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CASO 1
RESPOSTA:
3ª - Um terceiro posicionando vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária quer por derivação.
CASO 2
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria
estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria
ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos
sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor
de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi
imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José
Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que se trata de testemunha
com alto grau de idoneidade. Pergunta-se
RESPOSTA:
A) Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do
art. 342 do C P?
NÃO. Com base n o art. 207 do CPP: São proibidas de depor as pessoas que, em razão de
função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Marcellus Polastri (20 10) bem explica a
diferença entre estes institutos: a) Função: é o exercício de atividade por força de lei, decisão
judicial ou convenção, a exemplo do funcionário público, do tutor, dentre outros. b)
Ministério: é a atividade decorrente de condição individual ligada à religião, a exemplo dos
padres, irmãs de caridade, pastores, dentre outros. c) Ofício: é a atividade de prestar serviços
manuais, a exemplo do eletricista, bombeiro e tc; d) Profissão: é qualquer atividade
desenvolvida com fim lucrativo, como ocorre com os engenheiros, médicos e advogados
B) NÃO. A não observância ao aludido preceito legal, além de tornar a prova testemunhal
ilegal, implica em sanções penais de violação do sigilo profissional previstas no Art.
154, do CP
CASO 3
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone
celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado
nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da
instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma
testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um
forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo,
diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença
condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime
semiaberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como
incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta
todos os fundamentos cabíveis ao caso.
RESPOSTA:
a) NÃO. Trata-se de Mutatio Libelli, uma vez que a denúncia trouxe de terminados fatos,
os quais foram objetos de ataque d a defesa. No final da instrução proba tória se
verifica a mudança da narrativa ao qual o defensor não teve oportunidade de s e
manifestar. Logo, considerando que o réu s e defende d os fatos, seria necessária a
formação de novo contraditória, conforme disposto no art. 384 do CPP”
CASO 4
CASO 5
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese,
teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações
sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente
Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP
ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais
testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-se: Você,
Defensor Público, arguiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio?
CASO 6
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de
ultrpassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que
dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a
ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu
de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da
PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo
circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do
CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que
o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio
ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a
proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente
o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo?
RESPOSTA: NÃO. Nos termos do art. 66 da Lei 9.099/ 95, havendo ação penal n a esfera d os
JEC, A S CITAÇÕES SERÃO R EALIZADAS DE FORMA PESSOAL, não s e admitindo a citação por
hora certa.
CASO 7
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo
criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável
pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do
art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela nulidade do
feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de constatação da substância
entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste
razão a defesa de Juninho Boca?
RESPOSTA: NÃO. Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343/06, pois o perito que subscrever o laudo
prévio não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo