de dizer qual é a probabilidade:
se eu ganho ou perco, pq o registo contabilistico que eles vão fazer é totalmente
diferente consoante a situação.
Em termos de valor da provisão: o que diz a norma é a melhor quantia esperado ou o
melhor dispêndio esperado. A prof acha que pode ser o valor associado a uma
probabilidade, o colega da prof diz que tem de ser o valor total, mas se for o valor total
estou a ser mais pessimista.
Passivo contingente: eu tenhi uma acção em tribunal mas acho que vou ganhar. isto vem
nas notas anexas.
Os fornecedores que aparecem no passivo e o que eu lhes devo, tal como o estado
quando está do lado do passivo são dívidas quero a empresa tem persnte o estado. Se
eu dever a EDP, vodafone então é uma dívida a fornecedores. se eu comprar um imóvel
e ficar a dever não se mistura com estes fornecedores, portanto nesse caso vai para
outras contas a pagar. Se eu tiver a dever porque compre inventário vai para
fornecedores.
Exercício 1:
Balanço:
Activo:
Activo fixo tangível – 20.000
Clientes – 10.000
Inventário – 5.500
Caixas e equivalentes – 500
Outros devedores – 2.000
Capital próprio:
Resultado líquido – 2.500
Reservas e resultados transitados – 3.500
Capital – 10.000
Passivo:
Fornecedores – 8.000
Empréstimo obrigacionista – 5.000
Empréstimo bancário – 6.000
Dívidas ao Estado – 2.000
Empréstimo de sócio – 1.000
O capitsl proprio é um sócio enquanto accionista, empréstimo de sócios não são uma
rubrica de capital proprio mas sim uma rubrica de passivo, porque os sócios metem
dinheiro como credores. Se fosse um empréstimo a sócios já ia para o activo pq éramos
nós que estávamos a emprestar. Um passivo é uma obrigação, estou a dever a ...
O saco azul são todas as operações que fazemos fora das contas, é ilegal não é ético
mas não entra aqui.
Métodos de mensuração:
Falamos de uma série de activos, mas a grande questão que se levanta e mas quase. O
valor pelo qual desses activos vão entrar no meu balanço? Quando falamos em
mensuração falamos na mensuração inicial que é no momento em que compramos e
depois para aqueles activos que vão ficando na empresa nós também falamos na
mensuração subsequentesque e quanto vão valer no final de cada um dos anos. A
mensuração inicial e a mensuração no momento da compra: valor pelo qual paguei no
momento pelo bem, com todos os gastos associados. Por exemplo na compra de um
imóvel eu meto no activo o valor do imóvel com as taxas, impostos é tudo mais. No caso
do imi não vai aparecer aqui pq é um gasto que vou ter frequentemente, mas o resto
aparece. No fundo isto é o valor de aquisição com todos os gastos associados a
adquirição.
O que é uma pequena reparação: estragou se o puxador da porta então eu arranjo, tudo
bem. Uma grande reparação gera me benefícios económicos futuros e aquela grande
reparação é considerada como activo. A professora diz que é possível neste caso
capitalizarmos no activo.
Os terrenos não se depreciam.
Os imóveis todos os anos ficam mais velhos por isso tem de ser depreciados, excepto
aquela parcela do terreno. O que pode acontecer é que por condições de mercado o
imóvel odeie valer mais. Se eu usar i método de mensuração do valor de aquisição
corrigido eu não posso avaliar o imóvel para cima. Se as empresas usarem o método de
mensuração de modelo de revalorização: porque aqui podem subir o valor do imóvel.
Perda por imparidade: são reduções do valor do bem, não porque o bem está mais velho
mas por condições de mercado, mas não dá para reavaliar, só dá para baixar o valor.
Estou naquele modelo em que eu só posso baixar, nunca subir. Eu faço depreciações
todos os anos, depois alguém criou um viaduto colado ao imóvel isso desvalorizou então
eu vou baixar o valor do imóvel devido a uma imparidade, não é porque o imóvel esteja
mais velho mas algo aconteceu no mercado que fez com que o imóvel valesse menos.
Os métodos de mensuração podem ser diferentes para activos diferentes, mas para a
mesma classe de bens tenho de usar o mesmo método, ou seja, para todos os terrenos
só uso um método, para todos os carros eu tenho outro medido.
Imparidade de inventários: o valor do inventário desceu face aquilo que paguei por eles.
Ex: compro e vendo computadores e depois entra um sistema de software novo então
o inventário que tenho diminui o seu valor, porque tem o software antigo.
