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TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
QUEM PODE DIRIGIR A AÇÃO DE DEUS?

Marcos 11.23,24

Uma das heresias defendidas ultimamente defende que o sofrimento, a angústia e a


pobreza não fazem parte do plano de Deus para os seus filhos. Será que isso está
certo? E mais: o crente precisa aprender que a sua palavra tem poder.

Pensando nisso, muitos defensores têm-se levantado para lutar em favor da


verdadeira doutrina cristã, refutando maneiras de pensar que não têm base bíblica e
se caracterizam por pura especulação teológica, envolvendo pessoas piedosas em
verdadeiros engodos. Este estudo se soma a eles.

I. QUAL O OBJETIVO DO MOVIMENTO?


O Evangelho da Prosperidade anuncia que está ao nosso alcance a solução para os
nossos problemas e que devemos viver em constante prosperidade e saúde. O
verdadeiro viver cristão é assunto secundário.

II. A ACEITAÇÃO NO BRASIL


De um prisma sociológico, podemos entender melhor o crescimento de denominações
que aderiram à Teologia da Prosperidade no Brasil. A recente história mostra que o
público-alvo deste movimento tem sido alcançado. Por quê?

Porque a Teologia da Prosperidade oferece ao homem a "possibilidade" de vencer na


vida, e com o aval de Deus. Esse pensamento exerce sobre o brasileiro um fascínio
antes não sentido.

III. A SUA ORIGEM


Embora pregadores neopentecostais estejam em todos os lugares, principalmente na
televisão, é Kenneth Hagin o "teólogo" conhecido como o pai da doutrina da
prosperidade. É pelos seus escritos que podemos ter uma ideia mais ampla do
movimento.

Portanto, a Teologia da Prosperidade é de origem norte-americana e chegou ao Brasil


na década de 1970, sendo acolhida pelos neopentecostais, que passaram a pregar a
felicidade e o sucesso, inclusive material, como objetivos a serem perseguidos nesta
vida.

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IV. QUAL A BASE DO ENSINO?


Encontramos três distinções claras no Evangelho da Prosperidade: autoridade
espiritual, saúde e prosperidade, e confissão positiva. "Juntas, elas perfazem um
sistema coeso."1

Com esses três princípios, Hagin formalizou a sua teologia.

A. AUTORIDADE ESPIRITUAL

1. Posição neopentecostal
Hagin acredita que Deus continua ungindo indivíduos, e estes se tornam profetas, ou
seja, porta-vozes de Deus, trazendo consigo a autoridade do próprio Senhor. Ele se
considera um desses escolhidos e relata visões, sinais e maravilhas, supostamente
ocorridas com ele, para dar sustentação a tal alegação.

No livro O extraordinário crescimento da fé, Hagin afirma que foi conduzido ao inferno
três vezes num único dia e que Jesus o visitou várias vezes a fim de ensiná-lo. No livro
Compreendendo a unção, ele afirma ter entrado em transe absoluto; que se viu
envolto" em uma nuvem de glória; que após sua conversão foi agraciado com uma
memória perfeita; que um dia "teve um clique" e recebeu o dom do ensino e, em
seguida, o dom da cura; que Deus lhe deu o dom de prever o futuro.

Hagin alega que seus ensinamentos vêm diretamente de Jesus e que a autoridade
apostólica lhe foi dada de forma miraculosa; não aceita que questionem sua teologia,
que destaca "sinais e maravilhas" dentro do movimento.

2. Posição bíblica
Há muito tempo surgem "profetas" alegando ter falado com Deus; ouvido de Deus; que
têm uma "missão" a desenvolver na terra. Baseiam sua autoridade espiritual nessa
"conversa bilateral" com o Senhor. A Igreja, especialmente por meio dos reformadores,
sempre se preocupou em responder a esses casos de forma coerente, mostrando que
o único padrão de julgamento a respeito de qualquer coisa deve ser a Bíblia. Três
aspectos devem ser destacados:

• A presença de Deus na Igreja torna os milagres possíveis, mas não


necessários. Deus não está obrigado a executar milagres e sinais para edificar
a sua Igreja.

• Os sinais e maravilhas pregados pela Teologia da Prosperidade são


embasados numa pretensa relação em que o homem diz para Deus (e em
muitos casos determina) o que deve ser feito ou não. Essa é uma ingenuidade
assombrosa.

• Cremos num Deus que opera verdadeiras maravilhas, mas de acordo com a
sua vontade e soberania, e humildemente admitimos que ele governa este
mundo de acordo com sua vontade e que nada foge ao seu controle.

1
Alan B. Pierrat, O Evangelho da Prosperidade (São Paulo, ed. Vida Nova, 1993) p.37.

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B. SAÚDE E PROSPERIDADE

1. Posição neopentecostal
Esta, provavelmente, é a parte central da doutrina. O cristão tem direito à saúde e à
prosperidade. A Bíblia é um código de leis que arregimenta esses direitos. Hagin
escreveu: "Nós, como cristãos, não precisamos sofrer reveses financeiros; não
precisamos ser cativos da pobreza ou da enfermidade! Deus proverá a cura e a
prosperidade para seus filhos se eles obedecerem aos seus mandamentos... Deus
quer que os seus filhos tenham o melhor de tudo"2.

A Teologia da Prosperidade não admite a possibilidade de que doença, enfermidade


ou problema financeiro sejam da vontade de Deus. Os adeptos dizem que Deus é
amor e esses males não provêm do amor.

