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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI


CAMPUS CLÓVIS MOURA – CCM
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE MARKETING
DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL E DISTRIBUIÇÃO
PROF(A).: LUCILE MOURA

OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL


NO BRASIL PÓS-CRISE

ALUNO: Francisco José da Cunha Júnior

TERESINA - PIAUÍ
ABRIL DE 2010
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................3

2. AS MUDANÇAS E OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA BRASILEIRA................................4

3. A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL E SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA E NA

LOGÍSTICA BRASILEIRA.......................................................................................................6

4. CONCLUSÃO........................................................................................................................7

5. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................8
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1. INTRODUÇÃO

Poucas áreas de estudo têm um impacto tão significante no padrão de vida da


sociedade como a logística, seu crescimento nos mercados nacionais e internacionais, a
expansão das linhas de produtos e as possibilidades tecnológicas, fazem do processo logístico
um conjunto importante das operações gerenciais. As atividades logísticas afetam os índices
de preços, custos financeiros, produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes.
Com a globalização da economia, a logística ganhou uma maior importância
numa escala global. Na economia mundial, sistemas logísticos eficientes formam a base para
o comércio e a manutenção do padrão de vida na maioria dos países. Por isso os custos
logísticos são um fator chave para estimular o comércio. O comércio entre países e regiões de
um mesmo país é freqüentemente determinado pelo fato de que diferenças nos custos de
produção podem mais do que compensar os custos logísticos necessários para o transporte
entre regiões.
O termo logística foi usado inicialmente, conforme definições dos dicionários,
para identificar as atividades militares de aquisição, transporte, estocagem e manutenção de
materiais, equipamentos e pessoal. Nesse sentido, a palavra foi utilizada inicialmente pelos
franceses – logistique – com origem no latim “logisticus” – relativo à razão. Segundo
Carvalho (2002), a Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-
primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
exigências dos clientes.
Oliveira (2006) salienta que a logística empresarial, como função integrada de
uma empresa, é um conceito relativamente novo, apesar de que todas as empresas sempre
desenvolveram atividades de suprimento, transporte, estocagem e distribuição de produtos. A
novidade se encontra no fato de que as empresas passaram a desenvolver essas atividades de
forma integrada e coordenada, segundo uma filosofia de otimização global, em busca da
melhor contribuição possível para o resultado empresarial. Com isso, passaram a reconhecer
que a logística tem potencial para agregar valor para os produtos e serviços que são
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comprados pelos clientes, o que é essencial para sua satisfação e para e para o sucesso das
ações de marketing.
Com base nisso podemos dizer que a missão da logística é tornar disponíveis os
produtos e serviços corretos e requeridos, no tempo certo, no local certo, nas condições
adequadas, ao mesmo tempo em que produz a maior contribuição possível para a empresa.

2. AS MUDANÇAS E OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA BRASILEIRA

A logística no Brasil está passando por um período de extraordinárias mudanças.


Pode-se mesmo afirmar que estamos no limiar de uma revolução, tanto em termos das
práticas empresariais quanto da eficiência, qualidade e disponibilidade da infra-estrutura de
transportes e comunicações, elementos fundamentais para a existência de uma logística
moderna. Para as empresas que aqui operam, é um período de riscos e oportunidades. Riscos
devido às enormes mudanças que precisam ser implementadas e oportunidades devido aos
enormes espaços para melhorias de qualidade do serviço e aumento de produtividade,
fundamentais para o aumento da competitividade empresarial.
De acordo com a Associação Brasileira da Infra-estrutura e das Indústrias de Base
(Abdib) e da Fundação Getulio Vargas as rodovias estaduais e federais concentram mais de
60% das cargas transportadas. Na avaliação de especialistas, cerca de 70% dessas estradas
estão em condições ruins ou péssimas. Dos 55 mil quilômetros da malha federal, 15%
necessitam de recuperação, e não apenas de manutenção, tal o seu estado, isto sem mencionar
a necessidade de construir novas rodovias.
O custo do transporte rodoviário no Brasil aproxima-se de 20% do PIB. Nos
EUA, esse custo é de 8%. Durante décadas, a malha ferroviária brasileira estacionou em 29
mil quilômetros e sua operação passou a ser deficitária. Em 1997, foram feitas concessões
para o setor privado e a situação melhorou bastante. Os concessionários investiram R$ 10
bilhões entre 1997 e 2005 e aumentaram a capacidade de transporte por ferrovia de 19% para
25% do total de cargas movimentadas.
Já a situação dos portos brasileiros, que beirou a catástrofe nos anos 90, também
melhorou, mas não a ponto de responder às necessidades de uma economia com grande
potencial exportador. Os portos brasileiros movimentam 40 contêineres/hora. Nos portos
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europeus, a média é de 120 contêineres/hora. Em Santos, são necessárias 20 pessoas para


movimentar um contêiner, enquanto nos portos europeus devido a sua alta capacidade de
automação apenas duas.
Apesar da precária e ineficiente infraestrutura enfrentada pelo setor, mudanças
significativas vêm acontecendo, como afirma enquete realizada pela Associação Brasileira de
Logística – ASLOG. Segundo o órgão, em 2009, dois terços das empresas de logística do
Brasil respondiam por R$ 100 milhões em faturamento mensal. Outros dados interessantes da
enquete afirma que:
• 37% do custo logístico das empresas brasileiras possuem custo que varia
entre 2% a 5% do seu faturamento;
• 25% do custo logístico das empresas brasileiras apresentam custo que
varia entre 5% a 8% do seu faturamento;
• 41% das empresas participantes da pesquisa adotam a terceirização
logística parcial, com enfoque voltado para transportes;
• 70% dos pesquisados informaram que a contratação de serviço
terceirizado de logística é realizado pela diretoria da empresa;
• 87% dos participantes afirmaram que o preço é um critério importante na
escolha de um parceiro logístico/transporte;
• Dois terços das empresas pesquisadas afirmaram que a experiência e/ou
atuação no segmento é um critério importante na escolha do seu parceiro
em logística ou transporte;
• 44% dos pesquisados afirmaram que a utilização de ferramentas de
tecnologia é um critério importante na escolha do seu parceiro em logística
ou transporte;
• 30% afirmaram que as informações ou histórico de desempenho é um
critério importante na escolha do seu parceiro em logística ou transporte.
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Figura 1. Gráfico de Faturamento em milhões de R$ das empresas usuárias

