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Também assim penso, e para isso me funda na contradição e certa

inverossimilhança dos fatos. Conversas da Rua, 16 de outubro de 10

Não é preciso ter queimado pestanas lendo constituições políticas para se chegar
à convicção de que uma das piormente arcabouçadas é a de 24 de fevereiro de
1891. (Pela ordem 12/01/11)

Ninguém que no lugar tenha o juiz acredita que... (idem)

Constituída ou por ideólogos carecentes de senso prático da liberdade ou por


trânsfugas monárquicos que no império republicanizado anteviam a continuação
do seu predomínio político, o Congresso Constituinte elaborou, depois de penosa
discussão, isso que aí está que range e estala de modo assustador. (Idem).

... impedirá provavelmente ainda alguns anos o conserto da estragada fábrica


alpendrada pelos homens de 91... (idem)

Entre os terríveis legados que ao atual deixou o governo transato está esse
conflito do Estado do Rio, que como certas águias heráldicas apresenta duas
cabeças (idem)

... levando-os à conta de exagerações partidárias (idem).

Quanto ao recurso do Habeas corpus, erigido agora em salvatério de causas


políticas, cumpre não perder de vista como através do prisma faccioso se estão
desnaturando a índole e as atribuições do Supremo Tribunal.

Continua ele: Que sucederá se um partido se mantiver no poder quatro, oito,


doze anos? Acontecerá que a seu jeito e sabor ele terá constituído a maioria do
Supremo Tribunal Federal. Mas assim sendo, e assim não pode deixar de ser, o
partido em questão terá em suas mãos um aparelho formidável para o
reconhecimento de poderes. Mandará forjicar duplicatas e requererá habeas
corpus, desses que, no sentir de alguns confrades, valem por diplomas de
legitimidade. Mais não é preciso, creio eu, para mostrar o perigo de em matéria
tão delicada se atribuírem funções políticas a uma corporação vitalícia e que só
indiretamente tira da Nação as fontes de sua autoridade.

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?
bib=030015_03&PagFis=6039&Pesq=Carlos%20de%20Laet

É provável que, se o convidado tivera sido o colaborador do Jornal, mais acabada


saísse a fúnebre oferta, e que tanto pelo reluzir dos vidrilhos quanto pelo patético
das inscrições em fitas negras se impusesse ao pasmo das turbas assistentes ao
enterro; mas nem todos podem tudo, e não é generoso exigir dos outros o que
somente nós temos forças para fazer.

Se não pequeno é o algarismo das uniões ilícitas em Portugal, releva contudo


notar que nem mesmo nas cidades a corrupção dos costumes baixou ao nível de
certas metrópoles europeias; e que na província, por via de regra, os hábitos de
família e a velha vida patriarcal notavelmente se conservam, desafiando os
remoques dos civilizados e guardando ilesas as singelas virtudes de outros
tempos (Tolerância. 23/02/11).

Não quero essa mentida tolerância de princípios, que com todos se acomoda, e
hoje aceita o que ontem combatia. Isso não é tolerância, é acomodação, é
pretexto da baixeza para que os trânsfugas se repotreiem nas curvas dos
vencedores. A tolerância que eu prego é a de pessoas, respeitáveis pela sua
sinceridade, escusáveis mesmo nas demasias de suas convicções e invioláveis
nos direitos que antes das constituições modernas já lhes assegurava o direito
natural.
A fórmula dessa tolerância, tão pouco praticada pelos revolucionários vitoriosos,
otimamente eu a acho expressa, não em Jean-Jacques Rousseau, não em
Montesquieu nem Voltaire, mas em um padre da Igreja, em Santo Agostinho:
Diligite homines, interficite errores. Amai os homens, matai os erros.

Folhas que em sentido radical criticavam atos do governo, são assaltadas,


estraçoadas, esmigalhadas.

Um aceno do onipotente ditador fê-lo riscar da lista dos elitos, bem como ao
Barão de Ladário.

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=030015_03&PagFis=6750&Pesq=Carlos
%20de%20Laet

... o que só pode parecer liberdade nos povos em que a falência do raciocínio
tenha produzido o fetichismo das palavras, o culto das sonoridades, e o desamor
da verdade sempre infensa a pataratas (Na Livre Inglaterra. 26 de fevereiro de
1911).

Grave injustiça me irrogaria quem de tal me supusesse capaz.

Longe, longe, pois, de mim o pensamento de injuriar aquela que tantos feitos há
realizado e de tantas palmas se exorna na incessante peleja do direito contra a
força e da justiça vencida contra as iniquidades triunfantes!

Vênia me seja dada para, em brevíssima resenha, expor o caso de que já terão
notícias muitos ledores de jornais.

Eis um processo, rápido, não val contestá-lo, mas que infelizmente acaba também
com a liberdade de imprensa. Nada mais estúpido. É como faria o insensato que
para escoimar de parasitas a árvore predileta principiasse por deitá-la abaixo.

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