Quando confrontados com declarações bíblicas que mostram os cristãos sofrendo,


defendem-se dizendo que suas aflições nunca incluem doenças.

Quando questionados sobre as doenças e enfermidades que assolam o povo de Deus


nos dias de hoje, respondem que estas são consequências da falta de fé do cristão e
do desconhecimento de seus direitos adquiridos.

Portanto, em relação à saúde, o ensino da Teologia da Prosperidade é claro: saúde


perfeita para os cristãos! Quando isso não ocorre, o crente está em pecado, não tem
fé ou está dominado pelo diabo.

A mesma maneira de pensar é aplicada ao dinheiro. Ser próspero é um direito do í


crente: comer o que há de melhor, vestir o que há de melhor, ter o que há de melhor
em todas as áreas da vida. Não devemos esperar apenas a satisfação das
necessidades básicas, mas a abundância da provisão divina.

Então surge a pergunta: Por que muitos cristãos não desfrutam disso nos dias de
hoje? A falta de fé, a ignorância ou o diabo são os responsáveis pela perda do
benefício.

2. Posição bíblica
Sabemos que adoramos a um Deus extremamente amoroso, que se preocupa
conosco, que nos ouve e que supre nossas necessidades. Mas há uma grande
diferença entre atender necessidades e satisfazer desejos.

Possivelmente, um dos maiores erros dos adeptos da Teologia da Prosperidade é


acreditar que todos os benefícios da expiação de Cristo na cruz podem ser usufruídos
agora, ou seja, todas as bênçãos já estão a nossa disposição.

Isso é desconhecer a Bíblia. Demonstra ignorância sobre o processo de redenção, que


ainda está em andamento. Cristo pagou a dívida, declarando-nos justificados e
selados com o Espírito Santo, mas continuamos pecadores, em processo de
aperfeiçoamento, de santificação.

2
Kenneth Hagin, Nos Limiares da Fé (Rio de Janeiro, Graça Editorial, sem data de publicação)
p. 66.

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Aguardamos a completa remoção dos efeitos da nossa natureza terrena e cheia de


pecados, para, então, ter todos os benefícios da expiação. Dessa forma, parte da
promessa está reservada para o futuro.

Em resposta à ideia de que riqueza e saúde fazem parte dos direitos adquiridos, e
pobreza e doença fazem parte da maldição, afirmamos que homens e mulheres de
Deus, desde o Antigo Testamento, não usufruíram de riquezas materiais e nem de
saúde completa. Todavia, tinham a felicidade porque eram tementes a Deus.

C. CONFISSÃO POSITIVA

1. Posição neopentecostal
Os líderes do movimento neopentecostal dizem que muitos cristãos não recebem o
que lhes pertence porque ignoram seus direitos. Para os adeptos da Teologia da
Prosperidade, a Bíblia funciona como um documento de direitos legais garantidos por
Deus.

E é dever do cristão conhecer esses direitos e, por meio da fé, ter controle sobre eles.
Uma vez conhecidos os direitos, para receber a saúde e a riqueza, temos de ter fé.
muita fé.

Eles dizem que quem possui a verdadeira fé não fica esperando para ver se Deus vai
responder, mas exige os seus direitos, reivindica, acreditando que eles serão
respeitados pela força da oração. Dessa forma, pedir significa exigir. E exigir sem
hesitação ou dúvida. A verdadeira fé, confessada positivamente, garante direitos à
saúde e à prosperidade.

Mas conhecer os direitos e exigi-los ainda não é suficiente. É necessário usar


corretamente o nome de Jesus. Ele é o acesso ao poder para que as orações sejam
respondidas. Hagin afirma: "Falemos de Jesus! Falemos do Nome de Jesus! Ele nos
deu, individualmente, um cheque assinado, dizendo: ‘Preencha-o’. Deu-nos um
cheque assinado, cobrável aos recursos do céu"3. Assim, fica claro que o nome de
Jesus serve como procuração para que exijamos o que quisermos.

2. Posição bíblica
Nossa concepção de fé é aquela que subsiste apesar das circunstâncias, não aquela
que procura mudar as circunstâncias. Temos em Hebreus 11 exemplos que não
deixam dúvidas sobre a verdadeira fé, a que agrada a Deus.

Nossa relação com Deus implica saber que ele sustenta o mundo pelo seu poder e o
dirige a um fim específico. Implica saber que a oração não é mágica que torna
possível manipular as regras estabelecidas por Deus e, em última análise, o próprio
Deus.

Deus é soberano. É um erro querer impor a ele nossos desejos utilizando qualquer
método, até mesmo essa aberração chamada confissão positiva, que tenta tornar o
Deus criador dos céus e da terra sujeito ao homem.

3
Kenneth Hagin, O Nome de Jesus (Rio de Janeiro, Graça Editorial, 1988) p. 19.

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Conclusão
Assim, concluímos que a Teologia da Prosperidade é um movimento de compreensão
limitada, que distorce o entendimento correto da Bíblia. É um movimento que não
destrói a verdadeira base da fé, mas altera o significado da mensagem, trazendo
confusão às nossas igrejas.

Aplicação
Pelo que vimos até agora, como temos procedido em nossas orações? Oramos em
súplica ou com "autoridade"? Analise-se.

Sua fé permanece apesar das circunstâncias ou você não aceita a soberania de Deus
e procura mudá-la?

AUTOR: SÉRGIO PAULO DE LIMA

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