dos serviços logísticos ofertados no mercado brasileiro

3. A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL E SEUS IMPACTOS NA


ECONOMIA E NA LOGÍSTICA BRASILEIRA

O cenário econômico mundial apresenta uma série de incertezas desde o segundo


semestre de 2007, acarretando grandes mudanças nos mercados globais e impactando de
maneira importante os rumos da economia brasileira. Um dos grandes desafios, ao mesmo
tempo, oportunidades que se apresentam para o Brasil no cenário que se avizinha, posterior à
grande crise, é o de focar as grandes questões. A crise, ao mesmo tempo que ressaltou as
qualidades e vantagens comparativas da economia brasileira, também revelou suas
debilidades. Os países emergentes, com destaque para o Brasil, têm conquistado maior
protagonismo no cenário global pós-crise.
No exterior, o Brasil é visto como dono de uma posição privilegiada. Depois de
décadas de declínio, as commodities produzidas pelo país deverão continuar em ascensão por
um período relativamente longo, como consequência da incorporação da massa de
consumidores asiáticos. Os exportadores de produtos básicos, como o Canadá, a Austrália e o
Brasil, deverão se enriquecer. A descoberta do pré-sal é mais um elemento a contribuir com as
boas perspectivas do país. O desafio será tirar proveito dessas riquezas, investindo em
educação, tecnologia e infraestrutura. Mas não dependemos apenas de commodities. Temos
uma indústria diversificada e em crescimento, apesar de queixas eventuais de alguns setores.
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No entanto, por outro lado o acirramento da competição e as medidas


protecionistas são ameaças à inserção internacional do Brasil. O bem sucedido projeto de
industrialização realizado pelo Brasil no século XX precisa ser consolidado para vencer os
desafios do século XXI. É preciso identificar as oportunidades, definir a estratégia e
principalmente garantir a execução das ações necessárias para o desenvolvimento brasileiro.
Isso é algo que vai além da questão macroeconômica, embora essa seja imprescindível. Há
desafios de ordem política, social, ambiental, educacional e tecnológica, entre outras.
Nesse contexto, a questão da infraestrutura ganha relevância para suprir os
gargalos existentes. Investimentos de porte são necessários nas áreas de logística, transporte,
saneamento, dentre várias outras, para dar sustentabilidade ao crescimento econômico
brasileiro . Estudos da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (ABDIB)
apontam para uma necessidade anual de investimentos em infra-estrutura no Brasil da ordem
de R$ 160 bilhões ao ano. Essa seria a necessidade anual para fazer frente às necessidades
atuais e suportar um crescimento econômico médio do PIB ( Produto Interno Bruto) de, pelo
menos, 5% ao ano nas próximas décadas.

4. CONCLUSÃO
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A crise deu vários ensinamentos dentre eles à mudança da mentalidade de boa


parte da população e do empresariado brasileiro. Foi uma das primeiras vezes em que o país
sentiu menos os efeitos da crise. O setor logístico mostrou fortalezas, pois as empresas
enfrentaram a crise com ajustes necessários, porém sem perder o foco estratégico de longo
prazo. Isso também foi facilitado pela atitude da sociedade brasileira, que não sucumbiu ao
temor exagerado e manteve o consumo, o que foi estimulado por uma bem-sucedida ação do
governo.
A Crise Financeira Global forçou a redução da taxa de juros e escancarou alguns
entulhos do período de alta inflação que precisavam ser removidos e trouxe o reconhecimento
do país, o que vez com que aumentasse a atratividade dos investimentos estrangeiros.
Com a combinação do investimento das empresas brasileiras estatais e privadas,
das empresas transnacionais, de forte base instalada no Brasil, assim como a atratividade de
outros investidores, institucional e empresas, o pais continua crescendo meio a crise mundial.
Podemos concluir que as mudanças são muitas, mas o caminho já foi estabelecido.
Para as empresas brasileiras, ainda há muito espaço a conquistar dento em vista o crescimento
interno e há grandes perspectivas de investimentos no país para alavancar o setor.

5. BIBLIOGRAFIA
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CARVALHO, José Meixa Crespo de - Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.

FLEURY, Paulo F. WANKE, Peter. FIGUEIREDO, Kleber F. (Org). Logística


Empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo. Ed. Atlas. 2000.

BALLOU, RONALD H. Logística Empresarial. Editora Atlas, São Paulo, 1995.

AMSTALDEN, Rodolfo Cirne. Em tempos de subprime, risco-país é muito mais risco-


EUA que risco-Brasil. Disponível em: <http://web.infomoney.com.br/templat-
es/news/view.asp?codigo=985747&path=/investimentos/>. Acesso em: 20 abril. 2010.

ASLOG, Associação Brasileira de Logística. Pesquisa de Mercado 2009 - Avaliação dos


Serviços Logísticos pelos Usuários. Disponível em:
http://www.aslog.org.br/pesquisademercado2009.asp. Acesso em: 23 abril. 2010.

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