A empresa real que vamos aqui utilizar vai ser a vodafone. É uma empresa relativamente
simples dentro das empresas complexas. As duas colunas do meio o que tem é o peso
do total da rubrica no activo. Na coluna da variação: aumentou ou diminuiu.
Temos aqui dívidas a fornecedores de 127 milhões. Temos de que ter cuidado às vezes
empresas com problemas de tesouraria vemos logo a derrapar é na questão das dívidas
a fornecedores. Se tivermos aqui dívidas aos fornecedores que têm prazos longos isso é
bom.
Nas dívidas ao estado temos aqui dívidas a oagar, impostos, irs e segurança social dos
trabalhador porque isto só é pago em janeiro.
Em termos do capital vamos começar aqui a ver o capital social, que é o capital subscrito:
manteve se constante, isto é bom por causa da estabilidade. A maior rubrica foram as
reservas e resultados transitados: são os resultados líquidos de anos anteriores que não
foram distribuídos como dividendos. Estas reservas aumentaram em 64 milhões. As
reservas aqui tiveram uma variação de 64231 mas depois no resultado líquido de 2015
temos como valor os 66290 logo podemos concluir que os lucros ficaram retidos, porque
a diferença é muito pequena.
O resultado líquido que baixou 55%. Nós não queremos líquido aumente. o resultado
líquido baixou porque? Não sabemos. Para saber isto tenho de ir ver na demonstração
de resultados. Nao vamos estar a especular, tentar adivinhar. Pelo balanço nós não
conseguimos ver estas coisas.
A demonstração de resultados:
Temos rubricas com sinal mais e rubricas com sinal menos, estas últimas são os
custos/gastos. As rubricas com o sinal mais são os rendimentos. Depois o resultado é a
diferença ente os dois. Na contabilidade muitas vezes os gastos aparecem entre
parêntesis em vez do sinal -.
Em primeiro lugar nas demonstrações de resultado temos as vendas e serviços
prestamos. No caso da vodafone temos a venda de serviços.
Depois temos i custo das mercadorias vendidas e materias consumidas: quando
compramos os inventários registamos no activo. Tiramos do activo e metemos no custo
quando os usamos. As matérias primas usamos quando consumimos, as mercadorias
usamos quando vendemos.
FSE: fornecimento e serviços externos: temos imensa coisa que a empresa compra e usa.
Aquilo que é adquirido ao exterior. Ex: trabalho temporário (fornece os trabalhadores
temporários, é algo fora da empresa) outsorcio (tenho uma empresa e mando os carros
pintar fora), a água, a electricidade, a segurança, as rendas, ao publicidade, os seguros.
Temos aqui imensos exemplos de FSE, isto costuma ser um bolo muito grande.
EBIT E EBITA: o primeiro e os resultou antes dos juros e os impostos. EBIT e a mesma
coisa que resultado operacional, e o coração, e o motor da empresa. Dai falarmos tanto
de EBIT. O EBITA é o resultados e juros antes de impostos, depreciações e amortizações.
este é o resultado operacional, depreciações e amortizações. As amortizações eu tenho
de pagar a alguém? Não tenho pq já paguei quando comprei o activo agora é um
movimento contabilistico para ir imputar o gasto ao longo dos anos. As depreciações
são um gasto, no qual ímpeto o gasto pelo uso dos activos tangíveis, mas não tem
directamente a ver com dinheiro, não vou ter de pagar a ninguém.
O resultado líquido não me diz de mais ou menos s empresa tem dinheiro, é algo que
pertence aos accionistas apesar de ser da sociedade mas que vai spsrecer no capitsl
proprio.
Código de contas: ele está dividido em classes. Vamos começar a ver a primeira classe e
a classe 1: meios financeiros liauidos. A partir daí todas as contas começam com um pq
faz parte tudo da mesma classe. Isto faz parte do balanço e falamos de activo. A classe
1 pertence ao activo.
Agora na classe 2: contas a receber e a pagar, novamente começam todos por 2. Estamos
a falar do balanço e pode ser activo nas contas a receber e passivo nas contas a pagar.
Aqui não são gastos, os gastos só aparecem na classe 6.
Agora vamos a classe 3: inventários, matérias primas e por aí fora. Isto também é activo.
Temos a classe 4: investimentos: financeiros, tangíveis e intangiveis. Estamos a falar em
activo também.
Classe 5: capital próprio – balanço.
Até aqui é tudo balanço.
Classe 6: gastos
Classe 7: rendimentos.
Estas duas pertencem a demonstração de resultados.
Se aumentar a classe 7 ficamos contentes porque corresponde a um aumento de
rendimento. Se aumentar a classe 6 já não ficamos tão contentes.
