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1 A Ética na antiguidade
FILOSOFIA , ÉTICA E
DESENVOLVIMENTO HUMANO 1
Figura 1 – Pintura dos deuses gregos
•
A tentativa de racionalizar os conflitos, tanto na
perspectiva teórica quanto na perspectiva prática.
•
Criticaram as fundamentações de ordem mítica e
propuseram fundamentações de ordem lógico-racional,
ou seja, fundamentaram as normas sociais na humanidade
mesma.
• Passaram a perceber-se como seres humanos iguais
enquanto cidadãos (Princípio de Isonomia).
• A partir disso, foram fundadas várias escolas éticas.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO 5
a fé em Cristo e as práticas dos seus mandamentos poderia
encaminhar a humanidade para a purificação dos seus atos e
para a salvação.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO 7
Com a modernidade europeia, surge uma nova concepção
de ser humano e de mundo, dentre os principais movimentos
intelectuais, religiosos, científicos e filosóficos deste período,
determinantes para as transformações radicais ocorridas
na época, podemos citar: a passagem do feudalismo para o
capitalismo, o fortalecimento da burguesia, o renascimento
italiano (revalorização do ser humano e da natureza), a revolução
de Copérnico e Galileu (debate geocentrismo x heliocentrismo),
a formação dos Estados absolutos, a reforma protestante, o
desenvolvimento das ciências naturais, a invenção da imprensa,
o antropocentrismo, o iluminismo, racionalismo, o empirismo,
o ceticismo, criticismo, o jusnaturalismo, o contratualismo,
dentre outros. O pensamento moderno representa uma ruptura
com os fundamentos da teologia e da filosofia cristã medieval.
Todos esses movimentos e descobertas científicas produzem
uma mudança radical no campo dos valores morais, o que
pressupõe novas sistematizações e problematizações no campo
da Ética e da política. Com o Renascimento, se inicia uma
nova etapa na história da ética, sua principal característica é
o antropocentrismo (ser humano como centro das questões
culturais e mundanas). Ganha força o humanismo, enquanto
movimento filosófico que busca reivindicar valores como
a autonomia, a liberdade de pensamento e a racionalidade
científica como meio de liberação das imposições dogmáticas
cristãs que impediam o pleno desenvolvimento humano.
Com os filósofos iluministas surge uma nova moralidade,
não mais centrada em valores teológicos, mas na autonomia,
na razão e na busca pela compreensão do que seja a natureza
humana. Torna-se impossível enumerar características comuns
da ética moderna devido à imensa quantidade de teorias e
autores, ainda assim podemos identificar alguns temas que
foram investigados por alguns filósofos da época, como o bem
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Para Hobbes a natureza é a guerra de todos contra todos e os
conflitos na sociedade surgem pelo fato de que cada indivíduo
busca satisfazer seus desejos de forma ególatra. Para que seja
garantido o bem-estar dos indivíduos e o bom desenvolvimento
da vida em sociedade, deveria ser estabelecida uma espécie
de contrato, um comum acordo entre todos que compõe um
mesmo grupo social. Este contrato social deveria garantir a
segurança, a paz, a vida e o direito à propriedade. Estabelecido
este contrato, se institucionaliza o poder político, transferindo
para uma autoridade política chamada “soberano”, que deve pôr
em prática o contrato estabelecido.
Immanuel Kant (1711-1776): foi um dos filósofos mais
importantes da ética moderna. Suas ideias no campo da Ética
foram expostas, principalmente, em obras como Fundamentação
da Metafísica dos Costumes e Crítica de Razão Prática. Kant
foi educado no Pietismo, uma tendência religiosa cristã do
protestantismo alemão considerada libertina. Ainda que sua
obra pressuponha uma análise crítica e sistemática sobre as
questões relacionadas à moralidade, é notável uma influência
cristã em seu pensamento.
Para este autor não importa o quanto a razão pode atuar no
individuo, pois os resultados das ações humanas estão a mercê
de circunstâncias e acidentes. O fundamento da moralidade de
um ato não deveria ser julgado por suas consequências, mas
somente por sua motivação ou intencionalidade. Para Kant as
ações humanas devem estar orientadas pelo bem em si mesmo,
como uma espécie de obrigação, um imperativo. O único bem
incondicional é a “boa vontade”, que deve ser considerada como
o único bem e dever ser a guia do princípio último moral que
Kant chama de “imperativo categórico”, um princípio universal:
“Age como se a máxima de tua ação deva tornar-se, através de
tua vontade, uma lei universal da natureza” (KANT, 2005).
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4 Ética contemporânea – Século XX
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REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Alfredo Bosi, 2ª ed. São
Paulo, Mestre Jou, 1982.