A última classe e a classe 8: resultados. Pertence ao balanço e a demonstração de
resultados.
O resultado líquido na realidade pertence aos dois na demonstração de resultados e
depois enquadramos no capitsl proprio.
Exercício 2:
Vamos ter aqui os valores em milhares de euros, novamente nas duas colunas do meio
tem os valores em percentagem e nas duas últimas temos a variacao.
As vendas e serviços prestados e quanto nós vendemos. A empresa vendeu 973 milhões.
Vendeu menos que no ano anterior, vendeu menos 0,5%. Nós queremos que venda o
máximo possível. As vezes pode vender menos quantidade ou a mesma quantidade mas
a um preço menos, mais baixo. Eles se calhar até fornecem os mesmos serviços ou mais
mas pode estar influenciado pelo preço.mo facto é que diminui e não é uma boa notícia.
Qual é o principal custo da empresa? FSE, isto representa mais do que 50% dos gastos
da empresa. Ainda por cima eles aumentaram. As vendas diminuem, os custos
aumentam então isto vai ter menos resultado líquido. O FSE aqui é instalações, rendas,
call centers, a segunda mais significativa tem a ver com remunerações de outras redes
e publicidade que eles chamam gastos comerciais, conversão e reparação, por aí fora. O
facto de ter aumentado não é uma boa notícia, se as vendas tivessem Jaume tudo era
legítimo que aumentassem, mas não mais do que as vendas.
Custos das mercadorias vendidas: as notícias aqui são boas pq o custo diminuíram. Isto
tem haver com os telemóvel que eles compram e afins.
Gastos com o pessoal: temos um aumento.
Temos as vendas que diminuíram, as FSE e gastos com o pessoal aumentaram. A única
coisa que ajudou foi o custo das mercadorias vendidas que realmente diminui mais do
que as vendas.
Nos outros operacionais eles aumentaram e neste caso é positivo. O EBITDA dminuiu o
que é uma má notícia.
As depreciações elas agravaram. Estávamos à espera que tivessem agravado? Sim pq o
activo fixo tangível aumentou então as depreciações vão ser maiores. O resultado
operativo líquido ou EBIT diminuiu ainda mais.
Relativamente aos juros suportados diminuíram, portanto são boas notícias. Não
estávamos à espera disto, pq os financiamento obtidos aumentaram. Então
provavelemnte desceram as taxas de juro. Normalmente há relação entre os
financiamentos obtidos e os juros que pagamos, mas aqui não é o caso.m
O irs desceu, mas isto era previsível uma vez que o resultado antes de imposto desceu
era de esperar que o iras também descesse.
Então temos um resultado de 29 milhões em vez de 66 milhões. Então concluímos que
a empresa piorou, as vendas são mais baixas como ainda por cima os resultados também
diminuíram, os custos de uma forma geral aumentaram, com destaque as as FSE e as
depreciações.
Passou de uma empresa para maioritariamente capitais próprios para uma empresa
maioritariamente de capitais alheios. Eles agiram provavelmente vão parar um
bocadinho,tanto que já nem distribuíram dividendos. De facto eles precisam de dinheiro
para investir.
No balanço para além de termos tudo isto da classe 5 ainda nos aparece a conta do
resultado líquido.
Capital próprio: é o capital subscrito. Na maior parte dos casos é pelo valor nominal.
Mas o que é o valor nominal? É um valor mais teórico, e o valor pelo qual as primeiras
acções são emitidas, é um valor mais conceptual. O capitsl que nós temos ali é o capital
subscrito pelo valor nominal.
Numa constituição de capitsl o que acham que movimentamos no balanco? O activo vai
se movimentar. Se é um aumento de capital então a primeira rubrica que temos
obrigatoriamente de aumentar é a do capital social. Normalmente a maior parte dos
aumentos de capital são por aumento de capital por dinheiro, se assim for também
aumenta a caixa. Neste momento o capitsl e s caixa podem ter um valor igual mas é
neste momento depois eu vou pegar no dinheiro e investir.
Às vezes nós queremos fazer um aumento de consiste em que o preço de emissão e
superior ao valor nominal. Tenho um certo valor nominal, mas quando emitir as acções
emito por um valor mais alto.
O prémio de emissão e a diferença entre o preço de emissão das acções e o seu valor
nominal. Vamos supor um exemplo em que o preço de emissão das acções e de 3 e o
valor nominal e de 1. 1 é um valor nominal bastante comum, pode ser até mais baixo,
atenção. 5 euros também é um valor nominal comum. Quando vendemos alguma coisa
o que conta é o valor de mercado, então se o valor de mercado e de 3 então eu emito
as acções por 3. Eu tenho um preço de emissão de 3 e um valor de emissão de 1 quanto
é que eu meto em capital social? Eu só posso por 1, valor nominal. Quanto dinheiro e
que vai entrar? 3. Então em caixa vai aumentar 3. Então o meu balanço vai ficar
equilibrado? Não pq tenho um aumento de um no capital próprio e três de caixa. Vai
ficar equilibrado porque depois tenho um prémio de emissão 2. Então o capital próprio
aumenta 1 a situação líquida aumenta 3. O prémios de emissão e a diferença entre os
pemios de emissão e o valor nominal. Se virmos premios de emissão então sabemos
que o capitsl foi aumentado.
Acções próprias: são acções que a empresa compra dela própria. Ex: vodafone compra
acções dela. O impacto final da empresa e de uma redução de capital, sem o formalismo
de diminuição de capital. Quando nós compramos acções próprias: compramos acções
de volta aos accionistas e entregamos lhe dinheiro, e a operação o
Inversa do aumento de capital. O impacto contabilistico de acções próprias é um pacto
semelhante à redução de capitsl, em termos jurídicos pode ser totalmente diferente,
mas em termos contabilisticos é igual.
As acções próprias aumentam, mas este aumento faz com que o capitsl proprio diminua
e a contrapartida do lado de lá e dinheiro que é entregue aos accionista.d diminui o
capital próprio e diminui a caixa.
Existe um limite máximo de compra de ações próprias que é de 10% do capital. Se não
houvesse este limite máximo, a certa altura accionistas podia ir tirando, tirando,
tirando..
As empresas compram acções próprias pq a empresa pode achar que as acções são
subavalidas. A empresa pode achar que as acções estão baratas mas com base em
informações que toda a gente tem, não pode basear se em informação previlegiada.
Quando elas compram acções próprias elas têm de informar a
CMVM para haver um certo controlo.
As empresas dizem daqui a 5 anos vou ter de vender acções aos empregados, então
compram já. Quando elas estão nas mãos do empregado já não são da sociedade.
Eu quero dar dinheiro aos accionistas como faço? Distribuir dividendos ou comprar
acções de volta. Antigamente as mais valias eram tributaras de forma diferente dos
dividendos, dai haver mais vantagens em utilizar este sistema.
Prestações suplementares:
será que elas põem ser devolvidas aos sócios? Sim, mas com restrições. Só podem ser
restituídas aos sócios se eles assim o de,iberarem e desde que o capitsl proprio não fique
inferior ao capital social + reserva legal. Imaginemos que a empresa começa a ter
resultados líquidos negativos, então o capitsl proprio vão diminuir, então as prestações
suplementares podem ficar presas na empresa, então eu não as consigo devolver e por
isso elas surgem no capitsl proprio e não podem ser remuneradad. São capitsl proprio e
não são passivo isto pq só podem ser devolvidas mediante algumas considerações e não
pode ser remunerado.
Aplicação de resultados:
Para uma empresa poder distribuir dividendos o que ela tem de ter? Duas coisas:
Tem de ter valores nos resultados transitados ou nas reservas livres, ou seja, tem de ter
coisas no capitsl que possam ser distribuídas. Mas tem de ter dinheiro, se ela não tiver
dinheiro teoricamente podia distribuir dividendos mas na prática não consegue. Elas
podem tentar pedir dinheiro ao banco, mas se o banco perceber que é para distribuir
dividendos provavelmente não empresta. Quando há distribuição de dividendos o
capitsl proprio diminui, o capitsl proprio e aquilo que os accionistas tem na empresa é
evidente que se eu vou dar dinheiro aos accionistas eles ficam com mais dinheiro no
bolso então não podem continuar com o mesmo na empresa. Então eles ficam com mais
no bolso e com menos na empresa. Não é o capital social e o capitsl proprio isto pq
reduzo os resultados transitados.
Se eu não distribuir como dividendos o que é que eu faço a estas reservas? Há não se
distribui dividendos vai se investir, isto é certo. Nós aqui temos dois lados: activo e o
capitsl proprio e passivo. Se eu distribuísse como dividendos o dinheiro da empresa
diminui, se eu não distribuir como dividendos então aquele dinheiro eu invisto naquilo
que eu quiser, então as reservas não tem de estar depositadas no banco. Então reservas
não são dinheiro.
Aumentos de capital:
Costumamos pensar no aumento de capital por dinheiro. Mas existem outros aumentos
de capital nomeadamente por i incorporação de reservas ou ii transformação de dívida
em capital.